Seguidores

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Evangelho quinta feira 21 novembro Apresentação de N. Senhora

 
Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 12,46-50

"Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele.. Alguém lhe disse: "Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo". Ele respondeu àquele que lhe falou: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe"." 

Meditação:

Encontramos esta narrativa nos três evangelhos sinóticos. O destaque é a questão dos laços familiares dos discípulos de Jesus.

A questão fica perfeitamente delineada na frase inicial: "Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora". As multidões são aqueles que, curiosos e esperançosos, estão buscando algo de novo, atentos a Jesus. Porém ainda não se definiram.

Mateus destaca, então, dentre a multidão, a presença dos discípulos, em direção aos quais Jesus estende a mão. Discípulos são aqueles que, dentre a multidão, já deram o passo decisivo no seguimento de Jesus.

A família fica de fora. Aí, a palavra decisiva de Jesus: "... todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe."

É característico de Mateus destacar a paternidade de Deus: "a vontade do meu Pai, que está nos céus".. Vamos reencontrá-la na oração do Pai-Nosso.
Fazer a vontade de Deus é o requisito que Jesus nos apresenta para também sermos considerados da Sua família.

Portanto, não é difícil para nós imaginarmo-nos membros da linhagem de Jesus. Ele mesmo o diz e aponta para nós, como fez quando distinguiu os Seus discípulos: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

Jesus não perdia tempo, por isso, ele aproveitava todos os momentos para dirigir ao povo, mensagens de vida e conversão.
A Mãe de Jesus, em tudo fez a vontade do Pai, desde a encarnação até a morte e ressurreição de Jesus.

Soube confiar no Plano de Deus e, por isso, é chamada de co-Redentora, pois contribuiu para que tudo se realizasse.

Está feita uma advertência à família consangüínea, em geral conservadora, no sentido de abrir-se na acolhida a Jesus, empenhando-se em fazer a vontade do Pai.

Mateus salienta que a família de Jesus são os seus discípulos, isto é, a comunidade que já se dispõe a segui-lo.

Os discípulos superando os limites da família, abandonam-se à vontade do Pai e unem-se em uma grande família em torno de Jesus.
São eles que aprendem os ensinamentos de Jesus, para levá-los aos outros; são eles que trilham o caminho da vontade do Pai, isto é, a obediência à radicalização da Lei proposta por Jesus. Desse modo, começa nova geração, diferente da geração má dos fariseus.

Maria fez a vontade de Deus! José foi um homem ajustado ao Plano de Deus, e você? Você se considera da família de Jesus? Jesus aponta para você também quando pronuncia estas palavras? Você é um (a) discípulo (a) fiel?

Reflexão Apostólica:

Bem à frente desse momento, outra situação obrigou a Jesus ter “um mesmo peso”. Todos devem lembrar quando dois dos seus discípulos pediram para sentar-se um a sua direita e outro a sua esquerda e o Senhor pacientemente os exortou a respeitar a divina escolha e ao divino tempo.

Humano e ao mesmo divino, Jesus poderia privilegiar os seus, mas deixava claro que sociedade esperava que nascesse após a divulgação pública da Boa Nova: Uma sociedade justa e longe das prevaricações.

Essa talvez tenha sido uma das “bandeiras” defendidas por Jesus que mais incomodavam aos doutores da lei: OS PRIVILÉGIOS!

Sem dúvida que o maior dos privilégios (ou quereres) a ser enfrentado era o individual, pois por instinto, precisamos antes de tudo pensar primeiro em nós e em seguida nos outros.

Esse ato humano e natural vem à tona no sofrimento do Senhor no horto das oliveiras, mas a Sua missão divina o move a continuar no caminho.

Quem de nós pensaria primeiro nos outros em detrimento ao meu querer? Jesus descarta o seu privilégio divino e se oferece por sua criatura.

Estudiosos, inclusive os mais céticos, afirmam que Jesus era divino visto que andava na “contramão” do raciocínio lógico que possuímos.

Nosso raciocínio lógico também se mostra convincente quando ao sermos perseguidos, desistimos.

Ninguém é obrigado a sofrer, mas de que vale desistir sem lutar? Quais são os verdadeiros motivos que me fazem continuar? Será que os motivos são os melhores pequenos ao ponto de serem descartáveis?

Muitos dos que desistem de algo foi por que entrou na luta pelos motivos errados. Por exemplo, quando luto pra ser chefe, por uma promoção E NÃO TENHO TER LASTRO OU CONHECIMENTO PARA TAL FUNÇÃO; quando quero ser reconhecido numa função que fica por detrás das cortinas e não no palco; quando quero aplausos pelo meu lindo canto ou por minha linda palestra, se na verdade minha verdadeira função era passar desapercebido para deixar que as pessoas  vissem o Cristo e não a mim…

Motivos justos nos motivam a perseverar, os “quereres” são descartáveis. É claro que existe aquilo que esta além das nossas forças, mas isso é um tema para outra reflexão.

Quem por ventura exerce uma liderança profissional, social ou comunitária, quais os motivos que o levaram a assumir essa função? Quem há muitos anos “NÃO LARGA O OSSO” e não treina substitutos, o que desejas com isso? Perpetuar-se? Isso se chama tirania e não democracia.

Em meio ao sofrimento do horto, das confusões, dos desentendimentos, optaríamos em continuar? Na semana que Jesus fala dos “fardos” Ele nos convida a refletir: quantas coisas abracei apenas por vaidade?

Outra coisa que precisamos repensar é o tratamento desigual que damos as pessoas em troca de interesses.

Por que temos a triste mania de tratar bem aqueles que tenho algum interesse? Será que a copeira não deve ter o mesmo tratamento do diretor?

Por estarmos num ambiente chamado igreja, deveríamos entender que lá seria um dos poucos lugares no mundo onde não deveriam ter diferenças de tratamento, pois para Deus somos todos iguais.

O que doou cerveja e refrigerante para a festa do padroeiro deveria ter o mesmo tratamento gentil daquele que doa suas duas moedinhas no ofertório, pois o motivo que trouxe o simples de coração a aquele local foi idêntico a mulher que enxugava os pés de Jesus com os cabelos.

“(…) O olhar de Cristo esconde nas entrelinhas complexos fenômenos intelectuais e uma delicadeza emocional.

Mesmo no extremo da sua dor ele se preocupava com a angústia dos outros, sendo capaz de romper o instinto de preservação da vida e acolher e encorajar as pessoas, ainda que fosse com um olhar…

Quem é capaz de se preocupar com a dor dos outros no ápice da sua própria dor? Se muitas vezes queremos que o mundo gravite em torno de nossas necessidades quando estamos emocionalmente tranqüilos, imagine quando estamos sofrendo, ameaçados, desesperados”. (Augusto Cury – Mestre dos mestres)

“(…) Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso.

O apóstolo João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer.

No Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina.

Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai.
Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida”.
Propósito:


Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário