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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Evangelho do dia 02 de outubro sexta feira

02 - SANTOS ANJOS DA GUARDA.
Cada hora que soa é um passo a menos que temos de dar. Coragem! O nosso bom anjo será o nosso guia. (L 42). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 18,1-5.10
 "Naquele momento os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram:
- Quem é o mais importante no Reino do Céu?
Jesus chamou uma criança, colocou-a na frente deles e disse:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não mudarem de vida e não ficarem iguais às crianças, nunca entrarão no Reino do Céu. A pessoa mais importante no Reino do Céu é aquela que se humilha e fica igual a esta criança. E aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará recebendo a mim.
- Cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos! Eu afirmo a vocês que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai, que está no céu.

 Meditação:
 
 Os discípulos de Jesus que estavam sob a influência da doutrina do judaísmo não conseguiam se libertar da ideologia tradicional do messias glorioso, e viam Jesus como tal.
 Mais de uma vez os evangelistas narram a aspiração deles por serem os maiores ou assumirem posições de poder. Tal postura é comum nas sociedades competitivas e individualistas, onde se busca a ascensão para junto dos poderosos. Jesus tenta de várias maneiras demovê-los de tal compreensão.

Mateus, no capítulo dezoito de seu evangelho, apresenta um conjunto de textos que orientam os discípulos para assumirem disposições e práticas de bom convívio comunitário e eclesial.
O conjunto é introduzido pelo debate dos discípulos sobre quem seria o maior. Removendo a ideologia de poder que os inspira, Jesus apresenta-lhes o modelo a ser seguido: uma criança.

Quem é o mais importante no Reino do Céu? Ante a pergunta do discípulo, em três partes Jesus divide o seu discurso. Primeira: Desmonta as grandezas dos pensamentos dos seus discípulos.
 O Evangelho conclui falando ainda que Deus se agrada mais de um pequenino que é resgatado, do que de 99 que não precisaram ser resgatados. Eis uma boa pista para quem quer agradar a Deus e garantir um bom lugar no Reino dos Céus. Ir ao encontro do irmão, da irmã, do filho, da filha, do marido ou esposa que qual ovelha perdida anda longe do rebanho e até mesmo fora de si mesmo.

Jesus dividiu o seu discurso em três partes bem claras. Primeiramente Ele tira a vontade dos discípulos serem grandes.
 A razão é simples. É que o Reino dos Céus é daqueles que se fazem pequeninos. Assim, todo o atentado contra eles não se deixará impune, ao ofensor. 
 Deus manifesta a grande alegria que sente ao reencontrar um pequenino que estava perdido, um filho que estava morto e que agora ressuscitou, vive. Esta mensagem é para mim e para ti que somos os discípulos de hoje.

Temos de nos mover dos conceitos que formamos sobre nós mesmos criados pelas posições que ocupamos dentro da Igreja, que muitas vezes nos leva a nos considerarmos os melhores de todos e por isso merecedores de um lugar de destaque e conseqüentemente superiores, para uma posição de igualdade aos pequeninos. Ao invés de valorizarmos o poder, a vaidade, Jesus leva a nos colocarmos à disposição como servidores dos outros.

Portanto, a lição prática que podemos levar conosco para a nossa vida hoje e sempre:

1) A humildade e simplicidade, ingenuidade no pecado e pureza do coração representados pela criança símbolo dos órfãos, excluídos, pobres e marginalizados pela sociedade;
2) A acolhida que se deve dar a estes excluídos condenados à comer o pão que o diabo amassou ou seja acolhida aos pequeninos;
3) Não só acolher mas (e sobretudo) sair em busca dos pequeninos que se perderam e resgatá-los.

 Reflexão Apostólica:

 Dizem que quando envelhecemos nos tornamos crianças. De certa forma, sim. Dificuldade de locomoção que nos dificulta tomar um banho, dependência dos outros para quase tudo, fraqueza da memória, acaba a sexualidade, ouvimos, entendemos, e escutamos mal. Em certos aspectos até que parecemos uma criança, mais em outros, nem pensar.

Na inocência, não. Carregamos conosco o peso de todas as nossas aventuras da juventude, o peso dos pecados os quais não nos arrependemos, pelo contrário, até nos vangloriamos quando estamos entre amigos e nos esquecemos que somos cristãos. 

Mas Jesus hoje está nos dizendo que "se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus."

Isso é o mesmo que dizer: Temos que nos tornar humildes, Inocentes, de coração puro sem mágoas e sem rancores, sem desejos de vingança, sem apego aos bens materiais, sem nenhuma maldade para com o próximo, sem pecar contra a castidade, em fim, como uma criança.  Será que vamos conseguir este estado de espírito? Talvez fosse melhor a gente começar agora uma espécie de preparação, de treinamento, de conversão, mesmo porque não sabemos a hora que vamos dessa vida para a última fase da nossa existência. 

Começar neste exato momento a mudar o nosso esquema mental, convencidos de que não somos deste mundo.

Estamos aqui de passagem, somos como que acampados em um lugar qualquer deste mundo, e um dia sem menos esperar, partiremos, sem estar preparados para a outra fase da nossa existência, que é o Reino dos céus.

Vamos por a mão consciência. Cedo ou tarde teremos de enfrentar a realidade da outra vida. E é bom estarmos preparados para ela.

Na verdade não a merecemos. Pela graça de Deus, poderemos estar salvos, e fazer parte das maravilhas eternas. Portanto, vamos fazer de tudo para estar menos indignos de receber o perdão de Deus.


 ORAÇÃO
 Oração: Pai, poupa-me de cair na tentação de querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em fazer-me amigo e servidor do meu próximo.

Evangelho do dia 01 de outubro quinta feira

SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS
01 - Reze, reze muito. Estes dias são de recolhimento: preparemo-nos em silêncio, esperando o sinal de Deus. (L 25). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 10,1-12
 "Depois disso o Senhor escolheu mais setenta e dois dos seus seguidores e os enviou de dois em dois a fim de que fossem adiante dele para cada cidade e lugar aonde ele tinha de ir. Antes de os enviar, ele disse:
- A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao dono da plantação que mande trabalhadores para fazerem a colheita. Vão! Eu estou mandando vocês como ovelhas para o meio de lobos. Não levem bolsa, nem sacola, nem sandálias. E não parem no caminho para cumprimentar ninguém. Quando entrarem numa casa, façam primeiro esta saudação: "Que a paz esteja nesta casa!" Se um homem de paz morar ali, deixem a saudação com ele; mas, se o homem não for de paz, retirem a saudação. Fiquem na mesma casa e comam e bebam o que lhes oferecerem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de uma casa para outra.
- Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam a comida que derem a vocês. Curem os doentes daquela cidade e digam ao povo dali: "O Reino de Deus chegou até vocês." Porém, quando entrarem numa cidade e não forem bem recebidos, vão pelas ruas, dizendo: "Até a poeira desta cidade que grudou nos nossos pés nós sacudimos contra vocês! Mas lembrem disto: o Reino de Deus chegou até vocês."
E Jesus disse mais isto:
- Eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Sodoma do que daquela cidade!
 Meditação: 
 Com este texto, Lucas desenvolve um pouco mais as instruções para os missionários que já foram apresentadas no envio dos doze (Lc 9,1-6).
 Agora se trata do envio dos setenta e dois em missão nos territórios dos gentios. Está aumentando o número de trabalhadores para a colheita. Lucas é o único a mencionar este envio dos setenta e dois.
 Como Lucas tem uma perspectiva universalista, percebe-se que ele quer registrar a abrangência maior do movimento de Jesus, não restrito ao universo do judaísmo.
 Lucas narra que Jesus envia um novo grupo: o dos 72 discípulos. Eles são enviados “na frente” do Senhor, como precursores, como preparadores da chegada do reino de Deus.
O número 72 é simbólico e indica a universalidade da missão: o número 72 é múltiplo de 12 para representar a totalidade do povo de Deus.

