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sábado, 30 de abril de 2016

EVANGELHO DO DIA 01 DE MAIO - 6º DOMINGO DA PÁSCOA

01 DE ABRIL 2016 - Festa de São José Trabalhador.

As atividades intelectuais e aquelas manuais sejam equilibradas como dois meios que conduzem ao único fim: o serviço de Deus na imitação de São José. (L 207). São Jose Marello
6º DOMINGO DA PÁSCOA
Leitura do santo Evangelho segundo São João 14,23-29

"Jesus respondeu: «Se alguém me ama, guarda a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. E a palavra que vocês ouvem não é minha, mas é a palavra do Pai que me enviou. Essas são as coisas que eu tinha para dizer estando com vocês. Mas o Advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse».
«Eu deixo para vocês a paz, eu lhes dou a minha paz. A paz que eu dou para vocês não é a paz que o mundo dá. Não fiquem perturbados, nem tenham medo. Vocês ouviram o que eu disse: ‘Eu vou, mas voltarei para vocês’. Se vocês me amassem, ficariam alegres porque eu vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Eu lhes digo isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vocês acreditem."

Meditação:
O livro dos Atos apresenta-nos novamente a controvérsia dos apóstolos com algumas pessoas do povo que diziam que os não-circuncidados não podiam entrar no reino de Deus.Os apóstolos descartavam o preceito judaico da circuncisão.
Esta se realizava após oito dias do nascimento da criança do sexo masculino. Dessa forma, asseguravam-se-lhe todas as bênçãos prometidas por ser um membro em potencial do povo eleito e por participar da Aliança com Deus. Todo varão não-circuncidado, segundo tal tradição, devia ser expulso do povo, do solo judaico, por não ter sido fiel à promessa de Deus (cf. Gênesis 17, 9 -12).
O ato ritual da circuncisão estava carregado – e ainda o está – de significado cultural e religioso para o povo judeu. Estava ligado também ao peso histórico-cultural de exclusão das mulheres, as quais não participavam de rito algum para iniciar-se na vida do povo: não eram consideradas cidadãs.
Para os cristãos, a circuncisão já não é nem será importante. Aqueles rito e tradição não mais vigoravam. Já não era necessário praticar ritos externos distanciados da justiça e di amor misericordioso de Deus. No cristianismo, homens e mulheres somos iguais, e no Batismo adquirimos todos a dignidade de filhos de Deus e membros do corpo de Cristo, que é a Igreja. Acreditamos sim que é necessário realizar uma constante “circuncisão do coração” (cf. Deuteronômio 10, 16) para que tanto homens como mulheres consigamos purificar-nos do egoísmo, do ódio, da mentira e de tudo aquilo que nos degenera.
O Apocalipse nos apresenta também uma crítica à tradição judaica que excluía pessoas. João viu em suas revelações a nova Jerusalém que baixava do céu e que estava enfeitada para seu esposo, Cristo ressuscitado. Esta nova Jerusalém é a Igreja, triunfante e imaculada, fiel ao Cordeiro e não se deixou levar pelas estruturas que muitas vezes geram a morte. Aqui está a crítica do cristianismo ao judaísmo que se deixou monopolizar pelo Templo, na qual os varões, e entre estes especialmente os protegidos pela Lei, eram os únicos que podiam relacionar-se com Deus; um Templo que sinal de exclusão para as pessoas simples do povo e os não-judeus.
A Nova Jerusalém que João descreve em seu livro não necessita de templo, porque o próprio Deus estará lá, manifestando sua glória e seu poder no meio dosa que lavram suas vestes no sangue do Cordeiro. Não haverá mais exclusão – nem puros nem impuros –, porque Deus será tudo em todos, sem distinção alguma.
No evangelho de João, Jesus, dentro do contexto da Última Ceia e do grande discurso de despedida, insiste no vínculo fundamental que deve prevalecer sempre entre os discípulos e ele: o amor. Judas Tadeu fez uma pergunta a Jesus: “Senhor, por que razão hás de manifestar-te a nós e não ao mundo?”.Obviamente, Jesus, sua mensagem, seu projeto do reino, são para o mundo; mas não nos esqueçamos que para João a categoria “mundo” é todo aquele que se opõe ao plano ou o querer de Deus e, portanto, rejeita abertamente a Jesus; logo, o sentido que dá João à manifestação de Jesus é uma experiência exclusiva de um reduzido número de pessoas que devem ir adquirindo uma formação tal que cheguem a se assemelhar a seu Mestre e sua proposta, mas com o fim de ser luz para o “mundo”; e o primeiro meio que garanta a continuidade da pessoa e da obra de Jesus encarnado numa comunidade ao serviço do mundo, e o amor. Amor a Jesus e a seu projeto, porque aqui se fala necessariamente de Jesus e do reino como uma realidade inseparável.
Agora bem, Jesus sabe que não poderá estar por muito tempo acompanhando seus discípulos; mas também sabe que há outra forma não necessariamente física de estar com eles. Por isso, prepara-os para que aprendam a experimentá-lo não já como uma realidade material, mas em outra dimensão na qual poderão contar com a força, a luz, o consolo e serem guiados necessários para manter-se firmes e afrontar o caminhar diário na fidelidade. Promete-lhes pois, o Espírito Santo, ele, alma e motor da vida e de seu projeto, para que acompanhe o discípulo e a comunidade.
Finalmente, Jesus entrega a seus discípulos o dom da paz: “minha paz lhes deixo, dou-lhes minha paz” (v. 27); testamento espiritual que o discípulos terá de buscar e cultivar como um projeto que permite tornar presente no mundo a vontade do Pai, manifestada em Jesus. É que na Sagrada Escritura e no projeto de vida cristã a paz não se reduz a uma mera ausência de armas e de violência; a paz abrange todas as dimensões da vida humana e se converte num compromisso permanente para os seguidores de Jesus.
Reflexão Apostólica:
O Evangelho deste domingo se situa dentro do chamado primeiro discurso de despedida do quarto evangelho.
Ele não deve ser considerado como relatos históricos das últimas palavras de Jesus, mas como uma coleção de sentenças características do Senhor e meditações da comunidade primitiva, especialmente a joânica.
Este discurso trata essencialmente da situação dos discípulos depois da ida de Jesus ao Pai, e de como será a nova presença de Deus no meio da comunidade.
Em outra passagem evangélica Jesus promete aos seus sua presença até o final dos tempos: “Eu estarei com vocês todos os dias até o final dos tempos” (Mt 28,16).
No texto de hoje, Ele “explica” como ela será: “Se alguém me ama, guarda a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada”. 
Jesus sabe que não estará mais fisicamente com sua comunidade então os quer preparar para que aprendam a descobri-Lo na sua nova presença, tão real como a anterior!
Jesus, depois de ressuscitar voltará, mas não o fará sozinho, voltará com o Pai, e sua casa será cada pessoa que o ame e viva sua palavra, seu mandamento do amor (Jo 21,1-9).
Não pode ser maior a similitude entre a situação da primeira comunidade com a nossa. Também nós precisamos não só acolher esta nova presença de Deus, mas também ter um olhar “crente” para descobri-La.
Para esta ousada tarefa, os amigos e amigas de Jesus de todos os tempos não estão sós, o Pai envia sobre eles o Espírito Santo. Ele será o mestre interior que conduzirá os discípulos no caminho da construção do Reino.
Daí a importância do cultivo da amizade com o Espírito Santo, estar atentos/as a suas moções, inspirações para levá-las adiante. O apóstolo Paulo em suas cartas é ousado quando em mais de uma oportunidade diz: “O Espírito Santo e eu temos decidido...”, o que mostra a intimidade que vivia com a terceira pessoa da Trindade.
Na vida de todos os santos e santas, vemos essa sensibilidade espiritual que os levou a encarnar o evangelho em diferentes situações e culturas até dar a própria vida.
Tal é o exemplo de Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro. Frade franciscano nascido em Guaratiguetá, em 1739, homem de grande piedade, fundador do convento do Novo Recolhimento em São Paulo.
Era considerado santo já em vida, e a cidade fez dele o seu prisioneiro. Em várias ocasiões as exigências da sua Ordem Religiosa pediam que se mudasse para outro lugar, mas tanto o povo como as irmãs do convento por ele fundado, como o bispo e mesmo a Câmara Municipal de São Paulo intervieram para que ele não deixasse a cidade. 
Qual era o segredo deste homem que recorria extensas distâncias a pé pregando e atendendo pessoas, com grande zelo apostólico?
Sem dúvida que o Espírito que o animava e conduzia era o mesmo Espírito de Jesus, a quem ele soube escutar, perceber e seguir.
Jesus sabe que aquele que se deixa conduzir pelo Espírito e assim é fiel ao Plano do Pai, vai ter dificuldades, vai ter oposições, vai experimentar em algum momento o abandono e a solidão.
Por isso, Ele lhes oferece a paz, sua paz, que é sua Presença. Essa é a herança que o Ressuscitado deixa à sua comunidade. É dom e tarefa ao mesmo tempo, porque viver ressuscitados, em comunhão com Deus e os irmãos, implica doar a vida para que tudo aquilo que ainda sofre a crucifixão ressuscite.
A paz do Ressuscitado é uma “paz inquieta”, não acomodada aos poderes econômicos, políticos do momento, que, muitas vezes, são responsáveis de que reine no mundo a “paz dos cemitérios”!
Como cada um de nós e em comunidade escutamos, discernimos e agimos de acordo as moções do Espírito Santo? Como seguidores e seguidoras de Jesus por que paz trabalhamos?
Propósito:

