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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

EVANGELHO DO DIA 01 DE SETEMBRO - 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM



01 setembro - A maldade não entra no Céu. (S 196). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 14, 1.7-14
"Num sábado, Jesus entrou na casa de certo líder fariseu para tomar uma refeição. E as pessoas que estavam ali olhavam para Jesus com muita atenção.
Certa vez Jesus estava reparando como os convidados escolhiam os melhores lugares à mesa. Então fez esta comparação: 
- Quando alguém convidá-lo para uma festa de casamento, não sente no melhor lugar. Porque pode ser que alguém mais importante tenha sido convidado. Então quem convidou você e o outro poderá dizer a você: "Dê esse lugar para este aqui." Aí você ficará envergonhado e terá de sentar-se no último lugar. Pelo contrário, quando você for convidado, sente-se no último lugar. Assim quem o convidou vai dizer a você: "Meu amigo, venha sentar-se aqui num lugar melhor." E isso será uma grande honra para você diante de todos os convidados. Porque quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido. 
Depois Jesus disse ao homem que o havia convidado: 
- Quando você der um almoço ou um jantar, não convide os seus amigos, nem os seus irmãos, nem os seus parentes, nem os seus vizinhos ricos. Porque certamente eles também o convidarão e assim pagarão a gentileza que você fez. Mas, quando você der uma festa, convide os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos e você será abençoado. Pois eles não poderão pagar o que você fez, mas Deus lhe pagará no dia em que as pessoas que fazem o bem ressuscitarem.
" 

Meditação:

Dentre os quatro evangelistas, Lucas é o único que, por três vezes (Lc 7,36; 11,37; 14,1), menciona refeições de Jesus em casa de fariseus. Esta refeição é ocasião de ensinamentos de Jesus. 

Neste contexto, Lucas apresenta duas parábolas, cada uma com destinatário próprio. A primeira é dirigida aos convidados em geral, e a segunda é dirigida ao anfitrião.

Na mesa dos fariseus, há disputa pelos primeiros lugares. Todos os convidados os desejam. É que os primeiros são os honrados! Ocupar os últimos é uma vergonha!
Aquela mesa é um bom reflexo da organização social em que se dá aquela refeição. A mesa dos fariseus está estratificada. São considerados os mais religiosos do povo judeu. Parecia que a desigualdade social era proporcional à devoção dos anfitriões.
Na mesa do reino de Deus, os convidados buscam o último lugar. Somente se sobe mais, se se estiver junto dos últimos. Ninguém chega ao alto se não vier de baixo. A honra na comunidade é precisamente agir segundo esta lógica.
Ao contrário da mesa dos fariseus, na de Jesus, os últimos sobem e os primeiros devem estar dispostos a descer, de maneira a chegar a formar uma mesa em igualdade, onde ninguém fica acima ou abaixo, porque o dono da casa se caracteriza por não discriminar as pessoas (Lc 20,21; Gl 2,6; Cl 3,25; Ef 6,9).
Na mesa dos fariseus, os convidados se convidam reciprocamente. Não há lugar para ninguém que não pertença ao círculo dos mais próximos. É como um clube que se reserva o direito de entrada.
Na mesa do reino de Deus, os convidados são aqueles que não podem corresponder; dessa forma sempre será uma mesa aberta. É uma mesa de últimos que ao mesmo tempo são primeiros. São primeiros no reino de Deus porque são últimos segundo a ordem social. O reino de Deus opta pelos últimos para que sejam os primeiros.

Na Carta aos Hebreus (Hb 12,18-19.22-24), a subida dos últimos tem como fim aproximar-se de Deus, juiz universal, e participar da “assembléia dos primogênitos inscritos”. Esta é uma verdadeira subida espiritual. Agora há uma comunidade de primogênitos (entre iguais) numa nova aliança com Jesus. A carta recorda o “sangue que fala melhor que o de Abel”, derramado no pacto da Nova Aliança. Não é estranho que na subida dos últimos para a solene mesa da igualdade apareça o purificador sangue dos mártires!
O Eclesiástico (Eclo 3,19-21.30-31) inverte também a ordem dos orgulhosos e obstinados. Quem faz “obras com doçura” prefere o caminho dos humildes; isto o torna grande e amado por Deus. O coração do sábio se manifesta ao abrir seu coração para a Palavra com ardente avidez.
O contrário é o caminho dos orgulhosos. Quanto mais elevados estiverem, mais reduzidos estarão. Não há nenhuma cura – diz o Eclesiástico – para a assembléia dos soberbos, pois, sem que o saibam, o caule do pecado se enraíza neles (v. 30). Dessa forma, não há sabedoria possível, pois “o coração obstinado” não aprendeu a viver da palavra de Deus e por ela pautar sua vida.

Todos nós sabemos que é humano o afã de ser, de situar-se, de estar sobre os demais. Parece tão natural conviver com este desejo que o contrario é tido em nossa sociedade como uma “idiotice”. Quem não aspira a ser mias, quem não se situa por cima dos demais, quem não se sobrepõe, é tachado, às vezes, de “tonto” neste mundo tão competitivo.

Em nossa sociedade existe um complexo sistema de normas de protocolo pelas quais cada um deve se situar nela segundo sua valia. Nos atos públicos, as autoridades civis ou religiosas ocupam um ou outro lugar de segundo escalão, observando uma rigorosa hierarquia nos postos. Há um costume tão arraigado a tais regras que parece normal este comportamento hierarquizado.
 

Jesus acaba com este tipo de protocolo, convidando à sensatez e ao sentido comum os seus seguidores. É melhor quando se é convidado não situar-se no primeiro lugar, e sim no último, até que chegue o chefe do protocolo e coloque a cada um em seu lugar. O conselho de Jesus deve converter-se na prática habitual do cristão.
 

O lugar do discípulo, do seguidor de Jesus é, por livre eleição, o último lugar. Lição magistral do evangelho que não se costuma colocar em prática com freqüência. Ninguém deve ter preferência, ou posto marcado, os outros é devem nos oferecer o posto que merecemos; ao contrário, nunca se deve ocupar um lugar de destaque por própria vontade.
 

Não somente não dar-se importância, mas agir sempre desinteressadamente. Jesus denuncia a prática daqueles que retribuem aos convites recebidos, denuncia também o “dou para que me dês”, do “te dou para que me dês” e anima a convidar os pobres, os excluídos, os coxos e cegos, pessoas que ninguém convida, quando se oferece um banquete; quem age assim será ditoso, porque não terá recompensa humana, mas divina “quando ressuscitem os justos”.
 

