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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Evangelho sábado 01 de novembro - TODOS OS SANTOS

01 - FESTA DE TODOS OS SANTOS.
Oh! Peçamos que desponte também para nós, bela e luminosa, a suspirada aurora da nossa ressurreição. (L 30). São Jose Marello
Mateus 5,1-12

Naquele tempo, 1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:
3”Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

Meditação:
 
O chamado Sermão da Montanha, faz parte do discurso inaugural do ministério público de Jesus, que se estende entre os capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus. O de hoje o primeiro dos cinco discursos que o evangelista distribui estrategicamente no seu livro.
No texto destacamos dois elementos fundamentais: primeiro está o lugar de onde Jesus fala e o conteúdo do discurso. Depois de pregar nas sinagogas da Galileia, acompanhado de uma grande multidão, Jesus subiu ao monte para rezar, escolhe os doze apóstolos e depois chega a um lugar plano e sentando, os seus discípulos e toda a multidão se aproxima d’Ele e então, Ele tomando a palavra e começa ensinar. Bem - aventurados os pobres em espírito porque deles é o Reino dos céus…

A intenção evidente do evangelista é apresentar-nos um discurso completo. Há, portanto aqui uma unidade retórica, sendo este termo entendido não só como uso de figuras de estilo, mas, sobretudo como forma de usar as palavras e construir o discurso visando cumprir um determinado objetivo, que neste caso é proclamar de um modo novo o Evangelho do Reino.

Não há aqui espaço para uma interpretação detalhada do texto. Utilizaremos como marco hermenêutico a novidade que este sermão nos traz, advertindo desde já que de maneira nenhuma se trata de ruptura com o Antigo Testamento, mas sim do seu pleno cumprimento em Jesus Cristo. De fato, Ele declara: Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. Levar à perfeição é o mesmo que dar pleno cumprimento, realizar plenamente.

À semelhança de Moisés, que sobe ao monte Sinai para receber as tábuas da Lei que há - de comunicar ao povo de Israel (cf. Ex 19, 3. 20; 24, 15), há quem veja na pessoa de Jesus um “novo Moisés” que surge como Mestre, não apenas de Israel, mas de todos os homens, chamados à vocação universal de serem discípulos de Cristo, pela escuta e vivência da sua Palavra: Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu; 7, 24: Ou ainda: Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha). Jesus senta-se na “cátedra” de Moisés (a montanha) como o Moisés maior, que estende a Aliança a todos os povos. Assim podemos ver o Sermão da Montanha como «a nova Torah trazida por Jesus».

Devemos insistir, porém que não se trata aqui de abandonar a Torah dada na aliança do Sinai. É sabido que o primeiro Evangelho foi escrito para uma comunidade de cristãos de origem judaica, enraizados e familiarizados com a Lei de Moisés, que continuava a ser valorizada e praticada. A preocupação do evangelista é mostrar que, sem abolir nada do que Moisés tinha deixado, Cristo, com a sua ação, o supera e leva à perfeição como só Ele pode fazer, absolutamente melhor do que qualquer outro profeta.

O que Mateus nos apresenta no texto de hoje não tenho nem se quer uma sombra de dúvidas de que seja o anúncio de um novo céu e uma nova terra onde haveremos de morar. É como que a realização de todas as promessas e bênçãos de Deus nos discípulos da nova aliança em Cristo, assim como no novo espírito com que se deve cumprir a Lei, concretizado nas práticas da esmola, da oração e do jejum.

A atitude dos filhos do Reino traduz-se numa nova relação com as riquezas, com o próprio corpo e as coisas do mundo e com Deus, a quem nos dirigimos como Pai e de cujo Reino se busca a justiça, antes de tudo.

Como não se pode dizer que se ama a Deus se não se ama os irmãos, não falta aqui à referência a uma nova relação com o próximo. Finalmente, o epílogo do sermão faz uma recapitulação e um apelo veemente à não apenas escutar a Palavra, mas a pô-la em prática, de forma consciente e deliberada.
Procuramos, da forma mais breve possível, ver como em Jesus Cristo se cumpre a promessa de Deus ao povo de Israel em Dt 18, 15 O Senhor, teu Deus, suscitará no meio de vós, dentre os teus irmãos, um profeta como eu; a ele deves escutar e a Moisés em Dt 18, 18 Suscitar-lhes-ei um profeta como tu, dentre os seus irmãos; porei as minhas palavras na sua boca e ele lhes dirá tudo o que Eu lhe ordenar. Como acontece noutras passagens dos Evangelhos, também aqui Jesus Cristo anuncia o Reino dos céus.

Esta é uma forma semítica de dizer “Reino de Deus”, que está no meio de nós e se realiza plenamente no domínio ou reinado de Deus sobre todas as suas criaturas e na aceitação ativa, alegre e jubilosa desse reinado pelas mesmas criaturas, a começar pelo Homem, criado à sua imagem e semelhança.
O Sermão da Montanha é então para nós um autêntico programa de vida cristã que não deixaremos de meditar e pôr em prática em todos os dias, pois ele compreende o ANÚNCIO DE NOVO CÉU E DA NOVA TERRA onde haveremos de morar.

Reflexão Apostólica:

As bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a liberdade, e não o conformismo ou a alienação. Elas anuciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus.

Estas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime.

Os que buscam a justiça do Reino são os “pobres em espírito”. Sufocados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita, esses pobres estão profundamente convictos de que eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim uma nova sociedade.
O Evangelho deste domingo nos traz o Sermão da Montanha. Falar dele em poucas palavras é uma missão bem difícil para mim, já que eu olho para ele e vejo uma grande lição em cada versículo.
Sempre que o Sermão da Montanha é mostrado nos filmes, Jesus está andando pelo meio da multidão e falando bem alto. Quando lemos no Evangelho, descobrimos que não foi bem assim, como nos filmes.

Na verdade, Jesus olhou para a multidão, subiu o monte em silêncio, e sentou. Os discípulos se aproximaram e sentaram perto dEle. Foi então que Jesus abriu a boca e começou a ensinar-lhes. Então se os discípulos estavam perto, não tinha pra que falar alto! Foi uma "aula particular" para os discípulos, e que deve ter sido bem mais extensa do que as poucas linhas que ficaram registradas no livro de Mateus.

O Sermão da Montanha é um dos sermões mais famosos e lembrados de Jesus. Aqui nos detemos em sua introdução, mais conhecida como as “Bem-aventuranças”, pois o sermão é muito mais longo, pois vai até 7, 29, onde acontece a conclusão dizendo que as pessoas ficam assombradas com a sua doutrina “porque ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas”. Por que pode causar assombro esse ensinamento de Jesus? Vejamos de perto as bem aventuranças e tentemos dar uma resposta.

"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus." Quem são os "pobres de Espírito"? E por que é deles o Reino dos Céus? Se alguém nos perguntasse "de quem é o Reino dos Céus?", responderíamos: "dos pobres de espírito"? Com certeza, não? Para entender o que está escondido nesse versículo... Pobre em espírito é aquele que tem o espírito vazio de si próprio, a ponto de reconhecer sua pequenez e pedir humildemente que Deus ocupe esse vazio do seu espírito. Não importa se a pessoa é rica ou pobre de dinheiro, pois não é impossível para o pobre ser arrogante, nem para o rico ser humilde. O Reino dos Céus é destas pessoas porque são estas que se permitem ser preenchidas, no seu vazio, pelo próprio Deus. São estas pessoas que espalham as sementes do Reino dos Céus em forma de Amor.

"Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados."
Lembramos aqui que só se aflige quem se importa, quem se preocupa. Com que/quem você se importa? Quem está aflito de verdade, chora. Como Jesus chorou no Getsêmani. Você já chorou de arrependimento pelos seus erros? Pelas dificuldades que você teve (ou está tendo) que enfrentar? Elas foram ou estão sendo necessárias, acreditemos. Se Deus as permitiu, existe uma razão. Você pode até não entender hoje, mas confie em Deus: depois de uma grande aflição, sempre vem uma grande recompensa.

"Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra." O verdadeiro manso é aquele que, mesmo tendo a possibilidade e a escolha de aniquilar aqueles que se opõem a ele, escolhe a paciência. No entanto, o verdadeiro manso não é passivo e indiferente ao que é errado, mas defende a Verdade mesmo que isso lhe custe a vida. Nesse mundo cruel em que vivemos, o normal é que os mansos sejam "engolidos" pelos violentos. Mas na lógica de Jesus, quem vai "herdar a terra", ou seja, quem vai permanecer ao final de tudo, são os mansos. Por quê? Porque os violentos matam-se uns aos outros.

"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados." Aqui está implícito algo interessante: que neste mundo a justiça é falha. Mas todos nós já ouvimos a expressão: "a justiça divina tarda, mas não falha". Alguém lhe caluniou? Alguém lhe trapaceou? Alguém lhe condenou e castigou injustamente? Não se preocupe: mais cedo ou mais tarde, essa pessoa terá de acertar as contas com Deus. E, sem sombra de dúvidas, irá colher o que plantou.
A que “bem-aventuranças” se opõem estas bem-aventuranças? Por que essa insistência de Jesus em afirmar as bem-aventuranças? Diante das bem aventuranças (ou do “êxito”) que a sociedade injusta e insolidária oferece, Jesus proclama oito veze onde se encontra e quais as bem-aventuranças do reino de Deus. A verdadeira felicidade se encontra em uma sociedade justa, misericordiosa, pacífica.

A sociedade injusta oferece felicidade no egoísmo, no êxito pessoal, no acúmulo. O reino de Deus oferece felicidade no amor, na sinceridade, na simplicidade. A sociedade injusta, às custas da infelicidade da maioria, cria a felicidade da minoria. A proposta de Jesus no sermão da montanha é a de eliminar toda opressão e toda injustiça procurando a felicidade e a vida em abundancia para todos.

A mesma lógica proposta por Mateus é a lembrada por Paulo (1Co 1,26-31) à comunidade de Corinto. A força de Deus se concretiza em pessoas que não são forte nem sábias na consideração da opinião comum, porém que sabem concretizar a presença de Cristo, força e sabedoria de Deus para que ele “se sinta orgulhoso no Senhor”.

A mensagem que nós podemos tirar deste Evangelho já tão conhecido de todos, é que o conceito de felicidade que o mundo prega é completamente diferente da felicidade que Deus planejou para a nossa vida.
Ser pobre, aflito, manso, faminto, misericordioso, puro de coração, promotor da paz, perseguido, insultado, na concepção humana é, na realidade, uma infelicidade.

Porém, se nos aprofundarmos na sabedoria de Deus, o Espírito nos convencerá de que tudo isso é inerente à nossa condição humana, porém quando nos reconhecemos completamente dependentes da misericórdia do nosso Pai, então, todas essas dificuldades transformam-se em ocasiões para que experimentemos o Seu Amor infinito, e aí então, seremos realmente felizes.

A nossa felicidade aqui na terra está condicionada à nossa experiência pessoal com o Amor de Deus. Nesse caso, todas as ocasiões em que somos mais provados são justamente os momentos em que mais nós temos a amostra da ação de Deus na nossa vida.
Você já experimentou alguma vez a felicidade dessa maneira? Para você o que significa ser feliz? Você já foi perseguido (a) por causa do reino de Deus?
 
Propósito:

Pai, move-me pelo Espírito a trilhar o caminho da santidade, colocando minha vida em tuas mãos e buscando viver as bem-aventuranças proclamadas por teu Filho Jesus.

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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Evangelho sexta feira 31 de outubro

31 - Peçamos a Deus que nos torne santos, logo santos, com aquela santidade que Ele quer. (S.172). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 14,1-6

1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam.
2Diante de Jesus, havia um hidrópico. 3Tomando a palavra, Jesus falou aos mestres da Lei e aos fariseus: “A Lei permite curar em dia de sábado, ou não?” 4Mas eles ficaram em silêncio.
Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e despediu-o. 
5Depois lhes disse: “Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?”  6E eles não foram capazes de responder a isso. 
Meditação:   

Esta narrativa de Lucas faz parte do ciclo de narrativas de contestação da doutrina e da prática das sinagogas e dos fariseus.

A cena já não acontece na sinagoga onde Jesus tinha curado a mulher encurvada, mas na casa de um dos chefes dos fariseus, mas o tema principal é o mesmo: É licito fazer uma cura no dia de sábado? Referindo-se à cura da mulher encurvada ficou claro que o chefe da sinagoga valorizava mais os animais – é permitido desamarrar o boi e o asno no dia de preceito e dar-lhes água para beber. Mas referindo-se às pessoas, segundo a doutrina do fariseu, não é lícito realizar curas no dia de sábado. Pelo relato da cura do hidrópico fica claro que os fariseus permitem no dia de sábado tirar do poço o burro ou o boi que caiu, mas não permitem que se cure um enfermo. Que deformação mental!

Este é um relato original do evangelho de Lucas. O anfitrião de Jesus é um dos chefes dos fariseus e diante deles há um hidrópico, um enfermo cujo corpo retém demasiado líquido com os conseqüentes problemas de inchaço e má circulação, causados por um alto consumo de sódio. A hidropisia é um acúmulo anormal de água no organismo.

Enquanto o trânsito normal de líquido favorece nossa saúde, a acumulação à põe em perigo. A água que consumimos hidrata, tonifica e dá a vida ao organismo. Quando isso não acontece, afoga-nos. Isso era o que acontecia com a interpretação da Lei no tempo de Jesus.

A Lei era como a água, devia ser fonte de vida. Devia transformar a vida do povo, tonificá-la e fortalecê-la. Mas ao contrario, o estancamento conduzia a um estado deplorável de conformismo e imobilidade que ameaçava a sua existência. O hidrópico curado representa essa parte do povo disposta a fazer a terapia da água que flui, da Lei que inspira, da vida que se transforma. O hidrópico devia vencer as limitações de uma interpretação demasiada estreita e fundamentalista da Lei, para colocar-se em contato com a fonte de água viva que é Jesus.

Se com freqüência estamos dispostos a acomodar a lei às nossas necessidades, quanto mais esforço devemos fazer para que essa lei não se converta em uma armadilha que nos afogue. Jesus quer que o ser humano tenha vida plena, e não quer, de modo nenhum, que fique preso na superficialidade.

Pois bem, no contexto desta cura em dia de sábado se dá uma discussão entre Jesus e seus oponentes, que revela o sentido profundo do texto.

Jesus põe o repouso sabático a serviço do homem. As obras maravilhosas que ele leva a cabo no sábado são sinais de que se inaugurou o tempo da salvação e que começou o repouso sabático do tempo final. Deus se glorifica agora a si mesmo com sua misericórdia.

O repouso do sábado significa para Jesus a revelação da benevolência divina com suas criaturas: paz e salvação. Agora se glorifica Deus a si mesmo em Jesus, que com palavras e obras o anuncia como Deus da graça e do amor, como Deus que dá e perdoa, como Deus dos pobres e dos aflitos, para os quais se proclama um ano de graça.
A alegria de que está penetrado o sábado do tempo final é o júbilo pelas grandes ações da misericórdia divina. Com uma reflexão muito simples Jesus justifica seu modo de proceder em dia de sábado: a lei de Deus não pode exigir que em dia de sábado se deixe perecer o próprio filho ou mesmo um boi, se tiverem necessidade de serem salvos. A lei pensa humanitariamente. O repouso sabático foi estabelecido pela Lei com olhares humanitários e sociais, em consideração à família, à multidão e até ao gado do amo.
A pergunta de Jesus a respeito de curar ou não em sábado, e o questionamento feito aos fariseus de não agir com misericórdia, revelam que Jesus é “senhor do sábado” e que defende a realização das obras do reino em qualquer situação.

Curiosamente aqueles que interpretavam a lei, permaneceram calados. E quando Jesus cura o doente, diz que eles não deram uma resposta à sua pergunta. Diante dos fatos não valem os argumentos.

A pessoa está acima do sábado, é o centro da atenção de Jesus, que entende que o dia dedicado ao Deus da vida é o mais adequado para devolver ao homem a saúde. Jesus se converte, mais uma vez, em modelo de como um cristão deve agir com liberdade e senso crítico no cumprimento da missão confiada por Deus.

As curas realizadas por Jesus exprimem a novidade de sua prática. Ele vai contra as observâncias legais estritas e estreitas que não favorecem a vida. Para o Pai o que importa é o desabrochar da vida.

A lei, bem como todos os processos econômicos e sociais, deve estar a serviço da dignidade e qualidade de vida para todos.

Também nós, que somos seus discípulos, não podemos sucumbir ante as pressões da lei, esquecendo o realmente importante: a pessoa, sua dignidade e o projeto do Pai; seu reino no meio da humanidade aflita, a resistência pacífica e a esperança de salvação e libertação humana.

Reflexão Apostólica: 

Esta é a terceira vez , no evangelho de Lucas, que um fariseu faz um convite a Jesus. Ainda que Jesus tenha aceitado o convite de ir jantar na casa do fariseu, sem dúvida a atitude dos convidados não é amigável, pois eles simplesmente aceitaram o convite para ver o que Jesus fazia.

Esta narrativa de Lucas é mais uma dentre as inúmeras narrativas encontradas nos evangelhos, que destacam a reação e a perseguição dos chefes religiosos de Israel diante do comportamento libertador de Jesus.
A cena tem bastante semelhança com a cura no sábado, do homem da mão seca ou da mulher encurvada. Este homem e esta mulher simbolizam o povo imobilizado e encurvado pelo sistema opressor da Lei da sinagoga e do Templo.
Agora, o hidrópico representa os ilustres convivas do chefe fariseu, inchados de orgulho e satisfação por suas posições privilegiadas e pelo poder de sua doutrina. A cura do hidrópico significa o ato libertador de Jesus para com os submissos à ideologia doutrinal e legal.

O descaso para com a observância sabática é uma das práticas mais comuns de Jesus, o que causa a reação dos fundamentalistas observantes. Libertar os que estão sob jugo da ideologia opressora é uma opção prioritária de Jesus. Jesus age com uma coerência que desnorteia aqueles que, apegados ao poder, o rejeitam. Acabarão decidindo, então, que só resta o caminho da violência para eliminar Jesus.
Porém, Jesus se vai entregar em Sacrifício para ser nosso alimento: Tomai todos e comei. Tomais todos e bebei, isto é o meu corpo este é o meu sangue.  E tudo acontece e tem o seu final no dia da Ressurreição do Senhor, como nos diz são Paulo. Se Cristo não ressuscitou vá é nossa fé.

Assim sendo, a Eucaristia faz parte do domingo. Na manhã de Páscoa, primeiro as mulheres, depois os discípulos, tiveram a graça de ver o Senhor. Nesse momento, compreenderam que, doravante, o primeiro dia da semana, o domingo, seria o dia dele, o dia de Cristo. O dia do início da criação tornava-se o dia da renovação da criação. Criação e redenção caminham juntas.
É por isso que o domingo é tão importante. É belo que, nos nossos tempos, em tantas culturas, o domingo seja um dia livre ou, com o sábado, constitua mesmo o que se chama o fim-de-semana livre. Esse tempo livre, contudo, permanece vazio se Deus não estiver aí presente.

Às vezes, num primeiro momento, pode tornar-se talvez incomodo ter de prever também a Missa no programa do domingo. Mas, se a tal nos comprometermos, constataremos também que isso é precisamente o que dá a verdadeira razão ao tempo livre.
Não nos deixemos dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudemos também os outros a descobri-la. Porque a alegria de que precisamos emana dela, devemos certamente aprender a perceber, cada vez mais, a sua profundidade, devemos aprender a amá-la.
Comprometamo-nos nesse sentido porque isso vale a pena! Descubramos a profunda riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não fazemos a festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que nos prepara uma festa. 
Nesta passagem, Jesus nos ensina  a sermos coerentes nas nossas ações e a não deixarmos para fazer depois o bem que podemos fazer hoje.

Desse modo, Ele nos dá exemplo de como permanecer firme nas horas em que precisamos enfrentar todos os olhares e críticas para tirar alguém da adversidade.

