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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Evangelho do dia 02 de dezembro sexta feira

02 dezembro - Humilhemo-nos ao considerar os nossos defeitos, mas por outro lado alegremo-nos com a bondade e a misericórdia de Jesus que nos quer perdoar: alegremo-nos com as dívidas de gratidão que nos unem cada vez mais intimamente a Ele. (S 234). São Jose Marello

Mateus 9,27-31
"Partindo Jesus dali, dois cegos o seguiram, gritando: Filho de Davi, tem piedade de nós! Jesus entrou numa casa e os cegos aproximaram-se dele. Disse-lhes: Credes que eu posso fazer isso? Sim, Senhor, responderam eles.  Então ele tocou-lhes nos olhos, dizendo: Seja-vos feito segundo vossa fé.  No mesmo instante, os seus olhos se abriram. Recomendou-lhes Jesus em tom severo: Vede que ninguém o saiba. Mas apenas haviam saído, espalharam a sua fama por toda a região." 
Meditação: 

Deus vai muito além do que foi prometido a Davi e instala, por meio de Jesus, o seu próprio Reino no meio dos homens, o Reino que é infinitamente superior ao Reino de Israel do Antigo Testamento e totalmente diferente dele. Mas só percebe a presença deste Reino quem tem fé, quem não é cego, mas tem os olhos abertos para as realidades espirituais.
Qualquer leitor do Evangelho de Mateus poderia ficar admirado pela presença de várias narrações de curas de cegos em que, além da recuperação da vista, o evangelista realça a necessidade de um “olhar de fé”.

Dessa forma, quem acredita e se põe efetivamente a caminho no seguimento de Jesus, acaba vendo as coisas, os outros e o mundo sob outro ângulo, e experimenta pessoalmente uma transformação profunda: sai da “cegueira” e da escuridão para entrar numa dimensão de intensa luminosidade.

Estas narrações são significativas porque evidenciam a atividade messiânica de Jesus, lembrando que uma das atribuições do Messias consiste em abrir os olhos aos cegos.

A tradição bíblica indica, porém, que a raiz dessa função se encontra no próprio Deus que “não vê como o homem vê, porque o homem vê a aparência, mas Yahweh olha o coração” (1Sm 16,7).

Além do mais, é possível reconhecer que, na oração de Israel, esta é uma afirmação fundamental: “Yahweh olha dos céus e vê todos os filhos de Adão; do lugar de sua morada observa todos os habitantes da terra; é ele quem forma o coração de cada um e discerne todas as suas obras” (Sl 33,13-15; cf 113,6).

Mateus retoma a mesma tradição, ao afirmar que Deus vê em segredo (6,4) e conhece profundamente as necessidades humanas.

Não pode passar despercebido o fato de que Mateus indique expressamente o ambiente privilegiado onde a luminosidade do Evangelho se manifesta: é a “casa” (9,28), isto é, a “comunidade de irmãos” que realiza a sua missão, fazendo com que a “a luz brilhe diante dos homens, para que, vendo as boas obras, eles glorifiquem o Pai que está nos céus” (5,16).

No Evangelho Jesus aparece com o título de “Filho de Davi”, título messiânico comumente aceito no judaísmo e aplicado a Jesus no evangelho, como vemos em Mt 12, 23; 15, 22 e em outros lugares.

Este título designava um Messias que todos esperavam e se fundamentava nos antigos vaticínios proféticos pelos quais se descreve o Messias como outro Davi: “Vejam que vão chegar dias – oráculo de Javé – em que eu farei brotar para Davi um broto”. (Jr 23,5).

Jesus aceita com reservas o título de “Filho de Davi” já que implicava uma concepção demasiada humana de Messias e prefere o misterioso título de “Filho do Homem”.

Os dois cegos pedem insistentemente a Jesus que os cure. Jesus pergunta-lhes se realmente eles crêem que Ele os pode curar; com isto Jesus pretende mostrar aos mesmos cegos e aos que se encontravam presentes, que para conseguir uma graça de Deus requer-se como prévia condição uma fé cheia de confiança. Eles respondem afirmativamente e por isso recebem o dom da cura.

Jesus tocou os olhos dos cegos e ao mesmo instante eles começaram a ver. Muito meticulosamente os evangelistas colocam Jesus tocando os enfermos, ao mesmo tempo que os cura. Isto significa imperativo sobre a enfermidade e manifesta a virtude de sua humanidade para curar as enfermidades dos seres humanos.

Hoje também, cada um de nós – alguns mais que outros -, precisamos que nossos olhos sejam abertos para que possamos ver melhor as coisas de Deus.

Com freqüência nossos olhos se fecham ou dificultam a ação do Espírito em nós. Em outra parte do evangelho, Jesus nos adverte que para ver as coisas de Deus é preciso ter o coração limpo (Sl 27, 1–4).
Retidão de consciência, limpeza dos olhos, inocência de coração para poder ver a Deus e chegar ao conhecimento dos segredos divinos. Em sua oração diária, não deixe de pedir ao Senhor que lhe faça descobrir e conhecer os segredos do Reino.

Reflexão Apostólica:

A pedagogia de Jesus além de ser intrigante é fascinante. Ele espera o momento, o local e a condição certa e então age. Poderia Ele realizar mais esse prodígio aos olhos de todos, mas prefere “entrar em casa” e lá, longe dos olhos e dos julgamentos dos fariseus, reabre os olhos dos cegos que insistiram, ou melhor, persistiram em segui-lo.

O quanto insisto em continuar a gritar, ou melhor, a segui-lo?

Jesus reabre os olhos dos que persistem: talvez seja esse o maior dos milagres ordinários do Senhor. Como já afirmei nessa semana, ninguém que procurou a Jesus deixou de ser visto, tocado, lembrado… Ninguém o confundia, todos sabiam o quanto aquele profeta era repleto de graça. A própria samaritana do poço teve a nítida impressão que aquele homem que lhe pedia água já lhe conhecia nos mais profundos segredos. Talvez sim Jesus já tivesse “entrado em sua casa”. Pode até parecer um trocadilho de mau gosto, mas aqueles dois cegos confiaram “sem ver”.

Jesus nos conhece bem, então por que raios fujo da sua presença e da sua verdade que liberta, da sua correção amorosa?

Sim! Fugimos, pois não temos a coragem desses dois cegos em mesmo a tantas adversidades a continuar esperando, lutando, gritando… O Senhor Jesus de ontem é o mesmo de hoje, mas será que a grande diferença esta no quanto creio? “(…) Vocês crêem que eu posso curar vocês”?

Estamos no Advento e como não se perguntar: O que de fato precisa ser feito para reconhecermos a face do Senhor em nossas vidas? O que ainda nos impede de reconhecer seus sinais na nossa vida, no nosso trabalho, na nossa família? Será que precisamos sempre ficar cegos ou chegar ao fundo do poço para encontrar a mão de Deus? Será que o sofrimento é necessário a todos?

Nem todo dizer ou saber popular vem de um fato verdadeiro, mas existe um dizer popular que afirma que só encontramos Deus pelo amor ou pela dor, mas como desmentir esse dizer se às vezes é o que mais vemos acontecer?

Preciso aprender a rasgar o céu com minha oração, como canta Celina Borges, pois só chegam ao céu as orações que saem de um coração puro, e quanto mais pura, simples e verdadeira for minha oração, maiores são as chances de tocar o coração de Deus. A pureza da oração se revela pela fé. Será que foi isso que fez a diferença para os dois cegos?

Uma pessoa de fé busca a conciliação, a paz e fraternidade. A que tem oração terá paz interior, discernimento, paciência e sabedoria. Esses são milagres ordinários que às vezes não damos conta. Uma pessoa não muda ou se converte quando consegue parar de fumar, mas quando RESOLVE parar; o alcoólatra passa a uma nova vida quando DESCOBRE no que se transformou e o que deixou de fazer e PEDE ajuda, pois quando o coração muda, os olhos se abrem.

Mesmo os mais próximos, os que são fieis a tanto tempo, precisam de vez em quando ver se seus olhos estão abertos ao que Deus quer. Recordo os discípulos de Emaús:

Dê o primeiro passo… Deixe-O falar e os seus olhos se abrirão.

misericordiosa de teu Filho Jesus.
 
Propósito: Não guarda as experiências de Deus. Anunciar ao mundo a sua misericórdia e o seu amor              


Evangelho do dia 01 de dezembro quinta feira

01 dezembro - Consolemo-nos por nos acharmos na impossibilidade de pagar as muitas dívidas contraídas com Jesus, pois esse pensamento servirá para nos manter na humildade e para nos fazer sentir uma gratidão sempre mais viva para com o celeste Credor.(S 235).  São Jose Marello
Mateus 7,21.24-27

"Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em  prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”"  

Meditação:

A liturgia do dia de hoje nos apresenta o final do Sermão da Montanha. Jesus, depois de ter exposto sua lei de vida e o ideal de vida da comunidade em relação ao ser humano e sua dignidade, afirma: “quem escuta estas palavras e as pratica...” e “quem faz a vontade do Pai, este entra no reino dos céus”.

Jesus, que escuta e faz a vontade do Pai, é o fundamento a partir do qual a comunidade se integra.
Jesus inicia este evangelho dizendo : “Nem todo aquele que diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus”.

Com essas palavras Ele quer nos alertar que devemos ser fiéis até o fim; que procuremos perseverar sempre nas Suas palavras e ensinamentos, todos os dias da nossa vida.
Não basta dizer Senhor, Senhor, é necessário que consigamos, através do nosso contato diário com tudo o que é de Deus, de maneira sincera e, segundo os seus ensinamentos.
Quando Ele nos coloca as suas palavras é para nos despertar, que é muito importante que fortifiquemos a nossa fé, através dos nossos atos de caridade com os irmãos e de piedade para com Ele.

Somente aqueles que constroem a sua vida dia após dia; hora após hora, minuto a minuto e segundo a segundo, calcadas na sua Fé em Deus, certamente, se permanecerem até o fim, conseguirão o seu lugar reservado na casa do Pai.
A casa sobre a rocha que Jesus usa como exemplo neste Evangelho -- que a tempestade, as chuvas, os ventos impetuosos não conseguem derrubá-la, destruí-la --, é a nossa vida que, sendo construída com os alicerces  da Fé em  suas palavras, nunca se sentirá abalada pelos problemas, decepções, maldades, doenças e até pela morte.
Nada abalará as nossas estruturas, que estará repleta do amor de Deus. Temos uma base sólida.

São Paulo nos fala em uma das suas cartas : “Quando me sinto fraco aí é que fico mais forte, porque a fé que trago no coração, me impulsiona para frente”.
O cristão deve enfrentar a sua corrida para alcançar os louros da vitória, sem nunca duvidar da sua força, que vem de Deus.
Essa força está ligada ao pedido que Jesus fez ao Pai em sua Oração (Jo 17,1-26). Ali, Jesus roga ao Pai por todos nós aqueles que seguirem as suas palavras.
Por isso, são Paulo também fala: “nada me afastará do amor do Pai – nem as alturas, nem as profundezas, nem as angústias, nem as aflições, nem a miséria, nem a riqueza ... nada, nada me afastará do amor de Deus.

Não nos basta dizer Senhor, Senhor, quando às coisas apertam para o nosso lado.  Lembrar d’Ele só quando tudo nos parece difícil, sem saída, sem solução.
É preciso que nos acostumemos com a certeza da eterna fidelidade de Deus para conosco, seus filhos.
Ele também espera, para o nosso bem, que não esqueçamos de louvá-lo, em reconhecimento pelo muito que recebemos do Seu grande amor.
Muitos lembram-se  só para pedir e... mesmo não vivendo como Ele pede, ficam bravos, batem os pés xingam e até blasfemam, porque acham que não foram atendidos.

Só Ele sabe o que pode e deve fazer e, quando é o momento certo para atender os pedidos que fazemos.
Nós mesmos não sabemos que aquela não é a hora  de sermos atendidos e... por isso pedimos... e, por  isso muitos se dizem decepcionados e se afastam até, do caminho do Senhor.
É preciso pedir. Jesus mesmo nos diz: “Tudo o que pedirdes ao Pai , em meu nome, Ele vos atenderá”.
Jesus não mente. Suas palavras  significam tudo aquilo que representam ... mas, não esqueçamos, que existe, também, a nossa parte a ser cumprida. Há uma aliança bilateral entre nós e Deus , para ser cumprida.

Reflexão Apostólica:

Anunciar a Cristo é muito mais que fazer prodígios e realizar ações espetaculares. Anunciar Cristo é primeiramente crer nele, crer no que ele acreditou e foi o fundamento de sua vida: a vontade do Pai. A parábola é bastante clara: construir nossa casa, ou sobre a rocha ou na areia.

Construir na rocha é construir na coerência de vida, que se consegue se permitimos que a vontade de Deus fale à nossa realidade, entre nela e a transforme.

A casa é a nossa vida. A Rocha é a Palavra de Jesus Cristo que nos dá a garantia do Amor e da proteção de Deus Pai. A areia é a ilusão dos ensinamentos do mundo.
Se, não permanecermos firmes na vivência da Palavra de Jesus, se, não concretizarmos com as nossas ações, o que proferimos com os nossos lábios, nós estaremos construindo a nossa história sobre falsos fundamentos e, na hora da tempestade, a nossa vida ruirá e nós experimentaremos o fracasso.
Não precisamos imaginar muito, apenas uma simples enfermidade ou um baque financeiro podem nos tirar do sério, quando não temos a nossa vida firmada em Deus e nas Suas promessas.
Não nos basta apenas dizer Senhor, Senhor, mas, confiar INTEIRAMENTE no Seu Amor e na Sua real proteção, fazendo tudo o que Ele nos mandar.

Como está a minha relação com a Palavra de Deus que escuto e que prego? A minha vida está construída sobre a verdade e a vida que é Cristo? A sociedade atual constrói sua "casa" sobre qual fundamento? 

