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sábado, 27 de junho de 2020

EVANGELHO DO DIA 05 DE JULHO - 14º DOMINGO DO TEMPO COMUM

05 julho Vós estareis no mundo, mas não pertencereis ao mundo, nem o mundo poderá reclamar direito algum sobre vós. Vós vos achareis rodeados pelas perversidades da terra, mas vos conservareis sempre puros e sem mancha. (S 355). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 11,25-30

 "Naquela ocasião, Jesus pronunciou estas palavras: "Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve"."  


Meditação:

 Nas leituras de hoje Jesus nos indica o caminho a ser seguido para encontrarmos a verdadeira felicidade. "Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós". Ele pede para nos submetermos aos seus ensinamentos e confiarmos na sua providência.

 Estas suaves palavras de Jesus apresentam um estilo diferente dos demais textos dos evangelhos sinóticos, assemelhando-se ao estilo do evangelho de João.

 É um patrimônio da tradição das primeiras comunidades que guardavam a memória de Jesus e que Mateus inseriu em seu evangelho.

 A primeira parte do texto foi também adaptada no evangelho de Lucas. Os sábios e entendidos são os doutores da Lei e os demais componentes da cúpula político-religiosa dirigente da Judéia, fariseus, sacerdotes e anciãos. Estes, instalados em seu poder e a ele apegados, rejeitam a Jesus.

Jesus faz uma prece: Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado!

Os sábios, os doutores daquela época, tinham criado uma série de leis que eles impunham ao povo em nome de Deus. Eles achavam que Deus exigia do povo estas observâncias, mas a lei do amor, trazida por Jesus, dizia o contrário.

O que importa, não é o que nós fazemos para Deus, mas sim o que Deus, no seu grande amor, faz por nós! O povo entendia a fala de Jesus e ficava alegre. Os sábios achavam que Jesus estava errado. Eles não podiam entender tal ensinamento que modificava o relacionamento do povo com Deus.

Jesus, o Filho, conhece o Pai. Ele sabe o que o Pai queria quando, séculos atrás, entregou a Lei a Moisés. Aquilo que o Pai nos tem a dizer, Ele o entregou a Jesus, e Jesus o revelou aos pequenos, porque estes se abriam para a sua mensagem.

 Hoje também, Jesus está ensinando muita coisa aos pobres e pequenos. Os verdadeiros sábios e inteligentes são aqueles que se fazem alunos dos pequenos! Vemos isso em Jesus, inclinando-se diante de João Batista para receber o batismo.

Jesus convida a todos que estão cansados para vir até ele e ele promete descanso. É o povo que vive cansado debaixo do peso dos impostos e das observâncias exigidas pelas leis de pureza. E ele diz: Aprendam de mim que sou manso e humilde de coração.

Muitas vezes, esta frase foi manipulada para pedir ao povo submissão, mansidão e passividade. O que Jesus quer dizer é o contrário.

Ele pede que o povo faça uma ruptura, deixe de lado os professores de religião da época e comece a aprender dele, de Jesus, que é “manso e humilde de coração”.

Jesus não faz como os escribas que se exaltam de sua ciência, mas é como o povo que vive humilhado e explorado. Jesus, o novo mestre, sabe por experiência o que se passa no coração do povo e o que o povo sofre.

O convite da Sabedoria Divina para todos que a buscam Jesus convida a todos que estão sobrecarregados pelo peso das observâncias da lei a encontrar nele o descanso e a suavidade, pois ele é manso e humilde de coração, capaz de aliviar e consolar a gente sofrida, fatigada e abatida como tu.

A Sabedoria educa os seus filhos, e cuida daqueles que a procuram. Quem tem amor a ela ama a vida, e os que madrugam para procurá-la ficarão cheios de alegria.

Este convite revela um traço muito importante do rosto feminino de Deus: a ternura e o acolhimento que consola, revitaliza as pessoas e as leva a se sentirem bem. Jesus é o abrigo e o seio materno que o Pai oferece ao povo cansado.

O Reino é o espaço de convívio dos pequeninos que, conhecedores de seus limites e de sua fragilidade, se solidarizam com os irmãos no serviço recíproco e se empenham em comunicar a vida a todos.

 Os pequeninos, cansados e carregados de fardos, são o povo excluído, sem poder, oprimido pela opressão religiosa e pela exploração econômica do Templo e do império romano.

 O coração de Jesus, manso e humilde é lugar de repouso para seus discípulos. O seu fardo suave é o compromisso no seguimento de Jesus, colocando suas próprias vidas a serviço da construção de um mundo novo de fraternidade, justiça e paz.

 Hoje somos atraídos por Aquele, que é manso e humilde de coração e que nos oferece o suave fardo do amor que nos insere na vida eterna.

 Reflexão Apostólica:

 Nós sabemos que o fundamento de seus ensinamentos é o Amor. São João, em sua carta, nos alerta "Amemo-nos uns aos outros, porque o Amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. Quem não ama, não chegou a conhecer Deus, pois Deus é Amor."

 Para conseguirmos permanecer fiéis a esse ensinamento, precisamos nos despojar dos sentimentos terrenos, das inclinações a que o mundo nos impele, como o apego aos bens materiais, a necessidade mórbida de exercer o poder sobre o próximo, o egoísmo que impede partilhar nossos dons e a inconstância na luta contra os apelos carnais.

 Tudo isso nos afasta de Deus e aumenta a sensação auto-suficiência dificultando ainda mais a fidelidade aos seus ensinamentos.

 Por isso, Jesus nos adverte: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos".

 Pequeninos são aqueles que se consideram impotentes na luta contra o mal e se colocam como dependentes à ação de Deus em suas vidas. "Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso."


O que Jesus diz, é simplesmente para que nós tenhamos paz. Mas não a paz que o mundo dá, mas a paz que vêm de Deus, fruto da justiça.