As palavras de Jesus, no evangelho de hoje, são um convite à generosidade que não busca ser compensada, ao desinteresse, ao celebrar a festa com quem ninguém a celebra e com aqueles dos quais não se pode esperar nada.

Reflexão Apostólica:

Como vimos, o evangelho de hoje se desenvolve na casa de um dos chefes dos fariseus. É importante nos determos no lugar, “ver” os outros convidados, amigos do dono da casa, a maioria deles não muito bem intencionados.

Nesse ambiente, Jesus se move com total liberdade para chamar a atenção sobre certas atitudes que considera erradas e apontar o caminho certo.

Não podemos esquecer que nosso Mestre é um mero convidado, mas não é conivente com uma situação de auto-suficiência e orgulho. E a casa do fariseu é lugar de anúncio dos valores do reino.
Desta maneira, o evangelista Lucas mostra como a missão de Jesus, e por conseqüência a de seus seguidores/as, não fica reduzida aos muros do Templo, senão que qualquer lugar é propicio para evangelizar. 
Jesus conta então duas parábolas, as duas referentes a um banquete. A vida é um banquete para o qual todos os seres humanos são convidados a participar com igualdade de condições e honras.

Nesse banquete, da vida o lugar do discípulo de Jesus é o último, ou seja, o lugar do servidor/a. Nosso mestre mesmo diz: Eu vim para servir e não para ser servido. Ele por amor a nós se faz servo (Jo 13,12-17) e nos convida a fazer o mesmo.
Uma das características dos servidores do banquete da vida, do Reino, é a humildade, que é contrária à auto-suficiência. Ser humilde é reconhecer a pequenez do ser humano, necessitado da força de Deus para viver e servir no banquete da vida. 
Na primeira parábola, isso fica bem claro, é o dono da casa quem diz: “Amigo, venha mais para cima”. Não é pelos nossos méritos nem pelas nossas obras, senão pela graça de Deus que somos reconhecidos e até exaltados. 

É o caminho que o mesmo Jesus percorre, faz-se servo por amor até a morte de cruz e é exaltado pelo Pai, como canta o hino de Paulo ao filipenses (Flp 2,7-11). 
A segunda parábola que Jesus dirige ao próprio fariseu ecoa até os dias de hoje. Ela proclama a gratuidade com estilo de vida.   
Aqui está uma das regras de ouro dos discípulos de Jesus, servir a todos, sem exclusão, mais ainda prestar maior atenção aos “pobres, aleijados, mancos e cegos”.

Olhando ao nosso redor, os pobres, aleijados, mancos e cegos são aqueles que por diferentes razões já não contam para a sociedade porque não servem segundo a lei do mercado. Não podem contribuir para seu crescimento econômico, para o qual não existem! 
São eles, ou deveriam ser eles, os primeiros destinatários da ação dos cristãos/ãs, por meio da qual se luta para que ninguém fique excluído do banquete da vida e possa vivê-la com dignidade. 
Quanto ainda fica por fazer! A realidade na qual vivemos é um apelo à nossa generosidade e gratuidade para fazer deste mundo a verdadeira casa de todos os filhos de Deus. 

O banquete aos pobres é o assumir a sua causa, promover a sua libertação e a restauração de sua dignidade. É a partilha do banquete eucarístico, em comunhão com Jesus.
Jesus nos adverte a não buscar recompensa agora, a não esperar o reconhecimento ou retribuição de ninguém. Unamos-nos gratuitamente ao trabalho de Deus (Jo 5,17), e Deus mesmo se encarregará de “premiar-nos”: ali onde eu estarei, estará meu servidor (Jo 12, 26).  
Vejam como a liturgia é interessante... nas últimas semanas o tema principal foi o Reino dos Céus, e ontem mesmo refletimos sobre como serão bem recompensados aqueles que fizerem render os seus talentos. Hoje, todas as leituras falam sobre HUMILDADE. A primeira leitura (Eclo 3,19-21.30-31)  exalta os humildes, que fazem o seu trabalho com mansidão. O versículo 20 diz: "Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor

Hoje temos que conviver com um mal muito comum, chamado "Síndrome do Pequeno Poder". Essa síndrome não está escrita em nenhum manual de Psicologia nem de Psiquiatria, mas observem se vocês reconhecem esses sintomas...
Já viram aquela pessoa que ocupa um cargo no trabalho, na escola, na universidade, ou até mesmo na igreja, e que se acha no direito de mandar e desmandar, que todos devem tratá-la com reverência, para merecerem o "favor" de serem atendidos por ela. E ao fazerem qualquer coisa por alguém, fazem de forma como se aquele alguém passasse a lhe dever um "favor"! 

Aquela pessoa que impõe uma autoridade forçada, e se sente bem ao apontar os erros e defeitos dos outros... E ao mesmo tempo, se acham melhores, mais justas, e às vezes até mais humildes! 
Todos esses sintomas são típicos de quem se sente inseguro. É um mecanismo de defesa para que as outras pessoas acreditem que ele é importante. É difícil conviver com pessoas assim, pois elas têm uma necessidade patológica de auto-afirmação. E o pior é que não percebem, ou não querem perceber... o que torna difícil uma melhora...

Assim eram os fariseus... Com toda a arrogância que lhes caracterizava, sentavam-se às primeiras cadeiras da festa. Quando Jesus percebeu, orientou-os a procurarem os últimos lugares da festa, para serem chamados, pelo dono da festa, a irem mais para perto dele; ao invés de terem que passar pela vergonha de ter que ceder o lugar para alguém mais importante.
Jesus ensinava pelo exemplo. Ele se fazia AMIGO dos seus discípulos. Não precisava de autoritarismo, pois estabeleceu uma relação de respeito mútuo, na qual os discípulos não se sentiam obrigados a nada, nem se sentiam em dívida com Ele... Jesus era o Mestre e Senhor, mas se fazia igual a eles... 
Assim devemos ser: quanto maior o cargo que ocupamos, mais acessíveis. É sempre bom, por exemplo, nos lembramos dos professores que tivemos, e que se mostravam acessíveis... Eles foram, sem dúvida alguma, os melhores professores, pois ensinaram além do conteúdo dos livros. Ensinaram a viver... Daí a razão de que QUANTO MAIS ADMIRAMOS UMA PESSOA, MAIS ESCUTAMOS O QUE ELA TEM A DIZER... 

