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sábado, 31 de dezembro de 2016

EVANGELHO DO DIA 2 DE JANEIRO 2017 SEGUNDA FEIRA

02 JANEIRO 2017 - Quando, meu caro amigo, quando é que vamos começar de verdade? “In nomine Domini Nostri Jesu Christi”, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, agora mesmo. (L 24). São Jose Marello
EVANGELHO DO DIA
João 1,19-28
"Os líderes judeus enviaram de Jerusalém alguns sacerdotes e levitas para perguntarem a João quem ele era. João afirmou claramente: 
- Eu não sou o Messias. 
Eles tornaram a perguntar: 
- Então, quem é você? Você é Elias? 
- Não, eu não sou! - respondeu João. 
- Você é o Profeta que estamos esperando? 
- Não! - respondeu ele. 
Aí eles disseram a João: 
- Diga quem é você para podermos levar uma resposta aos que nos enviaram. O que é que você diz a respeito de você mesmo? 
João respondeu, citando o profeta Isaías: 
- "Eu sou aquele que grita assim no deserto: preparem o caminho para o Senhor passar." 
Os que foram enviados eram do grupo dos fariseus; eles perguntaram a João: 
- Se você não é o Messias, nem Elias, nem o Profeta que estamos esperando, por que é que você batiza? 
João respondeu: 
- Eu batizo com água, mas no meio de vocês está alguém que vocês não conhecem. Ele vem depois de mim, mas eu não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias dele. 
Isso aconteceu no povoado de Betânia, no lado leste do rio Jordão, onde João estava batizando. 
Saudação 
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai, 
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! 
Preparo-me para a Leitura, rezando: 
Jesus Mestre, que dissestes: 
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles", ficai conosco, aqui reunidos (pela grande rede da internet), 
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.

Meditação

João Batista, o precursor do Messias Jesus, nos ensina a dar testemunho de nossa fé cristã: não somos mais que uma voz que clama, no deserto deste mundo violento e injusto, que em Jesus Deus nos visitou definitivamente, para mostrar-nos seu amor, sua misericórdia e ternura, para desatar as cadeias de nossas opressões, para batizar-nos não com água, mas com o fogo de seu Espírito, que nos transformará em homens e mulheres de paz, justiça e solidariedade.

Também nos ensina o Batista que não devemos interpor-nos entre Jesus, o enviado, o filho de Deus, e tantas pessoas que querem conhecê-lo e segui-lo. Não podemos pregar a nós mesmos, pretender que acreditem em nós, em nossos particulares interesses e propósitos. Não podemos pretender impor nossa mensagem à força ou aproveitando-nos das necessidades dos pobres e dos pecadores que queiram recebê-lo, ou desprezando-os por sua condição.

O profeta do Jordão proclama que Jesus está no meio de nós sem que o conheçamos, sem que o tenhamos descoberto. Até o lugar onde João prega e batiza é significativo: a outra margem do Jordão, uma aldeia perdida que não é a Betânia próxima a Jerusalém, mas o deserto agreste e inóspito para onde vão buscá-lo os que esperam a Deus. É o que hoje denominamos “a periferia”, opondo-a aos centros do poder econômico, político e até mesmo religioso.

Os imensos e super povoados bairros de nossas grandes cidades, cheios de camponeses imigrantes, de pobres trabalhadores informais, sempre beirando a miséria absoluta. Ali estão os que de verdade esperam escutar a voz que clama no deserto.

Reflexão Apostólica:

Então, quem é você?

Mais um ano começa e quantas promessas foram feitas na virada de 31 para 1º de Janeiro! Pessoas foram às praias em suas devoções pessoais; muitos outros passaram em vigília em algum rincão do Brasil; outros tantos passaram a virada trabalhando e outros tantos vendo o show da virada… (Nossa! Ainda tem gente que assiste a esse programa!)

Em meio a uvas, romãs, passas, vestidos ou peças de roupa branca (ou coloridas desejando algo) muitos investiram sua fé no ano que começava, mas não tem como comentar… Por onde anda nossa fé? Quem sou eu?