 Atualmente a humanidade passa por as mais diversas dificuldades na vida, obtendo stress, e até mesmo depressão, doença do mundo global e materialista. Então Jesus aponta a saída, venha a mim quem estiver cansado que eu vos aliviarei. 


É como a história da mulher samaritana, Jesus pede água a ela, mas não simplesmente a água que Jesus quer dela, e sim todo seu sofrimento, sua tristeza, sua angustia…

Então, se você hoje esta cansado da sua vida, se você se sente um lixo, incapaz de vencer seus obstáculos, chegou o momento de se entregar no Senhor, pois os nossos joelhos foram feitos para serem dobrados diante dele.

Nós devemos ser humildes diante do Senhor. Não devemos ter vergonha de falar com Ele de nossos problemas até mesmo porque Ele já sabe, mas, quer ouvir o seu clamor. Clame por Ele. Diga: Senhor ainda dói dentro de mim,
os erros que eu cometi, cura-me, cura-me e lava o meu passado com teu sangue derramado….

É isso que o Senhor quer de você: a sua humildade, o seu desanimo. Só assim ele lhe aliviara… Tenha a certeza que o Senhor ficará com seus problemas e aliviara o seu fardo.

  Propósito:

Pai, a mansidão e a humildade de Jesus sirvam de estímulo para mim, no relacionamento com os meus semelhantes. Livra-me da arrogância e da prepotência! Jesus quero ser sábio e inteligente, mas com as minhas forças não consigo. Por isso ensinai-me a ser manso e humilde para entender os mistérios do reino destinados para os pequeninos.

Sagrado Coração de Jesus! Eu tenho confiança em Vós!

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Em seus ensinamentos, Jesus disse que todos devem se amar e “amar ao próximo como a eles mesmos” (cf Mt 22,39).
Com essas palavras, ele transmitiu o princípio fundamental: antes de amar alguém, é importante amar a si mesmo.
Se houver dúvidas sobre esse aspecto, significa falta de valorização pessoal.
É preciso trabalhar a auto - aceitação; somente assim será possível investir em algo construtivo.


Para ficar bem com os demais, é preciso se sentir satisfeito com você mesmo.

 


Evangelho do dia 04 de julho sábado 2020

04 julhoHá na natureza algumas substâncias que, por sua propriedade natural, não seguem a lei comum e, colocadas na água, não se molham, atiradas ao fogo, não se queimam; assim vós, embora no mundo, não deveis pertencer ao mundo, mantendo-vos alheios aos seus interesses, às suas honrarias, aos seus princípios e às suas festas. (S 354). São Jose Marello

 

Mateus 9,14-17


"Naquele tempo, os discípulos de João, dirigindo-se a Jesus, perguntaram: "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?" Jesus respondeu: Podem os amigos do esposo afligir-se enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão. Ninguém põe um remendo de pano novo numa veste velha, porque arrancaria uma parte da veste e o rasgão ficaria pior. Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem. Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se conservam."


Meditação:

"Ninguém coloca vinho novo em odres velhos..." Com isto Cristo nos indica que quer que vivamos sempre um tempo novo, uma vida nova, uma mudança e conversão contínuas. Ele nos anima a viver em nosso cristianismo o caráter radical de entrega, de valentia, de generosidade, de caridade. Não devemos nos contentar com uma adesão passiva à fé. Temos de buscar contribuir ativamente com o desenvolvimento da Igreja e da sociedade.

 Cada um está chamado a ser protagonista da evangelização, a orientar suas qualidades e criatividade a objetivos elevados como a difusão do ideal evangélico e o compromisso concreto e constante com o bem do próximo. Não devemos viver um cristianismo "de sacristia", mas sim temos que abrir campos de apostolado mais amplos na paróquia, em algum Movimento da Igreja, etc.

 Não deixemos encher os odres velhos da fé. Renovemo-la constantemente. Um meio excelente é a formação permanente, a busca por um conhecimento mais sólido de nossa fé católica de modo sistemático e profundo. Que a oração de hoje nos leve a nos formar mais em nossa fé e a nos comprometermos em algum apostolado específico para dar vida nova às nossas almas e à Igreja.

Reflexão Apostólica:

Quando uma pessoa ama a Cristo, o comunica, o dá aos demais, o presenteia. Então, suas palavras, seus gestos, seu testemunho se tornam instrumentos de Cristo. Quando uma pessoa ama Cristo, então entusiasma os outros. É impossível amar a Cristo e não dá-lo. Por isso a força do apóstolo tem sua raiz no amor a Jesus Cristo.

Propósito:


Renovar minha vida cristã. Por exemplo, recebendo com assiduidade e fervor a Cristo Eucaristia.

"A Igreja não existe com a finalidade de nos manter ocupados como qualquer associação mundana ou para que ela própria se conserve viva. A Igreja existe para que tenhamos acesso à vida eterna." (Cardeal Ratzinger. Encontro de Rimini 1990)

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Por mais inteligente sábio e importante que seja, ninguém é tão livre para fazer o que bem entender, sem se importar com os semelhantes.
Cada pessoa tem uma missão a cumprir.
Ao término da jornada, todos serão chamados para a casa do Pai.
De certo modo, estão definitivamente comprometidos com a vida eterna.


A vida terrena é um tempo de salvação.


Evangelho do dia 03 de julho sexta feira 2020 - São Tomé

03 julho - Cristo ressuscitou, Cristo vive, Cristo reina, Cristo está no meio da sua Igreja, terrível e formidável. Ele disse uma grande palavra: "Confidite: Ego vici mundum” Tende  confiança, eu venci o mundo. Lutemos e confiemos! (L 39). SÃO JOSE MARELLO

Leitura do santo Evangelho segundo São João 20,24-29
  
"Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de "o Gêmeo", não estava com eles quando Jesus chegou. Então os outros discípulos disseram a Tomé: 

- Nós vimos o Senhor! 
Ele respondeu: 
- Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer! 
Uma semana depois, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: 
- Que a paz esteja com vocês! 
Em seguida disse a Tomé:
 
- Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia! 
Então Tomé exclamou: 
- Meu Senhor e meu Deus! 
- Você creu porque me viu? - disse Jesus. - Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram! 
" 

Meditação:

 Hoje, celebramos na Igreja a festa de são Tomé apóstolo. Segundo a tradição joanina, este discípulo do Senhor teve sérias dificuldades para aceitar a mensagem da ressurreição.