O segredo da fé é a escuta e a prática. A coerência entre palavra e ações. Isto é o que identifica os verdadeiros discípulos de Jesus.

As crises, as tempestades, os espinhos, a desolação, a aridez... fazem parte de nossa vida. Por isso mesmo, precisamos estar firmes para quando chegarem.

Construamos nossa vida em Cristo. Ele deve ser a rocha de nossa vida, a nossa Salvação.

Propósito:

Senhor, te bendigo por todos os teus dons, particularmente pelo dom da Redenção. Assombra-me a grandeza e a beleza de teu amor para comigo. Tenho sede de Ti, de encontrar-me contigo, de deixar-me guiar por Ti nesta oração. Pai Santo, dai-me o dom de viver amando em Cristo, desde Cristo, por Cristo, como Cristo, até que Ele seja tudo para mim.


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Evangelho do dia 30 de novembro quarta feira

30 novembro - Santo André, fazei com que também eu ame a cruz. (E 193).   São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 4,18-22

"Jesus estava andando pela beira do lago da Galiléia quando viu dois irmãos que eram pescadores: Simão, também chamado de Pedro, e André. Eles estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse:
- Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente.
Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus.
Um pouco mais adiante Jesus viu outros dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu. Eles estavam no barco junto com o pai, consertando as redes. Jesus chamou os dois, e, no mesmo instante, eles deixaram o pai e o barco e foram com ele.
"
 

Meditação:

Os textos vocacionais aparecem como relatos que nos ajudam a compreender o mistério de todo chamado: a vocação nasce no cotidiano da vida, com traços de identificação familiar, no ambiente próprio de cada convocado e com o chamado a seguir e prosseguir uma proposta de vida a partir de uma mudança radical que se opera na vida de quem foi chamado.
Os quatro primeiros discípulos que seguem Jesus representam os discípulos de todos os tempos.

Todos os chamados devem assumir a proposta a serem discípulos e seguidores de Jesus na comunidade.
Celebramos hoje o dia de santo André, o primeiro discípulo. Filho de Jonas e Irmão de Pedro, aquele que ouviu de seu mestre João Batista a frase que muito conhecemos “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” e ao escutar isso, de imediato inflama-se no seu peito o amor, pôs-se então a seguir Jesus.
André foi também o primeiro “recrutador” de seguidores de Jesus; apresentou seu irmão Pedro a Jesus e ali, nesse primeiro encontro, já mencionava a Pedro, que Jesus era o messias que estava por vir.
Foi ele também que disse ao senhor que um pequeno rapaz tinha cinco pães e dois peixes, pouco antes da multiplicação.
Nesta narrativa de Mateus, os primeiros discípulos são chamados aos pares de irmãos: Pedro e André, Tiago e João. Pedro e André eram originários de Betsaida, cidade gentílica ao norte do Lago de Genesaré.

André é um nome de origem grega. Jesus passa, chama, e os discípulos o seguem. Esta narrativa esquemática sugere a disponibilidade que todos os fiéis devem ter em aderir ao chamado de Jesus.
A imagem da "pesca de homens" aparece na tradição do Primeiro Testamento como indicando o momento do juízo final.
Não se trata de um proselitismo, arregimentar seguidores para engrossar as fileiras do líder.
O anúncio da proximidade do Reino e o apelo à conversão indicam que é chegado o momento decisivo da adesão a Deus.
Os discípulos são chamados para a missão de proclamarem este anúncio. São as palavras de Jesus e sua própria presença que comunicam ternura aos corações. A adesão a Deus se dá pela adesão ao irmão.

Perceber a presença de Deus nele e entrar em comunhão com ele valorizando-o em tudo que tem de positivo.
São estes os laços que fundamentam a vida na comunidade e o estabelecimento de uma sociedade justa e digna.
Jesus nos chama a segui-Lo não porque somos homens e mulheres “desocupados” e não temos nada para fazer.
Isto, nós podemos observar quando Ele chamou os Seus apóstolos. Jesus viu os dois irmãos, notou que eles estavam ocupados na sua lida diária e, assim mesmo os escolheu.
Eles não se ofereceram. Eles tinham uma profissão, tinham uma história, porém, “eles imediatamente deixaram as redes, a barca e o pai e O seguiram!”.
O nosso trabalho, a nossa ocupação, a rotina da nossa vida não são impedimento para que sigamos a Jesus e vivamos os Seus ensinamentos.

Como discípulos, somos convidados a nos despojar de ataduras que não nos deixam avançar em nossa marcha.
Devemos nos lançar mar adentro nas imensas possibilidade que nos propõe Jesus como modelo de nossa entre ao serviço desinteressado pelo reino.
Devemos romper com tudo o que não nos permite assumir com radicalidade o serviço aos demais, romper com os vínculos que são obstáculos na nossa missão de sermos pescadores de uma nova humanidade.

Deixar imediatamente, as redes, a barca e o pai, significa que Jesus nos chama com a autoridade de quem sabe o que é melhor para cada um de nós, e por isso, Ele tem a primazia nas nossas eleições.
Jesus nos chama a ser “pescadores de homens” por meio do nosso testemunho de fidelidade a Deus e aos irmãos.
O Seu chamado é irrevogável e intransferível, por isso, outro não pode assumir o nosso lugar.

É necessário, porém, que estejamos livres de qualquer empecilho, desapegados (as) de tudo quanto nos prende, mesmo que seja o trabalho, a profissão, a família, os bens.
Às vezes nos desculpamos porque somos muito ocupados (as), mas Jesus veio chamar justamente àqueles que se comprometem e que têm que renunciar a alguma coisa.
Ele deseja que o nosso coração esteja livre de tudo e de todos para que possamos segui-Lo, vivendo a Lei do amor.

Reflexão Apostólica:

André foi o primeiro, mas nunca se teve noticia ou relato que se importava de ser o “segundo” a frente dos discípulos.
Bem antes de Simão se tornar Pedro, nele já habitava a vontade e o ardor missionário de seguir os desígnios de Deus.

Ele deixa claro o despojar das vaidades até mesmo no seu martírio, quando antes de receber a pena capital, deu aos seus algozes tudo que possuía.
Ele não fez questão de nada; sentia no peito o imenso e contagiante orgulho de ter combatido até o final.
Não importa para Deus se somos operários da primeira ou da ultima hora; primeiros ou segundos (…) talvez não importe o que fizemos, mas o que DEIXOU de ser feito; não importa por onde andei, como vivo, como encaro a minha própria realidade, mas a QUANTIDADE DE PASSOS que dou de VONTADE PRÓPRIA para o lado certo.
                                       
Não importa o quanto falo, mas o quanto OUÇO; não importa o quanto me ostento, mas o quanto SILENCIO e talvez nessa nossa primeira quarta-feira do Advento, o perdão que precisamos pedir é o do nosso ímpeto, do nosso orgulho, das nossas vaidades, razões, (…).
Precisamos voltar para Deus. Poucos notam que nesse Evangelho de Mateus diz que Jesus encontrou os dois discípulos (Pedro e André) e os convidou a ser pescador de homens, mas é importante ler também o Evangelho de João (Jo 1,40-42) pois é lá que encontraremos os fatos que citamos no inicio da reflexão.        