Temos tanta vontade em sermos felizes que às vezes pomos nossa fé, no que acreditamos muito abaixo do que valem. Somos um povo católico cheio de superstições e crendices que não tem nada haver com que acreditamos. Mais uma vez: Então, quem é você?

Rezamos terços e rosários, mas acreditamos em espelhos quebrados. Vamos à missa, grupos de oração, mas ainda não nos livramos de ler horóscopos, elefantes nas portas, figas, pés de coelhos… Colocamos terços nos retrovisores, terço esse que nunca rezei ou aprendi a rezar.

João Batista era fidelíssimo ao plano de Deus e por Jesus vou exaltado como homem nenhum foi e nós: a quantas anda nossa fidelidade?

O engraçado é que se seguíssemos a lógica humana, ao ver que nossa fé ATIRA PRA TODO LADO, nós não poderíamos nem ver as sandálias, imagine atá-las? Mas parece que Deus não segue nossa lógica. Sim! Ele premia a fidelidade, mas diferente de nós, Ele sabe esperar… 
Jesus pouco demonstrou atração pela crença ou pelas vestes repletas das leis dos fariseus e doutores da lei e tão pouco realizou milagres, pois as pessoas eram pobres ou sem acesso as coisas, mas seu olhar e sua palavra que penetravam o fundo da alma de cada um, era às vezes surpreendidos por pessoas que por mais que errassem, conservavam dentro de si valores e uma grande fé. Aqui estava a diferença: ele não olhava ricos ou pobres e sim o coração de cada um.

Quem esta a frente de um serviço da igreja, seja ele sacerdote, ministro, pregador, servo, catequista, (…) deve ter esse exemplo de plena humildade de João Batista e saber que na verdade quem conhece bem nosso coração é Deus. Ele conhece nossa fé, nossos propósitos, valores e sentimentos que cultivamos e se mesmo falhos ainda conseguimos senti-LO e realizar suas obras, imagine se pudéssemos desatar as sandálias?

Abandonemos as crendices e superstições… Sejamos homens e mulheres de fé! Pessoas simples, mas fervorosos.

Feliz 2017!
   
Propósito: Como João Batista, ser testemunha daquele de quem "não sou digno de desatar as correias das sandálias

EVANGELHO DO DIA 01 DE JANEIRO 2017 - OITAVA DE NATAL - DOMINGO

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
Maria recebeu missão de Deus e acatou pra si, concebeu através de obra do Espírito Santo. A Anunciação foi feita a 25 de março, carregou em seu seio o Filho Unigênito de Deus. Deus se fez carne por meio de Maria, Ele é o ponto de união entre o céu e a Terra. Sem Marina, o evangelho seria apenas ideologia, mas é plenitude.  Contemplar esse mistério, significa exercer em nós a confiança na Misericórdia de Deus, aceitarmos seu auxílio, abandonarmos as vaidades e seguirmos a vida de Jesus, para sermos, enfim, conduzidos à Vida Eterna.  Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.” (Lc1,42).O fruto no ventre de Maria é Jesus, quem aceita Jesus, aceita a boa árvore que é a Santíssima. Quem aceita um, aceita o outro. Jesus nasceu em Belém, nos últimos anos do reinado de Herodes, o Grande. O Anjo Gabriel aparece a Maria na cidade de Nazaré, virgem e noiva de José, e anuncia que ela viria a conceber do Espírito Santo e que daria ao seu filho o nome de Jesus. Dia 01/01 é também Dia Universal da Paz, ninguém poderia, mais do que Ela, ser símbolo da paz, amor e solidariedade.

01 janeiro 2017 - SOLENIDADE DE MARIA, SANTA MÃE DE DEUS.

Com grande sabedoria, São Gregório de Nazianzo afirmou que, quem não reconhece Maria como verdadeira Mãe de Deus, não crê na Divindade, é ateu. Prostrados aos vossos pés santíssimos, ó Maria, vos proclamamos como verdadeira Mãe de Deus e, de hoje em diante, vos escolhemos como nossa Mãe celestial! (S 32). São Jose Marello
EVANGELHO DO DIA
Lucas 2,16-21

"Eles foram depressa, e encontraram Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura. Então contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele. Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados. Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas. Então os pastores voltaram para os campos, cantando hinos de louvor a Deus pelo que tinham ouvido e visto. E tudo tinha acontecido como o anjo havia falado. Uma semana depois, quando chegou o dia de circuncidar o menino, puseram nele o nome de Jesus. Pois o anjo tinha dado esse nome ao menino antes de ele nascer."
Meditação:

O ano litúrgico tem início com o tempo do Advento, a partir de fins de novembro, em preparação do Natal, antecipando-se ao ano civil que é aberto, hoje, 1o de janeiro, oitava do Natal, com a comemoração de Maria, Mãe de Deus. O ano não podia começar melhor.
Sei que alguns irmãos evangélicos também lêem a Escuta da Palavra e Meditação e, de forma, alguma essas primeiras linhas são idólatras, mas de pleno reconhecimento àquela que nos ensinou através da fé silenciosa e meditada em seu coração.

A festa de Santa Maria, Mãe de Deus, está colocada no calendário litúrgico imediatamente depois do Natal. Desta forma não corremos o risco de isolar a Maria, diminuindo sua importante missão em relação a Cristo seu Filho e com a Igreja.

As celebrações natalinas têm sido a ocasião para contemplar a proximidade e a ternura de Deus que partilha nossa condição humana e nosso caminho no tempo.

Em meio a este mistério, Maria é como o paradigma da Humanidade que se abre ao dom de Deus, a encarnação do ideal dos pobres de Javé, o modelo do discípulo “que escuta a palavra de Deus e a põe em prática”. O novo ano se abre sob o sinal da bênção divina (Nm 6,22-27) e sob o olhar amoroso da mãe de Cristo, "...nascido de mulher..." (Gl 4,4-70).

O Evangelho de hoje, constitui a parte final da narração do nascimento de Jesus no capítulo 2o. de Lucas. Depois que receberam o anúncio do anjo, os pastores se dirigiram “às pressas” (verbo: speudô) a Belém (v.16), demonstrando assim sua docilidade aos caminhos de Deus, da mesma forma como Maria havia feito antes, dirigindo-se “com pressa” (substantivo spoudé) à casa de Isabel (Lc 1,39).

Tanto a Virgem como os pastores obedecem com urgência e prontidão ao projeto divino que se realiza “hoje”, e diante do qual não é admissível nenhum atraso ou descuido. É a atitude do cristão que vive aberto aos caminhos do Senhor e é dócil às suas inspirações.

O que foi anunciado pelo anjo corresponde exatamente à realidade dos fatos (vv.15-17): os pastores “encontraram Maria, José e o Menino reclinado no presépio” (v.17). Então aqueles que antes foram destinatários da boa notícia (Lc 2,10, verbo: euaggelizomai), se transformam agora em anunciadores da mesma, e começam “a contar o que o anjo lhes havia dito deste menino” (2,17).

E todos os que escutavam os pastores, ficavam admirados” (v. 18). O povo se admira (grego: thaumazein). É a reação normal de quem experimenta a ação de Deus, como Zacarias (Lc 1,21), Maria e José (Lc 2,23), os habitantes de Nazaré (4,22; cf. 9,43; 11,14.38; 20,26; 24,12.41).

Destaca-se, no entanto, a atitude de Maria: “Maria por sua parte conservava todas essas coisas e as meditava em seu coração” (v. 19).

O verbo grego traduzido como “conservar” é syntêreô, que quer dizer literalmente: “custodiar algo precioso”, “cuidar com esmero de algo valioso”.

