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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

EVANGELHO DO PRIMEIRO DIA DE 2013



Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 2,16-21

"Eles foram depressa, e encontraram Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura. Então contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele. Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados. Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas. Então os pastores voltaram para os campos, cantando hinos de louvor a Deus pelo que tinham ouvido e visto.
E tudo tinha acontecido como o anjo havia falado.
Uma semana depois, quando chegou o dia de circuncidar o menino, puseram nele o nome de Jesus. Pois o anjo tinha dado esse nome ao menino antes de ele nascer." 

Meditação

Hoje a igreja celebra Santa Maria, mãe de Deus.

Começar o ano civil com esta festa é significativo, pois nos põe na perspectiva do discipulado. Maria é modelo do discípulo: mulher que escuta a Palavra e põe em prática o que escutou.

O evangelho de hoje faz parte de um conjunto de textos denominados "evangelhos da infância".

Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria, José e o Menino Jesus e todos ficaram maravilhados com o que eles lhes contaram sobre as palavras do anjo.

Maria ia mais além do que todas as pessoas percebiam e “guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração.”

Ela alcançava no seu coração os mistérios de Deus e sondava qual seria a vontade do Pai para o Filho que nela foi gerado e que agora era colocado no mundo.

Outra mãe, no seu lugar, tornar-se-ia cheia de orgulho e admiração pela sua própria conquista, pelo privilégio, pela fama e ficaria apenas no superficial.

Assim sendo, Maria nos dá exemplo de sobriedade, de discrição, de simplicidade. Nós, a exemplo de Maria precisamos ir fundo nos acontecimentos da nossa vida, a fim de que percebamos nas nossas “aparentes” conquistas, o que é essencial para Deus e não para nós mesmos (as).

Belém foi a cidade escolhida para abrigar a Família de Nazaré e ser cenário do nascimento do Filho de Deus. Belém, hoje, é a nossa casa que recebe também a visita da Santa Família de Nazaré e onde o anjo se apresenta para, mais uma vez nos anunciar tudo o que diz respeito a esta família.

A Sagrada Família é modelo de obediência, de simplicidade, de humildade e de justiça. Nela nós podemos nos nortear para cultivar relacionamentos de amor segundo a vontade do Pai.

É na nossa casa que nos reunimos pai, mãe, filhos irmãos e irmãs. E é na família que acontece a salvação noticiada pelos pastores, conforme lhes informara o anjo, mensageiro de Deus.

É para a nossa família toda que o Senhor promete derramar as bênçãos. Maria guardava os fatos e meditava sobre eles em seu coração.

É este também o nosso papel diante da coisas extraordinárias que nos são anunciadas: guardar com carinho no nosso coração e perceber os sinais de Deus através do desenrolar da nossa vida, confirmando-os na Palavra e nos ensinamentos evangélicos.

Abramos a porta da nossa casa para que a Sagrada Família nos ensine a fazer a vontade do Pai e, então, todos os nossos planos serão bem sucedidos.

Você tem a Sagrada Família como modelo? Qual é a influência ela tem nas suas ações em família? Como você encara a atitude de Maria? Qual teria sido a sua atitude? A sua casa é um lugar onde habita a paz?
Reflexão Apostólica:

Feliz ANO NOVO!

Hoje dia da Paz, da Rainha da Paz, da Santa Maria Mãe de Deus e para completar, é também a primeira sexta-feira do mês, dia do Sagrado Coração de Jesus. O ano não podia começar melhor.

Sei que alguns irmãos evangélicos também leem a Escuta da Palavra e Meditação e, de forma alguma, essas primeiras linhas são idólatras, mas de pleno reconhecimento aquela que nos ensinou através da fé silenciosa e meditada em seu coração.

Hoje, em muitos locais no Brasil, Maria é lembrada por outro título que recebeu do povo – Nossa Senhora dos Navegantes, apesar que seu dia tradicionalmente ser 02 de fevereiro. O que será que faz com que aquela quantidade enorme de pessoas se ponha em cortejo no mar, levando tradicionalmente a imagem do bom Jesus de um lado a outro da praia? O que cativa a tanta gente, e de forma especial, aos mais simples a associar o cortejo do filho a presença da mãe?.

Talvez seja a sua simplicidade vista pelos olhos dos mais bucólicos; ou seria então a vontade do marinheiro ou do pescador em encontrar um porto seguro e um breve regresso; ou a personificação de suas próprias mães a zelar por eles mantendo a brasa do fogareiro acesa e esperando a farta pesca. Talvez o marinheiro se sinta um dos magos, sendo o mar aberto o seu deserto, onde desde pequeno aprendeu também a se guiar pelas estrelas e por fim encontrar o motivo de tamanho destemor.

Em todo perigo, invocai Maria; eu vos asseguro que sereis ouvidos”. (Dom Bosco)

Talvez pelo título de protetora dos navegantes que ganhou ainda no século XV, marinheiros esses que rogavam por sua intercessão quando enfrentavam tempestades nos trajetos do mediterrâneo, tenham trazido suas comemorações que eram em inicialmente em agosto para fevereiro e aos poucos ao primeiro dia de janeiro, como se hoje pedíssemos, nesse inicio de jornada ou de ano, novamente sua intercessão e podermos assim superar as tempestades que apareceram, chegando sãos e salvos ao dia 31 de dezembro.

Boa parte de nossas crenças advém dessa vontade de se relacionar e respeitar o divino. Somos seres espiritualizados. Por mais cético ou ateu que seja uma pessoa, o componente divino é muito importante.

Trazendo, então, ao evangelho de hoje; O que fez aqueles homens bem sucedidos a se arriscarem no meio do deserto guiados por uma estrela?

O que ainda leva a pessoas a realizar trabalhos invisíveis a nossos olhos, nas sacristias, nos bastidores, nas cozinhas, nos abrigos, asilos, orfanatos, (…)? Reparem quantos destes destemidos “marinheiros” são devotos de Maria!

Creio sim que Dom Bosco estava certo ao afirmar: “Maria nos mantenha todos firmes e nos guie pelo caminho do céu”.

Esse ano ainda teremos Carnaval, Quaresma, Semana Santa, Páscoa, Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude; alegrias, tristezas, esperanças, mudanças, conversões, decepções…

O mar tem disso, nem um dia é igual ao seguinte e talvez seja esse um dos grandes motivos que leve ao pessoal da minha comunidade, em especial do grupo de oração que participo, a começar o ano, no primeiro domingo, rezando ave-marias.

Por favor, não confundamos devoção com sincretismo! Esse dia de paz e oração não deveria ser trocado por “pulinhos” em tantas ondas; por preocupações assoberbadas com lingeries rosa, vermelha, branca (sei lá). O católico tem seu jeito próprio de agradecer a Deus pelo ano que começa, esteja ele na praia ou na igreja.

É, portanto imprescindível o respeito a diversidade cultural e religiosa, mas como diz o refrão daquele funk carioca “cada um no seu quadrado” quanto aos seus ritos e costumes.
E o que pedir para hoje?

