Seguidores

quinta-feira, 31 de março de 2016

Evangelho do dia 3 de abril - 2º DOMINGO DA PÁSCOA

2º DOMINGO DA PÁSCOA

03 DE ABRIL - Ah! pobre juventude, tão abandonada e descuidada; pobre geração em crescimento, deixada por demais à própria sorte e ainda muito caluniada ou, pelo menos, duramente julgada em tuas leviandades e em tua generosidade desregrada, naquela necessidade de
ação mal desenvolvida, com afetos mal orientados, razão pela qual, sem culpa totalmente tua, te afastas do caminho reto! Pobre juventude! Rezemos mui particularmente por ela.(L 29). São Jose Marello
João 20,19-31

"Naquele mesmo domingo, à tarde, os discípulos de Jesus estavam reunidos de portas trancadas, com medo dos líderes judeus. Então Jesus chegou, ficou no meio deles e disse:
- Que a paz esteja com vocês!
Em seguida lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres ao verem o Senhor. Então Jesus disse de novo: - Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.
Depois soprou sobre eles e disse: - Recebam o Espírito Santo. Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses pecados são perdoados; mas, se não perdoarem, eles não são perdoados.
Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de "o Gêmeo", não estava com eles quando Jesus chegou. Então os outros discípulos disseram a Tomé: - Nós vimos o Senhor! Ele respondeu: - Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer! Uma semana depois, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: - Que a paz esteja com vocês! Em seguida disse a Tomé: - Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia! Então Tomé exclamou: - Meu Senhor e meu Deus!
- Você creu porque me viu? - disse Jesus. - Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!
Jesus fez diante dos discípulos muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, crendo, tenham vida por meio dele.
"
Meditação

Depois da morte de Jesus, a comunidade se sente com medo, insegura e indefesa diante das represálias que surgiam contra ela pela instituição judaica.

Ela se encontra em uma situação de temor paralela à do antigo Israel no Egito, quando os israelitas eram perseguidos pelas tropas do faraó (Ex 14, 10).

Como aquele povo, os discípulos estão também na noite (já anoitecendo) quando o Senhor vai tirá-los da opressão (Ex 12,42; Dt 16,1).

A mensagem de Maria Madalena, contudo, não os libertou do temor. Não basta ter noticia do sepulcro vazio; somente a presença de Jesus pode dar-lhes segurança em meio a um mundo hostil.

Tudo muda desde o momento em que Jesus, que é o centro da comunidade, aparece em seu meio, como ponto de referencia, fonte de vida e fator de unidade.
Sua saudação lhes devolve a paz que haviam perdido. Suas mãos e suas costas, provas de sua paixão e morte, são agora os sinais de seu amor e de sua vitoria: o que está vivo diante deles é o mesmo que morreu na cruz.

Se tinham medo da morte que os judeus poderiam impor-lhes, agora vêem que ninguém pode tirar deles a vida que o ressuscitado comunica.

O efeito do encontro com Jesus é a alegria, como ele mesmo havia anunciado (16,20: vossa tristeza se converterá em alegria). Já começou a festa da páscoa, a nova criação, o novo ser humano capaz de dar a vida para dar a vida.
Com sua presença, Jesus lhes comunica seu espírito que lhes dá força para o enfrentamento com o mundo e libertar a homens e mulheres do pecado, da injustiça, do desamor e da morte.

Para isso, os envia ao mundo, a um mundo que os odeia como odiou a Jesus (15,18). A missão da comunidade não será outra senão a de perdoar os pecados para dar vida, o que é igual, colocar fim a tudo que oprime, reprime ou suprime a vida, que é o efeito que produz o pecado na sociedade.

Porém, nem todos crêem. Um deles, Tomé, o mesmo que se mostrou pronto a acompanhar a Jesus em sua morte (Jo 11,16), que agora resiste a crer no testemunho dos discípulos e não lhe basta ver a comunidade transformada pelo Espírito.

Não admite que o que eles viram seja o mesmo que ele havia conhecido. Não acredita na permanência da vida. Exige uma prova individual e extraordinária.

As frases redundantes de Tomé, com sua repetição de palavras (suas mãos, colocar o dedo, colocar minha mão), sublinham estilisticamente sua cabeça dura. Não busca a Jesus fonte de vida, mas uma relíquia do passado.

Tomé vai precisar de algumas palavras de Jesus para crer: “Coloca aqui teu dedo, olha minhas mãos; coloca tua mão e não seja incrédulo, mas fiel”.

Tomé, que não chega a tocar em Jesus, pronuncia a mais sublime confissão evangélica de fé chamando Jesus de “Meu Senhor e meu Deus!”.

Com esta dupla expressão alude ao mestre a quem chamavam de Senhor, sempre disposto a lavar os pés de seus discípulos e ao projeto de Deus, realizado agora em Jesus, de fazer chegar ao ser humano ao cume da divindade realizado agora em Jesus (Meu Deus...)

Porém, por sua atitude incrédula recebe de Jesus uma reprovação, junto com ela uma última bem-aventurança para todos os que já não poderão nem vê-lo nem tocá-lo e terão, por isso, que descobri-lo na comunidade e notar nela sua presença sempre viva.

De agora em diante a realidade de Jesus vivo não é percebida com elucubrações nem buscando experiências individuais e isoladas, mas que se manifesta na vida e conduta de uma comunidade que é expressão de amor, de vida e de alegria.

Uma comunidade, cuja utopia de vida refletida no livro dos Atos (4,32-35): comunidade de pensamentos e sentimentos comuns, de colocação em comum dos bens e de partilha igualitária dos mesmos como expressão de fé em Jesus ressuscitado, uma comunidade de amor como defende a primeira carta de João (1Jo 5,1-5).
Se a ressurreição de Jesus não tivesse efeito algum na vida dos discípulos, isto é, se a ressurreição não tivesse sentido final, a re-criação do ser humano e, portanto, a recriação de uma nova ordem, a Ressurreição de Jesus não teria passado de um assunto particular entre o Pai e seu Filho.

Como a ressurreição de Jesus é a base e fundamento de uma comunidade e o horizonte para o qual tende toda a criação, por isso tanto o evangelho de hoje como a primeira leitura de Atos, tratam de iluminar esse horizonte e quais os efeitos imediatos, reais e concretos da ressurreição.

As falhas, os tropeços e as quedas no processo de construção de uma comunidade igualitária e justa não devem ser vistos como a demonstração de que não se pode alcançar essa construção.

Esses aspectos negativos podem ser percebidos como um desafio, sobretudo havendo plena consciência de que este é o projeto de Deus e que, por este projeto, Jesus derramou seu sangue e entregou sua vida.

Porém também por esse projeto, o Pai o ressuscitou, para que quem confessa ser seu seguidor, seja também comprometido com esse seu projeto, partilhado conosco, e respaldado e acompanhado em todo momento. Este é o principal sentido da ressurreição e o que os discípulos não entendiam de maneira imediata.

Justamente o evangelho de hoje nos dá a pista para entender que a descoberta dos efeitos e alcances da ressurreição de Jesus não podem ser compreendidos rapidamente, de um momento para outro.

