31/10 – Santo Afonso Rodrigues
Afonso Rodrigues, natural de Segóvia, Espanha. Nascido em 25 de
julho de 1532, pertencia a uma família pobre e profundamente cristã. Após viver
uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé.
Tudo começou quando Afonso tinha dezesseis anos. Seu pai, um
simples comerciante de tecidos, morreu de repente. Vendo a difícil situação de
sua mãe, sozinha para sustentar os onze filhos, parou de estudar. Para manter a
casa, passou a vender tecidos, aproveitando a clientela que seu pai deixara.
Em 1555, aconselhado por sua mãe, casou e teve dois filhos. Mas
novamente a fatalidade fez-se presente no seu lar. Primeiro, foi a jovem esposa
que adoeceu e logo morreu; em seguida, faleceram os dois filhos, um após o outro.
Abatido pelas perdas, descuidou dos negócios, perdeu o pouco que tinha e, para
piorar, ficou sem crédito.
Sem rumo, tentou voltar aos estudos, mas não se saiu bem nas
provas e não pôde cursar a Faculdade de Valência.
Afonso entrou, então, numa profunda crise espiritual. Retirado na
própria casa, rezou, meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente a
serviço de Deus, servindo aos semelhantes. Ingressou como irmão leigo na
Companhia de Jesus em 1571. E foi um noviciado de sucesso, pois foi enviado
para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas em Palma, na ilha de
Maiorca, onde encontrou a plena realização da vida e terminou seus dias.
No colégio, exerceu somente a simples e humilde função de
porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de
destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera
dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões,
previsões, prodígios e cura.
E assim, apesar de porteiro, foi orientador espiritual de muitos
religiosos e leigos, que buscavam sua sabedoria e conselho. Mas um se
destacava. Era Pedro Claver, um dos maiores missionários da Ordem, que jamais
abandonou os seus ensinamentos e também ganhou a santidade. Outro foi o
missionário Jerônimo Moranto, martirizado no México, que seguiu, sempre, sua
orientação.
Afonso sofreu de fortes dores físicas durante dois anos, antes de
morrer em 31 de outubro de 1617, lá mesmo no colégio. Santo Afonso Rodrigues,
canonizado a 15 de janeiro de 1888, juntamente com São João Berchmans, foi
indicado como exemplo de tenra devoção mariana, expressa com a recitação diária
do Rosário e do Ofício da Imaculada, devoção que frequentemente era
recompensada com amáveis e extraordinárias intervenções de Nossa Senhora na
vida deste grande místico espanhol. A sua festa litúrgica é comemorada no dia
de sua morte.
Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!
31 outubro - Peçamos a Deus que nos torne santos, logo santos, com aquela santidade que Ele quer. (S 172). São Jose Marello
Leitura
do santo Evangelho segundo São Lucas 13,31-35
"Naquele momento alguns fariseus chegaram perto de Jesus e disseram:
- Vá embora daqui, porque
Herodes quer matá-lo.
Jesus respondeu:
- Vão e digam para aquela
raposa que eu mandei dizer o seguinte: "Hoje e amanhã eu estou expulsando
demônios e curando pessoas e no terceiro dia terminarei o meu trabalho."
E Jesus continuou:
- Mas eu preciso seguir o
meu caminho hoje, amanhã e depois de amanhã; pois um profeta não deve ser morto
fora de Jerusalém.
- Jerusalém, Jerusalém, que
mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu
quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos
debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Agora a casa de vocês ficará
completamente abandonada. Eu afirmo que vocês não me verão mais, até chegar o
tempo em que dirão: "Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor! “.”
Meditação:
A
atividade de Jesus provoca temor e reação das autoridades. Jesus não as teme, e
continua a realizar a missão que liberta as pessoas e ao mesmo tempo vai
levá-lo à morte.
Jesus
caminhava firmemente para o desfecho final e os fariseus na sua ignorância,
preveniam-no de que Herodes procurava matá-lo.
Porém,
Jesus continuava firme no Seu propósito de fazer a vontade do Pai e não estava
preocupado com o que Herodes poderia fazer com Ele.
Por isso, afirmava que continuaria operando milagres até que seus dias
chegassem ao fim. Ele caminhava para a morte e tinha consciência do que iria ter
que enfrentar.
Ele sabia muito bem o que o esperava em Jerusalém, mas era para lá que Ele
deveria caminhar. Jerusalém, a cidade santa, seria o palco dos acontecimentos.
Era
lá que estava erguido o templo e, ao mesmo tempo seria lá que Jesus morreria e,
depois de três dias, ressuscitaria.
Jerusalém é também, hoje, o nosso destino, é para a Jerusalém celeste que nós
caminhamos. Jesus Cristo abriu o caminho para nós, não precisaremos ser
flagelados nem crucificados porque Ele mesmo já o foi por nós, entretanto
haveremos de caminhar com coragem para atravessarmos os vales sombrios da nossa
vida.
Colocando na nossa vida prática nós podemos tirar como mensagem o exemplo e
determinação de Jesus diante da missão a que Ele se propunha. Não temeu os homens,
mas permaneceu fiel ao Pai.
Ele,
como homem, tinha inteira liberdade para dar justificativas de afastar-se de
Jerusalém porque o rei O queria matar.
No
entanto, o Seu ideal de vida era justamente “beber o cálice” que Lhe estava
destinado. E assim, permaneceu fiel aos Seus propósitos.
Jesus
chorou diante das muralhas de Jerusalém lamentando a sua rebeldia e obstinação
em não aceitá-Lo como Salvador. Chorou por aqueles que não O acolheram e previu
para eles um tempo de abandono e dispersão.
Nós
podemos também nos colocar no lugar de Jerusalém, isto é, do povo que não
aceita a salvação de Jesus e não aproveita o tempo em que é visitado.
Muitas
vezes rejeitamos a Deus, não caminhamos segundo a Sua Palavra, não seguimos os
Seus ensinamentos e perdemos o precioso tempo que estamos vivendo aqui na
terra.
Jesus
também chora diante de nós e lamenta a nossa ignorância, mas, mesmo assim torce
e espera que nós, no devido tempo, possamos ainda dizer de coração: “Bendito
aquele que veio em nome do Senhor”.
Hoje, também, todos aqueles que não acolhem Jesus como Salvador e Senhor, como
os judeus, vivem abandonados, sem templo, à espera daquele que ainda virá.
Você
tem desistido de assumir a salvação em vista das dificuldades? Você tem coragem
de enfrentar os “seus inimigos” como Jesus os enfrentou? Você tem medo de se
entregar pela causa do Evangelho? Você é uma pessoa que caminha firme para a
santidade mesmo sabendo que dificuldades o (a) esperam? - Você foge da
realidade quando percebe algum indício de sofrimento?
Se Deus nos ama, se Deus está conosco, tudo mais será conseqüência. Paulo faz
uma enumeração marcadamente retórica.
Sem
dúvida, faz eco das expressões astrológicas empregadas em seu tempo e evoca uma
série de forças que os antigos julgavam mais ou menos inimigas do homem, por
isso as expressões não devem ser tomadas como uma descrição detalhada do mundo
sobrenatural.
Paulo
queria simplesmente ressaltar que não há nada capaz de nos separar de Cristo.
Jesus, no evangelho nos mostra que não tem medo dos grandes do mundo. Caminha
até Jerusalém para enfrentar a morte e assim cumprir o plano de Deus, já que
sua mensagem também será rejeitada como a dos demais profetas.
O
Templo será destruído, mas antes Jesus deverá fazer sua entrada triunfal
Hoje, o evangelho nos convida a agir com coerência. É precisão atenção para
entender que Deus é parceiro e sempre
Reflexão Apostólica:
Por que é que as pessoas estão preferindo deixar de acreditar?
Esta pergunta até sugere que seja em Deus, mas vai muito além… Seria ação
e reação?
Vemos jornais, revistas, internet; assistimos o avançar
da violência e como reação nos trancamos em casa, suspeitamos de tudo e de
todos e de “brinde” ganhamos os primeiros sinais depressivos, do pânico, do
medo…
Vamos para o trabalho e tristemente nos deparamos com um
trânsito que se esqueceu de ser defensivo e passou a ser ofensivo.
Pessoas que tem em seu poder uma arma de ataque chamada
carro, ônibus, moto, (…); se tem a impressão que às vezes, saem de suas casas,
trabalho, (…) pensando em descontar suas insatisfações (financeiras,
familiares, sentimentais) no primeiro que lhe cruzar o caminho. Como reação
surge uma nova forma de tratamento: a de trânsito.
Conheço pessoas que se transformam ao volante. Pessoas
que pararam de acreditar e agora respondem violentamente a violência. Somos
frutos de como respondemos ao mundo.
Ser cristão dentro da igreja é
muito fácil
Por que será que paramos de acreditar? Questionamos o
trabalho e a vida pessoal dos professores dos nossos filhos, pelo baixo
rendimento de suas notas; não queremos acreditar na nossa culpa e nossa falta
de tempo em ensiná-los, em cobrá-los, em cortar regalias, (…)
Ficamos depressivos então pelo fato de não conseguirmos
encarar o que virá, pois não acreditamos mais que temos a competência para
isso. Que nosso orgulho nos fez ser “diferentes” de nossos pais e agora não
consigo segurar, pois tive medo de dizer não, não faça, não pode, não deixo,
(…)
“(…) Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e
depois de amanhã”.
Nesse momento tão crucial é que sentimos a falta de ter
uma espiritualidade madura; quando invejamos a fé daqueles que parecem
compenetrados e impassíveis enquanto o mundo, para nós parece que esta sendo
arrancado do chão.
Essa mesma frase de Jesus soa tão bem para aqueles que
não perdoamos ou para àqueles que fui juiz, promotor, testemunha e jurado.
Pessoas que não vivem porque não as deixamos viver.
Maridos e esposas que deixaram seus lares, mas não foram (e talvez nunca sejam)
perdoados; pessoas que se arrependeram dos erros pediram para voltar, foram aceitos,
mas nunca perdoados de fato; vizinhos que um dia foram quase irmãos e por uma
panela emprestada, um carro novo invejado, por um emprego disputado, (…) a
amizade e a fraternidade foram pro espaço; pessoas que ouviram o que não
queriam; uma critica desmedida que não conseguem viver pela raiva (ou seria
ódio) que guardam… Ruminam até hoje.
Novamente: “(…) Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje,
amanhã e depois de amanhã”.
Temos que enfrentar nossos medos e a nós mesmos de vez
Precisamos voltar a acreditar, parar de nos esconder; de
alimentar o mal que habita em nós, seguir o nosso caminho e enfrentar nossa
cruz por mais pesada que seja.
Propósito:
Pai,
predispõe-me, pela força do teu Espírito, a acolher a salvação que teu Filho
Jesus me oferece, fazendo-me digno deste dom supremo de tua bondade.
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