(…) O Senhor disse a Moisés: ‘Dize a Aarão e seus filhos o seguinte: eis como abençoares os filhos de Israel: O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz! E assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei’.” (Nm 6,22-27)

Que Deus abençoe 2013 assim como o fez em 2012.

domingo, 30 de dezembro de 2012

EVANGELHO 31 DEZEMBRO


Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São João 2,1-18
 "No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela. A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la.
Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas.
A Palavra estava no mundo, e por meio dela Deus fez o mundo, mas o mundo não a conheceu. Aquele que é a Palavra veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu. Porém alguns creram nele e o receberam, e a estes ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Eles não se tornaram filhos de Deus pelos meios naturais, isto é, não nasceram como nascem os filhos de um pai humano; o próprio Deus é quem foi o Pai deles.
A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai.
João disse o seguinte a respeito de Jesus:
- Este é aquele de quem eu disse: "Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia."
Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor, com bênçãos e mais bênçãos. A lei foi dada por meio de Moisés, mas o amor e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus.
"
 
Meditação
 Pouco a pouco, a comunidade cristã foi compreendendo a verdadeira identidade de Jesus. Até então, na história da salvação, ninguém havia se apresentado como Messias Filho de Deus. 
 A encarnação do Verbo, em Jesus, é a semente do mundo novo possível. Como a luz que inunda as trevas, as comunidades vivas da Igreja, solidárias com todos que têm fome e sede de justiça entre todos os povos do mundo, já se empenham em construir um projeto mundial de libertação, promoção da vida e conquista da paz verdadeira.

Na 1a. leitura (1Jo 2,18-21), são João nos diz algo muito sério: “este é o momento final”. Não porque o mundo vai acabar, mas porque Jesus Cristo inaugurou com seu nascimento, sua vida e sua morte, e especialmente com sua ressurreição, a etapa definitiva da história humana, quando Deus a fará chegar à sua plenitude segundo nos comprometamos com sua Palavra: para nossa plena felicidade e realização se a acolhemos e vivemos, ou para nossa perdição se nos rebelamos contra ela, como nos propõem tantos anticristos que hoje pululam pelo mundo.
 São os anticristos da cobiça que fazem com que a imensa maioria dos seres humanos viva ainda na miséria, enquanto uns poucos acumulam e esbanjam. Os anticristos fazem da guerra e da violência um lucrativo negócio, convertem o mundo num mercado onde tudo, até as coisas mais nobres, têm um preço em dinheiro.

O apóstolo nos previne contra eles, assegurando-nos que nada devemos temer, pois possuímos a verdadeira e única riqueza: o Espírito Santo de Deus com o qual fomos ungidos no dia de nosso batismo.

Estas horas finais do ano civil nos levam a pensar em nossa responsabilidade de cristãos, para seguir anunciando ao mundo o Evangelho, testemunhando-o com nossa vida solidária, sem deixar-nos levar por essa espécie de loucura que atinge a tantos, simplesmente porque mudam os números do calendário: eles não caem na conta de que a vida nos foi dada não para esbanjá-la no egoísmo, mas para frutificá-la no amor.
 Dessa forma, a passagem do tempo não tem para nós nenhum significado negativo; é simplesmente o caminho que nos conduz à plenitude de Deus, à felicidade de estar todos juntos reunidos na casa do Pai.

Hoje, meditamos o começo do evangelho de João, o chamado “prólogo”. Com palavras solenes e bonitas nos diz que a Palavra de Deus, seu verbo, seu “logos”, acampou em nosso mundo para iluminá-lo com sua poderosa luz. A Palavra divina se fez carne humana em Jesus Cristo, pondo em nossa história um princípio de esperança.
 Nós, os cristãos, sabemos que nem a morte, nem a velhice, nem a dor, nem a enfermidade, nem a guerra, nem a fome, nem qualquer mal que possamos padecer poderá nos afastar do amor de Deus. Nossa "sorte" está assegurada se recebemos a Cristo em nossa vida, em nosso lar, em nosso coração.
 Somos nós, os cristãos, os responsáveis de fazer com que esta mensagem tão alegre se faça realidade no mundo. Que estas palavras deixem de ser meras palavras para se tornar realidades de convivência fraterna, de paz e de serviço, especialmente a favor dos pequenos, dos pobres e dos humildes.
 O tempo que passa e que contamos por anos segundo o ritmo da terra ao redor do sol, é nossa oportunidade de tornar Deus presente neste mundo, como fez Jesus Cristo ao nascer e viver no meio de nós.
 É certo que “a Deus ninguém jamais viu”, mas Jesus no-lo deu a conhecer e nós, os cristãos, devemos dá-lo a conhecer ao mundo, não tanto com palavras, mas com atitudes e compromissos que correspondam à nossa fé.

Na verdade, os reis de Israel eram considerados filhos de Deus. Entretanto, jamais alguém havia manifestado tal proximidade com Deus, no falar e no agir, como acontecia com Jesus.

Ninguém havia chamado Deus de Pai, servindo-se de um termo familiar, Abba, usado pelas crianças para se referirem a seus genitores. Ninguém se apresentara com o poder de perdoar pecados, restituir a vida aos mortos e enfermos, libertar as pessoas da opressão do demônio. Ninguém, como Jesus, mostrava-se livre diante da Lei e das tradições religiosas.

Na raiz da ação de Jesus, estava sua condição divina. Esta conferia-lhe a liberdade para não se submeter ao legalismo religioso da época, muitas vezes incapaz de levar as pessoas a uma real experiência de Deus; levava-o a desbaratar as forças do anti-Reino, por cuja ação os indivíduos se tornavam cativos do mal e do pecado; dava-lhe um coração misericordioso, como o de Deus, para amar os pecadores e abrir-lhes os caminhos da salvação; tornava-o sensível e solícito aos sofrimentos da humanidade.

Nestas ações humanas de Jesus, resplandecia sua glória de Filho de Deus.
Reflexão Apostólica:
 Hoje acaba um ano e é preciso agradecer a Deus pela vida que segue sendo possível, apesar das múltiplas adversidades. Que seja a benção de Deus a que culmine hoje e sempre em nosso ser, nossas famílias e comunidades. Feito o balanço de fim de ano, sejamos capazes de ver a mão de Deus em nossa história.
Neste último dia de 2012, a mensagem da Igreja vem pelo Evangelho de João, o mais profundo dos evangelistas, e o meu preferido. Refletir sobre esse dia usando esta passagem bíblica como ponto de partida é um verdadeiro presente, para quem sabe aproveitar...
Veja que no Evangelho não se fala em manjedoura, pastores, Maria ou José... Só em Deus. Já se falou em João Batista, José, Maria, e até nos pais de João Batista. Hoje é dia de falar em Jesus Cristo. Por isso o evangelista nos fala no projeto de Deus.
No evangelho de João, encontramos hoje uma clara referência à origem de Jesus, a origem de tudo quanto existe. A palavra criadora de Deus, a que existiu sempre, é a fonte inesgotável da vida, dele tudo provém. Deus quer uma humanidade fundada no projeto de amor, de justiça e de solidariedade.
Último dia do ano, quando muitos se entregam a frenéticas festas sem sentido, entorpecendo-se de ruídos, luzes fátuas e vãs celebrações.
 Nós proclamamos serenamente que Deus é Senhor da história, que nos criou para repartir conosco a felicidade e desfrutar seu amor perfeito, e que nos sentimos comprometidos a seguir dando testemunho dele ante os seres humanos, todos os dias que Ele nos quiser dar, ao longo deste novo ano cujo amanhecer nos é dado ver.
 Neste tempo em que a maioria de nós recebe e envia mensagens prontas... A mesma mensagem que mandamos para o amigo de perto é a que mandamos para o colega de longe... Jesus vem a nós com uma mensagem personalizada, uma mensagem escrita só para você, outra só para mim... E que mensagem é essa? Você só vai descobrir se parar um pouco, silenciar a mente e refletir: Jesus, o que Tu queres me dizer hoje? Como devo agir nessa situação em que me encontro?