Mesmo que os discípulos tenham comprovado que Jesus “não está” no túmulo, mesmo que Maria Madalena lhes tenha anunciado que Jesus estava vivo e que tenha falado com ele (cf. Jo 20, 1-18), os discípulos continuam fechados. As expressões “os discípulos estavam com as portas bem fechadas” (v.19) e “oito dias depois os discípulos estavam reunidos em sua casa” (v.26), são um sinal de que existe um processo de amadurecimento na fé.
O evangelista nos diz que os discípulos “não creram” no ressuscitado; com exceção de Tomé, todos o haviam visto e todos acreditavam nele; porém uma coisa é crer e outra coisa é abrir-se às implicações da fé.

Este é o processo e a busca da comunidade de discípulos, ajudada pela proximidade de Jesus que, com toda paciência e compreensão, acompanha, anima e ajuda a comunidade a amadurecer a fé de cada discípulo.

Talvez para nós, como crentes deste tempo, seja necessário amadurecer muito ainda a fé. Talvez nossos conceitos tradicionais, aprendidos sobre Jesus e seu evangelho não nos permitam ver com clareza o horizonte dessa fé cristã que confessamos tão folcloricamente e que, portanto, não impacta a ninguém.

Valeria a pena fazer o exercício de desaprender, esvaziar completamente nosso ser, nosso coração, fazer o que Tomé fez.

Podemos ver o caso de Tomé desde a partir de um ótica mais positiva. Não precisamos julgá-lo, de imediato, como “o incrédulo”, mas como quem quer crer e colocar em prática sua fé, mas que o seu vazio interior necessita ser preenchido pela presença de seu Senhor. Este é o caminho que somos chamados hoje a percorrer.
 
Reflexão Apostólica: 

A narrativa do Evangelho de hoje nos diz que Jesus Cristo, por três vezes anunciou a paz aos Seus discípulos que, ainda temerosos, se reuniam a portas fechadas.

Jesus surgiu no meio deles e lhes desejou a Paz. Mas a paz de Jesus nos vem através do Espírito Santo. Por isso, Jesus também lhes disse: “Recebei o Espírito Santo”.

O sopro do Espírito Santo de Jesus em nós nos fará levar a paz ao mundo, assim como também nos motivará a oferecer o perdão e a misericórdia de Deus aos nossos irmãos.

A paz da nossa consciência é oriunda da justiça de Deus que para nós é o Seu perdão e a Sua misericórdia. Se perdoarmos seremos perdoados e teremos paz.

Jesus nos conscientiza de que o perdão deve ser ministrado por nós mesmos. Portanto, se nós não perdoarmos aos nossos irmãos os seus pecados, diante de Deus eles serão retidos pela nossa falta de perdão. Conseqüentemente, nós também, não teremos o perdão dos nossos pecados por parte dos nossos irmãos diante do Pai.

É o Espírito Santo também quem nos leva a crer no Cristo Ressuscitado, mesmo sem precisar colocar o dedo nas marcas dos pregos de Jesus como fez Tomé.

Colocar as mãos nas chagas de Jesus para nós, muitas vezes é viver o sofrimento e experimentar a dor. “Felizes os que creram sem terem visto!” Felizes, portanto, são os que sem experimentarem a dor confiam que Jesus está vivo.

Não percamos tempo: o Espírito Santo já foi soprado e está dentro de nós. Portanto, proclamemos com convicção: "MEU SENHOR E MEU DEUS!

Você tem consciência firme de que o Espírito Santo mora em você? O que tem lhe dado paz? Você já aprendeu a dar e receber perdão das pessoas? Você encontrou Jesus no amor ou na dor? Você costuma anunciar ao mundo que Jesus Cristo está vivo na sua vida?

O evangelho retrata nitidamente nossa realidade, mostrando a falta de fé de Tomé, que mesmo tendo acompanhado a trajetória de Jesus, só acreditou depois que viu as chagas.

E nós, quantas vezes duvidamos da palavra de Deus e de suas obras? A falta de fé nos deixa cegos e evita que propaguemos sua palavra.

FELIZES OS QUE CRERAM SEM TER VISTO...

Propósito: Estar presente na minha Comunidade - Família, Equipe, Grupo, Igreja, Amigos - e descobrir, junto com eles, a presença de Jesus Ressuscitado em nosso meio, com a sua mensagem de paz

Evangelho do dia 02 de abril sábado

02 DE ABRIL 2016 SÁBADO
02 Trabalha, trabalha para o melhoramento da juventude: também o pouco é alguma coisa e, em nossos dias, barrar o mal já é um grande bem. (L 28). SÃO JOSE MARELLO
Marcos 16,9-15

"Jesus ressuscitou no domingo bem cedo e apareceu primeiro a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios. Ela foi contar isso aos companheiros de Jesus, pois eles estavam tristes e chorando. Quando a ouviram dizer que Jesus estava vivo e que tinha aparecido a ela, eles não acreditaram. Depois disso Jesus se apresentou com outra aparência a dois discípulos que iam caminhando para o campo. Eles voltaram e foram contar isso aos outros discípulos, e estes não acreditaram no que os dois disseram.
Por último Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto eles estavam à mesa, comendo. Ele os repreendeu por não terem fé e por teimarem em não acreditar no que haviam contado os que o tinham visto ressuscitado. Então ele disse:
- Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas.
"

Meditação

Se analisarmos os textos bíblicos que lemos nessa semana, em seu conjunto, podemos concluir que a FÉ é o elemento fundamental que nos permite compreender e vivenciar ao máximo o mistério da ressurreição.

O elemento essencial se torna mais evidente no relato que lemos neste dia. Marcos faz referência, de maneira sintética, a três momentos chaves nos quais Jesus ressuscitado se faz presente em meio a comunidade dos discípulos.

Nas três aparições encontramos atitudes que expressam o rechaço ao seguimento radical do mestre por parte dos discípulos, pois estão submersos na dor, no abatimento, na frustração e tristeza.

A mensagem anunciada pelas testemunhas da ressurreição é recebida com incredulidade, afastando-se assim a fé e caindo no “anti-seguimento”. Parece como se a morte fosse a última explicação do projeto libertador iniciado por Jesus.

Entretanto, Jesus repreende tais atitudes e convida seus discípulos a crer, já que é única maneira de compreender e se integrar no projeto divino do Pai. É importante perguntarmos hoje se nossa fé realmente nos motiva a construir uma comunidade alternativa, afastada do egoísmo e da morte

Este trecho difere muito do livro até aqui; por isso é considerado obra de outro autor. Um final acrescentado ao Evangelho de Marcos nos resume as aparições a Maria Madalena e aos discípulos de Emaús.

Parece que se inspiraram no último capítulo de Mateus(28,18-20) em Lucas (24,10-53), e em João (20,11-23) e no início do livro dos Atos dos Apóstolos (1,4-14)

Os cristãos da primeira geração provavelmente quiseram completar o livro de Marcos com um resumo das aparições de Jesus e uma apresentação global da missão da Igreja.