Por que essa preocupação? Por se tratar de um texto tão rico precisamos ler e minuciar os textos bíblicos para não cometer equívocos de interpretação.
Quantas vezes no dia-a-dia nos falta este zelo em minuciar as nossas palavras e ações ao dar uma opinião, uma sugestão, ou ao tecer um comentário? Quantas vezes olhei somente por minha ótica, meus interesses, minhas dores, a um determinado problema e acabei, por orgulho, ferindo alguém?
                                                                      
O que tenho que melhorar após esse perdão de Deus? O que ainda é falho em mim? Que aspectos ainda precisam ser completados? Temos máscaras para o mundo, mas não para aquele que nos conhece.
Uma coisa é comum nos dois evangelhos: “IMEDIATAMENTE se puseram a seguir Jesus”
                                          
Pai, dá-me forças para ser verdadeiro companheiro na missão de seu Filho Jesus, mesmo devendo sofrer perseguições e contrariedades.

Evangelho do dia 29 de novembro terça feira

29 novembro - Sejamos sempre humildes, mesmo nas boas obras, porque, às vezes, começamos um trabalho com reta intenção, mas lentamente se introduz um pouco de amor próprio, de vaidosa satisfação, e lá se vai a reta intenção. (S 231). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 10,21-24

"Naquele momento Jesus exultou no Espírito Santo e disse: "Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.
Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai; ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar".
Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: "Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!
Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir"." 

1º Meditação:
Somente os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo.
Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os Seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que ocorreram quando eles saíram anunciando o reino. “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!”
Quando nos dispomos a divulgar o reino dos céus aqui na terra, é sinal de que ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nós nos abrimos, mais e mais nós vamos experimentando a alegria e a felicidade interior.
O Pai se dá a conhecer através da revelação do Filho e quanto mais nós conhecermos a Jesus, mais nós teremos comunhão com Deus Pai e assim estaremos vivendo a felicidade tão almejada
A alegria é uma característica de todo cristão porque primeiro foi de Cristo, é dom do Espírito Santo para todo batizado, é o que os primeiros cristãos possuíam (At 2, 46) e todos nós devemos ter.
Mas, porque Jesus exultou de alegria naquele momento? Porque viu os planos do Pai se concretizando de uma maneira que é bem característica da Santíssima Trindade. Jesus reconhece, exulta de alegria vendo a humanidade mais uma vez participar das grandezas divinas.
Nosso Senhor glorifica seu Pai porque Ele não escolheu os “sábios e entendidos” para serem os primeiros discípulos do Mestre, mas os pequeninos: povo sem estudo, sem muito entendimento, que não era capaz de muita coisa.
Jesus, em sua humanidade, deve ter se desanimado um pouco ao olhar para aqueles 72 discípulos e ver a realidade.
Tinha sido Ele mesmo que os havia escolhido por desígnio do Pai, mas Ele aconselha-os a rezarem ao Senhor pedindo mais operários para a messe (Lc 10,2) pois aqueles não pareciam suficientes.
Jesus reconhece que seus discípulos são ovelhinhas perto dos lobos astutos e inteligentes, mas envia-os acreditando que esses mesmos lobos darão a eles o sustento do dia de modo que nem precisam levar bolsas (Lc 10,3-7), pois serão portadores da paz.
Apesar de toda a fé perfeita própria da divindade de Jesus, é difícil para a sua humanidade entender que essa gente com pouca instrução “dará conta do recado”.
Os 72 discípulos voltam alegres dizendo que até os demônios se submeteram a eles pelo nome de Jesus.
É como a profecia de Isaías na qual é prometida a harmonia entre lobo e cordeiro, pantera e cabrito, touro e leão, vaca e urso, criança e víbora.
Tudo isso será possível porque sobre o nosso Salvador repousa o Espírito Santo com todos os seus dons e porque Ele não julga pelas aparências nem pelo ouvir dizer, mas com retidão e justiça. (Is 11,1-8)
Esta é uma grande lição para todos aqueles que ficam tardando para dar uma resposta ao Senhor porque se acham incapazes, fracos, pequenos.
Somente os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo.
Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que ocorreram quando eles saíram anunciando o Reino. “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!”
Quando nos dispomos a divulgar o Reino dos Céus aqui na terra, é sinal de que ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nós nos abrimos, mais e mais nós vamos experimentando a alegria e a felicidade interior.
O Pai se dá a conhecer através da revelação do Filho e quanto mais nós conhecermos a Jesus, mais nós teremos comunhão com Deus Pai e assim estaremos vivendo a felicidade tão almejada.
Pensar assim seria ter um olhar puramente humano que não leva em consideração a misericórdia de Deus e seu poder soberano. Afinal, todas as coisas foram entregues à Jesus pelo Pai e Ele as dá a quem lhe apraz e quando lhe aprouver.
O que vale para Ele não são a inteligência e sabedoria humanas, mas o conhecimento de Deus, e “Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar” (Lc 10,22).
Ditosas são as nossas almas quando acreditamos na misericórdia e bondade do Senhor, mesmo que nossos olhos carnais não o tenham visto.
1º Reflexão Apostólica:

Neste domingo que passou o celebrante, durante sua homilia falou coisas que insistimos em não ver. Sabe quando a gente se arrepende de não ter gravado aquelas palavras e voltar a meditá-las mais tarde? Então, foi assim que me senti. Tão profundas foram as palavras que de certa forma algumas se encaixam hoje.
O frei dissertava sobre as profecias de fim de mundo que nunca foram consolidadas e pelas insistentes tentativas de prevê-lo e anunciá-lo. Dizia ele que as pessoas que vivem a anunciar o fim do mundo na verdade não vêem ou encontram mais motivos para viver ou sonhar no mundo presente então passam a querer muito que o mundo acabe.
Por ventura alguém já conheceu um homem (ou mulher) do campo que vê o fim do mundo? Pessoas simples pensam em coisas simples, vivem simples, se relacionam com Deus de forma simples, (…)
“(…) Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso”.
Outra frase dita por ele que me chamou atenção foi “(…) quando conhecemos a Deus, Seu amor, caem às escamas dos nossos olhos”.
Conhecer o amor de Deus denota de uma mudança de comportamento pessoal e individual; a Deus não interessa quem sabe muito ou pouco, quem fez faculdade ou aquele que nem estudos tem.
Interessa a Deus aquele que se entrega e ainda tem esperança que nosso mundo mude, se converta, renasça.
Ter pensamentos pesados ou pessimistas sobre a vida nos encarcera, nos prendem, (…) fecham nossos olhos a grandeza e a beleza construída por Deus e nos dão a sensação de impotência sobre mudar o hoje pensando no amanhã.
Todos sabem que um dia tudo isso que conhecemos poderá vir a terminar, mas por que causar pânico, temor, medo nas pessoas? Por que não nos empenhar em levar a boa mensagem do evangelho de domingo?
Algo faz lembrar Jonas, o personagem bíblico, que insatisfeito pela não destruição da cidade de Nínive (Jonas 4), sentou emburrado embaixo de uma mamoneira.
Essa analogia serve para todos nós quando desistimos do mundo ou quando passamos a agourá-lo, quando nos fazermos de coitado para chamar atenção dos outros e hoje de forma especial quando me revisto de vaidades e prepotência, pensando ser sabedoria, e como Jonas, me emburro quando as coisas não acontecem como imagino, como acredito, como penso.
Todo cristão tem uma missão, seja ele evangélico ou católico, procurar a Deus com todo coração, com toda sua alma e com toda a força.
Deixar cair as escamas dos olhos e entender que não se ajunta folhas secas assoprando o monte.
O vento pode até conduzia algumas, mas a maioria irá para onde de repente não era para onde queríamos que fosse.
Portanto não é com que temos (ou pelo menos achamos que temos) que se chega ao céu, mas com que estamos dispostos a dar, nos empenhar, conduzir… Deus de fato se esconde dos orgulhosos e se revela aos humildes.
Estamos no Advento, peçamos perdão pelas vezes que nos esquecemos de ter um coração aberto ao amor; por ter nos achado acima de tudo; por ter mais afastado do que ajuntado; por nosso orgulho ter soprado mais forte que nossa humildade.
Reflitamos, cada um de nós: “Preciso impregnar o mundo com Cristo, a começar em mim”!
2º Meditação: 

 Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os Seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que sucediam quando eles saíam anunciando o reino.
 A ação do Espírito Santo em nós faz com que tenhamos uma compreensão das coisas do alto numa perspectiva espiritual que é completamente diversa daquela que entendemos com a nossa humanidade.
 Só os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo.

 Quando nos dispomos a propalar o reino dos céus aqui na terra, é porque ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nos abrimos, mais e mais vamos experimentando a alegria e a felicidade interior.
 Assim como exultou no Espírito Santo diante dos Seus discípulos, Jesus também o faz hoje, porque o Pai nos revela as coisas do Seu coração.
 Só os humildes e pequeninos podem “entender” os mistérios do céu. Jesus é a própria revelação de Deus e todos os que aceitam Jesus e nele crêem, são os pequeninos que vêem, ouvem e sentem a felicidade e a paz do Senhor.

 Jesus nos alerta: “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!” O Pai se dá a conhecer por meio da revelação do Filho e quanto mais conhecermos a Jesus, mais teremos comunhão com Deus Pai e poderemos viver a felicidade tão almejada.

 Somos felizes porque os nossos olhos vêem mais além das aparências e podemos, na reflexão da Palavra de Deus, descobrir os Seus segredos, os Seus planos para nós e para a humanidade, por nosso intermédio.
 Somos chamados (as) no tempo atual da nossa vida a ver e ouvir o que o Senhor tem para nos revelar. Não percamos tempo: o Senhor tem muito a nos mostrar e também, a nos falar.
 Você é pequenino (a) ou sábio (a) e inteligente? Você é uma pessoa atenta aos mistérios de Deus? Você enxerga as maravilhas de Deus na sua vida? Quando você medita sobre a Palavra de Deus você se limita ao que está escrito, ou você percebe nas entrelinhas uma mensagem para a sua vida?
Os discípulos foram declarados felizes por terem visto e reconhecido o Messias Jesus. Esta felicidade foi ansiada, ao longo da história de Israel, por "muitos profetas e reis" que nutriam a esperança de vê-lo. O desejo deles, porém, não foi realizado.

Entretanto, a graça de ver o Messias tem dois pressupostos. O primeiro diz respeito à ação divina como propiciadora desta experiência.
Só pode reconhecer o Messias, Filho de Deus, aquele a quem o Pai o quiser revelar. A simples iniciativa ou a curiosidade humana são insuficientes.

2º Reflexão Apostólica:

Ainda recordo de uma homilia onde o celebrante disse: “(…) quando conhecemos a Deus, Seu amor, caem às escamas dos nossos olhos”. Se observarmos bem o que esse frei diz notaremos que conhecer o amor de Deus denota uma inevitável mudança de comportamento pessoal e individual; e para que ela ocorra pouco interessa quem sabe muito ou pouco, quem fez faculdade ou aquele que nem estudos têm. Mas por que aqueles que sabem muito são os que mais fogem da mudança?
(…) Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso”.
Mas por onde começar?

1) EVITEMOS PERPETUAR OS PENSAMENTOS PESSIMISTAS SOBRE A VIDA
Ter pensamentos pesados ou pessimistas sobre a vida nos encarcera, nos prendem, (…); eles fecham nossos olhos a grandeza e a beleza construída por Deus e nos dão a sensação de impotência sobre mudar o hoje pensando no amanhã.
Todos sabem que um dia tudo isso que conhecemos poderá vir a terminar, mas por que causar pânico, temor, medo nas pessoas, sabendo que muitas delas não tem nem mais motivos para viver? Por que não nos empenhar em levar a boa mensagem do evangelho de domingo?

2) ENCONTRAR MOTIVOS PARA VIVER ESSE DIA…
Algo me fez lembrar Jonas, o personagem bíblico, que insatisfeito pela não destruição da cidade de Nínive (Jonas 4), sentou emburrado embaixo de uma mamoneira.
Essa analogia serve para todos nós quando desistimos do mundo ou quando passamos a agourá-lo, quando nos fazermos de coitado para chamar atenção dos outros e hoje de forma especial quando me revisto de vaidades, arrogância e prepotência, pensando eu ser sabedoria, e na verdade são coisas que evitam que eu cresça como pessoa.

3) BUSCAR A DEUS DE TODO CORAÇÃO E COM TODA NOSSA FORÇA
Todo cristão tem uma missão, seja ele evangélico ou católico, de procurar a Deus com todo coração, com toda sua alma e com toda a força, mas não se ajunta folhas secas assoprando o monte, ou seja, não será fácil juntar em meio a um vendaval pessoal, em meio a tormentas, por isso é crucial que tenhamos empenho também em resolver o que nos aflige por dentro.

4) SER HUMILDE AS CORREÇÕES  E ACEITAR AS MUDANÇAS.
Não sei bem se o que temos nos fará chegar ao céu, ou seja, o estudo não nos credencia a sermos mais importantes e sim mais habilidosos em um determinado assunto.
Ter faculdades e conhecimento do mundo de nada valem se não estivermos dispostos a dar, nos empenhar, conduzir e a sermos corrigidos…

Também não posso me valer desse evangelho para justificar parar de estudar, pois o estudo nos oferece mais recursos ao trabalho da messe. Fugir da capacitação é como insistir em lavrar a terra com um boi enquanto outros usam tratores.
Estamos no advento, peçamos perdão pelas vezes que me esqueci de ter um coração aberto ao amor; por ter nos achado acima de tudo; por ter mais afastado do que ajuntado; por meu orgulho ter soprado mais forte que minha humildade.
Reflitamos: “Preciso impregnar o mundo com Cristo, a começar em mim!

