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sábado, 30 de novembro de 2013

EVANGELHO DOMINGO - 1º ADVENTO - A

A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. Porque, nos dias antes do dilúvio todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio, e arrastou a todos.
Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado, e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada, a outra será deixada. Portanto, fiquem vigiando! Porque vocês não sabem em que dia virá o Senhor de vocês.  Compreendam bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente ficaria vigiando, e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, também vocês estejam preparados. Porque o Filho do Homem virá na hora em que vocês menos esperarem.
(Correspondente ao Primeiro domingo do Advento, ciclo A do Ano Litúrgico).

 EVANGELHO

O dia e a hora - Mt 24,37-44

“A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. Nos dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, homens e mulheres casavam-se, até o dia em que Noé entrou na arca. E nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Ficai certos: se o dono de casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem.”

 

Comecemos sendo agradecidos

Com a celebração do Primeiro Domingo de Advento, iniciamos um novo ano litúrgico, para o qual a Igreja nos propõe como palavra iluminadora o evangelho de Mateus.
Este evangelho é denominado o "evangelho do catequista" ou o "evangelho eclesial". Ele é escrito para formar os neo-batizados em todos os aspetos da vida comunitária eclesial.
Mateus se dirige principalmente a cristãos/ãs de origem judaica, por isso que ele usa em seus escritos muitos textos do Primeiro Testamento.
Assim acontece no texto deste domingo, em que o evangelista faz alusão a Noé, ao tempo do dilúvio e suas consequências. A intenção do autor é mostrar continuidade com a história do povo de Israel e sinalizar a descontinuidade que produz a vinda do Filho do Homem.
Para compreender o texto, temos que resgatar seu tema central que marca o tempo de advento: a vinda do Senhor.
Devemos nos perguntar: o que quer dizer vinda do Senhor? Em grego é "parusia", em latim, "adventus": "advento", "vinda". O que é esta vinda? Envolve-nos ou não?
Temos que distinguir que, quando falamos da vinda do Senhor, estamos nos referindo a diferentes modos do agir de Deus. A primeira vinda é quando o Filho de Deus tomou carne no seio de Maria.
Depois podemos dizer que há uma permanente vinda do Senhor, que é sua Presença no meio de nós. Considero que é mais adequado falar de Presença permanente, porque já habita no meio de nós, está presente na sua criação, e é de dentro dela que trabalha, liberta e salva.
E, finalmente, falamos de "vinda do Senhor" quando nos referimos aos últimos tempos, à vinda de Jesus como Senhor e Juiz do universo (Mt 25, 31, 46).
O evangelho de hoje nos situa na caminhada da comunidade cristã entre a primeira e última vinda, que é também nosso tempo de caminho, pelo qual podemos nos considerar destinatários/as privilegiados/as desta perícope.
A intenção de Mateus é acordar a comunidade cristã; convidá-la a abrir os olhos para descobrir o agir de Deus no cotidiano da vida: "trabalhando no campo", "moendo no moinho".
Dessa forma, não serão surpreendidos/as, e sim serão capazes de estar atentos/as, vigilantes para descobrir os convites, apelos, visitas que Deus faz cada dia e assim responder com prontidão e alegria.
O que é necessário para viver nesse espírito de vigilância e não perder-nos de "ver", "escutar" encontrar-nos com o Senhor diariamente?
É de grande ajuda para cultivar este espírito de vigilância viver com um coração agradecido (Col 3,15).
São tantos os bens, os presentes que cada dia recebo, vivo sem dar-me conta, e mais ainda sem mérito algum! O sol que amanhece, um gesto simples de carinho, uma palavra de alento, uma visita amiga, o consolo da oração...
Como não ser agradecidos? Se mesmo nas situações mais difíceis podemos confiar que Deus está conosco (cfr. Sl 23).
Com o apóstolo Paulo cada cristão/ã pode dizer "Tudo é graça". Saber-nos assim agraciados, não é para ficar parados/as, ao contrário, é o impulso permanente que nos leva a retribuir com amor o que por amor recebemos.
Em outras palavras, é o que nos faz mais disponíveis à ação de Deus para colaborar na construção de seu projeto, de seu reinado de amor, justiça, solidariedade, e poderíamos agregar uma palavra muito usada atualmente, mas sempre presente no plano de Deus, sustentabilidade.
Ao iniciar este novo ano litúrgico, estreemo-lo com um coração agradecido. Dentro de poucos dias começaremos a enfeitar nossas casas e comunidades com as figuras natalinas, o presépio. Enfeitemos antes nosso coração com um grande canto de agradecimento e louvor ao "Deus Altíssimo, a este Deus que faz tanto por mim!".

Oração

Obrigado, Senhor!

Obrigado, Senhor, por tua presença constante ao meu lado!
Tu és a força no momento de fraqueza,
a alegria no momento de tristeza.
Tu és a paz na tribulação e na angústia,
és a rocha que alicerça meus projetos 
e o embalo harmonioso 
que me acalma nas noites de inquietação.
Tu és a luz que ilumina meu caminho
e energia que me faz caminhar.
Tu envolves toda a minha vida
e estás presente em cada momento que vacilo.
Quando caio, me levantas;
quando me decepciono, me animas;
quando sinto medo, me fortaleces.
Em ti confio plenamente, 
e a todo momento rendo graças 
pelas bênçãos e maravilhas 
que realizas a cada novo dia.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Evangelho Sábado 30 novembro - S. Andre Apóstolo

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 4,18-22

 "Quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”.Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.

 Meditação: 

 Esta narrativa do chamado dos quatro primeiros discípulos é encontrada, praticamente sem alterações, também no Evangelho de Marcos.
 Já Lucas insere o episódio no contexto de uma pesca milagrosa, e no Evangelho de João o chamado se dá por ocasião do batismo de Jesus feito por João Batista.
 O Evangelista Mateus narra como foi o chamado que Jesus fez aos primeiros apóstolos, Simão e André, Tiago e João. Algumas particularidades nós podemos tirar hoje para a nossa reflexão.

Eram irmãos, trabalhavam juntos em família, eram pescadores e estavam em plena atividade na sua ocupação. Tinham uma profissão, tinham uma história, entretanto, “ imediatamente deixaram as redes, a barca e o pai e O seguiram!”