A missão, portanto, não é uma tarefa somente de alguns, do grupo dos doze, mas uma obra também dos leigos, ou seja, de todos os cristãos. Assim, a missão é universal desde a sua origem e compreende todos.

O texto especifica que Jesus envia “dois a dois”, pois o anúncio do Evangelho não é uma tarefa pessoal, mas de uma comunidade.

O fato de serem enviados de dois a dois também quer mostrar a credibilidade do testemunho, além do fato do encorajamento que um pode dar ao outro no caso de desânimo diante das dificuldades.

Jesus, depois de ter falado em semente e em arado, fala agora de colheita. Esta última, por sua vez, é imensa, mas os trabalhadores disponíveis são poucos.

Ontem e hoje vivemos a mesma situação! É um trabalho gigantesco, e nunca haverá trabalhadores suficientes; só o Pai pode chamá-los e enviá-los.

É necessário rezar a Ele, pedindo que chame mais pessoas. É justamente por causa da extensão da missão que Jesus chama mais este grupo de ajudantes, e, mesmo assim, são poucos diante da imensidão da missão que Ele tem pela frente e da qual nos torna participantes.

Jesus faz o envio: “Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos”. É a imagem clássica da fraqueza diante da violência. A missão é uma obra difícil e perigosa.

Aqueles que Ele enviou devem cumprir fielmente o seu trabalho, mas não devem exigir demasiado de si mesmos nem entrar em pânico diante da grandeza da missão. Devem, sim, ter consciência que não será uma tarefa fácil e que nem sempre serão recebidos de braços abertos. Devem fazer sua parte, com competência e perseverança, pois, em último caso, a responsabilidade é de Deus, e Ele não vai deixar cair em ruínas a sua messe, mandando trabalhadores necessários para isto.

A mensagem a ser levada é o dom da paz, no sentido mais completo, para as pessoas e às famílias, e, sobretudo, a mensagem de que “o Reino de Deus está próximo de vós”. O reino de Deus é, antes de tudo, uma pessoa: Jesus. Quem O acolhe encontra a vida, a alegria, a missão de anunciá-Lo.

O gesto de bater, sacudir a poeira dos pés, era um gesto simbólico dos israelitas que, ao ingressar de novo no próprio país, depois de terem estado em terra pagã, não queriam ter nada em comum com o modo de vida deles. Libertar-se da poeira que se grudou aos pés enquanto estavam em território pagão significava ruptura total com aquele sistema de vida.

Fazendo isso, os discípulos transferem toda  a responsabilidade pela rejeição da Palavra àqueles que os acolheram mal e rejeitaram o anúncio do Evangelho. E a paz oferecida não se perde, mas volta a quem oferece.

O estilo da missão de Jesus e dos discípulos é o oposto daquele dos poderosos que o mundo de hoje idolatra. Não se baseia sobre a vontade de dominar, a arrogância ou a ambição, mas sobre a proposta humilde, respeitosa, atenta aos mais fracos, oferecida na gratuidade, sem buscar outras recompensas.

O Evangelho de Jesus é uma mensagem de vida verdadeira para quem confia somente em Deus, que é Pai e também Mãe: “como uma mãe que acaricia o filho, assim eu vos consolarei” e em Cristo crucificado e ressuscitado.

Os 72 tinham uma tarefa nova e difícil. Mas, estes voltam para Jesus muito contentes porque ficaram impressionados pelos prodígios que puderam ver. Jesus freia um pouco esta alegria e diz: “antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu”.

Como podemos, nós, discípulos de Jesus, seguir nossa missão em meio aos lobos do tempo atual? A missão é mais forte do que o medo. Às vezes, somos tomados por pensamentos negativos, tipo “o que vão pensar?” ou “o que vão dizer?”. É humano sentir medo, mas a missão deve superar os nossos temores.

Nenhum profissional tem medo de falar de sua profissão. Então, por que deveríamos, nós cristãos, ter medo de falar de Cristo, da sua pessoa, da sua verdade, da sua vida, do seu amor, do seu mistério?
 A fé e a missão começam no coração e devem terminar nos lábios e nas ações. Não podemos deixar que o receio atrapalhe a nossa missão cristã.

 Reflexão Apostólica:

 Vamos abordar três pontos…
 Muitas pessoas associam esse evangelho a diferenças religiosas. Imaginam aquele irmão que passa de porta em porta a anunciar sua fé e se mal recebido declara aos ventos que nem a poeira das sandálias ficará. Se certo ou errado aquela pessoa queria apenas dizer que “(…) O Reino de Deus chegou até vocês”.
 Mesmo nos batendo à porta nos horários mais inconvenientes, bastaria para nós dizer: “Sim irmão, ele já chegou! Vá em paz”! Como é que normalmente respondemos? Não estou aqui dizendo que devemos ouvir e acatar tudo falam ou nos entregam nas portas, nas ruas, nas praças, mas pelo menos não sermos mal educados com quem leva uma mensagem positiva de casa em casa. Filtremos bem os proselitistas!

Outro ponto…

Os judeus possuíam muitos rituais particulares, hoje talvez déssemos o nome de costume, hábitos, crendices, (…). Era, portanto um ritual particular, onde todos ao saíssem da sua região para outra sendo esta pagã ou descrente, ao retornarem não trouxessem (simbolicamente) nada daquele lugar onde não aceitavam a Deus. O gesto era sacudir as sandálias como que dissessem: “não trago nem o pó dessa terra”!
 A sabedoria do povo judeu não se limitava a costumes. Talvez dissessem hoje: “QUANDO VOLTAR PARA CASA, À NOITE, VINDO DO TRABALHO, NÃO DESCONTE SEU CANSAÇO E SUAS INSATISFAÇÕES NA SUA FAMÍLIA”!

