Seguidores

segunda-feira, 30 de maio de 2016

EVANGELHO DO DIA 1 DE JUNHO QUARTA FEIRA

01 JUNHO - Quando sentimos o coração duro e irritável, vamos buscar um pouco de doçura no Coração de Jesus. (S 176). São Jose Marello
Marcos 12,18-27
Creio na Ressurreição! - Mc 12,18-27
Uns saduceus, os quais dizem não existir ressurreição, aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se alguém tiver um irmão e este morrer, deixando a mulher sem filhos, ele deve casar-se com a mulher para dar descendência ao irmão’. Havia sete irmãos. O mais velho casou-se com uma mulher e morreu sem deixar descendência. O segundo, então, casou-se com ela e igualmente morreu sem deixar descendência. A mesma coisa aconteceu com o terceiro. E nenhum dos sete irmãos deixou descendência. Depois de todos, morreu também a mulher. Na ressurreição, quando ressuscitarem, ela será a esposa de qual deles? Pois os sete a tiveram por esposa?” Jesus respondeu: “Acaso não estais errados, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus? Quando ressuscitarem dos mortos, os homens e as mulheres não se casarão; serão como anjos no céu. Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó!’ Ele é Deus não de mortos, mas de vivos! Estais muito errados”.

MEDITAÇÃO

Agora é a vez dos saduceus que tinham posto a confiança nas riquezas acumuladas. Negam a ressurreição, mas colocam Jesus diante de uma situação controvertida e delicada para sua época: o levirato cujo objetivo era garantir, na família, um herdeiro dos bens e propriedades. O caso que propõem é claramente anedótico. A pergunta  dos saduceus a Jesus era uma ratoeira maliciosa. Mas, se calhar, no fundo,  não se tratava apenas duma interrogação superficial, marginal. No fundo, eles perguntaram a Jesus o que significa para o homem estar no mundo.

Jesus é bem agressivo: "... não estais errados?... não compreendeis?... não lestes no livro de Moisés?"... E esclarece: na vida eterna a geração temporal é abolida. Jesus novamente coloca cada coisa em seu lugar; as alianças entre os seres humanos servem para garantir a convivência e o direito dos fracos; uma vez, porém, alcançada a plenitude de vida perdem a validade. Em segundo lugar, a ressurreição está intimamente ligada à imagem que se tem de Deus. Por isso, Jesus afirma que Deus é o Deus dos vivos, que faz seus filhos participarem da vida abundante, na eternidade, pela comunhão de amor com os irmão, com Jesus e o Pai. Deus não é o deus dos mortos, preocupados com seus bens e propriedades.

Cuidado! As normas e as tradições sociais e religiosas são frutos da interação entre as pessoas e os grupos sociais e culturais. Acima, porém, de tudo está a imagem de um Deus cheio de amor e misericórdia. O Deus em que cremos e que nos foi revelado plenamente em Jesus Cristo é um Deus de Vida, capaz de erguer do lugar dos mortos a seu filho. É a hora de romper com esquemas petrificados que ocultam o rosto de Deus transbordante de vida para todos.

Para entender o Evangelho não basta ler as escrituras mas também compreender os povos, culturas e costumes que lá estão presentes. Por esta razão, temos sacerdotes e pastores que estudam muito para que possam nos explicar o que a Escritura realmente quer dizer. Com Jesus como nosso exemplo e Senhor, as Escrituras Sagradas como nosso fundamento, e o Espírito Santo como nosso Professor, nós deveríamos, prazerosamente, sanar as dúvidas bíblicas para estar em vantagem ao mundo, por Cristo e o pelo seu reino.

A alta estima da racionalidade de Jesus e a sua própria aplicação de argumentos indica que o Cristianismo não é uma fé anti-intelectual. Os seguidores de Jesus hoje, então, deveriam imitar o seu zelo intelectual, usando os mesmos tipos ou argumentos que Ele usou. As estratégias argumentativas de Jesus têm aplicações em quatro debates contemporâneos: a relação entre Deus e moralidade, a confiabilidade do Novo Testamento, a ressurreição de Jesus e o relativismo ético

Os maiores doutores da Igreja brilharam não só pela acuidade e erudição do seu pensamento, mas também pela profunda oração e humildade. O cristão deve, pois, desenvolver uma inteligência humilde, capaz de compreender e respeitar os próprios limites, e saber aceitar as verdades da fé com simplicidade e obediência.

Os que estão voltados unicamente para este mundo erram quando querem tratar das coisas da eternidade, usando valores e modos de pensar deste mundo. Ainda não podemos nos esquecer do famoso dialogo de Jesus com os saduceus onde Jesus diz que Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos e em especial no Evangelho segundo Lucas acrescenta "Pois todos estão vivos para Ele".

Note que Jesus diz que os saduceus estão completamente errados! Assim de acordo com Jesus existe uma verdade correta e o resto está errado! Não se pode aceitar todas as doutrinas como sendo iguais e corretas!

Os saduceus foram os maiores colaboradores dos romanos, certamente para manter os cargos e os privilégios. Por isso, eram odiados pelos nacionalistas. Os saduceus formavam o grupo judeu mais conservador: aceitavam apenas a autoridade da lei escrita e rejeitavam as novas concepções aceitas pelos escribas e fariseus (como a crença nos anjos, demônios, ressurreição e messianismo). O grande debate desse grupo com Jesus foi sobre a ressurreição e, no processo de Jesus, o messianismo.

Como grupo, os saduceus desapareceram com a destruição do Templo pelos romanos no ano 70 d.C., bem como a religião dos judeus como Jesus conhecia. Entre as diversas personagens que representavam o pensamento religioso e político vimos quem eram os zelotas, os saduceus e os samaritanos. Agora, veremos quem eram os escribas, os fariseus e os essênios. Poderemos então compreender melhor o Evangelho.

São muitos, a exemplo dos saduceus do evangelho de hoje, os que se debatem com as verdades da fé. Não se cansam de pretender esgotá-las à luz da razão. A razão, sem dúvida, é um dom maravilhoso de Deus à criatura humana, e não só podemos, como até devemos aprofundar a nossa fé à luz da razão. Mas o conhecimento humano é limitado e não respeitar isso é cair na presunção dos saduceus.

Ainda nesse discurso aos saduceus Jesus fala que as pessoas serão com anjos de Deus no céu. Tem também aquela passagem que Jesus diz a Marta "...todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais." Todos os que morreram e não só Abraão, Isaac ou Jacó!

Outra passagem interessante é onde Jesus diz ao "bom ladrão": "Ainda Hoje estarás comigo no Paraíso.". Eu tenho curiosidade em saber como os que não acreditam na alma explicam esse "ainda hoje". O fato é que muitos hoje como os saduceus preferem permanecer no erro.

Uma das coisas que sempre têm questionado e preocupado o homem é seu destino final. Que passa depois da morte? Para o cristão, a resposta de Jesus ilumina este mistério e o faz viver em paz, pois agora sabe que não existe a morte senão simplesmente uma transformação. O homem criado por Deus viverá para sempre. A "morte" dispõe ao homem para desfrutar a eternidade.

Contrariamente a outras filosofias e "teologias", o cristianismo, baseado na revelação de Deus, afirma (e esta é nossa esperança), que ao ocorrer a morte física, Deus nos ressuscitará de maneira semelhante a como o fez com Jesus. Nosso corpo voltará a tomar sua carne, será nosso mesmo corpo porém agora será um corpo GLORIFICADO, um corpo que não sofre mais, um corpo que não pode já experimentar a morte. Certamente não podemos entender perfeitamente este mistério, nem como será, ou que significa ter um corpo glorificado. Então cremos em Jesus, cremos que sua palavra se cumprirá e que nossa existência perdurará para sempre pois nosso Deus não é um Deus de mortos mas sim dos vivos.

Há quem imagine que, chegando ao Céu, vai estar de volta junto dos filhos, ou do marido ou dos familiares. Então a eternidade — a plenitude da Vida — não mudaria absolutamente nada: seria o prolongamento desta, baseada na carne e no sangue... Deus não nos bastaria: não seria tudo em nós... Se assim fosse, quem procurasse fazer depender a sua eternidade dos afetos baseados na carne e no sangue, continuaria a ‘sofrer’ pela falta de alguém ou de algo, o que é totalmente inconciliável com a Fé Cristã.

A Fé deve levar-nos, já neste mundo, a fazer de Deus o Tudo da nossa vida, passando nós a amar tudo e todos em Deus, como dizia S.ª Teresa de Ávila: ‘Só Deus basta!’. Isto não significa, de modo nenhum, que a Comunhão de Santos na eternidade seja um amontoado de gente, que se não conhece. Lá, caídas as ‘escamas’ dos olhos, passaremos  a olhar para todos como filhos de Deus e nosso irmãos,  mesmo aqueles que não faziam parte da nossa família biológica, o que, neste mundo, se calhar, não acontecia.