O outro verbo traduzido como “meditar” é o verbo grego symballô, que quer dizer literalmente: “pôr duas coisas juntas”, “unir realidades que estão separadas”, “confrontar”. Supõe uma atividade mental e uma atitude do espírito que cria síntese, que tenta encontrar uma lógica em meio de coisas ou situações aparentemente sem nexo. O verbo grego está no tempo imperfeito, o que indica uma ação repetida, contínua.

Lucas, portanto, descreve Maria como alguém que vive à escuta do Mistério e que, com profunda atitude contemplativa, lê continuamente os acontecimentos para descobrir seu sentido mais profundo. Maria é, aqui, verdadeira intérprete, hermeneuta, dos fatos acontecidos.

O evangelista faz notar com isto que a Virgem não havia entendido tudo desde o início e que somente, pouco a pouco, com o transcorrer do tempo e atenta aos fatos, vai compreendendo a lógica intrínseca dos acontecimentos e seu sentido.

Maria recorda tudo o que aconteceu em sua vida da parte de Deus e vai descobrindo os caminhos do Senhor e sua vontade pondo em relação uns fatos com outros. Esta atitude profundamente contemplativa se realiza “no coração”, sede do discernimento, do exercício intelectual, e, sobretudo da fé aberta aos desígnios de Deus. O texto conclui com a glorificação e louvor dos pastores que puderam experimentar o que Deus lhes anunciou (v. 20).

A figura de Maria, intérprete dos fatos históricos e contemplativa diante das ações de Deus, é modelo para todo crente, chamado a descobrir o mistério e a presença do Deus da vida no cotidiano e no ordinário de cada dia.

Maria, a mãe de Jesus, é mestra de vida interior, de oração e de escuta da Palavra. Ela acolheu a palavra de Deus em sua vida, deixou-a ressoar dentro de si, desde a primeira palavra do anjo até as últimas palavras de Jesus na cruz. Maria soube encontrar momentos de silêncio para adorar e meditar.

Por que Deus escolheu aquela pobre mulher de Nazaré, para concretizar seu plano de amor em relação à humanidade? Nem mesmo Maria deve ter sabido dar uma resposta definitiva a esta questão. Por isso, ela guardava, no coração, todas as palavras dos pastores, tentando discernir o sentido e as exigências da presença de Deus em sua vida.

O filho de Maria é o Filho de Deus! Este menino, nascido no ventre de Maria, é participante da vida divina e eterna, comunicada aos homens e mulheres.

A presença de Jesus entre nós significa a presença da Paz no mundo. "O senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz" (Nm 4,4-7). A Paz de Jesus é concedida a todos os povos e raças, sem exclusões, privilégios, ou eleições.

É a paz interior que nos liberta da imagem de um deus opressor e acusador, animando-nos a tomar iniciativas na prática do amor e da justiça.

É a paz exterior, a paz nos relacionamentos humanos, abolindo a ansiedade da riqueza e do poder e estabelecendo novos comportamentos de convívio, na misericórdia, na fraternidade, na solidariedade e na partilha.

É a Paz da qual se excluem aqueles que, movidos pela ambição e pelo amor ao dinheiro, fazem a guerra, tornando-se loucos.

Um ano novo é um convite a nos tornarmos homens e mulheres novos pela nossa adesão ao projeto de Deus de restaurar e santificar a vida, instaurando a paz na terra, a ser tecida no dia a dia, ao longo dos dias.

Reflexão Apostólica:
 

Ano novo, vida nova! É o que grita o povo pelas ruas, praças e varandas. A alegria no novo ano que surge faz esquecer as dificuldades e penúrias do ano que termina.

A esperança inflama os corações e todos têm a sensação de que neste novo ano tudo será possível. É um novo tempo, um tempo especial que, entretanto, tem já a marca da decadência e do esquecimento.

A meditação nos convida a refletir precisamente sobre o tempo. Mas não sobre o tempo que marca o diário declive de nossa existência, mas sobre o tempo que nos abre as portas para o encontro com Deus.

O tempo não é, como costumamos pensar, um amontoado de datas num calendário, mas um presente, uma oferta da parte de Deus para a humanidade: um tempo de graça.