 A nossa vida nem sempre é aquela que sonhamos ou idealizamos. Ela é cheia de altos e baixos, coisas boas e não tão boas. Padre Léo dizia que temos a grata mania de olhar NOSSOS problemas com lentes de aumento, os tornado assim maiores do que são. Passamos, talvez inconscientemente, a responder a insatisfação ou a frustração com desamor, rancor, ranzinzes, (…). Essa poeira não deve voltar para casa!
 Um terceiro ponto…
 Pensem num homem que tinha tamanha inteligência que preferiu viver no isolamento por acha difícil que as pessoas pudessem conviver com ele. Herdou com a morte do pai uma boa fortuna que transformou em estudo. Ficou responsável pela tradução da Bíblia para o Latim que quando concluída fora chamada de Vulgata.
 Suas palavras e reflexões duras não “perdoavam” nem mesmo santo Agostinho, doutor da igreja, mas se resignava a reconhecer que fazia isso pelo bem da igreja, e por isso preferia ficar longe a magoar. Mesmo tão contundente em suas afirmações preferiu o silencio.
 O seu “eu” impetuoso se rendia ao amor de Jesus. Essa situação casa-se bem com uma frase de Santa Terezinha:  “(…) No lugar do medo do “Deus duro e vingador”, ela coloca o amor puro e total a Jesus como um fim em si mesmo para toda a existência eterna”.
 Duro ter a convicção de estar certo e ter que se refugiar no Senhor.

Católicos ou evangélicos (mesmo sem aceitar isso) agradecem a são Jerônimo por seu investimento, seu tempo, disposição e sabedoria em traduzir a Bíblia para que mais que 72 pudessem ir de porta em porta, de casa em casa e dizer: “Que a paz esteja nesta casa! 


 Propósito: Estar sempre pronto para o serviço do Reino, em que pesem todas as dificuldades. "Nada é difícil para quem ama". (São Bernardo de Claraval)   

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Evangelho do dia 30 de setembro quarta feira

SÃO JERONIMO
30 setembro - Tudo sempre para a maior glória de Deus Nosso Senhor. (L 18).  São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 9,57-62

"Quando Jesus e os discípulos iam pelo caminho, um homem disse a Jesus:
- Eu estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar onde o senhor for.
Então Jesus disse:
- As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.
Aí ele disse para outro homem:
- Venha comigo.
Mas ele respondeu:
- Senhor, primeiro deixe que eu volte e sepulte o meu pai.
Jesus disse:
- Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas você vá e anuncie o Reino de Deus.
Outro homem disse:
- Eu seguirei o senhor, mas primeiro deixe que eu vá me despedir da minha família.
Jesus respondeu:
- Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus.
"  

1º Meditação:

Em Mateus, na passagem paralela a esta, Jesus e os discípulos preparavam-se para atravessar o mar em direção a Gadara.
A caminhada que Jesus aqui inicia com os discípulos é mais teológica do que geográfica. Lucas não tem a pretensão de nos descrever os lugares por onde Jesus vai passar até chegar a Jerusalém.

Seu objetivo é apresentar um itinerário espiritual, ao longo do qual Jesus vai mostrando aos discípulos os valores do Reino e os vai presenteando com a plenitude da revelação de Deus.

É o caminho que terá o seu fim na Paixão Morte e Ressurreição do Mestre. Portanto, trata-se do caminho no qual se vai irromper a salvação definitiva. Como discípulos, somos exortados a seguir este caminho, para nos identificarmos plenamente com Jesus.

Este caminho é penoso e exigente. Alias como se costuma dizer: a rapadura é mole, mas não é mole não!
Lucas apresenta – através do diálogo entre Jesus e três candidatos a discípulos – algumas das condições para percorrer, com Jesus, esse caminho que leva a Jerusalém, isto é, que leva ao acontecer pleno da salvação.
O primeiro diálogo sugere que o discípulo deve despojar-se totalmente das preocupações materiais: para o discípulo, o Reino tem de ser infinitamente mais importante do que as comodidades e o bem-estar material: As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.

O segundo diálogo sugere que o discípulo deve desapegar-se desses deveres e obrigações que, apesar da sua relativa importância, impedem uma resposta imediata e radical ao Reino: Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas você vá e anuncie o Reino de Deus.
O terceiro diálogo sugere que o discípulo deve desapegar-se de tudo, para fazer do Reino a sua prioridade fundamental: nada – nem a própria família – deve adiar e demorar o compromisso com o Reino: Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus.

Não podemos ver estas exigências como normativas: noutras circunstâncias, Ele mandou cuidar dos pais ( Mt 15,3-9); e os discípulos – nomeadamente Pedro – fizeram-se acompanhar das esposas durante as viagens missionárias ( 1 Cor 9,5)

… O que estes ensinamentos pretendem dizer é que o discípulo é convidado a eliminar da sua vida tudo aquilo que possa ser um obstáculo no seu testemunho quotidiano do Reino.

Por isso, a nós discípulos de Jesus é proposto que o sigamos no caminho de Jerusalém. Pois é por ele que chegaremos à salvação, à vida plena.

Trata-se de um caminho que implica a renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao nosso orgulho, e um compromisso com a cruz, com a entrega da vida, com o dom de nós próprios, com o amor até às últimas conseqüências.

Graças a Deus que nós temos um Pai paciente, compreensivo e amoroso, que compreende os nossos medos, lutas e fraquezas. 

Ele está sempre pronto a estender-nos a mão, a perdoar e a aceitar-nos na Sua Igreja. Não porque nós mereçamos ou estejamos aptos, mas porque Ele é AMOR.

Quando vacilarmos, choremos e arrependamo-nos dos nossos pecados, orando : - "ajuda, Senhor, a minha falta de fé" (Mc 9:24).

No entanto, e sabendo nós da compreensão e amor do nosso Mestre e Senhor, temos que olhar firmemente para a Obra, segurar firmemente a rabiça do arado e  integrar-nos no trabalho de Deus.

Não podemos desculpar toda a sorte de cobardia de certos cristãos formais, pois a vitória só nos advém por segurarmos firmemente o arado e olhar para Jesus, Autor e Consumador da nossa fé (Hb 12,2).

Não voltar para trás  para a corrida dos covardes, dos medrosos e dos derrotados, dos medíocres, antes mesmo da partida.

Jesus é exigente: quem está com a mão no arado não deve olhar para trás, mas seguir em frente em resposta ao chamado para a missão.

1º Reflexão Apostólica:

Quantas vezes nos pegamos dizendo: “Senhor serei fiel, atendei meu pedido” ou “vamos rezar para que Deus possa abençoar nosso encontro”? Repare que nessa segunda frase existe uma verdade e um medo. Verdade: Precisamos que Deus a nos ungir, que abençoe o local, a situação, que vá a nossa frente (…); mas revela um medo implícito. Dá para entender?

Se realmente temos fé falaríamos: “esse encontro (reunião, grupo, família) é Dele e por Ele será abençoado”. De forma alguma estaríamos mandando em Deus, mas declarando a autoridade Dele sobre a situação.

Talvez seja o sentimento (ou a falta dele) de “grau de parentesco” que nos impeça de acreditar. Somos seus filhos e como filhos Ele nos concede a autoridade de expulsar o mal, mas se não creio nisso, não consigo acreditar; não consigo ter fé.

A fé é a primeira condição para as coisas acontecerem, mas o tempo é segunda. A fé precisa resistir ao tempo, mas a modernidade tem interferido em nossa vocação de esperar.

Aprendemos aos poucos a querer tudo para hoje, mais tardar, amanhã; aprendemos aos poucos a por condições para servir, para ajudar, para se entregar

Existem pessoas que tem a boa vontade em servir mais ainda carregam seus mortos. Pecados, erros e faltas do passado, que já foram mortos, ainda são carregados.

Isso é tão nítido nas pessoas que mesmo conhecendo a Deus ainda são amargas, ranzinzas, briguentas, fofoqueiras e às vezes colocam esses “cadáveres” como condição de continuar o serviço: “Amo a Deus, mas vocês tem que gostar do jeito que eu sou”. Coisa nenhuma! Ninguém merece receber nossas pedradas por não termos ainda conseguido amadurecer na fé.

A vida é um bem comum a todos, o caminho também. Ele é repleto de flores e pedras, mas o nosso livre arbítrio é que decide o que levaremos por esse caminho. As flores e as pedras ficam no caminho, pois fazem parte do caminho de nossa aprendizagem, mas só a levamos conosco se quisermos.

Irmãos difíceis carregam sacolas cheias de pedras, de passados, de medos, de preceitos, de paradigmas (…) e todas as vezes que são chamados a seguir uma vida melhor, não conseguem abandonar o peso que acostumou a carregar durante anos, até mesmo décadas. Sacolas ou mochilas cheias de pedras me fazem lembrar que Jesus um dia disse:
(…) Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos, nem mochila para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão; pois o operário merece o seu sustento” (Mt 10, 9-10).

Talvez, para exercermos melhor nosso ministério de serviço e em nossas funções no trabalho, na escola, na família, (…) seja imprescindível que não carreguemos o passado nas costas. É preciso dar um basta naqueles que dizem que o passado é nossa cruz e que precisamos carregá-lo.

O passado não é nossa cruz, pois como Cristo, ela (cruz) também nos libertou. A cruz que realmente carregamos são as escolhas e promessas que fazemos hoje e serão difíceis de se cumprir se além do peso da cruz tenhamos que carregar as pedras.

Anunciaremos o reino de Deus em nossa vida e na dos que nos cercam quando:

1) Tomamos conhecimento que somos filhos e não escravos;
2) Abandonamos as pedras e mesmo nos tropeços conseguirmos ver as flores;
3) Acreditamos, como padre Fábio de Melo canta:
Que Deus me ama e não estou só, que Deus cuida de mim.
Acreditemos! Deus acabou de curar algo dentro de nós hoje!
Quando formos decidir algo em nossas vidas e na vida dos nossos, sejamos convictos (as), custe o que custar.
     
Propósito:
Pai, torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.
 2º Meditação: 

 A caminhada que Jesus aqui inicia com os discípulos é mais teológica do que geográfica. Lucas não tem a pretensão de nos descrever os lugares por onde Jesus vai passar até chegar a Jerusalém.
 Seu objetivo é apresentar um itinerário espiritual, ao longo do qual Jesus vai mostrando aos discípulos os valores do Reino e os vai presenteando com a plenitude da revelação de Deus.
 É o caminho que terá o seu fim na Paixão Morte e Ressurreição do Mestre. Portanto, trata-se do caminho no qual se vai irromper a salvação definitiva. Como discípulos, somos exortados a seguir este caminho, para nos identificarmos plenamente com Jesus.

Este caminho é penoso e exigente. Alias como se costuma dizer: a rapadura é mole, mas não é mole não!

No evangelho de hoje, Jesus indica as disposições necessárias para corresponder plenamente: renunciar às comodidades da vida; depor toda preocupação temporal; desapegar o coração de todo afeto terreno. Só assim poderemos estar disponíveis para o anúncio do reino de Deus.
Enquanto na passagem paralela a esta, em Mateus 8,18-22, são duas pessoas que se dispõem a seguir Jesus, aqui, em Lucas, são três. A primeira e a terceira tomam a iniciativa de pedi-lo, enquanto a segunda é convidada por Jesus.

Lucas apresenta – através do diálogo entre Jesus e três candidatos a discípulos – algumas das condições para percorrer, com Jesus, esse caminho que leva a Jerusalém, isto é, que leva ao acontecer pleno da salvação.

O primeiro diálogo sugere que o discípulo deve despojar-se totalmente das preocupações materiais: para o discípulo, o Reino tem de ser infinitamente mais importante do que as comodidades e o bem-estar material: As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.

O segundo diálogo sugere que o discípulo deve desapegar-se desses deveres e obrigações que, apesar da sua relativa importância, impedem uma resposta imediata e radical ao Reino: Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas você vá e anuncie o Reino de Deus.

O terceiro diálogo sugere que o discípulo deve desapegar-se de tudo, para fazer do Reino a sua prioridade fundamental: nada – nem a própria família – deve adiar e demorar o compromisso com o Reino: Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus.

Não podemos ver estas exigências como normativas: noutras circunstâncias, Ele mandou cuidar dos pais (Mt 15,3-9); e os discípulos – nomeadamente Pedro – fizeram-se acompanhar das esposas durante as viagens missionárias (cf. 1 Cor 9,5)…
O que estes ensinamentos pretendem dizer é que o discípulo é convidado a eliminar da sua vida tudo aquilo que possa ser um obstáculo no seu testemunho quotidiano do Reino.
Não importa o quão difícil possa parecer caminhar junto, enfrentar os medos, os desafios e os incômodos do dia a dia. Se você foi escolhido, ouviu alguém chamar seu nome e sentiu o calor do olhar adentrando o seu coração, então não existe outra opção ou escolha: isto aconteceu porque você já está a caminho!

Quando encontramos alguém que completa a nossa vida ou os nossos sonhos, nos sentimos repletos, inteiros e fortalecidos, e assim, desejamos estar junto, ficar junto e viver junto.

Esta passa a ser a única opção, sem chance de troca e sem possibilidade de não estar na medida certa, porque o Amor esconde os defeitos, conserta os estragos, contorna as perdas e cura as dores. Ele transcende o que vemos, sentimos ou imaginamos, por isso, só nos importa segui-lo! Seguir o Amor!

A nós, discípulos de Jesus, é proposto que o sigamos no caminho de Jerusalém. Pois é por ele que chegaremos à salvação, à vida plena.

Trata-se de um caminho que implica a renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao nosso orgulho, e um compromisso com a cruz, com a entrega da vida, com o dom de nós próprios, com o amor até às últimas conseqüências

2º Reflexão Apostólica:

 Condições, condições e condições…

Quantas vezes nos pegamos dizendo: “Senhor serei fiel, atendei meu pedido” ou “vamos rezar para que Deus possa abençoar nosso encontro”? Repare que nessa segunda frase existe uma verdade e um medo. Verdade: Precisamos que Deus a nos ungir, que abençoe o local, a situação, que vá a nossa frente (…); mas revela um medo implícito. Consegue ver?

Se realmente temos fé falaríamos: “esse encontro (reunião, grupo, família) é Dele e por Ele será abençoado, pois foi desde o começo por Ele pensado e suscitado em nosso coração…”. De forma alguma estaríamos mandando em Deus, mas declarando a autoridade Dele sobre a situação, do início, meio e fim. Talvez seja o sentimento (ou a falta dele) de “grau de parentesco” que nos impeça de acreditar. Somos seus filhos e como filhos Ele nos concede a autoridade de expulsar o mal, mas se não creio nisso, não consigo acreditar; não consigo ter fé

A fé é a primeira condição para as coisas acontecerem, mas o tempo é segunda. A fé precisa resistir ao tempo, mas a modernidade tem interferido em nossa vocação de esperar. Aprendemos aos poucos a querer tudo para hoje, mais tardar, amanhã; aprendemos aos poucos a por condições para servir, para ajudar, para se entregar…

Existem pessoas que tem a boa vontade em servir mais ainda carregam seus mortos. Pecados, erros e faltas do passado, que já foram mortos, ainda são carregados. Isso é tão nítido nas pessoas que mesmo conhecendo a Deus ainda são amargas, ranzinzas, briguentas, fofoqueiras e às vezes colocam esses “cadáveres” como condição de continuar o serviço: “Amo a Deus, mas vocês tem que gostar do jeito que eu sou”.

Coisa nenhuma! Ninguém merece receber minhas pedradas por não eu ainda não conseguir amadurecer na fé. (um)

A vida é um bem comum a todos, o caminho também. Ele é repleto de flores e pedras, mas o nosso livre arbítrio é que decide o que levaremos por esse caminho. As flores e as pedras ficam no caminho, pois fazem parte do caminho de nossa aprendizagem, mas só a levamos conosco se quisermos.

Irmãos difíceis carregam sacolas cheias de pedras, de passados, de medos, de preceitos, de paradigmas (…) e todas as vezes que são chamados a seguir uma vida melhor, não conseguem abandonar o peso que acostumou a carregar durante anos, até mesmo décadas. Sacolas ou mochilas cheias de pedras me fazem lembrar que Jesus um dia disse:

Talvez para exercermos melhor nosso ministério de serviço em nossas funções no trabalho, na escola, na família, (…) seja imprescindível que não carreguemos o passado do homem velho nas costas. É preciso dar um basta naqueles que dizem que o passado é nossa cruz e que precisamos carregá-lo.

O passado não é nossa cruz, pois como Cristo, ela (cruz) também nos libertou. A cruz que realmente carregamos são as escolhas e promessas que fazemos além das dificuldades do dia-a-dia e por si só já são  difíceis de se cumprir se além do peso da cruz tenhamos que carregar as pedras.

Anunciaremos o reino de Deus em nossa vida e na dos que nos cercam quando: 1) Tomo posse que sou filho e não escravo; 2) Abandono as pedras e mesmo nos tropeços topo ver as flores pelo caminho…

Evangelho do dia 29 de setembro terça feira

ARCANJOS SÃO MIGUEL, SÃO GABRIEL, E SÃO RAFAEL.
29 - Quanto mais alguém trabalha sem pendor natural e guiado tão somente pela fé tanto melhor consegue enganar o demônio. (L 87). São Jose Marello

João 1,47-51

"Quando Jesus viu Natanael chegando, disse a respeito dele:
- Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero.
Então Natanael perguntou a Jesus:
- De onde o senhor me conhece?
Jesus respondeu:
- Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira.
Então Natanael exclamou:
- Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!
Jesus respondeu:
- Você crê em mim só porque eu disse que tinha visto você debaixo da figueira? Pois você verá coisas maiores do que esta. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.
"
 

Meditação:

Os encontros pessoais de Jesus com pessoas particulares, como o caso de Natanael, chamam a atenção por vários motivos e, portanto, ajudam-nos a reforçar a idéia central que Jesus desenvolve: a formação de seus discípulos para o Reino.

A presença de Natanael diante Jesus traz como resultado um grande elogio por parte do Mestre: "Ai está um israelita de verdade, sem falsidade".

João apresenta esta passagem evangélica em forma de diálogo direto. Jesus fala para Natanael e para todos os que vieram ouvi-lo.

A confiança de Jesus no discípulo e a profissão de fé do discípulo em Jesus são como duas faces da mesma moeda. Jesus propõe este novo dinamismo antes de ingressar na cidade onde dará a vida

Natanael é um homem bom, crente, sincero, mas reflete, em sua atitude todos, os preconceitos de sua época. Como tantos de seus contemporâneos, considera que nada de bom poderia vir da periferia, de Nazaré.

Isto é assim porque Natanael é um personagem representativo das pessoas pragmáticas, que consideram ingenuamente que tudo que é bom provém dos centros do poder, da riqueza e do prestigio.Mas o certo é que em toda a história da humanidade, as mudanças vêm de baixo, da periferia.

Natanael não espera um humilde profeta camponês, como Jesus parecia a seus contemporâneos, espera sim um herói rodeado de todas as garantias políticas, econômicas e acadêmicas que asseguraria o êxito de sua gestão.

Jesus derruba todas as pretensões de Natanael ao demonstrar que, mesmo tendo intenção sincera, seu olhar está orientado para o lugar equivocado. A "figueira" representa todos os personagens que com fé sincera se entregam ao senhor, mas cujo pessimismo impede de ver a esperança de Deus que germina na periferia e na pobreza

Aí temos um alerta de Jesus, mais que confessar sua fé em Cristo, ele, Natanael, seria testemunha de algo muito maior, ele veria a conseqüência de Jesus ser o que Natanael havia confessado :Filho de Deus e Rei de Israel.

Muito mais pela manifestação da glória de Deus do que pela mera "adivinhação" de onde Jesus o conhecera.

Jesus quis ensinar ao apóstolo que o destino do Filho de Deus , do Messias, era ser glorificado pelo Pai, no céu aberto e não no Reino de Israel, meramente humano.

Jesus interpela Natanael que se admirara do fato de ter Ele falado coisas sobre a sua vida e que o conhecesse sem nunca tê-lo visto antes.
Jesus deu a entender a ele que o fato de conhecê-lo era o mínimo diante do que iria acontecer na sua vida se ele aceitasse o chamado para ser Seu discípulo, e disse: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem." 

Os "anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem" é uma alusão ao sonho de Jacó (Gn 28,12). Agora exprime a presença de Deus entre os humanos, na pessoa de Jesus.

Os anjos, como emissários ou representantes de Deus, integram as tradições persas e mesopotâmicas que foram assimiladas no Antigo Testamento. São, ainda hoje, fonte de devoções no cristianismo e em religiões exotéricas.

Jesus abriu o céu para nós, e hoje, a cada momento em que nos recolhemos para orar, o céu se abre e os anjos do Senhor nos auxiliam levando as nossas preces que chegam a Deus como um perfume de aroma agradável.

Se, de coração contrito, fizermos a experiência, nós perceberemos que durante os nossos momentos de louvor e oração, o céu do nosso coração se abre e nele se fazem presente os anjos que nos trazem a paz de Jesus, o Filho de Deus. Jesus veio revelar ao mundo o amor do Pai e a sua presença no meio de nós.

A cada um que Ele chamou deu provas do Seu poder e da Sua sabedoria. E prometeu coisas maiores do que as que Ele fazia.

As suas promessas são também para nós, hoje. Ele nos chamou para viver o reino dos céus, aqui, e promete a manifestação da Sua glória em cada momento, de acordo com a Fé que tenhamos na Sua palavra.
Reflexão Apostólica:

No dia 24 de agosto já refletimos sobre esta passagem bíblica, aliás, naquele dia a leitura ia do versículo 45 ao 51. Portanto, a reflexão de hoje será uma continuação da que começamos naquela ocasião

Neste texto, o verbo "ver" foi citado 5 vezes! Mas nem sempre o "ver" daqui é sinônimo de "olhar". Jesus viu Natanael chegar e disse que ali vinha um "verdadeiro israelita, um homem realmente sincero".

Em seguida é que vem uma parte interessante... Natanael pergunta: "De onde o senhor me conhece?" E a resposta de Jesus é, no mínimo, intrigante. Preste atenção: "Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira." Jesus respondeu a pergunta de Natanael? Aparentemente, não. Mas a resposta de Jesus, para Natanael, foi tão perfeita, que na mesma hora ele reconheceu "Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!". A pergunta que não quer calar: O QUE NATANAEL ESTAVA FAZENDO EMBAIXO DESSA FIGUEIRA?

A psicologia diz que todos nós, na maioria das vezes quando estamos diante de alguém, representamos. E isso acontece até com os bebês.

Quando percebemos que estamos sendo observados, não agimos da mesma forma que quando não estamos sendo observados e é no momento em que não estamos sendo observados que nós realmente deixamos vir à tona o nosso íntimo... aquilo que está no nosso CORAÇÃO e que somente nós conhecemos. E você só pode dizer que conhece uma pessoa, de verdade, se você conhecer o CORAÇÃO dela.

Nós nunca saberemos exatamente o que Natanael estava fazendo embaixo daquela figueira. Naquele momento, Natanael não imaginava que estava sendo observado. Mas Jesus observou atentamente e tirou uma conclusão desta sua observação: "Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero.". Jesus era DISCRETO, não disse o que Natanael estava fazendo naquele seu momento pessoal.

Sócrates dizia: "Conhece-te a ti mesmo." Quer saber quem você é? Observe que direção seus pensamentos tomam, quando você está completamente sozinho...

Não se preocupe, ainda não inventaram um jeito de ver seus pensamentos. É quando você se despreocupa de passar qualquer imagem, que você mostra realmente o que tem no seu coração.

Quem consegue captar esses momentos (como Jesus captou o de Natanael) tem um dom especial: conhecer o íntimo de uma pessoa, às vezes até melhor do que a própria pessoa.

Não gostou do caminho que os seus pensamentos seguem quando você deixa eles voarem por eles mesmos? Eles vão para o pecado, para a depressão, para lugar nenhum?...

Não se preocupe, isso tem uma solução. O nosso inconsciente é burro. Não consegue diferenciar o entre o certo e o errado. Nós temos que alimentá-lo, conscientemente, com coisas boas.

Escute uma música bonita, leia algo prazeroso, converse com alguém alegre, viaje, aprenda algo novo, assista um bom filme...

O seu inconsciente vai ficar repetindo isso ao seu coração... e quando Jesus te ver no teu quarto, sozinho, e disser que te viu, você saberá que Ele te conhece, verdadeiramente.

Você já pensou que Jesus, neste momento, lhe vê e conhece tudo sobre você? O que você acha que poderá estar escondendo dele? Você imagina a presença dos anjos quando você ora? Faça dos anjos seus intercessores e perceba como a sua oração terá um sentido mais pleno. 
  
Propósito:
Pai, leva-me a conhecer, cada vez mais profundamente, a identidade de teu Filho Jesus, e a fazer-me discípulo dele, de modo a compartilhar sua missão.
 ORAÇÃO DOS ARCANJOS

Arcanjo Gabriel, Portador das boas novas, das mudanças, da sabedoria e da inteligência.

 Arcanjo da Anunciação, trazei a Palavra de Deus e que Ela permaneça em meu pensar e agir.
Fazei com que eu também seja um mensageiro, dos preceitos do Senhor por palavras de bondade e solidariedade.

Arcanjo da Anunciação, vinde em meu auxílio.

Arcanjo Rafael, Guardião da saúde e da cura. Peço que vossos raios curativos desçam sobre mim, dando-me saúde e cura dos males do corpo e da alma.
Guardai meu corpo e minha mente, livrando-me de todas as doenças.

Que vosso raio curativo esteja em meu lar, meus filhos e familiares e no trabalho que executo com as pessoas com quem convivo diariamente.
Arcanjo Rafael, transformai a minha alma e o meu ser, para que eu possa sempre refletir a vossa Luz.
Arcanjo Rafael, curai nossas enfermidades.
Arcanjo Miguel, Príncipe Guardião e Guerreiro defendei-me com vossa espada e protegei-me com vosso escudo. Não permita que o mal me atinja.

Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes, contra quaisquer atos de violência.
Livrai-me de pessoas negativas e invejosas.

Levante o vosso escudo de proteção em meu lar e sobre minha família, parentes e amigos.
Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens.

Arcanjo Miguel, trazei a paz e a libertação.

Arcanjo Miguel, defendei-me no combate.

domingo, 27 de setembro de 2015

Evangelho do dia 28 de setembro segunda feira


28 setembroSede extraordinários nas coisas ordinárias. (M 9/94/17; cfr. S 268). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 9,46-50
 "Os discípulos começaram a conversar sobre qual deles era o mais importante. Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando. Então pegou uma criança e a pôs ao seu lado. Aí disse:
- Aquele que, por ser meu seguidor, receber esta criança estará recebendo a mim; e quem me receber estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que é o mais humilde entre vocês, esse é que é o mais importante.
Quem não é contra vocês é a favor de vocês.
João disse:
- Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo.
Então Jesus disse a João e aos outros discípulos:
- Não o proíbam, pois quem não é contra vocês é a favor de vocês.

1º  Meditação: 

 O relato de hoje está constituído por duas pequenas unidades que têm como tema o significado da “grandeza” no Reino de Deus.
Os discípulos discutiam sobre quem deles seria o maior. Nunca se acabaria a luta contra a ambição? Finalmente chegariam a entender de que se tratava este assunto do Reino? 
 Jesus sentou-se, como um mestre, chamou aos doze e tomando uma criança, colocou-a a seu lado e lhes disse: “O que recebe esta criança em meu nome, é a mim que recebe, e aquele que me recebe, recebe aquele que me enviou. O menor entre vocês é realmente o maior”.

A atitude de Jesus é um gesto verdadeiramente pedagógico: Jesus põe uma criança ante os discípulos e a declara protótipo da grandeza no Reino de Deus.
 A partir deste gesto, Lucas elabora uma corrente de sentenças impregnadas de matizes característicos de sua igreja. A criança não será um exemplo de inocência ou pureza; a criança é um ser frágil, sem poder, sem pretensões, sem autoridade; não tem nada que dizer na sociedade e deve limitar-se a obedecer às ordens que lhe dão os maiores, só pode “receber” com alegria o que se lhe oferece.
 O chamado de Jesus a seus discípulos é que renunciem às pretensões sobre o Reino e aceitem com valentia o que se lhes oferece. Os discípulos devem mudar substancialmente seu conceito sobre a grandeza.
 O fazer-se como crianças não significa voltar a ser o que se foi, mas renunciar ao poder e optar pela humildade e o serviço aos demais, como única possibilidade de ser parte no Reino de Deus.
A segunda parte de nosso texto mostra a preocupação dos discípulos pelo prestígio e a posição elitista que se expressa em seu rechaço daquele que, mesmo não sendo do grupo dos doze, realiza ação de cura em nome de Jesus. A reação de Jesus é imediata: rechaça explicitamente esta atitude elitista e sectária do grupo.
 O erro que os discípulos cometeram foi pensar que o “desconhecido” que invocava o nome de Jesus lhes fazia competição. Jesus pensa de outra maneira e nos convida a que pensemos como Ele.
 Convida-nos a que sejamos abertos a outras pessoas, grupos e movimentos e trabalhemos por uma causa comum: o Reino de Deus.
 Nós, a comunidade dos seguidores de Jesus, devemos estar dispostos a tolerar e aceitar a TODOS os que trabalham para instaurar no mundo um novo projeto social.

1º  Reflexão Apostólica:

 A catequese de Jesus, às vezes, contradiz a compreensão do homem.

O que num determinado momento para um é grande, para o outro é pequeno, e Jesus complementa seu ensinamento justificando: quem não está contra o homem está a favor dele.

Só é possível compreender os ensinamentos do Filho de Deus mediante os olhos da fé e um coração aberto para acolher.
 Jesus e os discípulos caminhavam em direções opostas. Enquanto Jesus preanunciava seu destino de sofrimento e morte, os discípulos nutriam ideais de grandeza, preocupados em saber quem dentre eles seria o maior.

Descurando as exortações recebidas, anteviam um destino de glória e esplendor para si e para o Mestre. E procuravam organizar seu futuro a partir desta lógica mundana.
 Em outras palavras, eram incapazes de imaginar um projeto de vida fora de relações desiguais, próprias de uma sociedade de classes.

Jesus tentava fazê-los compreender ser possível viver de uma maneira nova, dentro e fora da comunidade. Dentro da comunidade, as relações interpessoais seriam regidas pelo princípio da igualdade e do serviço. Prestígio, poder e autoridade nenhuma importância teriam.

Com os de fora da comunidade, o Reino exigia ser tolerante e respeitoso, superando toda tentação de sectarismo e de fanatismo.

Os velhos esquemas deveriam ser invertidos, ou melhor, substituídos pela novidade do Reino. Grandes seriam os menores da comunidade. Os desprezados, como as crianças, tornar-se-iam objeto de atenção.

O Messias glorioso deveria ser encontrado nas pessoas marginalizadas, pois a grandeza do Reino é bem diferente daquela que os discípulos imaginavam.

A narrativa final onde João afirma terem proibido outros grupos de agir em nome de Jesus revela ainda a mentalidade segregacionista do seu grupo. É a mentalidade da autoridade que coíbe a liberdade do Espírito. Jesus remove esta mentalidade, acolhendo todo o bem que é feito em seu nome.

Para que possamos compreender o messianismo de Jesus nós precisamos mudar a idéia que o mundo nos ensina a respeito do poder. Com simplicidade e firmeza Jesus tirou as dúvidas dos seus discípulos, mostrando mais uma vez que o que pensa o mundo não é o que pensa Deus.

Jesus veio nos esclarecer que no reino dos céus, tem poder aquele (a) que presta serviço por amor. Enquanto nós estivermos buscando o poder que domina e reprime, nós não poderemos construir o reino de Deus.

No reino de Deus é grande quem com humildade se dispõe a imitar Jesus que veio ao mundo para entregar-se e servir por amor.

Para nos tornarmos grandes, nós temos que nos fazer pequenos e humildes, dependentes do poder amoroso de Deus. Precisamos nos tornar como crianças, pois elas não se envergonham de reconhecer a sua incapacidade e limitação e se põem completamente abandonadas com confiança nos braços do pai ou da mãe, porque sabem que com eles terão amparo e segurança.

Tem importância no reino dos céus todos os que estão prestando serviço no anúncio do Evangelho de Jesus, mesmo que não façam parte de um mesmo círculo, de uma mesma religião, pois a salvação de Jesus é universal.

Você é uma pessoa dependente de Deus ou auto-suficiente? O que você entende de “ser como criança”? – Você sabe ceder para outra pessoa algo que, por direito, seria seu, somente para agradar a Deus? Você acha que todos têm condição de falar em Nome de Jesus?
 Todos os cristãos são convidados para um esvaziamento de si mesmo, um kenosis que não significa humilhar-se, mas abrir-se, porque, ao esvaziar-se, o homem abre um espaço dentro de si, a fim de que Deus complete com as virtudes do amor, da fé e da esperança; e é neste momento que de pequeno ele torna-se grande aos olhos do Pai, porque esvaziar-se é crescer com Deus.

Ao ser humilhado por alguém, que a mágoa não caia no coração, mas no vazio, para que seja transformada em caridade; e numa situação inversa, que o orgulho e a vaidade caiam neste mesmo vazio, porque de nada importa para o Pai sermos glorificados na terra, mesmo porque somos o que somos pela vontade d’Ele.

A criança é o maior exemplo de como os homens e as mulheres devem ser: puros e com o coração aberto, sem restrições, maldades, malícias e julgamentos. Ela se entrega confiante nos braços do Pai que a conduz, e Ele é para ela o seu escudo e a sua proteção.
 Mães e pais devem ser o norte de uma casa. A idade, maturidade e vivencia os torna uma enciclopédia que deverá ser lida e consultada pelos filhos, mas você pai e mãe, por acaso sabe usar os recursos da sua televisão nova sem pedir ajuda a eles?
 Muitos pais e mães têm facebooks que os próprios filhos fizeram, isso já não é um bom exemplo que meu poder pode ter limitações em virtude da minha falta de conhecimento?

 Uma pessoa que se perpetua num posto, cargo ou coordenação não pode ser surpreendida a qualquer momento por alguém bem melhor que ela? Se essa função é para Deus por que não ceder o lugar para que a obra cresça? A função que exerço na comunidade engrandece a quem?
 Uma musica antiga dizia em seu refrão; “a quem você quer servir?” (eu e minha casa serviremos aos Senhor)
 Estejamos abertos as mudanças. Sejamos desapegados a cargos. Nos apeguemos a Deus e ao seu projeto.
 Seja como uma pequena criança nas mãos de Deus. Só assim poderá ser verdadeiramente grande e forte diante dos homens e do mundo.

2º Meditação

A preocupação acerca de quem era o MAIOR no grupo de doze de Jesus é revelada nos relatos dos Evangelhos.  De acordo com o evangelista Lucas, pelo menos em dois momentos o Senhor tratou desta questão: Lc 9,46-50 (também relatado por Mc 9,33-41 e Mt 18,1) e Lc 22,24-29.
 A tarefa que Jesus se impôs de formar seus discípulos nas questões do Reino agora se entorpece com a forma de sentir e pensar de seus discípulos, que obedece à formação cultural e à tradição da época.