Propósito:

Obrigado, Pai, por nos conceder a oportunidade de Te conhecer mais profundamente. Obrigado, Jesus, por nos apresentar o Pai, e nos aceitar como irmãos teus, a medida que agimos como Tu nos ensinastes. Obrigado, Espírito Santo, por nos santificar, dando-nos coragem para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, e dando-nos paciência para esperar o momento de Deus para aquilo que não podemos mudar. E que na hora certa nos fazes ouvir as palavras do Mestre: Felizes são as pessoas que podem ver o que vocês estão vendo! Jesus, Caminho, Verdade e Vida, Aquele que nos revela o Pai, dá-me um coração puro para acolhê-lo e reconhecê-lo nos momentos diversos de minha vida com a ajuda de Tua Graça.

domingo, 27 de novembro de 2016

Evangelho do dia 28 de novembro segunda feira

28 novembro - Quando formos elogiados, ponhamo-nos a sorrir e pensemos que Deus vê o interior. (S 198). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,5-11

"Quando Jesus entrou na cidade de Cafarnaum, um oficial romano foi encontrar-se com ele e pediu que curasse o seu empregado. Ele disse:
- Senhor, o meu empregado está na minha casa, tão doente, que não pode nem se mexer na cama. Ele está sofrendo demais.
- Eu vou lá curá-lo! - disse Jesus.
O oficial romano respondeu:
- Não, senhor! Eu não mereço que o senhor entre na minha casa. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz.
Quando Jesus ouviu isso, ficou muito admirado e disse aos que o seguiam:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel! E digo a vocês que muita gente vai chegar do Leste e do Oeste e se sentar à mesa no Reino do Céu com Abraão, Isaque e Jacó."
  

Meditação:

Esta narrativa envolvendo a fé de um centurião é encontrada, com pequenas diferenças, no Evangelho de Lucas.
Contudo é também encontrada no Evangelho de João, com vários pontos divergentes. Porém podemos perceber que todas têm uma origem comum na tradição surgida dentre as primeiras comunidades cristãs.

A centralidade do episódio está em dois aspectos: o primeiro e principal aspecto é a grande fé de um gentio e o outro, a cura a distância.
A fé do gentio opõe-se à incredulidade dos israelitas, e o gentio passa a tomar lugar na mesa do Reino.
Na disciplina militar, a obediência à autoridade faz que, em virtude de uma palavra dada, a ordem deve ser realizada.
O centurião conhecia bem este contexto e por isso, reconhecendo a autoridade de Jesus para curar, pediu essa palavra. Este gesto suscitou em Jesus admiração pela fé deste soldado pagão.

Este encontro ressalta a abertura da mensagem de Jesus a todos, superando discriminações de qualquer tipo, preconceitos e particularismos.
O centurião não só era pagão, também era parte das forças de ocupação que oprimiam o povo.

Mas Jesus se relaciona com ele, rompendo a segregação existente entre judeus e gentios de sua época. Desta maneira, convida seus seguidores a serem pontes e laços em meio à divisão e às diferenças.

A comunidade cristã deve se caracterizar pela vivência dessa abertura e pela esperança, alimentada pela Palavra. Deve-se ter coragem para poder superar os preconceitos, acolher as pessoas pela sua dignidade de filhas de Deus e lutar pela igualdade.
Jesus chama e acolhe a todos, sem eleitos nem excluídos. Jesus cura o servo sem ir à casa do centurião. A cura a distância soma-se à cura pelo toque, tão presente em várias outras narrativas.
Esta fé operante, pela simples palavra de Jesus, supre a sua ausência sensível nas comunidades ao longo da história.

Reflexão Apostólica:

Estamos no Advento! O que será que aconteceu no mundo das 23h59 de sábado para a zero hora de domingo? O que muda de uma noite para outra em nossas vidas que, para o mais sensíveis, parecem ser impregnados de um tempo de calmaria, paz e perdão…
Parece que estamos imbuídos de realizar uma grande festa de aniversário onde todos são convidados e ao mesmo tempo responsáveis em prepará-la.
Faz-nos lembrar aquelas comemorações de criança que precisamos providenciar os convites, o local, o bolo, as atrações, (…). A festa é tão grandiosa que todos se empenham para que ela aconteça com máximo sucesso.

Não sou apenas CONVIDADO a participar da festa e sim também ser COLABORADOR para que ela aconteça.
Portanto, o Natal só acontece em minha vida se entendo que preciso fazer minha parte no duro processo chamado MUDANÇA.

Deus sempre será um Pai bom e misericordioso, pois deixa bem claro isso com suas demonstrações físicas, chamadas de alianças com seu povo, mas não posso partindo desse amor incondicional, me apegar à misericórdia de Deus e não ser pelo menos melhor que ontem, ou seja, não somente convidado, mas sim um colaborador.

O centurião do evangelho de hoje consegue tocar o coração de Jesus não somente apelando para usa infinita misericórdia e sim porque demonstra uma fala verdadeira e sincera. Ao ser declarar indigno da presença de Jesus em sua casa, na verdade abre as portas de sua própria salvação.

Quantas vezes nós, em virtude do orgulho, da arrogância, da leviandade, da soberba, nos afastamos de Jesus crendo que estávamos ao seu lado? Quantos irmãos que vivem dentro da igreja, se dizem cristãos, mas na verdade apenas participam da festa sem ter ajudado em nada na sua realização?

Aqui estão aqueles que levantam a bandeira da santidade sem buscá-la. Irmãos que são “santos” aos olhos dos outros, mas no mundo real enganam, sonegam, mentem, maltratam as pessoas. Quantas pessoas ainda acham que Coordenações (Responsabilidades) em Movimentos, Pastorais ou Comunitárias, eletivas (vereadores, deputados…) são uma oportunidade de serem vistos, ganhar status, dinheiro? Quantos por ai andam usando o nome de Deus em programas de TV para poder idolatrar o deus dinheiro por trás de seus “santos milagres”?

Os preparativos da festa começaram ontem… O que eu tenho que fazer para que a festa aconteça em minha casa?

Propósito:


Pai, que a purificação da fé predisponha-me para ir ao encontro do Senhor. Como o homem pagão, quero manifestar uma fé imensa no poder salvífico de teu Filho Jesus.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Evangelho do dia 27 de novembro - 1º DOMINGO DO ADVENTO

27 - Humildade em tudo, até em virar os olhos e em mexer as mãos. (S 198). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 24,37-44
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: 37“A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem.
40Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado.41Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada.
42Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor.
43Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.
44Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”. 

 
Meditação:

O ano litúrgico, com sua constante referência à páscoa do Senhor, e através da linguagem própria de cada uma das suas etapas, alimenta a vida espiritual da Igreja e de cada cristão. É a partir desta intrínseca relação com o Cristo morto e ressuscitado através do ano litúrgico que devem encontrar a própria orientação e o próprio sentido toda iniciativa pastoral e toda forma de piedade comunitária e pessoal, como ensina o Concílio Vaticano II (SC 12,13,105) e como destaca o Papa Bento XVI na Exortação Apostólica recém publicada Verbum Domini - A Palavra do Senhor (n.52).