Aspiremos que o mundo conheça dias de paz e de prosperidade compartida para todos. Isso esperamos, isso pedimos humildemente ao Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e isso queremos oferecer ao mundo com nossa vida comprometida.
Se estiver difícil escutar a mensagem de Jesus, procure uma "ponte", um "intermediário", alguém em quem você confie e que possa lhe ajudar a ouvir a mensagem de Jesus. Hoje é um dia propício para isso. Não se deixe abater pelas ausências, mas se deixe contagiar pela enorme alegria: Jesus nascendo no seu coração. Se você reconhecê-lo, será Filho de Deus!
FELIZ ANO NOVO!!!
Queridas irmãs e queridos irmãos usuários da Escuta da Palavra e Meditação.

Paz e Bem!

No limiar do novo ano, em que brilha a luz da aurora de um mundo novo: a luz da vida divina, que se comunica a homens e mulheres no amor e na misericórdia e que dissipa as trevas dos poderosos, desejamos, a todos vocês, um feliz Ano Novo, pleno das bênçãos do Senhor.

Que a Palavra de Deus continue sendo o alimento diário de nossa espiritualidade pessoal, conjugal, familiar e comunitária e o presente amoroso que todos os dias lhes oferecemos por meio deste serviço.

FELIZ 2013 para vocês e para todos aqueles que, por seu intermédio, também são destinatários deste importante Meio de Aperfeiçoamento.

sábado, 29 de dezembro de 2012

EVANGELHO DOMINGO 30 DE DEZEMBRO



Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 2,41-52
 "Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém para a Festa da Páscoa. Quando Jesus tinha doze anos, eles foram à Festa, conforme o seu costume. Depois que a Festa acabou, eles começaram a viagem de volta para casa. Mas Jesus tinha ficado em Jerusalém, e os seus pais não sabiam disso. Eles pensavam que ele estivesse no grupo de pessoas que vinha voltando e por isso viajaram o dia todo. Então começaram a procurá-lo entre os parentes e amigos. Como não o encontraram, voltaram a Jerusalém para procurá-lo. Três dias depois encontraram o menino num dos pátios do Templo, sentado no meio dos mestres da Lei, ouvindo-os e fazendo perguntas a eles. Todos os que o ouviam estavam muito admirados com a sua inteligência e com as respostas que dava. Quando os pais viram o menino, também ficaram admirados. E a sua mãe lhe disse: 
- Meu filho, por que foi que você fez isso conosco? O seu pai e eu estávamos muito aflitos procurando você. 
Jesus respondeu: 
- Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa do meu Pai? 
Mas eles não entenderam o que ele disse. 
Então Jesus voltou com os seus pais para Nazaré e continuava a ser obediente a eles. E a sua mãe guardava tudo isso no coração. 
Conforme crescia, Jesus ia crescendo também em sabedoria, e tanto Deus como as pessoas gostavam cada vez mais dele."
 Meditação: 
 O  evangelho de Lucas, acompanhando o evangelho de Mateus, narrará o nascimento do menino Jesus em Belém de Judá, como sendo o cumprimento da profecia de Miqueias (Mq 5,1-4a). Por aquela que aceita conceber o Filho de Deus, nascerá aquele que traz a paz.
 Atualmente, continua sendo de vital importância que nossa preparação para o nascimento de Jesus seja também uma ação missionária. O mundo de hoje clama pela paz, solidariedade e fraternidade. No evangelho lido, encontramos Maria em atitude missionária.

A visita a Isabel se caracteriza por uma série de ações que revelam o anúncio da Boa Nova. Maria viaja desde o Norte, até a região da Judéia, para visitar Isabel; esse ato de desprendimento é um gesto que mostra o poder de envio de Deus.

É a materialização de sua generosidade. A saudação de Maria a Isabel é uma festa da maternidade de Deus. O menino João, dando saltos de alegria no ventre em reação às palavras de Maria, é um símbolo do poder da Palavra divina que vai semeando alegria e gozo por todas as partes.

No evangelho de hoje, Lucas relata o encontro de Isabel e Maria. As duas mulheres: uma, idosa, esposa de um sacerdote, que encarna as tradições da Judéia e outra, jovem, do campo, que reflete as tradições da Galiléia.
 Ambas confiaram plenamente nele e assumiram conscientemente a novidade de sua vontade. Nelas, Deus convoca Israel a inaugurar um novo tempo onde toda diferença ou exclusão fiquem superadas pela fraternidade.

Encontram-se no meio de júbilo intenso. O filho de Isabel salta de alegria, sinal do reconhecimento da presença de Deus em Maria. Sem dúvida, o projeto de Jesus é diferente do de João, mas são convergentes na busca de uma conversão real na solidariedade e na justiça.

Em nossas igrejas, existem muitos grupos que, de diferentes maneiras, colaboram no plano de Deus. Este encontro é um convite para superar as tentações de exclusividade, ao acreditarmos que somos os únicos a ter compreensão sobre Deus ou sobre seu projeto.

Como Maria, é preciso ir ao encontro do outro, e como Isabel, recebê-lo em casa, reconhecendo o dom de Deus que se expressa de maneira plural nos diferentes apostolados, trabalhos ou teologias que testemunham a fé no serviço e cuidado da Vida.
 Reflexão Apostólica:
 E acabou o ano…
Quem dera Deus que toda criança ou jovem que se perdesse fosse encontrada numa igreja… Na verdade, mas ao contrário, muita gente anda propagando a idéia que uma pessoa se perde quando é encontrada numa igreja.
Alguém que ama ver apenas os erros das pessoas poderia ler esse evangelho sob a ótica da falta de zelo de Maria e José ao perder Jesus em meio a caravana que partia, mas esquecem que esse menino desde cedo parecia ser orientado por algo divino. Não creio que Jesus fez uma traquinagem, mas parecia estar seguindo algo dentro de si que começava a pulsar e incomodá-lo: a vontade do Pai. “(…) Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai? “.
Temos um pais que sua grande maioria pessoas que acreditam e dão importância Deus (quase 90%), em contrapartida a França está em “primeiro lugar” com 39% da população de descrentes, seguida da Suécia em “segundo lugar”, com 37%, e da Bélgica, com 36%. Coloquei propositalmente a colocação entre aspas, pois não vejo mérito nenhum nesse pódio.
Claro e evidente que cada um tem o direito (direito internacional) de acreditar no que quiser e ser respeitado, mas é preocupante o índice crescente desse que não acreditam. Mas em que sentido? Será que estamos fazendo nossa parte direito? Será que nossa parte consiste apenas em catequizar as pessoas sem ter que mudar de fato?
Qual é a vontade do pai? Qual seria essa vontade de Deus a qual Jesus foi chamado?