 Depois de todas as manifestações externas, que entre outras inclui a ressurreição dos mortos e a cura dos enfermos, Jesus olha para dentro do grupo de discípulos e percebe que eles seguem pensando com a lógica do anti-reino.
 Ante o reiterado anúncio da paixão e morte de Jesus, eles se perguntam quem ficará com o poder. O evangelho afirma que surgiu uma discussão sobre quem era maior entre eles. Ante esta preocupação ambiciosa, a resposta de Jesus é desconcertante: " O menor entre vocês será o maior".
 Esta é a lógica do Reino: a autoridade e autenticidade não derivam do status, do cargo ou dinheiro, mas da capacidade de serviço entre os irmãos; ali reside a força da nova comunidade-sociedade formada para o Reino.
O Evangelho de hoje está constituído por duas pequenas unidades que têm como tema o significado da “grandeza” no Reino de Deus.

Os discípulos discutiam sobre quem deles seria o maior. Nunca se acabaria a luta contra a ambição? Finalmente chegariam a entender de que se tratava este assunto do Reino? Então Jesus sentou-se, como um mestre, chamou aos doze e tomando uma criança, colocou-a a seu lado e lhes disse: “O que recebe esta criança em meu nome, é a mim que recebe, e aquele que me recebe, recebe aquele que me enviou. O menor entre vocês é realmente o maior”.
A atitude de Jesus é um gesto verdadeiramente pedagógico: Jesus põe uma criança ante os discípulos e a declara protótipo da grandeza no Reino de Deus. A partir deste gesto, Lucas elabora uma corrente de sentenças impregnadas de matizes característicos de sua igreja.

A criança não será um exemplo de inocência ou pureza; a criança é um ser frágil, sem poder, sem pretensões, sem autoridade; não tem nada que dizer na sociedade e deve limitar-se a obedecer às ordens que lhe dão os maiores, só pode “receber” com alegria o que se lhe oferece.
O chamado de Jesus a seus discípulos é que renunciem às pretensões sobre o Reino e aceitem com valentia o que se lhes oferece. Os discípulos devem mudar substancialmente seu conceito sobre a grandeza.
O fazer-se como crianças não significa voltar a ser o que se foi, mas renunciar ao poder e optar pela humildade e o serviço aos demais, como única possibilidade de ser parte no Reino de Deus.

A segunda parte do evangelho de hoje mostra a preocupação dos discípulos pelo prestígio e a posição elitista que se expressa em seu rechaço daquele que, mesmo não sendo do grupo dos doze, realiza ação de cura em nome de Jesus.
A reação de Jesus é imediata: rechaça explicitamente esta atitude elitista e sectária do grupo. O erro que os discípulos cometeram foi pensar que o “desconhecido” que invocava o nome de Jesus lhes fazia competição.
Jesus pensa de outra maneira e nos convida a que pensemos como Ele. Convida-nos a que sejamos abertos a outras pessoas, grupos e movimentos e trabalhemos por uma causa comum: o Reino de Deus.
Nós, a comunidade dos seguidores de Jesus, devemos estar dispostos a tolerar e aceitar a TODOS os que trabalham para instaurar no mundo um novo projeto social.

2º Reflexão Apostólica:

A tarefa que Jesus se impôs de formar seus discípulos nas questões do Reino agora se entorpece com a forma de sentir e pensar de seus discípulos, que obedece à formação cultural e à tradição da época.
Depois de todas as manifestações externas, que entre outras inclui a ressurreição dos mortos e a cura dos enfermos, Jesus olha para dentro do grupo de discípulos e percebe que eles seguem pensando com a lógica do anti-reino.
Ante o reiterado anúncio da paixão e morte de Jesus, eles se perguntam quem ficará com o poder. O evangelho afirma que surgiu uma discussão sobre quem era maior entre eles. Ante esta preocupação ambiciosa, a resposta de Jesus é desconcertante: " O menor entre vocês será o maior".
Esta é a lógica do Reino: a autoridade e autenticidade não derivam do status, do cargo ou dinheiro, mas da capacidade de serviço entre os irmãos; ali reside a força da nova comunidade-sociedade formada para o Reino.

Jesus hoje nos dá uma grande lição. Acolher os que são desprezados. Investir uns dez ou vinte minutos do nosso tempo para contar umas piadas para o porteiro, para dar um bom dia gostoso a faxineira, e lhe perguntar, como vai?  Jesus está nos dizendo que podemos ser mais gentis com os humildes, dizendo Feliz Natal aos excluídos em geral...
O Evangelho de hoje trata de um assunto que nunca sai de moda: a vaidade. O desejo de se sentir importante é um dos mais primitivos do ser humano, e cai como uma luva para o primeiro dia do mês missionário.

Jesus nunca olha para uma pessoa, mas sempre olha através da pessoa. Quando olhamos para alguém, não percebemos o que aquela pessoa está passando, pensando, sentindo... Isso nós só conseguimos saber quando nos anulamos e nos colocamos no lugar da outra pessoa. Jesus foi, então, o maior de todos os psicólogos que já existiu... Ele sondava o coração, e era capaz de ser aquela pessoa.

Na passagem de hoje, Ele sondou o coração dos discípulos e sentiu que eles se perguntavam quem, dentre os 12, seria o maior.

Eles eram humanos como nós, e dentro do grupo, procuravam uma posição de destaque. Observe que Jesus não coloca todos no mesmo patamar. Jesus admite que há a possibilidade de alguém ser maior que os outros. Existe uma hierarquia no Reino dos Céus! Mas essa hierarquia é o inverso da nossa.

Aqui, neste mundo, quanto maior for a sua posição, mais inacessível você se torna. Na hierarquia de Jesus, quanto mais acessível você for, maior a sua posição. Viu como inverte duplamente? Neste mundo, você cresce e se torna inacessível; no Reino dos Céus, você se torna acessível e cresce!

As pessoas têm medo/resistência em falar com você? Algo está errado... O primeiro passo é assumir. Se você não assumir, não vai conseguir nem passar para o segundo passo: descobrir o porquê.

A maioria das pessoas quer interagir mais, ter mais e melhores amigos. Mas elas precisam se ver em você... encontrar a abertura, que pode ser na forma de um sorriso, uma brincadeira, ou até em você saber o nome dela... E esse já é o terceiro passo: abrir-se. Em pouco tempo, você já vai ser tão solicitado, que não vai dar nem conta de tanta responsabilidade.

O missionário do Reino, portanto, não pode desprezar ninguém! É claro que o menino que Jesus tomou em seus braços nesta passagem, representa não só as crianças, mas todos os que são "pequenos" para este mundo.

A segunda parte do Evangelho de hoje trata das pessoas que não são do grupo dos discípulos, mas que usam o nome de Jesus para expulsar demônios. Dá para perceber alguma semelhança com o que vemos hoje?

Alguns cristãos fazem exatamente isto. E a resposta de Jesus também serve para nós. Não devemos proibir. Desde que façam o bem às pessoas, estaremos no mesmo time. Caso utilizem do nome de Jesus para tirar proveito próprio, eles é quem irão prestar contas, quando chegar o momento.
 
Propósito:

Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, os mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo.