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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Evangelho do dia 02 de setembro sábado 2023

 


02 setembro - A tristeza é inimiga do bem. (S 197). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 25,14-30

 "Jesus continuou:

- O Reino do Céu será como um homem que ia fazer uma viagem. Ele chamou os seus empregados e os pôs para tomarem conta da sua propriedade. E lhes deu dinheiro de acordo com a capacidade de cada um: ao primeiro deu quinhentas moedas de ouro; ao segundo deu duzentas; e ao terceiro deu cem. Então foi viajar. O empregado que tinha recebido quinhentas moedas saiu logo, fez negócios com o dinheiro e conseguiu outras quinhentas. Do mesmo modo, o que havia recebido duzentas moedas conseguiu outras duzentas. Mas o que tinha recebido cem moedas saiu, fez um buraco na terra e escondeu o dinheiro do patrão.
- Depois de muito tempo, o patrão voltou e fez um acerto de contas com eles. O empregado que havia recebido quinhentas moedas chegou e entregou mais quinhentas, dizendo: "O senhor me deu quinhentas moedas. Veja! Aqui estão mais quinhentas que consegui ganhar."
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!"
- Então o empregado que havia recebido duzentas moedas chegou e disse: "O senhor me deu duzentas moedas. Veja! Aqui estão mais duzentas que consegui ganhar."
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!"
- Aí o empregado que havia recebido cem moedas chegou e disse: "Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui está o seu dinheiro."
- "Empregado mau e preguiçoso!", disse o patrão. "Você sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei. Por isso você devia ter depositado o meu dinheiro no banco, e, quando eu voltasse, o receberia com juros."
- Depois virou-se para os outros empregados e disse: "Tirem dele o dinheiro e dêem ao que tem mil moedas. Porque aquele que tem muito receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele. E joguem fora, na escuridão, o empregado inútil. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero."

Meditação:

 Esta parábola está entre outras duas parábolas: a parábola das Dez Virgens (Mt 25,1-13) e a parábola do Juízo Final (Mt 25,31-46).

 As três parábolas esclarecem e orientam as pessoas para a vinda do Reino. A parábola das Dez Virgens insiste sobre a vigilância: o Reio pode chegar a qualquer momento. A parábola do Juízo Final diz que para possuir o Reino é necessário acolher os pequenos. A parábola dos Talentos orienta para o que fazer a fim de que o Reino possa crescer. Fala dos dons ou carismas que as pessoas recebem de Deus. Cada pessoa possui qualidades, sabe algo que pode ser ensinado aos outros.

 Esta parábola de Mateus, tendo provavelmente em sua origem algum dito de Jesus, parece ter sofrido acréscimos e adaptações quando veiculada entre as primeiras comunidades. Nela se encontram imagens extraídas de situações reais de ambição, opressão e exclusão. O seu caráter seletivo e condenatório é pouco condizente com a revelação de Jesus de Nazaré, manso e humilde de coração, que vem trazer vida para todos, sem exclusões.

Aqui em Mateus, vemos Jesus explicando sobre o Reino de Deus (Mateus usa a expressão Reino dos Céus – sinônima) através de exemplos comparativos – as parábolas contam histórias que tem os princípios do ensino que se quer dar – não dá pra pegar todos os detalhes das parábolas e aplicá-las em nossa vida, mas podemos retirar dela os princípios para a vida cristã; Jesus usava método pedagógico que o povo confunde com lei e regra. A parábola não é uma regra, mandamento, lei, mas forma de ensino.
Aqui vemos Jesus expondo sobre o reino, o senhor (Ele), os servos (nós), os bens do reino (dons para o serviço) e então a partir disso desenvolve-se a parábola onde podemos tirar muitas lições. 

A parábola tem um sentido escatológico, relativo ao fim dos tempos. Nas primeiras comunidades havia a expectativa de uma volta breve de Jesus. Mateus adverte as comunidades que se devia aguardar Jesus produzindo frutos concretos, e não na passividade e indolência.
Ninguém é só aluno, ninguém é só professor. Aprendemos uns dos outros. Uma chave para entender a parábola: Uma das coisas que mais influi na vida das pessoas é a idéia que nós fazemos de Deus.

 Entre os judeus da linha dos fariseus, alguns imaginavam que Deus fosse um juiz severo, que tratava as pessoas se acordo com o merecimento conquistado graças às observâncias da lei e das prescrições ou mandamentos. Isto causava medo e impedia às pessoas de crescer. Sobretudo, impedia que abrissem um espaço dentro de si, para acolher a nova experiência de Deus que Jesus comunicava. Para ajudar estas pessoas, Mateus narra a parábola dos talentos.

 Jesus narra a história de um homem que, antes de viajar, distribui seus bens aos servidores, dando a eles cinco, dois ou um talento, de acordo com as capacidades de cada um. Um talento corresponde a 34 quilos de ouro, que não é pouco. Afinal, cada um recebe o mesmo, porque recebe “segundo sua capacidade”. Cada um recebe sua pequena ou grande copa cheia. O patrão viaja para o exterior e fica por lá durante muito tempo.

 A história cria certo suspense. Não se sabe com que objetivo o patrão entrega seu dinheiro aos servos, nem se sabe qual será o final.

  Os dois primeiros trabalham e duplicam os talentos. Mas aquele que recebeu um talento o enterra para não o perder. Trata-se de bens do Reino que são entregues às pessoas e às comunidades de acordo com suas capacidades. Todos recebem algum bem do Reino, mas nem todos respondem da mesma maneira!

 Depois de muito tempo, o patrão volta. Os dois primeiros dizem a mesma coisa: “Senhor, me destes cinco/dois talentos; eis, lucrei outros cinco/dois”. E o patrão a mesma resposta: “Muito bem, servo bom e fiel – lhes responde o padrão – foste fiel no pouco, dar-te-ei autoridade sobre muito; entra na alegria do teu patrão!”

 Chega o terceiro servo e diz: “Senhor, sei que és um homem exigente, que ceifas onde não semeaste e colhes onde não espalhaste; por medo, enterrei o talento debaixo da terra: aqui está o que é teu!” Nesta frase aparece a idéia errada de Deus que é criticada por Jesus. O servo considera Deus como um patrão severo. Diante de um Deus assim, o ser humano tem medo e se esconde por trás da observância exata e mesquinha da lei. Pensa que, agindo assim, a severidade do legislador não o punirá.

 Na realidade, uma pessoa assim não acredita em Deus, mas acredita só em si mesma e na sua observância da lei. Fecha-se em si mesmo, se afasta de Deus e não consegue se preocupar pelos outros. Torna-se incapaz de crescer como uma pessoa livre. Esta imagem falsa de Deus isola o ser humano, mata a comunidade, acaba com a alegria e empobrece a vida.

 A resposta do Senhor é irônica. Diz: "Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence”. O terceiro empregado não foi coerente com a imagem severa que tinha de Deus. Se ele imaginava que Deus era severo, teria pelo menos colocado o dinheiro no banco. Ou seja é condenado não por Deus, mas pela idéias errada que tinha de Deus e que o deixa mais imaturo e medroso. Não lhe tinha sido possível ser coerente com aquela imagem de Deus, porque o medo o desumaniza e lhe paralisa a vida.

 O patrão ordena que se pegue o talento e seja dado ao que já tem dez, “Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”. Eis a chave que esclarece tudo. Na realidade, os talentos, o “dinheiro do patrão”, os bens do Reino, são o amor, o serviço, a partilha. É tudo o que faz crescer a comunidade e revela a presença de Deus.

 Quem se fecha em si com medo de perder o pouco que tem, este perderá também aquele pouco de possui. Mas a pessoa que não pensa a si, e se doa aos outros, cresce e recebe por sua vez, de modo inesperado, tudo o que deu e muito mais. “Quem perde a vida a recebe, e obtém a vida quem tem a coragem de perdê-la”. • A moeda diferente do Reino. Não existe diferença entre aqueles que receberam mais ou menos.

 Todos têm o seu dom de acordo com sua capacidade. O que importa é que este dom seja colocado ao serviço do Reino e faça crescer os bens do Reino que são amor, fraternidade, partilha.