Uma pesquisa recente (publicada pela revista EXAME) feita pelo instituto internacional LEGATUM apontou os dez países mais felizes (sob alguns critérios e dentre os 10, nós não estamos lá) do mundo. Eles levaram em conta o acesso à educação e a saúde básica, a liberdade política e religiosa, estabilidade financeira, nível de emprego, poder aquisitivo, grau de burocracia, facilidade de abrir seu próprio negócio, número de casamentos e divórcios, dentre outras, onde a Noruega é o top
Catequizar é a primeira das missões que temos que fazer, mas a luta pela igualdade de condições para as pessoas TAMBÉM É. Muita gente deixou de acreditar em Deus, pois parou de acreditar no ser humano e cada vez mais pensa em si mesmo e não nos outros.
Olhar pessoas no chão dos pronto-socorros morrendo e preferir assistir jogo do time na sala de repouso deve nos indignar (campanha da fraternidade 2012); ver o portador da lei se vendendo e mandando o inocente para cadeia; o policial que se alia ao criminoso do morro também não os orgulha… Ver a corrupção que graça no país, acobertada pelo próprio governo... Talvez sejam bem menos os que de fato acreditam em Deus.
Isso é motivo para deixar de acreditar em 2013? Não!
Infelizmente muita gente ficou torcendo para que o mundo acabasse e o tal do Nostradamus, ou astecas ou maias estivessem certos, mas eu prefiro continuar a ver de outra forma…
Nós ainda temos um povo cristão que mais teme (respeito) a Deus; o povo que é o nono mais feliz do mundo no que se diz a estar feliz com que tem e com a preservação do meio ambiente ao seu redor (prefiro dizer o povo que preserva o paraíso), onde essa mesma Noruega esta em 88º lugar. Um povo que crê em Deus e é feliz, contrapondo-se a “feliz” França que vive em guerras internas por desrespeito aos imigrantes, ao aposentado, aos diferentes e que preferem não crer em nada.
Sim! Eu vejo o lado bom das coisas… Maria não perdeu Jesus em meio à multidão, tudo era parte de um grande e meticuloso projeto divino do qual sou um dos 89% que acreditam e são felizes.
Feliz 2013 para todos!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

EVANGELHO SÁBADO 29 DEZEMBRO


Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 2,22-35
 "Chegou o dia de Maria e José cumprirem a cerimônia da purificação, conforme manda a Lei de Moisés. Então eles levaram a criança para Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor. Pois está escrito na Lei do Senhor: "Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor." Eles foram lá também para oferecer em sacrifício duas rolinhas ou dois pombinhos, como a Lei do Senhor manda.
Em Jerusalém morava um homem chamado Simeão. Ele era bom e piedoso e esperava a salvação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele, e o próprio Espírito lhe tinha prometido que, antes de morrer, ele iria ver o Messias enviado pelo Senhor. Guiado pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao Templo para fazer o que a Lei manda, Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse:
- Agora, Senhor, cumpriste a promessa
que fizeste e já podes deixar este teu servo partir em paz.
Pois eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação, que preparaste na presença
de todos os povos: uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus
e para dar glória ao teu povo de Israel.
O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:
- Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita gente em Israel. Ele vai ser um sinal de Deus; muitas pessoas falarão contra ele, e assim os pensamentos secretos delas serão conhecidos. E a tristeza, como uma espada afiada, cortará o seu coração, Maria.
Meditação: 
 Estes são os dias de Natal, a celebração do nascimento de Jesus que se deu a mais de 2000 anos atrás. A Igreja é consciente de que não basta celebrar: cantar, alegrar-se, comemorar um acontecimento importante para nossa vida; sobretudo quando a celebração foi seqüestrada pelos comerciantes de tida espécie que fazem seu “Dezembro” às custas de nossa ingenuidade.
 Quantos gastos inúteis nestes dias! Quantas frustrações por não poder gastar na proporção das incitações publicitárias!

Hoje a primeira leitura, tirada da 1a carta de João (1Jo 2,3-11), nos propõe uma forma alternativa, verdadeiramente cristã, de celebrar o fausto acontecimento do nascimento de Jesus: propõe que celebremos amando nossos irmãos como Jesus nos ensinou; guardando seus mandamentos que se reduzem a um único: o do amor.Permanecendo nele, vivendo nele, vivendo como Ele viveu.
 Esta é a maneira de celebrar o Natal que a Igreja nos propõe, longe da vaidade, do esbanjamento e da inconsciência propostos nestes dias pelo comércio agressivo e pela propaganda ostensiva.

Há muitas luzes em nossas celebrações natalinas: as do presépio, as da árvore de Natal, as luzes com que enfeitamos nossas casas.
 Também as cidades se engalanam nestes dias com luzes permanentes e luzes fugazes: os fogos de artifício, as luzes das vitrinas das lojas e dos avisos publicitários.
 Entretanto, nenhuma dessas luzes vale a pena, são meras antecipações das trevas, se não tivermos em nós a luz de Deus, de sua verdade. São João nos diz que essa luz é a do amor aos irmãos.
 Certamente ele pensa num amor eficaz, não puramente sentimental; no amor que perdoa, acolhe, ajuda, consola, protege, se solidariza com os necessitados... Não viver assim, no amor, é viver nas trevas, estar cegos, não saber para onde vai a nossa vida.

Os hinos de Isabel, Zacarias, Ana e Simeão se misturaram com o cântico de Maria para elogiar a obra de Deus que consiste no despedida dos poderosos e a exaltação dos humildes, designo que Jesus realizará com sua contraditória missão. Com efeito, a Pessoa, palavra e obra de Jesus, foi motivo de longa controvérsia e divisão. Ele pôs em evidência as verdadeiras intenções de muitos corações. 
 Suas ações profética desmascarou os interesses dos opressores e os mecanismos com os que manipulavam o povo. Anunciou a esperança definitiva para todos aqueles que não tinham a menor oportunidade. Mostrou com sua vida o verdadeiro rosto de Deus que estava cativo pelas instituições legalistas.
Maria, mãe e discípula, o acompanhou nesse processo. Muitas vezes com dor e algumas outras vezes sem poder compreender toda envergadura de suas ações. Todavia, fiel e firme, o seguiu até o último momento e depois participou da comunidade cristã que deu origem a evangelização do mundo gentio.

Maria nos mostra como o seguimento de Jesus tem uma altíssima dose de exigência e, inclusive, de dor. Pois, como mãe do Senhor, ela recorreu ao mesmo processo que seguiram outras discípulas e que lhes custou lágrimas e total abnegação

Precisamente na leitura do evangelho de Lucas que escutamos hoje, Simeão exclama cheio de alegria: “Meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.

Cristo é a luz do mundo, por sua palavra de fraternidade e de reconciliação, não só para Israel, o povo ao qual pertenceu por suas origens humanas, mas para todos os povos da terra, como diz o velho Simeão.

Simeão se dirigiu igualmente a Maria. É a última profecia sobre Jesus feita no Templo mesmo de Jerusalém, mas ela interessa também a Maria, pois Jesus vai ser causa de contradição, queda para uns e elevação para muitos. O testemunho do Messias operará como um peneira que purifica o interior do seu povo. Isto fará com que Ele seja sinal de contradição e objeto de resistência, e inclusive de perseguição (v. 34).