Deus Pai e Mãe: envia sobre nós teu Espírito de sabedoria, para que, conforme prometeu Jesus, nos vá recordando tudo o que teu Filho nos ensinou, e nos vá fazendo descobrir outras muitas possibilidades que aqueles mesmos ensinamentos comportam para viver a fé de um modo novo, com fidelidade criativa, neste mundo também novo em que nos tocou viver. Ajuda-nos a descobrir que “só o amor é digno de fé, e a distinguir tudo o que em cada religião é cultural e acidental, para que firmes na adoração de teu mistério inexprimível, nos abramos à universalidade de teu amor e da fraternidade humana, acima de toda fronteira de raça, cultura ou religião.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Evangelho do dia 30 de abril sábado

30 ABRIL Vale mais um pensamento de caridade que se desenvolve no coração do nosso Cottolengo do que mil projetos filantrópicos que se procura promover à custa de milhões espremidos das veias do povo. (L 76). São Jose Marello
João 15,18-21
""Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é seu; mas, porque não sois do mundo, e porque eu vos escolhi do meio do mundo, por isso o mundo vos odeia. Recordai-vos daquilo que eu vos disse: 'O servo não é maior do que o seu senhor'. Se me perseguiram, perseguirão a vós também. E se guardaram a minha palavra, guardarão também a vossa. Eles farão tudo isso por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.

1º Meditação

O mundo simboliza aqui a injustiça institucionalizada, imposta pelas autoridades religiosas e políticas, em clara oposição aos planos de Deus em Jesus.
Ao sentimento de amor que mutuamente Jesus e seus discípulos vivenciavam, contrapõe-se o ódio que lhes tem o mundo.
A sorte dos discípulos, e posteriormente de todos os que crêem e seguem o Mestre, poderá ser a mesma de Jesus. O mundo os perseguirá porque crê que sem eles o projeto de Jesus desaparecerá.

João deixa claro que o ódio do mundo aos cristãos não será um fenômeno passageiro; persistirá enquanto estes se mantiverem coerentes com os ensinamentos de Jesus e forem contrários aos que impuserem ao mundo seus interesses egoístas.

Numa série de quatro sentenças condicionais se repete que o ódio do mundo aos cristãos é basicamente uma rejeição ao próprio Jesus. O amor de Jesus fez que o verdadeiro cristão se parecesse tanto com Jesus, que o mundo não terá outra solução do que tratar aos dois por igual.
Devemos nos lembrar que quando o quarto evangelho recebeu sua forma definitiva, os cristãos estavam sendo expulsos das sinagogas pelos chefes do judaísmo e presos e mortos pelos romanos.
A partir dessa passagem, o evangelho de João muda o tom da linguagem. Até aqui vinha falando do amor como valor supremo da vida cristã. Agora Jesus falará do ódio e da perseguição de que seriam objeto seus seguidores.

Começa afirmando que o ódio do mundo a seus discípulos tem como causa o ódio do mesmo mundo para com ele. Esse mundo (o ambiente cultural, político, religioso, social...) o tinha rechaçado redondamente.

Como conseqüência lógica, rejeitaria também a seus seguidores. Não se pode pretender ser discípulo de Jesus se não se assume a rejeição e a perseguição.

O rechaço se baseia no desconhecimento a respeito do Pai de quem procede Jesus, e em cuja comunhão vivem os discípulos.

Seguir a Jesus, escutar sua Palavra, deixar-se amar por ele, abrir-se para que Deus habite no próprio coração, amar-se mutuamente, cumprir a vontade do Pai com suas exigências de justiça e respeito à dignidade de todos os seres humanos, tudo isso será a causa fundamental da perseguição.

O Evangelho de João realça a importância fundamental da união a Cristo, a fim da missão ser fecunda: O segredo da coragem e eficácia da missão do Apóstolo está na sua confiança inabalável na Palavra no Espírito Santo que o anima e capacita.

O evangelizador não pode ignorar que terá de enfrentar muitas dificuldades e oposições.
Paulo fala-nos dos muitos sofrimentos que teve de passar para anunciar o Evangelho: Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, a fim de que se veja que o nosso poder extraordinário é de Deus e não nosso.

Em tudo somos atribulados, mas não esmagados. Somos confundidos, mas não desesperados. Somos perseguidos, mas não abandonados. Somos abatidos, mas não aniquilados (2Cor 4, 8-9; 11, 22-29).

Os discípulos de Jesus terão de enfrentar o ódio do mundo, tal como Ele o enfrentou. Esse ódio caracteriza o mundo, tal como o amor caracteriza a comunidade cristã.

Os discípulos serão perseguidos pelo mundo, porque ele não suporta aqueles que se opõem aos seus princípios. Os que optaram por Cristo são considerados estranhos e inimigos pelo mundo. A sua vida é uma acusação permanente às obras perversas do mundo.

É por isso que o homem de fé é odiado. O ódio do mundo manifesta-se na perseguição contra a comunidade dos discípulos de Cristo. Mas estes não devem desanimar na sua vida de fé e no cumprimento da missão de evangelizar.

A perseguição e o sofrimento hão-de ser vividos em união com o Senhor. A sorte dos discípulos é idêntica à de Cristo: Se me perseguiram a mim, também vos hão-de perseguir a vós.
O discípulo de Cristo sabe que, ao realizar a sua missão, encontra a resistência do mundo. O evangelizador sabe que apesar de estar no mundo ele não é do mundo, pois os seus critérios não são os do mundo, mas os do Evangelho.

Se o mundo vos odeia, reparai que, antes que a vós, me odiou a mim. Se viésseis do mundo, o mundo amaria o que é seu. Mas, vós não vindes do mundo, pois fui eu que vos escolhi do meio do mundo…

Como vemos Jesus, ao mesmo tempo em que prepara os discípulos para enfrentarem perseguições, dá-lhes a garantia de que sua missão será eficaz.

As perseguições dos discípulos são as confirmações de que fazem parte dos discípulos de Jesus: Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o gênero de calúnias contra vós, por minha causa.

Segundo Paulo, como cristãos devemos nos manter firmes, tendo os rins cingidos com a verdade e a couraça da justiça vestida.

É interessante ver como Paulo faz de nós valorosos guerreiros. A nossa espada ou facão que devemos trazer na mão é a Palavra de Deus. Ela é eficaz e penetrante, pois chega ao mais fundo do espírito humano.

O evangelho lembra-nos que o servo não é mais que o seu senhor. Não deves ficar assustado ou preocupado se ao teu lado, verificares indiferença e hostilidade. É sinal de que estamos fiel a Cristo perseguido e à sua palavra de cruz.

Não devemos entrar em crise se muitos não pensam como tu, se te atacam por todos os meios antigos e modernos. A fé é sempre algo fora de moda. Por isso, há-de ser procurada e vivida na oblatividade, que consiste no apelo à cruz, ao sacrifício, a saber, amar, à justiça paga com a própria pele.
No mundo contemporâneo, têm sido muitos os cristãos que sofreram e sofrem perseguição e o martírio por serem coerentes com o Evangelho de Jesus.

Por isso, fortalecidos pela presença de Cristo, e dóceis ao seu Espírito, devemos empenhar-nos, como discípulos de Cristo, em denunciar o pecado, em trabalhar para que o mundo dos homens, o nosso mundo atual, com as suas forças, os seus dramas, se abra ao Reino de Deus.

Busquemos as forças na Palavra de Deus e no Espírito Santo, pois eles são as forças que nos capacitam para desfazer as distorções dos corações retorcidos pelas mentiras do homem velho, ou seja, do pai da mentira.

Reflexão Apostólica: 
 
Jesus primeiro nos aconselha o amor verdadeiro e fraterno para com os outros. Depois nos apresenta, agora, o tema do ódio do mundo. Esse mundo que está sob o domínio dos poderosos, ricos e opressores e, quando aparece alguém que denuncia  toda essa injustiça, esse poderá ser odiado e perseguido. Após a criação, Deus viu que tudo era bom. Porém, esta criação foi submetida à opressão.

Os cristãos que dão testemunho de amor e criticam todo tipo e abuso são odiados por aqueles que estão no poder, que usufruem das estruturas injustas nas quais aquele que é honesto é considerado "trouxa" e "otário".

Ser do mundo é fazer o jogo dos poderosos opressores  no sistema opressor que garante os privilégios, as riquezas e o poder de uma minoria, e o relativo bem-estar dos que a ela se submetem. Eles até acreditam que estão salvando suas vidas.

A nossa missão poderá encontrar resistência e adversidades da parte de alguns, mas, em contrapartida, terá acolhida e adesão de muitos, porque temos a proteção divina: "Eis que estarei convosco até o fim dos tempos."

Os tempos atuais não nos apresentam grandes perigos por dizer a verdade de Jesus. Se estivéssemos em tempos passados em que correríamos o risco de ser enquadrados como subversivos, poderíamos até estar preocupados.

Hoje, as tendências políticas são democráticas (???). Devemos estar atentos para outras realidades, como por exemplo, a libertinagem e "opção" sexual que invadiu a mente da juventude através dos meios de comunicação inclusive do governo, através de suas "cartilhas" e "kits" bastante liberais.

Não vamos pensar que seremos perseguidos. Sejamos firmes na fé, constantes na oração, e nos aproximemos cada dia mais de Deus através da freqüência à missa e a Eucaristia.

Vamos pedir a Deus que proteja, abençoe e converta  os nossos jovens para que não tenhamos uma Igreja de crianças e idosos.

Ainda bem que as crianças ao contrário dos jovens, estão presentes na catequese e na missa. Porque é essa a idade mais fértil para semearmos a palavra de Deus.

Propósito:
Pai, faze-me forte para enfrentar o ódio e a perseguição do mundo, sem abrir mão de minha fidelidade a ti e a teu Reino, a exemplo de Jesus.