 A chave principal da parábola não consiste em fazer render e produzir os talentos, mas em se relacionar com Deus de modo correto.

 Os dois primeiros não pedem nada, não buscam o próprio bem-estar, não guardam para si, não se fecham em si mesmos, não fazem cálculos. Com a maior naturalidade do mundo, quase sem perceberem e sem buscar méritos, começam a trabalhar, de modo que o dom dado por Deus renda para Deus e pelo Reino.

 O terceiro tem medo, e por isso não faz nada. De acordo com as normas da antiga lei, ele age corretamente. Mantém-se dentro das exigências. Não perde nada e não ganha nada. Por isso, perde até mesmo o que tinha. O reino é risco. Quem não quer correr riscos, perde o Reino!

Reflexão Apostólica:

 Esta parábola é um ensinamento valioso para a nossa vida espiritual e humana. Ela nos fala dos empregados que receberam do patrão respectivamente, cinco, dois e um talento.
Aqueles que receberam mais talentos apresentaram no final maior rendimento, porém o que só recebeu um talento enterrou-o por medo de não conseguir fazer render o seu dote.
Nós sabemos que temos dons, e que Deus nos premiou com talentos e virtudes, porém muitas vezes, nós desprezamos os carismas que temos e deixamos de lado as aptidões que possuímos, por preguiça, por desleixo, porque não damos muita importância, ou porque não nos valorizamos, desconhecemos o nosso potencial.
No mínimo, todo homem e toda mulher recebem das mãos de Deus o dom da vida! É o talento mais simples e ao mesmo tempo o talento mais importante.
Quantas vezes nós esperamos que aconteçam na nossa vida coisas extraordinárias quando o Senhor só quer de nós que possamos viver a nossa vida com alegria e confiança Nele. O medo nos leva a destruir a nossa capacidade de viver feliz.
O querer muito, o achar tudo pouco faz nos perder o tempo precioso da nossa vida e a enterrarmos as pequenas oportunidades que temos de viver bem.
Para sermos fiéis no muito precisamos primeiro sermos fiéis no pouco. A justiça de Deus consiste em fazer valer o Seu Plano de Amor para a nossa vida.
Justo é que todos nós usemos e usufruamos de tudo quanto Deus providenciou para a nossa felicidade. Se possuirmos algum dom e não o estivermos usando que possamos agora reverter esse quadro aproveitando o tempo que nos resta depositando no Banco da vida tudo o que recebemos das mãos do Criador.
Vamos evitar a religião que apenas rotula a pessoa. Que os outros possam dizer de mim: não “ele é um católico, apostólico, romano, tudo isso”; mas “ele vive seu batismo, ele empunha a bandeira de Cristo, ele passa fazendo o bem.”

Não percamos tempo: O QUE VOCÊ TEM FEITO COM OS TALENTOS QUE RECEBEU DE DEUS?

Na nossa comunidade, procuramos conhecer e valorizar os dons de cada pessoa? A nossa comunidade é um espaço onde as pessoas podem conhecer e colocar à disposição seus dons? Às vezes, os dons de alguns geram inveja e competitividade nos outros. Como reagimos? Como entender a frase: “Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”?

 Relendo a parábola para hoje encontramos muitas semelhanças:

Há um reino – de Jesus
Os servos – nós
Os talentos – os dons para o serviço na igreja
É necessário desenvolve-los (trabalhar no que recebemos de Deus para melhorar, aperfeiçoar)
É preciso ser achado útil na vida com Deus e isso reflete não só na aceitação do Senhor, mas também em nossa auto-estima e realização pessoal

Cada um conforme a capacidade que já tem. Você tem dons e talentos que Deus, pois além dele capacitar você espiritualmente já colocou em você na sua formação, nascimento etc tudo aquilo que é necessário para o desenvolvimento destes.
Exerça os seus dons com misericórdia, compaixão, amor, paz, alegria e muito prazer, pois esta parte da vida com Deus é aquilo que nos faz participantes da sua graça derramada sobre as pessoas.

Propósito: Aplicar os dons recebidos.

Evangelho do dia 01 de setembro sexta feira 2023

 

01 setembro - A maldade não entra no Céu. (S 196). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 25,1-13

 "Jesus disse:

- Naquele dia o Reino do Céu será como dez moças que pegaram as suas lamparinas e saíram para se encontrar com o noivo. Cinco eram sem juízo, e cinco eram ajuizadas. As moças sem juízo pegaram as suas lamparinas, mas não levaram óleo de reserva. As ajuizadas levaram vasilhas com óleo para as suas lamparinas. Como o noivo estava demorando, as dez moças começaram a cochilar e pegaram no sono.
- À meia-noite se ouviu este grito: "O noivo está chegando! Venham se encontrar com ele!"
- Então as dez moças acordaram e acenderam as suas lamparinas. Aí as moças sem juízo disseram às outras: "Dêem um pouco de óleo para nós, pois as nossas lamparinas estão se apagando."
- "De jeito nenhum", responderam as moças ajuizadas. "O óleo que nós temos não dá para nós e para vocês. Se vocês querem óleo, vão comprar!"
- Então as moças sem juízo saíram para comprar óleo, e, enquanto estavam fora, o noivo chegou. As cinco moças que estavam com as lamparinas prontas entraram com ele para a festa do casamento, e a porta foi trancada.
- Mais tarde as outras chegaram e começaram a gritar: "Senhor, senhor, nos deixe entrar!"
- O noivo respondeu: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eu não sei quem são vocês!"
E Jesus terminou, dizendo:
- Portanto, fiquem vigiando porque vocês não sabem qual será o dia e a hora.

Meditação:

 Os discípulos do Reino devem sempre se lembrar de que estão a caminho do encontro com o Senhor. O desconhecimento desta hora exige que o discípulo esteja sempre preparado, pois a falta de cautela, por menor que seja, poderá causar-lhe danos irreparáveis.

As moças sensatas da parábola simbolizam os discípulos que, com fidelidade, sempre traduziram em projeto de vida os ensinamentos de Jesus. Já as moças imprudentes correspondem aos discípulos que, apesar de terem escutado as palavras do Mestre, não fizeram delas seu projeto de vida.
O encontro com o Senhor não pode ser improvisado. Cada discípulo tem a vida inteira para prepará-lo. Afinal, este pode acontecer a qualquer momento. A ninguém é dado conhecer de antemão quando o Senhor virá pedir-lhe contas. É insensato perder as chances de preparação que lhe são oferecidas.
Por outro lado, esta preparação deve ser feita, individualmente, sem que haja a possibilidade de alguém transferir seus méritos para outrem. É a advertência contida nas palavras do Mestre: as moças prudentes, que trouxeram azeite de reserva, não podem partilhar de seu azeite com as insensatas que não tiverem o bom senso de ficar preparadas.
A comunhão definitiva com Jesus exige do discípulo do Reino um esforço contínuo para deixar-se guiar por seus ensinamentos. Os descuidados que se cuidem!
Mateus, com esta sua exclusiva parábola das dez moças, dá continuidade ao tema da vigilância, dentro da perspectiva escatológica. No seu todo a parábola deixa a desejar, sob o ponto de vista da falta de solidariedade das cinco virgens "previdentes".

 Mais uma vez Jesus nos convida à vigilância e nos dá como exemplo a parábola das virgens previdentes e imprevidentes. Adaptando a história à nossa existência nós podemos refletir acerca da nossa trajetória aqui na terra enquanto estamos nos preparando para um dia ir ao encontro do “noivo”.
Todos nós sabemos que a nossa vida é breve e que um dia nós faremos a viagem em busca do reino que nos foi prometido por Deus. O noivo é Jesus e a noiva é a nossa alma que tem sede de encontrá-Lo.
O tempo em que vivemos aqui na terra é a oportunidade que nós temos para, também como as jovens previdentes, providenciarmos o “óleo” que mantém a lâmpada da nossa alma acesa.
O óleo que conserva acesa a chama do amor de Deus no nosso coração, nós o encontramos quando buscamos viver a fé que provêm da oração, o consolo que nos dá o Espírito Santo, é a alegria de uma vida voltada para Deus.
Quando nós vivemos somente entregues às coisas que o mundo nos acena e temos o coração ligado às coisas passageiras nós esquecemos de alimentar a nossa alma e, com certeza, nos faltará luz para atravessar o vale escuro no caminho que nos levará para outro estágio da nossa vida.
As jovens imprudentes, talvez vivessem uma vida despreocupada de Deus, achando que buscando somente as coisas do mundo, na hora da necessidade, Deus traria o óleo para suas lâmpadas.
Muitas vezes nós também ficamos como que meio adormecidos (as), anestesiados (as) pelas preocupações com trabalho, com sobrevivência, amealhando dinheiro, confiantes de que ainda temos muito tempo de vida para só depois pensarmos nas coisas de Deus. Jesus, porém, nos diz: “ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora”.
O caminho que nós precisamos atravessar é escuro e haverá um momento em que a porta se fechará. Por isso, precisamos nos preparar! Enquanto é tempo toda hora é hora para adquirirmos o que manterá a nossa lâmpada acesa.
É na intimidade com a Palavra de Deus que nós vigiamos à espera do noivo que virá um dia nos levar para a morada que Ele mesmo nos preparou.

 A vigilância a que Jesus nos convida não se restringe a devoções religiosas voltadas sobre si mesmas, frequentemente individualistas e excludentes, mas nos leva ao empenho missionário, na prática da misericórdia, na solidariedade e na partilha. Assim nos unimos a Jesus e ao Pai, no Espírito, em comunhão de vida eterna.

Onde você está buscando o óleo para conservar a sua lâmpada acesa? Qual será o óleo que está faltando para que você esteja com a sua lâmpada acesa? Você vive fraternalmente com as pessoas? Como você tem tratado as pessoas na sua casa? O que você faz quando não simpatiza com alguém?

Reflexão Apostólica:

  Ao se encerrar o mês de agosto, já comecei a buscar as referencias de reflexão para setembro, o tradicional mês dedicado a Bíblia.

Precisamos amar a Palavra de Deus. Precisamos valorizá-la e vivê-la. Não basta divulgá-la. Precisamos cada vez mais nos familiarizar com a Palavra de Deus. E isso só pode acontecer através de um processo de leitura, reflexão, e compromisso com a Palavra. E pra isso é necessário o esforço pessoal em nos deixar orientar e questionar a Palavra de Deus.
Que o Espírito Santo continue iluminando e orientando a nossa Igreja e que Ela aprenda a ter ouvidos atentos para ouvir as orientações do Senhor para o exercício de sua missão.

 Passemos agora a refletir o evangelho de hoje.

 Notamos  nesta parábola das moças com as lamparinas, que aparece  o espírito da concorrência entre as moças. Também nós concorremos: no esporte e no nosso dia a dia na procura de um emprego, para manter-se no emprego, para conquistar a pessoa amada etc. Só que precisamos tomar cuidado com a concorrência, pois até certo ponto ela é natural do convívio humano, principalmente nos esportes. Mais depois desse certo ponto, a concorrência poderá ser excludente, e intolerante.

 A moça imprevisível que não levou óleo suficiente par sua lamparina, não conseguiu que ninguém lhe emprestasse o referido combustível.  Até que ponto isso foi normal?  Faz parte da concorrência, ou foi falta de caridade?  Imagine você participando de uma competição cross  num Rally do Sertão  e você passa por um dos seus concorrentes que acabou de bater o carro e está preso nas ferragens.

O que você faria? Continuaria sua corrida normalmente, pois afinal competição é competição, salve-se  quem puder! Pois agora é você o "cara" que está na frente. Ou você pararia seu carro, perderia a corrida, para socorrer o seu adversário que no fundo é seu irmão? Essa eu deixo para você decidir. O importante na nossa vida é discernir quando é apenas competição, ou quando a situação é egoísmo ou falta de caridade de nossa parte.  Competir, sim. Prejudicar, puxar o tapete do concorrente, não.

Aquela garota que se  arruma para conseguir a atenção do "carinha" que ela estava de olho, é uma atitude normal. Mais deixa de ser normal quando ela percebe que aquela "fulaninha" que chegou primeiro, está agora com ele. Então ela começou a jogar sujo. Mandou uma amiga falar para o garoto uma porção de mentiras  inventando um monte de defeitos da sua concorrente.

Esta é uma situação típica do nosso dia a dia, é uma  atitude excludente na concorrência da vida, que nada mais é do que egoísmo, desamor em fim, pecado contra a caridade.  

A vigilância recomendada por Jesus no texto não significa esperarmos preparados  a vinda futura de Jesus, mas sim percebê-lo já, aqui e agora  presente no meio de nós, no evangelho, nos acontecimentos, nos chamando para evangelizar, para perdoar, para assumir a nossa  religiosidade de um modo autêntico, dando preferência aos pobres e excluídos, e  acolher  de verdade o seu plano de amor e de salvação.

Propósito: Amadurecer a vocação cristã para descobrir a riqueza e a graça de ser missionário e anunciar a palavra com alegria.

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Ser receptivo a mudanças é um forte indício de progresso.
Lembre-se de que a ação construtiva só pode ser realizada se houver a percepção da necessidade de mudar.
Por esse motivo, esteja sempre consciente de suas atitudes e reações perante as circunstâncias.

 

 

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Evangelho do dia 31 de agosto quinta feira 2023

 

31 agosto - Se Gregório VII, filho de um pobre fabricante de barris, conseguiu revolucionar o mundo e fundar uma civilização nova sobre as ruínas do barbarismo, foi porque sentia o poder da "combinação" diária com o seu Deus, razão pela qual se tornava, de simples que era, homem de uma têmpera divina. (L 9). São Jose Marello

 


Mateus 24, 42-51.

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos:  "Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor. Sabei que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estai também vós preparados porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes. Quem é, pois, o servo fiel e prudente que o Senhor constituiu sobre os de sua família, para dar-lhes o alimento no momento oportuno? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, na sua volta, encontrar procedendo assim! Em verdade vos digo: ele o estabelecerá sobre todos os seus bens. Mas, se é um mau servo que imagina consigo: - Meu senhor tarda a vir, e se põe a bater em seus companheiros e a comer e a beber com os ébrios, o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e na hora em que ele não sabe, e o despedirá e o mandará ao destino dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes. "

Meditação:

Este texto de Mateus é a conclusão do "discurso escatológico", sobre o fim dos tempos. Este "discurso" é uma coleção de textos que se constituíram como tradição das comunidades de discípulos de Jesus. 

Jesus pede aos seus discípulos que vivam em atitude de vigilância esperando Sua vinda. A parábola que lemos hoje é dedicada aos homens que têm uma responsabilidade ou cargo público na comunidade em que vivem. Essa parábola serve para que eles vejam que suas atitudes de vigilância e zelo consistem no cumprimento de seus deveres.

Não pensemos que esperar Jesus seja simplesmente assumir uma atitude de santidade para nós mesmos, fechando-nos e isolando-nos do mundo real, que necessita de nós para ser um espaço melhor de convivência.

Jesus chega a nós constantemente nas várias realidades, e temos de estar preparados com a oração, a partir de uma atitude de conversão sempre aberta à mudança, a partir da justiça e da misericórdia, para reconhecê-lo vivo e presente.

Estejam vigilantes é estar buscando constantemente a construção do reino de Deus, em nossa família, em nossa comunidade, em nosso trabalho e em outras realidades que fazem parte de nosso universo cotidiano. Deus chega no simples, por meio do que às vezes não conta para nós; no pequeno se mostra grande, no simples se revela extraordinário.

Hoje, como cristãos, devemos de chegar a reconhecer Jesus como a fonte da qual emerge nossa vocação e serviço para a comunidade. Jesus vem constantemente à nossa vida de uma maneira muito concreta, nos mais necessitados de sua misericórdia; e não somente nos pobres, marginalizados, excluídos e enfermos, mas também naqueles que buscam uma palavra de compreensão de ânimo, de esperança, e serem ouvidos, valorizados e respeitados. 
Me fazes perceber Senhor que toda minha vida cristã tem que se caracterizar por uma atitude de vigilância fundamentada na esperança. Temos sempre que estar à espera de Jesus Cristo que veio ao mundo, que morreu e ressuscitou por nós, e que vem ao nosso encontro através dos sacramentos. Na hora da nossa morte temos de estar preparados para encontrar com Cristo.
À luz do Evangelho me dou conta de que o ladrão é o mal que se introduz com habilidade e com astúcia em nossas vidas e pode chegar a ferir a alma, o Senhor me previne, pede que eu esteja sempre em vigília para que isso não ocorra. Tenho que entender tudo isso muito bem, e com Tua recomendação, Senhor, me dou conta que, sozinho, eu não posso cuidar nem defender minha casa. Mas tenho a segurança de contar com a ajuda do Espírito Santo - melhor guia não há em nossas vidas.
Te dou graças Senhor, pela oportunidade que ainda me concedes: a de preparar bem o encontro que terei Contigo ao final de minha vida. Não há melhor preparação que contar com a ajuda do Espírito Santo para me empenhar por conhecê-Lo cada vez mais e assim amar-Te, gravando Teu rosto em minha alma. A fidelidade aos Teus ensinamentos, a vida sacramental, a oração, o esforço em viver as virtudes e o amor ao meu próximo serão decisivos para que eu tenha um bom, feliz e definitivo encontro Contigo, Senhor.

Reflexão apostólica:

Vigiar é para o apóstolo a atitude dinâmica e responsável ao serviço da missão da Igreja de Cristo. Vigiar é estar atendo à vontade do Pai que quer que todos sejam um, sem privilegiados e excluídos. Estar sensível às necessidades de nossos irmãos, de modo a assumirmos o serviço como realização pessoal e partilha da vida. 

Propósito:

Esperar o Senhor cumprindo fielmente meus deveres pessoais, familiares e sociais. Pai, faze de mim um servo fiel e prudente, disposto a pautar toda a sua vida pelos ensinamentos de teu Filho Jesus. Que eu jamais seja insensato!

"Faz Senhor, que eu não desanime nem durma. E que meu Espírito esteja sempre desperto e em vigília, esperando Tua chegada. Porque o Senhor há de vir" (P. Marciel Macial, L.C. Saltério dos meus dias XII, 2.)

 Quem nunca se arrependeu de um passo em falso? Quem nunca olhou para trás e pensou: Hoje eu faria diferente? Se nossa consciência é reta, certamente nos acusa de alguns atropelos e de decisões impensadas. Mas sempre é tempo de recomeçar, de erguer a cabeça e, confiantes no amor de Deus, retomar o caminho da fidelidade. Sobre o pó do arrependimento e a cinza da conversão buscamos luzes para seguir sem jamais desanimar. 

 

Evangelho do dia 30 de agosto quarta feira 2023

 


30 AGOSTO Cristo é um coeficiente infinito em nossos corações... E nós, pobres cifras do nada, podemos multiplicar-nos, aos poucos, até à grandeza dos valores infinitos. (L 11). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 23,27-32

 "- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês são como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de podridão. Por fora vocês parecem boas pessoas, mas por dentro estão cheios de mentiras e pecados.

- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fazem túmulos bonitos para os profetas e enfeitam os monumentos das pessoas que viveram de modo correto. E dizem: "Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não teríamos feito o que eles fizeram, não teríamos matado os profetas." Assim vocês confirmam que são descendentes daqueles que mataram os profetas. Portanto, vão e terminem o que eles começaram!"

Meditação:

Mateus recolhe em sete a expressão: "Ai de vós", usada por Jesus, para introduzir as acusações dirigidas contra os escribas e fariseus. No Evangelho de hoje, temos os dois últimos “ais de vós” da seqüência. A repetição explícita, “ai de vós, escribas e fariseus hipócritas…”, mostra-nos a contundência da censura. Na ocasião das grandes festas, os sepulcros eram caiados para evitar algum contato involuntário de alguém que, assim, se tornaria impuro.

A indignação de Jesus contra os mestres da Lei e fariseus é tão grande, que Ele os compara a “sepulcros caiados”, pois têm a aparência exterior de um túmulo recém pintado de branco que tenta esconder uma realidade interior cheia de podridão. São eles aqueles que aparentando ser boas pessoas, escondem uma realidade de mentiras, pecados e nada comprometida com os preceitos morais.

Depois Jesus fala das edificações (sepulcros e sacrários), que ficam ao redor de Jerusalém, para os profetas martirizados. Ele acusa escribas e fariseus de serem descendentes (física e espiritualmente) dos responsáveis por esses martírios.

É desta forma, expressando seus “ais”, que Jesus mostra sua mágoa pela forma como escribas e fariseus fazem mau uso de sua liderança religiosa que deveria estar a serviço da comunidade e não servindo para exaltação e interesse próprio.

Este são os mesmos perigos que permeiam nossas comunidades, ainda hoje, e que prejudicam a vida espiritual de muitos. Certamente Jesus diria novamente um “ai”, se participasse das comunidades de agora.

Jesus continua a nos interpelar assim como fez com os mestres da Lei e os fariseus a respeito da sinceridade nas nossas “boas ações”.

A franqueza e a transparência devem ser um princípio básico nas nossas atitudes. O nosso coração deve dar o ritmo para as nossas realizações, do contrário, por mais esforço exterior que façamos as nossas obras denotarão sinal de morte e não de vida.

Seremos como sepulcros caiados, por fora, impecáveis, por dentro cheios de imundície. Assim também, em relação às palavras que pronunciamos, aos elogios fáceis e cheios de hipocrisia que emitimos com o intuito de agradar a alguém, enquanto o nosso coração, muitas vezes, até critica e reprova.

A verdade e a justiça devem permear as nossas atitudes, nem que doa. Jesus foi transparente e sincero quando disse: “Ai de vós, hipócritas”!

Será que somos nós, hoje, os mestres da Lei e os fariseus, falsos e cínicos? Como está a sua justiça? Ela é verdadeira? O que será que você poderá estar vivendo, só de fachada? Você gosta de criticar as falhas dos outros achando que não cairia no mesmo erro? Você costuma fazer alguma coisa somente para parecer “bonzinho - boazinha”? Você costuma refletir sobre as conseqüências das suas ações? Você tem costume de elogiar as pessoas somente para agradá-las?

Se a sua conduta não for diferente da dos mestres e doutores da Lei saiba que Jesus está dirigindo para você estas palavras: Ai de você fariseu, hipócrita e doutor ou doutora da Lei!

Reflexão Apostólica:

 Uma nova manifestação do conflito entre fariseus e Jesus é apresentada no evangelho de hoje. Volta a crítica de fundo dos fanáticos proclamadores do cumprimento da lei; eles, como sepulcros caiados, estão cheios de corrupção e podridão.

Por outro lado, as comunidades cristãs daquele tempo sofriam uma dura perseguição por parte das instituições judaicas, que viam no cristianismo uma ameaça para a legitimidade de seus aparatos de domínio.
O fato de proclamar Jesus como Messias, o enviado, relativizava o absolutismo das grandes instituições, como o Templo, a Lei, o Culto e o Sinédrio. O projeto de Jesus constituía uma novidade alternativa, que colocava a dignidade da pessoa no centro das atenções, por ser amada e preferida por Deus.

Essa vida estava acima de toda lei, o que quer dizer que o confronto entre Jesus e a lei vai muito além de um assunto de obediência; trata-se de um assunto ético, em que a discussão central está no lugar que ocupa a vida humana. Hoje enfrentamos múltiplas instituições que, em nome dos interesses do povo, tiram-lhe a própria vida.
Hoje, mais que nunca, estamos precisando de vozes proféticas que se levantem e clamem pela paz, pela justiça e pela solidariedade, em um mundo que paradoxalmente se afoga, entre a complexidade das leis criadas para simplificar a vida.

A atitude do cristão diante da vida há de fundamentar-se no mandamento  do amor, que se realiza plenamente baseado na justiça, na liberdade e na verdade, e se manifesta na compaixão, eixos principais na construção do reino de Deus no mundo. O cristão não pode desdobrar-se para viver em duas dimensões divergentes ou desintegradas entre seus princípios e sua conduta.

