Seguidores

domingo, 25 de março de 2018

EVANGELHO DO DIA 01 DE ABRIL DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO


DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO
01 abril - Trabalhemos todos da maneira e com a intensidade que Deus quer; Ele sabe muito bem coordenar as nossas fadigas para os seus desígnios. (L 22). SÃO JOSE MARELLO

João 20,1-9

"Domingo bem cedo, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi até o túmulo e viu que a pedra que tapava a entrada tinha sido tirada. Então foi correndo até o lugar onde estavam Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse: - Tiraram o Senhor Jesus do túmulo, e não sabemos onde o puseram!
Então Pedro e o outro discípulo foram até o túmulo. Os dois saíram correndo juntos, mas o outro correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro. Ele se abaixou para olhar lá dentro e viu os lençóis de linho; porém não entrou no túmulo. Mas Pedro, que chegou logo depois, entrou. Ele também viu os lençóis colocados ali e a faixa que tinham posto em volta da cabeça de Jesus. A faixa não estava junto com os lençóis, mas estava enrolada ali ao lado. Aí o outro discípulo, que havia chegado primeiro, também entrou no túmulo. Ele viu e creu. (Eles ainda não tinham entendido as Escrituras Sagradas, que dizem que era preciso que Jesus ressuscitasse.) E os dois voltaram para casa
."

Meditação

Neste Evangelho, são interessantes alguns detalhes: Pedro e João, diante do relato das mulheres, correm ao sepulcro, mas João chega primeiro. Seria aqui o amor do “discípulo amado” a mostrar-se mais forte e dinâmico, por isso correu mais?

Diz o evangelho que João, porém, não entrou no sepulcro. Seria esperar e respeitar a primazia do Príncipe dos Apóstolos? Pedro então chega, como diz o evangelho, vê os detalhes do sepulcro vazio e nele entra. Em seguida, entra também João, que “vê” e “crê”.

A revelação de que “João vê e crê” seria uma virtude do “discípulo amado”? Como os dois discípulos de Emaús, Pedro e João não tinham também, ainda, compreendido as Escrituras.

Com grande liberdade, o evangelista João reinterpreta as tradições das comunidades que o antecederam, dando maior realce à dimensão universal da missão de Jesus, com uma abordagem diferenciada das tradições judaicas.

João ousa ultrapassar as próprias fronteiras das categorias do Antigo Testamento. Daí o caráter simbólico com que ele aborda as narrativas daquelas tradições, às quais recorrem, com freqüência, os evangelhos sinóticos, principalmente Mateus e Lucas.

Depois de ter vivido quarenta dias, a Quaresma, sem cantar Aleluia, neste domingo de Ressurreição com todos os nossos irmãs e irmãos cristãos somos convocados a proclamar com alegria "Aleluia, o Senhor Ressuscitou, Aleluia"!

Nossa fé na Ressurreição de Jesus, causa de nossa alegre esperança, porque a vida venceu a morte, se baseia na fé dos primeiros e primeiras discípulos/as de Jesus que  reconheceram ressuscitado ao crucificado!

Porque ninguém viu a ressurreição, o agir ressuscitador de Deus, age no silêncio e no segredo e na intimidade de seu seio regenerador.

A comunidade cristã foi percebendo e compreendendo aos poucos, pela ação do Espírito, que seu Mestre tinha ressuscitado e continuava vivo no meio deles.

Invadiu-os a certeza de que Deus tinha resgatado Jesus da morte, confirmando a veracidade e o valor de sua vida, palavra, de sua Causa. Deus está do lado de Jesus, do lado dos crucificados.

Nessa experiência fundante da primeira comunidade, se baseia a força missionária da Igreja que através dos séculos continua proclamando "O Senhor Ressuscitou, verdadeiramente, aleluia!".

As primeiras palavras do evangelho de hoje "No primeiro dia da semana", nos remetem ao relato da criação do livro do Gênesis, desta maneira são João nos quer situar diante de uma nova criação: a ressurreição. Ela foi o ato supremo da criação, a maior obra de Deus.

Como e onde percebemos a ressurreição de Jesus? Somos comunicadores,com nossa fragilidade e pequenez, com nossa vida e palavra que a vida, o amor vencem a morte?

É importante levar em conta que tanto Maria Madalena como Pedro e o discípulo amado simbolizam a comunidade cristã, e o processo que ela faz para perceber e acreditar na Ressurreição de Jesus.

Em Maria Madalena vemos uma comunidade que ainda está sofrendo pela morte chocante de Jesus, por isso o evangelho frisa que ainda estava escuro, quando ela foi ao sepulcro.

Podemos imaginar os sentimentos de dor e desorientação dessa mulher, que seguiu com tanto amor àquele que a tinha libertado, devolvido sua dignidade e dado sentido à sua vida.

O amor corajoso desta mulher a Jesus, leva-a a ir sozinha ao sepulcro, mostrando, assim, a busca da comunidade cristã ansiosa de vida e de amor que, sem saber como será possível, espera que a morte não seja a última palavra.

Ela se dirige ao lugar onde tinha sido colocado o corpo morto de seu Mestre, o túmulo. E vê que ele está vazio, porque Deus não aceitou a morte de seu filho amado.

Mas o túmulo vazio por si só é um sinal ambíguo, sujeito a várias interpretações. É um sinal que fala a todos e leva a refletir na possibilidade da ressurreição. É um convite à fé, mas não leva ainda a fé.

Nesta perícope de João, o verbo ver é citado quatro vezes. É a través dos diferentes "ver" de Maria Madalena, Pedro e o discípulo amado, ou seja da comunidade, que se mostra o processo que ela faz para passar desde a dor da morte à fé na ressurreição.

As palavras de Maria Madalena aos discípulos mostram claramente que ela pensa que tinham roubado o corpo do Senhor. Esse é o primeiro impacto que sacode a comunidade, e a faz reagir.

Por isso os dois discípulos saem correndo, o discípulo que leva o apelido do amado de Jesus, que esteve com ele na cruz, chega primeiro e: " Inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas não entrou". Ele percebe que há sinais de vida, mas ainda não alcança a plena compreensão do que aconteceu.

Num gesto de reconhecimento, Pedro deixa que ele entre primeiro no túmulo. E Pedro "viu os panos de linho estendidos no chão  e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus..."

Por que o evangelista tem tanta preocupação em descrever como estavam os panos que cobriam o corpo e rosto de Jesus?

Talvez para fazer lembrar que ali esteve verdadeiramente o corpo morto de Jesus e o fato de que os panos se encontrem tão ordenadamente dobrados mostra que não foram ladrões quem levaram o corpo.

Finalmente o discípulo amado entra no túmulo e ele "viu e acreditou"! A fé do discípulo amado sofre um salto qualitativo. No lugar onde jazia morto seu mestre amado, os olhos de sua fé se abrem e consegue compreender que Jesus está vivo! Ressuscitou!

Essa fé nova que tem o discípulo amado é dom da graça de Deus, que lhes concede acreditar que Deus tirou do sepulcro da morte o seu Filho, ressuscitou-o!

Em Cristo Ressuscitado, recebemos a resposta definitiva de Deus: não à morte, mas à vida é a última palavra que Ele, Deus, pronunciou sobre o destino humano.

Por isso nosso futuro está aberto, podemos ser sempre homens e mulheres de esperança, porque, com a ressurreição de Jesus, entrou na nossa história o sorriso de quem venceu a morte e goza das primícias de uma vida nova, o sorriso da esperança!

A fé no Ressuscitado nos impulsiona a ir ao encontro dos crucificados de hoje, nos colocar a seu lado, para partilhar com eles este sorriso, a certeza alegre que Deus está vivo no meio de nós, ressuscitando, libertando da morte e fazendo uma nova criação.