2º MEDITAÇÃO
O Evangelho de João dá acentuado relevo à revelação pelos fortes contrastes empregados. No prólogo vemos a contraposição "a luz brilha nas trevas e as trevas não a apreendem". Agora, ao amor contrapõe-se o ódio. Em seguida ao "amai-vos uns aos outros como eu vos amei", Jesus refere-se ao ódio do mundo.

Não se deve esquecer que, entre os muitos conceitos e categorias utilizadas por João, encontra-se esta do “mundo”, com a qual o evangelista quer ilustrar tudo aquilo que se opõe ao plano de Deus e à missão de Jesus.

Não se trata de condenar o mundo porque é mundo, pois afinal de contas trata-se de uma obra de Deus; com o conceito “mundo”, João qualifica tudo o que constitui a antítese do amor com que Deus o criou e com o qual hão de relacionar-se seus filhos e filhas entre si.

Essa antítese do amor é a que se encarregou de pôr resistências e obstáculos ao plano do Pai, à pregação e à ação de Jesus, e é a mesma força que fará também oposição aos discípulos. Jesus, pois, não vaticina uma mudança favorável nessas relações; pelo contrário, previne seus discípulos sobre as rejeições que vão ter da parte do mundo.

Contudo, os discípulos terão como segurança o permanecer sempre unidos ao tronco, que é a idéia geral do capítulo 15 de João. No momento em que os discípulos se “desprenderem” do tronco, que é Jesus, começam a assemelhar-se em seu comportamento ao mundo.

A união com Jesus implica continuar a atividade que ele realizou, denunciando e desmascarando tudo aquilo que no mundo se opõe à sua proposta de vida e de amor.

Não podemos estar em Jesus a menos que suas palavras estejam em nós. Quando as suas palavras permanecem em nós, somos absorvidos pelo aprender e pelo obedecer seu ensinamento. Temos freqüentemente nossas Bíblias na mão. Entregamo-nos a uma serena leitura do seu ensinamento, parando para meditar, permitindo à verdade "penetrar". Encontramo-nos numa disposição para refletir, interrogando-nos onde poderíamos estar deixando de fazer sua vontade.

Quando as palavras de Jesus permanecem em nós, tomamos uma nova identidade, deixando nossa velha identidade em favor daquela de Jesus. Jesus habita em nós. Quando outros observam nossa conduta vêem o reflexo de Jesus. Somos compassivos para com os necessitados, pacientes nos sofrimentos, atentos às crianças pequenas, tranqüilos com a perseguição, enraivecidos contra o pecado, preocupados com os perdidos, humildemente submissos à vontade de Deus, buscando primeiramente o reino de Deus e sua justiça em nossas vidas. O mundo não nos compreende, assim como ele não compreendeu Jesus.

Quando as palavras de Jesus permanecem em nós, desejamos que a vontade de Deus esteja feita na terra como no céu. Enquanto expressamos a Deus o que é nossa vontade em várias circunstâncias, não buscamos impor a ele nossa vontade. Antes, oramos para que sua vontade seja feita em tudo, submetendo nossa vontade à sua, deste modo recebendo "o que desejamos" em resposta às nossas orações.

A progressão seguinte se torna clara: As palavras de Jesus estão em nós, capacitando-nos a estar em Jesus e capacitando-nos, em seguida, a orar eficazmente, confiantes em que será feito o que desejamos. Orar é acessar as riquezas de Deus, não mais apenas como alvos da misericórdia e graça de seu Filho, Jesus, mas também como amigos, parceiros solidários e cooperadores em sua obra de redenção. Através da oração Deus nos concede o privilégio de participarmos ativa e criativamente em seu propósito eterno. Enquanto calados, somos passivos beneficiários dos favores do céu. Quando ajoelhados, orando em nome de Jesus, somos administradores responsáveis das riquezas dos céus para benefício do maior número possível de pessoas. Orar é aventurar-se a sacar da conta de Jesus, para abençoar pessoas em nome de Jesus, para a glória do Pai de Jesus. Bendita a hora de oração.

Acreditamos que o cristão deveria consagrar-se ao Senhor, ou seja, entregar e dedicar sua vida inteiramente a Ele; não apenas cumprir seus deveres para com Deus, também não nos enaltecermos aos nossos próprios olhos nem tentar impressionar os outros. Devemos, porém, "apresentar os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional", para que Ele possa operar através de nós e em nós "tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade.". Nós nos consagramos ao Senhor porque O amamos, e isso, porque Ele nos amou primeiro, e temos o máximo prazer em pertencer a Ele.

Os verdadeiros Cristãos sempre foram perseguidos em qualquer época e lugar que tenham vivido. Algumas vezes a perseguição será mais forte outras vezes menos forte, mas a perseguição haverá sempre. Agora, por exemplo, aqui em Itália a perseguição contra os santos não é mais aquela que havia sob o regime fascista, ou como a que houve séculos atrás por mão da Inquisição, mas sempre existe alguma forma de perseguição contra os santos. Por exemplo, somos escarnecidos, injuriados, caluniados, e recebemos injustiças de vários gêneros, por causa da nossa fé em Cristo.

Em outras nações, em particular nas nações onde os Muçulmanos são a maioria da população e onde o governo é um governo fundamentalista muçulmano a perseguição contra os santos é muito feroz, e causa-lhes muitas dores e sofrimentos, e causa a morte de muitos nossos irmãos.

A Igreja verdadeira não pode de maneira alguma desfrutar dos favores e da boa vontade do mundo. Cremos e trememos à Palavra de Deus ou não? Quando será que vamos enfrentar o que Jesus preveniu que aguardaria aqueles que negam a si próprios, tomam a sua cruz e O seguem?

Admiramo-nos com aqueles que questionam a resposta de Deus à oração. Ouviu-se um irmão dizer que nenhuma de suas orações tinha sido jamais respondida. Palavras estranhas, na verdade! Nenhuma oração que seja feita com o espírito justo, por uma pessoa justa, foge da atenção de Deus. Ele ouve e responde a cada uma delas.

Admiramo-nos, por outro lado, com aqueles que rejeitam o ensinamento de Jesus, calcam aos pés seu nome e sua palavra e ainda pensam que, em momentos de crise e de pânico, podem orar eficazmente. As orações de tais são uma abominação

Estejamos em Jesus; que as palavras dele estejam conosco; então, oremos com absoluta confiança e certeza de que Deus proverá o que nós desejamos.

Evangelho do dia 29 de abril sexta feira

29 ABRIL  - O mundo sofre por falta de fé, de esperança e de caridade. (L 25). São Jose Marello

João 15,12-17
"Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça. Assim, tudo o que pedirdes ao Pai, em meu nome, ele vos dará. O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros."  
Meditação

Este texto aparece como corolário do convite de Jesus a permanecer unidos entre si e a Ele no amor e em obras (cumprindo os mandamentos do Pai). Jesus acerta em uma espécie de síntese essencial de todo o projeto de Deus para a humanidade: amai-vos entre vós como eu vos tenho amado. Nada do que podemos dizer sobre o querer de Deus fica fora do mandamento novo de Jesus.

Buscar a paz, trabalhar com outros e com outras que se sintam convidados a transformar a realidade injusta, cuidar e defender a ecologia, a vida ameaçada, etc. nenhum desses compromissos é alheio à proposta de amor radical de Jesus: “como eu vos tenho amado”, ou seja, até o fim, sem medida, com a vida, com as entranhas. Jesus diferencia entre ser amigo e ser servo, o servo não escolhe, obedece.

O amigo é servidor, aceita um convite livremente, opta e assume um estilo de vida, entra em intimidade com quem o chama e essa identificação produz frutos que brotam do amor mutuo. Responder ao convite-exigência de Jesus é condição para sustentar nossa amizade com Ele.

O evangelho reafirma novamente o mandamento do amor. O fundamento do amor entre os discípulos é que antes foram amados por Jesus. O amor do Mestre a seus discípulos gera uma relação diferente entre eles: já não são servos ou escravos, mas verdadeiros amigos. E a amizade consiste em Jesus lhes ter revelado tudo o que o Pai lhe encomendara.

Ele escolheu e chamou seus discípulos para que transmitissem uma nova vida fundada no amor oblativo, que se entrega como oferenda plena aos outros. Esta nova vida emana da cruz de Jesus.

A cruz recebe um novo sentido, uma nova dimensão: é a máxima expressão do amor de Deus à humanidade e do “amor até o extremo” de Jesus aos seus.
Jesus ensina e realiza sinais mediante os quais o ouvinte pode, imediatamente, ver e ser consciente de sua própria imagem e, desse modo, gerar a consciência necessária para que surja espontaneamente a necessidade de se rebelar contra um modelo social injusto e comece a buscar a forma de organização que convém ao ser humano: a organização fraterna, igualitária e justa.

Essa é a finalidade do projeto de Jesus: homens e mulheres que se empenhem juntos na tarefa de construir um modelo de sociedade novo e também um novo modelo eclesial, onde todos tenhamos lugar. Esse modelo de sociedade somente é possível se embasado no amor, tal como nos diz hoje o evangelho.

Somente se nos amarmos conseguiremos experimentar profundamente o gozo de sermos amigos de Jesus; ele é nosso amigo, quer o melhor para nós; não nos olha como servos, porque já disse: “o servo não sabe o que faz seu senhor”; ele nos chama de amigos, considera-nos como seus amigos e está disposto a empreender em nós e conosco a luta por uma sociedade melhor.

Reflexão Apostólica:  

Há uma palavra que nos liberta de todos os fardos, dores da vida e nos faz atingir o vínculo da perfeição. Essa palavra é amor. João na primeira carta diz que Deus é amor.
Além de tudo, o mais que Deus seja e, além do mais que Ele tenha feito, esteja a fazer ou venha a fazer – tudo é uma manifestação do Seu amor. Este amor é tão reconfortante como é difícil de compreender.

O amor de Deus excede em muito aquilo que os seres humanos rotulam normalmente como amor, o qual é, por vezes, um mero sentimento superficial ou uma paixão louca temporária, esta tantas vezes misturada de egoísmo e cobiça. Deus não Se limita a ter amor ou a demonstrar amor. Ele é amor.
O amor de Deus pela humanidade tem-se revelado de numerosas maneiras, sendo a maior de toda a Cruz. Como seguidores de Jesus, correspondemos ao Seu amor amando os outros, como Cristo nos amou a nós.
No Evangelho de João, Jesus não manda amar a Deus. Seu mandamento é que permaneçamos no amor. É amar o amor, e Deus é amor. O maior amor está em dar a vida por seus amigos, estar totalmente a seu serviço, a exemplo de Jesus.
Somos escolhidos para dar frutos que permaneçam para sempre. O fruto é a prática do amor mútuo originando as comunidades. A vida sem amor é um tipo sub-humano de existência.

Precisamos do amor dos pais. Precisamos do amor da família e dos amigos. Precisamos pertencer a uma comunidade que ama.
Contudo, assim como precisamos receber amor, também precisamos dar amor. Não somos verdadeiramente humanos se não conseguirmos amar.
Sejamos, porém claros: O verdadeiro amor não tem origem em nós. A capacidade de amar é criada em nós pelo nosso Criador na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. É ele que nos convida a amarmo-nos uns aos outros.
Assim, celebrar a Eucaristia é assumir o compromisso de viver a fraternidade não apenas verbalmente, mas de fato. Assim como Jesus se entrega por nós, que nossa vida seja toda ela vivida na doação e no serviço em favor dos irmãos e irmãs, especialmente daqueles que mais sofrem. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.
A passagem do evangelho termina reafirmando o mandamento do amor. Sem amor, a mensagem de Jesus fica vazia.

Somente o amor até o extremo pode garantir a fecundidade da comunidade discipular. Se houver verdadeiro amor, serão bem-vindos os conflitos, as perseguições e os ataques de toda espécie. Mas se faltar o amor, facilmente se cairá ante a primeira dificuldade.