Há de ser uma só pessoa em suas palavras e suas ações; porque o termo “hipócritas” que Jesus lança sobre os fariseus e escribas significa que eram uma coisa por fora e outra muito diferente em seu interior. Jesus exige que sejamos coerentes e sinceros como Deus o é; do contrário seremos vítimas de nós mesmos, por não sermos conseqüentes entre o que pensamos e o que fazemos.

Devemos sempre estar alertas em relação à nossa vivência da fé porque, se não nos cuidarmos, podemos criar um abismo muito grande entre o que falamos e o que vivemos ou, pior ainda, podemos viver uma religiosidade de aparências, uma religiosidade ritual em detrimento de uma real vivência de fé, de uma resposta pessoal aos apelos que nos são feitos para que assumamos os compromissos do nosso batismo a partir de uma vida verdadeiramente profética que denuncie os contravalores do mundo e anuncie a verdade dos valores que foram pregados por Jesus Cristo.

Deste modo, a nossa vida religiosa não será simplesmente ritual, mas também compromisso.

Propósito:

 Senhor, arranca o meu coração de pedra, este coração duro e incircunciso. Dá-me um coração novo, um coração de carne, um coração puro (Ez 36, 26). Tu, que purificas os corações, que amas os corações puros, toma posse do meu coração e vem fazer nele a tua morada. Pai, torna-me de tal modo transparente que meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como um sepulcro caiado!

 ++++

O ser humano sempre estabelece metas a serem alcançadas.
Se um grande sonho se concretiza, e preciso aceitar suas consequências.
Os pessimistas consideram que determinados sonhos não são para eles.
Os otimistas perguntam-se o que é preciso aprender e fazer para realizá-los.
Quem não se dispõe a trabalhar para a realização de seu ideal está desistindo da luta.

Evangelho do dia 29 de agosto terça feira 2023

 

29 agosto - O potencial do homem é indefinido; tudo depende do valor do coeficiente: dois fatores que se multiplicam, que se fundem e que se transfiguram num grande produto. (L 9). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 6,17-29

 "Pois tinha sido Herodes mesmo quem havia mandado prender João, amarrar as suas mãos e jogá-lo na cadeia. Ele havia feito isso por causa de Herodias, com quem havia casado, embora ela fosse esposa do seu irmão Filipe. Por isso João tinha dito muitas vezes a Herodes: "Pela nossa Lei você é proibido de casar com a esposa do seu irmão!"

Herodias estava furiosa com João e queria matá-lo. Mas não podia porque Herodes tinha medo dele, pois sabia que ele era um homem bom e dedicado a Deus. Por isso Herodes protegia João. E, quando o ouvia falar, ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo.
Porém no dia do aniversário de Herodes apareceu a ocasião que Herodias estava esperando. Nesse dia Herodes deu um banquete para as pessoas importantes do seu governo: altos funcionários, chefes militares e autoridades da Galiléia. Durante o banquete a filha de Herodias entrou no salão e dançou. Herodes e os seus convidados gostaram muito da dança. Então o rei disse à moça:
- Peça o que quiser, e eu lhe darei.
E jurou:
- Prometo que darei o que você pedir, mesmo que seja a metade do meu reino!
Ela foi perguntar à sua mãe o que devia pedir. E a mãe respondeu:
- Peça a cabeça de João Batista.
No mesmo instante a moça voltou depressa aonde estava o rei e pediu:
- Quero a cabeça de João Batista num prato, agora mesmo!
Herodes ficou muito triste, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde deixar de atender o pedido da moça. Mandou imediatamente um soldado da guarda trazer a cabeça de João. O soldado foi à cadeia, cortou a cabeça de João, pôs num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João souberam disso, vieram, levaram o corpo dele e o sepultaram.

Meditação:

 Os detalhes desta narrativa sobre a execução de João têm dois efeitos: ironizam um rei fraco e sensual e advertem os discípulos de Jesus nas comunidades que se inclinam a interpretar Jesus como messias poderoso.

  De Jesus, assim como de João, não se deve esperar a glória e o poder, mas, sim, o serviço humilde e divino, porém frágil diante dos poderosos deste mundo. O dom da vida eterna não pertence aos poderosos, mas a Deus.

 Hoje comemoramos o martírio de São João Batista. O evangelho traz a descrição de como João Batista foi morto, sem processo, durante um banquete, vítima da corrupção e da prepotência de Herodes e de sua corte.
Herodes era um funcionário do Império Romano. Quem mandava na Palestina, desde o ano 63 antes de Cristo, era César, o imperador de Roma. Insistia sobretudo numa administração eficiente que garantisse renda ao Império e a ele.
A preocupação de Herodes era sua própria promoção e sua segurança. Por isso reprimia todo tipo de corrupção. Ele gostava de ser chamado “benfeitor do povo”, mas na realidade era um tirado (Lc 22,25).
Flávio José, um escritor daquela época, informa que o motivo da detenção se João Batista, era o medo que Herodes tinha de um levante popular. A denúncia de João Batista contra a moral depravada de Herodes (Mc 6,18) foi a gota d’água que transbordar o copo, e João foi preso.
Aniversário e banquete de festa, com danças e orgias. Era um ambiente em que os poderosos do reino se reuniam e costuravam as alianças. A festa contava com a presença “dos grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galiléia”. É este o ambiente em que se trama o assassinato de João Batista.
João, o profeta, era uma denúncia viva deste sistema corrupto. Por isso, ele foi eliminado com o pretexto de uma vingança pessoa. Tudo isto revela a baixeza moral de Herodes.
Tanto pode nas mãos de um homem incapaz de se controlar! No entusiasmo da festa e do vinho, Herodes jura levianamente diante de uma jovem bailarina. Supersticioso como era, pensava que devia manter o juramento.
Para Herodes, a vida dos súbditos não valia nada. Marcos narra o fato do assassinato de João assim como aconteceu, e deixa às comunidades a tarefa de tirar as conclusões.
Nas entrelinhas, o evangelho de hoje dá muitas informações sobre o tempo em que Jesus vivia e sobre como era exercito o poder por parte dos poderosos da época. A Galiléia, a terra de Jesus, foi governada por Herodes Antipas, filho do rei Herodes, o Grande, desde o ano 4 a.C. até o ano 39 d.C. No total, 43 anos!
Durante todo o tempo em Jesus viveu, não houve mudanças de governo na Galiléia! Herodes era dono absoluto de tudo, não prestava contas a ninguém, fazia o que bem achava. Prepotência, falta de ética, poder absoluto, sem controle por parte do povo!
Herodes construiu uma nova capital, chamada Tiberíades. Segure, a antiga capital, tinha sido destruída pelos romanos como retaliação contra um levante popular. Isto aconteceu quando Jesus tinha uns sete anos.
Tiberíades, a nova capital, foi inaugurada treze anos depois, quando Jesus tinha uns 20 anos. Era chamada assim para agradar a Tibério, o imperador de Roma. Tiberíades era um lugar estranho na Galiléia. Era aí onde viviam os reis, “os grandes de sua corte, os oficiais e os notáveis da Galiléia” (Mc 6,21).
Era aí que viviam os latifundiários, os soldados, a polícia, os juízes, muitas vezes insensíveis (Lc 18,1-4). Para lá iam os impostos e o produto do trabalho das pessoas. Era aí que Herodes praticava suas orgias de morte (Mc 6,21-29).
Não consta nos evangelhos que Jesus tinha entrada na cidade. Durante aqueles 43 anos de governo de Herodes, surgiu uma classe de funcionários fiéis ao projeto do rei: escribas, comerciantes, latifundiários, fiscais, publicanos, e agentes aduaneiros.
A maioria destas pessoas vivia na capital gozando dos privilégios que Herodes oferecia, por exemplo a isenção de impostos. Em cada aldeia ou cidade havia pessoas que apoiavam o governo. Vários escribas e fariseus eram declarados defensores do sistema e da política do governo.
Nos evangelhos, os fariseus aparecem ao lado dos herodianos (Mc 3,6; 8,15; 12,13), e isto espelha a aliança existente entre o poder religioso e o poder civil.

 A vida das pessoas nas aldeias era muitos controlada seja pelo governo seja pela religião. Era necessária muita coragem para iniciar algo novo, como fizeram João e Jesus! Era o mesmo que atrair sobre si a ira dos privilegiados, seja do poder religioso seja do poder civil, seja em nível local, seja estatal. 

Falando da morte de João Batista, o papa João Paulo II diz na Carta Encíclica Veritatis splendor (n. 91) que o martírio constitui um sinal preclaro da santidade da Igreja.

 Efetivamente, ele “representa o ponto mais alto do testemunho a favor da verdade moral. Se são relativamente poucas as pessoas chamadas ao sacrifício supremo, há, porém, um testemunho coerente que todos os cristãos devem estar prontos a dar em cada dia, mesmo à custa de sofrimentos e de graves sacrifícios. Assim, não podemos e nem devemos fugir.

 Saibam que desde o início do cristianismo percebemos que três elementos estão quase sempre unidos: testemunho, profecia e doação da própria vida.

 É verdadeiramente necessário um compromisso, com estas três vias, por vezes heroicas, para não ceder, até mesmo na vida quotidiana: em casa com o marido, com os filhos, colegas do trabalho, com os familiares de perto ou de longe. É necessário saber que às dificuldades nos levam ao compromisso para viver na totalidade o Evangelho.
O exemplo heroico de João Batista deve fazer-nos pensar nos mártires da fé que, ao longo dos séculos, seguiram corajosamente as suas pegadas. De modo especial, voltemos à mente aos numerosos cristãos que, no mundo inteiro, foram vítimas do ódio, e da perseguição religioso. Mesmo hoje, em algumas partes do mundo, os fiéis continuam a ser submetidos a duras provações, em virtude da sua adesão a Cristo e à sua Igreja.
Os impérios opressores que existiram na história continuaram deixando seus mártires. Seus projetos elitistas e imperialistas fizeram com que seus chefes continuassem a embriagar-se com o sangue dos mártires.
O martírio não deve ser buscado por ninguém. Em última palavra, o martírio é uma graça de Deus. Mas, dele não se deve fugir, se é necessário dar o testemunho e para defender a vida do povo. Jesus também nos ensina que não devemos ter medo daqueles que matam o corpo. Por isso, dar a vida é a melhor forma de amor, a exemplo de Jesus que nos amou até o extremo. O máximo do amor é dar a vida pelos seus. Deste modo, a vida não é tirada, mas é dada livremente.
Foi isso que fez São João Batista em meio à crueldade que ameaçava a fidelidade conjugal, lutou e sendo testemunha e testemunho fiel derramou o seu sangue, pagando com a própria vida.
Ontem como hoje, o banquete dos criminosos continua sendo regado a sangue, como foi o de Herodes como nós ouvimos no Evangelho de hoje.

 Por isso, lembrar a morte de João Batista é não deixar morrer sua história, é recordar o seu testemunho, sua profecia e sua coragem; é lembrar que, se preciso for, todos devemos estar dispostos a lavar as nossas vestes e as branquear no sangue do Cordeiro (Ap 7,14),

 Você conhece pessoas que morreram vítimas da corrupção e da força dos poderosos? E aqui entre nós, na nossa comunidade e na Igreja, existem vítimas de autoritarismo e de abuso de poder? Superstição, corrupção, vileza marcam o exercício do poder de Herodes. Compara-o com o exercício do poder religioso e civil hoje, seja nos vários níveis seja na sociedade como na Igreja.

 Reflexão Apostólica:

 O desfecho da vida de João Batista é apresentado em paralelo, como prefiguração do desfecho da vida de Jesus: anúncio do Reino, perseguição, articulação dos poderosos e morte. E para ambos se tem a percepção de sua permanência nas comunidades, após a morte.

 Herodes gostava muito de João Batista e suas pregações no deserto, achava as palavras bonitas e a mensagem chegava a tocar o seu coração. Era um ouvinte entusiasta da Palavra de Deus, poderia tornar-se um discípulo, sua alta posição não o impedia de viver a sua Fé.

 Entretanto, parece que a semente da Palavra caiu em uma terra sufocada pelos espinhos, Herodes estava amasiado com sua cunhada Herodíades e quando João Batista acusou o seu pecado de adultério, Herodes não gostou muito da idéia, começou a pensar que João Batista ainda era um bom pregador, mas que de vez em quando se equivocava, quando queria interferir na vida dos outros, pois cada um deve viver do jeito que quiser e fazer também o que quiser, sem que a Religião interfira em suas decisões, dizendo o que é certo ou o que é errado.

É o cristianismo do oba-oba, sem nenhum compromisso com as virtudes do evangelho, e com as verdades ensinadas por Jesus. Herodes se sairia muito bem neste mundo da pós modernidade onde as pessoas, em sua grande maioria também são assim, até mesmo aquelas ligadas a alguma pastoral ou movimento, elas pensam assim “Está tudo lindo e maravilhoso, mas que a Igreja não me venha dizer o que devo fazer em certas questões da minha vida”

 A Igreja como portadora e anunciadora da Palavra de Deus, jamais deve deixar de lado a sua missão profética, aonde o verdade do evangelho for violada ou ignorada, devem os pastores da Igreja, de maneira prudente e corajosa, anunciar a verdade denunciando a ação pecaminosa de quem a comete. Herodes colocou o prazer da sua relação com Herodíades acima de qualquer princípio, e na sua Festa de aniversário, achando-se um deus, que tudo pode, decidiu fazer o gosto da dançarina, poderia ela pedir qualquer coisa que ele a daria.

 Hoje em dia, na busca do prazer e da satisfação dos desejos, vale tudo e pode de tudo. Qualquer profeta intrometido que quiser ser um estraga-prazer deverá ser tirado do caminho, e Herodíades, a amasiada de Herodes, nem pensou duas vezes para pedir a cabeça de João Batista em uma bandeja.

Fazemos parte de uma sociedade onde a Vida Humana nada vale, na busca do prazer e do poder estamos diante de um “Vale Tudo”, haja visto os mártires da igreja, que aqui e ali, continuam incomodando e por isso, como João Batista acabam sendo eliminados, por causa do evangelho.

 A Igreja precisa cada vez mais de cristãos iguais a João Batista, que sejam capazes de dar a vida pela Verdade, pois de cristãos do tipo Herodes, que praticam a religião do descompromisso, muitos templos andam sempre lotados…

 Sim, João Batista morreu por denunciar a verdade. Apresentava a todos que deveriam mudar ou pelo menos refletir profundamente seu comportamento. Poderosos o temiam, os simples o admiravam. Era um homem santo e muito focado na sua missão. Hoje, recordamos o seu martírio!
Recentemente vi uma matéria enfocando o decréscimo do catolicismo no Brasil e diferentemente do que se esperava, não foi o crescimento evangélico que era evidenciado, a pesquisa aborda o crescimento contínuo daqueles que não tem religião. Por que?
Vivemos num tempo em que as pessoas querem respostas rápidas para suas perguntas. Colocam no Twitter uma pergunta e rapidamente um dos seus “seguidores” lhe oferecerá uma possível resposta. Muitos querem que suas preces assim também sejam atendidas, rápidas. “(…) Pede-me o que quiseres, e eu te darei”
Nem sempre as respostas que queremos ouvir são as que Deus nos sugere. É duro ter que admitir que boa parte das burradas que cometemos foram motivadas por essa surdez de consciência.
É difícil competir com uma mídia que prega 24h por dia o consumismo. “Compre agora”, “sem juros, 60 meses”, a roupa que fulana usa em MALHAÇÃO, os beijos e abraços liberados nos reality shows; brothers e sisters, “fazendeiros”, (…) na verdade quem tem ido pra “roça” são os nossos valores.
É uma mídia sem valores, não falo aqui de cristãos ou não, somos bombardeados para abandonar o que é moral. Canais de televisão que denunciam as mazelas sociais são os mesmos que apóiam a eleição de deputados e senadores que defenderam seus interesses quanto às fatias de concessão de recursos federais para comunicação.
João Batista foi morto porque um homem se encantou com um rebolado. Quantas pessoas hoje morrem de fome, tem uma educação medíocre, uma saúde pública vergonhosa, pois os seus governantes tomam decisões mediantes os rebolados dos seus interesses?

 Notem uma coisa no evangelho de hoje “(…) Herodes ofereceu uma festa para os proeminentes da corte, os chefes militares e os grandes da Galiléia”. Ele não estava só, por que tantas pessoas influentes que ali estavam não levantaram a voz para defender o inocente?
Ter ou não ter essa ou aquela religião não é o problema. Tão pouco a quantidade de católicos não quer dizer que temos qualidade neles.

 A minha maior preocupação esta no fato dos valores de amor ao próximo aos poucos virar uma relação comercial em que uma amizade será consolidada na medida em que posso ter algo em troca do outro, que Deus possa falar o que quero e não o que deveria ouvir.
Que adianta a paz se pago a milícia do morro, que adianta se dizer religioso se me importo apenas comigo, que adianta dizer ter uma religião se a que eu procura é a que mais me convém? Sim! Justifica-se então o fato de muitos preferirem não ter religião, pois serei adepto do deus que me conceder mais coisas e não me cobrar uma mudança de vida.

João Batista perderia ainda hoje a cabeça, mas eu ainda tenho fé nas pessoas.

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“Todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (Lc 14,11).
Com essas palavras, Jesus propõe duas atitudes para que o ser humano chegue ao Reino de Deus.
A humildade e o amor desinteressado ao próximo.
Por isso, não se deixe enganar por padrões de comportamentos que dão uma falsa ideia de grandeza.

domingo, 27 de agosto de 2023

Evangelho do dia 28 de agosto segunda feira 2023

 

28 agosto - Trabalho e boa vontade e o passado nos poderá servir de lição para o futuro. (L 9). São Jose Marello

 


Mateus 23,13-22

- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fecham a porta do Reino do Céu para os outros, mas vocês mesmos não entram, nem deixam que entrem os que estão querendo entrar.
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês exploram as viúvas e roubam os seus bens e, para disfarçarem, fazem longas orações! Por isso o castigo de vocês será pior!]
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês atravessam os mares e viajam por todas as terras a fim de procurar converter uma pessoa para a sua religião. E, quando conseguem, tornam essa pessoa duas vezes mais merecedora do inferno do que vocês mesmos.
- Ai de vocês, guias cegos! Pois vocês ensinam assim: "Se alguém jurar pelo Templo, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se alguém jurar pelo ouro do Templo, então é obrigado a cumprir o que jurou." Tolos e cegos! Qual é mais importante: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? Vocês também ensinam isto: "Se alguém jurar pelo altar, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se jurar pela oferta que está no altar, então é obrigado a cumprir o que jurou." Cegos! Qual é mais importante: a oferta ou o altar que santifica a oferta? Por isso, quando alguém jura pelo altar, está jurando pelo altar e por todas as ofertas que estão em cima dele. Quando alguém jura pelo Templo, está jurando pelo Templo e por Deus, que mora ali.

Meditação: 

No Evangelho de hoje lemos as três primeiras das sete maldições, com as quais Jesus deixa bem claro a sua oposição ao ensino tradicional dos escribas e à crença adulterada dos fariseus, mais baseado nas tradições dos homens do que na doutrina de Deus.

Os escribas, ou seja, os intérpretes e catequistas da Lei, e os fariseus, um grupo de observantes rigorosos e muito ligados ao cumprimento formalista e exterior da mesma, e que por outro lado são frequentemente objeto de graves invectivas da parte de Jesus, não por eles cumprirem a Lei, mas por não lhe entenderem o espírito, e até por guiarem os outros por esse caminho errado.
É preciso que diante das tentações, comportarmos como homens e mulheres fortes e combatermos com a ajuda do Senhor nos tornamos mais do que vencedores.

Se cairmos no pecado, não permaneçamos nele, desencorajados e abatidos. Humilhemo-nos, mas sem perder a coragem; abaixemo-nos, mas sem nos degradarmos; vertamos lágrimas sinceras de contrição para lavar as nossas imperfeições e as nossas faltas, mas sem perdermos a confiança na misericórdia de Deus, que será sempre maior que a nossa ingratidão. Tomemos a resolução de nos corrigirmos, mas sem presumirmos de nós mesmos, pois só em Deus devemos colocar a nossa força. Enfim, reconheçamos sinceramente que, se Deus não fosse a nossa couraça e o nosso escudo, a nossa imprudência nos teria levado a cometer toda a espécie de pecados.
Não nos espantemos com as nossas fraquezas. Aceitemo-nos tal como somos; corramos das nossas infidelidades para com Deus, mas confiemos n'Ele e nos abandonemos tranquilamente a Ele, como uma criança nos braços da mãe.

Percorramos todas as épocas e veremos que, de geração em geração, o Mestre ofereceu a possibilidade de conversão a todos quantos queriam voltar-se para Ele. Noé pregou a conversão, e aqueles que o escutaram foram salvos. Jonas anunciou aos Ninivitas a destruição que os ameaçava; eles arrependeram-se dos seus pecados, apaziguaram a Deus e apesar de Lhe serem estranhos alcançaram, por suas súplicas, a salvação.
Por sua vontade onipotente Deus quer que todos aqueles a quem Ele ama participem da conversão. É por isso que devemos obedecer à Sua magnífica e gloriosa vontade.

Imploremos humildemente a Sua misericórdia e a Sua bondade; confiemo-nos à Sua compaixão abandonando as preocupações frívolas, a discórdia e a inveja que só conduzem à morte.
Permaneçamos humildes, meus irmãos, rejeitemos todos os sentimentos de orgulho, de jactância, de vaidade e de cólera.

Agarremo-nos firmemente aos preceitos e aos mandamentos do Senhor Jesus, tornando-nos dóceis e humildes diante das Suas palavras. Eis o que diz a Palavra sagrada: Para quem voltarei o meu olhar, senão para o homem humilde, pacifico que teme as minhas palavras?

 Reflexão Apostólica:

Falar do evangelho de hoje é falar dos falsos profetas que, como os mestres da Lei e fariseus hipócritas, muitas vezes não conseguem passar pela porta estreita do Reino dos Céus e mais do que isto, arrastam consigo aqueles que tinham intenção, ou ao menos a esperança, de passar por esta porta.
O Reino dos Céus é algo desejado por todos os cristãos, mas só é possível vislumbrá-lo quando agimos com atitudes merecedoras de tamanha recompensa: amor, mansidão e paz.
Ai daqueles que resgatam vidas para Cristo, mas, antes mesmo que estas estejam plenamente enraizadas no verdadeiro amor, as tornam iguais a si nos falsos testemunhos, falsas palavras e falsas atitudes.
Não por desconhecerem as palavras de Deus ou o amor do Cristo, mas por estarem cegos diante dos "ouros e tesouros" da vida.
Desta forma, estas pessoas ao invés de guiarem os amigos para os caminhos de Cristo, os arrastam para os interesses mundanos, disfarçados por uma bela capa e de santidade. De que vale encantar-se pela imagem, entretanto não ser capaz de valorizar o interior das pessoas.
Afinal, o que no fim das contas resta? "Insensatos e cegos! O que vale mais: o ouro ou o Templo que santifica o ouro?" "Cegos! O que vale mais: a oferta, ou o altar que santifica a oferta?" O que fornece mais beleza a imagem exterior é a força e potencialidade que emana do ser, da alma do interior. De que vale valorizar o ouro e perder o Reino dos Céus?
Seja este reino um verdadeiro amigo, uma família amorosa, um trabalho gratificante, um filho saudável... e tudo que possamos imaginar de bom que o dinheiro não pode comprar!

 Propósito: Vou demonstrar pela vida que o amor de Deus se revela pela coerência e no amor ao próximo.       

sábado, 19 de agosto de 2023

EVANGELHO DO DIA 27 DE AGOSTO 2023 - 21º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

27 agosto Vontade: este é o nosso lema; mas aquela vontade íntegra, eficaz, infalível, que, no dizer de Dante, "... tenne Lorenzo in su la grada, e fece Muzio alla sua man severo: manteve Lourenço sobre a grade ardente e fez Múcio castigar a própria mão”! (L 9). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 16,13-23

 "Jesus... perguntou aos discípulos: "Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem?" Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias...". "E vós... quem dizeis que eu sou?" Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus então declarou: "Feliz és tu, Simão... porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus". Em seguida, recomendou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo. A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro... começou a censurá-lo: "Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!" Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: "Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!" "  

Meditação:

Neste Evangelho Pedro foi interpelado por Jesus em duas ocasiões. Na primeira, ele inspirado pelo Espírito Santo fez a proclamação de que Jesus é o Messias o Filho do Deus vivo. Por isso, foi considerado “feliz” e recebeu de Jesus as chaves do reino dos céus e o poder para tudo que ligasse na terra fosse também ligado no céu.
Na segunda ocasião, raciocinando conforme a sua humanidade, Pedro demonstrou a sua fraqueza quando não quis admitir o sofrimento que Jesus teria de passar. Então, o mesmo Pedro a quem Jesus entregou as chaves do reino dos céus e a quem constituiu como fundamento da Sua Igreja foi mandado para longe Dele, como satanás. Assim nós percebemos que dentro de cada um de nós há o divino e há o humano.
Temos aqui dois textos articulados, com uma certa contradição, que permitem compreender a redação do evangelho de Mateus.
A profissão de fé de Pedro, exaltada no texto, é seguida do anúncio da paixão, rejeitada por Pedro, o qual é severamente censurado.
O elogio de Pedro não é mencionado nos evangelhos de Marcos e Lucas, e a contradição sugere que tenha uma origem tardia, com a Igreja institucional em embrião.
Pedro é estabelecido como o fundamento da comunidade que Jesus está organizando e que deverá continuar no futuro. Jesus concede a Pedro o exercício da autoridade sobre essa comunidade, autoridade de ensinar e de excluir ou introduzir os homens nela.
Para que Pedro possa exercer tal função, a condição fundamental é ele admitir que Jesus não é messias triunfalista e nacionalista, mas o Messias que sofrerá e morrerá na mão das autoridades do seu tempo. Caso contrário, ele deixa de ser Pedro para ser Satanás.
Pedro será verdadeiro chefe, se estiver convicto de que os princípios que regem a comunidade de Jesus são totalmente diferentes daqueles em que se baseiam as autoridades religiosas do seu tempo.

Aqui vemos a preocupação de Jesus em ter que partir de volta ao Pai  e, nos deixar a mercê da nossa fraqueza espiritual, que nos trazem as limitações, as tentações e de tudo o que Ele sabia que nos afastaria da vida eterna.
Nesse dia, reunido com os discípulos, Ele lhes pergunta:- “Quem dizem os homens que eu sou”?  eles ficaram embasbacados, sem saber o que responder, mas... Pedro, sempre muito afoito respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivi.” E, Jesus continua: “Feliz de ti, Simão, filho de Jonas. Tu és Pedro e sobre esta pedra erguerei a minha igreja e, as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus; tudo o que ligares na terra será ligado no céu; tudo o que desligares na terra, será desligado no Céu.”.

Nesse exato momento, Jesus delega à Igreja, na pessoa de Pedro, que foi o nosso primeiro Papa, ordenado por Ele, a graça do Sacramento da Reconciliação, a "Confissão".
Jesus sabia que a humanidade inteira era fraca, por isso veio para morrer por ela e o seu sacrifício seria em vão, se não deixasse um meio de podermos continuar a tê-Lo em nossa vida, para que não a perdêssemos. Hoje, o Sacerdote, nos ouve em confissão, porque Jesus assim deixou determinado.
Quando nos sentimos fracos materialmente, tomamos remédio, nos alimentamos. Quando estamos abatidos e enfraquecidos espiritualmente, também e, principalmente, devemos revigorar o nosso espírito, alimentando-o com às coisas de Deus, deixando Ele agir na nossa vida; guiando-nos. 
Não podemos ter vergonha de sermos bons, de sermos honestos, de sermos responsáveis, de dizermos que amamos a Deus sobre todas às coisas; de segurarmos a nossa língua, que tanto nos prejudica, quando a usamos para destruir e não para construir, como nos pede Jesus. Se queremos a Sua companhia, temos que seguir o que nos ensina através dos
O Pai ouviu Jesus e, o ato de nos dirigirmos , particularmente, ao Sacerdote, ao Pastor, ao Ancião, àquele que é o conselheiro das várias Igrejas do Cristo Jesus, nos desabafando arrependidos e, com o propósito firme de não mais errar, ouvimos do nosso confessor as palavras que Jesus mesmo os autorizou a dizer :- “Eu te perdôo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Vai e faça muita força para não pecar mais”. 
Como Jesus disse muitas vezes àqueles que lhe pediram o perdão dos pecados cometidos. Deus seja louvado; lutemos para evitar o pecado em nossa vida. 

Reflexão Apostólica:

No evangelho de hoje Jesus nos revela que de fato é Filho de Deus, o Ungido, o Cristo. Ele coloca, de forma clara, que é o FILHO QUE DEUS ESCOLHEU para ser a sua PALAVRA.
Quando Pedro respondeu a VERDADE, Jesus reconheceu que havia sido o PAI, O DEUS ÚNICO, e PAI de todos nós, que havia colocado na boca de Pedro, através do Espírito Santo, as suas PALAVRAS.
Jesus veio quebrar o paradigma de que o líder é eleito para ser servido e, pela vontade do Pai, Ele mostra que o líder é eleito para servir.
Jesus também colocou, de forma clara, a responsabilidade nas mãos de Pedro de guiar suas ovelhas, apascentá-las através de um caminho, que se colocou como CRISTIANISMO. O Senhor deixou claro, que os que seguem Pedro, estão a caminho do CÉU PROMETIDO.
O que vale a reflexão de todos, com relação a este momento em que passamos de vários caminhos que não foram deixados pelos apóstolos. Existem hoje, por obra do INIMIGO, várias Igrejas, seitas, religiões, doutrinas, que não provém dos Apóstolos.
Se o Senhor se pronunciou desta forma, quem somos nós para dizermos o contrário? Observemos bem que caminho escolhemos e vejamos como estamos corretos.
Somos da Igreja dos Apóstolos e buscamos, através da ajuda de Deu, mostrar a VERDADE e honrar ao PAI e ao seu ensinamento. Não discutamos, e nem julguemos. Apresentemos a VERDADE de forma simples.
Se estamos ligados a Pedro, na Igreja fundada por Deus, que enviou o Espírito Santo para os Apóstolos, temos a certeza de que estamos no caminho deixado por Deus.
Pedro, influenciado pela pureza de espírito, se deixou falar como homem, e não como Deus pois Jesus sabe que nós somos influenciados pelos espíritos impuros, até nas palavras. O Senhor é quem pensa como Deus e nós somos simples humanos.
Também, está claro, que o Senhor rebate qualquer outro tipo de ensinamento ESPIRITUAL, promovido pela imaginação humana, na busca da santidade, e pela influência do INIMIGO.
Só existe uma vida para se provar o AMOR a DEUS! Esta vida é a que vivemos, a outra é para reconhecimento do que fizemos.
Não existe outra vida humana, ou nascer de novo na forma humana, como muitos colocam por ai. Só há esta para se provar no AMOR ao DEUS VIVO.
O Senhor conhece o material de que nós somos feitos e, mesmo diante das nossas fraquezas e imperfeições Ele continua a nos confiar a missão de construir o Seu reino aqui na terra.
As nossas atitudes às vezes são motivadas pelo Espírito Santo, em outras vezes nos baseamos na nossa própria natureza humana e saímos da sintonia com Deus e o Seu Espírito.

Caminhemos sempre com Jesus, na Igreja de Pedro, buscando a prática dos ensinamentos e seremos salvos. Ou vamos contrariar a Jesus?

Propósito:

Senhor Jesus, cria no meu coração o mesmo amor por ti e por tua Igreja, que puseste no coração de Pedro e de Paulo. Senhor Jesus, hoje te peço que nos dê a vontade de querer ser como TU ÉS. Simples para viver, Obediente para fazer a vontade do Pai, Humilde para sempre querer aprender mais de TI através dos irmãos, Ungido para praticar teus prodígios no meio dos homens, Sábio para sempre parar e ouvir a Tua Santa Vontade para nossas vidas e finalmente plenamente feliz viver ao teu lado.