O Deus da vida sai constantemente ao nosso encontro e nos oferece a oportunidade de ver o mundo com novos olhos, com os olhos de quem sabe que, ao final, a justiça vencerá.

Entretanto, essa vitória não está indefinidamente proposta, como às vezes nos resignamos a crer. É uma vitória que irrompeu da mão de um ser humano, enviado de Deus: Jesus de Nazaré. Ele encarna a possibilidade da plena realização humana. 

Jesus leva ao máximo nossas possibilidades existenciais: primeiramente apontando nossas deficiências, mas, ao mesmo tempo, nos acompanhando no caminho que nos abre a porta do Reino de Deus.

Em Jesus, somos  livres para abrir nossa existência à graça divina. Nisto consiste o novo tempo: Jesus de Nazaré acaba com nossas limitações e nos dá a dignidade necessária para caminhar de cabeça erguida em busca de um novo tempo para a humanidade. Ele inaugura o tempo em que Deus realiza suas promessas entre aqueles que aceitam que a vida é algo mais que uma interminável batalha pela sobrevivência.

Assim nasceu uma grande esperança que não se extingue com o fim de nossa existência, mas se renova e floresce para cada geração que tenta converter nossa história de violência e morte numa história de graça e redenção.

Uma esperança que nasce na experiência cotidiana, cozida no fogo da paciência e temperada com o amor de cada dia. Uma esperança que é nossa e nos ilumina a cada dia, de modo que a discreta alegria que alimenta nossos corações no início de um novo ano, contém já o germe de uma alegria imensa pela irrupção de um novo tempo.

A festa do Ano Novo é uma boa oportunidade para celebrar com grande júbilo a esperança, mas também para avaliar conscientemente a experiência do ano anterior, de modo que a felicidade de um dia não provenha somente do costumeiro alvoroço das festas de fim de ano, mas de uma sábia disposição perante o ano que chega.

Cada novo dia se nos abre como um ramalhete de possibilidades no qual podemos escolher com sabedoria os caminhos que nos conduzem para uma plena realização humana no serviço aos nossos irmãos.

A festa deve nos ajudar a cultivar uma atitude sóbria e esperançosa perante as novidades que cada época da vida nos oferece.

Esse ano ainda teremos carnaval, quaresma, semana santa, páscoa, XI Encontro Internacional das ENS, eleições, (…); alegrias, tristezas, esperanças, mudanças, conversões, decepções… Nem um dia é igual ao seguinte e por isso, devemos começar o ano, rezando ave-marias.

Por favor, não confundamos devoção com sincretismo! Esse dia de paz e oração não deveria ser trocado por “pulinhos” em tantas ondas; por preocupações assoberbadas com lingeries rosa, vermelha, branca (sei lá). O católico tem seu jeito próprio de agradecer a Deus pelo ano que começa, esteja ele na praia ou na Igreja.
É, portanto, imprescindível o respeito a diversidade cultural e religiosa, mas como diz o refrão daquele funk carioca “cada um no seu quadrado” quanto aos seus ritos e costumes.

E o que pedir para hoje? “(…) O Senhor disse a Moisés: ‘Dize a Aarão e seus filhos o seguinte: eis como abençoares os filhos de Israel: O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz! E assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei’.” (Números 6, 22-27)

Propósito: Em que coisas concretas você poderia se comprometer neste ano para me converter em instrumento de “bênção” para outras pessoas?

- Fazer um retiro pessoal (ou ao menos um tempo), com um exame de sua vida do ano que passou.
- Participar em alguma celebração penitencial comunitária, pedir perdão de meus pecados e reconciliar-me com Deus e com os irmãos.
- Fazer um plano de vida ao começar este ano (“ano novo, vida nova”).
- Continuar vivendo com o espírito do natal nos diversos ambientes: família,  Equipe, trabalho, lugar de compromisso...
A BENÇÃO DO OLHAR PARA TRÁZ
Para se viver a vida temos que sempre olhar para a frente, mas para entender a vida temos que olhar para tráz.  