Quantas vezes nós deixamos de realizar alguma boa obra porque o dia não nos é conveniente ou porque as regras do mundo não nos permitem fazê-lo e temos receio de que nos critiquem!

Quanto medo nós temos hoje de ajudar a alguém porque podemos estar caindo em alguma emboscada! Nem sequer paramos para escutar as pessoas, quando estamos na Igreja, ou muito ocupados na nossa oração!

Mesmo já tendo descoberto o reino de Deus e de querermos servir ao Senhor, nós ainda damos muito crédito às normas dos homens e aos comentários das pessoas que observam as nossas ações.

Como vimos, Jesus não escolhia dia, hora nem lugar para envolver-se com aqueles que Dele se aproximavam, pelo contrário Ele até os procurava com o olhar e mesmo sem que o pedissem Ele os tocava e curava-os, ainda que fosse “dia de sábado”. O dia de sábado pode significar também algo que o mundo recrimina e proíbe.

O que mais preocupa a Deus não é a sua glória, seu culto, seu sábado ou seu Templo, mas a vida digna, sã e feliz dos seus filhos. Todos sabiam da teoria, da grande segurança e tranqüilidade que a lei de Moises dava, por isso, nem todos se atreviam a aceitar as curas que Jesus realizava no sábado.

Quando Jesus pergunta aos mestres da Lei: “É permitido ou não fazer curas no dia de sábado?”, eles permanecem calados. Custa-nos muito colocar a amor aos necessitados como principio supremo de atuação, mas sabemos também que sempre que ajudamos os que precisam estamos agindo na luz. Não existe tempo para ser bom e para fazer o bem. 

Que o todo-poderoso nos dê um espírito de sensibilidade para os sofredores, que nada nos impeça de ajudar os que sofrem. Antes, que nós demonstremos por eles um amor eficaz.

Propósito:
Pai, predispõe-me a manifestar meu amor a quem precisa de mim, sem inventar justificativas para me dispensar desta obrigação urgente.


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

EVANGELHO QUINTA FEIRA 30 DE OUTUBRO

30 - Esforça-te para ser o que não és e para não ser o que és. (S 192). São Jose Marello
Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 13,31-35

"Naquele momento alguns fariseus chegaram perto de Jesus e disseram:
- Vá embora daqui, porque Herodes quer matá-lo.
Jesus respondeu:
- Vão e digam para aquela raposa que eu mandei dizer o seguinte: "Hoje e amanhã eu estou expulsando demônios e curando pessoas e no terceiro dia terminarei o meu trabalho."
E Jesus continuou:
- Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e depois de amanhã; pois um profeta não deve ser morto fora de Jerusalém.
- Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Agora a casa de vocês ficará completamente abandonada. Eu afirmo que vocês não me verão mais, até chegar o tempo em que dirão: "Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor!".
"
 

Meditação:

A atividade de Jesus provoca temor e reação das autoridades. Jesus não as teme, e continua a realizar a missão que liberta as pessoas e ao mesmo tempo vai levá-lo à morte.
 Jesus caminhava firmemente para o desfecho final e os fariseus na sua ignorância, preveniam-no de que Herodes procurava matá-lo.
 Porém, Jesus continuava firme no Seu propósito de fazer a vontade do Pai e não estava preocupado com o que Herodes poderia fazer com Ele.
Por isso, afirmava que continuaria operando milagres até que seus dias chegassem ao fim. Ele caminhava para a morte e tinha consciência do que iria ter que enfrentar.
Ele sabia muito bem o que o esperava em Jerusalém, mas era para lá que Ele deveria caminhar. Jerusalém, a cidade santa, seria o palco dos acontecimentos.
Era lá que estava erguido o templo e, ao mesmo tempo seria lá que Jesus morreria e, depois de três dias, ressuscitaria.

Jerusalém é também, hoje, o nosso destino, é para a Jerusalém celeste que nós caminhamos. Jesus Cristo abriu o caminho para nós, não precisaremos ser flagelados nem crucificados porque Ele mesmo já o foi por nós, entretanto haveremos de caminhar com coragem para atravessarmos os vales sombrios da nossa vida.
Colocando na nossa vida prática nós podemos tirar como mensagem o exemplo e determinação de Jesus diante da missão a que Ele se propunha. Não temeu os homens, mas permaneceu fiel ao Pai.
Ele, como homem, tinha inteira liberdade para dar justificativas de afastar-se de Jerusalém porque o rei O queria matar.

No entanto, o Seu ideal de vida era justamente “beber o cálice” que Lhe estava destinado. E assim, permaneceu fiel aos Seus propósitos.
Jesus chorou diante das muralhas de Jerusalém lamentando a sua rebeldia e obstinação em não aceitá-Lo como Salvador. Chorou por aqueles que não O acolheram e previu para eles um tempo de abandono e dispersão.
Nós podemos também nos colocar no lugar de Jerusalém, isto é, do povo que não aceita a salvação de Jesus e não aproveita o tempo em que é visitado.
Muitas vezes rejeitamos a Deus, não caminhamos segundo a Sua Palavra, não seguimos os Seus ensinamentos e perdemos o precioso tempo que estamos vivendo aqui na terra.
Jesus também chora diante de nós e lamenta a nossa ignorância, mas, mesmo assim torce e espera que nós, no devido tempo, possamos ainda dizer de coração: “Bendito aquele que veio em nome do Senhor”.
Hoje, também, todos aqueles que não acolhem Jesus como Salvador e Senhor, como os judeus, vivem abandonados, sem templo, à espera daquele que ainda virá.

Você tem desistido de assumir a salvação em vista das dificuldades? Você tem coragem de enfrentar os “seus inimigos” como Jesus os enfrentou? Você tem medo de se entregar pela causa do Evangelho? Você é uma pessoa que caminha firme para a santidade mesmo sabendo que dificuldades o (a) esperam?- Você foge da realidade quando percebe algum indício de sofrimento?
Se Deus nos ama, se Deus está conosco, tudo mais será conseqüência. Paulo faz uma enumeração marcadamente retórica.

Sem dúvida, faz eco das expressões astrológicas empregadas em seu tempo e evoca uma série de forças que os antigos julgavam mais ou menos inimigas do homem, por isso as expressões não devem ser tomadas como uma descrição detalhada do mundo sobrenatural.
Paulo queria simplesmente ressaltar que não há nada capaz de nos separar de Cristo. Jesus, no evangelho nos mostra que não tem medo dos grandes do mundo. Caminha até Jerusalém para enfrentar a morte e assim cumprir o plano de Deus, já que sua mensagem também será rejeitada como a dos demais profetas.