Olhemos ao nosso redor. Somos capazes de reconhecer a ação de Deus ressuscitando seu povo? Onde? Nossa vida comunica esse sorriso de esperança que brota da fé no Ressuscitado?

Reflexão Apostólica

Maria Madalena deu a notícia: “tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram” . Nós imaginamos qual não deve ter sido a surpresa dos discípulos quando chegaram ao túmulo de Jesus.

Jesus já os havia advertido e anunciara o que iria lhe acontecer, porém eles estavam como que cegos. Mesmo diante de tantas evidências, de tantos sinais eles ainda não tiveram o entendimento completo. Estavam agora em busca do corpo de Jesus. Procuravam um morto, mas Jesus estava vivo. A surpresa transformou-se em alegria depois que eles viram Jesus.

Assim acontece também conosco: facilmente perdemos Jesus de vista. Mesmo que tenhamos começado cedo a buscar a Jesus às vezes nos perdemos Dele porque O procuramos fora de nós, nos túmulos do mundo, nas dúvidas sobre os acontecimentos, na incredulidade em vista das coisas que nos acontecem inesperadamente.

Entretanto, Jesus está perto, muito perto, fazendo parte da nossa vida, acompanhando a nossa história e sabendo o porquê e o para que de todas as coisas.

Se nossa fé reproduz realmente a fé de Jesus (sua visão da vida, sua opção diante da historia, sua atitude diante dos pobres), será tão conflitiva como o foi na pregação dos apóstolos ou na vida mesma de Jesus.

Se, no entanto, reduzimos a ressurreição de Jesus a um símbolo universal da vida pós-morte, ou à simples afirmação de uma vida para além da morte, ou a um fato físico-histórico que ocorreu há vinte séculos. Então essa ressurreição fica esvaziada do conteúdo que teve em Jesus e já não diz nada a ninguém, nem irrita os poderes deste mundo, mas chega até a desmotivar ou desmobilizar o seguimento e o compromisso pala Causa de Jesus.

O importante não é crer em Jesus, mas crer como Jesus. Não é ter fé em Jesus, mas ter a fé de Jesus: sua atitude diante da história, sua opção pelos pobres, sua proposta, sua luta decidida, sua Causa.

Crer lucidamente em Jesus na América Latina, ou neste Continente “cristão”, onde a noticia de sua ressurreição já não irrita a tantos que invocam seu nome para justificar inclusive as atitudes contrarias às de Jesus, implica voltar a descobrir o Jesus histórico e o sentido da fé na ressurreição.

Crendo com essa fé de Jesus, as “coisas de cima” e as da terra não são já duas direções opostas, nem sequer distintas.

As “coisas de cima” são da Terra Nova que está enxertada já aqui embaixo. É preciso fazê-la nascer no doloroso parto da História, sabendo que nunca será fruto adequado de nossa planificação, mas dom gratuito daquele que vem.

Buscar as “coisas de cima” não é esperar passivamente que soe a hora escatológica (que já soou na ressurreição de Jesus), mas tornar realidade em nosso mundo o Reinado do Ressuscitado e sua Causa: Reino de vida, de Justiça, de Amor e de Paz.

Compreender e vivenciar isso na própria existência é fundamental. E, como somente o amor se mostra capaz de fazer amanhecer completamente o dia da ressurreição, dissipando as trevas da morte, amar é fundamental.

Seguidores do Ressuscitado, somos chamados a amar sem medida, recordando que, segundo as palavras e o exemplo do Mestre, não existe maior amor do que dar a vida pelos outros.
O Domingo da Ressurreição é o primeiro dia da nova criação, inaugurada por Jesus com a entrega da própria vida e com sua vitória sobre a morte.

Com sua ressurreição, Jesus nos abriu as portas para a grande aventura de continuar hoje sua missão, semeando vida com a doação da própria vida, de tal modo que a Deus eternize também a nossa, plenificando-a com sua graça.
Portanto, devemos deixar os nossos maus momentos na cruz e também os momentos ruins dos nossos irmãos que chegam até nós. Devemos amá-los. Se amarmos a Deus, amaremos os nossos irmãos. Como podemos nos chegar diante de Deus e pedir perdão, se nós não perdoamos os nossos irmãos?

Coisas do passado sempre são trazidas ao presente. Como alguns têm boa memória para os erros dos irmãos e péssima memória para a mudança dos seus irmãos.

Pare de se prender nos erros do passado. Olhe para o verde que pode brotar no coração do seu irmão. Assim como ressuscitou com Cristo e é nova criatura também o seu irmão é em Cristo e com Cristo uma nova criatura!

Abandone seus pecados antes que eles contaminem totalmente você. Abandone o rancor, antes que ele o incite à raiva e contenda.

Entregue a Deus a sua ansiedade antes que ela o iniba de caminhar com fé. Dê a Deus os teus momentos ruins. Se você deixar com Deus os teus momentos ruins, só sobrarão bons momentos e então Cristo terá ressuscitado em você.

Se Cristo ressuscitou em você, já não é você que vive. Mas é Cristo que vive em no seu corpo e se Cristo vive em você, em você tudo é santo, porque está envolvido pela luz d’Aquele que Verdadeiramente Ressuscitou.
Que a celebração da Páscoa, a maior das festas, a aliança definitiva e eterna entre Deus e a humanidade, renove em nós um amor como o de Jesus, capaz de se doar, de perdoar, de vencer a morte e ressurgir para a vida definitiva.

Propósito: Viver, em plenitude, a Ressurreição.
 


Eu mesmo O verei

E seremos nós, para sempre,
como és Tu o que foste, em nossa terra,
companheiro de todos os caminhos.

Seremos o que somos, para sempre,
porém gloriosamente restaurados,
como são tuas essas cinco chagas,
imprescritivelmente gloriosas.

Como Tu és o que foste, humano, irmão,
exatamente igual na tua morte,
Jesus, o mesmo e totalmente outro,

Assim seremos para sempre, exatos,
o que fomos, somos e seremos,
totalmente outros, porém, tão nós mesmos.

Dom Pedro Casaldáliga
PERSISTÊNCIA SEMPRE
Quando você tenta fazer alguma coisa e fracassa em realizá-la e depois de tentar uma vez mais, você percebe que fracassou novamente; mais outra tentativa e novamente outro fracasso...isso pode ser extremamente desencorajador. É ai que a persistência faz toda a diferença do mundo! 

Seria uma lástima perder toda a sua motivação e conhecimento adquirido em suas tentativas. Portanto, siga em frente. Experimente a dor do desapontamento e direcione essa dor para a persistência e você irá conhecer uma nova e renovada vitalidade. 

O tempo e esforço que você investiu já começou a compensar, mesmo que os resultados ainda sejam frustrantes. Certamente que você não vai querer perder todo esse investimento antes de colher os frutos do seu labor. Portanto, persista. Mantenha os seus esforços focados custe o que custar. Você já está fazendo progressos. Você está seguindo na direção dos seus sonhos. Use o que você já aprendeu, use o que você já experimentou. Siga em frente a despeito de tudo que aconteceu. Com persistência – e com a maravilhosa graça de Deus – você chegará onde deseja chegar.

EVANGELHO DO DIA 31 DE MARÇO SÁBADO VIGÍLIA PASCAL

31 março - Que São José cubra com o seu manto paterno os seus filhos devotos. (L 272). São Jose Marello
Marcos 16,1-7

"Depois que terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, a mãe de Tiago, compraram perfumes para perfumar o corpo de Jesus. No domingo, bem cedo, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. No caminho perguntavam umas às outras:- Quem vai tirar para nós a pedra que fecha a entrada do túmulo?
Elas diziam isso porque a pedra era muito grande. Mas, quando olharam, viram que ela já havia sido tirada. Então elas entraram no túmulo e viram um moço vestido de branco sentado no lado direito. Elas ficaram muito assustadas, mas ele disse: - Não se assustem! Sei que vocês estão procurando Jesus de Nazaré, que foi crucificado; mas ele não está aqui, pois já foi ressuscitado. Vejam o lugar onde ele foi posto. Agora vão e dêem este recado a Pedro e aos outros discípulos: 'Ele vai adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês vão vê-lo, como ele mesmo disse.'
"
Meditação

A tradição cristã sempre associou a noite da ressurreição à noite da páscoa judaica, descrita em Ex 12,1-14, com o caráter, porém, de vigília em honra do Senhor.