Aqui estamos nós no novo ano! Gostaria de lhe sugerir neste primeiro dia do ano que a melhor maneira de se projetar no futuro é o de encher a sua mente com as memórias positivas do passado.

Faça uma pausa ainda que por apenas alguns instantes e reflita naquilo que de melhor lhe sucedeu nos últimos doze meses. Eis aqui algumas perguntas a título de sugestão:

* Se você pudesse reviver um dia do ano que passou, qual seria esse dia?




* Qual foi a experiência mais gratificante que experimentei nos últimos 365 dias?

* O que foi que mais me fez sorrir no ano passado?

* Espiritualmente, qual foi a melhor coisa que aconteceu a mim?




* Qual foi o livro mais importante que eu li?

* Em minhas viagens, qual foi a jornada que mais me marcou?

* Qual foi a conversação da qual me lembrarei por muito tempo?

* Qual amizade foi a mais importante?

* Qual foi a mudança que experimentei a qual terá um positivo impacto no meu futuro?



Essas perguntas – não tenho dúvida – merecem respostas. Por que? Porque quando focalizamos naquilo que é bom, no melhor, nós nos preparamos para um amanhã ainda mais promissor. 

Feliz Ano Novo!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

EVANGELHO DO DIA 31 DE DEZEMBRO SÁBADO

31 - Desejo a todos vocês uma coroa resplandecente de pérolas preciosas, trabalhadas aqui na terra no crisol do sofrimento e da provação. E faço votos que ninguém falte ao encontro feliz onde todos nos encontraremos aos pés do Altíssimo para cantar o hino de louvor eterno e de eterna gratidão. (S 359). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São João 1,1-18

"No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela. A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la. 
Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas. 
A Palavra estava no mundo, e por meio dela Deus fez o mundo, mas o mundo não a conheceu. Aquele que é a Palavra veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu. Porém alguns creram nele e o receberam, e a estes ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Eles não se tornaram filhos de Deus pelos meios naturais, isto é, não nasceram como nascem os filhos de um pai humano; o próprio Deus é quem foi o Pai deles. 
A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai. 
João disse o seguinte a respeito de Jesus: 
- Este é aquele de quem eu disse: "Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia." 
Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor, com bênçãos e mais bênçãos. A lei foi dada por meio de Moisés, mas o amor e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus." 

Meditação:

Pouco a pouco, a comunidade cristã foi compreendendo a verdadeira identidade de Jesus. Até então, na história da salvação, ninguém havia se apresentado como Messias Filho de Deus. 

A encarnação do Verbo, em Jesus, é a semente do mundo novo possível. Como a luz que inunda as trevas, as comunidades vivas da Igreja, solidárias com todos que têm fome e sede de justiça entre todos os povos do mundo, já se empenham em construir um projeto mundial de libertação, promoção da vida e conquista da paz verdadeira. 

Na 1a. leitura (1Jo 2,18-21), são João nos diz algo muito sério: “
este é o momento final”. Não porque o mundo vai acabar, mas porque Jesus Cristo inaugurou com seu nascimento, sua vida e sua morte, e especialmente com sua ressurreição, a etapa definitiva da história humana, quando Deus a fará chegar à sua plenitude segundo nos comprometamos com sua Palavra: para nossa plena felicidade e realização se a acolhemos e vivemos, ou para nossa perdição se nos rebelamos contra ela, como nos propõem tantos anticristos que hoje pululam pelo mundo.

São os anticristos da cobiça que fazem com que a imensa maioria dos seres humanos viva ainda na miséria, enquanto uns poucos acumulam e esbanjam. Os anticristos fazem da guerra e da violência um lucrativo negócio, convertem o mundo num mercado onde tudo, até as coisas mais nobres, têm um preço em dinheiro.

O apóstolo nos previne contra eles, assegurando-nos que nada devemos temer, pois possuímos a verdadeira e única riqueza: o Espírito Santo de Deus com o qual fomos ungidos no dia de nosso batismo. 