Se já neste mundo somos chamados a ser e a viver como irmãos’ — não como pai, ou mãe, ou filho ou neto — como querer levar para a eternidade o mesmo tipo de vida? Se quem entra no Céu – em Deus – tem o Tudo, por ter Deus, como procurar  o  que  falta à nossa   felicidade,  se  nada nos  pode  faltar?

A felicidade consistirá em ver todos os que foram dignos de chegar à Ressurreição, como irmãos, porque Deus será – como já é - o Pai de todos. Se todos os que ali se encontram são felizes,  até  os  que  nós  amamos  e  nos  amaram, onde está o problema? Se queremos mesmo que lá se encontrem, isso depende de nós, agora: já neste mundo.

A morte, em princípio, não muda nada, por ser ‘continuação da vida’ — em outro estado: o estado de ressuscitados. Quanto há a fazer!... Como pode alguém, se é e procura ser e viver como cristão,  desleixar e desprezar a salvação dos outros: concretamente, a salvação da sua família?...

'Carpe diem' expressão latina das primeiras palavras de um verso do poeta romano Horácio em: Odes, Livro I. 11,8. Este verso é completado por 'nec minimum crédula postero': 'Confie o menos possível no dia de amanhã'! Advertência dirigida de tempos em tempos sobretudo nos de crise da esperança e do futuro, torna-se bandeira, sentido de vida mesmo, para inteiras gerações. Os horizontes se encurtam e, só sobrando o presente, não resta senão sugá-lo com sofreguidão e tédio”.

A expressão: “Carpe diem”  hoje usada em carros e adesivos colocados em lugares públicos, resume a mentalidade dos aproveitadores, dos que só acreditam nesta vida e não vêem perspectiva de vida futura com dignidade e soberania. O, “aproveite, curta, desfrute,...confie o menos possível no dia de amanhã” significa olhar a realidade pessoal e social perdendo todos os horizontes da vida, significa não ter ideais para lutar, não ter gosto pelo trabalho, significa não acreditar em si mesmo, não esperar o momento seguinte na dinâmica de vivê-lo melhor, significa colocar todas as esperanças no ar do momentâneo, do fazer por fazer.

Infelizmente, os resultados desta ideologia têm causado graves danos pessoais, dores e sofrimentos incalculáveis, perda do gosto de viver, levando ao sentimento do tanto faz matar ou morrer. Os valores da vida pessoal e dos outros não passa de falsidade ou imposições. Vale o que penso e o que decido, o “eu” acaba sendo a razão última, a verdade absoluta, sou um pequeno deus cujo altar é o efêmero desfrutar e curtir. As gerações se sucedem com grandes avanços em todas as áreas da vida humana e social. Como não avançar na vivência do dia a dia, construindo no agora com esperança de um amanhã melhor, mais feliz e realizado? Qual o sentido da vida quando tudo termina aqui?

O ser humano precisa aprender a superar as crises, enfrentar os obstáculos, refazer a esperança de um futuro que não depende de nós, restabelecendo em cada momento presente o gosto de viver e viver cada vez melhor, visando o bem comum de todos. A paz interior a tranqüilidade de consciência, a felicidade que tanto buscamos, nasce de um coração que teme a Deus e coloca Nele a sua esperança. A busca incansável de Deus está na natureza do ser humano, a sede do transcendente leva o coração humano a buscá-lo sem tréguas. Como afirma Santo Agostinho: O meu coração anda inquieto enquanto em ti não repousar.

Superar as crises, de maneira especial a crise do sentido da vida, significa começar acreditando em si mesmo, no outro e no totalmente Outro. Sem a dimensão da fé no sobrenatural e na vida eterna, o ser humano vira bicho e na maioria das vezes bicho feio. Aproveitar, curtir, desfrutar, da vida faz bem a qualquer um de nós desde que saibamos em quem depositamos a nossa esperança. Confie em você e naquele que o criou e viverá o amanhã melhor do que hoje. Na síntese evangélica Jesus resume toda a lei no amor a Deus e ao próximo como a nós mesmos. Por isso quem não ama, não vive, porque o amor vem de Deus e o nosso Deus é o Deus dos vivos e não dos mortos. Mortos porque não descobriram a capacidade de amar e ser amados.

Vida eterna. Onde é que está? Quando será? Por muito tempo, pensamos na vida eterna como uma vida depois de todos os nossos aniversários se terem esgotado. Durante a maior parte dos nossos anos, falamos de vida eterna como a "pós-vida", como "vida depois da morte". Mas, à medida que vamos ficando mais velhos, menos interesse temos pelo "pós-vida".

Preocupar-nos com o amanhã, com o próximo ano, com a próxima década, e também com a próxima vida, parece-nos uma falsa preocupação. Cismar sobre como é que tudo será para nós depois de morrer parece-nos, em grande parte, uma distração. Se a nossa meta é a vida eterna, então essa vida deve ser atingível já agora, onde estamos, porque a vida eterna é a vida em e com Deus, e Deus está onde estamos, aqui e agora.

O grande mistério da vida espiritual — a vida em Deus — é que não temos de esperar por ela como algo que acontecerá depois. Jesus diz: "Estai em mim como eu estou em vós". É este divino "estar em" que é a vida eterna. É a presença ativa de Deus no centro do meu viver — o movimento do Espírito de Deus dentro de nós — que nos dá a vida eterna. "Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste".

Seja como for, o que será a vida depois da morte? Quando vivemos em comunhão com Deus, pertencemos à própria casa de Deus, onde não há mais nenhum "antes" ou "depois". A morte deixa de ser a linha divisória. A morte perde seu poder sobre aqueles que pertencem a Deus, porque Deus é o Deus dos vivos e não dos mortos.

Logo que tenhamos provado a alegria e a paz que vem do fato de sermos abraçados pelo amor de Deus, sabemos que tudo está bem e estará bem. "Não tenhais medo", disse Jesus, "Eu venci as forças da morte... vinde morar comigo e ficai sabendo que, onde eu estou, aí está Deus".

Se a vida eterna é a nossa meta, então não é uma meta longínqua. É uma meta que se pode alcançar no momento presente. Quando o nosso coração compreende esta verdade divina, estamos vivendo a vida eterna. Quem crê na vida eterna, fruto da ressurreição depois da morte, é capaz de resistir a tudo, até mesmo às mais terríveis ameaças de morte e martírio.

“Estas palavras confirmaram uma disposição do meu coração: pouca preocupação com a vida depois da morte e mais preocupação com a vida antes da morte.”. O Cristianismo, nos dá segurança para a eternidade. Mas devemos convir que nosso grande problema não é a eternidade, mas sim a próxima segunda-feira. Os dilemas que assolam nossa alma não dizem respeito ao céu e ao inferno, mas ao restante do mês no fim do salário. Não nos preocupa tanto nosso futuro eterno, mas o futuro dos nossos filhos, do nosso casamento, da nossa carreira profissional e do nosso País. Já não estamos tão ocupados em saber o que nos acontecerá depois de nossa morte, na "outra vida", mas o que nos espera amanhã, ainda nesta vida.

É Jesus que tem a capacidade de nos fazer enxergar o sol por sobre as nuvens: sabemos que ele está lá em um dia chuvoso, mas teimamos em desconfiar... Tal qual acontece com a crença na ressurreição e na vida eterna. Para não deixar dúvidas, Jesus é direto: "Deus é o Deus dos vivos!".

A páscoa cristã nos remete aos umbrais das portas e janelas dos hebreus no Egito, e, cobertos pelo sangue do "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", somos livres do aguilhão e da condenação da morte, e experimentamos, aqui e agora, o poder da nova vida que brota do túmulo vazio desde a manhã do domingo da Ressurreição de Jesus Cristo, que vive e reina para todo o sempre.

 A nossa reflexão de hoje nos convida, portanto, a reafirmar a nossa fé e a nossa esperança na ressurreição dos mortos. Todos, afinal, estão vivos. Uns na glória plena, outros na purificação que a ela conduz. Não há pois, motivos para tristezas, para menos paz e tranqüilidade. O nosso Deus é o Deus dos Vivos. Vamos dar vivas à Vida. Mais caridade e mais oração, menos flores e menos gastos. É isto que os defuntos precisam.
  
Oração: Senhor nosso Deus, obrigado pelo dom da vida e pelos valores cristãos, entre os quais a fé na ressurreição após a da terrena. Pai, vós sois o Senhor da vida e nos conduzes para a vida eterna junto de vós. Aumentai a nossa fé de que não estamos destinados à morte, e sim à comunhão convosco e nos façais valorizar, cada vez mais, a vida presente e que, como pais, sejamos iluminados pelo evangelho na educação dos filhos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém;


EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO TERÇA FEIRA

OBS: 3 meditação
VISITAÇÃO DE N. SENHORA A ISABEL
31 Maio Que a Mãe Santíssima nos guarde sempre debaixo do seu manto! (L 17).  São Jose Marello

Maria e Isabel - Lc 1,39-56

Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!”. Maria então disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.

1º Meditação

Lucas, em seu evangelho, com as narrativas de infância de Jesus, deixa perceber a sua origem simples, em uma casa pobre, na pequena vila de Nazaré, longe de Jerusalém, capital religiosa da Judeia, e de qualquer outra grande cidade onde se concentram as elites privilegiadas.

Os quatro evangelhos apresentam a inauguração do ministério de Jesus a partir do seu encontro com João Batista, do qual recebe o batismo.

Lucas antecipa este encontro já no ventre de suas mães, e evidencia a íntima relação entre João Batista e Jesus com os paralelos entre as anunciações de suas concepções e as narrativas de seus nascimentos.

Maria, em seu cântico, manifesta-se solidária com os pequenos e humildes excluídos. Ela exprime que tem consciência de que a ação de Deus nela, que a engrandece, se dá em benefício de todos os povos. Ela sabe que não pode separar uma graça pessoal de um dom em favor da comunidade e do povo.

Em Maria que visita a sua prima Isabel Deus na pessoa de Jesus, Seu Filho visita o seu povo. Em Maria Deus anuncia a Alegria e serve discretamente a humanidade inteira:Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente.
Maria é portadora da fonte da alegria e cada cristão é também convidado a sê-lo. A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador. Com estas palavras Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons singulares que Lhe foram concedidos e enumera depois os benefícios universais com que Deus favorece continuamente o género humano.
Não fique ingrata! Glorifica o Senhor a alma daquele que consagra todos os sentimentos da sua vida interior ao louvor e serviço de Deus e, pela observância dos mandamentos, mostra que está a pensar sempre no poder da majestade divina.
Exulta em Deus, seu Salvador, o espírito daquele que se alegra apenas em meditar no seu Criador, de quem espera a salvação eterna.
Porque fez em mim grandes coisas o Todo-poderoso, e santo é o seu nome. Maria nada atribui aos seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom d’Aquele que, sendo por essência poderoso e grande, costuma transformar os seus fiéis, pequenos e fracos, em fortes e grandes.

Logo acrescentou: E santo é o seu nome, para fazer notar aos que a ouviam e mesmo para ensinar a quantos viessem a conhecer as suas palavras, que, pela fé em Deus e pela invocação do seu nome, também eles poderiam participar da santidade divina e da verdadeira salvação, segundo a palavra do Profeta: E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. É precisamente o nome a que Maria se refere ao dizer: E o meu espírito exulta em Deus meu Salvador.

Enquanto a Igreja aguarda a jubilosa esperança da vida eterna introduz na sua liturgia o costume, belo e salutar, de cantar todos este hino de Maria na salmodia vespertina, para que o espírito dos fiéis, ao recordar assiduamente o mistério da Encarnação do Senhor, se entregue com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirme na verdadeira santidade.

Como Maria, que da nossa boca brotem apenas as palavras de gratidão que traduzem o sentir mais profundo do nosso coração: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador»

1º Reflexão Apostólica:

Maria recebe de Deus um grande presente e uma grande responsabilidade – Ser a mãe de Jesus. O que se passou na cabeça daquela jovem, na fração de segundos entre a mensagem do anjo Gabriel e a resposta da mãe escolhida por Deus? Que reação temos ao sermos pegos de surpresa?

Sim! Tremem-se as pernas, pupilas se dilatam, o corpo se arrepia, nosso tempo de reação fica comprometido pela descarga de adrenalina na corrente sanguínea, a freqüência cardíaca dispara, ficamos pálidos e geralmente não conseguimos nem nos mover, outros apenas fogem.

Numa situação fisiológica tão desconfortável e peculiar (ainda parece que é a noite) é que Maria recebe o anúncio. O anjo a acalma, diz que nada há por temer, recebe o SIM da jovem e parte!

Imagino agora a inquietação dessa serva ao saber o que lhe aconteceu por meio do Espírito Santo. Imagine alguém que passou numa prova, num concurso, no vestibular, [...] e que naturalmente quer que apareça, o mais rápido que possível, alguém para que possa contar a novidade e com ela celebrar. Lembrei dos meus familiares quando passei no vestibular… Estavam mais felizes do que eu, mas por que?

Porque olhavam para meu sucesso como se fosse deles. O que eu havia conseguido era uma vitória, mas para eles era o gol do time favorito numa final de campeonato. “(…) Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo. Lembrou de mostrar a sua bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre”.

Foi assim que Isabel recebeu Maria. Isabel talvez se lembrasse das promessas de Deus para seu povo, lembrava das vezes em que foram infiéis; olhava para Maria, sua prima, e talvez pensasse: Ele nos perdoou! “(…) Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse”.

Isabel via naquele ventre a prova real que Deus não havia abandonado seu povo (para o Judeu, o maior bem que podemos querer, é sentir a presença de Deus).
  
A alegria de sua prima se firmava, pois em meio ao domínio romano, da opressão, dos tantos deuses, da falta de fé, alguém conseguiu tocar a Deus, gesto este que outras santas mulheres, santas, pois tinham fé, conseguiram durante a missão de Jesus.

Do anúncio ao MAGNIFICAT foram poucos dias. Da possível dúvida que brotava de um coração humano, da angústia de ser mãe numa terra onde apedrejavam as adúlteras, de estar noiva de José e de portar em seu ventre a maior declaração de amor de Deus, foram poucos dias. Isso nos chama atenção ao fato de não podermos perder tempo. João Evangelista, mesmo tão querido e próximo a Jesus, levou quase sessenta pra entender do fundo de sua alma que Deus é amor!

Maria com seu “SIM” ensinou ao mundo a perdoar e esquecer o erro de EVA e a fraqueza de ADÃO. Fez acreditarmos novamente que nunca estamos sozinhos.

Maria foi visionária num tempo onde homens eram pequenos; foi destemida, pois não sabia as linhas escritas no seu destino. Amou uma criança, a fez homem, o viu pregar, anunciar, salvar, [...]. Jesus não passou num vestibular, mas creio que Maria, como mãe, ao vê-lo se tornar grande, se realizou em seu filho.

Santa Maria, mãe de Deus, Rogai por nós!

2º MEDITAÇÃO;

Maria “proclama que Deus realizou uma tríplice inversão das falsas situações humanas, para restaurar a humanidade na salvação, obra de Cristo. No campo religioso, Deus derruba as auto-suficiências humanas; confunde os planos dos que nutrem pensamentos de soberba, erguem-se contra Deus e oprimem os homens. No campo político, Deus destrói os injustificáveis desníveis humanos, abate os poderosos dos tronos e exalta os humildes; repele aqueles que se apoderam indevidamente dos povos, e aprova os que os servem para promover o bem das pessoas e da sociedade, sem discriminações… No campo social, Deus transtorna a aristocracia estabelecida sobre ouro e meios de poder, cumula de bens os necessitados e despede de mãos vazias os ricos, para instaurar uma verdadeira fraternidade na sociedade e entre os povos”

O Evangelho de hoje que costumamos chamar “a visita de Maria a Isabel”. Pertence aos relatos do nascimento e infância de Jesus. Lucas não pretende, em primeiro lugar, mostrar como isso aconteceu, mas reler esses acontecimentos à luz da morte-ressurreição de Jesus, a fim de iluminar a caminhada das primeiras comunidades cristãs. Não se trata, pois, de curiosidade histórica, mas de leitura teológica. Dividiremos essa seção em dois momentos: o encontro entre Maria (grávida de Jesus) e Isabel (grávida de João), e o Canto doMagnificat.

Para entender o objetivo de Lucas em relatar os eventos ligados à concepção e nascimento de Jesus, é essencial conhecer algo da sua visão teológica. Para ele, o importante é acentuar o grande contraste, e ao mesmo tempo a continuidade, entre a Antiga e a Nova Aliança. A primeira está retratada nos eventos ligados ao nascimento de João, e tem os seus representantes em Isabel, Zacarias e João; a segunda está nos relatos do nascimento de Jesus, com as figuras de Maria, José e Jesus.

Para Lucas, a Antiga Aliança está esgotada — os seus símbolos são Isabel, estéril e idosa, Zacarias, sacerdote que não acredita no anúncio do anjo, e o nenê que será um profeta, figura típica do Antigo Testamento. Em contraste, a Nova Aliança tem como símbolos a virgem jovem de Nazaré que acredita e cujo filho será o próprio Filho de Deus. Mais adiante, Lucas enfatiza este contraste nas figuras de Ana e Simeão, no Templo, especialmente quando Simeão reza:"Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar o teu servo partir em paz. Porque meus olhos viram a tua salvação".

Na anunciação, o anjo informara Maria a respeito da gravidez de Isabel, com a garantia de que nada é impossível para Deus. Ao declarar-se serva do Senhor, ela concebe Jesus e, como sinal de seu serviço, dirige-se apressadamente à casa de Zacarias, ao encontro e a serviço de Isabel.

A cena mostra o encontro de duas mães agraciadas com o dom da fecundidade e da vida (Isabel era estéril e Maria não teve relações com nenhum homem); mostra também o encontro de duas crianças, o Precursor e o Messias, ambos sob o dinamismo do Espírito Santo.

Jesus havia sido concebido por obra do Espírito; João Batista exulta no seio de Isabel que, cheia do Espírito Santo, proclama Maria bem-aventurada. Mas a cena mostra, sobretudo, que a Trindade se revela aos pobres e faz deles sua morada permanente. O Pai havia revelado a Maria o dom feito a Isabel, a marginalizada porque estéril; o Espírito revela a Isabel que Maria, a serva do Pai, se tornou “mãe do Senhor”.

Assim a Trindade entra na casa dos pobres e humilhados que esperam a libertação. Os nomes das personagens nos ajudam a ver melhor: Jesus (= Deus salva); João (= Deus é misericórdia); Zacarias (= Deus se lembrou); Isabel (= Deus é plenitude); Maria (= a amada). Maria se torna, assim, pioneira insuperável de evangelização, pois leva Jesus-Messias às pessoas.

Duas são as características mais importantes de Maria no relato da visita a Isabel. E são exatamente as qualidades do discipulado no Evangelho de Lucas: atenção e adesão absolutas à palavra de Deus e, como conseqüência disso, serviço incondicional a quem necessita. Maria é discípula fiel (em relação a Deus) e solidária (em relação ao próximo).

Por isso, não devemos reduzir a história de hoje a um relato que pretende mostrar a caridade de Maria em cuidar da sua parente idosa e grávida. Se a finalidade de Lucas fosse somente mostrar Maria como modelo de caridade, não teria colocado versículo 56, que mostra ela deixando Isabel na hora de maior necessidade: "Maria ficou três meses com Isabel; e depois voltou para casa". Também não é verossímil que uma moça judia de mais ou menos quatorze anos enfrentasse uma viagem tão perigosa como a de Galiléia à Judéia!

A intenção de Lucas é literária e teológica. Ele coloca juntas as duas gestantes, para que ambas possam louvar a Deus pela sua ação nas suas vidas, e para que fique claro que o filho de Isabel é o precursor do filho de Maria. Por isso, Lucas tira Maria de cena antes do nascimento de João, para que cada relato tenha somente as suas personagens principais: dum lado, Isabel, Zacarias e João; doutro lado, Maria, José e Jesus.

O fato que a criança "se agitou" no ventre de Isabel faz recordar algo semelhante na história de Rebeca, quando Esaú e Jacó "pulavam" no seu ventre. O contexto, salienta que João reconhece que Jesus é o seu Senhor. Iluminada pelo o Espírito Santo, Isabel pode interpretar a "agitação" de João no seu ventre — é porque Maria está carregando o Senhor.

A expressão de alegria de Isabel ao acolher Maria recorda a surpresa de Davi ao acolher a Arca (“Como é que a Arca de Javé poderá ser introduzida em minha casa?”. Em base a esse paralelismo, alguns vêem em Maria a arca da nova Aliança, por ser ela a mãe do menino que é chamado Santo, Filho de Deus. Mas o elogio de Isabel a Maria vai além de sua maternidade física.

A grande bem-aventurança de Maria é ter acreditado que as coisas ditas pelo Senhor iriam cumprir-se. Isso está em perfeita sintonia com o Evangelho de Lucas, no qual ela aparece como modelo do discípulo. O próprio Jesus afirma haver uma bem-aventurança que supera a da maternidade física: “Felizes, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam”. Maria, a escrava do Senhor, merece a bem-aventurança dos ouvintes cristãos a quem Lucas, chama de servos e servas do Senhor.

As palavras referentes a Maria: "Você é bendita entre as mulheres, e bendito é o fruto do seu ventre" fazem lembrar mais duas mulheres que ajudaram na libertação do seu povo, no Antigo Testamento: Jael e Judite. Aqui Isabel louva a Maria que traz no seu ventre o libertador definitivo do seu povo. Vale destacar o motivo pelo qual Isabel chama Maria de "bem-aventurada": "Bem-aventurada aquela que acreditou". Maria é bendita em primeira lugar, não por sua maternidade, mas pela fé - em contraste com Zacarias, que não acreditou.

Assim, Lucas apresenta Maria principalmente como modelo de fé. Já no relato da Anunciação, Maria expressou essa fé quando disse: "Faça-se em mim segundo a tua palavra". Assim, ela aceita, não somente ser a mãe do Senhor, mas a protagonista da construção duma sociedade de solidariedade e justiça, tão almejada por Deus.

Por isso, Lucas faz uma releitura do Canto de Ana e coloca nos lábios de Maria o canto do Magnificat, em sintonia com a espiritualidade secular dos Pobres de Javé, que, desprovidos de qualquer poder, põem a sua esperança em Deus, que "dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias".

Longe de ser uma figura passiva, a Maria deste capítulo é modelo para todos que assumem a luta em favor duma sociedade alternativa, de partilha, solidariedade e fraternidade. No Magnificat, Deus realiza a esperança dos pobres.

Algumas observações preliminares ajudarão a entender melhor o texto. Em primeiro lugar, devemos perguntar se foi Maria quem pronunciou esse hino de louvor que chamamos de Magnificat. Alguns manuscritos atribuem esse hino a Isabel. O Magnificat se inspira fortemente no canto de Ana, mãe de Samuel, depois que Deus a livrou da humilhação da esterilidade. Nesse sentido, o hino está mais para Isabel do que para Maria. Porém, a idéia de serva e a expressão “todas as gerações me chamarão de bem-aventurada” se adaptam melhor a Maria.

Em segundo lugar, os estudiosos são concordes em afirmar que o Magnificat, assim como se encontra, não foi composto por Maria. Uma prova disso são os verbos no passado: agiu com a força de seu braço, dispersou, depôs, exaltou, cumulou, despediu etc. Esses verbos no passado revelam que o hino é lido à luz da vida, morte e ressurreição de Jesus. “Deus inverteu o estado de coisas que a crucifixão havia criado”.

Em terceiro lugar, trata-se de descobrir quem compôs esse hino. É bem provável que fosse um hino das primeiras comunidades cristãs, onde se louva a intervenção de Deus em favor dos pobres, humilhados e famintos, contra os orgulhosos, poderosos e ricos (característica dos hinos de louvor).

O contraste de sortes ressalta o poder de Deus e as maravilhas que realiza em favor dos pobres, coroando suas esperanças. Lucas atribuiu esse hino a Maria porque ela, mais que todos, expressava os sentimentos e atitudes de compromisso, esperança e confiança no poder de Deus.

Lucas foi muito corajoso ao atribuir esse hino a Maria, ressaltando-lhe o valor e a importância enquanto figura representativa de uma coletividade. Ela, portanto, é porta-voz qualificada dos discípulos cristãos, dos pobres que anseiam por libertação. É porta-voz dos oprimidos, pobres, aflitos, viúvas e órfãos. Opostos a esses estavam os ricos, mas também os orgulhosos e auto-suficientes que punham suas esperanças nos próprios recursos, não sentindo qualquer necessidade de Deus.

É um texto profético. Não no sentido de previsão do futuro, mas no sentido genuíno da profecia, que pode ser traduzida como denúncia de algo errado e anúncio de uma transformação. Maria é profetisa porque, movida pelo Espírito, encarna os ideais dos profetas do Antigo Testamento, do qual também ela faz parte.

O espírito do Magnificat combina com o da comunidade de Jerusalém, na qual provavelmente o hino tomou corpo, tornando-se canto de louvor pela libertação. Pondo-o nos lábios de Maria, Lucas atribui a ela um papel importante na história da salvação, “um papel representativo que, partindo do relato da infância, penetrará no mistério de Jesus e chegará finalmente à Igreja primitiva”.

O Magnificat, como os salmos do tipo “hino de louvor”, contém uma introdução onde se louva Deus; um corpo, que enumera os motivos de louvor, e uma conclusão, que ressalta por que Deus agiu assim, cumprindo as promessas feitas aos antepassados.

A introdução vê realizadas as expectativas de Ana e do profeta Habacuc, que traduzem as esperanças dos pobres (“anawim). Atribuindo a Maria este hino, Lucas a torna intérprete dos anseios dos humilhados que vêem, finalmente, realizadas suas esperanças.

O corpo do Magnificat ressalta a ação de Deus em favor dos humilhados. Essa ação é descrita como maravilha, termo que, na Bíblia, marca as grandes intervenções de Deus em vista da libertação (por exemplo, o êxodo). A maravilha divina é libertar os que sofrem e esperam nele, exaltando-os e cumulando-os de bens. Os aspectos político e econômico estão bem representados (poderosos destronados; ricos despedidos de mãos vazias).

A conclusão salienta que a ação de Deus em favor dos pobres é fruto da memória de sua misericórdia, renovando hoje os benefícios e opções feitos no passado, mantendo assim a fidelidade prometida a Abraão e a seus descendentes.

Podemos também acrescentar que neste capítulo primeiro, nós encontramos — na Bíblia — as frases da primeira parte da oração da "Ave Maria": "Ave Maria" (Lc 1,28), "Cheia de graça" "O Senhor é convosco"(Lc 1,28), "Bendita sois vós entre as mulheres." "Bendito o fruto do vosso ventre" (Lc 1,42), que demonstra que, quando tratado com fundamento bíblico, a figura de Maria não é empecilho para uma caminhada ecumênica, pois a Escritura a aponta como modelo de fé para todos nós!

Maria, casada com um carpinteiro da Galiléia, vive com fidelidade o projeto vivificante de Deus. Ao saber que sua parenta, Isabel, casada com um sacerdote do Templo de Jerusalém, estava com uma gravidez mais avançada que a sua, vai servi-la. Temos o encontro da periférica Galiléia com a elitizada Judéia. Maria, oriunda da periferia, já vive a dimensão do serviço, característica dominante na prática de Jesus, que "não veio para ser servido mas para servir".

A presença do Reino entre os pobres é destacada por Maria em seu cântico: "Ele... derrubou os poderosos de seu tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e mandou embora os ricos de mãos vazias". 

Assumindo responsavelmente o projeto de Deus, Maria é figura e esperança de quantos aspiram por liberdade e vida. Ela vem reforçar a confiança dos pobres, ao mostrar que neles o Poderoso opera maravilhas de libertação. Serva fiel, bem-aventurada porque acreditou nas promessas, solidária com os necessitados, é mãe das comunidades que lutam contra os dragões que procuram matar as sementes do Reino e roubar-lhes as esperanças. Associada intimamente a Jesus por sua maternidade e mais ainda pela prática da Palavra, participa da vitória de Cristo, primícia da vida em plenitude.

As palavras de Maria refletem a alegria do espírito, difícil de exprimir: Meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador. Porque a verdade profunda, tanto a respeito de Deus como a respeito da salvação dos homens, manifesta-se a nós em Cristo, que é, simultaneamente, o mediador e a plenitude de toda a revelação.

No arroubo de seu coração, Maria confessa ter-se encontrado no próprio âmago dessa plenitude de Cristo. Está consciente de que em si está sendo cumprida a promessa feita aos pais e, em primeiro lugar, em favor de Abraão e de sua descendência para sempre: que para si, portanto, como Mãe de Cristo, converge toda a economia salvífica, na qual de geração em geração  se manifesta aquele que, como Deus da Aliança, se lembra de sua misericórdia.

O “canto de Maria” retrata sua gratidão a Deus e o reconhecimento de ser escolhida para se tornar a mãe do Salvador. O canto de Maria nos estimula a lutar pelo mundo novo já iniciado com a ressurreição de Jesus. Esse mundo novo irá se tornando realidade concreta se formos cidadãos conscientes e responsáveis.

Martinho Lutero escreveu um belo comentário do Magnificat de Maria, em que repetidamente ele se refere à “doce Mãe de Deus” e exalta a Virgem Maria nestes termos:

“Ela nos ensina como devemos amar e louvar a Deus, com alma despojada e de modo verdadeiramente conveniente, sem procurar nele o nosso interesse. Ora, ama e louva a Deus com o coração simples e como convém a quem o louva simplesmente porque é bom; quem não considera mais que a sua pura bondade e só nela encontra o seu prazer e a sua alegria. Eis um modo elevado, puro e nobre de louvar : é bem próprio de um espírito alto e nobre corno o da Virgem. Aqueles que amam com coração impuro e corrompido, aqueles que, de maneira semelhante à dos exploradores, procuram em Deus o seu interesse, não amam e não louvam a sua pura bondade, mas pensam em Si mesmos e só consideram quanto Deus é bom para eles mesmos. A religiosidade verdadeira, portanto, é louvor a Deus incondicionado e desinteressado.”

“Maria — escreve a seguir Lutero — não se orgulha da sua dignidade nem da sua Indignidade, mas unicamente da consideração divina, que é tão superabundante de bondade e de graça que Deus olhou para uma serva assim tão insignificante e quis considerá-la com tanta magnificência e tanta honra... Ela não exaltou nem a virgindade nem a humildade, mas unicamente o olhar divino repleto de graça.(...) De fato não deve ser louvada a sua pequenez, mas o olhar de Deus” (Do livro “Maria Mãe dos homens”, p.561).

A propósito, é interessante lembrar que, além de Lutero, outros mestres da Reforma, no século XVI, como Calvino e Zuínglio, foram muito fiéis a Maria  deixaram belas expressões de estima e louvor a Maria Santíssima.

Calvino, em alguns aspectos, foi mais radical. Suprimiu as festas Marianas, aceita o título “Mãe de Deus” definido pelo Concílio de Éfeso em 431 mas prefere a expressão “Mãe de Cristo”. Sustenta a perpétua virgindade de Maria, afirmando que “os irmãos de Jesus” citados em (Mateus 13,55) não são filhos de Maria, e sim parentes. Professar o contrário, segundo Calvino, significa “ignorância”, louca sutileza e “abuso da Sagrada Escritura”.

Zuínglio, o reformador em Zurich, conservou três festas Marianas e a recitação da Ave Maria durante o culto sagrado. Os seus testemunhos, aos quais outros se poderiam acrescentar, dão suficientemente a ver como a crença em Maria ocupa lugar eminente no conjunto das verdades que a fé cristã sempre professou.

E para nós: O que representa Maria? Em que o Magnificat influencia em nosso modo de viver o cristianismo hoje?

Que saibamos estar atentos aos que estão à nossa volta! Que os sofrimentos e as dificuldades que envolvem as família, façam parte de nossa oração! Confiemos estas famílias a Maria, para que encontrem em seu caminho as graças da esperança e da alegria profunda. Que nosso Pai que está nos céus nos guie na sua Paz!
3º Meditação
Lucas coloca nos lábios de Maria o que todo cristão de coração simples deve, não somente proclamar com seus lábios, mas realizar também através de seu esforço e de sua luta de cada dia; é um convite a não continuar “engolindo” o conto que uma sociedade tão injusta como a de Maria – e como a nossa – seja o reflexo de algum desígnio ou querer de Deus.

O que é de fato revolucionário é que o Magnificat revela uma imagem de Deus absolutamente diferente da imagem de Deus que os opressores constroem. Será, então, que há um Deus para cada um? Evidentemente que não.

Logo, com a imagem de Deus, que se revela nos humildes e simples, desmonta-se e se desmascara esse deus criado pelos poderosos, imposto a todo o povo, e ao qual “amam” porque continuamente bendiz seus interesses.

Essa é a idéia dos deuses falsos, dos ídolos, que os profetas atacaram tão veementemente. Não se trata tanto de imagens ou figuras físicas, feitas de madeira ou pedra, mas sim de uma idéia, uma concepção distorcida de Deus que se impõe às pessoas como verdadeira e única.

Isabel ficou cheia do Espírito Santo quando Maria a visitou! Assim sendo, a Mãe de Jesus nos ensina que quando levamos Jesus para as pessoas, elas também ficam cheias do Espírito, por isso, se alegram com a nossa chegada.

Às vezes até podemos achar que somos imprescindíveis e muito importantes para o irmão, todavia, devemos ter consciência de que somos meros canais da graça do Senhor.

O Espírito Santo é quem realiza a obra do Senhor no nosso coração e é quem nos faz sair de nós mesmos (as) e ir à busca dos que estão necessitados.

Sem mesmo percebermos nós somos instrumentos de Deus na vida dos nossos irmãos para que se cumpram os Seus desígnios e os Seus planos se realizem. Basta que nos ponhamos atentos e disponíveis, o Senhor nos usa para levarmos consolo, abrigo, alegria e solidariedade.

Maria soube distinguir isto e não perdeu tempo, pôs-se a caminho das montanhas esquecendo a glória de ser mãe de Deus se fez serva, auxiliadora, anunciadora e canal da graça do Espírito Santo. Assim, ela foi a primeira a levar a alegria de Jesus ao mundo! Maria mesma se auto afirmou ser bem-aventurada, feliz, cheia de graças!

Somos também bem aventurados (as) se acreditamos nas promessas do Senhor. O Espírito Santo é quem nos ensina a louvar a Deus e a manifestar gratidão pelos Seus grandes feitos na nossa vida, por isso, também somos felizes.

Assim como visitou Isabel, transmitindo a ela e a João Batista, o poder do Espírito, Maria hoje, também nos visita e traz para nós o Seu Menino Jesus, cheio do Espírito Santo que nos ensina a cantar, a louvar, a bendizer a Deus com os nossos lábios.

“O Senhor no meio de nós, nos salva”, são palavras que ressoam da profecia de Sofonias e nos levam a pensar de imediato na pessoa de Maria, que por seu “sim”, deu uma reviravolta não só em sua vida, mas na história mesma da humanidade ao aceitar que em seu seio o Senhor se encarnasse.

O Espírito Santo é quem leva Isabel a reconhecer em Maria a presença de Deus e a exultar de alegria. E é quem move Maria a cantar um precioso louvor dirigido ao Pai, reconhecendo-o como cumpridor da promessa a seu povo de libertá-lo e conceder-lhe em seu Filho o sol da justiça que dispersa aos soberbos e enaltece os humildes.
Hoje, junto com Maria e a partir da experiência de Deus que inundou como a ninguém seu Coração Imaculado, elevemos o mais piedoso louvor, porque ele se continua manifestando grande e próximo no meio dos sofrimentos e dificuldades de seu povo, cumprindo cada dia com sua promessa de amor pela humanidade. Que seu Santo Espírito nos mova a louvá-lo como o verdadeiro Salvador que vem ao nosso encontro.

Você também se considera bem aventurado (a)? Você se sente comprometido (a) com Deus? Você tem usado o Espírito Santo que mora em você para ir à busca daqueles que precisam ser amados e ajudados? Imagine-se como Maria visitando hoje alguém que você sabe que está precisando de amor!

3º Reflexão Apostólica:
  
Em Maria que visita a sua prima Isabel Deus na pessoa de Jesus, Seu Filho visita o seu povo. Em Maria Deus anuncia a Alegria e serve discretamente a humanidade inteira: Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente.

Maria é portadora da fonte da alegria e cada cristão é também convidado a sê-lo. A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador.

Com estas palavras Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons singulares que Lhe foram concedidos e enumera depois os benefícios universais com que Deus favorece continuamente o gênero humano.

Não fica ingrata! Glorifica o Senhor a alma daquele que consagra todos os sentimentos da sua vida interior ao louvor e serviço de Deus e, pela observância dos mandamentos, mostra que está a pensar sempre no poder da majestade divina.

Exulta em Deus, seu Salvador, o espírito daquele que se alegra apenas em meditar no seu Criador, de quem espera a salvação eterna.
Porque fez em mim grandes coisas o Todo-poderoso, e santo é o seu nome. Maria nada atribui aos seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom d’Aquele que, sendo por essência poderoso e grande, costuma transformar os seus fiéis, pequenos e fracos, em fortes e grandes.
Logo acrescentou: E santo é o seu nome, para fazer notar aos que a ouviam e mesmo para ensinar a quantos viessem a conhecer as suas palavras, que, pela fé em Deus e pela invocação do seu nome, também eles poderiam participar da santidade divina e da verdadeira salvação, segundo a palavra do Profeta: E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. É precisamente o nome a que Maria se refere ao dizer: E o meu espírito exulta em Deus meu Salvador.

Enquanto a Igreja aguarda a jubilosa esperança da vida eterna introduz na sua liturgia o costume, belo e salutar, de cantar todos este hino de Maria na salmodia vespertina, para que o espírito dos fiéis, ao recordar assiduamente o mistério da Encarnação do Senhor, se entregue com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirme na verdadeira santidade.

Rezemos com Maria, hoje: “Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo!”
Como Maria, que da nossa boca brotem apenas as palavras de gratidão que traduzem o sentir mais profundo do nosso coração: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador»

Propósito:
Pai, conduze-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.




domingo, 29 de maio de 2016

Evangelho do dia 30 de maio segunda feira

30 Maio - São José Marello.
A palma da vitória está no Céu para quem sabe morrer triunfalmente. (L 23). São Jose Marello
Marcos 12,1-12
Jesus começou a falar-lhes em parábolas: “Um homem plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns lavradores e viajou para longe. Depois mandou um servo para receber dos agricultores a sua parte dos frutos da vinha. Mas os agricultores o agarraram, bateram nele e o mandaram de volta sem nada. O proprietário mandou novamente outro servo. Este foi espancado na cabeça e ainda o insultaram. Mandou ainda um outro, e a esse mataram. E assim diversos outros: em uns bateram e a outros mataram. Agora restava ainda alguém: o filho amado. Por último, então, enviou o filho aos agricultores, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’. Agarraram o filho, mataram e o lançaram fora da vinha. Que fará o dono da vinha? Ele virá e fará perecer os agricultores, e entregará a vinha a outros. Acaso não leste na Escritura: 'A pedra que os construtores rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos'?" Eles procuravam prender Jesus, pois entenderam que tinha contado a parábola com referência a eles. Mas ficaram com medo da multidão; por isso, deixaram Jesus e foram embora.

Meditação:

Jesus "inventou" estórias que receberam o nome de parábolas, para explicar a sua mensagem ao povo simples, sobre como deveriam fazer para merecer o reino eterno.

Com essas parábolas, ficava muito mais fácil do povo entender o que Ele queria dizer. Evidentemente, Jesus poderia se expressar com um palavreado todo  complicado, rico mais difícil de entender.

Mas, qual é mesmo a mensagem que está por trás desta parábola? O que mesmo que Jesus queria dizer? Bem. Ele aqui está criticando os chefes religiosos do templo de Jerusalém, sacerdotes e proprietários de terras.

Nesta parábola, Jesus está mostrando o caráter dos líderes judeus, que tinham rejeitado os profetas de Deus e estavam se preparando para rejeitar e matar seu Filho amado.
Na aplicação da parábola, apesar da prepotência e violência nela contida, Deus pode ser entendido como o proprietário da vinha. A vinha, conforme a tradição profética, é o povo amado por Deus. Os agricultores violentos são os chefes religiosos, que oprimem, exploram o povo e procuram eliminar quem busca libertação. Eles entenderam que Jesus falava deles. Irritam-se e procuram prendê-lo.

Jesus é o herdeiro de Deus e nós, “feitos filhos de Deus”, ganhamos o privilégio de também sermos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo Jesus. Que bênção, que privilégio Ele nos concede!

No texto de hoje, Jesus dá a conhecer a todos o que os religiosos do templo tinham escondido nas entranhas do coração – tinham-se apoderado da vinha, consideravam-na sua e não administradores dela! Quantos de nós, hoje, temos “subido acima da chinela” e nos temos por donos do que é de Deus, e não mais mordomos.

A parábola dos vinhateiros assassinos revela a história de infidelidade do povo  ao amor do Senhor. Muitos profetas enviados por Deus haviam sido rechaçados e assassinados pelos dirigentes políticos e religiosos. A causa da rejeição estava fundamentada em que estes mensageiros, falando em nome de Javé, punham em evidência a infidelidade do povo e de seus dirigentes para com a aliança firmada com ele.
Todo profeta, todo mensageiro que fale em nome de Deus e questione o status social, nunca é bem visto; torna-se uma pessoa sumamente incômoda; por isso é necessário eliminá-la.

A parábola manifesta que não respeitam nem o filho do dono da vinha. Ao contrário: se é o herdeiro, com maior razão querem eliminá-lo para ficarem com tudo, sem nada que estorve os interesses dos desordeiros.
Esta foi e continua sendo a sorte de muitos homens e mulheres que ao longo da história da humanidade e da Igreja foram assassinados por apontar os pecados do povo e de seus dirigentes, e por lembrar a fidelidade à mensagem de Deus.

Reflexão Apostólica:

Jesus passa ao ataque. A figueira não dá frutos, e o Templo tornou-se lugar de roubo, porque as autoridades(chefes dos sacerdotes, doutores da Lei, anciãos do Sinédrio) exploram e oprimem, apoderando-se daquilo que pertence a Deus, isto é, o povo da aliança(vinha).
Depois de muitos profetas que pregavam a justiça (empregados), Deus envia o próprio Filho com o reino. A rejeição e morte do Filho do trazem a sentença: o povo de Deus, agora congregado em torno de Jesus (pedra), passa a outros chefes, que não devem tomar posse, mas servir.
Jesus foi enviado pelo Pai justamente para nos dar o conhecimento de Deus, do Seu amor e da sua misericórdia, mas os homens o rejeitaram. Refletindo sobre esta Palavra nós percebemos que ainda hoje o Filho de Deus, Jesus Cristo é rejeitado e muitos

O tratam com indiferença, mesmo aqueles que se dizem cristãos. Muitos dos que estão até dentro da Igreja e freqüentam os sacramentos, fazem pouco caso dos ensinamentos de Jesus confundindo as pessoas interpretando a Palavra de acordo com a realidade e em benefício de cada um.

Assim, sendo, pregam e aceitam a teoria do aborto, do “não tem faz mal”, tudo é lícito, tudo é permitido, “o que vale é ser feliz”. Será que percebemos que agindo assim nós estamos fazendo igual aos agricultores da vinha? Devemos meditar muito sobre isto.

Será que estamos rejeitando a Jesus com as nossas incoerências de vida? Jesus veio para todos ou só para os meus? O que você tem feito com os mensageiros do Senhor na sua vida? Quem são os agricultores de hoje? Qual a nossa responsabilidade na vinha do Senhor? A quem estamos matando? Você também acha que tudo é relativo?

