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terça-feira, 26 de abril de 2016

Evangelho do dia 28 de abril quinta feira

28 ABRIL - O catecismo é o livro por excelência. Bem vulgar seria quem o quisesse taxar de vulgaridade. Este livro revela com eficácia admirável toda a utitlidade da religião e faz de um garoto de dez anos um pensador profundo, que possui todos os grandes princípios da verdadeira filosofia e está à altura de discorrer a qualquer momento sobre a essência e os atributos de Deus, falando sem confusão da Unidade e da Trindade, da geração e da procedência das Pessoas Divinas, que conhece a gênese do mundo, a queda do homem, a vinda do Restaurador, a necessidade da graça e os meios que a difundem, o sacramento da reconciliação e a comunhão da oração. Sem dúvida alguma, nenhum filósofo poderá encarar um menino cristão na exposição exata das grandes verdades que constituem o patrimônio da nossa religião. (L 25). São Jose Marello
João 15,9-11
"Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu observei o que mandou meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa."  
1º Meditação
Fazendo uma revisão geral ao Evangelho de João, verificamos que demoradamente Jesus dialoga com os seus discípulos abrindo-lhes horizontes para melhor entenderem o mistério do Deus presente na história da humanidade.
Sua vinda entre nós e a máxima prova de amor por nós. Deus Pai mostrou o seu amor a Jesus comunicando-lhe a plenitude de seu Espírito a quando do Batismo no rio Jordão. Deus-amor desceu sobre Jesus como uma pomba a seu ninho, convertendo Jesus no ninho do Deus-amor.
No trecho de hoje demonstra o seu amor aos discípulos da mesma maneira, comunicando-lhes o Espírito que está nele, esse rio de vida que fluirá do interior do cristão e que sacia a sede do coração humano. A fonte do amor é o amor entre o Pai e o Filho. É o amor apropriado ao Espírito Santo.
Permanecer no amor de Jesus é inserir-se nesta dinâmica de amor e vida entre o Pai e o Filho. Partindo de uma adesão pessoal, o permanecer no amor de Jesus significa uma inserção na comunidade de discípulos. É irradiar envolvendo a outros, ampliando a comunidade de amor e prolongando-a no tempo. Jesus permanece no amor do Pai e isso significa que ele observa e cumpre o que o Pai mandou. Não se trata de uma obediência cega como a de um inferior a um superior, mas de uma união amorosa de vontades.
Portanto, a união, a permanência em Jesus – videira, no evangelho de ontem, é a garantia do nosso amor para com Ele. É preciso permanecer no seu amor, assim como Ele permanece no amor de seu Pai.
Jesus, como resposta permanente ao amor de seu Pai e que nos revelou, pede-nos que vivamos no âmbito do amor à Ele e na prática do amor ao próximo. Tal é a atmosfera gozosa em que se move o seguidor de Jesus. Assim como o meu Pai me ama, eu vos amo; permanecei no meu amor.
Este amor deve traduzir-se em alegria, numa visão positiva da vida, em gozo, em taxativo não à desesperança, ao pessimismo, ao medo e ao temor. Não há realidade alguma que não possa ser mudada com amor e pelo amor. Lembremos sempre que o amor é o vínculo da perfeição. O amor que gera a vida proporciona a alegria.
Como cristãos, devemos viver alegre, porque a alegria é o resultado de uma vida vivida com amor, de uma vida que gera amor e vida. Esta foi a alegria de Jesus e ele deseja que também seja nossa.
Reflexão Apostólica:  
O evangelho nos situa no significado da “alegria messiânica” experimentada por Jesus, ao comunicar o amor do Pai a todos e a cada um de seus discípulos. O segredo está em amar com o mesmo amor do Pai. A realidade deste amor para com os discípulos fundamenta-se em que tenham sido acolhidos no amor e devam permanecer no amor.
Ao serem escolhidos e acolhidos, Jesus lhes transmite o amor do Pai, o qual os invade e impulsiona a propagá-lo entre aqueles que acolherão posteriormente a mensagem do Evangelho.
O amor se deve manifestar no “guardar” os mandamentos. Não basta o amor “teórico”; é necessário “cumprir” os preceitos divinos. Isto se converte numa motivação que levará os discípulos fiéis a ser “guardiães” do amor de Deus.
Esta promessa de permanecer no amor não somente será motivo de alegria, mas deverá impulsionar os discípulos à prática do amor fraterno. É uma experiência que dará sentido ao amor unitário entre o Pai, o Filho e os seguidores de Jesus.
Permanecer no amor de Jesus é viver na alegria do tempo pascal, na contínua presença de Jesus no meio de seu povo.
O tema central desta passagem é, sem duvida nenhuma, o amor. Jesus declara que o amor que recebe do Pai é o mesmo amor que ele comunica a seus discípulos.
Permanecer unido a Jesus como os galhos ao tronco é permanecer em seus amor. Cumprir seus mandamentos é transformar sua Palavra em Vida.
Jesus é a Palavra viva do Pai. Sua estrita vinculação com o Pai tem a ver necessariamente com a Palavra anunciada e testemunhada por ele mesmo. O amor entre o Pai, Jesus e os discípulos se deve traduzir também no amor entre eles. Nisto está baseada a verdadeira felicidade: em ser capaz de amar intensamente, até a entrega radical.
O amor verdadeiro consiste em estar disposto a entregar a vida pelos que se ama. Jesus ensinou-o com seu próprio testemunho: e deu a Vida não somente por seus discípulos, mas por toda a humanidade. Em sua entrega tão assombrosamente generosa encontra a humanidade um caminho e uma oferta de salvação.
Você conhece pessoas em seu ambiente que tenham dado a vida por amor aos demais? Que ensinamentos lhe deixa essa enorme generosidade? Em que medida você está disposto(a) a dar a vida pelos outros?
Propósito:
Pai, completa a alegria que o Espírito Santo faz brotar em mim, pois estou disposto a permanecer unido a ti e a teu Filho, e a ser fiel aos teus mandamentos, apesar das adversidades.
 2º MEDITAÇÃO