 Seguramente, o medo, o sentimento de fracasso, a decepção ante a tragédia do calvário produziu seus efeitos tanto em Tomé quanto nos outros discípulos do Senhor.

 A convivência com Jesus tinha despertado a esperança nos seguidores do Senhor. A iminente restauração do Nacionalismo Judeu. Falsas expectativas, pois o projeto de Jesus transcende todo o limite histórico e geográfico.

 Nos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) o nome de Tomé é mencionado apenas uma única vez, compondo a lista dos Doze apóstolos. No Evangelho de João, Tomé aparece em quatro situações: na narrativa da ressurreição de Lázaro, em um diálogo na última ceia, neste detalhado diálogo com o Ressuscitado e na pesca milagrosa na Galiléia, também com o Ressuscitado. Este episódio do Evangelho de hoje, de certo modo, relativiza as narrativas de visões do Ressuscitado.

 Este dia em que a Igreja celebra a memória de são Tomé, apóstolo, Jesus nos faz no evangelho uma séria advertência para rever seriamente nossa vida como discípulos, para esclarecer em que ou em quem temos colocado nossa confiança e existência. 

É comum escutarmos em nosso dia-a-dia a expressão: “ver para crer”, que revela em nós uma atitude que pode chegar a ser tão negativa como a própria rotina, ou seja, nosso ceticismo diante de nós mesmos, dos outros e do próprio Deus. 

Não podemos fechar-nos à possibilidade de que as realidades de morte e sem sentido que obscurecem a humanidade cheguem a mudar. Nem tampouco garantir, em troca, que por tempo indefinido continuarão presentes em nossa sociedade. 

“Ditosos os que não viram e creram!” é a bem-aventurança que nos lança Jesus no dia de hoje. Assinala-nos o caminho para uma mudança profunda tanto de cada um de nós como das estruturas nas quais estamos inseridos. Deveremos ter em conta que temos de nos abrir a viver a experiência do Evangelho como porta de acesso ao reino de Deus, em todo seu vigor e com as implicações que traz consigo, como a cruz redentora de Cristo.

Tomé é um dos seguidores mais próximos de Jesus; por isso o festejamos hoje. Recordamos seu testemunho porque serve de exemplo. Este é o sentido que tem para a comunidade a celebração dos santos. São modelos para imitar em sua relação com o Mestre.

 Refletimos assim três elementos em Tomé: primeiro, seu seguimento de Jesus. Os relatos evangélicos o apresentam como alguém que fez o caminho do Mestre. Nesse seguimento, certamente mudou de projetos: teve que deixar os seus e suas coisas para ir atrás da proposta do reino. 

Segundo,seu testemunho do Ressuscitado. O evangelho ressalta sua incredulidade inicial: na primeira aparição não estava; e, teimoso, se aferra a elementos racionais e físicos que lhe sirvam de prova: as feridas nas mãos, nos pés e no lado. Mas ao se apresentar Jesus Ressuscitado, sem necessidade de meter dedos ou mão se convence ante sua presença de que seu amigo Jesus vive, e proclama: Meu Senhor e meu Deus!, com uma fé profunda no Ressuscitado presente em sua vida. 

E terceiro, embora não seja um dado evangélico, podemos imaginá-lo saindo da Judéia como os outros apóstolos, a pregar a Boa Nova a todas as nações, fiel à missão que lhes dá Jesus antes de ir para o Pai. Assim, diz-se que Tomé evangelizou a Índia.

Alguém já disse: "Se a igreja não fosse de Deus os homens já teriam acabado com ela". Deus criou todas as coisas, e teve o bom gosto de criar tudo em ordem e perfeito. Mas o homem tem o poder de estragar tudo. A Igreja foi criada por Jesus, que se entregou por ela (Ef 5,25), ela é a noiva, bela, bonita e perfeita, e ele virá buscá-la (Ap 19,7). Esta é a verdadeira Igreja. 

Esta festa é uma ocasião para revermos nossa vivência cristã, pessoal e comunitária, da Boa Nova; um motivo para nos olharmos no espelho dos nossos antepassados que viveram, antes de nós, a fé em Jesus.

 A aceitação ou recusa do amor de Deus, traduzido por Jesus, é o critério de discernimento que leva o homem a tomar consciência da sentença que cada um atrai para si próprio: sentença de libertação ou de condenação.


Tomé simboliza aqueles que não acreditam no testemunho da comunidade e exigem uma experiência particular para acreditar. Jesus, porém, se revela a Tomé dentro da comunidade. Todas as gerações do futuro acreditarão em Jesus vivo e ressuscitado através do testemunho da comunidade cristã.

 O seguidor de Cristo não pode ser apenas um ouvinte. O verdadeiro seguidor de Cristo deve ser um executor da obra de Deus.

 Ao lermos e refletirmos o Evangelho, nos aperfeiçoamos cada vez mais e nos sentimos impelidos a fazer alguma coisa concreta para proclamar o Reino.

 Todo cristão que realmente estuda e se aprofunda na fé, buscando todos os dias crescer espiritualmente, percebe que este crescimento necessita da ação, do amor desprendido, da ajuda ao irmão que sofre.

 A religiosidade autêntica não consiste apenas em conhecer a fé, mas em testemunhá-la com obras, com um cristianismo vivido no amor aos irmãos necessitados e no afastamento de todo e qualquer mal. É este o mandamento que Cristo nos deixou, o mandamento do amor a Deus e ao próximo, e é através do nosso trabalho de evangelização que estaremos testemunhando ao nosso próximo o verdadeiro amor que temos por Deus.