O Templo será destruído, mas antes Jesus deverá fazer sua entrada triunfal em Jerusalém. Ternamente, Jesus mostra como cuidará e protegerá seu povo, como a galinha a seus pintinhos. O povo estava só, abandonado, rodeado de injustiça e opressão, de mentira e maldição; Ele, no entanto, os ensina e protege.
Hoje, o evangelho nos convida a agir com coerência. É precisão atenção para entender que Deus é parceiro e sempre

Reflexão Apostólica:

Por que é que as pessoas estão preferindo deixar de acreditar? Esta  pergunta até sugere que seja em Deus, mas vai muito além… Seria ação e reação?
Vemos jornais, revistas, internet; assistimos o avançar da violência e como reação nos trancamos em casa, suspeitamos de tudo e de todos e de “brinde” ganhamos os primeiros sinais depressivos, do pânico, do medo…

Vamos para o trabalho e tristemente nos deparamos com um trânsito que se esqueceu de ser defensivo e passou a ser ofensivo.
Pessoas que tem em seu poder uma arma de ataque chamada carro, ônibus, moto, (…); se tem a impressão que às vezes, saem de suas casas, trabalho, (…) pensando em descontar suas insatisfações (financeiras, familiares, sentimentais) no primeiro que lhe cruzar o caminho. Como reação surge uma nova forma de tratamento: a de trânsito.
Conheço pessoas que se transformam ao volante. Pessoas que pararam de acreditar e agora respondem violentamente a violência. Somos frutos de como respondemos ao mundo.
Ser cristão dentro da igreja é muito fácil

Por que será que paramos de acreditar? Questionamos o trabalho e a vida pessoal dos professores dos nossos filhos, pelo baixo rendimento de suas notas; não queremos acreditar na nossa culpa e nossa falta de tempo em ensiná-los, em cobrá-los, em cortar regalias, (…)
Ficamos depressivos então pelo fato de não conseguirmos encarar o que virá, pois não acreditamos maios que temos a competência para isso. Que nosso orgulho nos fez ser “diferentes” de nossos pais e agora não consigo segurar, pois tive medo de dizer não, não faça, não pode, não deixo, (…)
“(…) Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e depois de amanhã”.

Nesse momento tão crucial é que sentimos a falta de ter uma espiritualidade madura; quando invejamos a fé daqueles que parecem compenetrados e impassíveis enquanto o mundo, para nós parece que esta sendo arrancado do chão.
Essa mesma frase de Jesus soa tão bem para aqueles que não perdoamos ou para àqueles que fui juiz, promotor, testemunha e jurado. Pessoas que não vivem porque não as deixamos viver.
Maridos e esposas que deixaram seus lares, mas não foram (e talvez nunca sejam) perdoados; pessoas que se arrependeram dos erros pediram para voltar, foram aceitos, mas nunca perdoados de fato; vizinhos que um dia foram quase irmãos e por uma panela emprestada, um carro novo invejado, por um emprego disputado, (…) a amizade e a fraternidade foram pro espaço; pessoas que ouviram o que não queriam; uma critica desmedida que não conseguem viver pela raiva (ou seria ódio) que guardam… Ruminam até hoje.

Novamente: “(…) Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e depois de amanhã”.
Temos que enfrentar nossos medos e a nós mesmos de vez em quando. Precisamos combater como diz uma história popular, um lobo que insiste em viver dentro de nós e que se ainda tem força é porque o alimentamos.
Precisamos voltar a acreditar, parar de nos esconder; de alimentar o mal que habita em nós, seguir o nosso caminho e enfrentar nossa cruz por mais pesada que seja.

Propósito:

Pai, predispõe-me, pela força do teu Espírito, a acolher a salvação que teu Filho Jesus me oferece, fazendo-me digno deste dom supremo de tua bondade.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

EVANGELHO QUARTA FEIRA 29 DE OUTUBRO

29 - Quando tiveres menos vontade de pronunciar palavra, então é tempo de falar. (S197). São Jose Marello 
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 13,22-30

"Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando na sua viagem para Jerusalém. Alguém perguntou:
- Senhor, são poucos os que vão ser salvos?
Jesus respondeu:
- Façam tudo para entrar pela porta estreita. Pois eu afirmo a vocês que muitos vão querer entrar, mas não poderão.
- O dono da casa vai se levantar e fechar a porta. Então vocês ficarão do lado de fora, batendo na porta e dizendo: "Senhor, nos deixe entrar!" E ele responderá: "Não sei de onde são vocês." Aí vocês dirão: "Nós comemos e bebemos com o senhor. O senhor ensinou na nossa cidade." Mas ele responderá: "Não sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal." Quando vocês virem Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus e vocês estiverem do lado de fora, então haverá choro e ranger de dentes de desespero. Muitos virão do Leste e do Oeste, do Norte e do Sul e vão sentar-se à mesa no Reino de Deus. E os que agora são os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.
"
 

Meditação:

O tema de hoje é Salvação. Alguém pergunta a Jesus se é verdade que poucos serão salvos. Certamente, esta pergunta foi feita por alguém que estava preocupado de estar fazendo parte do grupo dos não-salvos.
Jesus não responde diretamente a pergunta. Ele nem diz que serão muitos nem que serão poucos... diz apenas que "façam o máximo esforço possível para passar pela porta estreita". Em outras palavras: NÃO SE PREOCUPE COM QUANTOS IRÃO ENTRAR, FAÇA A SUA PARTE!

Os evangelhos foram compostos a partir das tradições sobre Jesus e de acordo com as necessidades de cada comunidade. O de Lucas dirige-se a uma comunidade composta, em sua maioria, por pessoas de língua grega.
O texto deste evangelho de Lucas é formado por uma coleção articulada de fragmentos de parábolas que são encontrados dispersos em Mateus, tendo como tema comum a salvação.
Lucas o descreve bem quando diz que consiste em seguir Jesus, escutar suas palavras e agir em conseqüência, pondo em prática a justiça e o amor.
São palavras ameaçadoras para quem era destinatário da mensagem e não soube acolhê-la; por outro lado, que virão homens e mulheres de todos os lugares para fazer parte desse Reino. A porta estreita não descreve o resultado do juízo, mas é a expressão do esforço que se exige para entrar.
Neste Evangelho, Lucas insiste desde o começo na necessidade de se abrir as portas do reino para todos.
A primeira abertura é de caráter social: na mesa de Jesus se sentavam os mais pobres e também os mais ricos, com a condição de se abrirem aos necessitados.

A segunda é de gênero: no grupo de Jesus as mulheres ocupavam um lugar de destaque e se sentavam a seus pés como todos os discípulos. A terceira era étnica e cultural: na comunidade de Jesus todas as raças e culturas eram bem-vindas.
A pergunta: são poucos os que se salvam? dirigida a Jesus por um transeunte despreocupado, evidencia as limitações que tinha a comunidade para esclarecer todas as potencialidades da sua proposta. Para muitos, a salvação era um assunto de exclusão de maus, estrangeiros, pecadores, doentes e de muitos outros.
Jesus nem respondeu àquela pergunta, por isso, também nós, nunca iremos saber matematicamente o número de quem será salvo.