A Igreja, a exemplo de seu mestre, não celebra também a Eucaristia desde a noite de Quinta-Feira Santa, até que o Senhor ressuscite verdadeiramente (cf. Lc 22,16). O Sábado Santo se caracteriza também como dia de silêncio e de pesar, mas vivido na expectativa da ressurreição do Senhor.

Mãe de todas as santas vigílias, na expressão de santo Agostinho, a Vigília Pascal faz resplandecer no horizonte da vida humana a recapitulação de todo o universo em Cristo.

É a noite gloriosa do Senhor, que dá dimensão e sentido também à noite do Natal. Nesta vigília, a Palavra de Deus vai ressoar no coração de toda a Igreja, mostrando a todos os fiéis como Deus é fiel no cumprimento de suas promessas. Entoa-se solenemente o Glória, e, depois das longas semanas da Quaresma, volta-se a entoar o Aleluia em verdadeira exultação pascal.

A celebração da Vigília Pascal é de uma riqueza extraordinária. Contêm muitas ações, gestos simbólicos que expressam o mistério pascal: círio, luz, água, palavra proclamada, batismo, aspersão, renovação das promessas batismais, pão, vinho, partilha... Isto exige que os sinais e ações sejam verdadeiros para que realizem o que significam.

A liturgia desta Sagrada Vigília vai, assim, se desenrolando aos nossos olhos como uma celebração cada vez mais iluminadora de nossa vida, dando-lhe um sentido inteiramente novo, encorajando a nossa existência para a nobreza de uma vida fraterna.

Assim, o Círio Pascal, preparado, aceso e conduzido no início da celebração, em rito processional, como que dissipando as trevas do mundo, no simbolismo da igreja apagada, lembra-nos a coluna de fogo, na qual o Senhor precedia, na escuridão da noite, o povo de Israel ao sair do Egito (cf. Ex 13,21-22). Cristo é a luz do mundo, e quem o segue não anda nas trevas (cf. Jo 8,12), eis o simbolismo último do Círio Pascal.

O tesouro maior da liturgia encontra-se, pois, nas celebrações desta noite. Como já se falou, o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor é a celebração mais importante na vida da Igreja, com sua posição mais alta na escala da Liturgia.

São quatro os momentos litúrgicos da Vigília Pascal: a Liturgia do Fogo e da Luz, a Liturgia da Palavra (Gn 1,1-2,2; Sl 104/103; Gn 22,1-18; Sl 16/15; Ex 14,15-15,1; Ex 15,1-5.17-18; Is 54,5-14; Sl 30/29; Is 55,1-11; Is 12,2.4-6; Br 3,9-15.32-4,4; Sl 19/18b; Ez 36,16-17a.18- 28; Sl 42/41; Rm 6,3-11; Sl 118/117; Mc 16,1-7), a Liturgia Batismal e, encerrando, a Liturgia Eucarística.

Nesta noite santa e mil vezes feliz a Palavra do Senhor nos faz experimentar as maravilhas realizadas em favor do povo desde o princípio.

Hoje celebramos por meio dos sinais sacramentais da luz, da Palavra, da água, do pão e do vinho, participando intensamente da realidade da páscoa do Senhor.

Celebrando o mistério de Cristo, que passa da morte à vida, damos graças ao Pai pelas maravilhas realizadas ao longo da história da salvação.

Reflexão Apostólica: 

Com o amanhecer de um novo dia, o projeto de Jesus vê também a luz definitiva como no primeiro dia da Criação. Um grupo de mulheres experimentará que a morte não tinha tido a última palavra; que aquele a quem tinham crucificado, o próprio Deus o havia ressuscitado e já estava a caminho para continuar seu plano salvador, que agora já não mais acabaria.

As mulheres se dirigem ao sepulcro ao raiar do primeiro dia da semana e levam perfumes para ungir o corpo de Jesus, pois ainda não haviam realizado tal gesto devido ao repouso do sábado (cf. Lc 23,56).

Essas discípulas ousadas, que seguiram Jesus até a cruz (15,40), são iluminadas pela luz de sua ressurreição. À luz das Escrituras, acolhem o Ressuscitado como aquele que foi crucificado, entregue por amor à humanidade.

As mulheres assumem a missão de discípulas missionárias, anunciadoras da vida nova do Ressuscitado aos demais discípulos.

A Palavra de Deus ilumina os seguidores/as de Jesus a continuar sua obra de amor. Deus realiza maravilhas na criação, revelando-se como fonte de toda a vida.

Chama-nos atenção alguns pontos relevantes do Evangelho de hoje:

 * O zelo para com o corpo de Jesus: Tal zelo se dava numa atmosfera de pesar, profunda tristeza e comoção. Para os que O cercavam, e nutriam por Ele um sentimento íntimo, dado o aspecto de seu corpo, certamente ungi-lo com aroma iria amenizar a ação do tempo, além de ser também um ritual fúnebre.
 
 * A desatenção com o tamanho da pedra e a impossibilidade de removê-la: Seria racional perceber que a pedra que tampava o túmulo era extremamente grande, pelo temor de violação. E mais racional ainda era a impossibilidade de três mulheres move-la.

* As vestes do jovem. Por que branca?: A cor branca associa-se à idéia de paz, de pureza. Em muitos momentos é a representação da essência divina.

 * O porquê o jovem (anjo) disse: - dizei a seus discípulos e a Pedro: Jesus expressa a necessidade de um líder, de um pastor que reiterasse os valores do seu ministério.

Racionalizar Deus nos seus atos ainda é nossa fraqueza.

Quantas pedras estão em nosso caminho na direção de Jesus? Qual Jesus buscamos? Qual sentimento temos para com ele? Como podemos dizer que somos cristãos se não nos caracterizamos como tal, com atitudes verdadeiramente cristãs?  Responder essas perguntas é fácil, difícil é se apropriar delas no nosso cotidiano.

Se bem observarmos, muitos daqueles que seguiram a Jesus Cristo o fizeram por amor a ele próprio, não foi a sua fé quem os mantiveram ao seu lado.

Animai-vos! Busquemos essa intimidade com Cristo primeiro! Aí sim, serviremos a Deus no propósito da Evangelização, pela extensão do seu amor ao próximo.

Com a Ressurreição, Deus está afirmando seu reinado de vida plena sobre qualquer estrutura de morte. Já não há obstáculos impossíveis, não há pedras difíceis de remover; a comunidade se começará a fortalecer e a lembrar de tudo o que o Mestre lhes ensinara para compreendê-lo de uma vez e para sempre. Esta é a hora para dissipar os medos e reavivar a esperança.

O regresso à Galileia, a pátria dos pobres, onde tudo havia começado, será o sinal deste novo nascimento para a comunidade dos discípulos.

A Páscoa de Jesus é a celebração por excelência do cristianismo. A Ressurreição é o que dá sentido à nossa fé. O triunfo da vida sobre toda a forma de morte é o que professamos; e em razão desse mistério nos comprometemos a defender e a amar a vida do universo inteiro que foi remido.

Esta é a hora para pôr no altar do Senhor as esperanças de nossos povos; para professar em alta voz que, se Cristo ressuscitou, nossa fé tem sentido. O cristão, pelo batismo, mergulha no mistério da Páscoa de Cristo, na sua morte e ressurreição.

Que a Palavra e a força do Ressuscitado nos iluminam para sermos testemunhas de vida nova através da fé e o amor solidário.

Propósito: Defender e a amar a vida, em todos os sentidos.

POSSIBILIDADES
Você está cheio de possibilidades. Não importa qual seja a sua idade, seu grau de instrução, ou sua situação finnceira, a sua vida está cheia de reais possibilidades. A frustração que você sente advém de possibilidades não concretizadas. Porém, você está aqui para fazer uma diferença de uma maneira muito especial. Ninguém pode trazer uma perspectiva que é apenas sua para este mundo. Ninguém. 

Você pode sim fazer uma grande diferença. E isso trará um enorme senso de satisfação à sua vida. 

Todas as grandes criações e realizações foram feitas por pessoas iguais a você. Por pessoas que optaram por focar em suas possibilidades. Aos olhos de Deus todos aquele que Ele criou são muito especiais e cheios de possibilidades. Tome a decisão de viver as suas possibilidades. Faça a opção de fazer uma diferença e não haverá obstáculos que possa segura-lo.

Evangelho do dia 30 de março SEXTA FEIRA SANTA


30 março - Se São José não concedesse graças, não seria mais São José. (S 173) .SÃO JOSE MARELLO
PAIXÃO DO SENHOR
João 18,1-19,42

"Depois de fazer essa oração, Jesus saiu com os discípulos e foi para o outro lado do riacho de Cedrom. Havia ali um jardim, onde Jesus entrou com eles. Judas, o traidor, conhecia aquele lugar porque Jesus tinha se reunido muitas vezes ali com os discípulos. Então Judas foi ao jardim com um grupo de soldados e alguns guardas do Templo mandados pelos chefes dos sacerdotes e pelos fariseus. Eles estavam armados e levavam lanternas e tochas. Jesus sabia de tudo o que lhe ia acontecer. Por isso caminhou na direção deles e perguntou: - Quem é que vocês estão procurando? - Jesus de Nazaré! - responderam.
- Sou eu! - disse Jesus.
Judas, o traidor, estava com eles. Quando Jesus disse: "Sou eu", eles recuaram e caíram no chão. Jesus perguntou outra vez: - Quem é que vocês estão procurando?
- Jesus de Nazaré! - tornaram a responder.
Jesus disse:
- Já afirmei que sou eu. Se é a mim que vocês procuram, então deixem que estes outros vão embora!
Jesus disse isso para que se cumprisse o que ele tinha dito antes: "Pai, de todos aqueles que me deste, nenhum se perdeu." Aí Simão Pedro tirou a espada, atacou um empregado do Grande Sacerdote e cortou a orelha direita dele. O nome do empregado era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: - Guarde a sua espada! Por acaso você pensa que eu não vou beber o cálice de sofrimento que o Pai me deu?
Em seguida os soldados, o comandante e os guardas do Templo prenderam Jesus e o amarraram. Então o levaram primeiro até a casa de Anás. Anás era o sogro de Caifás, que naquele ano era o Grande Sacerdote. Caifás era quem tinha dito aos líderes judeus que era melhor para eles que morresse apenas um homem pelo povo.
Simão Pedro foi seguindo Jesus, junto com outro discípulo. Esse discípulo era conhecido do Grande Sacerdote e por isso conseguiu entrar no pátio da casa dele junto com Jesus. Mas Pedro ficou do lado de fora, perto da porta. O outro discípulo, que era conhecido do Grande Sacerdote, saiu e falou com a empregada que tomava conta da porta. Então ela deixou Pedro entrar e lhe perguntou: - Você não é um dos seguidores daquele homem?
- Eu, não! - respondeu ele.
Por causa do frio, os empregados e os guardas tinham feito uma fogueira e estavam se aquecendo de pé, em volta dela. Pedro estava de pé, no meio deles, aquecendo-se também.
"
Meditação

Jesus foi injustamente condenado a morte humilhante de Cruz, tendo que carregar esta mesma cruz como um criminoso qualquer.

Com extremo esforço ele subiu a encosta do Calvário, carregando aquela pesada cruz. Estava todo ferido e desfigurado, mas permanecia manso como um cordeiro levado ao matadouro.

Foi uma entrega amorosa e cheia de compaixão, foi morrer por nós, tomou sobre si todas as nossas enfermidades. Deu tudo o que tinha que dar para nos salvar a todos.

Hoje, Sexta-Feira Santa, lembramos o sofrimento de Nosso Senhor Jesus Cristo  o  qual ficou conhecido como Paixão do Senhor.
A celebração da Paixão do Senhor consta de três partes. A Liturgia da Palavra, a Adoração da Cruz e a Sagrada Comunhão.

A Paixão do Senhor, que não pode tomar-se isoladamente como um fato encerrado em si mesmo, visto ser apenas um dos momentos constitutivos da Páscoa, só pode compreender-se à luz da Palavra divina.

Por isso, a Liturgia da Palavra, bastante desenvolvida, começa por nos introduzir, por meio de Isaías (Is 52,13-53.12), de São Paulo (Hb 4,14-16.5,7-9) e de São João (Jo 18,1-19,42), no mistério do sofrimento e Morte de Jesus.
A narrativa da Paixão, no Evangelho de João, apresenta-nos a imagem de Jesus que o evangelista quis forjar através de todo seu evangelho: um Jesus que é a revelação do Pai, ao mesmo tempo que nele se revela a plenitude do amor. Ainda que pendente na cruz, sua vida e sua morte é uma vitória, porque "tudo está consumado" como era da vontade do Pai.

A morte tem sido o grande mistério que preocupa o homem através de toda sua história. Porque ainda que este pretenda negar todas as verdades, entretanto, há uma que sempre o persegue e nunca pode rechaçar: a realidade da morte. Nem sequer os ateus mais convictos se atreveram a negar que eles também vão morrer.

Para o pagão, a morte era uma tragédia; não se tinha idéias claras sobre o além, por isso que se admitia uma existência "além da tumba", dita existência estava rodeada de escuridão e enigmas. Ademais, nem todos admitiam uma vida depois da morte, porque esta era um desaparecer total, o fim de todas as esperanças, a frustração de todos os anseios. Os próprios judeus aceitavam a ressurreição, mas a projetam para o fim da história.

Para os discípulos, a situação era desoladora. Eles esperavam um Messias terreno que revivesse as glórias do reinado de Davi e Salomão e é aqui que suas ilusões se desvaneceram como espuma.

 Essa sensação de desalento está claramente expressada em um dos discípulos de Emaús: "Nós esperávamos que ele resgataria Israel; mas já fazem três dias que tudo isso ocorreu".

A morte de Jesus foi um acontecimento trágico; seus inimigos conseguiram o que queriam: tirá-lo do meio; os fariseus, porque Jesus desmascarou sua hipocrisia, os sacerdotes porque denunciaram a vício de um culto formalista; os saduceus porque refutou a negação da ressurreição; os ricos porque havia jogado na cara a injustiça de suas atuações; os romanos porque pensavam que era um sedicioso.

Jesus morreu abandonado por todos; seus discípulos fugiram, os judeus o desprezavam; o Pai se fez surdo ao seu clamor; essa tarde, na cruz estava o corpo de um justiçado, condenado pela justiça humana e rechaçado pelo seu povo. Parecia que o ódio tinha vencido o amor; o poder sobre a debilidade de um homem, as trevas sobre a luz; a morte sobre a vida.

Aquela tarde, quando as trevas caíram sobre o monte Calvário, parecia que tudo estava terminado e os inimigos de Jesus poderiam descansar tranqüilos.

Porém, era aqui, no mais profundo dos acontecimentos, que a realidade era distinta. Jesus não era um vencido, mas um triunfador; a morte não o aprisionava, mas o havia libertado de seu abraço mortal.