Portanto, que nada seja motivo para nos sentirmos superiores, mas que usemos nossa influência para nos colocarmos a serviço de quem nos admira, e de quem precisa de nós

Hoje Jesus nos ensina que devemos ser humildes, e dar sem esperar recompensa. Então, quando fizermos algo por alguém, que tomemos cuidado para que esse alguém não se sinta em dívida conosco, pois como já dizia o saudoso Padre Léo:: "cada vez que recebemos a recompensa dos nossos atos aqui na terra, deixamos de receber a recompensa de Deus nos Céus"...

Propósito:
Espírito que conduz ao amor dos mais pobres, abre meu coração para acolher os deserdados deste mundo, pois eles têm a primazia no coração do Pai.

Que importa, que ao chegar
eu nem pareça pássaro!
 
Que importa se ao chegar
venha me rebentando
caindo aos pedaços, sem aprumo
e sem beleza!...
Fundamental
é cumprir a missão
e cumpri-la  até o fim!...
Dom Helder Câmara.

evangelho do dia 31 de agosto sábado 2019


31 agosto - Se Gregório VII, filho de um pobre fabricante de barris, conseguiu revolucionar o mundo e fundar uma civilização nova sobre as ruínas do barbarismo, foi porque sentia o poder da "combinação" diária com o seu Deus, razão pela qual se tornava, de simples que era, homem de uma têmpera divina. (L 9 ). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 25,14-30

"Jesus continuou:
- O Reino do Céu será como um homem que ia fazer uma viagem. Ele chamou os seus empregados e os pôs para tomarem conta da sua propriedade. E lhes deu dinheiro de acordo com a capacidade de cada um: ao primeiro deu quinhentas moedas de ouro; ao segundo deu duzentas; e ao terceiro deu cem. Então foi viajar. O empregado que tinha recebido quinhentas moedas saiu logo, fez negócios com o dinheiro e conseguiu outras quinhentas. Do mesmo modo, o que havia recebido duzentas moedas conseguiu outras duzentas. Mas o que tinha recebido cem moedas saiu, fez um buraco na terra e escondeu o dinheiro do patrão.
- Depois de muito tempo, o patrão voltou e fez um acerto de contas com eles. O empregado que havia recebido quinhentas moedas chegou e entregou mais quinhentas, dizendo: "O senhor me deu quinhentas moedas. Veja! Aqui estão mais quinhentas que consegui ganhar."
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!"
- Então o empregado que havia recebido duzentas moedas chegou e disse: "O senhor me deu duzentas moedas. Veja! Aqui estão mais duzentas que consegui ganhar."
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!"
- Aí o empregado que havia recebido cem moedas chegou e disse: "Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui está o seu dinheiro."
- "Empregado mau e preguiçoso!", disse o patrão. "Você sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei. Por isso você devia ter depositado o meu dinheiro no banco, e, quando eu voltasse, o receberia com juros."
- Depois virou-se para os outros empregados e disse: "Tirem dele o dinheiro e dêem ao que tem mil moedas. Porque aquele que tem muito receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele. E joguem fora, na escuridão, o empregado inútil. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero." " 

 Meditação

 Esta parábola está entre outras duas parábolas: a parábola das Dez Virgens (Mt 25,1-13) e a parábola do Juízo Final (Mt 25,31-46).
 As três parábolas esclarecem e orientam as pessoas para a vinda do Reino. A parábola das Dez Virgens insiste sobre a vigilância: o Reio pode chegar a qualquer momento. A parábola do Juízo Final diz que para possuir o Reino é necessário acolher os pequenos. A parábola dos Talentos orienta para o que fazer a fim de que o Reino possa crescer. Fala dos dons ou carismas que as pessoas recebem de Deus. Cada pessoa possui qualidades, sabe algo que pode ser ensinado aos outros.
 Esta parábola de Mateus, tendo provavelmente em sua origem algum dito de Jesus, parece ter sofrido acréscimos e adaptações quando veiculada entre as primeiras comunidades. Nela se encontram imagens extraídas de situações reais de ambição, opressão e exclusão. O seu caráter seletivo e condenatório é pouco condizente com a revelação de Jesus de Nazaré, manso e humilde de coração, que vem trazer vida para todos, sem exclusões.
Aqui em Mateus, vemos Jesus explicando sobre o Reino de Deus (Mateus usa a expressão Reino dos Céus – sinônima) através de exemplos comparativos – as parábolas contam histórias que tem os princípios do ensino que se quer dar – não dá pra pegar todos os detalhes das parábolas e aplicá-las em nossa vida, mas podemos retirar dela os princípios para a vida cristã; Jesus usava método pedagógico que o povo confunde com lei e regra. A parábola não é uma regra, mandamento, lei, mas forma de ensino.

Aqui vemos Jesus expondo sobre o reino, o senhor (Ele), os servos (nós), os bens do reino (dons para o serviço) e então a partir disso desenvolve-se a parábola onde podemos tirar muitas lições. 
A parábola tem um sentido escatológico, relativo ao fim dos tempos. Nas primeiras comunidades havia a expectativa de uma volta breve de Jesus. Mateus adverte as comunidades que se devia aguardar Jesus produzindo frutos concretos, e não na passividade e indolência.

Ninguém é só aluno, ninguém é só professor. Aprendemos uns dos outros. Uma chave para entender a parábola: Uma das coisas que mais influi na vida das pessoas é a idéia que nós fazemos de Deus.
 Entre os judeus da linha dos fariseus, alguns imaginavam que Deus fosse um juiz severo, que tratava as pessoas se acordo com o merecimento conquistado graças às observâncias da lei e das prescrições ou mandamentos. Isto causava medo e impedia às pessoas de crescer. Sobretudo, impedia que abrissem um espaço dentro de si, para acolher a nova experiência de Deus que Jesus comunicava. Para ajudar estas pessoas, Mateus narra a parábola dos talentos.
 Jesus narra a história de um homem que, antes de viajar, distribui seus bens aos servidores, dando a eles cinco, dois ou um talento, de acordo com as capacidades de cada um. Um talento corresponde a 34 quilos de ouro, que não é pouco. Afinal, cada um recebe o mesmo, porque recebe “segundo sua capacidade”. Cada um recebe sua pequena ou grande copa cheia. O patrão viaja para o exterior e fica por lá durante muito tempo.
 A história cria certa suspense. Não se sabe com que objetivo o patrão entrega seu dinheiro aos servos, nem se sabe qual será o final.
  Os dois primeiros trabalham e duplicam os talentos. Mas aquele que recebeu um talento o enterra para não perdê-lo. Trata-se de bens do Reino que são entregues às pessoas e às comunidades de acordo com suas capacidades. Todos recebem algum bem do Reino, mas nem todos respondem da mesma maneira!
 Depois de muito tempo, o patrão volta. Os dois primeiros dizem a mesma coisa: “Senhor, me destes cinco/dois talentos; eis, lucrei outros cinco/dois”. E o patrão a mesma resposta: “Muito bem, servo bom e fiel – lhes responde o padrão – foste fiel no pouco, dar-te-ei autoridade sobre muito; entra na alegria do teu patrão!”
 Chega o terceiro servo e diz: “Senhor, sei que és um homem exigente, que ceifas onde não semeaste e colhes onde não espalhaste; por medo, enterrei o talento debaixo da terra: aqui está o que é teu!” Nesta frase aparece a idéia errada de Deus que é criticada por Jesus. O servo considera Deus como um patrão severo. Diante de um Deus assim, o ser humano tem medo e se esconde por trás da observância exata e mesquinha da lei. Pensa que, agindo assim, a severidade do legislador não o punirá.
 Na realidade, uma pessoa assim não acredita em Deus, mas acredita só em si mesma e na sua observância da lei. Fecha-se em si mesmo, se afasta de Deus e não consegue se preocupar pelos outros. Torna-se incapaz de crescer como uma pessoa livre. Esta imagem falsa de Deus isola o ser humano, mata a comunidade, acaba com a alegria e empobrece a vida.
 A resposta do Senhor é irônica. Diz: "Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence”. O terceiro empregado não foi coerente com a imagem severa que tinha de Deus. Se ele imaginava que Deus era severo, teria pelo menos colocado o dinheiro no banco. Ou seja é condenado não por Deus, mas pela idéias errada que tinha de Deus e que o deixa mais imaturo e medroso. Não lhe tinha sido possível ser coerente com aquela imagem de Deus, porque o medo o desumaniza e lhe paralisa a vida.
 O patrão ordena que se pegue o talento e seja dado ao que já tem dez, “Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”. Eis a chave que esclarece tudo. Na realidade, os talentos, o “dinheiro do patrão”, os bens do Reino, são o amor, o serviço, a partilha. É tudo o que faz crescer a comunidade e revela a presença de Deus.
 Quem se fecha em si com medo de perder o pouco que tem, este perderá também aquele pouco de possui. Mas a pessoa que não pensa a si, e se doa aos outros, cresce e recebe por sua vez, de modo inesperado, tudo o que deu e muito mais. “Quem perde a vida a recebe, e obtém a vida quem tem a coragem de perdê-la”. • A moeda diferente do Reino. Não existe diferença entre aqueles que receberam mais ou menos.
 Todos têm o seu dom de acordo com sua capacidade. O que importa é que este dom seja colocado ao serviço do Reino e faça crescer os bens do Reino que são amor, fraternidade, partilha.
 A chave principal da parábola não consiste em fazer render e produzir os talentos, mas em se relacionar com Deus de modo correto.
 Os dois primeiros não pedem nada, não buscam o próprio bem-estar, não guardam para si, não se fecham em si mesmos, não fazem cálculos. Com a maior naturalidade do mundo, quase sem perceberem e sem buscar méritos, começam a trabalhar, de modo que o dom dado por Deus renda para Deus e pelo Reino.
 O terceiro tem medo, e por isso não faz nada. De acordo com as normas da antiga lei, ele age corretamente. Mantém-se dentro das exigências. Não perde nada e não ganha nada. Por isso, perde até mesmo o que tinha. O reino é risco. Quem não quer correr riscos, perde o Reino!

 Reflexão Apostólica:

 Esta parábola é um ensinamento valioso para a nossa vida espiritual e humana. Ela nos fala dos empregados que receberam do patrão respectivamente, cinco, dois e um talento.

Aqueles que receberam mais talentos apresentaram no final maior rendimento, porém o que só recebeu um talento enterrou-o por medo de não conseguir fazer render o seu dote.

Nós sabemos que temos dons, e que Deus nos premiou com talentos e virtudes, porém muitas vezes, nós desprezamos os carismas que temos e deixamos de lado as aptidões que possuímos, por preguiça, por desleixo, porque não damos muita importância, ou porque não nos valorizamos, desconhecemos o nosso potencial.

No mínimo, todo homem e toda mulher recebem das mãos de Deus o dom da vida! É o talento mais simples e ao mesmo tempo o talento mais importante.

Quantas vezes nós esperamos que aconteçam na nossa vida coisas extraordinárias quando o Senhor só quer de nós que possamos viver a nossa vida com alegria e confiança Nele. O medo nos leva a destruir a nossa capacidade de viver feliz.

O querer muito, o achar tudo pouco faz nos perder o tempo precioso da nossa vida e a enterrarmos as pequenas oportunidades que temos de viver bem.

Para sermos fiéis no muito precisamos primeiro sermos fiéis no pouco. A justiça de Deus consiste em fazer valer o Seu Plano de Amor para a nossa vida.

Justo é que todos nós usemos e usufruamos de tudo quanto Deus providenciou para a nossa felicidade. Se possuirmos algum dom e não o estivermos usando que possamos agora reverter esse quadro aproveitando o tempo que nos resta depositando no Banco da vida tudo o que recebemos das mãos do Criador.

Vamos evitar a religião que apenas rotula a pessoa. Que os outros possam dizer de mim: não “ele é um católico, apostólico, romano, tudo isso”; mas “ele vive seu batismo, ele empunha a bandeira de Cristo, ele passa fazendo o bem.”

Não percamos tempo: O QUE VOCÊ TEM FEITO COM OS TALENTOS QUE RECEBEU DE DEUS?
Na nossa comunidade, procuramos conhecer e valorizar os dons de cada pessoa? A nossa comunidade é um espaço onde as pessoas podem conhecer e colocar à disposição seus dons? Às vezes, os dons de alguns geram inveja e competitividade nos outros. Como reagimos? Como entender a frase: “Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”?
 Relendo a parábola para hoje encontramos muitas semelhanças:

Há um reino – de Jesus
Os servos – nós
Os talentos – os dons para o serviço na igreja
É necessário desenvolve-los (trabalhar no que recebemos de Deus para melhorar, aperfeiçoar)
É preciso ser achado útil na vida com Deus e isso reflete não só na aceitação do Senhor, mas também em nossa auto-estima e realização pessoal

Cada um conforme a capacidade que já tem. Você tem dons e talentos que Deus, pois além dele capacitar você espiritualmente já colocou em você na sua formação, nascimento etc tudo aquilo que é necessário para o desenvolvimento destes.