Embora seja acréscimo de retalhos tomados de outros escritos do Novo Testamento, o trecho conserva o pensamento de marcos, isto é: os discípulos devem continuar a ação de Jesus.

O final do Evangelho de Marcos conclui dizendo que “as mulheres não disseram nada a ninguém porque tiveram medo” procedem às comunidades primitivas, surpreendentemente que muito pronto se acrescentou ao texto original dois apêndices – um longo e outro breve – inspirado no texto dos demais evangelistas.

Na primeira cena do Evangelho de hoje, os discípulos não dão credito as palavras de Maria Madalena “Estavam cheios de dor e chorando” e o pranto, a dor os impede de acreditar que a morte de Jesus, não acabara com sua vida, como testemunho Maria Madalena. Tampouco crêem no relato dos discípulos de Emaús.

Tem que ser o próprio Jesus, que se apresenta para repreender suas incredulidades e suas teimosias em não crer aos que o haviam visto ressuscitar. Supõe-se que depois deste encontro, acreditaram.

Disto surge à ordem de Jesus, de anunciar a boa noticia para toda a humanidade. Uma boa noticia que hoje esperam milhões de cidadãos deste mundo abocanhados pela morte, condenados pela marginalização, sepultando no pranto e na dor da fome, da miséria e das condições sub-humanas de vida.

A eles – espalhados por todo o mundo – mas concentrados em partes do mundo. A eles que Jesus nos envia hoje para anuncia que é possível à outra vida a outro mundo, onde a morte não é o senhor do ser humano.

A dimensão pessoal e a dimensão comunitária da Evangelização nos trazem uma concepção muitas vezes esquecida: somos apóstolos porque fomos e somos enviados ao anúncio, mas não deixaremos de ser discípulos, alunos, pela própria fé pascal que não encerra na cruz sua missão evangelizadora.

Preguemo-nos na cruz de Cristo sim, porém revestimo-nos de sua ressurreição e tal sacrifício (o nosso, que tolamente pensamos fazer) não passará de uma graça concedida na difícil tarefa de aprender.

Reflexão Apostólica: 

Como foi difícil para os discípulos o amadurecimento na fé! Maria Madalena deu testemunho da Ressurreição aos discípulos. Mas, o preconceito ao testemunho de uma mulher não os convenceu. Permaneceram na incredulidade.

Assim foi e sempre será: não é fácil acreditar no que alguém viu, sem antes também não ter visto. Maria Madalena anunciou a ressurreição de Jesus a Pedro e João, eles não acreditaram.

Os discípulos de Emaús também saíram anunciando o encontro que tiveram com Cristo, mas os outros não lhes deram crédito.

Somente quando Jesus apareceu aos onze e os repreendeu por causa da sua falta de fé e pela dureza de coração foi que eles puderam acolher o mandado de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda a criatura!”

Qualquer um de nós poderá ter esse encontro com Jesus ressuscitado e, crendo, assumir o papel de anunciadores do Evangelho, porque a fé abre os nossos olhos e ouvidos para enxergarmos e ouvirmos a Jesus que está muito perto de nós e assim também podemos ser anunciadores da Boa Nova.

Se você ainda não teve esta experiência forte com Jesus ressuscitado abra o seu coração com o propósito de acreditar que Ele está vivo, muito perto de você e que assim como aconteceu com outros poderá também acontecer com você.

Faça hoje a sua profissão de Fé no Cristo morto e ressuscitado. Reze com muita atenção o Creio em Deus Pai e vá se apossando da realidade mais concreta para o cristão: JESUS ESTÁ VIVO , AQUI!

Ontem eles e hoje nós, temos que proclamar que seu caminho foi um caminho de vida, ainda que tivessem que passar pela morte. Sabemos disso pela prática de cada dia.


Propósito: Testemunhar e viver a fé com a convicção de que Jesus está vivo e convive comigo, conosco, em meu quotidiano. 

Evangelho do dia 01 de abril sexta feira - 166º CURSILHO MASCULINO ADULTO

Inicio do 166º CURSILHO MASCULINO ADULTO DA DIOCESE DE APUCARANA
OITAVA DA PÁSCOA
01 de abril sexta feira - Trabalhemos todos da maneira e com a intensidade que Deus quer; Ele sabe muito bem coordenar as nossas fadigas para os seus desígnios. (L 22). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São João 21,1-14

"Depois disso, Jesus apareceu outra vez aos seus discípulos, na beira do lago da Galiléia. Foi assim que aconteceu:
Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado "o Gêmeo"; Natanael, que era de Caná da Galiléia; os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos. Simão Pedro disse aos outros: - Eu vou pescar.
- Nós também vamos pescar com você! - disseram eles. Então foram todos e subiram no barco, mas naquela noite não pescaram nada. De manhã, quando começava a clarear, Jesus estava na praia. Porém eles não sabiam que era ele. Então Jesus perguntou:
- Moços, vocês pescaram alguma coisa?
- Nada! - responderam eles.
- Joguem a rede do lado direito do barco, que vocês acharão peixe! - disse Jesus. Eles jogaram a rede e logo depois já não conseguiam puxá-la para dentro do barco, por causa da
grande quantidade de peixes que havia nela. Aí o discípulo que Jesus amava disse a Pedro:- É o Senhor Jesus! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a capa, pois havia tirado a roupa, e se jogou na água. Os outros discípulos foram no barco, puxando a rede com os peixes, pois estavam somente a uns cem metros da praia. Quando saíram do barco, viram ali uma pequena fogueira, com alguns peixes em cima das brasas. E também havia pão. Então Jesus disse: - Tragam alguns desses peixes que vocês acabaram de pescar.
Aí Simão Pedro subiu no barco e arrastou a rede para a terra. Ela estava cheia, com cento e cinqüenta e três peixes grandes, e mesmo assim não se rebentou. Jesus disse: - Venham comer! Nenhum deles tinha coragem de perguntar quem ele era, pois sabiam que era o Senhor. Então Jesus veio, pegou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com os peixes. Foi esta a terceira vez que Jesus, depois de ter sido ressuscitado, apareceu aos seus discípulos.
"
 Meditação
 O próprio ressuscitado se põe a servir os irmãos. Também a comunidade que serve, fiel à Palavra e ao exemplo de Jesus e em Comunhão Eucarística com Ele, se torna fonte de amor e vida para o mundo.

Jesus ressuscitado aparece num certo dia a seus discípulos, que não o identificam apesar de Ele lhes falar. Quando lhes manda lançar as redes e apanham uma grande quantidade de peixes, somente Pedro o reconhece.

A aparição de Jesus faz que a fé de seus discípulos renasça, recuperem o tempo perdido e comecem a pensar como se organizarão de novo em função da antiga grande utopia.

O encontro com o Ressuscitado não pode ficar guardado como uma simples lembrança; a transcendência daquele momento leva os protagonistas a uma aposta definitiva de suas vidas.

O ofício da pesca cobrará novo valor ao serem agora pescadores de homens, e a missão será muito maior que somente ficarem lutando pela sobrevivência.

A presença e atividade de Jesus é necessária para que a missão da comunidade seja fecunda. Jesus está presente, não como patrão que manda, mas como amigo que colabora com os seus e se coloca a seu serviço para dar fecundidade a seu esforço. “Joguem a rede à direita e aí encontrarão a pesca”. Tão pronto como fala, a comunidade o reconhece.

Ela necessita dessa presença para que se sinta iluminada e acompanhada. O fruto da missão depende da docilidade da palavra de Jesus. Ele nos pede a decisão de segui-lo até dar a vida, e nos orienta no campo de nosso trabalho. A missão cristã, em união com Jesus, termina na comunidade do grupo com ele na fração do pão.

Nela oferece o seu alimento, que é sua pessoa, e a ele se agrega a contribuição dos discípulos. Na comunhão de vida e missão se verifica a união da comunidade com Jesus. Confiamos nossa vida e trabalho missionário à palavra eficaz de Jesus à fração do pão?

O Capítulo 21 do evangelho de são João parece um apêndice que se foi acrescentado mais tarde ao evangelho já terminado. Nele, se ilustra a retomada da missão na Galiléia, conforme o anúncio do anjo e do próprio Jesus (Mc 16,7; Mt 28,7.10).
Os discípulos voltam a pescar. Jesus ressuscitado se faz presente entre eles, como lhes dissera na última ceia (Jo 14,18; 16,16). Esta presença de Jesus é o alimento e o arrebatamento para a perseverança e o sucesso da missão.
 A conclusão do capítulo anterior (Jo 20,30-31) deixa entender que se trata de um acréscimo. Em todo caso, acréscimo ou não, é Palavra de Deus que nos apresente a bonita mensagem da ressurreição neste quinto dia da semana da Páscoa.

O texto bíblico que meditamos hoje expressa a importância que tem a presença de Jesus ressuscitado no meio da comunidade. Ele é quem da o verdadeiro rumo e sentido a toda a ação da Igreja nascente.

João, através da pesca milagrosa, simboliza a missão da Igreja, evocando assim a promessa dada por Jesus aos discípulos, de fazê-los “pescadores de homens”.

Como vemos, o relato está carregado de símbolos que expressam como a comunidade de discípulos passa de um estado de tristeza, incredulidade e esterilidade (saíram para pescar a noite, sem Jesus) a um estado de alegria, fé e abundancia (pescaram de manhã, com Jesus).

Tudo isso nos indica que Jesus é parte fundamental da comunidade; sem ele os discípulos permanecem na escuridão da noite, só com ele, junto dele e por ele, os discípulos podem dar frutos em abundancia.

Atualmente, a comunidade cristã atravessa difíceis situações, que obscurecem seu horizonte libertador, que tornam a missão difícil e também dificultam o reconhecimento do Senhor, é preciso, então, voltar à margem, onde está o Mestre e compartilhar com ele sua Palavra.

Nestas celebrações pascais peçamos a Deus que nos permita encontrar o rosto do Ressuscitado no dia a dia de nossas vidas, e assim darmos ares novos à nossa existência.

Sem Jesus não podemos muito ou nada. Com ele, tudo! Inclusive, Jesus os convida para comer. Ele quer ser alimento, providência em nossas vidas.
 Reflexão Apostólica: 

Talvez em vida Jesus não causasse tanto “alvoroço” no dia-a-dia dos apóstolos como depois que ressuscitou. Suas palavras, seus gestos, seus milagres cativavam durante três anos até mesmo os mais duros e sisudos como Pedro, mas cada aparição que acontecia após o sepulcro eram celebradas e vivenciadas com mais energia e amor.

 Vamos analisar alguns fatos interessantes:
 1) Pedro lança-se na água. “(…) Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a capa, pois havia tirado a roupa, e se jogou na água”.
Não foi a primeira vez que esse apóstolo se lançou na água. Relembremos o dia que os discípulos, ao atravessar o mar da Galiléia, foram surpreendidos pela tempestade e seus ventos e viram Jesus andar sobre as águas e Pedro também o quis fazer.
 Da primeira vez queria talvez ver acontecer o milagre em si próprio, talvez uma auto-afirmação que tudo que estava vivendo era real, palpável, (…). Desta vez, não importa mais o milagre e sim a presença. Após perdê-lo, o que ele mais queria era ficar perto.
 Nós deveríamos ser mais assim: Não presos ao milagre e sim a presença Dele.
 2)    Jesus já esta com a fogueira acesa e assando os peixes: “(…) Quando saíram do barco, viram ali uma pequena fogueira, com alguns peixes em cima das brasas”.
 Ao saltar na água, apenas a procura da presença de Jesus, Pedro esquece do que esta fazendo. Ele não se importa com que esta no barco, apenas se veste.
 Zelota e muito respeitoso, não gostaria de estar na presença do seu senhor sem sentir-se apresentável. Dessa vez não pediu para andar sobre os poucos cem metros que o separavam da margem e de seu senhor.
 Na caminhada também deveríamos enxergar assim: Na presença de Jesus apenas se preocupar em estar apresentável, ou seja, com o coração livre, sem pensar no que deixou ou no que acontece.
 Uma pergunta: Onde estamos na hora da Missa?

Parece redundante a pergunta, mas não é! Quantos de nós às vezes esta com o corpo sentado no banco da igreja, mas a cabeça esta longe, preocupado com o dia de amanhã, com as contas a serem pagas ou, "checando" a presença dos irmãos da Equipe? É preciso acreditar que ao se lançar no mar da fé despreocupado encontraremos Jesus já antecipando o banquete.
Quantas vezes um problema rondou nossos pensamentos, mas a fé foi tão superior à vontade de ver o milagre, que sem mesmo perceber, tudo já caminhava para a resolução?

 “(…) E Deus, que vê o que está dentro do coração, sabe qual é o pensamento do Espírito. Porque o Espírito pede em favor do povo de Deus e pede de acordo com a vontade de Deus. Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano”. (Rm 8,27-28)
 Na próxima vez que for rezar, pule no mar da fé sem reservas! E quanto ao próximo encontro, aguarde-o com muita alegria.


Propósito: Olhar, com mais fé, cada acontecimento e perceber a ação de Jesus Ressuscitado em cada momento simples de meu dia-a-dia. Respeitar o "ritmo" dos meus irmãos.

terça-feira, 29 de março de 2016

Evangelho do dia 31 de março quinta feira

31 de março - Que São José cubra com o seu manto paterno os seus filhos devotos. (L 272). São Jose Marello
Lucas 24,35-48

"Enquanto estavam contando isso, Jesus apareceu de repente no meio deles e disse: - Que a paz esteja com vocês!
Eles ficaram assustados e com muito medo e pensaram que estavam vendo um fantasma. Mas ele disse: - Por que vocês estão assustados? Por que há tantas dúvidas na cabeça de vocês? Olhem para as minhas mãos e para os meus pés e vejam que sou eu mesmo. Toquem em mim e vocês vão crer, pois um fantasma não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho. Jesus disse isso e mostrou as suas mãos e os seus pés. Eles ainda não acreditavam, pois estavam muito alegres e admirados. Então ele perguntou: - Vocês têm aqui alguma coisa para comer?
Eles lhe deram um pedaço de peixe assado, que ele pegou e comeu diante deles.
Depois disse: - Enquanto ainda estava com vocês, eu disse que tinha de acontecer tudo o que estava escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos livros dos Profetas e nos Salmos.
Então Jesus abriu a mente deles para que eles entendessem as Escrituras Sagradas e disse:
- O que está escrito é que o Messias tinha de sofrer e no terceiro dia ressuscitar. E que, em nome dele, a mensagem sobre o arrependimento e o perdão dos pecados seria anunciada a todas as nações, começando em Jerusalém. Vocês são testemunhas dessas coisas.
"
Meditação
 A paz só pode ser encontrada em Jesus, que tem a vida eterna e a comunica a todos. A vida eterna, ultrapassada a condição temporal, como ressuscitados, envolve a totalidade da pessoa, corpo e alma, e não como um espírito desencarnado.