No versículo final deste texto Maria fica dentro das implicações deste anúncio. No mais íntimo da sua alma uma espada atravessará de lado a lado por causa das perspectivas messiânicas. Maria faz parte do povo de Israel. A fé é um processo que pode ser doloroso. O sofrimento na vida da mãe de Jesus será outra maneira de compartilhar a tarefa do Messias

A narrativa de Lucas se desenvolve sobre o pano de fundo do cumprimento do preceito legal da purificação. A Lei é mencionada cinco vezes. Como contraste, o centro da narrativa é o menino como sinal de contradição.

Lucas é o único evangelista que nos apresenta esta solene cena da apresentação de Jesus recém nascido, no templo de Jerusalém.
 Aparentemente seus pais o levaram ali para cumprir as minuciosas prescrições da lei mosaica: a purificação da mãe, depois do parto, e o pagamento do resgate pelo nascimento de seu filho primogênito, pois os primogênitos pertenciam a Deus segundo a lei, e deviam ser resgatados com a oferta de certos animais.

O Espírito de Deus tinha outros planos: apenas atravessando os portais do templo saiu ao encontro dos pais de Jesus um ancião que, pela maneira como é descrito, representa os profetas e os justos do Antigo Testamento que durante tantos séculos esperaram o cumprimento das promessas divinas.

Simeão bendiz a Deus que cumpriu sua Palavra, enviou o seu Messias, o salvador do mundo. Agora pode morrer em paz. Simeão bendiz também os pais do menino, mas movido pelo Espírito anuncia-lhes algo do destino doloroso que lhes espera, ao menino e sua mãe: um será sinal de contradição, como uma bandeira que disputam exércitos inimigos; a mãe sentirá que uma espada vai lhe transpassar a alma.

Contemplando esta cena caímos na conta de que o Natal não é uma brincadeira infantil, uma mera ocasião para fazer feriado.
 O menino a quem dedicamos canções de ninar para que durma placidamente, se transformará num homem, abandonará sua casa, sua família, seu trabalho, para assumir seu destino, sua vocação.

Proclamará aos quatro ventos sua mensagem: o Evangelho, a boa notícia do amor de Deus pelos pobres, pelos pequenos, pelos pecadores. Será condenado pelos poderosos do mundo a uma morte vergonhosa.

Com Ele, estamos comprometidos a ser discípulos, a segui-lo, carregando sua cruz. Na firme esperança de que Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, também nos dará, aos que lhe formos fiéis, a vida eterna.

Assim, pomos, à luz das leituras deste dia, uma nota de seriedade a estas celebrações que podem passar, até para nós cristãos, em meio à inconsciência e a vaidade.
 Peçamos a Deus que nos dê clareza para ver as manifestações da libertação que vem de Deus; que estejamos dispostos a seguir o projeto de Jesus até as últimas conseqüências; que recriemos permanentemente o sentido de nosso batismo pelo qual somos discípulos e missionários.
 Reflexão Apostólica:
 Estamos dentro da oitava de Natal. “(…) Então eles levaram a criança para Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor. Pois está escrito na Lei do Senhor: ‘Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor’.
Como não admirar a sagrada família?! Portadores da graça, mas simples servos e obedecedores às leis. Num momento tão ímpar de suas vidas, se preocupavam primeiramente em cumprir, passo-a-passo as tradições de sua lei, cultura, aquilo que aprenderam com os seus… E hoje, temos o mesmo zelo? Nossos filhos vão a catequese, à crisma? E melhor que isso, será que os acompanho? O que adianta catequizar os filhos se não vou à missa, as reuniões periódicas, se não participo (…)?
Diz um ditado popular que o exemplo arrasta, sendo assim, pouco adianta o esmero dos mais talentosos catequistas em duas ou três horas semanais se o restante do tempo os pais não se empenham e regar a semente plantada. É uma dura e injusta luta: educar e ensinar duas horas e nas outras 22 horas pouco se importar. Não podemos extinguir a ação do Espírito Santo pela omissão.
O corre-corre nos fez um tanto omissos com a criação dos nossos filhos. Queremos o melhor para eles, mas “esse melhor” não podemos dar, pois, na maioria dos casos, trabalhamos o dia inteiro. Tão cedo os colocamos na escola para os ensinar, o que é, segundo a pedagogia mais moderna, NOSSA OBRIGAÇÃO.
É um testemunho pessoal, pois apesar de escrever-lhes todo dia, quem ensinou o sinal da cruz para meu filho foi minha esposa. Talvez por isso a ênfase do texto sobre Maria“(…) O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. Simeão os abençoou e DISSE A MARIA, A MÃE DE JESUS”.
Sim, graças a Deus, Ele sempre zela pelos nossos, mas isso não nos credencia a fugir de nossas responsabilidades.
É tão fácil acender a lareira, no entanto é preciso ter uma motivação extra e diária para buscar lenha nesse mundo tão frio e insensível, para manter o fogo aceso.
É duro dizer também que dá-se impressão que muitos pais acham que as obrigações pela fé pelos costumes, educação e bons hábitos são dos professores e catequistas e não deles (nossas).
Terrível é imaginar que alguns põem condição de ir a missa: que não me contrariem, não me cobrem, não me digam verdades, (…). que ao primeiro sinal de cobrança para de ir, fica em casa, troca de religião… O engraçado é que muitos que trocam de religião justificadas pelo excesso de regras e zelo da igreja acabam se rendendo a regras ainda mais severas em outras igrejas. Passam a não cortar os cabelos, saias cumpridas…
Graças a Deus nossa igreja não se rende a vontade das pessoas, pois se isso acontecesse imagino o que seria dela, pois temos a ingrata mania de escolher as regras e convicções que melhor nos agradam.
Descobri que durante o ofertório e comunhão não fazemos “filas” e sim procissões. Parece ser a mesma coisa, mais “procissão” denota de vontade própria, espontânea, que aguardará a espera, pois algo importante esta a frente, (…).
Nossa fé e dos nossos filhos não pode ser encarada uma fila e sim uma procissão. Se temos pouco tempo, planejemos então novas estratégias.
Apesar de toda vontade de Deus em se revelar a nós NÃO é preciso que Ele “mendigue” pelo nosso amor, nosso interesse…
Como a Sagrada Família, temos algumas obrigações a serem cumpridas. Façamos então a nossa parte para que não crie limo na nossa fé!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

EVANGELHO SEXTA FEIRA 28 DEZEMBRO


Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 2,13-18
 "Depois que os visitantes foram embora, um anjo do Senhor apareceu num sonho a José e disse: 
- Levante-se, pegue a criança e a sua mãe e fuja para o Egito. Fiquem lá até eu avisar, pois Herodes está procurando a criança para matá-la. 
Então José se levantou no meio da noite, pegou a criança e a sua mãe e fugiu para o Egito. E eles ficaram lá até a morte de Herodes. Isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: "Eu chamei o meu filho, que estava na terra do Egito." 
Quando Herodes viu que os visitantes do Oriente o haviam enganado, ficou com muita raiva e mandou matar, em Belém e nas suas vizinhanças, todos os meninos de menos de dois anos. Ele fez isso de acordo com a informação que havia recebido sobre o tempo em que a estrela havia aparecido. Assim se cumpriu o que o profeta Jeremias tinha dito: "Ouviu-se um som em Ramá, o som de um choro amargo. Era Raquel chorando pelos seus filhos; ela não quis ser consolada, pois todos estavam mortos."" 
Meditação
 O  Plano de Deus para a humanidade se cumpre apesar dos percalços e entraves que o Seu inimigo tenta colocar para desarticula-lo.
Assim sendo, nós percebemos que até o Filho de Deus foi vítima da articulação de satanás que agiu por meio de Herodes.
A onisciência e a onipotência de Deus superam as armadilhas do mal, pois Ele envia os Seus mensageiros para advertir àqueles que fazem a Sua vontade. Por isso, o anjo do Senhor apareceu a José e mandou que ele pegasse o menino e sua mãe para fugir da fúria do rei.
José obedeceu e partiu para o Egito onde permaneceu até a morte de Herodes. Mesmo assim as crianças de Belém sofreram as consequências da cólera do rei o qual mandou matar as que tinham de dois anos para baixo.
Assim também acontece nos nossos dias. O demônio continua tramando e montando armadilhas para que os filhos de Deus caiam e se submetam às suas investidas, tentando-os e flagelando-os com o pecado. Somente aqueles (as) que estão em sintonia com Deus, que obedecem à Sua Palavra e crêem verdadeiramente em Jesus conseguem se livrar das garras do inimigo.
Por isso, hoje, vemos tantos jovens com a vida destroçada, tantas famílias em desarmonia, guerra, fome, miséria.
O pecado devasta o mundo e se não tivermos firmados nos ensinamentos evangélicos, nós iremos sucumbir com ele.
Hoje também os inocentes pagam o preço da insanidade dos “reis” que procuram vítimas para suas frustrações.
Nunca poderemos esmorecer, pois o anjo do Senhor está perto e na hora precisa, também ele nos dirá: “Levanta-te e vai para o Egito”.
O Egito é lugar de penúria, de solidão, mas é também lugar de purificação, onde nós nos encontramos conosco mesmos e com Deus, e depois, retornamos para encontrar os irmãos.
Você tem sabido escutar a voz do Senhor que o (a) chama ao deserto? Você tem sofrido as conseqüências do pecado? Você acredita que o inimigo de Deus está atento para atraí-lo? Você tem buscado refúgio na Palavra de Deus e na oração?
 Reflexão Apostólica:
 Mais um novo ano se aproxima e com ele uma nova oportunidade de reescrever uma nova história, mas por onde poderia começar? Dizem que uma boa dissertação começa com um bom título e uma nova história de vida começa com a reflexão dos erros e acertos da última escrita…
Hoje, partindo desse evangelho, qual seria a reflexão de erros e acertos que deveriam ser levados em consideração antes de começar escrever os planos e projetos do ano que esta chegando? Se eu pudesse sugerir: QUANTAS VEZES DEIXEI DE OUVIR OS SUSSURROS DE DEUS A ME ORIENTAR E ME PROTEGER DO MAL?
José mais uma vez se mostra diferente dos homens e mulheres da nossa geração, pois ele ouve o conselho de Deus a lhe propor uma mudança… É engraçado um fato: no novo testamento há cinco vezes a menção de Deus avisando sobre algo (a sexta vez é a mulher de Pilatos), e dessas cinco vezes, quatro dizem respeito a José…
Vi num programa de Regina Casé a seguinte colocação: ninguém no novo testamento desistiu do que pensava, do que planeja como José. Ele nunca teve medo de seguir o que Deus sugeria
A mudança sugerida hoje a José foi residencial. Precisaria deixar o pouco que tinha e conhecia para morar numa região afastada, no entanto protegida do mal que Herodes havia planejado.
A história de Jesus teve uma continuidade porque seus pais não argumentaram com Deus a necessidade da mudança, pois era preciso mudar.
Mudar, não necessariamente, é sempre sair de um lugar para morar em outro, pois a mudança pode ser também de atitude, de pensamento ou até mesmo no romper de paradigmas.
A mudança pode de fato iniciar a partir do momento que começo a ouvir os sinais de Deus que é emitido por aqueles que me querem bem.
Quantas pessoas precisam reescrever suas vidas pelo fato de não querem admitir que o conselho que foi dado no passado não foi atendido ou levado a sério?
Um fato: demoramos demais para responder as sugestões de Deus…
Quantas pessoas hoje estão lendo isso preocupadas se terão um emprego no ano que vem? Quantos não sabem como pagarão suas contas por não ter tido prudência na hora de gastar? Quantos se endividam para fingir ter um padrão de vida, mas não tem como honrar suas dívidas? Será que é isso que preciso reescrever em 2013?
Quem está vivendo assim, Deus convida a mudar também!

É tão difícil, após um longo tempo vivendo os mesmos erros, sair dessa posição que se tornou confortável; duro também começar ou recomeçar ouvir as pessoas após tantas decepções, “nãos” e traições, mas quem hoje convive comigo talvez não tenha nada haver ou culpa como aquelas que me fizeram mal no passado, portanto, por que condená-las com meu “pé atrás”?
Mudar requer esforço e comprometimento e não somente um “eu quero”, se fosse assim não teríamos tantas recaídas por causa das drogas… Mudar requer ouvir, sentir, amadurecer…
Preciso de um emprego? Cadê o currículo? Já imprimiu?
Quero pagar minhas contas? Pra que mais esse cartão de crédito?!
Quer um salário mais justo a sua formação? Mova-se!
Às vezes parece que queremos que Deus mude o mundo ao nosso redor para que eu não tenha que sair do lugar!
Peçamos a família de Nazaré a devida ajuda para entender os sinais de Deus e se for necessário os dispor rapidamente a mudar.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

EVANGELHO QUINTA FEIRA 27 DEZEMBRO


Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São João 20,2-8
 "Domingo bem cedo, quando ainda estava escuro, Maria Madalena foi até o túmulo e viu que a pedra que tapava a entrada tinha sido tirada. Então foi correndo até o lugar onde estavam Simão Pedro e outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse:
- Tiraram o Senhor Jesus do túmulo, e não sabemos onde o puseram!
Então Pedro e o outro discípulo foram até o túmulo. Os dois saíram correndo juntos, mas o outro correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro. Ele se abaixou para olhar lá dentro e viu os lençóis de linho; porém não entrou no túmulo. Mas Pedro, que chegou logo depois, entrou. Ele também viu os lençóis colocados ali e a faixa que tinham posto em volta da cabeça de Jesus. A faixa não estava junto com os lençóis, mas estava enrolada ali ao lado. Aí o outro discípulo, que havia chegado primeiro, também entrou no túmulo. Ele viu e creu."
Meditação
 Parece até uma feliz e bonita coincidência litúrgica o fato de que hoje, a dois dias da grande festa do Natal, celebremos a memória de são João, o filho de Zebedeu, irmão de Tiago, pescador do lago de Genesaré, um dos primeiros chamados por Jesus a ser seu discípulo, a converter-se em seu apóstolo, mencionado nos evangelhos sinóticos.

A Igreja reconhece em João a fonte de uma tradição especial presente em vários escritos do Novo Testamento: o 4o. evangelho, três cartas e o livro do Apocalipse.

Hoje lemos o começo da 1a. Carta de João (1Jo 1,1-4), em perfeita consonância com o tempo do Natal que estamos vivendo.

O apóstolo nos diz, com palavras bem solenes, que ele e seus companheiros nos transmitiram sua própria experiência da Palavra da vida; experiência palpável, visível, seguramente referindo-se ao seguimento que fez de Jesus pelas estradas da Galiléia e de toda a Palestina, ouvindo sua pregação, sendo testemunhas de seus milagres de cura e libertação dos demônios, de suas controvérsias com diferentes grupos opositores, e da acolhida que sempre dispensava aos simples, aos pequenos e, em geral, aos pobres.

João nos transmite esta experiência para que também nós, como os apóstolos, estejamos unidos, pela fé, a Jesus Cristo e a Deus Pai que o enviou, e para que exultemos de alegria porque com a Palavra recebemos a vida eterna.

Mais adiante a 1a. Carta de João nos faz insistentes apelos à vida de fé e de caridade, porque nela essas duas virtudes (a fé comprometida, gozosa e valente, e o amor fraterno) compendiam toda a vida cristã.

No Evangelho de João encontramos um discípulo não identificado. Ele é mencionado cinco vezes como "o discípulo que Jesus amava", três vezes como "o outro discípulo" e uma vez como um dentre "dois de seus discípulos" (um, incógnito e outro, André).

Ao longo dos séculos os cristãos não tiveram dúvida sobre a identidade do “discípulo amado”. Sempre viram nesta figura o próprio João, que cala seu próprio nome por modéstia.

Somente a partir do século passado é que algumas vozes mais críticas começaram a manifestar sérias dúvidas sobre esta identificação tradicional, levantando-se a possibilidade de que o autor do evangelho pretendia, através deste discípulo anônimo, dirigir-se ao próprio leitor de seu texto. É ao leitor que Jesus ama e fala.

O que menos importa aqui é comprovar tal identificação. O mais importante é que a figura do discípulo amado pode ser a nossa, sempre e quando crermos firmemente em Jesus, que Deus, ao ressuscitá-lo dentre os mortos, o constituiu para nós Senhor e salvador, e que estamos chamados a ser sua presença no mundo, a levar aos outros o anúncio gozoso da Boa Notícia, do Evangelho.

A fé na Ressurreição será o eixo em torno do qual girará a pregação dos Apóstolos. E em nome desta fé aqueles que crêem em Jesus, serão obrigados a fazer de suas vidas um constante anúncio da intenção de Deus sobre a humanidade, expressa em seu enviado, Jesus

É bem provável que João tenha escrito de próprio punho e letra todas estas obras, mas elas têm um “ar de família”, uma série de elementos lingüísticos, literários e teológicos que revelam seu parentesco e sua dependência de uma tradição ou algumas fontes comuns que levaram a Igreja a atribuí-las a este personagem.

Na leitura de uma passagem do final do evangelho de são João, assistimos a uma cena singular: o descobrimento, por parte de Maria Madalena, de que o túmulo de Jesus estava vazio.

Ela corre contar a Pedro e a outro discípulo, aquele mais amado de Jesus, e eles, por vez, correm ao sepulcro para verificar a notícia.

A Igreja tradicionalmente identificou esse discípulo anônimo, caracterizado como o título significativo de “discípulo amado de Jesus”, que aparece a partir do relato da cena de despedida, nos momentos significativos dos últimos dias e instantes de Jesus, com João, o suposto autor do 4o. evangelho.

Todo o evangelho de João deixa perceber, a fé penetrante que reconhece a eternidade de Jesus presente em sua humanidade, sem a necessidade de visões do ressuscitado para crer.

Para o cristão, a figura do evangelista é “exemplar”, como já dissemos. É uma figura estimulante.

Com quanto amor deve ter escrito o seu texto! Com quanta paixão deve ter anunciado o evangelho!

Nesta festa de São João, somos chamados a acreditar em Jesus Cristo. Os discípulos que viveram com ele, viram e acreditaram nele.

Nós que não o vimos em sua existência terrena somos convidados a vê-lo e acreditar nele em seu projeto. A Bíblia, os irmãos, a Igreja são mediações para esse encontro com o ressuscitado

Assim, nós que estamos celebrando tão gozosamente o Natal do Senhor Jesus, devemos nos comprometer a proclamá-lo e anunciá-lo a todos, com a mesma alegria e coragem. 
Reflexão Apostólica:
 Não é preciso dizer o porquê o evangelho mudou para João não é? Realmente temos um bom motivo para “fugirmos” da seqüência das leituras. Hoje é dia de são João Evangelista.
Para falar um pouco desse apóstolo me permitam usar alguns jogos de palavras e analogias que no fim ficará bem entendido a intenção.
Primeiramente… Segundo o site das Paulinas “(…) João era um dos mais jovens apóstolos de Cristo, irmão do discípulo Tiago Maior, ambos filhos de Zebedeu, rico pescador da Betsaida, e de Salomé, uma das mulheres que colaboravam com os discípulos de Jesus. Assim como seu pai, João era pescador, e teve como mestre João Batista, o qual, depois, o enviou a Jesus. João, Tiago Maior, Pedro e André foram os quatro discípulos que mais participaram do cotidiano de Jesus”. E isso, quem acompanha ou estuda os evangelhos é bem claro, mas o que esse evangelista tem de diferenciado dos outros?
Alguns estudiosos (será que são estudiosos mesmo?) não dão muito valor nos escritos de João em virtude de ter sido alguém com pouca formação ou instrução em relação aos outros três  evangelistas, mas ele vence o próprio pré-conceito dos estudiosos quando deparam com situação de sua vida que profundamente o marcaram.
João esta presente nos grandes milagres do seu mestre, mas de forma especial é o único deles presente no último instante aos pés da cruz.
Quantos de nós também já foram ou ainda são vistos como pessoas sem valor, pouco talentosos ou habilidosos num campo de atuação ou trabalho, mas Deus nos escolheu para presenciar ou ser Seu instrumento em grandes obras?
Conta a tradição popular que após sofrer tantas perseguições, João foi condenado a ser banhado num caldeirão de óleo quente, mas diz a tradição que nada aconteceu com ele ao ser imputado a esse martírio. Homem de fé e passivo foi a ele que Jesus confiou a guarda de sua mãe, portanto não seria difícil de acreditar que o “discípulo muito amado” e guardião do sacrário vivo de Jesus (Maria), resistisse sem flagelos ao óleo quente.
O que vejo nessa situação é a repetição dos fatos no dia-a-dia: Os que eram vistos como os primeiros, habilidosos, superiores, (…), somem aos pés da cruz, mas os que realmente amam a Deus permanecem. Não estou dizendo que esses são os santos, mas talvez possam ser até mesmo os de “gênio” mais difíceis, mas não se afastam de Deus nas dificuldades, alegrias ou quando impostos a fervura dos óleos da inveja, da arrogância, do orgulho, (…).
Todos que amam a Deus, possivelmente, um dia serão impostos a fervura do mundo. Serão perseguidos, difamados, caluniados e não por que Deus fique feliz, ou seja, um observador passivo nisso, mas como um processo integrante de um crescimento individual que cada cristão deverá passar. Ninguém verá um filho se formar numa faculdade se não acompanhar de perto ano a ano na escola, nas provas, avaliações e vestibulares da vida.
Quem ama a Deus esta sempre perto pra ver os milagres acontecer, portanto não é prudente fugir dos seus olhos e todo aquele que resolve ter a coragem de ficar, recebe de Deus a proteção de Maria.
Quem está na fervura creia que profundamente que sairá ileso ou mais forte após tudo isso.
Que São João Evangelista nos abençoe!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