Exerça os seus dons com misericórdia, compaixão, amor, paz, alegria e muito prazer, pois esta parte da vida com Deus é aquilo que nos faz participantes da sua graça derramada sobre as pessoas.

 Propósito: Aplicar os dons recebidos.

UMA QUESTÃO DE FOCO
Realmente não é difícil manter o seu foco; o que você precisa fazer é deletar alguns hábitos negativos que você tem desenvolvido.  
Você sempre obtém mais daquilo que você está focando. Então, no que é que você está focado neste exato momento? O seu foco são problemas, distrações, frustrações e as chateações desse mundo? Ou você está focado no seu sonho, suas grandes possibilidades, suas paixões positivas e nas coisas que realmente tem genuíno de duradouro valor? 

Sim, existe uma variedade de coisas negativas e destrutivas nas quais você pode decidir focar. Porém, ao mesmo tempo existe uma quantidade ainda maior de coisas positivas que você também pode decidir focar e experimentar o melhor que esta vida pode lhe oferecer. 

Focar no que é positivo, produtivo, capacitado é algo até mesmo muito divertido e carregado de gratificação pessoal. Foque no melhor que você pode imaginar e veja todas aquelas coisas maravilhosas viajar abundantemente para sua direção.

Evangelho do dia 30 de agosto sexta feira 201'9


30 agosto Cristo é um coeficiente infinito em nossos corações... E nós, pobres cifras do nada, podemos multiplicar-nos, aos poucos, até à grandeza dos valores infinitos. (L 11). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 25,1-13

"Jesus disse:
- Naquele dia o Reino do Céu será como dez moças que pegaram as suas lamparinas e saíram para se encontrar com o noivo. Cinco eram sem juízo, e cinco eram ajuizadas. As moças sem juízo pegaram as suas lamparinas, mas não levaram óleo de reserva. As ajuizadas levaram vasilhas com óleo para as suas lamparinas. Como o noivo estava demorando, as dez moças começaram a cochilar e pegaram no sono.
- À meia-noite se ouviu este grito: "O noivo está chegando! Venham se encontrar com ele!"
- Então as dez moças acordaram e acenderam as suas lamparinas. Aí as moças sem juízo disseram às outras: "Dêem um pouco de óleo para nós, pois as nossas lamparinas estão se apagando."
- "De jeito nenhum", responderam as moças ajuizadas. "O óleo que nós temos não dá para nós e para vocês. Se vocês querem óleo, vão comprar!"
- Então as moças sem juízo saíram para comprar óleo, e, enquanto estavam fora, o noivo chegou. As cinco moças que estavam com as lamparinas prontas entraram com ele para a festa do casamento, e a porta foi trancada.
- Mais tarde as outras chegaram e começaram a gritar: "Senhor, senhor, nos deixe entrar!"
- O noivo respondeu: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eu não sei quem são vocês!"
E Jesus terminou, dizendo:
- Portanto, fiquem vigiando porque vocês não sabem qual será o dia e a hora." 

Meditação: 

Os discípulos do Reino devem sempre se lembrar de que estão a caminho do encontro com o Senhor. O desconhecimento desta hora exige que o discípulo esteja sempre preparado, pois a falta de cautela, por menor que seja, poderá causar-lhe danos irreparáveis.

As moças sensatas da parábola simbolizam os discípulos que, com fidelidade, sempre traduziram em projeto de vida os ensinamentos de Jesus. Já as moças imprudentes correspondem aos discípulos que, apesar de terem escutado as palavras do Mestre, não fizeram delas seu projeto de vida.

O encontro com o Senhor não pode ser improvisado. Cada discípulo tem a vida inteira para prepará-lo. Afinal, este pode acontecer a qualquer momento. A ninguém é dado conhecer de antemão quando o Senhor virá pedir-lhe contas. É insensato perder as chances de preparação que lhe são oferecidas.

Por outro lado, esta preparação deve ser feita, individualmente, sem que haja a possibilidade de alguém transferir seus méritos para outrem. É a advertência contida nas palavras do Mestre: as moças prudentes, que trouxeram azeite de reserva, não podem partilhar de seu azeite com as insensatas que não tiverem o bom senso de ficar preparadas.

A comunhão definitiva com Jesus exige do discípulo do Reino um esforço contínuo para deixar-se guiar por seus ensinamentos. Os descuidados que se cuidem!

Mateus, com esta sua exclusiva parábola das dez moças, dá continuidade ao tema da vigilância, dentro da perspectiva escatológica. No seu todo a parábola deixa a desejar, sob o ponto de vista da falta de solidariedade das cinco virgens "previdentes". 

Mais uma vez Jesus nos convida à vigilância e nos dá como exemplo a parábola das virgens previdentes e imprevidentes. Adaptando a história à nossa existência nós podemos refletir acerca da nossa trajetória aqui na terra enquanto estamos nos preparando para um dia ir ao encontro do noivo.

Todos nós sabemos que a nossa vida é breve e que um dia nós faremos a viagem em busca do reino que nos foi prometido por Deus. O noivo é Jesus e a noiva é a nossa alma que tem sede de encontrá-Lo.

O tempo em que vivemos aqui na terra é a oportunidade que nós temos para, também como as jovens previdentes, providenciarmos o
óleo que mantém a lâmpada da nossa alma acesa.

O óleo que conserva acesa a chama do amor de Deus no nosso coração, nós o encontramos quando buscamos viver a fé que provêm da oração, o consolo que nos dá o Espírito Santo, é a alegria de uma vida voltada para Deus.

Quando nós vivemos somente entregues às coisas que o mundo nos acena e temos o coração ligado às coisas passageiras nós esquecemos de alimentar a nossa alma e, com certeza, nos faltará luz para atravessar o vale escuro no caminho que nos levará para outro estágio da nossa vida.

As jovens imprudentes, talvez vivessem uma vida despreocupada de Deus, achando que buscando somente as coisas do mundo, na hora da necessidade, Deus traria o óleo para suas lâmpadas.