 Pensemos hoje sobre este vínculo entre a fé e as obras e, mais particularmente, entre a fé e a caridade, pois ela é essencial para nos sustentarmos no caminho da Verdade.

 Quando nos deixamos guiar pela fé em Deus, tornamo-nos pessoas interiormente fortes e perseverantes, mesmo em meio aos momentos mais desencontrados da nossa vida, nada nos desanima.

 Não podemos nos esquecer que o Senhor tem um projeto para cada um de nós. O que precisamos é crer e confiar que Deus é poderoso e concretiza seus desígnios e derrama suas graças  no tempo certo.

 Peçamos hoje ao Senhor a graça de sermos ousados na fé.

Peçamos à Maria que nos encoraje para sermos testemunhas vivas do Amor de Seu Divino Filho. E vivamos na graça e na certeza de que Ela nos concederá um bom dia a todos, com as bênçãos de Jesus, Maria e José!

 Reflexão Apostólica:

 A partir da dúvida de Tomé, já não há mais motivos para duvidarmos da presença operante de Cristo entre nós. Ele pode tudo e nos quer retirar da morte do corpo e nos dar a vida imortal. Nos quer revestir do corpo glorioso como o dele. 

A fé é o fundamento dos bens que se esperam, a prova das realidades que não se vêem, torna-se claro que a fé é a prova da verdade daquelas coisas que não podemos ver. Pois aquilo que se vê já não é objeto de fé, mas de conhecimento direto.

 Crer no invisível é tomar Deus pela palavra sem insistir em ter uma “prova”. Afinal, para alguns, nem toda “prova” do mundo os convencerá a crer.

 Viver pela fé, então, é continuar naquilo que já sabemos sobre o amor de Deus; significa confiar em Deus a partir do que já experimentamos; significa tomá-Lo pela palavra porque Ele nos mostrou Sua bondade e amor – não importando quão difíceis sejam nossas circunstâncias e não importando quanto deixamos de ver ou entender.

 Tomé pediu um sinal tangível, lógica e racionalmente válido. Mas a experiência do ressuscitado implica lançar-se com absoluta confiança ao aparente vazio.

  Até aquele dia o discípulo ainda não acreditara na ressurreição de Jesus apesar do testemunho dos seus amigos. Jesus apresentou-se diante dele para que ele se rendesse. 

Diante da presença real de Jesus, vivo e ressuscitado, Tomé tirou do trono a sua incredulidade e rendeu-se à ordem do Senhor: “E não sejas incrédulo, mas fiel!” Tocar nas feridas do Senhor, colocar a mão no seu lado, fez com que ele tivesse uma experiência com a dor de Jesus. 

 Quando nós também passamos pela dor e nos colocamos em intimidade com Jesus nós podemos sem titubear, reconhecê-Lo: “Meu Senhor e meu Deus”! Aí então, nunca mais seremos os mesmos. 

Então, se Tomé viu e tocou, porque é que lhe diz o Senhor: Porque me viste, acreditaste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade exclamando: Meu Senhor e meu Deus. Portanto, tendo visto acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver.

 O apóstolo Tomé é profundamente humano e nós nos parecemos muito com ele na falta de fé. Muitas vezes em nosso relacionamento com Deus, nos comportamos como Tomé, e agimos como uma criança birrenta. 

Colocamos a culpa em Deus das coisas ruins e tristes que acontecem em nossa vida e muitas vezes exigimos coisas que não são necessárias para nós. 

Para que nós também sejamos curados de nossa falta de fé e de nossas frustrações com a vida e com as pessoas, olhemos para a cruz, para o lado aberto de Jesus, e peçamos a Ele a graça de entrarmos no seu coração. E, o lindo é que o próprio Jesus é quem nos chama para descansarmos no coração D’Ele: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas” (Mt 11,28-29). 

 A nossa fidelidade a Deus é do tamanho da nossa fé. Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” Nós somos os “bem-aventurados”, porque, não podendo tocá-Lo fisicamente, nem tampouco vê-Lo, como foi concedido aos discípulos, nós O experimentamos pelo dom da Fé que recebemos no nosso Batismo. 

O conhecimento de Deus supera toda a inteligência e racionalidade, portanto, deixemo-nos ser íntimos do Senhor. Ele se oferece a nós como confidente de nossos pensamentos e interlocutor de nossas conversas secretas. 

Quando tudo é obscuro e se perde toda a segurança é quando se experimenta a força do ressuscitado que fortalece e confirma a fé.

 Hoje, assistimos a um momento confuso e complexo da história. Perdeu-se a fé, não só no âmbito religioso, institucional eclesiástico, mas também no sentido da vida, nas pessoas, nas comunidades e grupos. Tendemos a levar uma vida isolada, insossa e descompromissada.

Hoje não existe uma experiência autêntica com o ressuscitado fora da comunidade de fé, só poderemos ver e crer em Jesus na Igreja. É a nossa comunidade que garantirá que verdadeiramente: “Nós vimos o Senhor!”.  Tomé se abriu ao dinamismo da ressurreição. Façamos nós o mesmo.

Hoje, também não é suficiente o batismo, a crisma, a comunhão, a missa todos os domingos. Falta, há exemplo dos apóstolos e primeiros cristãos, o encontro pessoal com o Senhor ressuscitado. As diversas experiências das primeiras comunidades nos orientam a este encontro com Jesus.

O encontro de Tomé, que precisou ver para crer. Importante que Tomé retorna possibilitando o encontro. Mas não esquecendo o que o Senhor disse: “Você acreditou porque viu? Felizes os que acreditarem sem ter visto.”

Jesus aparece a Paulo, no caminho para Damasco, e leva-o a conversão passando de perseguidor dos cristãos a perseguido. Embora, Paulo, não tenha pertencido aos primeiros discípulos que tiveram o convívio com Cristo, como nós hoje, o encontro com o Ressuscitado torna-o um dos mais fervorosos e decisivos discípulos na construção da nossa Igreja.

Não somos mais nós, mas Jesus em nós, quando a nossa caminhada esta repleta de encontros com o Ressuscitado e esta experiência abre nossos olhos, arde nossos corações, enche-nos de paz interior, transborda-nos do amor verdadeiro, ajuda-nos na verdade, justiça e humildade.

 Aproximemos-nos do coração de Jesus com plena confiança e lancemos sobre Ele todos os nossos fardos.  Coloquemos como são Tomé as mãos nas chagas gloriosas de Cristo e pelo seu Sangue sejamos lavados, purificados e amadurecidos na fé, e assim possamos dizer com toda confiança: “Meu Senhor e meu Deus!”. 


Que são Tomé, apóstolo da dúvida e da fé, rogue por nós e que Maria, Mãe da Divina Graça, nos faça repetir cada dia com mais ardor e muita fé: “Creio Senhor, mais aumenta a minha fé!” 

Oremos hoje pedindo a Jesus que nos concede também a Sua paz e experimentemos levá-la a todos os lugares por onde formos. Depois, mais tarde, antes de dormir pensemos se o nosso dia foi diferente dos outros. Com Tomé digamos: MEU SENHOR E MEU DEUS!

 Propósito:

Pai, não deixe a incredulidade contaminar o meu coração e me impedir de buscar um modo de ser, onde a vida e a esperança falem mais alto que a morte e o desespero.

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Que na paz de Deus você possa encontrar seu caminho, a ser trilhado com fé, para que, cada vez mais, acredite nesse Deus maravilhoso! Que você possa seguir em frente, sem desanimar, sempre em busca de novo horizonte. A cada novo dia, tenha fé, acredite no amor e sinta a proteção de Deus em sua vida!


Seja perseverante! Não desanime nem desista dos sonhos.

 

 


Evangelho do dia 02 de julho quinta feira 2020

02 julho Vós estareis no mundo, porém vossos ouvidos não prestarão atenção às vozes e às conversas do mundo, às blasfêmias e às impiedades dos homens, mas já ouvirão os cantos dos anjos que vos chamam a si; mesmo que ouçam essas vozes, será apenas para vos oferecer como vítimas de reparação ao amor desprezado de Jesus. (S 354). São Jose Marello

 

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 9,1-8

 "Jesus passou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. Apresentaram-lhe, então, um paralítico, deitado numa maca. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: "Coragem, filho, teus pecados estão perdoados!" Então alguns escribas pensaram: "Esse homem está blasfemando". Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: "Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? Que é mais fácil, dizer: 'Os teus pecados são perdoados', ou: 'Levanta-te e anda'? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, - disse então ao paralítico - levanta-te, pega a tua maca e vai para casa". O paralítico levantou-se e foi para casa. Vendo isso, a multidão ficou cheia de temor e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos seres humanos."  

Meditação: 

 Mateus, preocupado em reunir dez milagres de Jesus, nos capítulos 8 e 9 de seu evangelho, resume esta narrativa da cura do paralítico, bem mais detalhada em Marcos e, embora a sua preocupação seja o caráter messiânico da cura milagrosa, o núcleo da narrativa é o perdão dos pecados.

A cura do paralítico nos é contada também pelos evangelistas Marcos (2,1-12) e Lucas (5,17-26). Marcos apresenta a história do paralítico com mais particularidades. Nos diz que os portadores do leito sobre o qual jazia o paralítico, não podendo apresentar o doente a Jesus por causa da multidão.

 São todos particulares que não pertencem à história em si, mas ao modo de apresentá-la. Na sua versão, Mateus estiliza a cena reduzindo-a ao essencial, omitindo todos os particulares.

A chave para descobrir a intenção de Mateus está nas palavras de Jesus: Vendo a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.

O pecado, no Primeiro Testamento, era qualquer desobediência aos mais de seiscentos preceitos da Lei, impondo restrições minuciosas às práticas comuns do dia a dia.

 O povo trabalhador, oprimido e empobrecido, por suas próprias atividades de sobrevivência não tinha condições de observar estes preceitos todos. Assim era considerado pecador.

 As doenças e defeitos físicos eram consideradas como castigo pelo pecado. Jesus vem remover a culpa imputada pela Lei, retirando a acusação de pecado do paralítico e libertando-o de sua paralisia.

Neste texto, Mateus quer afirmar que Jesus tem o poder de perdoar os pecados. A cura do paralítico comprova esse poder.

Além de ter o poder de perdoar os pecados, Jesus demonstra que tem um poder mais forte, que é aquele de penetrar os pensamentos dos escribas, sem que alguém lhe contasse, e disse-lhes: Por que pensais mal em vossos corações?

 Por sua vez, Jesus, possui um conhecimento sobre-humano, sobrenatural, doado-lhe pelo Espírito Santo. Em outros momentos Jesus dirá: Vocês vêem as aparências. Eu vejo o coração. Este conhecimento sobrenatural de Jesus demonstra que Ele tem também uma dignidade única e que justifica o seu poder também único, aquele de perdoar os pecados.

 Quando Jesus quer demonstrar que tem o poder sobre o pecado, o paralítico passa em segundo plano, como se não interessasse mais o paralítico curado, e sim para que saibais que o Filho do homem tem o poder de perdoar os pecados.

 A razão da cura do paralítico que ouviu as palavras de Jesus levanta-te… toma a maca e volta para tua casa, é demonstrar a saúde eterna; o perdão dos pecados é mais importante do que a saúde do corpo.

Mateus, além de demonstrar o poder de Jesus, quer realçar a fé daquela multidão que se aproximou de Jesus, atraída a Ele justamente por causa deste poder. Fé tão grande que venceu todas as dificuldades. Fé que é confiança ilimitada no poder de Jesus, posto a serviço do ser humano.

 Por fim, Mateus, depois de nos contar a cura e o perdão dos pecados do paralítico, nos fala daquela multidão que, diante deste milagre de Jesus, ficou com medo, glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens.

 O poder de Jesus de perdoar os pecados foi passado aos seus discípulos-apóstolos, quando ao ressuscitar dos mortos e aparecendo-lhes, disse-lhes: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. Depois destas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (João 20, 21-23).

 Antes Pedro, à pergunta de Jesus: “No dizer do povo, quem é o Filho do homem?” E aos seus discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. E Jesus disse a Pedro: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: Tudo o que ligares na Terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus (Mt 16,13-19).

 Portanto, a Igreja de Cristo e na Igreja os homens escolhidos por Cristo, têm a missão de administrar o sacramento do perdão.

Não são eles que perdoam. É Cristo que o faz na pessoa do Sacerdote. Este poder de perdoar os pecados é inseparável da pessoa de Cristo e da Sua Igreja, Una, Santa Católica e Apostólica.

 Reflexão Apostólica:

 "Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: "Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? Que é mais fácil, dizer: 'Os teus pecados são perdoados', ou: 'Levanta-te e anda'?."

 Ao curar o paralítico com essas palavras Jesus nos revela que o pecado nos paralisa, aprisiona e nos tira a liberdade interior.

Assim Jesus foi direto à raiz da paralisia humana, o pecado, que tolhe a vida da pessoa, impedindo-a de caminhar por si mesma.

Quantas vezes nós nos sentimos presos (as), acorrentados (as), aos sentimentos de ódio, de medo, revolta, ressentimento, idéia de vingança, precisando de alguém que nos ajude!

 O pecado é tudo que nos afasta da fonte do Amor de Deus. O pecado é o desamor, é a falta da graça de Deus e, somente quando em nós essa graça é restituída, nós nos sentiremos verdadeiramente livres.

Vamos aqui nos deter em três pontos de reflexão deste evangelho: Jesus demonstra o seu poder de cura, o poder de estar vendo os nossos pensamentos, e a repreensão aos fariseus por terem feito um julgamento. ""Como pode este homem falar assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?" (Mc 2,7).  

Essa é uma atitude típica de quem está com ciúmes, com inveja de outra pessoa de igual categoria, ou do seu nível, por ela estar fazendo uma coisa que nós gostaríamos de estar fazendo em seu lugar, como às vezes acontece na própria paróquia.

Eu entro na igreja e lá no altar está um conhecido fazendo a leitura. Ou, quando participo de um Encontro e vejo alguém fazendo uma palestra. Qual é a minha atitude? Ei! Por que eu não estou lá? Por que eu não posso fazer leitura/palestra também? Quem ele pensa que é para fazer leitura/palestra? 

Infelizmente existem ciúmes e inveja até nos lugares mais santos, porque somos pessoas pecadoras. E isso, às vezes, atrapalha, emperra o bom andamento das pastorais, e da evangelização.

Quanto a Jesus ver ou ouvir os nossos pensamentos, precisamos tomar mais cuidado, pois estamos pecando direto por pensamentos. E até consideramos serem santos pensamentos, como, naquele dia em que pensamos ser mais santos que aquela pessoa. Isso não é o cúmulo do absurdo?  Pois é, acontece. 

Um exemplo: Uma pessoa santa, talentosa, de muita fé, e conhecimento da doutrina da Igreja, enfrenta muitas dificuldades para se engajar em uma determinada comunidade, simplesmente por inveja ou ciúmes dos que fazem parte do centro de decisões, ou da coordenação.

Parece até repetição de algo escrito em reflexões anteriores. Porém, certas coisas muito importantes da nossa vida devem ser repetidas, refletidas para serem eliminadas ou corrigidas.

 A cura do paralítico nos traz como exemplo a solidariedade dos amigos que o apresentaram a Jesus. Algumas vezes nós podemos ser o paralítico, outras vezes nós somos um dos amigos do paralítico quando nós ajudamos alguém a encontrar Jesus.

O Senhor quer tirar de nós a mentalidade de sempre querer receber e nada oferecer. Ele nos cura, mas nos manda também levantar e tomar a nossa cama, isto é a nossa vida e dar testemunho na nossa casa colocando-nos à disposição da edificação do Seu reino na nossa casa. Ele não nos quer acomodados na mesmice, mas ousados e cheios de fé.

O texto diz que o Mestre viu a fé daquele homem. Só é possível ver a fé de alguém, quando manifestada nas suas ações.

 As providências tomadas pelo paralítico para estar na presença de Jesus devem ter sido formidáveis, pois chamou-lhe a atenção.

Esta confiança ilimitada explica a iniciativa do Mestre: declarar-lhe, imediatamente, perdoados os pecados e, assim, reconciliá-lo com Deus.

Segundo se acreditava na época, as doenças eram conseqüência dos pecados. O perdão era, por conseguinte, o primeiro passo para a cura, por cortar o mal pela raiz. Só, então, teria sentido propiciar ao paralítico a cura física.

 A ação taumatúrgica de Jesus recriava o ser humano a partir de seu interior, atingindo os níveis mais profundos, ali onde se processa a comunhão entre a criatura e o Criador.

A restauração dos laços rompidos entre ambos permitia ao ser humano refazer-se, até chegar aos níveis exteriores. A cura acontece de dentro para fora. Quando o exterior é curado, é porque o interior já deve ter sido totalmente refeito.

A cura do paralítico foi possível por causa de sua confiança inabalável em Jesus. Esta é a fé que se exige de quem pretende ser curado por ele. Mas, a partir de dentro!

 Você alguma vez se sentiu também paralisado (a) pelo pecado? Você já sentiu inveja de alguém? Você já recebeu ajuda de alguém que levou você para receber o perdão de Deus? Você tem ajudado às pessoas que estão doentes, paralisados (as) pela vida? Você é uma pessoa acomodada nos mesmo vícios, nos mesmos pecados? Você tem dado testemunho de Jesus na sua casa?

Propósito:

Pai, que minha fé ilimitada em teu Filho Jesus seja penhor de perdão e cura. Que o poder de Jesus me cure a partir do meu interior.

 


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Errar é humano; no entanto, reconhecer a própria fragilidade é um dom de Deus. Só não erra quem não faz nada nem se envolve com novos projetos. Por isso, tenha coragem de tentar, mesmo que, algumas vezes, isso lhe custe caro. Siga em frente, enfrentando novos desafios e situações, que serão boas oportunidades de crescimento.


Se errar, você precisa ter a humildade de reconhecer sua falta perante Deus e as pessoas.

 


Evangelho do dia 01 de julho quarta feira 2020

01 julho – Vós estareis no mundo, mas vossos olhos não o verão e, passando além das coisas desta terra, contemplarão o Paraíso que vos espera; e, embora tenham que ver o mundo, será através do Coração de Jesus e somente para implorar misericórdia para ele. (S 354). São Jose Marello

 

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,28-34

 "Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, saindo dos túmulos. Eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele caminho. Eles então gritaram: "Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?" Ora, acerta distância deles estava pastando uma manada de muitos porcos. Os demônios suplicavam-lhe: "Se nos expulsas, manda-nos à manada de porcos". Ele disse: "Ide". Os demônios saíram, e foram para os porcos. E todos os porcos se precipitaram, pelo despenhadeiro, para dentro do mar, morrendo nas águas. Os que cuidavam dos porcos fugiram e foram à cidade contar tudo, também o que houve com os possessos. A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região."  


Meditação: 

 A Bíblia descreve pelo menos 39 milagres que Jesus realizou durante o Seu Ministério Público, e vários outros milagres com ele, são descritos, como seu nascimento, Transfiguração, Ressurreição e Ascensão.

 Esta apresentação dá uma seqüência cronológica dos Milagres, tal como foi apresentado nos quatro Evangelhos. Cada evento inclui a referência adequada escritural. Além disso, a localização dos eventos é indicada, para melhor seguir as viagens do Senhor, enquanto Ele estava na Terra.

 O evangelho de hoje acentua o poder de Jesus sobre o demônio. No nosso texto, o demônio ou o poder do mal é associado com três coisas: 1) Com o cemitério, o lugar dos mortos. A morte que mata a vida! 2) Com o porco, que era considerado um animal impuro. A impureza que separa de Deus! 3) Com o mar, que era visto como símbolo do caos de antes da criação. O caos que destrói a natureza.

 Mateus resume aqui uma narrativa de Marcos para inseri-la em sua coleção de dez milagres de Jesus. Em Marcos a narrativa tem um sentido missionário: um possesso que foi libertado passou a anunciar Jesus no território gentílico da Decápole.

 A narrativa ainda mostra que Jesus, com sua prática libertadora, encontra resistência dos mais favorecidos, moradores da cidade, que pedem que se retire dali.

Na época de Jesus, muitas enfermidades internas eram interpretadas como possessões demoníacas. Por isso, para eles, o sinal mais evidente da chegada do Reino era a vitória sobre essas forças do mal que provocava muito sofrimento.

Esses demônios faziam o homem escravo e viver fora da realidade, como morar em cemitério, ser agressivo, quebrar grilhões e ferindo-se.

O endemoniado, sabe da origem, do poder e da ação de Jesus. Sabe e conhece os relatos das curas que Cristo realizava, por isso O pergunta: Filho de Deus, o que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo? Se o senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!

Em duas palavras: Pois vão!, Jesus responde e suas palavras produzem efeito. O homem fica curado. Jesus ao curá-lo devolve o direito de convívio com a comunidade, realizando assim a chegada do Reino também para quem não acreditava. Assim, se entende que a salvação não é somente para um povo ou uma religião, é para todos.

Quanto aos prejuízos causados pela morte dos porcos devido a expulsão dos demônios, quero crer que foi por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobreviesse o prejuízo.

Eles se achavam absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de Lhe poderem aceitar a graça que redime e salva proporcionando-lhes a vida eterna.

E a atitude dos moradores ao expulsarem Jesus da sua região, foi uma recusa total da salvação trazida por Jesus. Oxalá, reconhecendo o poder de Jesus, o projeto de vida eterna agradeçamos a Deus a graça de gritarmos como aqueles endemoniados e peçamos a Deus a graça de acolhermos o projeto de Jesus. Pois ele é o projeto de vida eterna.

Reflexão Apostólica:

 Mais uma vez, o evangelho nos prova que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus (os próprios demônios confessam isso). 


Aqueles dois homens possessos de demônios foram libertados de seu sofrimento, por Jesus, porque Ele é o nosso libertador. 

Liberta-nos do pecado, de todas suas causas e de todas suas conseqüências. Só Jesus pode nos libertar dos demônios que no nosso dia a dia tentam-nos para poder nos arrastar para o pecado, para longe de Deus, e da vida eterna.

Essa libertação não acontece se nos afastarmos de Deus, ficando muito tempo sem rezar, e principalmente sem comungar.

Foi assim que aquele sacerdote sucumbiu-se com a pressão da legião de demônios que o arrastou como uma torrente poderosa para longe da Igreja, e de Deus.

Sendo jovem recém ordenado, foi designado para uma paróquia de uma cidade no Nordeste, onde as tentações são muitas e a solidão se avoluma principalmente à noite.

Apesar disso, aquele padre desempenhava seu sacerdócio com muita vontade, humildade e por que não dizer, com fé.

Celebrações, reuniões, encontros de jovens, elogios a sua pessoa, olhares, tentações, até que em um domingo à noite, final de um encontro de jovens, quando fechava a última porta da casa paroquial, ela estava lá, sentada, com o olhar fixo nele, ficou pasmado quase sem voz, mas afinal conseguiu perguntar o que ela estava fazendo ainda ali? Por que não foi para casa?...    

....Conclusão, hoje este padre, (porque sempre será padre) está casado com aquela tentação morena, e as missas viraram celebrações feitas por uma freira, e outras vezes por catequistas da paróquia.

Segundo informações, a situação é bastante desagradável, e maledicente para a própria Igreja. Aquele tímido padre, apesar de possuir um pequeno defeito físico, é de boa aparência.

Ele tinha que viajar de uma cidade a outra  principalmente no fim de semana para atender confissões, casamentos, batizados e celebrações. Com muitas atividades, suas orações pessoais foram substituídas por horas ou minutos de descansos.

Diante deste quadro de muita ação e pouca oração, o espírito que mesmo estando preparado pode cair por que a carne é fraca, imaginem um espírito despreparado mais carne fraca mais solidão mais grades tentações. Não deu outra. A Igreja perdeu mais um padre!   

 O inimigo de Deus persegue os Seus filhos e o maior desejo dele é fazer com que a criatura rejeite o Seu Criador. Jesus veio nos salvar e nos libertar do mau. 

O Mau é o demônio com toda a sua carga prepotente e violenta. Os espíritos maus que ainda hoje nos atormentam fazem de nós pessoas iradas, rebeldes, idólatras, materialistas, impacientes, murmuradoras, intolerantes, medrosas, arrogantes e às vezes tão violentas que podemos ser comparados (as) com verdadeiras “feras”.

Jesus nos liberta do mal para que nós possamos voltar para o caminho do bem. Veja o que aconteceu com aqueles porcos.

Para salvar os dois homens Jesus expulsou deles o demônio e o mandou para a manada de porcos que “atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas”.

Os homens, às vezes, até inadvertidamente deixam-se apossar pelas obras do maligno. No entanto, nós temos ciência de que Jesus já o derrotou quando venceu a morte que é a conseqüência do pecado.

O inimigo sabe que já foi vencido por Jesus, mas mesmo assim continua explorando o ser humano. Os próprios endemoniados da história gritaram reconhecendo Jesus como Filho de Deus replicando: “o que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?

Se nós tivermos consciência de que Jesus já venceu a morte e que já nos deu a vida eterna, nós não cairemos nas malhas dos inimigos.

Jesus queria dar dignidade ao homem, porém o povo da cidade não entendia isso, porque estava preso aos seus interesses: os porcos lhe rendiam dinheiro.

Muitas vezes a libertação nos trará conseqüências de perdas, de despojamento e nós não queremos sacrificar os bens que possuímos em troca da salvação da nossa alma. Preferimos muitas vezes a prisão, a violência, para podermos ter uma vida mais próspera.

Em pesquisa recente divulgada pelo IBOPE, constatou-se que a empregabilidade deixou de ser a maior preocupação do brasileiro. Agora é a questão da violência. Cá entre nós, isso até que faz sentido: para que trabalhar e ser remunerado se posso não viver para gastar meu dinheiro ou mesmo pagar minhas contas?

Nos jornais, sejam eles televisivos ou impressos, violência. Nas ruas, violência. Na política, mais violência só que travestida com o manto da corrupção. Nas religiões, reduto cultural da moralidade, percebe-se um flerte com a violência.

O que preocupa qualquer observador bem intencionado é o arraigamento do mal. A extensão que ele tem tomado na sociedade e onde ele tem jogado seus tentáculos na cultura.

 Será que, mesmo orando e clamando a Deus por paz e por uma intervenção divina no nosso “tecido social”, o mal poderá ser erradicado?

 Será que o mal já não está tão arraigado no povo que, mesmo havendo uma manifestação do poder de Deus, as pessoas, por estarem tão acostumadas com esse mal, não o prefeririam? Em outras palavras: será que estamos preparados para o bem?


Essa pergunta pode doer e parecer retórica. Mas ela não o é. E o povo de gadara preferiu antes o mal (a que estavam acostumados) do que a Jesus com toda a sua majestade e poder. Na Bíblia há outros casos de gente que escolhera o mal (Sodoma; o jovem rico etc).

O que acontecera com os gadarenos para que naquele “choque do bem” eles preferirem o mal? O mal imperava em Gadara. E o maior sinal disso não era a presença dos endemoniados, mas sim a ausência dos valores do Reino de Deus. Como já dizia Santo Agostinho: “o mal existe como ausência do bem”. Na verdade, sempre que o bem se ausentar o mal se instalará.

Ser cristão é prezar pela verdade, é viver em amor, é manifestar o perdão. Depender de Deus é manifestar e ansiar pela justiça.

 Quando nós transigimos com nossos valores ou mesmo quando nós omitimos a vivência e a experiência destes valores nós condenamos o povo a viver “gadarenamente”, isto é, à margem dos valores do Reino de Deus.

 Você é uma pessoa fácil de ser influenciada e atraída para as coisas mundanas? Você será capaz de abdicar de alguma coisa ou de alguém muito importante, para se ver livre do pecado que o (a) prende? Você é uma pessoa que facilmente se enraivece? Você acha que precisa ser curado (a)?

 Propósito:

 Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Pai, coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.

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Crescer é um processo contínuo, que consiste em ter a coragem de romper as barreiras que impedem um maior autoconhecimento.

Não significa somente se contentar com uma vida sem sentido, sem um ideal, sem um objetivo maior.
Ninguém veio ao mundo do nada e para o nada.
Todos têm uma missão a cumprir.
Lembre-se de que, no caminho rumo ao crescimento, existem muitos obstáculos. Mas tudo vale a pena se você optar pela verdade, pelo amor.


É sempre tempo de crescer para quem está decidido.