O Advento marca o início do novo Ano litúrgico. Mas este inicia a partir das alturas onde chegou o fim do precedente: o cumprimento de toda história da salvação e a glória do Senhor. Com o primeiro domingo, iniciamos um novo caminho de louvor e de agradecimento ao Pai, por Jesus Cristo morto e ressuscitado, fonte inesgotável de vida nova no Espírito Santo. Um caminho de profunda renovação, quase de novo nascimento pela força do Espírito, até chegar à maturidade da vida espiritual de homens e mulheres tornados adultos em Cristo. 
Advento quer dizer “vinda”, “chegada”, e isso é o que nós preparamos para celebrar: a primeira vinda do Verbo de Deus, de sua Palavra, revestido de nossa carne humana, sua primeira vinda humilde, há dois mil anos atrás.

Transferida pela comunidade cristã do âmbito social ao religioso próprio, a palavra Advento veio a indicar antes de tudo a vinda gloriosa do Senhor no fim dos tempos, vinda que esperamos com fé, como Salvador.
Em segundo lugar indica a vinda/revelação do Senhor na humildade da encarnação através da qual ele manifesta o amor do Pai, e esta por sua vez se torna fundamento inabalável da sua presença fiel e carinhosa na nossa vida de cada dia até o fim dos tempos, como Jesus prometeu aos discípulos.

A liturgia da Palavra dos dois primeiros domingos do Advento destaca a promessa da vinda gloriosa do Senhor e a esperança ativa com que a Igreja espera essa vinda; enquanto o terceiro e o quarto domingo nos preparam para celebrar no Natal, com alegria e agradecimento, o evento central e fundador da nossa fé: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). “Que alegria, quando me disseram: vamos à casa do Senhor!” (Sal. Resp.)

Nossa preparação para estas celebrações durará quatro semanas mais ou menos, até a festa do Natal. Serão dias cheios de esperança e dias de uma sóbria penitência simbolizada na cor roxa das vestes e outros ornamentos litúrgicos. Dias de intensa escuta da Palavra de Deus que nos fará ouvir a voz dos profetas, especialmente a de Isaías, e nos fará contemplar a João Batista e a Virgem Maria, porque ninguém melhor que eles souberam esperar a vinda do Salvador.

Preparando-nos para celebrar a primeira vinda do Senhor não podemos deixar de considerar que esperamos ansiosos sua segunda vinda na glória, quando, como Juiz dos vivos e dos mortos, levará à plenitude nossa história humana.
São dias de recolhimento e de oração, de uma alegria incontida que nasce da espera de algo que será maravilhoso para nossas vidas; dias em que devemos evitar as extravagâncias e excessos a que somos levados pela propaganda e pela publicidade do comércio, que querem transformar a santa festa do Natal numa espécie de feira, porque nós, os crentes, consentimos nisso.

Três gritos de amor e de admoestação saídos do coração do Senhor e ecoados com paixão pela Igreja nossa Mãe. Estas admoestações são para chamar nossa atenção, muitas vezes tomada pela aparente normalidade dos acontecimentos, tal como ocorreu aos concidadãos de Noé; elas se colocam para despertar as consciências atordoadas e adormecidas pelas coisas passageiras e superficiais, para nos estimular a nos renovarmos radicalmente, assumindo sempre mais a maneira de sentir, julgar e atuar do próprio Jesus na sua relação filial com o Pai e para conosco. Revestir-se de Cristo, segundo a eficaz expressão do Apóstolo, indica o processo da nossa progressiva identificação interior com Ele. Este processo, iniciado no batismo, quando nos foi entregue o símbolo da veste branca, vai se desenvolvendo até culminar na entrada, com o próprio Cristo, na festa do reino de Deus (Ap 7,9).

A primeira leitura, tirada do profeta Isaías (Is 2, 1-5), nos apresenta uma imagem belíssima: o monte do Senhor, a montanha santa que Deus escolheu para si na terra de Judá, sobre a qual se ergue até hoje Jerusalém, e se erguia até 2010 anos atrás o templo dos judeus.
Isaías vaticina um destino glorioso para Sião, de transformar-se no centro do mundo e da história, para onde se voltam e se dirigem todos os povos da terra, de onde brotará para o mundo a Palavra e a lei justa e libertadora do Senhor. Anuncia ainda uma era de paz universal expressa com lindas imagens das espadas transformadas em arados e as lanças em foices.

Todo este quadro maravilhoso aparece iluminado pela luz do próprio Deus. Imagens similares à que acabamos de evocar encontraremos em outras passagens do Antigo e do Novo Testamento.
O anúncio de um mundo renovado por Deus, no qual poderemos ser todos felizes, sem discriminações, quando vier o Messias, o mensageiro definitivo da salvação.

Paulo, em sua carta aos romanos 
(Rm 13, 11-14), nos exorta à vigilância, a manter-nos acordados e estarmos prontos para as solenidades que se aproximam, para receber o Messias que já vem. O apóstolo nos fala da luz e do dia, em contraste com as trevas da noite.
Uma imagem muito freqüente em seus escritos, mas que ele tomou de textos anteriores. Exorta-nos também a revestir-nos com as armas da luz, que não são precisamente armas ofensivas, mas imagens da sinceridade, da verdade, da dignidade de uma vida santa e ordenada. Porque ele já advertia os cristãos de Roma contra os excessos de uma cultura do esbanjamento e da vaidade, dos prazeres sem medida e da violência dos cobiçadores, das aparências no vestir e no cuidado do corpo. Paulo nos diz que nossa roupa mais luxuosa e nossos adornos e perfumes devem ser o Senhor Jesus Cristo.

O evangelho de são Mateus está tirado daquela parte que chamamos de “discurso escatológico”, a coleção de ditos e ensinamentos de Jesus nos capítulos 23 a 25 de seu evangelho, acerca do sentido final do mundo e da história.

Cristo veio para nos salvar, mas virá algum dia para nos julgar, por isso devemos estar preparados. Que seu juízo não nos surpreenda como aos contemporâneos de Noé e do dilúvio, crendo que nossas conquistas são definitivas, que a cultura e a civilização que criamos não terminará jamais.

Como nos tempos de Noé, também em nossos tempos, e talvez numa escala muito maior, há injustiça e opressão, exploração e tirania. E tudo isso será varrido pelo fogo, como foi varrido o mundo pela água do dilúvio, segundo o relato simbólico que Jesus aqui evoca. Se soubéssemos a quer hora viria o ladrão em nossa casa não estaríamos acordados para surpreendê-lo? Jesus nos diz que virá quando menos o esperarmos; por isso devemos estar acordados.

Estas advertências de Jesus põem uma nota de gravidade no tempo do Advento que hoje começamos a celebrar: não se trata somente dos enfeites natalinos dos quais já estão cheios os supermercados, as lojas, os meios de comunicação.

Não se trata de uma falsa alegria, induzida artificialmente por musiquinhas pegajosas, nem da falsa aparência de bem-estar ao se esbanjar dinheiro em compras desnecessárias. Nem das viagens que em muitos países se promovem nestes dias, as luzes artificiais, os espetáculos pirotécnicos e tantas coisas ao estilo.