O chamado de Jesus deu uma guinada vida de um grupo de pescadores do Mar da Galiléia. O Mestre os queria como companheiros na missão, para fazer deles pescadores de homens.
 O seguimento exigia várias rupturas. A mais imediata consistiu em “deixar as redes e o barco”, seus instrumentos de trabalho, para assumir um tipo novo de atividade. A segunda diz respeito ao mundo familiar: os filhos “deixam o seu pai”. Como conseqüência, devem deixar sua terra e suas tradições para se colocar a serviço de um projeto de alcance universal.
 A metáfora da pescaria sublinha aspectos importantes do exercício da missão. Enquanto pescadores de homens, deverão ser pacientes e perseverantes, quando os resultado do trabalho não corresponder ao esforço empregado.
 Deverão enfrentar, sem medo, as tempestades e as adversidades, quando no horizonte da missão despontar perseguição e morte.
 Deverão estar sempre dispostos para o trabalho, alimentados por uma forte dose de otimismo e de alegria. Sobretudo, deverão ser movidos pela esperança de, apesar das adversidades, ver seu trabalho reconhecido pelo Pai.
 A decisão de deixar tudo associava, definitivamente, os discípulos ao Mestre Jesus. Como o Mestre, estariam a serviço da implantação do Reino de Deus na história, esperando contemplar a vitória do bem, da verdade, da justiça, do perdão, da igualdade e do respeito por todos, sem distinção.
Este foi o projeto de vida levado a cabo por Jesus, embora sua caminhada se concluísse com a morte de cruz. Por esse caminho, seguem também seus companheiros.
 Esse texto é muito direto em relação daquilo que Jesus quer de nós,ele não quer que inventemos uma série de desculpas para não responder ao seu chamado, pelo contrário assim como esses pescadores ele quer que, se necessário, abandonemos tudo, como pai, profissão, amigos.

 Reflexão Apostólica:

 Podemos hoje também perceber que Jesus deseja atrair para si as nossas famílias que convivemos juntos, temos uma história com os nossos problemas, e, por isso mesmo, precisamos ser fortalecidos espiritualmente para dar testemunho ao mundo que seguir a Jesus é a condição sine qua non para que cumpramos com o desígnio de Deus para nossa vida.
 Jesus nos chama a segui-Lo não porque somos homens e mulheres “desocupados” e não temos nada para fazer. Isto, nós podemos observar quando Ele chamou os Seus apóstolos.

Jesus viu os dois irmãos, notou que eles estavam ocupados na sua lida diária e, assim mesmo os escolheu. Eles não se ofereceram.

Eles tinham uma profissão, tinham uma história, porém, “eles imediatamente deixaram as redes, a barca e o pai e O seguiram!”.

O nosso trabalho, a nossa ocupação, a rotina da nossa vida não são impedimento para que sigamos a Jesus e vivamos os Seus ensinamentos.

Deixar imediatamente, as redes, a barca e o pai, significa que Jesus nos chama com a autoridade de quem sabe o que é melhor para cada um de nós, e por isso, Ele tem a primazia nas nossas eleições.
 Jesus nos chama a ser “pescadores de homens” por meio do nosso testemunho de fidelidade a Deus e aos irmãos. O Seu chamado é irrevogável e intransferível, por isso, outro não pode assumir o nosso lugar.

É necessário, porém, que estejamos livres de qualquer empecilho, desapegados (as) de tudo quanto nos prende, mesmo que seja o trabalho, a profissão, a família, os bens.

Às vezes nos desculpamos porque somos muito ocupados (as), mas Jesus veio chamar justamente àqueles que se comprometem e que têm que renunciar a alguma coisa. Ele deseja que o nosso coração esteja livre de tudo e de todos para que possamos segui-Lo, vivendo a Lei do amor.
 Ele deseja que o nosso coração esteja livre de tudo e de todos para que possamos segui-Lo, vivendo a Lei do amor.


Você já se sente chamado (a) por Jesus? Você acha que Ele já o (a) viu e o (a) notou? Qual tem sido a sua reação ao chamado de Jesus no serviço do reino? Será que você tem dado desculpas esfarrapadas? Aproveite o tempo de agora, não perca as oportunidades!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Evangelho sexta feira 29 novembro


Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,29-33

"E Jesus contou-lhes uma parábola: "Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto. Vós, do mesmo modo, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo: esta geração não passará antes que tudo aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão." 

Meditação:

Assim como o profeta confia nas palavras de Deus, o cristão alimenta sua esperança nas palavras de Jesus. Tudo que Ele prometeu será cumprido dentro do desenrolar do processo histórico.

Este Evangelho nos recorda uma vez mais que nosso Deus é o Deus da história. Através dela vamos descobrindo que Ele caminha com a humanidade.

Temos neste texto uma curta parábola cheia de conteúdo. As árvores que brotam indicam a proximidade do verão. Os brotos e as flores do verão prenunciam o outono, tempo de frutos e colheita.

A expressão "Vós, do mesmo modo... ficai sabendo..." indica a incompreensão dos discípulos, com sua visão messiânico-judaica-escatológica, a ser superada.

Neste texto, Jesus enfatiza a atenção que se precisa ter na hora de discernir os sinais dos tempos e a esperança fundada nas palavras de Jesus. Com a parábola, Jesus convida os discípulos, que observam os fenômenos da natureza, a interpretar os acontecimentos do mundo.

Com o surgimento do broto das árvores frutíferas se espera o advento do verão, assim também, a atenta observação dos sinais dos tempos faz conhecer a proximidade do Reino de Deus.

Esta é uma tarefa importante da comunidade cristã: a de descobrir sinais de vida que surgem desde as situações de morte aparente, para poder anunciar a chegada desse tempo de plenitude.

Hoje, Jesus nos exorta a ficarmos atentos (as) aos fatos e acontecimentos que ocorrem no mundo e ao nosso redor, para que possamos esperar com perseverança a Sua segunda vinda, cheio de glória e de poder a fim de instaurar definitivamente o Seu reino no meio de nós.

O mundo será renovado e o reino de Deus definitivamente será estabelecido quando Jesus voltar.

O Reino de Deus já está acontecendo. É a sedução do bem, da vida, da comunhão com Deus, da solidariedade, da fraternidade, da partilha, da alegria. E as palavras de Jesus são anunciadas como convite a participar do banquete da Vida.

O exemplo da figueira nos alerta também para que não fiquemos alienados (as) e sim, atentos aos sinais da chegada do reino de Deus, em nós.

Ele
é construído sutilmente dentro de nós, no nosso dia a dia, na nossa caminhada com Jesus apesar de quase não o percebermos.

Podemos desde já, abranger os seus sinais da mesma forma que nós percebemos os sinais dos tempos e do clima.

Há certos sinais que são visíveis para nós aqui na terra: ventania, nuvens carregadas de chuvas, calor forte etc, etc. Assim também há os sinais de que o reino dos céus está próximo.

Estes sinais se manifestam dentro do nosso interior e nós sentimos as suas manifestações na medida em que temos um coração grato, alegre, em paz, cultivamos amor aos irmãos, desejo de santidade, misericórdia, perdão.

Quando você percebê-los em si mesmo, saiba que o reino de Deus está próximo, isto é, Jesus está em você, agindo e atuando. O céu e a terra visíveis, um dia passarão, mas as palavras de Deus nunca irão passar.

Como o reino de Deus pode acontecer dentro do coração do homem? Quais são os sinais de que o reino de Deus está perto de você? Você sabe diagnosticar o que se passa dentro do seu coração? Quais os sentimentos que mais fazem vida em você?

Reflexão Apostólica:

Sofremos, lutamos, levantamos e resolvemos continuar, Jesus à nossa frente a nos pedir que ergamos a cabeça que logo seriamos agraciados com a vitória, a conquista.

Quem após uma grande turbulência ou adversidade não saiu melhor, mais forte, pronto a superar novos desafios?

O sofrimento trás sim transtornos a nossa vida e daqueles que nos cercam, mas esse duro aprendizado acaba quebrando a dormência de nossa vida. Entendamos, como dormência, um processo de “casulo” que toda semente tem, umas mais outras menos.

Uma semente ao cair no solo não germina de imediato, ela esta dormente. Algumas precisam apenas do contato com os nutrientes do solo e um pouco de água para despertar, outras, porém precisam de muito calor.

Algumas sementes do nosso cerrado só brotam depois que são queimadas, ou seja, aqueles incêndios que vemos acabam gerando vida após o sofrimento.

Entenda-se, nesse exemplo, que a natureza, que existe bem antes de qualquer um de nós de certa forma ela consegue ver no sofrimento a própria vida.

Somos suscetíveis a dias bons e dias não tão bons, mas um dia teremos que crescer e ver as folhas brotar (nossos dons, carismas, talentos) e saber que chegou a hora – É verão.

O Espírito Santo se revela na primavera, nas flores, na graça, na paz, na alegria (…). Ele nos torna graciosos aos olhos de todos.

Quem passa por nós sabe que algo mudou. Chega o verão e é hora de revelar o quanto você melhorou, cresceu, mudou… É quase Advento, e o que você (nós) fez? O que mudou? Em um dia, ou seja, 24 horas, podemos ter as quatro estações.

Podemos amanhecer cabisbaixos num possível outono; empolgar numa primavera de sorrisos no trabalho; mostrar a tarde todo nosso talento de verão e no fim do expediente voltar à realidade, num triste inverno, sozinhos num quarto quase depressivos (as) esperando um novo dia amanhecer.

Podemos, também, amanhecer sorrindo de orelha a orelha (primavera), trabalhar pensando no intervalo do almoço (outono); passar a tarde reclamando da vida, da falta de oportunidades, de chances (inverno); e a noite, reunidos com a família para o jantar (verão).

Durante esses dias, fases, intervalos de 2011, (…) em que estação do ano passamos mais tempo?

Domingo, o Advento inicia no clamor pelo perdão de nossas faltas, e finda no quarto domingo nos renovando a esperança.

O Advento, no coração de quem crê, é o fogo que precisávamos para quebrar a dormência do nosso agir.

É a oportunidade de voltar a nascer depois de um erro, de uma tragédia, uma perca. É um tempo propício para refletirmos o que fizemos e como fizemos.

Nossa Igreja se iniciou no sacrifício pascal de Jesus e continua ano após ano trazendo mensagens de um novo recomeço, de ressurreição, de vida.

Se ainda vivemos (ou estamos vivendo) outonos e invernos, em nossa relação comigo mesmo e com os que nos cercam, temos então a mania de estender o sofrimento da cruz e deixar “passar batida” a esperança.

Quem crê e vigia não precisa temer os evangelhos desse semana ou tecer, como tantos cientistas, em calcular o quando e como o mundo viria a acabar.

Às vezes levamos 20, 30, 50 ,70 anos pra entender que o verão já chegou, e que esse fim de mundo acontece toda vez que resolvemos dar um 180° em nossas vidas.

Aquele que era torto na vida e resolve hoje endireitar, um mundo velho acaba e um novo recomeça. Um mundo novo que nasce da mudança de atitude de uma única pessoa.

De coração aberto, abra sua vida, sua casa, sua família ao Advento: “(…) Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo“. (Ap 2, 30)
Propósito:

Pai, reforça a sinceridade de minha fé nas palavras de teu Filho Jesus, pois nele o teu Reino se faz presente na nossa história, realizando, assim, tua promessa de salvação.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Evangelho quinta feira 28 novembro

Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,20-28

"- Quando vocês virem a cidade de Jerusalém cercada por exércitos, fiquem sabendo que logo ela será destruída. Então, os que estiverem na região da Judéia, que fujam para os montes. Quem estiver na cidade, que saia logo. E quem estiver no campo, que não entre na cidade. Porque aqueles dias serão os "Dias do Castigo", e neles acontecerá tudo o que as Escrituras Sagradas dizem. Ai das mulheres grávidas e das mães que ainda estiverem amamentando naqueles dias! Porque virá sobre a terra uma grande aflição, e cairá sobre esta gente um terrível castigo de Deus. Muitos serão mortos à espada, e outros serão levados como prisioneiros para todos os países do mundo. E os não-judeus conquistarão Jerusalém, até que termine o tempo de eles fazerem isso.
E Jesus continuou:
- Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. E, na terra, todas as nações ficarão desesperadas, com medo do terrível barulho do mar e das ondas. Em todo o mundo muitas pessoas desmaiarão de terror ao pensarem no que vai acontecer, pois os poderes do espaço serão abalados. Então o Filho do Homem aparecerá descendo numa nuvem, com poder e grande glória. Quando essas coisas começarem a acontecer, fiquem firmes e de cabeça erguida, pois logo vocês serão salvos.
"  

Meditação:

Lucas escreve seu evangelho na década de oitenta, cerca de dez anos após Jerusalém ter sido destruída e seu texto inspira-se no fato já acontecido.

Historicamente, a cidade de Jerusalém caiu e o Templo foi destruído pelas tropas do general romano Tito,  na guerra do ano 70.

O evangelista parte deste fato impactante, reinterpreta-o como um momento determinado por Deus na história da salvação.

É um momento que marca o fim de uma época e o começo de outra: entre a queda de Jerusalém e a chegada da Parusia, Lucas introduz a época da missão.

Desta maneira, exorta os cristãos a não perder o contato com a realidade histórica enquanto esperam a segunda vinda do Salvador.

Com acontecimentos e símbolos cósmicos, Lucas destaca a importância da chegada do Filho do Homem. Os cristãos devem aguardar este momento em atitude de expectativa gozosa.