Propósito:
Pai, seja o amor de Jesus minha única fonte de inspiração para pôr em prática o mandamento do amor mútuo. Que eu me esforce por amar, como tu amas!


terça-feira, 26 de abril de 2016

Evangelho do dia 28 de abril quinta feira

28 ABRIL - O catecismo é o livro por excelência. Bem vulgar seria quem o quisesse taxar de vulgaridade. Este livro revela com eficácia admirável toda a utitlidade da religião e faz de um garoto de dez anos um pensador profundo, que possui todos os grandes princípios da verdadeira filosofia e está à altura de discorrer a qualquer momento sobre a essência e os atributos de Deus, falando sem confusão da Unidade e da Trindade, da geração e da procedência das Pessoas Divinas, que conhece a gênese do mundo, a queda do homem, a vinda do Restaurador, a necessidade da graça e os meios que a difundem, o sacramento da reconciliação e a comunhão da oração. Sem dúvida alguma, nenhum filósofo poderá encarar um menino cristão na exposição exata das grandes verdades que constituem o patrimônio da nossa religião. (L 25). São Jose Marello
João 15,9-11
"Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu observei o que mandou meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa."  
1º Meditação
Fazendo uma revisão geral ao Evangelho de João, verificamos que demoradamente Jesus dialoga com os seus discípulos abrindo-lhes horizontes para melhor entenderem o mistério do Deus presente na história da humanidade.
Sua vinda entre nós e a máxima prova de amor por nós. Deus Pai mostrou o seu amor a Jesus comunicando-lhe a plenitude de seu Espírito a quando do Batismo no rio Jordão. Deus-amor desceu sobre Jesus como uma pomba a seu ninho, convertendo Jesus no ninho do Deus-amor.
No trecho de hoje demonstra o seu amor aos discípulos da mesma maneira, comunicando-lhes o Espírito que está nele, esse rio de vida que fluirá do interior do cristão e que sacia a sede do coração humano. A fonte do amor é o amor entre o Pai e o Filho. É o amor apropriado ao Espírito Santo.
Permanecer no amor de Jesus é inserir-se nesta dinâmica de amor e vida entre o Pai e o Filho. Partindo de uma adesão pessoal, o permanecer no amor de Jesus significa uma inserção na comunidade de discípulos. É irradiar envolvendo a outros, ampliando a comunidade de amor e prolongando-a no tempo. Jesus permanece no amor do Pai e isso significa que ele observa e cumpre o que o Pai mandou. Não se trata de uma obediência cega como a de um inferior a um superior, mas de uma união amorosa de vontades.
Portanto, a união, a permanência em Jesus – videira, no evangelho de ontem, é a garantia do nosso amor para com Ele. É preciso permanecer no seu amor, assim como Ele permanece no amor de seu Pai.
Jesus, como resposta permanente ao amor de seu Pai e que nos revelou, pede-nos que vivamos no âmbito do amor à Ele e na prática do amor ao próximo. Tal é a atmosfera gozosa em que se move o seguidor de Jesus. Assim como o meu Pai me ama, eu vos amo; permanecei no meu amor.
Este amor deve traduzir-se em alegria, numa visão positiva da vida, em gozo, em taxativo não à desesperança, ao pessimismo, ao medo e ao temor. Não há realidade alguma que não possa ser mudada com amor e pelo amor. Lembremos sempre que o amor é o vínculo da perfeição. O amor que gera a vida proporciona a alegria.
Como cristãos, devemos viver alegre, porque a alegria é o resultado de uma vida vivida com amor, de uma vida que gera amor e vida. Esta foi a alegria de Jesus e ele deseja que também seja nossa.
Reflexão Apostólica:  
O evangelho nos situa no significado da “alegria messiânica” experimentada por Jesus, ao comunicar o amor do Pai a todos e a cada um de seus discípulos. O segredo está em amar com o mesmo amor do Pai. A realidade deste amor para com os discípulos fundamenta-se em que tenham sido acolhidos no amor e devam permanecer no amor.
Ao serem escolhidos e acolhidos, Jesus lhes transmite o amor do Pai, o qual os invade e impulsiona a propagá-lo entre aqueles que acolherão posteriormente a mensagem do Evangelho.
O amor se deve manifestar no “guardar” os mandamentos. Não basta o amor “teórico”; é necessário “cumprir” os preceitos divinos. Isto se converte numa motivação que levará os discípulos fiéis a ser “guardiães” do amor de Deus.
Esta promessa de permanecer no amor não somente será motivo de alegria, mas deverá impulsionar os discípulos à prática do amor fraterno. É uma experiência que dará sentido ao amor unitário entre o Pai, o Filho e os seguidores de Jesus.
Permanecer no amor de Jesus é viver na alegria do tempo pascal, na contínua presença de Jesus no meio de seu povo.
O tema central desta passagem é, sem duvida nenhuma, o amor. Jesus declara que o amor que recebe do Pai é o mesmo amor que ele comunica a seus discípulos.
Permanecer unido a Jesus como os galhos ao tronco é permanecer em seus amor. Cumprir seus mandamentos é transformar sua Palavra em Vida.
Jesus é a Palavra viva do Pai. Sua estrita vinculação com o Pai tem a ver necessariamente com a Palavra anunciada e testemunhada por ele mesmo. O amor entre o Pai, Jesus e os discípulos se deve traduzir também no amor entre eles. Nisto está baseada a verdadeira felicidade: em ser capaz de amar intensamente, até a entrega radical.
O amor verdadeiro consiste em estar disposto a entregar a vida pelos que se ama. Jesus ensinou-o com seu próprio testemunho: e deu a Vida não somente por seus discípulos, mas por toda a humanidade. Em sua entrega tão assombrosamente generosa encontra a humanidade um caminho e uma oferta de salvação.
Você conhece pessoas em seu ambiente que tenham dado a vida por amor aos demais? Que ensinamentos lhe deixa essa enorme generosidade? Em que medida você está disposto(a) a dar a vida pelos outros?
Propósito:
Pai, completa a alegria que o Espírito Santo faz brotar em mim, pois estou disposto a permanecer unido a ti e a teu Filho, e a ser fiel aos teus mandamentos, apesar das adversidades.
 2º MEDITAÇÃO

Poucos trechos do Evangelho de João são tão conhecidos como o de hoje, pelo menos pelas diversas frases lapidares tecidas dentro dele. Sobressai o tema básico do "amor" - como a característica que deve distinguir os discípulos(as) de Jesus. João apresenta-nos as palavras de Jesus, desabrochadas e vividas na vida de suas comunidades.

O Salvador, falando a seus discípulos, recomenda mais e mais a graça pela qual somos salvos, ao dizer: "Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos". Se, portanto, a glória de Deus consiste em produzirmos muitos frutos e nos tornarmos discípulos de Cristo, não o atribuamos à nossa glória, como se fôssemos capazes de obter isso por nós mesmos. Porque tudo é graça sua e, por conseguinte, é glória sua e não nossa.

Por tal motivo, tendo dito em outro lugar: "Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, imediatamente acrescentou, a fim de não pensarem que suas boas obras provinham deles mesmos: E louvem o vosso Pai que está nos céus". Com efeito, a glória do Pai está em produzirmos muitos frutos e nos tornamos discípulos de Cristo. Por meio de quem nos tornamos tais senão por meio daquele cuja misericórdia nos precedeu? "Foi ele que nos fez, criando-nos em Cristo Jesus em vista das boas obras".

"Como meu Pai me ama, disse, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor". "Eis de onde nos vêm as boas obras. Pois de onde viriam a não ser da fé agindo pelo amor?". Como amaríamos, se primeiro não fôssemos amados? É o que nos diz em sua Carta, com toda clareza, nosso evangelista: Nós amamos a Deus, porque ele nos amou primeiro (cf. Jo 4, 19). O Pai, com certeza, também nos ama a nós, mas em Cristo; porque a glória do Pai é que produzamos muitos frutos, na videira, isto é, no Filho, e que nos tornemos discípulos seus. O Pai mostrou seu amor a Jesus comunicando-lhe a plenitude de seu Espírito. Ação que se levou a cabo no batismo, quando o Espírito de Deus-amor desceu sobre Jesus como uma pomba a seu ninho, convertendo a Jesus no ninho do Deus-amor.

Jesus demonstra seu amor aos discípulos da mesma maneira, comunicando-lhes o Espírito que está nele, esse rio de vida que fluirá do interior do crente e que sacia a sede do coração humano. A união a Jesus-videira se expressa em termos de amor. Este amor, que é o amor de Jesus, é transbordante. As comunidades, em sua missão, comunicam este amor ao mundo, gerando vida e alegria.

Jesus, como resposta permanente ao amor que revelou aos seus, lhes pede que vivam no âmbito desse seu amor, na prática do amor ao próximo. Tal é a atmosfera gozosa em que se move o seguidor de Jesus. E este amor deve traduzir-se em alegria, em uma visão positiva da vida, em gozo, em taxativo não à desesperança, ao pessimismo, ao medo e ao temor. Não há realidade alguma que não possa ser mudada com amor. O cristão vive alegre, porque a alegria é o resultado de uma vida vivida com amor, de uma vida que gera amor e vida.

É o amor que faz observar os preceitos ou são os preceitos observados que geram o amor? Quem pode duvidar que o amor vem primeiro? Pois quem não ama não tem como observar os preceitos. Aquilo que Jesus afirma: Se observardes meus mandamentos, permanecereis no meu amor, mostra como se prova o amor e não de onde ele provém. É como se dissesse: Não penseis que permanecereis no meu amor, se não observardes meus mandamentos. Vós permanecereis, se os observardes. Ou seja: Ver-se-á que permanecereis no meu amor, se observardes meus mandamentos. Assim, que ninguém se iluda, afirmando que o ama sem observar seus preceitos. Porque, na medida em que observamos os seus preceitos, é que nós o amamos; quanto menos os observamos, menos o amamos. Não é para obter seu amor que primeiro guardamos seus preceitos, pois, se ele não nos amar, não poderemos observá-los. Eis a graça que é manifestada aos humildes e que está oculta aos soberbos.

É interessante que, embora o trecho situe-se no contexto da véspera da paixão, Jesus fala da alegria e da alegria completa. É impressionante como, num mundo que propõe a satisfação imediata pessoal e a felicidade já como metas, garantidas pelo consumo e pelas posses, há tanta gente desanimada, triste, insatisfeita e deprimida. Quantos jovens, mesmo — ou talvez especialmente - nas classes mais abastadas, irrequietos e perdidos na vida. Pois a alegria não vem somente das posses e dos bens materiais, e uma vida baseada sobre eles vai necessariamente elevar à frustração. Mas também há muita gente, muitas vezes com uma vida sofrida e difícil, que irradia a verdadeira alegria e profunda paz, pois as suas vidas são alicerçadas sobre a rocha - uma vida de amor verdadeira, na doação de si, na busca duma vida digna para todos. A sociedade do consumo nos aponta um caminho para a felicidade — sempre ter mais, numa busca individualista de felicidade, que só pode nos levar à alegria falsa dos shows de Faustão ou Sílvio Santos. Jesus nos aponta o caminho para a verdadeira alegria - uma vida de amor-doação, de busca da justiça e solidariedade, que tem a alegria não como meta, mas que a traz como conseqüência.

O amor é um dos temas preferidos da sociedade atual, como mostram os nosso cantos, poemas e novelas - mesmo que seja mais na fala do que na prática. Por isso torna-se necessário recuperar o sentido profundo do amor nos Evangelhos. Até uma estudo rápido mostra que o termo tem outro sentido do que aquele que a nossa sociedade liberal e burguês lhe atribui. Na sociedade atual, o amor não passa dum sentimento agradável, uma emoção, quando não dum egoísmo disfarçado. Tendo como base a emoção, torna-se temporário, volúvel, sem consistência. Passado o sentimento, termina o amor! Uma das conseqüências dessa visão pós-moderna é a alta índice de divórcios, de separações, de desistências de tudo que é compromisso, pois a base é como areia movediça, não sustenta o peso do dia-a-dia durante anos.

O amor ao qual Jesus nos conclama tem outro sentido — é o amor "como eu os amei". E como foi que ele nos amou? Dando a sua vida por nós. O amor torna-se uma atitude de vida, e não um sentimento. A comunidade dos discípulos- a Igreja - deve ser uma comunidade de pessoas comprometidas como projeto de Jesus, que veio "para que todos tivessem a vida e a vida plenamente. A comunidade cristã deve ser muito mais do que um grupo de amigos e companheiros (oxalá que fosse isso também, pois freqüentemente nem isso é!) — deve ser uma comunidade enraizada no amor de Jesus, que é a encarnação do Deus da vida, animada pelo seu Espírito e dedicada a criar o mundo que Deus quer.

Evangelho do dia 27 de abril quarta feira

27 ABRIL - É preciso voltar ao catecismo, o livro por excelência, que contém uma verdade, um conselho, um ensinamento para todos: aos reis ensina a arte de governar e ao povo delineia os princípios de igualdade e de liberdade; ao poder legislativo fornece os critérios da legislação; orienta o funcionário na administração dos bens públicos; aponta aos magistrados os caminhos da justiça; revela ao operário a honestidade no trabalho; garante ao rico seus direitos de propriedade e ao pobre assegura o pão cotidiano da
caridade. (L 25). São Jose Marello

João 15,1-8
""Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, ele corta; e todo ramo que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais limpos por causa da palavra que vos falei. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada podeis fazer. Quem não permanecer em mim será lançado fora, como um ramo, e secará. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. Se permanecerdes em mim, e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será dado. Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.""  
Meditação

João, no seu evangelho, inicia a alegoria da videira com a última auto-proclamação de Jesus: "Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o agricultor".

Por várias vezes o evangelista João utiliza o gênero da auto-proclamação para revelar a identidade de Jesus. Este gênero já estava em uso nas religiões da antiguidade e foi assimilado na narrativa da revelação de Javé no Sinai. O "permanecer" aparece oito vezes neste texto, e é o núcleo de sua mensagem.
A comparação da vinha é comum nos escritos do Antigo Testamento, para descobrir a relação de Deus com seu povo, uma vez que as uvas eram cultura de subsistência na Palestina, não causa surpresa que o Senhor usasse a videira como um símbolo de seu povo, Israel (Sl 80,8-16; Jr 5,10; 6:9; Ez 15,1-8; 19:10-14).

As imagens da videira simbolizavam o fracasso de Israel em cumprir as expectativas do Senhor (Os 10,1-2). Suas uvas eram selvagens e sem valor, apesar do cuidado do Senhor com sua vinha (Is 5,1-7; Jr 2,21). Israel fracassou. Mas Jesus é a verdadeira videira, cumprindo o chamado e o destino de Israel.
A videira para os judeus representa o povo de Israel. E era considerada a arvore da vida para os gregos e romanos. E sabendo do simbolismo e da importância da videira naquela época, no evangelho de hoje Jesus diz aos seus discípulos: "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor... e vos os ramos". Jesus se compara à videira, o Pai é o agricultor, e os ramos somos nós.

João põe na boca de Jesus esta comparação para explicar a relação da comunidade discipular com ele. Assim como os galhos devem estar muito unidos à videira para que possam dar frutos abundantes, também o fiel deve estar estreitamente unido a Jesus, de onde procede a vitalidade para dar frutos abundantes. Estes frutos são a prática da justiça, a alegria, a fraternidade, a paz.
Se não se estiver unido a Jesus não se pode dar bons frutos. É como o caso de um galho cortado, que seca e não produz frutos.

A glória do Pai está em que os discípulos de Jesus dêem abundantes frutos que contribuam para a transformação do mundo.
A seiva do amor que une Jesus e os discípulos cria laços entre as pessoas, leva à fraternidade, à solidariedade e comunica a vida. O Pai é glorificado pela comunidade unida, comprometida com a justiça e transformando o mundo pelo amor.

Quem ama com ações e de verdade permanece em Deus. É permanecendo em Jesus que os discípulos produzirão os frutos que são do agrado do Pai.

No evangelho de hoje Jesus deixa muito clara, como o Pai está unido a Ele, e nós a Jesus. Enquanto estivermos ligados a Jesus, ao tronco, recebemos dele a seiva que vem do Pai, e temos vida, temos amor.

Ao nos desligarmos dele, nos distanciamos de Jesus e do amor do Pai, em conseqüência a vida perde o sentido, seca e morre.

Unidos a Ele glorificaremos ao Pai com nossas ações pelo Reino. Temos a garantia de Jesus, que permanecendo unidos a Ele, poderemos pedir o que quisermos e nos será dado e, como somos comprometidos e aderimos a Jesus, sabemos que devemos ter cuidados com o pedimos.

Deixemos de ser egoístas e, pensando no evangelho de ontem, peçamos a paz de Cristo, para nós, para o mundo. Peçamos força, coragem e perseverança, para continuarmos firmes em nossa caminhada em busca da justiça, do amor fraterno, para que permaneçamos sempre unidos a Cristo, e assim produzir frutos de amor, de vida.
Reflexão Apostólica:  

Por oito vezes Jesus usa o verbo “permanecer” no Evangelho de hoje. Porque tanta relutância neste assunto? A única explicação é que a permanência em Cristo é o núcleo fundamental da sua mensagem.
Permanecer em Jesus é acolher sua palavra e seu exemplo, e procurar colocá-los em prática. É permanecendo em Jesus que os discípulos produzirão os frutos que são do agrado do Pai.

A seiva do amor que une Jesus e os discípulos cria laços entre as pessoas, leva à fraternidade, à solidariedade e comunica a vida.
Para que nós sejamos ramos frutíferos precisamos ouvir e guardar bem as palavras do da verdadeira videira: Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Para que mais uvas cresçam, o Senhor poda os ramos, removendo os rebentos inúteis e tudo o que poderia desviar a força vital da produção.

A poda é dolorosa, mas necessária porque muitas coisas sugam nossa força e nos impedem de dedicarmo-nos à produtividade.
Precisamos de uma boa capina e poda. Portanto deixa-se corrigir. A outra coisa exigida para produção de fruto é permanecer na videira.
Sem a ligação vital com a videira, o próprio ramo murcha e morre. Isto leva à segunda responsabilidade principal desta passagem.
Permanecer em Jesus é essencial para viver e frutificar. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

Aqueles ramos que permanecem em Cristo produzem muito fruto, pois, casos contrários serão colhidos e lançados no fogo.
É a pura verdade que Jesus nos diz: sem mim nada podeis fazer. Separado de Jesus, você nada pode fazer nada para melhorar a sua, vida, sua família, sua alma e nem sua relação com Deus.
Muitos tentam andar sós, pensando que sua bondade e discernimento produzirão fruto sem se apoiar no Senhor. Se você também está pensando e agindo desta maneira está enganado. Somente através de Jesus somos capazes de cumprir a justiça e a verdade que o Senhor espera que produzamos.

Para isso Jesus permanece em nós através de suas palavras: Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós.
Alguns buscam divorciar Jesus do que ele diz e procuram uma relação com ele sem prestar cuidadosa atenção à palavra dele.
Eles dependem de sentimentos, emoções e experiências. Mas, de fato, Jesus mora em nós somente até o ponto em que sua palavra e seus ensinamentos permanecem em nós.
Precisamos lembrar-nos constantemente do que Jesus disse e meditar nisso de modo que ele possa viver poderosamente em nós.
O outro modo pelo qual Jesus permanece em nós é ao guardarmos os seus mandamentos: Se guardardes os meus mandamentos permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.

Peçamos pela união das famílias, para que exista a união entre os cristãos. Com certeza se cada um de nós fizer a sua parte, unidos a Jesus, poderemos sim transformar nossa comunidade, nossa família, ter uma sociedade sem corrupção, violência, injustiças... Onde predomine o amor e a valorização da vida.
Peçamos ao Pai do céu que nos dê a graça de manter uma ligação ininterrupta, uma relação ativa e constante com Jesus de quem dependemos para produzir os frutos que espera de nós.

Propósito:

Pai, reforça minha união com teu Filho Jesus, de quem dependo para produzir os frutos que esperas de mim.