Muitas vezes nós também ficamos como que meio adormecidos (as), anestesiados (as) pelas preocupações com trabalho, com sobrevivência, amealhando dinheiro, confiantes de que ainda temos muito tempo de vida para só depois pensarmos nas coisas de Deus. Jesus, porém nos diz:
ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora.

O caminho que nós precisamos atravessar é escuro e haverá um momento em que a porta se fechará. Por isso, precisamos nos preparar! Enquanto é tempo toda hora é hora para adquirirmos o que manterá a nossa lâmpada acesa.

É na intimidade com a Palavra de Deus que nós vigiamos à espera do noivo que virá um dia nos levar para a morada que Ele mesmo nos preparou.

A vigilância a que Jesus nos convida não se restringe a devoções religiosas voltadas sobre si mesmas, freqüentemente individualistas e excludentes, mas nos leva ao empenho missionário, na prática da misericórdia, na solidariedade e na partilha. Assim nos unimos a Jesus e ao Pai, no Espírito, em comunhão de vida eterna.

Onde você está buscando o óleo para conservar a sua lâmpada acesa? Qual será o óleo que está faltando para que você esteja com a sua lâmpada acesa? Você vive fraternalmente com as pessoas? Como você tem tratado as pessoas na sua casa? O que você faz quando não simpatiza com alguém?
  
Reflexão Apostólica:

Ao se encerrar o mês de agosto, já comecei a buscar as referencias de reflexão para setembro, o tradicional mês dedicado a Bíblia.

Precisamos amar a Palavra de Deus. Precisamos valorizá-la e vivê-la. Não basta divulgá-la. Precisamos cada vez mais nos familiarizar com a Palavra de Deus. E isso só pode acontecer através de um processo de leitura, reflexão, e compromisso com a Palavra. E pra isso é necessário o esforço pessoal em nos deixar orientar e questionar a Palavra de Deus.

Que o Espírito Santo continue iluminando e orientando a nossa Igreja e que Ela aprenda a ter ouvidos atentos para ouvir as orientações do Senhor para o exercício de sua missão. 

Passemos agora a refletir o evangelho de hoje.

Notamos  nesta parábola das moças com as lamparinas, que aparece  o espírito da concorrência entre as moças. Também nós concorremos: no esporte e no nosso dia a dia na procura de um emprego, para manter-se no emprego, para conquistar a pessoa amada etc. Só que precisamos tomar cuidado com a concorrência, pois até certo ponto ela é natural do convívio humano, principalmente nos esportes. Mais depois desse certo ponto, a concorrência poderá ser excludente, e intolerante.

A moça imprevisível que não levou óleo suficiente par sua lamparina, não conseguiu que ninguém lhe emprestasse o referido combustível.  Até que ponto isso foi normal?  Faz parte da concorrência, ou foi falta de caridade?  Imagine você participando de uma competição cross  num Rally do Sertão  e você passa por um dos seus concorrentes que acabou de bater o carro e está preso nas ferragens.
O que você faria? Continuaria sua corrida normalmente, pois afinal competição é competição, salve-se  quem puder! Pois agora é você o "cara" que está na frente. Ou você pararia seu carro, perderia a corrida, para socorrer o seu adversário que no fundo é seu irmão? Essa eu deixo para você decidir. O importante na nossa vida é discernir quando é apenas competição, ou quando a situação é egoísmo ou falta de caridade de nossa parte.  Competir, sim. Prejudicar, puxar o tapete do concorrente, não.
Aquela garota que se  arruma para conseguir a atenção do "carinha" que ela estava de olho, é uma atitude normal. Mais deixa de ser normal quando ela percebe que aquela "fulaninha" que chegou primeiro, está agora com ele. Então ela começou a jogar sujo. Mandou uma amiga falar para o garoto uma porção de mentiras  inventando um monte de defeitos da sua concorrente. 
Esta é uma situação típica do nosso dia a dia, é uma  atitude excludente na concorrência da vida, que nada mais é do que egoísmo, desamor em fim, pecado contra a caridade.  
A vigilância recomendada por Jesus no texto não significa esperarmos preparados  a vinda futura de Jesus, mas sim percebê-lo já,aqui e agora  presente no meio de nós, no evangelho, nos acontecimentos, nos chamando para evangelizar, para perdoar, para assumir a nossa  religiosidade de um modo autêntico, dando preferência aos pobres e excluídos, e  acolher  de verdade o seu plano de amor e de salvação.

Propósito: Amadurecer a vocação cristã para descobrir a riqueza e a graça de ser missionário e anunciar a palavra com alegria.   
     
IMPOSSÍVEL?
Ao tímido e hesitante tudo parece ser impossível; apenas parece.  
A única maneira do impossível continuar sendo impossível é se nada mudar. O conceito de impossibilidade é um conceito estático. Porém, - pela graça de Deus – você foi criado para ser uma força dinâmica, portanto, impossibilidade deve ser encarada de uma outra forma, além de uma simples e fria resignação ao impossível. 

Sim, algumas coisas podem parecer impossíveis neste momento, mas elas não precisam permanecer para sempre. Pense: quantas coisas boas e extremamente gratificantes você delas desistiu simplesmente porque creu ser impossível de serem alcançadas? Talvez seja a hora de reconsiderar cada uma delas. 

Focalize seus pensamentos na coisa mais maravilhosa que você possa visualizar e siga em frente na busca exatamente disso. Se não for possível hoje, com a graça e misericórdia de Deus ativa em sua vida, tudo será possível porque para Ele não existe impossíveis.

Evangelho do dia 29 de agosto quinta feira 2019 - Martírio de São João Batista


29 agosto - O potencial do homem é indefinido; tudo depende do valor do coeficiente: dois fatores que se multiplicam, que se fundem e que se transfiguram num grande produto. (L 9). São Jose Marello
Marcos 6, 17-29.

Naquele tempo Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. João tinha dito a Herodes: Não te é permitido ter a mulher de teu irmão. Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, não o conseguindo, porém. Pois Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo; protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente o ouvia. Chegou, porém, um dia favorável em que Herodes, por ocasião do seu natalício, deu um banquete aos grandes de sua corte, aos seus oficiais e aos principais da Galiléia. A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e dos seus convivas. Disse o rei à moça: Pede-me o que quiseres, e eu to darei. E jurou-lhe: Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja a metade do meu reino. Ela saiu e perguntou à sua mãe: Que hei de pedir? E a mãe respondeu: A cabeça de João Batista. Tornando logo a entrar apressadamente à presença do rei, exprimiu-lhe seu desejo: Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista. O rei entristeceu-se; todavia, por causa da sua promessa e dos convivas, não quis recusar. Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere, trouxe a sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe. Ouvindo isto, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro.


Meditação:
Nesta narrativa vemos uma ironia sobre Herodes, apresentado como um rei sensual e volúvel, um "caniço agitado pelo vento". Este banquete de aniversário de Herodes fica caracterizado como o banquete da morte, contrapondo-se ao banquete da vida que é partilha do pão por Jesus com multidões, que será narrada a seguir.

A condenação de João, inocente e justo, prenuncia a condenação de Jesus, que se fez discípulo de João e segue caminho semelhante, com a conclamação à conversão ao Reino de justiça. O evangelista Marcos nos apresenta os fatos pelos quais o rei Herodes chegou a tomar a decisão de lhe tirar a vida. 
João Batista é a figura do profeta por excelência que abre o Novo Testamento com a Boa Nova do Messias que já está no meio de seu povo; e diz de si mesmo que somente é uma voz que clama no deserto, como já tinha profetizado Isaías.
Fiel a seu ministério como profeta, coerente em suas palavras e obras com a ação de Deus em sua vida, João não se cala diante da injustiça e o pecado dos poderosos de seu momento histórico.
A condenação lançada sobre ele obedece à forma tão antiga quanto atual de calar quem denuncia a mentira, a injustiça e o mal, presentes naqueles que têm o papel de dirigir, o poder de governar e a autoridade de levar a cabo a justiça.
O martírio de João Batista nos deve levar a refletir e questionar nosso papel profético a partir de nossa realidade como cristãos.
Observando a vida de João Batista nos sentimos fortemente tocados e notamos que é necessário imitá-lo para sermos verdadeiros e autênticos cristãos. São João nos convida a fazer uma opção radical por Cristo aceitando a cruz. A cruz é como um termômetro fiel que mede nosso amor a Cristo e indica a sinceridade de nossa opção por Ele.
O martírio de João Batista liga-se à denúncia profética das injustiças cometidas pelos poderosos, inclusive o luxo da corte, cujo desfecho fatal é a morte do inocente e a opressão dos marginalizados.
Vivemos, sem dúvida, a tentação de seguir a Cristo sem renunciar ao nosso egoísmo; ou tentamos levar a cruz de modo que não doa tanto ou tentamos acomodá-la de acordo com nossos gostos ou planos pessoais. No entanto, isso não é possível: ou aceitamos Cristo e todas as implicações dessa opção como fez São João Batista ou ficamos longe Dele. Essa é a única opção do cristão: optar por Cristo radicalmente.

Sim, é possível carregar a cruz de cada dia e seguí-Lo com alegria, porque Ele nos acompanha dando-nos a força de que necessitamos. É possível amar no sofrimento, porque Cristo nos amou primeiro. É possível optar por Ele com radicalidade porque Ele optou por nos salvar bem antes, através de Sua Paixão e morte. Sua cruz faz com a nossa pequena cruz se torne suportável. São João Batista, o seguidor fiel de Cristo, nos diz com seu exemplo: "Carrega tua cruz, negue a si mesmo, realiza-te na doação de si mesmo por amor". Somente quem ama a Cristo e se entrega experimenta este paradoxo de morrer para ter a vida e é capaz de levar a cruz como caminho de salvação e de verdadeira felicidade.

Reflexão apostólica:

Para levar a cruz de Cristo devemos fazer renúncias e sempre demonstrar nosso amor por Ele. Quantas vezes podemos fazer um pequeno sacrifício como deixar de ver televisão por umas horas ou deixar de acessar a internet para nos dedicarmos à convivência familiar, ao apostolado ou a outras ocupações úteis, quantos motivos temos para nos abster de pequenas vontades, para não nos queixarmos diante de qualquer dificuldade, para aproveitarmos bem nosso tempo, etc. A vida diária nos oferece varias oportunidades para optarmos por Cristo e seguí-Lo carregando nossa cruz. Senhor, não permitas que eu viva um dia sequer sem Tua cruz!

Propósito:

Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador. Carregarei minha cruz em todos os momentos. 

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"Jesus tem muitos que aspiram ao seu reino celestial, mas poucos dispostos a carregar a sua cruz. Muitos que desejam a consolação, mas poucos que querem a tribulação" (Imitação de Cristo, Tomás de Kempis.)
SOBRE DESAPONTAMENTOS
Nossos melhores sucessos freqüentemente vem após nossos maiores desapontamentos. 
A única maneira segura de evitar desapontamentos é evitar fazer qualquer coisa na vida. Porém, isso já será o maior de todos os desapontamentos. Quando você decide seguir em frente e dar o seu melhor, ocasionalmente você irá se deparar com desapontamentos; todavia, se você não seguir em frente, toda a sua vida será um desapontamento. 

Desapontamentos acontecem, mas eles não podem te paralisar. Desapontamentos por mais dolorosos que sejam, fazem parte da normalidade de uma vida frutífera, bem sucedida e gratificante. As coisas nem sempre irão caminhar em seu favor. Felizmente, porém, nenhum desapontamento é permanente e você sempre pode se levantar e caminhar positivamente em direção aos seus sonhos. 

Agora, neste momento, todo desapontamento que você experimentou está no passado. Agora você tem a oportunidade de aprender positivas e preciosas lições advindas dos desapontamentos. Não tome os desapontamentos de forma pessoal.

Evangelho do dia 28 de agosto - Sto Agostinho



28 agosto - Trabalho e boa vontade e o passado nos poderá servir de lição para o futuro. (L 9). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 23,27-32

"- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês são como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de podridão. Por fora vocês parecem boas pessoas, mas por dentro estão cheios de mentiras e pecados.
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fazem túmulos bonitos para os profetas e enfeitam os monumentos das pessoas que viveram de modo correto. E dizem: "Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não teríamos feito o que eles fizeram, não teríamos matado os profetas." Assim vocês confirmam que são descendentes daqueles que mataram os profetas. Portanto, vão e terminem o que eles começaram!