Como em outros tempos, também hoje vivemos em um ambiente impregnado de idéias que provém de correntes catastróficas.

A situação fragilizada do meio ambiente, de guerras, de novas doenças, etc., tudo isso pode transmitir desespero e pessimismo em relação a um futuro próximo.

Mais do terror em vista do fim, o texto nos convida a uma atitude de otimismo e esperança, além de trabalhar com dedicação e empenho pelo estabelecimento do Reino entre nós.

A vinda do Filho do Homem é a libertação e o restabelecimento do humano e da vida, no que se manifesta a glória de Deus.

Estamos chegando ao tempo do Advento, tempo de espera e arrependimento. Ocasião propicia para que estejamos conscientes das nossas ações e atentos (as) ao que podem significar as coisas que acontecem ao nosso redor.

Jesus nos adverte dos fenômenos que acontecerão no mundo e com as pessoas antes da Sua vinda gloriosa. Se prestarmos atenção, muitos sinais já se fazem notar hoje, no mundo.

A maioria das pessoas se apavora quando ouve falar desses prognósticos, porém, os que têm a percepção dos ensinamentos evangélicos, compreendem que as palavras de Jesus vêm nos edificar e nos ajudam a manter a esperança na nossa libertação.

O mundo à nossa volta se angustia e sofre, realmente, como a mulher nas dores do parto, no entanto, isto é prenúncio de libertação.

Jesus mesmo nos esclarece quando diz: “Quando essas coisas começarem a acontecer, fiquem firmes e de cabeça erguida, pois logo vocês serão salvos.”.

Jesus já veio como homem e chegou para nós por meio do seio de Maria, se entregou por nós, foi crucificado, morto e ressuscitado para a nossa Salvação.

Não podemos mudar os prognósticos de Jesus, todos esses fatos já estão acontecendo. Porém, nas vésperas de mais um Natal nós podemos assumir o nosso posto de guardiões da fé sem temor, na certeza de que o tempo da libertação se aproxima e deixando que o Natal de Jesus aconteça primeiro no nosso coração.

Reflexão Apostólica:

Ontem enfatizávamos o LEVANTAR e CONTINUAR e hoje, após uma mensagem tão direta sobre o futuro do povo de Jerusalém, Ele diz para eles e para nós “(…) FIQUEM FIRMES E DE CABEÇA ERGUIDA, POIS LOGO VOCÊS SERÃO SALVOS”. Além de nós, quem hoje precisaria ouvir essa mensagem?

Refletíamos essa semana do medo do futuro, da nossa facilidade em conjugar na prática verbos no futuro e no gerúndio e do nosso empenho pessoal (ou a falta dele).

Hoje, às portas do Advento, momento propício para reconciliação, a escuta e principalmente da auto-reflexão, Jesus nos chama como missionários a buscar a ovelha perdida, a procurar aquele que se perdeu, aquele (a) que se esqueceu que é amado (a)… Quem é a primeira pessoa nesse perfil que vem a nosso pensamento?

Talvez venha em nosso pensamento pessoas doentes então VISITE; talvez uma pessoa que passa por uma dificuldade, então ENCORAJE-A, PROPONHA. Se no seu pensamento veio uma pessoa muito querida que passou por uma perda ou se perdeu, ACOLHA-A, ACONSELHE-A, MOVA-SE.

Por trás de passagens tão apocalípticas Jesus apresenta uma mensagem que denota sempre um recomeço.

Esse novo START é dado a partir de uma atitude, uma fagulha, uma faísca dentro de cada um de nós.

Nossa vida tende à INÉRCIA se não ficarmos a monitorando. Se fosse de nossa própria vontade, ao chegar cansados do trabalho, tomaríamos um banho e relaxaríamos (até dormiríamos) no sofá. Porém, algo nos inquieta, um coração pulsa; um pensamento caridoso nos “incomoda”.

Essa fagulha gerada pelo Espírito Santo nos levanta e nos lança ao desconhecido, longe da nossa zona de conforto, no entanto mais próximo daqueles que realmente precisam.

Como explicar o empenho de um casal no interior de Sergipe que tem cerca de 30 filhos adotivos? Como entender a olhos humanos o gesto de João Paulo II ao ir à prisão e perdoar aquele que desejou sua morte mesmo ainda sentindo as dores do tiro que levou? Como dizer “não” a alguém que procura nosso ombro pra chorar? Como negar um conselho?

O Advento que se aproxima é também um momento propício para oração. Pela oração conseguimos remover ou transpor problemas do tamanho de montanhas.

Através dela, nos tornamos íntimos com o projeto do Pai e revestidos dessa proximidade divina não conseguimos mais fechar os olhos; nossos ouvidos começam a captar a verdadeira direção e nosso pensamento não se afastará. Talvez seja isso que deveríamos fazer todos os dias, não somente durante os problemas.

Domingo, acenda a primeira vela em sua casa. Se puder decore sua sala, sua porta, (…)

Propósito:

Pai, faze-se adequar meu existir à novidade que me é oferecida por Jesus, como dom teu à humanidade, de modo que eu possa usufruir dos benefícios de tua salvação.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

quarta feira retificando o dia

Evangelho terça feira 27 novembro

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,12-19
 "Disse Jesus aos seus discípulos: “Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”
Meditação: 
 Lucas tem, ao escrever o evangelho e os Atos, um fio condutor que permeia as duas obras: trata-se da nova história que Jesus inaugurou com os pobres e oprimidos e que continua na práxis dos primeiros cristãos.

A nova história não passa pelos poderosos deste mundo, que perseguem Jesus e seus discípulos. O evangelista apresenta o fim desse sistema e a caminhada resistente dos que aderiram a Jesus para construir com ele história e sociedade novas.

Esses versículos foram chamados de “discurso escatológico”. O autor escreve em estilo apocalíptico, forma privilegiada, naquele tempo, para suscitar ânimo e resistência nos momentos em que os conflitos se tornam mais agudos.

Já vimos no versículos 5 -11 o fim do sistema injusto e o discernimento em tempos de tribulações. Quando Lucas escreveu o evangelho, Jerusalém e o Templo já haviam sido destruídos pelos romanos.

Aquele sistema opressor – instalado no Templo e sustentado pelo Sinédrio, que levou Jesus à morte e perseguiu os primeiros cristãos – havia acabado. É próprio da linguagem apocalíptica tomar fatos passados e mostrá-los como ainda não acontecidos, com a finalidade de animar a resistência dos que são perseguidos diante de novos conflitos.

Disso nasce uma constatação: a comunidade cristã que, a exemplo do Mestre, pôs o centro de atenção nos pobres e oprimidos, sobrevive àquela catástrofe que se abateu sobre o suporte da sociedade injusta, ou seja, sobrevive à destruição do Templo e de Jerusalém. Assim, a perspectiva futura fica aberta: cedo ou tarde todos os sistemas iníquos virão abaixo. Resta saber até quando continuará a sucessão desses sistemas.

Os ouvintes do Mestre querem saber quando os sistemas de morte vão deixar de existir e qual vai ser o sinal de que essas coisas estão para acontecer. Mas Jesus não veio satisfazer a curiosidade das pessoas. Ao que ele responde com um convite ao discernimento: “Cuidado para não enganarem a vocês, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ – e ainda: ‘O tempo chegou!’ Não sigam essa gente!”

O discernimento supõe posicionamento diante das catástrofes descritas nos: em primeiro lugar, elas não são o fim do mundo; em segundo lugar, expressam o desejo latente nos povos por liberdade e vida: “Um povo lutará contra outro povo, um país atacará outro país”.

Além disso, essa afirmação de Jesus quer mostrar que os sistemas baseados na força e na intimidação acabarão se destruindo mutuamente. Em terceiro lugar, fazem nascer a esperança numa sociedade fraterna e justa.

De fato, na linguagem apocalíptica, os abalos cósmicos – terremotos etc – não são anúncio de catástrofes naturais. Pelo contrário, são indicações de que algo totalmente novo está sendo gestado na história, e esse novo não tardará em se manifestar.

Agora Ele fala da resistência inteligente desmonta os sistemas de morte. “Antes que essas coisas aconteçam, vocês serão presos e perseguidos; serão entregues aos tribunais dos judeus e postos na prisão; serão levados diante de reis e governadores por causa do meu nome”.

A resistência inteligente dos discípulos de Jesus tem poder de desmontar os sistemas que geram opressão e morte. Escrevendo o evangelho, Lucas tem presente o que já aconteceu com as primeiras comunidades: os discípulos diante do Sinédrio, a morte de Estevão e Tiago, a resistência de Paulo etc. Esses acontecimentos, apesar de terem custado a vida de alguns, apontam para a nova sociedade que vai tomando corpo: “Assim vocês poderão reafirmar a sua fé”.

A resistência dos cristãos há que ser inteligente e cheia de esperança, pois Jesus está com eles, dando-lhes uma linguagem à qual nenhum inimigo poderá resistir ou rebater. Isso faz lembrar a criatividade de nossos movimentos populares, que geram uma sociedade alternativa com seu modo de ser e de agir.

Há que ser, também, uma resistência solidária na comunidade dos que têm fé, a nova família de Jesus (cf. 8,21), pois os cristãos correm o risco de ser entregues pelos familiares. É, ainda, uma resistência realista, consciente de que “todos vão odiá-los e matar alguns de vocês”. Há que ser, finalmente, uma resistência esperançosa, pois é permanecendo firmes que iremos ganhar a vida .
 Reflexão Apostólica:

 Todo bom cristão sabe que muitos dos santos que conhecemos sofreram o martírio ao fim da caminhada; sabemos também que alguns foram crucificados, decapitados, mutilados, queimados, (…) Muita coisa mudou mas algumas ainda parecem ser ainda as mesmas…

Quem por ventura, mesmo andando corretamente, não se sentiu alvo da maldade e da inveja dos que se acham reis desse mundo? Quantos de nós já se perguntou o porquê de tantos olhares invejosos, discordâncias sem motivo, brigas sem razão, disse-me-disse, intrigas, partidarismos ao nosso redor? Quantas vezes nos sentimos atacados sem saber o motivo? Quantas pontas ou pedaços de flechas ainda existem em nosso coração nos fazendo remoer dores do passado?

Apesar de tudo algo precisa ficar no ressoando no nosso pensamento: a vontade irrevogável de LEVANTAR e CONTINUAR!

Sou fã da série Rocky Balboa, mas não pela violência das cenas, mas pelo que é dito nas entrelinhas da vida daquele personagem que aprendeu apanhando da vida. O protagonista, em seu sexto filme, diz ao seu filho em uma cena, uma frase que cai bem para essa reflexão: “Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto agüenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha”

Todos aqueles que não desistem de LEVANTAR e CONTINUAR podem até ser premiados com cabelos brancos, com o sofrimento estampado no rosto cansado e abatido, mas ninguém que tem fé se abate ao sofrimento; ninguém que persevera na esperança fica sem o conforto; ninguém que respondeu com sabedoria a maior das perseguições deixou de ser valorizado por Deus.

Quedas e desânimos serão inevitáveis, mas a cada fraquejada devemos voltar ainda mais convicto do que queremos para nós. De certa forma os sofrimentos, as angustias, nos tornam mais fortes e preparados. O aprendizado de CONTINUAR ANDANDO gera em nós O DESTEMOR. Mas quando não conseguimos superar as adversidades, seja pela fraqueza ou pela falta das forças, entramos num processo que nos levarão, paulatinamente sempre a fugir, a reclusão, ao pânico, e patologicamente a depressão.

Costumo dizer que Jesus sempre quer nos ver de pé, pois é através de nossos olhos que Ele vê a nossa sinceridade, a nossa força, nossa gana. Pedras SEMPRE existirão no meio do caminho como diria Carlos Drummond de Andrade, mas as pedras escondem um prêmio para quem teve coragem de levantar após cada dificuldade enfrentada.

Não tenhamos medo das perseguições. 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Evangelho terça feira 26 novembro

Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,5-11

"Algumas pessoas estavam falando de como o Templo era enfeitado com bonitas pedras e com as coisas que tinham sido dadas como ofertas. Então Jesus disse:
- Chegará o dia em que tudo isso que vocês estão vendo será destruído. E não ficará uma pedra em cima da outra.
Aí eles perguntaram:
- Mestre, quando será isso? Que sinal haverá para mostrar quando é que isso vai acontecer?
Jesus respondeu:
- Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu, dizendo: "Eu sou o Messias" ou "Já chegou o tempo". Porém não sigam essa gente. Não tenham medo quando ouvirem falar de guerras e de revoluções. Pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. Mas isso não quer dizer que o fim esteja perto.
E continuou:
- Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas terríveis, e grandes sinais serão vistos no céu.
"
  


Meditação:

Este texto de Lucas pertence ao chamado "apocalipse sinótico" e tem seus paralelos com Mc 13 e Mt 24. É formado por um entrelaçamento de tradições cristãs e da apocalíptica judaica que refletiam o ambiente e a situação da primeira guerra dos romanos contra os judeus (66-70 d.C.).

O Evangelho de hoje faz referência ao Templo, que era uma construção imponente. Representava a união do povo judeu com sua fé monoteísta. Jesus não compartilha da admiração e entusiasmo que seus discípulos sentiam por essa obra arquitetônica e afirma que ela seria destruída.

Em meio ao barulho do povo no templo, alguns admiram a magnificência da construção. O templo, reconstruído depois do exílio, parece que foi realmente modesto se comparado com o primeiro, construído por Salomão. Contudo, para a época de Jesus, aquele modesto templo do pós-exílio era outra coisa totalmente diferente.

Herodes o Grande, com mania de grandeza por natureza, buscando reconciliar-se com os judeus, havia-se encarregado de remodelá-lo, com ampliações e com soluções que ainda surpreendem a engenharia moderna. Isto para entender por que os visitantes se maravilhavam tanto com aquela obra. Exceto a magnificência do edifício e a pompa da obra como tal, sabemos que o templo significava tudo para Israel, não somente por sua convicção de que era o lugar da Presença, lugar onde habitava o Nome de Deus ou sua Glória (Ez 43,4), mas porque, como estrutura institucional, determinava todos os destinos políticos, econômicos, sociais e religiosos da nação.

Consideremos só o religioso: o templo como habitação do Nome (os israelitas não se atreviam a personificar a Deus nem muito menos a dar-lhe um nome específico, por isso utilizavam invocações para se referir a ele: o Nome, a Glória, a Presença, Shekiná) do lugar específico do Santo dos Santos se irradiava sua santidade para os demais lugares do templo: primeiramente para o que estava mais perto do lugar da Santidade: o altar, em seguida as casas e o pátio dos sacerdotes de Israel, depois as casas e os pátios dos levitas, pátio dos israelitas legalmente puros, pátio dos impuros, pátio das israelitas e das crianças, pátio dos estrangeiros, palácios próximos, o resto da cidade, o país e o mundo; de modo que a santidade se deduzia pela proximidade ou distância do lugar da Santidade divina.

Nessa medida, o templo era a réplica em miniatura da sociedade israelita estratificada por razões sociais, econômicas e contraditoriamente, por razões religiosas (puros e impuros, abençoados e malditos).

Aqueles que observam a maravilha arquitetônica não estão em condições de pôr em questão tudo o que há por trás daquela estrutura de pedra; unicamente Jesus, que como já vimos se orienta por outros critérios, com outros parâmetros, é capaz de questionar e até se atreve a predizer sua destruição: o da ruína material pôde tê-lo dito pela simples constatação histórica porque já havia ocorrido em 587, mas também porque era um fato que os detentores do poder procuravam arruinar as construções religiosas dos súditos para submetê-los com maior crueza.

Destruindo os templos, saqueando-os e, especialmente, retirando deles as estátuas das divindades e demais símbolos religiosos, os invasores davam por submetidos também os deuses dos povos conquistados, e estes tinham a obrigação de submeter-se à religião do conquistador.

O templo de Jerusalém tinha sido saqueado pelos babilônios, pelos gregos, e faltavam os romanos, mas não tardariam.

Contudo, a realidade da destruição de templo Lucas já a devia conhecer e aproveita aquela imagem para pô-la na boca de Jesus como profecia e como introdução a seu discurso escatológico que se abre precisamente aqui a propósito das palavras de uns aterrorizados fiéis diante daquela fortíssima construção.

Não é necessário, portanto, insistir se Jesus predisse a destruição de Jerusalém e seu templo em termos literais.

O mais importante é que com a clareza de uma consciência totalmente liberta e desprovida da alienação religiosa, própria de seu tempo, Jesus manifesta sua mais profunda convicção e fé na queda de todo o sistema montado ao redor do templo como estrutura geradora de injustiça institucional.

Não seria algo pacífico nem fácil, com a mesma violência e injustiça com que se tinha levantado tudo aquilo, seria derrubado também. Não porque Deus interviesse para que as coisas se dêem assim, senão como uma espécie de lei da vida. "

Reflexão Apostólica:

Este texto é um conjunto de advertências que Jesus dirige à Igreja, chamada a perseverar na fé e enviada para anunciar a Boa Nova em meio aos acontecimentos históricos e naturais e seus correspondentes perigos.

Iniciando com a admiração de algumas pessoas diante da beleza do Templo, Lucas apresenta o "discurso "escatológico" sobre a destruição de Jerusalém (cap. 21).

Todo poder tem como arma a ostentação, desde as pirâmides dos faraós até as torres da atual capital econômica do Império.

A ostentação do Templo levava as pessoas a admirarem, se curvarem e se submeterem. Porém, toda ostentação terá seu fim, pedra por pedra, torre por torre.

A palavra de Jesus sobre a destruição do Templo, além de sua associação a um fato histórico acontecido, tem o sentido do abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de Jesus.

A mensagem anima a comunidade de cristãos a sustentar sua esperança e não diminuir sua atenção em vista dos acontecimentos ou dos sofrimentos que possam advir. Ao contrário, o fim não vai chegar de repente, a missão da Igreja deve continuar.

Em alguns momentos a fala de Jesus nos refrata ao futuro onde existe um amanhã cheio de incertezas e preocupações.

Quantos tantos estudiosos, cientistas, filósofos já se atreveram a dizer até a data do apocalipse? Quantos não já vislumbraram e até se flagelaram pelo medo do amanhã?

Como posso temer o amanhã se ainda vivo o presente? Temer o futuro é de certa forma, se dizer incapaz de mudar o nosso próprio presente.

Trabalhamos demais com os verbos no futuro e no gerúndio que nos dão a noção que somos apenas passageiros e não pilotos de nossas vidas.

“Não vou sair, pois esta chovendo”! O gerúndio dá a impressão ou é a justificativa que precisávamos para dizer que não posso fazer nada! “Se não estivesse chovendo eu ia”!

“Calma! Eu estou mudando, devagar, mas eu estou tentando”! Por que não dizemos “vou mudar” ou “vou tentar”? Temos medo do futuro!
Todos têm medos, limites, restrições (…), mas não podemos tê-los ao ponto de ficar “passageiro” da vida.

Padre Fábio de Melo respondeu a um questionamento sobre esse assunto assim: “(…) Todo ser humano que tem boa consciência do limite é um ser humano que está num processo de aperfeiçoamento. Eu sei que tenho limites, mas eu os respeito; não tenho medo deles. Então, a partir disso, estabeleço metas de superação e, quando consigo isso, o limite deixa de me condicionar. Eu continuo limitado, mas não estou condicionado a ele (limite), porque eu consegui uma possibilidade boa de lidar com as coisas que me limitam”.
Quando trabalhamos com os verbos no futuro acabamos jogando a “culpa” ou a “responsabilidade” para Deus. São comuns as expressões “Deus que quis assim” ou “Foi a vontade de Deus”!

De certa forma, em alguns casos, essa frases servem bem, mas na maioria das vezes elas nos ajudam a esconder a nossa falta de atitude, de vontade, de empenho sobre alguma coisa que sabíamos que viria a dar errado, mas não tivemos coragem de dizer, fazer, agir (…) no presente. Precisamos não temer.

O Advento se aproxima e ao esperar o nascimento de Jesus façamos um gesto concreto no presente pelo futuro: Façamos projetos, de preferência, por escrito, pois, boa parte do que falamos ou prometemos acaba indo para o gerúndio ou para o futuro, mas quando escrevemos firmamos um compromisso no presente.

Deus anda conosco e sempre andará. Atitudes mudadas no presente podem nos garantir um futuro melhor. Não nos exilemos. (…) Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, de amor e de moderação”. (2Tm 1, 7)
Propósito:

Pai, teu Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da humanidade. Que eu saiba acolhê-lo como manifestação de tua misericórdia, e só nele colocar toda a minha segurança.

domingo, 24 de novembro de 2013

Evangelho segunda feira 25 novembro S.Catarina de Alexandria

Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,1-4

Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas.3Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”. 
Meditação: 
O evangelho nos leva hoje ao Templo, centro da vida religiosa, política e econômica de Israel. Desde sua chegada a Jerusalém, Jesus protagonizou diversas controvérsias com os sumos sacerdotes, escribas e fariseus, tanto que o observavam para surpreendê-lo e o procuravam matá-lo (Lc 20,20 e 19,47).
Neste cenário, encontramos Jesus no Templo, observando como algumas pessoas ricas depositam seus donativos na arca do tesouro; entre elas, uma viúva pobre deposita o seu.
Ao falar de “uma viúva pobre” devemos pensar numa mulher que vive da caridade e que de fato não tem a entrada permitida no Templo. Sua presença na fila das ofertas já é por si uma imagem de grande força.
Uma pessoa da qual não se espera nada, pois está entre os últimos da sociedade, coloca-se na disposição de doar, de compartilhar, e dá do que necessita para viver. Está pondo em risco sua subsistência com esse gesto, trivial para muitos de seus contemporâneos.
É um relato que incita ao silêncio e à contemplação e convida à revisão de vida: até quando rotulo as pessoas e não lhes permito dar o melhor, por não reconhecer que todos temos muito que oferecer? De que maneira, minha vida se converte em oferenda real a serviço e promoção da justiça? Até onde vai minha disposição de dar e partilhar?
Hoje, aprendemos de Jesus, o verdadeiro valor das coisas materiais. Parado à porta do Templo, Jesus observava o comportamento das pessoas que chegavam para participarem do culto.

Perto de Jesus estava uma caixa para a coleta das ofertas que serviriam para a manutenção do Templo e, para socorrer os que estivessem necessitados.

Ali, cada um colocava a sua contribuição livremente, de acordo com a sua vontade. Percebeu então Jesus, que muitos ricos depositaram boas quantias e que os pobres também contribuíam.

Uma viúva pobre, por fim aproxima-se do cofre e deposita duas únicas moedinhas que tinha em sua bolsa. Jesus, após o culto, chama os seus apóstolos e lhes diz: Em verdade vos digo, que esta viúva pobre depositou muito mais do que todos os outros juntos pois, todos deram das sobras que sempre Têm, mas ela, deu tudo o que tinha, todo o seu sustento. 

Desta lição concluímos lição que, a doação tem que representar, verdadeiramente, a vontade do nosso coração. Às vezes, sentimos muito quando presenciamos certas cenas que nos chocam, devido ao tamanho do sofrimento que um nosso irmão possa estar passando.

Em vários locais que freqüentamos, não estamos livres  de presenciar a dor o o sofrimento que deprimem e sufocam pessoas como nós, porém, que as adversidades da vida, o que presenciamos dói muito na carne e no espírito daqueles sofredores.
Ficamos horrorizados, condoídos e com muita pena, com muito dó, mas, mesmo chegando até às lágrimas, a maioria, enxugando os olhos e limpando a garganta, sai abatida e com muita dor no coração, porque mesmo não estando naquele estado, leva uma vida muito apertada, com muita luta e coragem, conseguindo sobreviver e, , mesmo tendo muito  pouco recurso sempre são os que mais ajudam.

A minoria, privilegiada, ignora aqueles sofredores e, até lastimam aquele quadro que enfeia a sua cidade; que mancha o bom nome que ela tem, mas com raras exceções, procuram ajudar àqueles desfavorecidos, mesmo tendo dinheiro e posição social que pode lhes dar condições de acionar as autoridades, para conseguir mudar o tratamento destinado àqueles que nada têm. Gastam, gastam, gastam, mas não gostam de partilhar.

Por isso Jesus fala que os ricos deram do que lhes sobrava. Isso não é dar com amor; é preciso partilhar. Não basta ter dó; não basta Ter pena;  não basta chorarmos compadecidos; como muitos fazem  nos velórios abraçam e deixam uma mensagem para os parentes e, depois, falam mal dos defuntos, comentando sobre a sua vida. 

Isso não muda nada na vida dos que sofrem as marcas de um esquema social que os coloca à margem dos planos dos que dirigem esta e outras nações. Que têm os mesmos problemas no mundo inteiro.

Com auxílio material, com boa vontade de os ouvirmos e falarmos com carinho e muito amor cristão, alguma coisa sempre se pode fazer. É preciso partilhar o Deus que trazemos dentro de nós, com aqueles que encontramos nas esquinas da vida.

Que triste alguém que vem à casa do Senhor e tem a sua oferta rejeitada, porque com Deus não se pode barganhar, ou se oferece a oferta a adoração de coração, com a vida ligada a Ele ou então melhor que nem ofereça, o que essas pessoas não entendem, é que Deus nunca precisou e nem precisa de recursos puramente humanos para levar a sua palavra, para levar a sua igreja por esta terra por nossa era, mas o que ele sempre procurou e procura ainda hoje, são os verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade, ele sempre procurou corações abertos que não se rendam as coisas desse mundo, mais que se dediquem a Ele em todos os momentos de sua vida, o Senhor nunca se preocupou com a quantidade da oferta, mas sim com a qualidade dessa, era só aquilo que a viúva tinha, e foi para essa oferta que Deus atentou.

O que é que nós temos para oferecer ao Senhor? Ofereçamos de todo o coração, para que possa chegar a nossa oferta em cheiro suave diante do nosso Deus!
Reflexão Apostólica:
Esta narrativa de Lucas vem em seguida à advertência de Jesus contra a prática dos escribas. Estes escribas, enquanto fazem questão de ostentar piedade e prestígio, devoram as casas das viúvas.