Em troca, para Jesus, a salvação era uma “Boa Notícia” para todos, e os mais aflitos, excluídos e marginalizados tinham junto a ele seu lugar preferencial.
O Senhor nos deu um direcionamento oportuno: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita… muitos tentarão entrar e não conseguirão”.
O que poderá isso significar para nós? Significa que a nossa adesão à salvação que Jesus veio nos dar, implica no nosso esforço em superar a inclinação para uma vida fácil, livre dos problemas e dos sacrifícios pessoais.

Precisamos nos questionar em todas as vezes que queremos conseguir as coisas com muita facilidade, sem empenho próprio, adotando o modelo que o mundo prega.
Quando também voltados somente para nós, esquecemo-nos de que a justiça é o parâmetro que Deus definiu para chegarmos ao céu. A justiça que precisamos praticar requer uma vida de renúncia de nós mesmos (as), à vivência do amor, do perdão, da bondade, da partilha e da solidariedade.
Mesmo que tenhamos pregado em Nome de Jesus ou que estejamos servindo no Seu Santuário, mesmo que nos achemos servos e servas fiéis, se não praticarmos a justiça, não teremos lugar à mesa do reino de Deus e poderemos estar equivocados (as) correndo o risco de não sermos reconhecidos pelo “dono da casa”.

Conseqüentemente a porta estreita é a justiça, que se traduz em humildade e serviço e na abstinência da nossa vontade própria, do domínio da nossa carne e de uma entrega absoluta ao Espírito Santo de Deus que nos conduz.
Se o ser humano superou em Cristo o destino de maldição e morte, o resto da criação também o superará. O projeto salvador de Deus está aberto a todo aquele que queira recebê-lo, além de ser um dom gratuito. As palavras de Jesus sobre a entrada no Reino explicam claramente a dificuldade e as exigências do seguimento.
Como está a sua justiça? Você tem procurado o caminho mais fácil, que exige menos esforço ou você tem sido fiel à Palavra e aos ensinamentos de Jesus que nos manda amar ao próximo como a nós mesmos (as)?
Somos os "últimos" a ter tomado conhecimento da mensagem de Deus, enquanto os que foram os primeiros a saber, poderão ser os últimos no Reino, ou até mesmo nem conseguir entrar, devido a prática da injustiça! Jesus é incisivo ao dizer que os injustos não serão reconhecidos pelo Pai. Isso vale para todos.

Só pode ser injusto quem tem o mínimo de poder em suas mãos... Portanto... Que saibamos usar corretamente qualquer poder que nos seja concedido, seja com nossos irmãos, filhos, amigos, empregados, parentes, mas principalmente com os "pequeninos" de Jesus.

Reflexão Apostólica:

Às vezes, temos a impressão que as pessoas “rasgam” algumas páginas da bíblia para não ter que ler uma exortação como esta:"Façam tudo para entrar pela porta estreita. Pois eu afirmo a vocês que muitos vão querer entrar, mas não poderão.". Conseguimos imaginar a cena? Uma bíblia faltando páginas, restando nela apenas as mais belas e doces palavras para serem lidas e ouvidas…
Nossa vida é parecida a um brinquedo infantil de montar: os blocos (ou LEGO se preferir).
Na frente da caixa ou no verso vêm apresentadas as diversas formas possíveis de montá-lo. Carros, caminhões, tratores, nave espacial, (…), muita coisa é possível de se inventar partindo daqueles blocos, mas nem tudo que imaginamos ficará como desejamos. “(…) Então vocês ficarão do lado de fora, batendo na porta e dizendo: “Senhor, nos deixe entrar!” E ele responderá: “Não sei de onde são vocês”

O número reduzido de peças nos impede de sermos mais ambiciosos na criatividade. Os blocos que faltam se somado a aqueles que foram perdidos pela casa, debaixo de sofás, guarda-roupas, nos limitarão, ou seja, não conseguiremos fazer tudo que gostaríamos e poderíamos realizar…
É verdade que dá pra ser criativo com que se tem, mas para darmos asas a imaginação que brota do sonho de Deus é preciso buscar novas peças (estudar, reciclar, treinar, dedicar) e evitar perder as peças que tenho (humildade, paixão, dedicação, empenho, amor,…) debaixo de coisas que são difíceis de levantar (orgulho, prepotência, vaidade,…).
Mas há outra coisa em comum entre nossa vida e os blocos: Temos o poder de decidir como montaremos as peças.

Cada um leva sua vida (ou monta os blocos) conforme lhe convém e como a vida lhe permite. Uns seguem o modelo da caixa; outros já partem para uma criação nova de própria autoria e assinatura. Em ambos os casos, não é garantido que o produto final fique belo ou apresentável, mesmo aquele que seguiu o modelo. Quantas pessoas andam com a bíblia em baixo do braço (a chamada "bíblia desodorante"), sabem versículos completos, mas são umas “antas” quando se trata de lidar com as pessoas? O modelo esta com ele, mas ainda não sabe montar…
Mais importante que ter os dons é ter sabedoria para usá-los.

Muita gente foge aos nossos paradigmas de beleza, apresentação, pensamento, (…); parecem blocos mal montados… Usam piercings, tatuagens, roupas estranhas, mas às vezes são muito mais próximos de Deus, em suas orações, que muita gente que se diz já salva. “(…) Muitos virão do Leste e do Oeste, do Norte e do Sul e vão sentar-se à mesa no Reino de Deus. E os que agora são os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.

Sejamos criativos! Não temamos seguir modelos! Não julguemos a forma de montar o LEGO do outro. Empenhemos-nos mais em não perder o que conquistamos!
Se conseguirmos seguir isso, a porta não será tão estreita assim!

Propósito:

Pai, conduze-me pelo verdadeiro caminho da salvação que passa pelo serviço misericordioso e gratuito a quem carece de meu amor.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Evangelho terça feira 28 de outubro - S. Simão e S. Judas Tadeu Apóstolos

28 - Deus nos dá sempre a graça para vencer; mas Ele nada pode fazer se nós não o ajudamos com a boa vontade. (S 235).São Jose Marello
Lucas 6,12-19

"Naquela ocasião Jesus subiu um monte para orar e passou a noite orando a Deus. Quando amanheceu, chamou os seus discípulos e escolheu doze deles. E deu o nome de apóstolos a estes doze: Simão, em quem pôs o nome de Pedro, e o seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, o nacionalista; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que foi o traidor.
Jesus desceu do monte com eles e parou com muitos dos seus seguidores num lugar plano. Uma grande multidão estava ali. Era gente de toda a Judéia, de Jerusalém e das cidades de Tiro e Sidom, que ficam na beira do mar. Eles tinham vindo para ouvir Jesus e para serem curados das suas doenças. Os que estavam atormentados por espíritos maus também vieram e foram curados. Todos queriam tocar em Jesus porque dele saía um poder que curava todas as pessoas.
"  

Meditação:
Neste dia em que celebramos os apóstolos Simão e Judas, os textos nos convidam a conhecer e refletir sobre nosso chamado de servidores em nome de Cristo. O evangelho narra como Jesus escolhe os doze discípulos e os chama de apóstolos.

Cabe destacar que a presença da oração revela a importância dos momentos mais relevantes na vida de Jesus. Talvez essa oração seja para pedir ao pai discernimento para a escolha que vai realizar ou, possivelmente, para que os escolhidos sejam perseverantes e se sintam dispostos a segui-lo. Paulo vai chamá-los de "cimento da comunidade", representantes do Cristo.

Jesus escolhe os doze apóstolos, que formarão o núcleo da comunidade nova que ele veio criar. A palavra apóstolo significa aquele que Jesus envia para continuar a sua obra.
Ele os escolhe para responder às necessidades de uma humanidade enferma e confere a eles uma missão e autoridade para desempenhá-la.
É uma escolha gratuita, conta somente a vontade de Jesus, sua predileção e amor. Ele os escolhe para que estejam com ele; depois os envia a pregar; a eleição indica o desejo de Jesus de preparar o novo Israel, o Israel dos últimos tempos, o verdadeiro Povo de Deus
O povo vem de toda as partes ao encontro de Jesus, porque dele fez nascer a esperança de uma sociedade nova, libertada da alienação e dos males que afligem os homens.
Jesus nunca subestimou a Sua missão. Ele sabia da grande responsabilidade que era a de escolher dentre muitos, os doze apóstolos que seriam os continuadores da Sua obra aqui na terra. Portanto, Ele subiu à montanha para em oração ao Pai fazer o discernimento.

Quando desceu Ele estava seguro de que os Seus escolhidos eram aqueles a quem o Pai havia destinado para pôr em prática o Seu Projeto salvífico. Até Judas Iscariotes teve o seu papel específico no plano de Salvação de Deus Pai.

Muitas vezes nós também rezamos, fazemos o discernimento e no primeiro sinal de que algo não vai muito bem, nós começamos a duvidar da nossa oração e do direcionamento do Senhor.

Fica para nós o exemplo: Jesus ainda não sabia que entre os escolhidos havia um traidor, mas nunca duvidou de que fez a escolha certa segundo a vontade do Pai.

Quando nós também subirmos à montanha para orar estejamos certos de que lá o Senhor nos dará a orientação segura para que possamos descer e enfrentar a multidão e até os traidores com serenidade e segurança.

Você também costuma subir a montanha para rezar ao Pai antes de tomar suas decisões? Você confia em que o Senhor sempre dá o direcionamento seguro mesmo que haja algum contratempo em algum momento? Como você tem feito isto?

Reflexão Apostólica:

Imaginemos uma situação hipotética: O que Jesus conversava com Deus no monte? Qual era o motivo desse retiro? Seu objetivo era escolher os doze apóstolos, saber a direção que Deus queria e também se preparar para a “maratona” de pregações, lições e curas que precisaria fazer logo após descer de lá?
Vamos divagar um pouco:
1) Jesus conhecia o plano do pai desde a infância.
2) Assim como Jesus conhecia os pensamentos dos mestres da lei também já sabia quem seriam seus apóstolos.
É provavelmente dessa mesma forma que nos convida a exercer uma função ou missão. Conhece nossos dons e tudo aquilo que precisará ser trabalhado para melhor ser usado em prol dos irmãos, De fato, a única coisa que Ele não sabia, e sabe, é se aceitaremos.
3) Provavelmente preparava-se para o que estaria por vir se aceitasse por completo a vontade do Pai. Aceitar demandaria muito trabalho e entrega, pois visivelmente o povo estava muito carente de alguém que os conduzisse, libertasse, os curasse…
Certa vez os discípulos perguntaram ao Mestre o porquê não conseguiam expulsar um espírito que possuía um rapaz. A reposta de Jesus a essa pergunta talvez sele o que Ele realmente buscava no monte.
Para cada desafio, que nos é imposto, é preciso redobrar a atenção na mesma medida. Essa “medida” não significa por mais terços ou aumentar o número de ave-marias que saem da minha boca e sim, buscar uma oração com maior qualidade e intimidade com Deus. Não adianta também ficar no monte só rezando sozinho, é preciso estar convicto, íntimo e descer.
Deus também nos chama a caminhar com Ele 
Propósito:
Pai, transforma-me em apóstolo de teu Filho Jesus para que, movido pelo Espírito, eu possa ser sinal da presença dele neste mundo tão carente de salvação.


domingo, 26 de outubro de 2014

Evangelho segunda feira 27 de outubro

27 Portanto, cada momento que passa é uma nova oportunidade que devemos aproveitar e da qual, um dia, deveremos prestar contas a Deus; por isso, cada minuto que vai sendo marcado no relógio pode marcar no tempo o instante solene do qual depende o nosso destino eterno. ( L 52). São Jose Marello
Evangelho
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 13,10-17

"Certo sábado, Jesus estava ensinando numa sinagoga. E chegou ali uma mulher que fazia dezoito anos que estava doente, por causa de um espírito mau. Ela andava encurvada e não conseguia se endireitar. Quando Jesus a viu, ele a chamou e disse:
- Mulher, você está curada.
Aí pôs as mãos sobre ela, e ela logo se endireitou e começou a louvar a Deus. Mas o chefe da sinagoga ficou zangado porque Jesus havia feito uma cura no sábado. Por isso disse ao povo:
- Há seis dias para trabalhar. Pois venham nesses dias para serem curados, mas, no sábado, não!
Então o Senhor respondeu:
- Hipócritas! No sábado, qualquer um de vocês vai à estrebaria e desamarra o seu boi ou o seu jumento a fim de levá-lo para beber água. E agora está aqui uma descendente de Abraão que Satanás prendeu durante dezoito anos. Por que é que no sábado ela não devia ficar livre dessa doença?
Os inimigos de Jesus ficaram envergonhados com essa resposta, mas toda a multidão ficou alegre com as coisas maravilhosas que ele fazia.
"  

Meditação:

A importância que os judeus davam ao cumprimento dos preceitos era constantemente "carga pesada". Quando Jesus ensinava ou realizava sinais em favor de determinadas pessoas, eram um chamado urgente à vida, um verdadeiro resgate do ser humano.

Esse ser que se mostra enfermo, marginalizado ou encurvado frente à vida é que deve ser transformado em pessoa e ter de volta sua dignidade de criatura de Deus. A repreensão de Jesus ao chefe da sinagoga é forte. Jesus usa expressões pesadas, isto faz com que ele se sinta confuso por seu cumprimento superficial da Lei.

Jesus nos lembra que não devemos nos esmerar em cumprir a "letra" da Lei, mas cumprir seu "espírito". É mais importante ser pessoa e do que parecer ser. Nossa missão é colaborar na construção do reinado de Deus partindo do nosso coração.

Ele nos mostra como é importante sair da escravidão espiritual que com freqüência vivemos e sermos capazes de nos endireitar para poder olhar Deus de frente.

O Evangelho de hoje mais uma vez traz o tema da cura realizada em dia de sábado. Para os judeus, o sábado é um dia sagrado, no qual não se deve trabalhar, e nem fazer nenhuma atividade física. Os antigos fariseus e mestres da lei haviam criado regras absurdas, como por exemplo: em dia de sábado não se devem usar calçados que precisem amarrar, não se deve viajar, não se deve curar ninguém (a não ser que o doente esteja em risco de morte)... E foi neste ponto que Jesus bateu de frente com os doutores da lei e os fariseus.

Entre os Evangelhos, o livro de Lucas é o único que possui a narrativa da cura da mulher encurvada. Jesus estava mais uma vez ministrando na sinagoga e entre a multidão estava uma mulher possessa de um espírito de enfermidade havia já dezoito anos, ela andava encurvada sem de modo algum poder endireitar-se.

Vivia debaixo de um governo maligno. Sua enfermidade era espiritual e refletia no físico. Suas vértebras se fundiram e era impossível consertar.

Hoje temos obras científicas comprovadas de que as doenças do espírito provocam descargas muito fortes na estrutura física do homem provocando todo tipo de enfermidades.

Quem sabe, na vida daquela mulher, a falta de perdão, ressentimentos, raízes profundas de amargura, foram as brechas para o inimigo trabalhar e lançar a enfermidade. Não sabemos, pois a Palavra não nos afirma assim, mas podemos conjecturar.

Durante dezoito anos aquela mulher encurvada estava todas as semanas no templo, ouvindo as pregações, louvando, ofertando e sacrificando, mas sem nenhuma solução para o seu problema.

Hoje temos muitos vivendo como essa mulher: vida pessimista, encurvada, oprimida por cargas e fracassos durante anos.

O versículo 12 nos diz que Jesus viu aquela mulher. As mulheres na sinagoga ocupavam os últimos lugares, elas não adoravam juntas com os homens, havia uma cortina que separava, mas Jesus a viu, chamou-a e liberou uma Palavra de Autoridade contra o espírito de enfermidade que a atormentava, e logo em seguida tocou-a e ela se endireitou e glorificava a Deus.

O Mestre a contemplou nos últimos bancos, na ala das mulheres, sentiu compaixão pela dor daquela mulher, parou tudo, e chamou-a para frente, a ala dos homens, quebrando totalmente o protocolo da tradição e diante de todos libertou-a de todo o tormento.

Em seguida os religiosos se levantaram contra a vitória daquela mulher, pois não aceitaram a cura em dia de sábado. Nunca haviam feito nada por ela em todo o decorrer dos anos, mas quando alguém fez levantaram-se contra. Jesus defendeu-a! A vida é muito mais importante do que as tradições e ritos. Quem sabe muitos tem se levantado contra a sua vitória, mas creia que Jesus no momento certo lhe defenderá diante de tudo e todos.

No versículo 6, Jesus afirma que aquela mulher estava cativa e era “Filha de Abraão”, ou seja, era israelita, filha da promessa, mas satanás a havia escravizado.

Não é apenas Satanás que faz as pessoas se curvarem. O pecado (Sl 38,6), a tristeza (Sl 42,5), o sofrimento (Sl 44,25) entre outros, também podem ter esse efeito. Jesus é o único capaz de libertar o cativo!

Ao final da história, no último versículo, havia duas classes de pessoas, os envergonhados e os que se alegravam com a vitória daquela mulher.

Talvez você em alguma área da tua vida esteja encurvado. Você não consegue andar corretamente. Aquela mulher não levantava a cabeça, só olhava para o chão. Ninguém conseguia ver sua face, andava escondida, cheia de complexos. Mas quando Jesus chega ele muda tudo.

Quando Jesus chega, o inferno tem que se render diante do Seu grande Poder. Quando Jesus chega os inimigos tem que recuar e ser envergonhados.

Este é o seu dia! Este é o seu momento! Levante-se, erga a cabeça e tome posse do Milagre!

Reflexão Apostólica:

Até onde pode chegar a inveja humana? Temos a real noção de quanto ela atrapalha, ou pelo menos, atrasa a vontade de Deus? Quem nunca foi vítima da inveja de alguém?

Para entender a inveja precisamos entender a noção real do que é felicidade, realização e sucesso. Será que tenho em minha mente o que seja cada um desses elementos? Será que acontecem simultaneamente? Será que dependem um do outro?
A felicidade é um estado ou elemento que independe de um projeto ou sonho realizado, pois esta atrelada a estado emocional, físico e mental favorável em um determinado instante ou momento, ou seja, posso estar passando por problemas, mas estar feliz pela sua presença.

Ela independe do sucesso ou da realização de um feito, pois esta como disse agora a pouco, atrelada a um momento. Se a felicidade é variável como o momento que esta, podemos então dizer que a insatisfação momentânea não condição para se perder um dia inteiro. Como é comum vermos pessoas “beiçudas” o dia inteiro ao nosso redor.

Relevamos aqueles que estão doentes, acamados, desanimados ou desesperançosos, mas qual é o motivo do maligno tentar estragar a vida, o trabalho, o empenho daquele que faz e realizado? Nada esta bom! Não vêm beleza ou solução no trabalho alheio; a inveja, a dor, a perca da esperança podem fazer até os maiores seguidores fieis fraquejarem.
A inveja do chefe da sinagoga não permitia que visse nas curas, na fala, na mensagem que por trás de tantos prodígios revelados por aquele homem estava o próprio reino de Deus

Se pudermos dizer que SUCESSO é a cura e que REALIZAÇÃO seja tudo que aconteceu para que essa cura acontecesse e ao final refletir que todo esforço ter dado certo, FELICIDADE é portanto  fazer… Tai o grande problema: O invejoso, seja hoje ou no tempo de Jesus, não consegue fazer; já que não anda, não busca, (…), sendo assim ele não se realiza. Já que não busca mudar, também não encontrará o sucesso (a cura).

A felicidade pode estar a nossa frente e não conseguirmos ver.
Não nos preocupemos ou deixemos de trabalhar, buscar ou andar em virtude das críticas, dos invejosos, das calúnias… Sejamos felizes, mantenhamo - nos felizes e, ao fim do dia, colhamos os frutos que nasceram do Reino de Deus que deixamos brotar.
Tem gente que vai chamar isso de positivismo, mas podemos chamar de paz de espírito.

Propósito:

Pai, que eu saiba dar ao amor ao próximo a devida primazia, não submetendo este mandamento a preceitos secundários que me impedem de descobrir a tua verdadeira vontade.