A comunidade quer estar segura de que Jesus ressuscitou e de que não está vivendo em uma espécie de falsa sugestão.

Igual a nós, eles experimentam dúvidas, temores, sentimentos de frustração e derrota. Entretanto, o Ressuscitado não se “rende”; é compreensivo com seus discípulos e por isso recorre à Escritura; abre-lhes as mentes para que entendam, e come com eles. Jesus ressuscitado é o centro da fé, quem cumpre as promessas de Deus.

A experiência da ressurreição impulsiona toda a comunidade a compartilhar seus dois grandes bens: a conversão, que é a transformação da mentalidade para receber a ação de Deus e o perdão dos pecados, recuperando a capacidade de fazer o bem, de dar o melhor de nós mesmos, de crer que a justiça é possível em nossa história e de que o Ressuscitado nos torna livres para amar e servir aos demais. Estamos plenamente seguros: Jesus vive

Lucas orienta as primeiras comunidades que experimentam a presença de Jesus ressuscitado entre elas. As comunidades de cristãos de origem judaica devem reler as Escrituras sob a ótica da ressurreição, para perceberem a plenitude da vida de Jesus.

É evidente que o evangelista quer afirmar, através deste relato, que o ressuscitado é Jesus de Nazaré, que anunciou com autoridade a Boa Nova do Reino; que não é um cadáver reanimado, mas que realmente é o mesmo Senhor, que, graças a ressurreição, vinculou-se plenamente à vida divina do Pai.

Obviamente o evangelista é consciente de que Jesus não está sujeito às limitações de um corpo; entretanto, devido à compreensão judia da realidade que é sempre particular e concreta, é preciso insistir na corporalidade de Jesus ressuscitado; por isso, neste relato Jesus fala, caminha e come.

Os discípulos vivem sua fé muitas vezes com dúvidas e temores, mas pouco a pouco vão compreendendo em seu interior que o Mestre já não está no sepulcro e que, portanto, já não é possível viver na passividade, e muito menos dar antitestemunho do Ressuscitado.
 Os ressuscitados viveram a experiência da Ressurreição. Quem não reconhece o Ressuscitado na comunidade não assumiu a realidade plena de ser um cristão individual.
 Os discípulos estão reunidos dando seus próprios testemunhos do encontro com o Ressuscitado. No meio da reunião de fé Jesus se apresenta a eles e sentem medo.
 Eles são enviados em missão. Anunciar a todas as nações a conversão à justiça para o perdão dos pecados. A conversão à justiça é a forma concreta do amor. E pelo amor se entra em comunhão com Deus em sua vida eterna.
 É aí que a experiência individual passa a ser coletiva, comunitária, sem destruir a pessoal. Nós, como Igreja, temos a obrigação de encarnar o projeto de vida e de justiça que nos oferece o Ressuscitado.
 A ressurreição, então, foi um feito histórico, no sentido de que realmente se sucedeu, mas não é no sentido que podemos comprovar no espaço e no tempo.

Este acontecimento, que é o centro da fé cristã, tem razão de ser unicamente se visto desde o ponto da fé, tal como fizeram os discípulos, que perceberam a presença do Senhor, assumindo para si a tarefa de anunciar o Reino de Deus, quer dizer, convertendo-se em verdadeiras testemunhas da ressurreição
 Continuemos acreditando, construindo e assumindo o Reino como a nova experiência de vida para os homens e mulheres de boa vontade. Somente assim será possível ressuscitar também.
 Reflexão Apostólica
Jesus devia se divertir muito com aqueles homens que Ele havia escolhido. Ô Povo devagar! Ele passou os últimos três anos de sua vida falando tudo que iria lhe acontecer, as profecias já anunciavam sua morte e ressurreição, mas mesmo assim, Seus discípulos não compreendiam e estavam bastante assustados.
 Tudo indica que um dos discípulos de Emaús (Cleófas) era o pai de Judas Tadeu e Tiago, ambos apóstolos. O que impedia, segundo estudos recentes, o próprio tio de Jesus de reconhecê-lo pelo caminho? E a nós? O que nos impede ainda de ver a Jesus ressuscitado?