Jesus contempla a ação realizada pela viúva no tesouro do Templo, e utiliza sua atitude como ensinamento para seus discípulos e também para nós: ante os olhos de Deus tem muito mais valor a pouca oferenda depositada pela viúva que as grandes quantidades depositadas pelos ricos. Porque a viúva coloca no cofre tudo que tem para sobreviver, põe nas mãos de Deus tudo o que tem, põe sua vida, expressando assim que sua única esperança é a misericórdia de Deus. 

A oferenda do rico não é válida ante os olhos de Deus porque é interesseira; talvez o rico busque com ela acalmar sua consciência, remediar sua injustiça, talvez exibir-se como generoso e devoto, ou talvez, ao depositá-la, projete aumentar suas riquezas sem pensar nas necessidades de seus conterrâneos, nem na exigência própria da lei de compartilhar os bens com os mais pobres. 

O texto de hoje nos mostra que é a partir da generosidade, do desprendimento que vamos construindo uma nova sociedade e uma nova Igreja, na qual o compartilhar fraterno e generoso é fundamento para um viver mais coerente a nossa fé em Deus.

Muitas vezes passamos por egoístas e somente damos de forma simbólica um par de moedas que não necessitamos, ou – pior ainda – ofertamos o que passou a ser inútil para nós. Que mérito tem esses gestos? Dar é sinônimo de entrega; e é entregando do que necessitamos que acumulamos tesouros no céu. Valioso diante de Deus é dar de forma desinteressada, sem esperar nada em troca e menos ainda o aplauso público.

Geralmente, na concepção do mundo, vale mais aquele que tem mais para dar. No entanto, para Deus não importa o muito ou o pouco que nós ofertamos, mas, a condição e o modo como nós o fazemos. 

Neste Evangelho nós descobrimos o valor que tem diante de Deus aqueles (as) que têm pouco para dar, mas oferecem a Ele tudo o que possuem. Se formos parar para avaliar a nossa conduta, nós iremos perceber que geralmente nós nos apegamos com o pouco que temos e damos ao outro somente o pouco que nos sobra do muito que temos. 

A lei natural do mundo nos instrui que devemos fazer oferta de acordo com o que nós possuímos. Se tivermos muito, temos condições de também oferecer muito, se tivermos pouco, escassa também será a nossa doação. Isso faz parte da vida! 

Porém, o que mais impressionou a Jesus no caso da viúva do Evangelho, foi que ela depositou no altar do Senhor as duas únicas moedas que possuía, portanto, ela deu tudo o que tinha. Assim ela deu testemunho de desprendimento e ao mesmo tempo de confiança na providência de Deus. 

Às vezes nós sovinamos não somente dinheiro, mas também, trabalho, tempo, atenção, carinho, compreensão, zelo. Jesus nos ensina: aquele que dá a Deus tudo o que tem, receberá de Deus muito mais para bem viver.

Podemos agora, colocar essa idéia na nossa vida e refletir sobre o que nós estamos depositando diante de Deus como oferta. Deus, Criador de todas as coisas do universo é dono de tudo, mas, ainda não tem a posse do nosso coração, mesmo sendo Ele o Autor da nossa alma e do nosso ser. 

A Ele, nós temos oferecido apenas migalhas, negamos até o que de mais precioso nós possuímos que é o dom da nossa liberdade. Somos escravos (as) de nós mesmos (as) e teimamos em querer nos apossar das coisas que são inerentes ao nosso ser, mas que se constituem um entrave para que Deus seja, realmente, o dono das nossas duas moedas ou do nosso tesouro. 

Colocamos nas mãos do Senhor somente aquilo que nos sobra, ou melhor, as áreas da nossa vida das quais nós já conseguimos nos desprender. Entretanto, há outras, que estão tão ligadas ao nosso comodismo e à nossa vontade próprias, que nós nem pensamos, quanto mais, admitimos, colocá-las diante do Senhor para que Ele as governe.

A viúva que não tinha nada entregou a Deus, tudo. Será que nós, que tudo possuímos, não estamos dando a Deus, quase nada, apenas o que nos sobra? Isso é algo sobre o qual nós precisamos refletir. 

Você tem sido generoso (a) ou tem dado somente as sobras? O que você tem relutado a entregar a Deus? Você se acha no dever de oferecer a Deus a sua vida? Quais as áreas do seu ser que você tem deixado o Senhor governar? Você tem deixado Jesus arrumar todos os aposentos do seu coração? Existe alguma coisa que você tem negado a Deus?

Na ótica de Jesus, aquela pobre viúva, representação do mais pobre entre os pobres, saiu do templo justificada; foi quem recebeu um maior dom em troca de seu desprendimento: a graça divina; mas do ponto de vista de um doador rico, aquela mulher teria pouca ou quase nenhuma recompensa.
O reino que Jesus proclama não pode reger-se pelos mesmos critérios dos dirigentes de Israel; o reino se constrói com os critérios da qualidade e disponibilidade para contribuir a partir de uma genuína generosidade, e das próprias carências, não a partir do supérfluo.
É preciso discernir continuamente nosso comportamento e atitudes com aquelas pessoas que dão generosas oferendas a nossos centros religiosos em comparação com aquelas que oferecem pouco ou definitivamente não têm nada que oferecer. 

Quais são as de maior objeto de nossa “consideração” e apreço? Sejamos sinceros nisto e reconheçamos com humildade que na maioria das vezes nos sentimos muito a gosto com aqueles que dão mais, que têm mais e melhores meios. E o evangelho onde está?
A viúva do evangelho que hoje meditamos simboliza aquela porção de Israel que entrou na dinâmica de Jesus, que está disposta a dar, a dar-se, a entregar-se com o que tem à causa do Reino do Pai. 

Essas pessoas que dedicam tempo desinteressadamente às nossas obras nos evangelizam com sua generosidade, e especialmente as que não regateiam nada para que a obra do Reino continue sua marcha, recebem nossa atenção como aquela viúva recebeu de Jesus, e nos deixamos contagiar por seu exemplo?

Com auxílio material, com boa vontade de os ouvirmos e falarmos com carinho e muito amor cristão, alguma coisa sempre  se pode fazer. É preciso partilharmos o Deus que trazemos dentro de nós, com aqueles que encontramos nas esquinas da vida. “O VOLUNTARIADO E ‘ O AMOR EM AÇÃO, ATRAVÉS DA CARIDADE.”

 Propósito:

Pai, dá-me um coração de pobre, capaz de partilhar até do que me é necessário, porque confio totalmente no teu amor providente.