O que parecia o fim se transformou em glória; o que muitos consideravam como o término era o começo de uma nova etapa de salvação.

A cruz deixou de ser um instrumento de tortura para se converter em um trono de glória de um novo reino e a coroa de espinhos posta sobre sua cabeça é agora um diadema de honra.

Ao morrer, Jesus deu um novo sentido à morte, à vida, à dor. A pergunta desesperada do homem sobre a morte encontrou uma resposta. Mas isto não significa que possamos cruzar os braços e nos contentar com o ensinamento de que a morte de Jesus significou uma mudança na vida da humanidade.

Essa mudança deve manifestar-se em nossa experiência porque ele não aceitou sua morte como a resignação de quem se submete a um destino iniludível, mas como quem aceita uma missão de Deus.

Por isso, sua morte condena a injustiça dos crimes e assassinatos, mas nos pede para fazer algo contra a injustiça porque não somente condena a exploração dos oprimidos, mas nos pede para melhorar sua situação; a morte de Jesus não somente é a rejeição do abandono das multidões, mas exige que nos aproximemos do desvalido.

Sua morte não é somente uma recordação que revivemos a cada ano, mas um chamado para melhorar o mundo, destruir as estruturas do pecado e restabelecer as condições de paz, construir uma sociedade baseada na concórdia, na colaboração e na justiça.

Jesus continua morrendo nos nossos bairros marginalizados, nos soldados e guerrilheiros que jazem nas selvas, nos seqüestrados e prisioneiros, nos enfermos e nos ignorantes.

A nós cabe fazer com que o grito de desespero de Jesus quando diz: "Pai, por que me abandonastes" se converta no grito de esperança: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito".
Reflexão Apostólica:  

Jesus era Deus e homem.  O Jesus-homem  sentia dor, fome, frio como qualquer pessoa.  Jesus-Deus sabia tudo o que iria lhe acontecer nos mínimos detalhes. 

Foi por isso que  Jesus-Homem ficou muito tenso e suou sangue no Horto das Oliveiras.  Na verdade, o nome exato é TRANSPIRAR SANGUE.

Você  sabe o dia da sua morte? Nem eu. Isso é bom, ou ruim? É claro que é bom. Imagine que hoje seria o seu último dia de vida e você ficou sabendo disso ao se levantar. 

Será que você estaria sentado aí,lendo esta reflexão, com toda esta calma? Não! Você estaria em PÂNICO! Pânico total e pleno.

Já teria telefonado para todos os amigos e parentes,  já  teria corrido atrás do sacerdote para fazer uma boa confissão ou a extrema unção...  e   provavelmente, teria também transpirado sangue. 

Conclusão: Não saber o dia da nossa morte é uma coisa muito boa, uma dádiva de Deus para que não soframos por antecipação.

Como aconteceu com Jesus enquanto homem na noite antes de sua morte. Jesus estava profundamente abalado em sentido psicológico, moral e físico, e foi por isso que o Evangelho diz que Jesus suou sangue.

Muita gente já deve ter dito ou pensado. Suar sangue? Isso não existe! Que coisa mais ingênua!  Vamos entender o que realmente aconteceu com Jesus naquele momento de grande aflição no Horto das Oliveiras  momentos antes da sua Paixão propriamente dita.

O fenômeno é cientificamente conhecido pelo nome de hematidrose. Hêmato+hidrose hêmato = a palavra é composta pelos radicais gregos: haima (de haimatos), que significa "sangue". Hidrose = suor, transpiração.

A pessoa quando submetida sob tensão ou ansiedade extrema, as artérias se rompem e o sangue penetra nas glândulas sudoríparas.

A hematidrose é um fenômeno raríssimo apenas uma fraqueza física excepcional onde o corpo inteiro dói, acompanhada de um abatimento moral violento causada por uma profunda emoção, por um grande medo.

Apenas um ato destes pode causar o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas  onde o suor anexa-se ao sangue formando a  hematidrose.  A hematidrose  pode ser mais entendida como uma transpiração de sangue acompanhada de suor.

Portanto, ler no evangelho que Jesus suou sangue, não se trata de uma coisa ingênua, como alguns pensam.

Nos Estados Unidos foram registrados mais de 100 casos.  Por exemplo. Pessoas que antes de irem para a cadeira elétrica, sob  forte tensão por saber que iam morrer, transpiraram sangue.

Pessoas com medo minutos antes da morte,  em caso de naufrágios, tempestades destruidoras, etc. Também transpiraram sangue.

Em seu caminho para o Calvário Jesus-Homem  sofreu muita humilhação e muita dor física e mental, dos quais Ele, enquanto Deus,  poderia ter se livrado num piscar de olhos com mais um milagre daqueles muitos que  fez.

Se você reparou, de todos os milagres que Jesus realizou, ele não operou nenhum milagre em benefício próprio. Todos foram para acabar com o sofrimento daqueles que eram excluídos da sociedade injusta.

Jesus-Deus podia simplesmente através de um gesto ou pensamento,  destruir o chicote que o flagelava,  derreter os cravos que penetraram  em seus pulsos, em fim transformar em  estátuas todos os soldados e os demais homens que o maltratavam.

Jesus precisava passar por todo aquele sofrimento. E, em vez de castigar seus agressores, Jesus rezou e pediu ao Pai para perdoá-los, pois se soubessem que Ele era o próprio Deus, não estariam fazendo tudo aquilo. 

Essa atitude de Jesus é uma demonstração da imensa e infinita misericórdia e bondade de Deus. Nós também precisamos perdoar as pessoas que são injustas conosco. Pois se elas conhecessem e seguissem os ensinamentos de Jesus, não agiriam dessa forma.

O Jesus-Homem no momento de desespero sentindo-se abandonado pelo Pai, gritou: "Pai! Por que me abandonastes?  Não, Deus Pai não o abandonou! Foi só uma impressão do Jesus-Homem naquele momento de desespero. Ele tinha de passar por tudo aquilo, mais o melhor estava por vir no sábado. A RESSURREIÇÃO!

Quantas vezes em nossas vidas nos sentimos abandonados! Na hora que perdemos o emprego, no momento em que desmanchamos o namoro com aquela pessoa que amamos tanto, no momento em estamos envolvidos em um acidente terrível etc.

Não! Deus nunca nos abandona! Nós é que nos afastamos de Deus, e depois colocamos a culpa nele pelas conseqüências  dos nossos atos  impensados ou irresponsáveis.

Além disso, às vezes não entendemos os desígnios  ou a vontade de Deus.  Exemplo. Desmanchar com aquela namorada que lhe fez sofrer tanto, foi bom para você.

Hoje você  está bem casado e feliz da vida, enquanto aquela sua ex-namorada seguiu outro caminho que nem vamos comentar...
 Oração: Ó Deus, que nos renovastes pela santa morte e ressurreição do vosso Cristo, conversai em nós a obra de vossa misericórdia, para que, pela participação deste mistério, vos consagremos sempre a nossa vida. Que a Paixão de Cristo perdoe os nossos pecados, e também ressuscitemos e voltemos  à vida da graça como um homem novo, uma mulher nova.

Propósito: Ter um olhar de compaixão para com as pessoas que sofrem e ajudar, como Cireneu, os que caem.  
MAIS FORTE AINDA
Quando chegam as dificuldades ao ponto de serem empilhadas umas em cima das outras a um grau de você já não sequer poder ver o caminho à sua frente, aí então, você tem duas opções. Você pode optar por desistir ou pode optar por se tornar mais forte ainda. Você pode optar por enterrar os seus sonhos debaixo de uma impenetrável camada de medo e preocupação, ou você pode optar por fazer dos seus sonhos algo ainda mais magnífico e ainda mais atraente a tal ponto que você não terá outra alternativa a não ser seguir corajosamente em frente. 