Esse evangelho apresenta uma pedagogia extremamente confortante a todos que estão enfrentando momentos de dúvida em sua caminhada, seja ela no trabalho, em equipe ou em casa. Ele é auto-explicativo. Abramos nossos olhos aos versículos que grifei:
(…) Por que vocês estão assustados?(Uma constatação)
(…) Por que há tantas dúvidas na cabeça de vocês?" (Uma característica humana)
(…) Toquem em mim e vocês vão crer! (Uma ação e uma promessa)
 (…) Uma constatação…
 Como no evangelho de hoje, às vezes os problemas, bem como as respostas, são precedidos de sinais ou avisos, mas preocupados com a solução ou outras coisas, acabamos deixando passar por despercebido a solução que pairava “embaixo dos nossos narizes”.
 A fase inicial à solução de um problema começa na constatação que ele existe e esta instalado. Lutamos para não usar óculos, remédios de controle de pressão ou diabetes, (…)
 Quantas vezes pessoas muito próximas a nós nos perguntaram do nada: “você está diferente, está mais nervoso (a)!?”, “fulano(a), porque você esta tão introspectivo?”, “por que esta tão agressivo (a) ou ríspido?”, “o que aconteceu, por que esta tão impaciente?”
 Enxergar o problema, ou seja, constatá-lo, ajuda na solução. “(…) Então os dois contaram o que havia acontecido na estrada e como tinham reconhecido o Senhor quando ele havia partido o pão”. Reparem que eles só o reconheceram mais tarde
 (…) Uma característica humana…
 QUANDO ÉRAMOS JOVENS não tínhamos a noção das limitações que nos acometeriam na senilidade; QUANDO ÉRAMOS SOLTEIROS não imaginávamos que não teríamos tanto tempo quando casássemos; SAUDÁVEIS não imaginamos como agiríamos na fraqueza.
 Temos dificuldade de constatar a nova realidade que nos é apresentada e transformá-la em algo favorável, pois temos medo de reconhecer nossas fraquezas e limitações. Combatemos contra nós mesmos o tempo inteiro. “(…) Por que há tantas dúvidas na cabeça de vocês”?
 Com o tempo perdemos parte da energia, da saúde, da memória, da disposição e do tempo, mas em compensação ganhamos prudência, maturidade, discernimento, astúcia, experiência de vida… Quem nunca se pegou dizendo “se eu fosse jovem hoje com a cabeça que tenho hoje”?
 Nos preocupamos com que perdemos mas não com que ganhamos. Ganhamos medos. “(…) Jesus apareceu de repente no meio deles e disse: Que a paz esteja com vocês! Eles ficaram assustados e com muito medo e pensaram que estavam vendo um fantasma”.
 (…) Uma ação e uma promessa…
 Reconheça a nova situação. Dê passos antecipados eles. Meu avô sempre dizia em minha juventude que “guerra avisado não mata aleijado”, ou seja, os sinais das mudanças surgem, como sementes que rompem a casca, levarão, portanto certo tempo a alcançar um tamanho que seja visto.
 Quem imaginava que as máquinas de escrever seriam obsoletas? Quem imaginaria alguns anos atrás que as locadoras iriam acabar por causa da pirataria e da internet?
Viu que a empresa que trabalha não vai bem das pernas, por que não se antecipar e começar a procurar uma nova situação? O filho que anda estranho, com hábitos estranhos, por que esperar para ter uma conversa?
 Observe sob essa ótica essa mensagem profética de Jesus notem que ele já avisava dos acontecimentos e hoje os relembra: “(…) Enquanto ainda estava com vocês, eu disse que tinha de acontecer tudo o que estava escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos livros dos Profetas e nos Salmos. Então Jesus abriu a mente deles para que eles entendessem as Escrituras Sagradas…”.
Em todas as ocasiões, não se esqueça de se apegar a Deus. Ele caminha conosco e não tardará em reaparecer em meio às dúvidas.
 Esse evangelho nos apresenta um alerta: MESMO CAMINHANDO COM JESUS, SENDO SEU PRÓXIMO, ESTUDANDO SUA PALAVRA, SEM A DIVINA SENSIBILIDADE E A DOCILIDADE EM OUVIR, NÃO CONSEGUIREMOS RECONHECÊ-LO.

Preciso rever minhas falas e meus conceitos sobre ser igreja. Será que ficar só numa sala rezando é ser igreja? Será que fazer uma ação social sem rezar é ser igreja?

Em ambos os casos, é e não é! Frei Faustino Paludo (referencia em liturgia da CNBB) certa vez disse que receber a eucaristia sem meditar a conseqüência do nosso pecado “como” e “na” comunidade torna nossa comunhão incompleta. “Sou santo”, mas não me misturo; vou à igreja todos os dias, mas não mudo minha forma de lidar com as pessoas… É preciso rever isso!

Ainda estamos vivendo a Páscoa, a espera de Pentecostes, mas não podemos esquecer nossos dons, o que aprendemos, por medo ou preciosismo.

Sim, parece utopia, mas busquemos completar o gesto eucarístico de cada dia com ações, a começar enxergando o que minha comunidade igreja precisa.

Também, brotou algo nessa reflexão: O quanto sou igreja? Consigo ver no irmão de outra pastoral ou movimento a face de Jesus? Consigo ver no irmão que perambula pela rua a imagem do seu Senhor? Sou igreja ou uma identidade? Parecem perguntas desconexas, mas tem muito haver com a reflexão.

Alguns Movimentos e Pastorais sucumbem ou sofrem por falta de humildade ou de apoio. Muitos, como os discípulos de Emaús, andam com o Senhor, mas não o reconhecem, pois esquecem que são igreja quando se apegam a uma identidade pastoral para justificar suas faltas com a igreja como um todo. “Batem no peito” o nome do seu Grupo ou Movimento, esquecendo o principal: VER JESUS, A PRÓPRIA CABEÇA DA IGREJA.

Essa cegueira (ou seria miopia) que fez sucumbir a teologia da libertação, que apesar de ser muito preciosa e bem fundamentada, agarrou-se ao partidarismo político abandonando a oração e conseqüentemente a Jesus. Essa cegueira, como dos discípulos de Emaús, tem sinais bem clássicos:

Quando limito propositalmente meu olhar esqueço paulatinamente os propósitos de Cristo. Quando vejo que precisam do meu serviço, da minha ajuda, da minha atenção, mas limito a ajudar os meus, grandemente me equivoco.

 Para terminar deixo a reflexão proposta pela CNBB: “(…) Este trecho nos mostra todas as etapas do trabalho evangelizador. Inicialmente, as pessoas estão caminhando em comunidade. NINGUÉM CAMINHA VERDADEIRAMENTE QUANDO ESTÁ SOZINHO. Jesus é o verdadeiro evangelizador, que entra na caminhada das pessoas, caminha com elas. DURANTE A CAMINHADA, FAZ SEUS CORAÇÕES ARDEREM, PORQUE DESPERTA NELES O AMOR, PERMANECE COM ELES, FORMANDO UMA NOVA COMUNIDADE, E SE DÁ VERDADEIRAMENTE A CONHECER QUANDO AS PESSOAS DÃO RESPOSTAS CONCRETAS AOS APELOS DO AMOR, fazendo com que elas sejam novas testemunhas da ressurreição”.
 Não tenha medo das mudanças! Deus estará com você!


Propósito: Testemunhar que Jesus está vivo no meio de nós, como rezo nas celebrações: "Ele está no meio de nós".

Evangelho do dia 30 de março quarta feira

30 - Se São José não concedesse graças, não seria mais São José. (S 173). SÃO JOSE MARELLO 

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 24,13-35

"Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, a uns dez quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os seus olhos, porém, estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo. Então Jesus perguntou: "O que andais conversando pelo caminho?" Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: "És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?" Ele perguntou: "Que foi?" Eles responderam: "O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Os sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém viu". Então ele lhes disse: "Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?" E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante. Eles, porém, insistiram: "Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!" Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: "Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: "Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!" Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão."
Meditação: 
Estamos no tempo Pascal que se estende por 7 semanas, do domingo de Páscoa à Festa de Pentecostes. É o mais belo e vibrante tempo de todo o calendário litúrgico da Igreja. Por ele, ela nos convida, através dos testemunhos das Escrituras e de testemunhas oculares a fortalecermos nossa adesão pessoal ao motivo maior de nossa fé: a RESSURREIÇÃO DE CRISTO.

De fato, diz Paulo: Se Cristo não tivesse ressuscitado, a nossa fé seria vã e os nossos pecados não poderiam ser perdoados; a nossa esperança seria limitada apenas a esta vida e seríamos os mais infelizes de todos os homens (1Cor 15,17-19).

Celebramos a real presença deste Deus conosco na Eucaristia, memória do mistério pascal, mistério da cruz e ressurreição, mistério da redenção e reconciliação, que inicia a Nova Aliança.

Em cada Eucaristia olhamos para Deus, celebramos o Deus conosco, sua encarnação, paixão morte e ressurreição. “É Deus Pai quem nos atrai por meio da entrega eucarística de seu Filho, dom de amor com o qual saiu ao encontro de seus filhos, para que, renovados pela força do Espírito, possamos chamá-lo de Pai”.

Da ação de graças, da doação gratuita do Cordeiro de Deus, emerge a energia missionária da Eucaristia. A Eucaristia é a ponte para o ministério apostólico. Eucaristia é Nova Aliança que pressupõe reconciliação, unidade na diversidade, solidariedade até as últimas conseqüências.
Ao partir o pão, eles o reconhecem e retornam ao Caminho. Nossa fé é o encontro pascal com o Senhor Jesus. É a certeza de que ele está vivo. Nossa fé é uma fé pascal e pessoal. Não se trata apenas de crer em alguma coisa. A profissão fundamental é: “Eu creio em Ti, Senhor! E por isso me comprometo e me torno evangelizador.
Evangelizar, ser missionário, é irradiar “o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e o que nossas mãos apalparam do Verbo da vida porque a Vida manifestou-se.

Sejam quais forem nossas fraquezas, misérias, limitações, o que contagia todas as culturas, o que convence todos os povos e raças, é o testemunho da alegria e da graça de termos encontrado o Senhor Ressuscitado. Tudo isso é graças à força do pão partido de Emaús, é o vigor do fruto da videira no cálice da Nova Aliança, é o corpo entregue e o sangue derramado de Jesus, morto e ressuscitado.

Reflexão Apostólica: 
No evangelho, os discípulos que não eram do grupo dos onze dirigem-se a Emaús. Provavelmente trata-se de um homem e uma mulher, casados, (havia também mulheres discípulas), que retornavam à sua casa, frustrados por causa dos últimos acontecimentos da capital. Enquanto conversavam, Jesus se aproxima e começa a caminhar com eles, pois é o Emanuel. Porém, eles não conseguem reconhecê-lo, seus olhos estavam como que fechados.

Por quê? Porque no fundo ainda tinham a idéia de um messias profeta-nacionalista, que conquistaria o mundo inteiro para ser dominado pelas autoridades de Israel, um messias necessariamente triunfador. Por isso estavam vendo na cruz e na morte do mestre, o fracasso de um projeto no qual haviam posto suas esperanças.

Serão as Escrituras as primeiras sinais de esperança que Jesus coloca nos olhos do coração dos discípulos, para que possam ver e entender que não é com o triunfalismo messiânico, mas com o sofrimento do servo de Javé que se conquista o Reino de Deus; um sofrimento que não é masoquismo, mas um assumir conscientemente as conseqüências da opção de amar a humanidade, atitude difícil de entender em uma sociedade dominada pelo poder de domínio que mata a quem se interpõe no caminho. Pela vida, até dar a própria vida, é o testemunho de Jesus diante dos seus dois companheiros.

O relato dos discípulos de Emaús é uma peça belíssima, evidentemente teológica, literária. Não é, em absoluto, uma narração ingênua, direta, de um acontecimento, como se fosse um fato jornalístico. É uma composição elaborada, simbólica, que quer transmitir uma mensagem. E como todo símbolo, não leva consigo um manual de explicação, mas permanece “aberto”, isto é, é suscetível de múltiplas interpretações. E a partir de cada novo contexto social, em cada novo momento da historia, os crentes podem confrontar-se com esses símbolos e deles extrair novas lições.

Que maravilhosas lições tiramos desta passagem:
1. Jesus caminha conosco
2. Quer participar de nossa vida
3. Espera que o convidemos par tomar posse de nosso coração
4. Nos reúne em torno dele como comunidade eclesial
5. Se dá a conhecer pela Palavra e pela Eucaristia
Que o Senhor está conosco, todo o tempo, bem o sabemos. Contudo, é nos momentos mais difíceis, quando estamos mais desanimados, tristes, frustrados, sentindo o peso da dor de nossa imperfeita condição, sem nenhuma esperança de solução para uma determinada situação, que Ele se achega ainda mais (lembro-me aqui do bonito poema "PEGADAS NA AREIA").

Mas como é difícil enxergá-lo. Nos é muito mais fácil louvá-lo e agradecê-lo quando tudo vai bem, mas quando estamos diante de situações complicadas, onde o mundo parece desabar sobre nossas cabeças, se torna tão complicado reconhecermos que Ele está ao nosso lado, pedindo para assumir o controle.

Achamos que temos condições de tudo empreender e de tudo fazer acontecer mas nos esquecemos que, fora algumas poucas coisas, sobre todo o resto não temos nenhuma influência. Temos que parar de nos dar tanta importância, achando que tudo depende de nós.

Falácia! Ele caminha conosco e está interessado que o enxerguemos e que a Ele dediquemos nossas vidas; todo o resto nos será acrescentado. Temos essa coragem? Temos a coragem de abrir nosso coração e convidá-lo a entrar e comandar nossas decisões?

Propósito:

Fica conosco Senhor, principalmente quando cair a noite da nossa incapacidade de encerga-Loe de deixá-Lo no comando de nossas atitudes. Tu e a luz e contigo as treva já não nos assustam ou preocupam. Revela-nos a tu presença nas Escrituras e no partir do pão, tanto no altar como em nosso dia-a-dia, com quem mais precisa. Assim, abrir-se-ão nossos olhos e poderemos anunciar ao mundo a maravilha que é viver sob tua proteção.


domingo, 27 de março de 2016

Evangelho do dia 29 de março terça feira

29 de março terça feira - OITAVA DA PÁSCOA
29 - É necessário pedir a São José a tranquilidade e a igualdade de espírito; ele era sempre igual a si mesmo, tanto quando dava ordens a Jesus, a Sabedoria do Pai, como quando exercia a sua profissão, ocupando-se com os trabalhos mais humildes e
grosseiros. (S 173). SÃO JOSE MARELLO
João 20,11-18

"Maria Madalena tinha ficado perto da entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, ela se abaixou, olhou para dentro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus. Um estava na cabeceira, e o outro, nos pés. Os anjos perguntaram: - Mulher, por que você está chorando?
Ela respondeu: - Levaram embora o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram!
Depois de dizer isso, ela virou para trás e viu Jesus ali de pé, mas não o reconheceu. Então Jesus perguntou:
- Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando?
Ela pensou que ele era o jardineiro e por isso respondeu: - Se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo. - Maria! - disse Jesus. Ela virou e respondeu em hebraico:
- "Rabôni!" (Esta palavra quer dizer "Mestre".)
Jesus disse:
- Não me segure, pois ainda não subi para o meu Pai. Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles, o meu Deus e o Deus deles. Então Maria Madalena foi e disse aos discípulos de Jesus: - Eu vi o Senhor! E contou o que Jesus lhe tinha dito.
"
 Meditação

Maria permanece perto do túmulo, chorando. Ainda busca o Senhor morto. O próprio Jesus não é reconhecido. É sua voz, pronunciando o nome dela, que o identifica. É o pastor que chama as ovelhas pelo nome.

Segundo Bento XVI, «a história de Maria de Magdala recorda à todos uma verdade fundamental: discípulo de Cristo é quem, na experiência da debilidade humana, teve a humildade de pedir-lhe ajuda, foi curada por Ele, e lhe seguiu de perto, convertendo-se em testemunha do poder de seu amor misericordioso, que é mais forte que o pecado.

Maria, em lágrimas, inclina-se e olha para dentro do túmulo. Ela já tinha, todavia constatado que estava vazio, e tinha anunciado o desaparecimento do Senhor. Porque se inclina então ainda? Porque quer ver de novo? Porque o amor não se contenta com um único olhar; o amor é uma conquista sempre mais ardente. Ela já O procurou, mas em vão; obstina-se e acaba por descobrir.

No Cântico dos Cânticos, a Igreja dizia do mesmo Esposo: «No meu leito, de noite, procurei aquele que o meu coração ama. Procurei-o, mas não o encontrei. Vou levantar-me e percorrer a cidade; pelas ruas e pelas praças, vistes aquele que o meu coração ama?» (Ct 3, 1-2).

Duas vezes ela exprime a sua decepção: «Procurei-o, mas não o encontrei!» Mas o sucesso vem, por fim, coroar o esforço: «Os guardas encontraram-me, aqueles que fazem ronda pela cidade. Vistes aquele que o meu coração ama? Mal os ultrapassei, encontrei aquele que o meu coração ama. » (Ct 3,3-4)

Durante os breves repousos desta vida, quando suspiramos na ausência do nosso Redentor. Nós procuramo-Lo na noite, pois apesar do nosso espírito já estar desperto para Ele, os nossos olhos só vêem a Sua sombra. Como não encontramos nela o Amado, levantemo-nos; percorramos a cidade, ou seja a assembléia dos eleitos.

Procuremos de todo o coração. Procuremos nas ruas e nas praças, ou seja, nas passagens escarpadas da vida ou nos caminhos espaçosos; abramos os olhos, procuremos aí os passos do nosso Bem-Amado…

Esse desejo fez dizer a David: «A minha alma tem sede do Deus de vida. Quando irei ver a face de Deus? Sem descanso, procurai a Sua face» (Sl 42,3).

Lembremos que ver o Senhor é ver nosso próprio destino. Nós fomos criados para a eternidade, na vida em comunhão com Deus. Chore, grite, apresente a Jesus a sua tristeza e necessidade.

Ele lhe responderá chamando o seu nome, como chamou a Maria. E dirá: Porque choras? Eu estava morto, mas agora vivo para sempre e tenho as chaves de tudo nas mãos. E nós, quando é que, nos nossos leitos, procuraremos o Amado? Por que choramos, e a quem procuramos?

Como a Maria Madalena Jesus nos faz duas perguntas básicas: porque choramos e a quem procuramos! Não duvido que muitas vezes choremos por causa da nossa falta de fé e de confiança na Palavra do Senhor e procuramos Alguém que está muito perto de nós e ainda não o percebemos.

Conhecemos as Escrituras, conhecemos as promessas de Deus, mas choramos sem esperança, olhando somente para as “aparências”.

Sofremos muitas vezes pela nossa incapacidade de “enxergar” as coisas de Deus. O mundo espiritual está tão perto de nós, e nós somos incapazes de percebê-lo, absortos que estamos em prestar atenção às coisas e as pessoas que nos rodeiam.

Confundimos a presença de Jesus com a presença de “outras pessoas”. Se percebêssemos a Sua presença viva e ressuscitada e ouvíssemos realmente a sua voz que fala no nosso coração, saíamos em disparada como fez Maria Madalena a anunciar a todos: “Eu vi o Senhor!

E você: já viu o Senhor? – Relembre a sua experiência! – Você já correu para contá-la a alguém? Jesus envia hoje você para proclama-lo à todos os homens e mulheres que Ele está Vivo e Ressuscitado. Sejas Seu testemunho e grite bem alto: EU VI O SENHOR!
Reflexão Apostólica: 

A pessoa de uma mulher se destaca nesta cena do Evangelho: Maria Madalena. Chora a ausência do seu Senhor. Chora e o busca, inclina-se para olhar dentro do túmulo.

Na sua atitude de busca, começa o caminho para o encontro com o Mestre e, quando ela se volta para trás, isto é, faz uma conversão, deixa de procurar Jesus entre os mortos, ela o encontra.

Ao encontrá-lo, recebe a missão: "Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles, o meu Deus e o Deus deles". Se torna verdadeiramente discípula e missionária..

Esse encanto amigo e amável de Madalena deveria nortear todos os nossos trabalhos pastorais, dentro ou fora do horário da igreja.

O encanto e a felicidade se misturaram no sentimento puro daquela que muito foi perdoada ao rever seu mestre e salvador.

Ela não foi ao sepulcro à toa. Pretendia, conforme o texto acima, continuar zelando de Jesus, como ainda hoje fazemos por aqueles que por nós são amados (amigos, parentes, etc). Mas esse zelo precisaria ser estendido a mais gente.

Quem faz da sua vida um exercício de zelo, ou como preferimos dizer, aqueles que buscam a santidade, ao se deparar com ressurreição de Cristo, não se contém, e como Madalena vibram, alegram-se, rejubilam-se…

Qual foi a ultima vez que vi Jesus ressuscitar num irmão, numa casa, numa situação impossível? Qual foi a última vez que, mediante um acontecimento, corriqueiro ou extraordinário, dissemos: “eu vi o Senhor”?

Ao preparar, com o mesmo amor zeloso de Madalena, um evento, uma celebração, um grupo de oração, uma reunião de Equipe (formal ou informal), um Retiro, um "BIG BROTHER DA EQUIPE ",  ou no zelo harmonioso dos ensaios para uma missa, somos também gratificados com a visão da ressurreição.

Ao ver as pessoas participando, cantando, louvando, se rejubilando é impossível também não ver o Senhor, ou seja, todo amor e zelo é recompensado por Deus: Nossos olhos vêem o que ninguém vê,,,

Mediante as dificuldades e tribulações que somos sujeitos no dia-a-dia temos sempre a opção de desmotivar, desistir, abandonar, “levar nas coxas” etc, ou, mesmo que tudo aparentemente esteja perdido, levantar, seguir, continuar, (…).

Madalena, como os outros discípulos, sabia e tinha consciência plena que Jesus já havia morrido. O amor a fazia manter a rotina. Você consegue perceber a sensível pedagogia desse momento?

Problemas sempre aparecerão, mas precisamos encontrar vontade em manter a rotina, levantar, abrir os olhos, viver.

Quem perdeu alguém ou vive um momento difícil seja ele financeiro, amoroso, de relacionamento, profissional, (…) é convidado a acreditar.

Mesmo aqueles em que a depressão já bate a porta ou que “acordou decidido (a) a desistir” e parar de sofrer, são convidados a se atrever a levantar e por um amor maior manter a rotina. Jesus ressurgirá e com Ele, nós também.

Siga o exemplo de Madalena, confie em Deus e O veja reanimar sua esperança.
 

Propósito: Olhar, a partir de hoje, em duas direções: para o Mestre e para os irmãos.