Poucos trechos do Evangelho de João são tão conhecidos como o de hoje, pelo menos pelas diversas frases lapidares tecidas dentro dele. Sobressai o tema básico do "amor" - como a característica que deve distinguir os discípulos(as) de Jesus. João apresenta-nos as palavras de Jesus, desabrochadas e vividas na vida de suas comunidades.

O Salvador, falando a seus discípulos, recomenda mais e mais a graça pela qual somos salvos, ao dizer: "Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos". Se, portanto, a glória de Deus consiste em produzirmos muitos frutos e nos tornarmos discípulos de Cristo, não o atribuamos à nossa glória, como se fôssemos capazes de obter isso por nós mesmos. Porque tudo é graça sua e, por conseguinte, é glória sua e não nossa.

Por tal motivo, tendo dito em outro lugar: "Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, imediatamente acrescentou, a fim de não pensarem que suas boas obras provinham deles mesmos: E louvem o vosso Pai que está nos céus". Com efeito, a glória do Pai está em produzirmos muitos frutos e nos tornamos discípulos de Cristo. Por meio de quem nos tornamos tais senão por meio daquele cuja misericórdia nos precedeu? "Foi ele que nos fez, criando-nos em Cristo Jesus em vista das boas obras".

"Como meu Pai me ama, disse, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor". "Eis de onde nos vêm as boas obras. Pois de onde viriam a não ser da fé agindo pelo amor?". Como amaríamos, se primeiro não fôssemos amados? É o que nos diz em sua Carta, com toda clareza, nosso evangelista: Nós amamos a Deus, porque ele nos amou primeiro (cf. Jo 4, 19). O Pai, com certeza, também nos ama a nós, mas em Cristo; porque a glória do Pai é que produzamos muitos frutos, na videira, isto é, no Filho, e que nos tornemos discípulos seus. O Pai mostrou seu amor a Jesus comunicando-lhe a plenitude de seu Espírito. Ação que se levou a cabo no batismo, quando o Espírito de Deus-amor desceu sobre Jesus como uma pomba a seu ninho, convertendo a Jesus no ninho do Deus-amor.

Jesus demonstra seu amor aos discípulos da mesma maneira, comunicando-lhes o Espírito que está nele, esse rio de vida que fluirá do interior do crente e que sacia a sede do coração humano. A união a Jesus-videira se expressa em termos de amor. Este amor, que é o amor de Jesus, é transbordante. As comunidades, em sua missão, comunicam este amor ao mundo, gerando vida e alegria.

Jesus, como resposta permanente ao amor que revelou aos seus, lhes pede que vivam no âmbito desse seu amor, na prática do amor ao próximo. Tal é a atmosfera gozosa em que se move o seguidor de Jesus. E este amor deve traduzir-se em alegria, em uma visão positiva da vida, em gozo, em taxativo não à desesperança, ao pessimismo, ao medo e ao temor. Não há realidade alguma que não possa ser mudada com amor. O cristão vive alegre, porque a alegria é o resultado de uma vida vivida com amor, de uma vida que gera amor e vida.

É o amor que faz observar os preceitos ou são os preceitos observados que geram o amor? Quem pode duvidar que o amor vem primeiro? Pois quem não ama não tem como observar os preceitos. Aquilo que Jesus afirma: Se observardes meus mandamentos, permanecereis no meu amor, mostra como se prova o amor e não de onde ele provém. É como se dissesse: Não penseis que permanecereis no meu amor, se não observardes meus mandamentos. Vós permanecereis, se os observardes. Ou seja: Ver-se-á que permanecereis no meu amor, se observardes meus mandamentos. Assim, que ninguém se iluda, afirmando que o ama sem observar seus preceitos. Porque, na medida em que observamos os seus preceitos, é que nós o amamos; quanto menos os observamos, menos o amamos. Não é para obter seu amor que primeiro guardamos seus preceitos, pois, se ele não nos amar, não poderemos observá-los. Eis a graça que é manifestada aos humildes e que está oculta aos soberbos.

É interessante que, embora o trecho situe-se no contexto da véspera da paixão, Jesus fala da alegria e da alegria completa. É impressionante como, num mundo que propõe a satisfação imediata pessoal e a felicidade já como metas, garantidas pelo consumo e pelas posses, há tanta gente desanimada, triste, insatisfeita e deprimida. Quantos jovens, mesmo — ou talvez especialmente - nas classes mais abastadas, irrequietos e perdidos na vida. Pois a alegria não vem somente das posses e dos bens materiais, e uma vida baseada sobre eles vai necessariamente elevar à frustração. Mas também há muita gente, muitas vezes com uma vida sofrida e difícil, que irradia a verdadeira alegria e profunda paz, pois as suas vidas são alicerçadas sobre a rocha - uma vida de amor verdadeira, na doação de si, na busca duma vida digna para todos. A sociedade do consumo nos aponta um caminho para a felicidade — sempre ter mais, numa busca individualista de felicidade, que só pode nos levar à alegria falsa dos shows de Faustão ou Sílvio Santos. Jesus nos aponta o caminho para a verdadeira alegria - uma vida de amor-doação, de busca da justiça e solidariedade, que tem a alegria não como meta, mas que a traz como conseqüência.

O amor é um dos temas preferidos da sociedade atual, como mostram os nosso cantos, poemas e novelas - mesmo que seja mais na fala do que na prática. Por isso torna-se necessário recuperar o sentido profundo do amor nos Evangelhos. Até uma estudo rápido mostra que o termo tem outro sentido do que aquele que a nossa sociedade liberal e burguês lhe atribui. Na sociedade atual, o amor não passa dum sentimento agradável, uma emoção, quando não dum egoísmo disfarçado. Tendo como base a emoção, torna-se temporário, volúvel, sem consistência. Passado o sentimento, termina o amor! Uma das conseqüências dessa visão pós-moderna é a alta índice de divórcios, de separações, de desistências de tudo que é compromisso, pois a base é como areia movediça, não sustenta o peso do dia-a-dia durante anos.

O amor ao qual Jesus nos conclama tem outro sentido — é o amor "como eu os amei". E como foi que ele nos amou? Dando a sua vida por nós. O amor torna-se uma atitude de vida, e não um sentimento. A comunidade dos discípulos- a Igreja - deve ser uma comunidade de pessoas comprometidas como projeto de Jesus, que veio "para que todos tivessem a vida e a vida plenamente. A comunidade cristã deve ser muito mais do que um grupo de amigos e companheiros (oxalá que fosse isso também, pois freqüentemente nem isso é!) — deve ser uma comunidade enraizada no amor de Jesus, que é a encarnação do Deus da vida, animada pelo seu Espírito e dedicada a criar o mundo que Deus quer.

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