Você pode sentir pena de você mesmo ou você pode sentir o poder de um verdadeiro propósito. Você pode buscar alguém para lançar culpas ou você pode buscar por maneiras de assumir a sua total responsabilidade pela situação. Essa é a sua vida e mesmo diante dessas dificuldades, vale a pena continuar vivendo e esperar os desenvolvimentos dos próximos capítulos. A realidade é que são em meios a esses tempos de grandes desafios que você pode – pela graça de Deus – construir uma pista de decolagem para altos vôos! 

Quando não há razão para se manter positivo, faça a opção de ser mais positivo ainda. Em vez de ser desmantelado pelos problemas, faça o opção de ser energizado pelas possibilidades que estão ocultas dentro deles. Sinta a genuína confiança de saber que Deus está bem presente e muito, mas muito perto de você. Com isso na mente e – melhor ainda – com isso no coração você pode se tornar mais forte ainda.

Evangelho do dia 29 de março quinta feira santa


29 março - É necessário pedir a São José a tranquilidade e a igualdade de espírito; ele era sempre igual a si mesmo, tanto quando dava ordens a Jesus, a Sabedoria do Pai, como
quando exercia a sua profissão, ocupando-se com os trabalhos mais humildes e grosseiros. (S 173). SÃO JOSE MARELLO
João 13,1-15

"Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e os amou até o fim. Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O Diabo já havia posto na cabeça de Judas, filho de Simão Iscariotes, a idéia de trair Jesus. Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo o poder. E sabia também que tinha vindo de Deus e ia para Deus. Então se levantou, tirou a sua capa, pegou uma toalha e amarrou na cintura. Em seguida pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha. Quando chegou perto de Simão Pedro, este lhe perguntou: - Vai lavar os meus pés, Senhor? Jesus respondeu: - Agora você não entende o que estou fazendo, porém mais tarde vai entender! - O senhor nunca lavará os meus pés! - disse Pedro.- Se eu não lavar, você não será mais meu discípulo! - respondeu Jesus. - Então, Senhor, não lave somente os meus pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! - pediu Simão Pedro. Aí Jesus disse: - Quem já tomou banho está completamente limpo e precisa lavar somente os pés. Vocês todos estão limpos, isto é, todos menos um. Jesus sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: "Todos menos um." Depois de lavar os pés dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra vez à mesa e perguntou: - Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu fiz.."
Meditação
Esse evangelho de João é uma das peças mais bonitas de nossa tradição cristã. Nessa página, ele quis nos ensinar talvez a coisa mais difícil: não simplesmente amar, que quase todos nos acreditamos capazes. Mas reparem que ele diz que Jesus amou os seus discípulos até o fim.

A força está nesta última expressão: até o fim. Os nossos amores acabam, são frágeis, são como o amor de Judas, que começou entusiasmado por Jesus, era talvez um dos mais inteligentes, sendo-lhe até confiada a administração dos poucos recursos que tinham.

Aquele homem, que começou amando Jesus, terminou traindo-o. Portanto, amar até o fim não é fácil. De doze escolhidos, um deles não conseguiu. É uma proporção grande.

João continua querendo nos dizer o que nos faz amar até o fim e coloca quatro coisas bonitas. Começa dizendo que é uma coisa solene, importante, um ensinamento que Jesus queria deixar marcado no nosso coração ao tomar consciência de que era a grande hora, de sua passagem para o Pai.

No evangelho de João, Jesus come a sua ceia com os discípulos um dia antes da Páscoa dos judeus. A ceia é um momento de alegria e Jesus procura animar os discípulos, diante do pressentimento da repressão que se aproxima.

Cinco dias antes desta ceia, em uma outra, em Betânia, Maria, amorosamente, ungiu com perfume os pés de Jesus. Agora é Jesus que lava os pés dos discípulos. A vida e o ministério de Jesus resumem-se no ato de servir. É o serviço que liberta, gera e faz florescer a vida.

Não era um dia qualquer, um dia anódino, perdido na história, mas um dia único, solene. É como um pai que, no seu leito de morte, reúne os filhos para lhes dar uma última lição de alguém que parte desta vida.

Para que amemos até o fim é preciso que o Pai nos dê tudo. É dele que recebemos essa força, essa graça. Jesus sabia que vinha do Pai e para Ele voltava.

Nós não amamos porque esquecemos que viemos de Deus e para Ele voltamos. Só a consciência de nossa origem divina, de que Deus está na origem de nossa existência, de que somos criados e amados por Ele é que nos possibilita amar. Quem nunca descobriu que Deus está na sua própria origem não será capaz de amar até o fim, porque lhe faltará força.

Jesus se reconhece como Senhor e Mestre para ensinar os discípulos o caminho do desapego, da simplicidade e do serviço à comunidade. É este o caminho que leva à glória do Pai.

Todo discípulo deve imitar o Mestre e mesmo que não compreenda bem o porque dos seus ensinamentos, precisa obedecê-lo.

Somos discípulos de Jesus e sabemos que só Ele tem as palavras de vida eterna para nós. Jesus aproveitou os últimos momentos antes de ser levado para o Calvário para nos ensinar a vivenciar o verdadeiro amor. Ao pegar uma toalha e aplicar-se a lavar e enxugar os pés dos seus discípulos

Ele nos mostrou que lavar os pés significa servir, estar à disposição, solidarizar-se fraternalmente com as pessoas. Jesus despojou-se de si mesmo quando tirou o manto da realeza, da autoridade e da dignidade de ser Filho de Deus e abaixou-se para servir aos seus amigos.

Pedro, que não compreendeu o sentido da ação do Mestre tentou dissuadi-Lo do Seu propósito de lavar os pés dos discípulos, porém, Jesus replicou com uma afirmação que é muito importante para todos nós, hoje: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo.”

Os pés significam o nosso caminhar, nossas ações, nossas escolhas, nossas preferências. Jesus deseja nos purificar e usa os nossos irmãos como Seus instrumentos.

Portanto, nós também, quando acolhemos com humildade o auxílio de alguém que em Nome de Jesus se oferece para nos ajudar nós estamos nos deixando lavar por Jesus.

Quando nós não admitimos ser lavados é porque entendemos que somos muito perfeitos e, por isso, não carecemos da ajuda de ninguém.

Da mesma forma, seguindo o exemplo do Mestre nós necessitamos lavar os pés das pessoas que surgem no nosso caminho e precisam do nosso amor e da nossa atenção.

Por meio do nosso próximo mais próximo Jesus nos ampara, nos lava e nos purifica para que possamos também fazer o mesmo com outros.

Só quando nós nos deixarmos lavar nós iremos compreender a profundidade do gesto de Jesus. Por isso, Ele nos deu a seguinte explicação: “compreendeis o que acabo de fazer?… Se eu, o Senhor e mestre vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros”.

O que você acha deste gesto de Jesus? Você tem deixado que as pessoas lavem os seus pés? O que significa para você lavar os pés do irmão? O que para você é melhor: “lavar os pés” de alguém ou deixar que alguém “lave os seus? ”

Reflexão Apostólica: 

Para ser o maior é preciso ser pequeno de vaidades, sem orgulhos e ambições desmedidas, é estar inserido numa caminhada que leva ao encontro d'Aquele de onde viemos.

Que tipo de servo você é? Ou você pensa ser o mestre? Mestre só tem um, e Ele é o Senhor da vida!

Num jardim, caminhavam tranquilamente vários insetos e cada um vivia sua vida de acordo com suas funções e atribuições. Muitos olhavam na vida dos outros, coisas que mereciam ser copiadas.

A minhoca queria ter as pernas do Sr. Gafanhoto, pois era tão difícil se locomover apenas perfurando buracos; a D. Aranha gostaria de ter menos pernas como a Srta. Pulga (que só tem uma), pois era muito caro comprar tantos tênis e sandálias (…). Como nós, nunca estão satisfeitos com aquilo que tem.
(…) O olhar do invejoso é mau; ele desvia o rosto e despreza sua alma. O olhar do avarento é insaciável a respeito da iniqüidade, só ficará satisfeito quando tiver ressecado e consumido a sua alma. O olhar maldoso só leva ao mal; não será saciado com pão, mas será pobre e triste em sua própria mesa“. (Eclo 14,8-10)

Nós caminhamos para Deus, estamos na história, num percurso, num itinerário que nos conduz ao Pai. Se soubermos que viemos de Deus e caminhamos para Ele, saberemos amar.

Se caminhamos para Deus, nenhum obstáculo poderá nos deter. Paulo mesmo é quem nos disse que nada poderá nos afastar do amor de Deus. Essa foi a experiência de Paulo, que já caminhava para o Pai.

Jesus é realista e tem medo das palavras bonitas, mas vazias, numa sociedade de tanta exterioridade, de tanta propaganda, como a que vivemos.

Vestido como mestre, se levanta em meio aos apóstolos, que se espantam imaginando o que Ele poderia fazer naquele momento. Ele tira o manto da sua dignidade divina, de sua superioridade, do poder que tantas vezes assustara os seus discípulos.

Troca o manto do mestre pela toalha do escravo e ainda vai mais longe ao debruçar-se sobre os pés de cada um dos apóstolos, inclusive de Judas. Lava-lhes os pés como o escravo lava os pés do seu senhor. Ele, o Senhor, se fez pequeno, e depois nos dirá que é isso que também nós devemos fazer para mostrar o nosso amor.
Se Jesus lavou os pés dos discípulos, porque nós não podemos fazer o mesmo? Lavar os pés do outro é perdoar, é acolher, é alimentar, é dar de si para que o outro viva melhor, na certeza de que nada vai lhe faltar.

Há ainda um pormenor lindo de João, quando Pedro diz que Jesus não poderia lavar-lhe os pés, e Ele retruca que Pedro só poderia ter parte com Ele se se deixasse lavar. Pedro precisava entender que Ele se fizera servo para que o imitasse.

Mantendo-se orgulhoso, não permitindo que Jesus se fizesse servo, Pedro não poderia fazer parte do Cristo, pois também não aceitaria fazer-se servo.

Só aceitando que o Senhor se fez servo, Pedro, assim como nós, poderá se fazer servo dos servos. E até os dias de hoje, ao assinar qualquer documento, o papa assinala: servo dos servos de Deus. Quando assume o poder maior na Igreja, de ser sumo pontífice, nos seus olhos reflete-se o exemplo de Pedro. Se valeu para Pedro, vale para cada um de nós.

Nunca jogue a sua toalha, ao contrário, amarre-a junto à sua cintura como exemplo de esforço por querer ser melhor e fazer a diferença neste mundo.

Que aprendamos estas quatro lições: Deus é a nossa força, dele viemos e para Ele voltamos, renunciemos aos mantos do poder e vistamos a toalha do servo para servir aos irmãos e só assim amaremos.

Propósito: Vestir a toalha do servo para servir aos irmãos.
O MARAVILHOSO
Na vida existe valores muito maiores do que alguém sequer possa imaginar. Portanto, não pare de imaginar. As grandes, portentosas e incríveis realizações teve inicio na imaginação de alguém. Muito do que você hoje usufrui no conforto do seu lar nada mais é do que o fruto da imaginação de alguém. 

Daquilo que você imagina, uma semente é plantada. Quanto mais linda e empolgante for essa imaginação mais energia você dá a ela. Por outro lado quando você se depara com dificuldades a tendência é imaginar e esperar pelo pior. Porém, isso só faz magnificar e intensificar os seus problemas. 

Em vez disso, imagine o melhor. Imagine a mais brilhante, mais atraente e a mais incrível versão positiva da vida – esta vida criada por um Deus essencialmente rico de infinita imaginação. Ao se concentrar nesse atributo de Deus você se dará conta de que é impossível não ficar maravilhado pelo maravilhoso, pelo belo e por tudo que que este Deus criou nesse imenso e inescrutável universo!

Evangelho do dia 28 de março quarta feira Santa


28 - São José não desejava nada, não queria nada a não ser agradar a Deus; por isso vivia sempre inalterável, mesmo nas contrariedades. Espelhemo-nos nesse sublime
modelo e aprendamos a nos manter calmos e serenos em todas as circunstâncias da vida. (L 228). SÃO JOSE MARELLO
Mateus 26,14-25

"Então um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi falar com os chefes dos sacerdotes. Ele disse: - Quanto vocês me pagam para eu lhes entregar Jesus? E eles lhe pagaram trinta moedas de prata. E daí em diante Judas ficou procurando uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram: - Onde é que o senhor quer que a gente prepare o jantar da Páscoa para o senhor? Ele respondeu:- Vão até a cidade, procurem certo homem e digam: "O Mestre manda dizer: A minha hora chegou. Os meus discípulos e eu vamos comemorar a Páscoa na sua casa." Os discípulos fizeram como Jesus havia mandado e prepararam o jantar da Páscoa. Quando anoiteceu, Jesus e os doze discípulos sentaram para comer. Durante o jantar Jesus disse: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: um de vocês vai me trair. Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a perguntar: - O senhor não está achando que sou eu; está?Jesus respondeu:
- Quem vai me trair é aquele que come no mesmo prato que eu. Pois o Filho do Homem vai morrer da maneira como dizem as Escrituras Sagradas; mas ai daquele que está traindo o Filho do Homem! Seria melhor para ele nunca ter nascido! Então Judas, o traidor, perguntou:- Mestre, o senhor não está achando que sou eu; está? Jesus respondeu: - Quem está dizendo isso é você mesmo.
"

Meditação

O tom dramático e doloroso das narrativas dos últimos dias de Jesus, em Jerusalém, marca as celebrações da Semana Santa.

A tradição da Paixão, elaborada na ótica da religião sacrifical do AT, apresenta o sofrimento como caminho necessário para a salvação.

Contudo, atentos à prática de Jesus, vemos que sua vida foi a plena manifestação do amor que liberta, removendo o sofrimento e promovendo a vida.

Em conseqüência foi perseguido até a morte. Tanto o sofrimento das multidões de excluídos como de Jesus resultam do sistema opressor sob controle de minorias que cooptam pessoas como Judas.

Ontem o evangelho falava da traição de Jesus e da negação de Pedro. Hoje temos o tema da traição de Judas na versão de Mateus.

A Palavra de Deus nos convida hoje a aprofundar a temática da traição de Judas. Os Doze estão à mesa, simbolismo de um novo projeto de humanidade a partir da comunhão do pão e do vinho. Quando Jesus anuncia que um vai traí-lo, todos dizem: “Serei eu, Senhor?”, reconhecendo Jesus como Senhor de suas vidas. 
  
Judas, ao contrário, pergunta: “Mestre, o senhor não está achando que sou eu; está?” Judas segue a mesma mentalidade dos que não entenderam o projeto messiânico de Jesus, que não é do poder, mas sim do Servo Sofredor que o torna Senhor, Filho de Deus. Em todo grupo humano sempre há alguém que tem preço; alguém que se vende e trai.

Na narração da paixão de Jesus, o evangelho de Mateus acentua muito o fracasso dos discípulos. Apesar de terem convivido três anos com Jesus, nenhum deles defende Jesus. Judas o trai, Pedro o nega, os outros fogem.

Mateus narra tudo isto não para criticar ou para condenar, nem para desanimar os leitores, mas para destacar que a acolhida e o amor de Jesus superam a derrota e o fracasso dos discípulos!

Esta maneira de descrever a atitude de Jesus era uma ajuda para a Comunidade do tempo de Mateus. Por causa das freqüentes perseguições, muitos desanimaram e tinham abandonado a comunidade e se perguntavam: "Será possível voltar?

Deus nos acolherá e perdoará?" Mateus responde sugerindo que nós podemos quebrar a relação dom Jesus, mas Jesus nunca rompe seu amor para conosco.

Seu amor é maior da nossa infidelidade. Esta é a mensagem importante que captamos no evangelho durante a Semana Santa.

Judas tomou a decisão após Jesus não ter aceito a crítica dos discípulos contra a mulher que desperdiçou um perfume muito caso só para ungir Jesus (Mt 26,6-13).

Foi procurar os sacerdotes e perguntou: "O que me dareis se vos entregar Jesus?" Combinaram, então, trinta moedas de prata. Mateus cita as palavras do profeta Zacarias para descrever o preço combinado (Zc 11,12).

Ao mesmo tempo, a traição de Jesus por trinta moedas faz lembrar a venda de José por parte dos irmãos, decidia com os compradores por vinte moedas (Gn 37,28). Lembra também o preço de trinta moedas a ser pagas pelo ferimento de um escravo (Ex 21,32).

Jesus chegava da Galileia. Não tinha casa em Jerusalém. Passava as noites no Jardim das Oliveiras (Jo 8,1). Nos dias de festa da páscoa a população de Jerusalém triplicava por causa do grande número de peregrinos que chegavam de todas as partes.

Para Jesus não era fácil encontrar uma grande sala onde celebrar a páscoa junto com peregrinos vindos da Galileia, como ele.

Manda seus discípulos encontrar uma pessoa em cuja casa decidiu celebrar a Páscoa. O evangelho não oferece mais informações e deixa que a imaginação complete o que falta nas informações.

Era uma pessoa conhecida de Jesus? Um parente? Um discípulo? Ao longo dos séculos, a imaginação dos apócrifos soube completar esta informação, com pouca credibilidade.

Jesus sabe que será traído. Apesar de Judas fizesse tudo às escondidas, Jesus sabia. Mas, apesar disso, quer confraternizar com o grupo dos amigos a que Judas pertence.

Quando estavam reunidos pela última vez, Jesus anuncia quem é o traidor "aquele que comigo põe a mão no prato". Esta maneira de anunciar a traição torna ainda mais claro o contraste.

Para os judeus, comunhão ao redor da mesa, molhar junto o pão no mesmo prato, era a maior expressão de intimidade e confiança. Mateus sugere que, apesar da traição, realiza por alguém muito íntimo, Jesus é maior da traição!

O que impressiona em Mateus é maneira como descreve os fatos. Entre a traição e a negação insere a instituição da Eucaristia (Mt 26,26-29): a traição de Judas, antes (Mt 25,20-25); a negação de Pedro e a fuga dos discípulos, depois (Mt 25,30-35).

Assim, ele destaca para todos nós a incrível gratuidade de Jesus, que supera a traição, a negação e a fuga dos amigos. O amor dele não depende daquilo que os outros fazem a ele.

Até entre os eleitos por Jesus isso aconteceu. Ai Judas, “seria melhor que não tivesse nascido”! Teria sido mais útil não ter feito o caminho de Jesus se fosse terminar dessa maneira tão dolorosa e vergonhosamente triste.

Quanto nós temos de Judas em nossas vidas? Quantas vezes traímos o Senhor pela nossa falta de amor radical e de serviço generoso?

Nesta Semana Santa é importante que tenhamos algum tempo para tomar consciência da incrível gratuidade do amor de Deus por nós.

Reflexão Apostólica: 

Acredito muito na simbologia e na magia de fé que existe nessa semana, por isso, nesses anos que faço a reflexão diária do Evangelho, não me atrevo, por respeito, a acrescentar qualquer tipo de interpretação, pois a mensagem por si se explica.

Certa vez ouvi uma fábula, que pode ser contada a adultos e crianças:

“(…) Deus havia encarregado um dos seus anjos mais próximos de cuidar do seu rebanho de estrelas. Cada uma da sua cor e cada cor representava um dom de Deus.

Certa vez as estrelas pediram para o anjo que as deixasse vir a Terra e conhecer as maravilhas do criador. O anjo não vendo problema as autorizou sob a condição que após uma hora estivesse de volta. E assim aconteceu.

Uma hora mais tarde uma a uma voltavam ao céu. O anjo foi conferi-las. Não podia faltar nenhuma. Notou que uma delas não voltou – a estrela verde.

Procurando no glossário celeste, descobriu que a ESPERANÇA não voltou para o céu e, desde aquele dia, no rebanho dos dons de Deus, faltaria a Esperança, pois como Deus tudo sabe, não tem esperança.

Deus preocupado com o destino da humanidade enviou o anjo para trazer de volta a esperança que insistia em ficar na terra.

Ao descer a terra o anjo encontrou a esperança sentada numa pedra a chorar. Dizia que estava inconsolável, pois viu o AMOR morrer numa CRUZ traído pela AMIZADE e pela falta de FÉ. O Anjo olhou nos olhos daquela pequena estrela e disse: Não se preocupe! O AMOR nunca morrerá.

Sem perceber, as lágrimas da ESPERANÇA caíram na terra. O anjo a pegou pela mão e disse: Vamos! Não tenha medo!

Do céu o anjo via admirado que pontos verdes apareciam na terra. A suprema entrega do AMOR na cruz fez brotar a ESPERANÇA."

O AMOR sempre teve ESPERANÇA na AMIZADE se convertesse e não o levasse para Cruz.

Não creio que Judas era “predestinado” a ser o traidor de Cristo. Creio que Deus revelava dia-a-dia o que Jesus deveria saber, prova é que Ele em certo momento diz não saber o dia da sua volta Gloriosa. Não é difícil de acreditar que isso só foi revelado pelo Pai a Jesus apenas na Santa Ceia.

O anjo levou a ESPERANÇA de volta para Deus. O AMOR devolveu a DEUS a esperança na conversão da criatura.

É um fato: A AMIZADE selou com um beijo a traição ao AMOR. Durante três dias a ESPERANÇA permaneceu inconsolável e escondida por uma pedra, mas ao raiar do dia, um anjo revelou que o AMOR NUNCA MORRERIA.

(…) Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo. E eis que houve um violento tremor de terra: um anjo do Senhor desceu do céu, rolou a pedra e sentou-se sobre ela. Resplandecia como relâmpago e suas vestes eram brancas como a neve. Vendo isto, os guardas pensaram que morreriam de pavor. Mas o anjo disse às mulheres: NÃO TEMAIS! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. NÃO ESTÁ AQUI: RESSUSCITOU COMO DISSE. Vinde e vede o lugar em que ele repousou”. (Mt 28,1-6)

Propósito: Pedir perdão a Jesus, por todas as traições que hoje Ele sofre no mundo, quando as pessoas se deixam vender
TENTE
Tudo o que você conseguir nesta vida vem como decorrência e resultado de algo que você tentou realizar. Portanto, vá em frente e continue tentando. Óbvio que algumas das suas tentativas não irão fruir e nem trazer o resultado que você espera. Porém, cada uma dessas tentativas lhe traz para mais perto da realização que você deseja alcançar. 

Todo atleta sabe que a prática é a semente da vitória. A prática nada mais é do que um processo de fazer uma tentativa em cima de outra tentativa e persistir através de cada resultado. 

Aqueles que mais realizam são aqueles que mais tentam alcançar os seus alvos. Àqueles que mais são ditos “sim,” mais frequentemente, são os mesmos que também, mais freqüentemente, foram ditos “não”. Óbvio também que o fracasso é uma possibilidade em qualquer uma de suas tentativas. Porém, o fracasso é absolutamente certo quando você deixa de tentar completamente. São as tentativas que trazem a possibilidade da real vitória. Continue com as tentativas e a realização e vitória serão suas.