Meditação: 
Mateus recolhe em sete a expressão: "Ai de vós", usada por Jesus, para introduzir as acusações dirigidas contra os escribas e fariseus. No Evangelho de hoje, temos os dois últimos “ai de vós” da seqüência. A repetição explícita, “ai de vós, escribas e fariseus hipócritas…”, mostra-nos a contundência da censura. Na ocasião das grandes festas, os sepulcros eram caiados para evitar algum contato involuntário de alguém que, assim, se tornaria impuro.
A indignação de Jesus contra os mestres da Lei e fariseus é tão grande, que Ele os compara a “sepulcros caiados”, pois têm a aparência exterior de um túmulo recém pintado de branco que tenta esconder uma realidade interior cheia de podridão. São eles aqueles que aparentando ser boas pessoas, escondem uma realidade de mentiras, pecados e nada comprometida com os preceitos morais.
Depois Jesus fala das edificações (sepulcros e sacrários), que ficam ao redor de Jerusalém, para os profetas martirizados. Ele acusa escribas e fariseus de serem descendentes (física e espiritualmente) dos responsáveis por esses martírios.
É desta forma, expressando seus “ais”, que Jesus mostra sua mágoa pela forma como escribas e fariseus fazem mau uso de sua liderança religiosa que deveria estar a serviço da comunidade e não servindo para exaltação e interesse próprio.
Este são os mesmos perigos que permeiam nossas comunidades, ainda hoje, e que prejudicam a vida espiritual de muitos. Certamente Jesus diria novamente um “ai”, se participasse das comunidades de agora.

Jesus continua a nos interpelar assim como fez com os mestres da Lei e os fariseus a respeito da sinceridade nas nossas “boas ações”.
A franqueza e a transparência devem ser um princípio básico nas nossas atitudes. O nosso coração deve dar o ritmo para as nossas realizações, do contrário, por mais esforço exterior que façamos as nossas obras denotarão sinal de morte e não de vida.
Seremos como sepulcros caiados, por fora, impecáveis, por dentro cheios de imundície. Assim também, em relação às palavras que pronunciamos, aos elogios fáceis e cheios de hipocrisia que emitimos com o intuito de agradar a alguém, enquanto o nosso coração, muitas vezes, até critica e reprova.

A verdade e a justiça devem permear as nossas atitudes, nem que doa. Jesus foi transparente e sincero quando disse: “Ai de vós, hipócritas”!
Será que somos nós, hoje, os mestres da Lei e os fariseus, falsos e cínicos? Como está a sua justiça? Ela é verdadeira? O que será que você poderá estar vivendo, só de fachada? Você gosta de criticar as falhas dos outros achando que não cairia no mesmo erro? Você costuma fazer alguma coisa somente para parecer “bonzinho - boazinha”? Você costuma refletir sobre as conseqüências das suas ações? Você tem costume de elogiar as pessoas somente para agradá-las?
Se a sua conduta não for diferente da dos mestres e doutores da Lei saiba que Jesus está dirigindo para você estas palavras: Ai de você fariseu, hipócrita e doutor ou doutora da Lei!

Reflexão Apostólica:
Uma nova manifestação do conflito entre fariseus e Jesus é apresentada no evangelho de hoje. Volta a crítica de fundo dos fanáticos proclamadores do cumprimento da lei; eles, como sepulcros caiados, estão cheios de corrupção e podridão.

Por outro lado, as comunidades cristãs daquele tempo sofriam uma dura perseguição por parte das instituições judaicas, que viam no cristianismo uma ameaça para a legitimidade de seus aparatos de domínio.

O fato de proclamar Jesus como Messias, o enviado, relativizava o absolutismo das grandes instituições, como o Templo, a Lei, o Culto e o Sinédrio. O projeto de Jesus constituía uma novidade alternativa, que colocava a dignidade da pessoa no centro das atenções, por ser amada e preferida por Deus.

Essa vida estava acima de toda lei, o que quer dizer que o confronto entre Jesus e a lei vai muito além de um assunto de obediência; trata-se de um assunto ético, em que a discussão central está no lugar que ocupa a vida humana. Hoje enfrentamos múltiplas instituições que, em nome dos interesses do povo, tiram-lhe a própria vida.

Hoje, mais que nunca, estamos precisando de vozes proféticas que se levantem e clamem pela paz, pela justiça e pela solidariedade, em um mundo que paradoxalmente se afoga, entre a complexidade das leis criadas para simplificar a vida.

A atitude do cristão diante da vida há de fundamentar-se no mandamento  do amor, que se realiza plenamente baseado na justiça, na liberdade e na verdade, e se manifesta na compaixão, eixos principais na construção do reino de Deus no mundo. O cristão não pode desdobrar-se para viver em duas dimensões divergentes ou desintegradas entre seus princípios e sua conduta.
Há de ser uma só pessoa em suas palavras e suas ações; porque o termo “hipócritas” que Jesus lança sobre os fariseus e escribas significa que eram uma coisa por fora e outra muito diferente em seu interior. Jesus exige que sejamos coerentes e sinceros como Deus o é; do contrário seremos vítimas de nós mesmos, por não sermos conseqüentes entre o que pensamos e o que fazemos.
Devemos sempre estar alertas em relação à nossa vivência da fé porque, se não nos cuidarmos, podemos criar um abismo muito grande entre o que falamos e o que vivemos ou, pior ainda, podemos viver uma religiosidade de aparências, uma religiosidade ritual em detrimento de uma real vivência de fé, de uma resposta pessoal aos apelos que nos são feitos para que assumamos os compromissos do nosso batismo a partir de uma vida verdadeiramente profética que denuncie os contravalores do mundo e anuncie a verdade dos valores que foram pregados por Jesus Cristo. Deste modo, a nossa vida religiosa não será simplesmente ritual, mas também compromisso.

Propósito:

Senhor, arranca o meu coração de pedra, este coração duro e incircunciso. Dá-me um coração novo, um coração de carne, um coração puro (Ez 36, 26). Tu, que purificas os corações, que amas os corações puros, toma posse do meu coração e vem fazer nele a tua morada. Pai, torna-me de tal modo transparente que meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como um sepulcro caiado!

METAS
O ser humano sempre estabelece metas a serem alcançadas.
Se um grande sonho se concretiza, e preciso aceitar suas conseqüências.
Os pessimistas consideram que determinados sonhos não são para eles.
Os otimistas perguntam-se o que é preciso aprender e fazer para realizá-los.
Quem não se dispõe a trabalhar para a realização de seu ideal está desistindo da luta.