EVANGELHO QUARTA FEIRA 26 DE DEZEMBRO



Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 13,17-22
 " Tenham cuidado, pois vocês serão presos, e levados ao tribunal, e serão chicoteados nas sinagogas. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos governadores e reis para serem julgados e falarão a eles e aos não-judeus sobre o evangelho. Quando levarem vocês para serem julgados, não fiquem preocupados com o que deverão dizer ou como irão falar. Quando chegar o momento, Deus dará a vocês o que devem falar. Porque as palavras que disserem não serão de vocês mesmos, mas virão do Espírito do Pai de vocês, que fala por meio de vocês. 
- Muitos entregarão os seus próprios irmãos para serem mortos, e os pais entregarão os filhos. Os filhos ficarão contra os pais e os matarão. Todos odiarão vocês por serem meus seguidores. Mas quem ficar firme até o fim será salvo.
Meditação
 O evangelista Mateus apresenta o que significa seguir Jesus. Mostra as exigências e riscos do seguimento de Cristo. 

É obvio que a comunidade de Mateus estava passando por situações de sofrimento e perseguição, situação que também teve que passar Jesus.
 

É bom lembrar que os cristãos foram expulsos pelos judeus no ano 70, por anunciarem a Boa Nova de Jesus Cristo. Tiveram que comparecer em tribunais, foram maltratados e ultrajados.
 

Mas nem tudo é dor, sofrimento e contradição: também há uma mensagem de alento e esperança para todos aqueles que se arriscaram assumir este caminho libertador: "Não se preocupem com o que vão dizer"!
 

Foi exatamente essa confiança que alimentou e sustentou o santo que celebramos neste dia, santo Estevão, o primeiro mártir do cristianismo.
 

Ele anunciou incansavelmente o Evangelho, foi preso e levado até o Sinédrio para interrogatório. Foi caluniado e posteriormente apedrejado pelos judeus.

Pode parecer estranho que no dia seguinte à grande celebração natalina da Igreja, a liturgia nos proponha a festa do primeiro mártir cristão.
 

Talvez não o faça propositalmente, mas se trate de uma feliz coincidência litúrgica: adorar a Jesus recém nascido é algo tão sério e tão grave como estar disposto a dar a vida por Ele e por seu evangelho, estar disposto a ser seu mártir.
 

“Mártir” é uma palavra grega que significa “testemunha”, estritamente falando, quem deu sua vida para ratificar seu testemunho.

Portanto, cumpriam-se em Estevão, as palavras de Jesus que meditamos hoje no evangelho de Mateus: "
O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. Sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.". 

Nosso mundo, cheio de injustiças, guerras, fome, covardias e inconseqüências precisa de homens como Estevão que, sem se importar com as conseqüências, não se cansem de anunciar a justiça, a verdade, o amor e a misericórdia de Deus.

Ao longo dos séculos a Igreja contou com um exército de mártires de toda classe e condição: homens e mulheres; velhos, adultos, jovens e até crianças; papas, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos; ignorantes e sábios; pobres e ricos, cristãos de todos os tempos, até nossos dias, deram sua vida por Jesus Cristo e seu evangelho. 

Peçamos ao Pai, seu Espírito de força, coragem, confiança e perseverança para continuarmos na caminhada, e para que de alguma forma consigamos mostrar às pessoas, que um mundo de paz, justiça e dignidades é possível, e podemos iniciar dentro de nossa casa, na nossa família.
 
 Reflexão Apostólica:
 Reafirmo: Ninguém disse que seria fácil manter a fé!
A sociedade e o tempo em que Jesus manifestou essas palavras eram cercados de medos. Um tempo onde primos, sobrinhos, netos, (…) eram chamados de filhos e irmãos. Um tempo onde já se vivia em cidades, mas que nos módulos básicos de convivência ainda carregavam a idéia de clãs,  tribos,  próximos…
Muitos filhos não tinham respeito por seus pais ao ponto de entregá-los, roubá-los, matá-los por causa de heranças, pastos, ovelhas, cargos de influência, ou seja, por nada. Uma época onde os adeptos de Jesus eram chamados de seguidores do “caminho”, pois ainda não havia a expressão “cristãos” ou tão pouco cristianismo.
Esse “caminho” que Jesus ensinava trilhar ia de encontro, ou melhor, em atrito, com os valores da época. O “caminho” pregava que a vida não era centrada na busca do poder e sim da simplicidade; que não criava ou valorizava reis ou seres de influencia, o caminho pregava o serviço ao próximo. Dizia “não” ao orgulho, a arrogância e a prepotência. Não dizia nada de errado aos nossos olhos, mas então por que Ele era, e é, tão perseguido? Será que algum de nós hoje poderia dizer que o que pregavam era errado?
O intrigante é hoje também somos perseguidos por buscar o caminho.
Recentemente uma professora foi demitida por expor que papai Noel é uma simbologia e não algo real de fato. Por acaso mentiu? Mas esse mundo consumista precisa de um rei que venda e não que ensine às pessoas a verdade, valores morais, opiniões… Nesse momento não falo de religião e sim de um caminho… Será que ela precisa mesmo mentir para se manter no trabalho?
Esse simples fato, sem entrar em detalhes, expõe uma dura realidade que precisamos expor dentro de cada um de nós: Será que estamos mentindo para podermos ser aceitos ou nos aceitar? Quantas vezes precisamos omitir nossos valores e o que cremos para podermos viver? Será que exagero? Não creio!
Quando mentimos um balanço ou compramos notas fiscais para abater o que não consumimos em imposto de renda, quando pagamos ao policial que pede “caixinha” mesmo sabendo que não há nada de errado com o carro, quando nos aliamos ou votamos no corrupto a espera de um favor, quando alimentamos a indústria dos CD e DVD piratas, quando sabemos um erro da vida do outro e os julgamos e sentenciamos para ocultar minhas próprias mazelas, erros… Nossa! Como é fácil apontar erros dos outros para esconder os meus!
E não paramos por ai…
Perseguimos o irmão da outra igreja, pastoral ou movimento; tecemos criticas que talvez não fizéssemos nem aos nossos inimigos; usamos da fofoca, da calunia, do fuxico para tentar descredenciar esse (a) filho (a) de Deus que trabalha tão bem e por inveja não consigo perceber. Antes mesmo que abra a boca já fechamos os ouvidos e o pior falamos isso como fossemos defensores da moral…
Por que será que pessoas que erraram temem voltar à comunidade? Por que será que o casal que se separou precisa muitas vezes mudar de bairro pra voltar à Missa? O que será que Jesus nos confiou: Buscar quem se perdeu ou julgá-las? “(…) O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão”.
Creio que se pelo menos os “nossos” pararem de nos perseguir, e quando digo “nossos” digo todos que seguem o caminho (cristãos, sejam eles católicos, evangélicos,…), acredito que poderemos cumprir de fato o ultimo desejo de Cristo antes de subir aos céus. “Ide ao mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.
E ai? Eu junto ou espalho?