Para os cristãos trata-se da certeza de que vem seu Senhor, para salvar e para pedir contas, para premiar e castigar.
Que será de nós quando ele chegar? Dependerá de nossas atitudes e compromissos. Se tivermos amado e servido, se tivermos promovido a justiça e buscado a paz, se tivermos lutado por um mundo mais justo, de irmãos, não teremos nada a temer, seremos acolhidos nos braços do Pai. Mas será diferente a nossa sorte se nos deixamos seduzir pela vaidade com que os comerciantes querem que celebremos estas festas: entre comilanças e bebedeiras, luxúrias e desregramentos, rixas e pendências, esquecendo-nos dos pobres e dos pequenos, os favoritos de Deus.

O Advento é tempo de esperança, não de simples espera. É objeto da espera aquilo que não depende de mim, aquilo que, mesmo eu não desejando muito, virá, antes ou depois, ou não virá, por causa de fatores que escapam ao meu controle.

Frente ao objeto de minha espera, o único que posso fazer é entreter-me, distrair-me, “matar o tempo”, não sofrer muito por causa do desejo – como dirá a filosofia oriental -. Uma “sala de espera” (não de esperança) é um lugar para “matar o tempo” e é tanto melhor quanto mais me distrai, porque não adianto nada – quem sabe apenas o sofrimento – pelo fato de estar desejando o objeto de minha espera.

A esperança é bem diferente. A esperança é o desejo que me leva a provocar o aparecimento ou a construção do objeto de minha esperança. E só se pode esperar com esperança aquilo que de alguma maneira depende de mim também.

Esperar – com esperança – é “desejar provocando”, desejar algo tão apaixonadamente que alguém se entrega à realização disso que se espera. A esperança cristã é verdadeiramente esperança: aquilo que vem e aquele que vem empurrando-o não virá a ocorrer senão por uma acumulação de desejos e provocações. Deus não nos prometeu o Reino como uma condenação fatídica, mas como uma tarefa, uma missão, uma ação apaixonante.

Advento: tempo para alimentar essa virtude “cinzenta” da esperança.

Com o advento muda a cor litúrgica e começa um novo ano litúrgico; também agora podemos dizer: “ano novo, vida nova”.

Reflexão Apostólica:

A palavra deste primeiro domingo nos diz que o nosso “hoje” é também o “hoje” de Deus, aberto por ele em vista do futuro de novas possibilidades de vida e de relações: “Vinde, todos da casa de Jacó, e deixemos nos guiar pela luz do Senhor”.
Nele também o mundo do homem e da mulher de hoje se torna a casa onde pessoas, povos, raças e religiões diferentes podem encontrar novamente o lugar da recíproca reconciliação e acolhida.

Nele nossa vida de cada dia se torna a porta na qual ele fica batendo, para ser reconhecido, acolhido e assim partilhar com ele a mesa da amizade e da intimidade (Ap 3,20). Casa do homem e de Deus.

É preciso estar atentos, estar preparados! Qualquer situação e momento pode ser a ocasião certa e a situação oportuna para receber sua visita, ouvir sua palavra, gozar da sua presença íntima e transformadora. 
Neste primeiro domingo do Advento, somos convidados a nos preparar para a vinda de Jesus... para a primeira vinda, que acontece no Natal, com o seu nascimento, mas também para a segunda vinda, que irá marcar o fim dos tempos. Durante toda a semana refletimos o capítulo 21 de Lucas, que trata desse assunto.

Preparar-se é aguçar os sentidos para descobrir os sinais do reino já presente entre nós, e reorientar nossos passos em obediência real ao projeto de justiça e fraternidade de Jesus.
Num ponto todos concordam: haverá um fim para este mundo em que vivemos. Mas quando e como será esse fim? As especulações são das mais variadas.

Desde pequenos escutamos muitas pessoas dizerem que o mundo iria acabar na passagem para o ano 2000. Aqui estamos nós em 2010! De vez em quando algum criador de seita diz que o mundo vai acabar.

 Uma trilogia de Hollywood ("Deixados para trás"), que foi um grande sucesso do cinema, tenta colocar os sinais citados no livro do Apocalipse e nas palavras de Jesus para mostrar como seria o fim dos tempos, se fosse nos dias de hoje. Claro que é uma obra fantasiosa, e que deve ser assistida com senso crítico. Mas, finalmente, o que PRECISAMOS saber sobre o fim dos tempos?

Em Lucas, Jesus diz que virão muitas pessoas dizendo que "Ele está aqui", ou "Ele está ali"... Como se quisessem dizer: o fim do mundo será no dia dd de mm, de aaaa. 

"Não sigam essas pessoas!" Ninguém sabe quando será o fim do mundo. Isso só cabe a Deus. O que cabe a nós e o que precisamos saber sobre o fim dos tempos é: "Estai também vós preparados porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes."

E o que seria "estar preparado"? Estar preparado para a vinda de Jesus é estar de consciência tranqüila de ter feito o melhor que poderia, usando os talentos que Ele nos deu.
A abertura para com as visitas e surpresas de Deus, o desejo apaixonado da sua amizade e intimidade, o sentido da necessidade que o Senhor entre na nossa vida e a dirija, são as atitudes fundamentais a serem cultivadas neste tempo de Advento.

São as condições para acolher o Senhor que vem, celebrar dignamente a memória da sua encarnação, reconhecê-lo nas suas visitas misteriosas nos acontecimentos da vida e caminhar com renovada esperança ao encontro da sua vinda gloriosa.  
O Advento nos ajuda a redescobrir estas atitudes e a guardá-las. O Advento não é somente um tempo do ano litúrgico: é uma dimensão constitutiva da identidade cristã. 
Nesse tempo do Advento, vamos procurar usar da melhor forma os nossos talentos para tornar esse mundo um lugar melhor... Vamos fazer uma checagem de nossa esperança: nossa saúde, nosso fundamento, nossas dificuldades, nosso poder contagiante...

Vamos preparar o berço do nosso coração para receber o Jesus Criança no Natal... e assim já estaremos nos preparando para receber o Jesus Glorioso que está por vir...

Que sinais de esperança e de desesperança dá esta sociedade atual “realista”, sem utopias, desencantada, anestesiada pela proclamação do “final da história”...? Que papel nós, cristãos, teríamos nesta hora de baixa da esperança? Somos testemunhas da esperança? Que podem significar os sinais apocalípticos que o evangelho utiliza (Noé, o dilúvio, ameaça da chegada imprevista...)? Em que sentido o fim do mundo (e/ou de nossa própria vida) é a “vinda do Senhor Jesus”?

Propósito:

Ó Deus, Pai e Mãe, que nos gerastes para uma viva esperança por meio da ressurreição de Jesus: concede-nos a graça de saber descobrir Aquele que vem a cada dia – surpreendendo-nos – em nossos irmãos mais necessitados, para que assim, a espera do Senhor Jesus nos aproxime cada dia mais da vida e morte de nossos irmãos, através de quem continua vindo para nós o teu Filho Jesus.