A passagem evangélica de hoje nos apresenta a parábola dos vinhateiros homicidas, dirigida aos sacerdotes, escribas e senadores de Jerusalém, personagens influentes e opositores ao plano de Deus, revelado nos profetas e no próprio Jesus.

Aqueles personagens não eram propícios à justiça e à caridade com os mais fracos, para manter seus próprios interesses. Deus, por meio de sua Palavra, desnuda os corações e coloca à luz os interesses que movem o ser humano.

Oxalá que nossos mais vitais interesses como cristãos sejam os de anunciar e construir o reino de Deus no meio da humanidade; do contrário, seremos qualquer coisa, menos cristãos.

É preciso deixar o lugar que não nos pertence e retomarmos o lugar de servos e despenseiros de Deus, trabalhando de alma e coração. Como é que te consideras em relação às coisas de Deus? Dono, senhor ou despenseiro? Convém que sejamos bons despenseiros da graça de Deus.

Quantos conflitos evitaríamos na causa de Deus se, em vez de nos “armarmos” em donos da vinha de Deus, assumíssemos, com submissão e gratidão, o privilégio de mordomos fiéis do nosso Pai do Céu.

Fiquemos certos que, no tempo próprio, Deus nos chamará, com Sua autoridade e poder: muito bem, servo bom e fiel, porque foste fiel no pouco; entra no gozo do Senhor.

Toma, agora, posse da tua herança, por teres aceite a capacidade de crer: a todos quantos O receberam, deu-lhes a graça de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu Nome.

Propósito:

Pai, porque és misericordioso, nunca te cansas de querer levar a mim e a toda a humanidade para junto de ti. Que eu perceba e acolha a manifestação deste teu imenso amor e me converta no agricultor que produza bons frutos no devido tempo e os entregue a Vós!


quinta-feira, 26 de maio de 2016

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO - 9º DOMINGO DO TEMPO COMUM

9º DOMINGO DO TEMPO COMUM
29 Maio - A santa pureza é guardada pela virtude da humildade, sua irmã. Ah! Ninguém pode ser puro se não for humilde! E a Virgem Santíssima foi enriquecida por uma pureza tão singular e resplandecente porque foi sumamente humilde. (S 358). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 7,1-10

"Quando Jesus acabou de dizer essas coisas ao povo, foi para a cidade de Cafarnaum. Havia ali um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito. O empregado estava gravemente doente, quase morto. Quando o oficial ouviu falar de Jesus, enviou alguns líderes judeus para pedirem a ele que viesse curar o seu empregado. Eles foram falar com Jesus e lhe pediram com insistência:
- Esse homem merece, de fato, a sua ajuda, pois estima muito o nosso povo e até construiu uma sinagoga para nós.
Então Jesus foi com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial romano mandou alguns amigos dizerem a Jesus:
- Senhor, não se incomode, pois eu não mereço que entre na minha casa. E acho também que não mereço a honra de falar pessoalmente com o senhor. Dê somente uma ordem, e o meu empregado ficará bom. Eu também estou debaixo da autoridade de oficiais superiores e tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Digo para um: "Vá lá", e ele vai. Digo para outro: "Venha cá", e ele vem. E digo também para o meu empregado: "Faça isto", e ele faz.
Jesus ficou muito admirado quando ouviu isso. Então virou-se e disse para a multidão que o seguia:
- Eu afirmo a vocês que nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel!
Aí os amigos do oficial voltaram para a casa dele e encontraram o empregado curado.
"  

Meditação:

Os evangelistas sempre associam as cenas em que Jesus ensina a cenas em que ele exerce sua prática libertadora. Isto significa que o ensino é orientado para a prática amorosa e vivificante, sendo esta prática uma forma de ensino.

Depois da proclamação das bem-aventuranças Lucas narra o episódio do testemunho de fé do centurião e da cura de seu servo por Jesus. O impacto principal da narrativa é a novidade da humildade e fé dos gentios que supera a fé de Israel.

A narrativa é um paradigma para as missões, inspirando a sua universalidade. Todos os povos podem crer em Jesus, por sua ação vivificadora. A presença do amor vivificante faz germinar a fé, em qualquer povo ou nação, em qualquer época. 
Neste Evangelho de Lucas, Jesus nos deixa claro que, o alcance da salvação é para todos, sem distinção. O Pai Eterno O enviou como o único salvador das suas criaturas, libertando a todos de todos os pecados  que os possam afastar do caminho da salvação.

Lucas diz que o centurião tinha muita estima pelo servo. Talvez a palavra seja fraca para descreve a atitude daquele oficial, mas ao agir dessa forma ele rompeu uma das barreiras que separam as pessoas e as afastam umas das outras: a posição social.

A fé não pode conviver com preconceito social. A fé não sobrevive em uma ambiente em que se classificam as pessoas por sua influência na sociedade para depois aproximar-se das que se julgam mais importantes.

Não é possível que a fé se torne forte quando a atitude é de desprezo pelos simples e valorização dos que consideramos fortes. Uma atitude de fé não pode sobreviver junto com a acepção de pessoas.

Não podemos fechar os ouvidos à exortação da palavra de Deus. A bem da nossa fé, precisamos considerar a questão da acepção de pessoas não apenas na igreja, mas no trabalho, na escola, na faculdade, no condomínio, na vizinhança, e onde quer que estejamos.

Como podemos nos dizer seguidores de Jesus quando tratamos as pessoas de acordo com uma escala de valores corrompida pelo pecado e pela desobediência a Deus?

O centurião era romano e representava o poder dominante. Os judeus eram o povo dominado e obrigado a submeter-se às ordens romanas. Era uma relação de autoridade em que uma parte dita as regras e a outra deve cumpri-las.

Todos nós vivemos situações como esta. Ora estamos submetidos a algum tipo de autoridade e somos nós mesmos quem exercemos autoridade. Ainda que as pessoas estejam cada dia mais avessas à autoridade, essa é uma questão crucial para o bom andamento da sociedade.

Os pais têm autoridade sobre os filhos, os professores têm autoridade sobre os alunos, os maridos têm autoridade sobre sua família, os agentes de trânsito têm autoridade sobre o tráfego na cidade, os gerentes têm autoridade sobre os empregados e os governantes têm autoridade sobre os governados.

A rejeição dos nossos dias à submissão a qualquer tipo de autoridade, em parte, é motivada pelo mau exercício que temos feito dela.

Como se pode esperar uma atitude natural de submissão à autoridade por parte de um filho que é espancado pelo pai? É claro na cabeça de um garoto que sofre nas mãos de um pai ou uma mãe espancadora autoridade é sinônimo de autoritarismo.

Como se pode esperar uma atitude natural de submissão de uma esposa que é maltratada, desconsiderada, explorada e usada como um objeto de prazer? Em sua mente, autoridade é sinônimo de opressão.

A verdadeira autoridade é o exercício do poder em benefício das outras pessoas e não de si mesmo. Exercer autoridade é usar o poder que se recebeu em prol daqueles que dependem da sua atuação. Quando a autoridade é exercida em sua plenitude as pessoas são tratadas com dignidade e respeito. Em resumo, exercer autoridade é servir.

O centurião de Cafarnaum, embora representante de um poder opressor, foi considerado como um amigo pelos anciãos judeus. Ele era a figura que representava a autoridade romana sobre os povos dominados, mas tratou as pessoas com tanta dignidade que no momento em que ele precisava de algo todos correram para ajudá-lo.

A fé não pode coexistir com a truculência. A fé não faz parceria com a violência e o desmando. A fé não compartilha com a opressão e a imposição pelo medo, mas ela se fortalece com atitudes de compaixão, respeito e dignidade. A fé não convive com a busca do poder pelo mau exercício da autoridade.

Jesus explicou isso aos seus discípulos em uma ocasião em que eles brigavam para ver quem eram o mais importante entre eles.

Abra seus ouvidos à exortação do Senhor: não podemos nos dizer cristãos e agir como agem aqueles que não têm temor ao Senhor. Será que quando Ele me olha, vê um coração quebrantado e contrito ou arrogância e orgulho?!

Essa é a pergunta que deve ficar em nossos corações por esses dias... Sejamos como aquele centurião, pois, a cada dia que passa, devemos agradar mais e mais a Jesus,  nossos Salvador.

Reflexão Apostólica:

A bondade de Deus é infinita, ela é mesmo para todos,  basta que procuremos colocar na nossa vida, os princípios  que Jesus trouxe como recado do Pai, mostrando-nos que a libertação é para todos que a querem.

O povo de hoje, está repetindo os mesmos comportamentos que afastaram de Deus o povo de Israel, que Ele escolhera, conforme nos conta o Antigo Testamento.

Por isso, depois de tantas tentativas, Ele enviou seu Filho Jesus, como o último meio de Salvação. A bondade de Deus é mesmo infinita. Basta que procuremos colocar na nossa vida os princípios que Ele nos deixou através de Jesus, como caminhos de libertação.

Neste mundo em que vivermos hoje, muito complicado e desorientado até; onde as pessoas vêm se deixando levar pelas influência do conforto, da riqueza, da vaidade e do orgulho, que as tornam insensíveis  às palavras de amor e salvação, deixadas por Jesus.

Hoje em dia, as pessoas buscam, com insistência e até desesperadamente, movidas  pelo desejo de TER e não pelo desejo de SER, só aquilo que lhes trazem  satisfações materiais. Esquecem-se do Espírito, reservam-lhe sempre só o momento em que estão sufocadas pelas conseqüências de tais atitudes.

Aproveitando-se  desse fenômeno tão gritante das sociedades atuais, o Consumismo se instalou de tal maneira, movido através dos meios de comunicações, tão forte e tão convincente, para despertar em todos o desejo de compra irrefreável; o desejo de possuir, o desejo de TER.

Mesmo que esse comportamento os leve a situações caóticas, complicadas, pelos problemas que acabam  transformando as suas vidas num verdadeiro sufoco, pela não condições para liquidarem as contas decorrentes de tal atitude.

Daí, a insatisfação se instala  em cada lar, transformando-os em verdadeiras praças de guerra, de brigas e desamor; ficando  completamente longe de tudo, o que Deus quer para o seu povo amado. Colocam Deus  num plano inferior a tudo e... passam a sofrer diuturnamente com os resultados sempre negativos que vão surgindo.

Assim aconteceu com o Centurião que não reconhecia em Jesus o Messias, o Prometido, o Enviado pelo Pai, para a salvação do seu povo.

No momento de desespero ele encontra  a salvação do seu  criado, demonstrando o amor e a preocupação que tinha pelo mesmo e que, buscando Jesus para curá-lo, envergonhado, diz que não precisaria que Jesus fosse à sua casa, pois achava-se indigno de recebe-lo, mas que "dissesse apenas uma palavra" e o seu servo seria salvo. Demonstrando  tamanha fé,  Jesus não deixa de atendê-lo, e dizendo até que :-“Nem no povo de Israel  vi homem com tamanha fé”.  

A misericórdia de Deus é infinita. Para Ele não importa o lugar a que chegamos ofendendo - O com os nossos comportamentos pecaminosos. Para Ele interessa o tamanho do nosso arrependimento  o reconhecimento de que a nossa vontade é a de estar com Ele no dia definitivo. Por isso devemos confiar intensamente  nas palavras de Jesus, que são só de salvação.

Somos falíveis, erramos muito mas, se tivermos sempre a intenção de errar  menos, num processo de ficarmos cada vez melhores; certamente a  Grande Misericórdia  do Pai nos salvará.   "DEUS QUE CRIOU VOCÊ, SEM VOCÊ, NÃO PODE SALVAR VOCÊ SEM VOCÊ."
      
Propósito:
Pai, dá-me um coração misericordioso e humildade que me leve a compadecer-me do meu semelhante.

 2º Meditação: 

 O oficial romano, por ser pagão, era para os judeus " impuro", isto é, inaceitável. Um judeu observante não falava com um pagão e, muito menos, entrava na sua casa.
 Era o preconceito por ser considerado impuro. O oficial romano é também chamado "centurião", derivado de "cento", ou seja, chefe de um batalhão de cem soldados. Pela sua fé, elogiada por Jesus, o centurião se torna representante de todos os pagãos que vão crer em Jesus.
 Fica também entendido, neste fato do Evangelho, que as fronteiras do Reino de Deus vão muito além das fronteiras que criamos. A fronteira é a fé. Sem esta fé não se entra no Reino.
 A narrativa inspira a universalidade da missão. A presença do amor vivificante faz germinar a fé em qualquer povo ou nação, em qualquer época.

Neste Evangelho de Lucas, Jesus nos deixa claro que, o alcance da salvação é para todos, sem distinção. O Pai Eterno O enviou como o único salvador das suas criaturas, libertando a todos de todos os pecados  que os possam afastar do caminho da salvação.

A bondade de Deus é infinita, ela é mesmo para todos,  basta que procuremos colocar na nossa vida, os princípios  que Jesus trouxe como recado do Pai, mostrando-nos que a libertação é para todos que a querem.

O povo de hoje, está repetindo os mesmos comportamentos que afastaram de Deus o povo de Israel, que Ele escolhera, conforme nos conta o Antigo Testamento. Por isso, depois de tantas tentativas, Ele enviou seu Filho Jesus, como o último meio de Salvação.

A bondade de Deus é mesmo infinita. Basta que procuremos colocar na nossa vida os princípios que Ele nos deixou através de Jesus, como caminhos de libertação.

Neste mundo em que vivermos hoje, muito complicado e desorientado até; onde as pessoas vêm se deixando levar pelas influência do conforto, da riqueza, da vaidade e do orgulho, que as tornam insensíveis  às palavras de amor e salvação, deixadas por Jesus.

Hoje em dia, as pessoas buscam, com insistência e até desesperadamente, movidas  pelo desejo de TER e não pelo desejo de SER, só aquilo que lhes trazem  satisfações materiais.

Esquecem-se do Espírito, reservam-lhe sempre só o momento em que estão sufocadas pelas conseqüências de tais atitudes.

Aproveitando-se  desse fenômeno tão gritante das sociedades atuais, o Consumismo se instalou de tal maneira, movido através dos meios de comunicações, tão forte e tão convincente, para despertar em todos o desejo de compra irrefreável; o desejo de possuir, o desejo de TER.

Mesmo que esse comportamento os leve a situações caóticas, complicadas, pelos problemas que acabam  transformando as suas vidas num verdadeiro sufoco, pela não condições para liquidarem as contas decorrentes de tal atitude.

Daí, a insatisfação se instala  em cada lar, transformando-os em verdadeiras praças de guerra, de brigas e desamor; ficando  completamente longe de tudo, o que Deus quer para o seu povo amado. Colocam Deus  num plano inferior a tudo e... passam a sofrer diuturnamente com os resultados sempre negativos que vão surgindo.

Assim aconteceu com o Centurião que não reconhecia em Jesus o Messias, o Prometido, o Enviado pelo Pai, para a salvação do seu povo.

No momento de desespero ele encontra  a salvação do seu  criado, demonstrando o amor e a preocupação que tinha pelo mesmo e que, buscando Jesus para curá-lo, envergonhado, diz que não precisaria que Jesus fosse à sua casa, pois achava-se indigno de recebe-lo, mas que "dissesse apenas uma palavra" e o seu servo seria salvo.

Demonstrando  tamanha fé,  Jesus não deixa de atendê-lo, e dizendo até que :-“Nem no povo de Israel  vi homem com tamanha fé”.  

A misericórdia de Deus é infinita. Para Ele não importa o lugar a que chegamos ofendendo - O com os nossos comportamentos pecaminosos. Para Ele interessa o tamanho do nosso arrependimento  o reconhecimento de que a nossa vontade é a de estar com Ele no dia definitivo.
 Por isso devemos confiar intensamente  nas palavras de Jesus, que são só de salvação. Somos falíveis, erramos muito mas, se tivermos sempre a intenção de errar  menos, num processo de ficarmos cada vez melhores; certamente a  Grande Misericórdia  do Pai nos salvará.   "DEUS QUE CRIOU VOCÊ, SEM VOCÊ, NÃO PODE SALVAR VOCÊ SEM VOCÊ "

2º Reflexão Apostólica:

 A Palavra de Deus nos promete vida e santidade, portanto Ela já é o bastante para nos tranqüilizar de que seremos atendidos (as) nas nossas reivindicações, na medida da nossa fé.
 A nossa humildade é parâmetro para ajuizar a nossa fé e a nossa confiança nas promessas de Deus. O que mais chamou a atenção de Jesus foi a humildade do oficial romano quando, mesmo sendo alguém de renome, reconheceu-se indigno de receber a visita de Deus.
 Essa atitude do oficial tem para nós um significado de humildade e de fé. Quando nós reconhecemos a nossa limitação e a nossa dependência de Deus, nós também dispensamos os privilégios e as regalias.
 Quando nós confiamos absolutamente nas promessas do Senhor, e reconhecemos que só Ele é tudo, nós também nos achamos indignos, e mesmo assim, ousamos pedir e suplicar a sua misericórdia.

 Quando ainda não nos reconhecemos indignos, e, pelo contrário, ainda nos consideramos pessoas importantes, nós queremos ter Jesus só para nós.
 Necessitamos mostrar a todos que somos “seus conhecidos” e por isso, queremos os primeiros lugares, as orações especiais, os privilégios etc etc.
 Se não tivermos evidências e confirmações parece que a nossa fé não funciona. Que nós, de hoje em diante, tenhamos uma fé madura que creia, confie e dependa, simplesmente, da Palavra do Senhor.


 Se você fosse o oficial romano teria querido que Jesus fosse até a sua casa? O que você achou da atitude dele? Qual é a opinião que você tem de si próprio (a)? Quando você comunga você tem noção de que Jesus está visitando a sua casa? Você tem idéia da sua indignidade diante Dele? Você crê na Palavra de Deus?