Estas horas finais do ano civil nos levam a pensar em nossa responsabilidade de cristãos, para seguir anunciando ao mundo o Evangelho, testemunhando-o com nossa vida solidária, sem deixar-nos levar por essa espécie de loucura que atinge a tantos, simplesmente porque mudam os números do calendário: eles não caem na conta de que a vida nos foi dada não para esbanjá-la no egoísmo, mas para frutificá-la no amor.

Dessa forma, a passagem do tempo não tem para nós nenhum significado negativo; é simplesmente o caminho que nos conduz à plenitude de Deus, à felicidade de estar todos juntos reunidos na casa do Pai. 

Hoje, meditamos o começo do evangelho de João, o chamado “prólogo”. Com palavras solenes e bonitas nos diz que a Palavra de Deus, seu verbo, seu “
logos”, acampou em nosso mundo para iluminá-lo com sua poderosa luz. A Palavra divina se fez carne humana em Jesus Cristo, pondo em nossa história um princípio de esperança.

Nós, os cristãos, sabemos que nem a morte, nem a velhice, nem a dor, nem a enfermidade, nem a guerra, nem a fome, nem qualquer mal que possamos padecer poderá nos afastar do amor de Deus. Nossa "sorte" está assegurada se recebemos a Cristo em nossa vida, em nosso lar, em nosso coração.

Somos nós, os cristãos, os responsáveis de fazer com que esta mensagem tão alegre se faça realidade no mundo. Que estas palavras deixem de ser meras palavras para se tornar realidades de convivência fraterna, de paz e de serviço, especialmente a favor dos pequenos, dos pobres e dos humildes.

O tempo que passa e que contamos por anos segundo o ritmo da terra ao redor do sol, é nossa oportunidade de tornar Deus presente neste mundo, como fez Jesus Cristo ao nascer e viver no meio de nós.

É certo que “a Deus ninguém jamais viu”, mas Jesus no-lo deu a conhecer e nós, os cristãos, devemos dá-lo a conhecer ao mundo, não tanto com palavras, mas com atitudes e compromissos que correspondam à nossa fé. 

Na verdade, os reis de Israel eram considerados filhos de Deus. Entretanto, jamais alguém havia manifestado tal proximidade com Deus, no falar e no agir, como acontecia com Jesus.
 

Ninguém havia chamado Deus de Pai, servindo-se de um termo familiar, Abba, usado pelas crianças para se referirem a seus genitores. Ninguém se apresentara com o poder de perdoar pecados, restituir a vida aos mortos e enfermos, libertar as pessoas da opressão do demônio. Ninguém, como Jesus, mostrava-se livre diante da Lei e das tradições religiosas.
 

Na raiz da ação de Jesus, estava sua condição divina. Esta conferia-lhe a liberdade para não se submeter ao legalismo religioso da época, muitas vezes incapaz de levar as pessoas a uma real experiência de Deus; levava-o a desbaratar as forças do anti-Reino, por cuja ação os indivíduos se tornavam cativos do mal e do pecado; dava-lhe um coração misericordioso, como o de Deus, para amar os pecadores e abrir-lhes os caminhos da salvação; tornava-o sensível e solícito aos sofrimentos da humanidade.
 

Nestas ações humanas de Jesus, resplandecia sua glória de Filho de Deus.
Reflexão Apostólica: 

Hoje acaba um ano e é preciso agradecer a Deus pela vida que segue sendo possível, apesar das múltiplas adversidades. Que seja a benção de Deus a que culmine hoje e sempre em nosso ser, nossas famílias e comunidades. Feito o balanço de fim de ano, sejamos capazes de ver a mão de Deus em nossa história.

No evangelho de João, encontramos hoje uma clara referência à origem de Jesus, a origem de tudo quanto existe. A palavra criadora de Deus, a que existiu sempre, é a fonte inesgotável da vida, dele tudo provém. Deus quer uma humanidade fundada no projeto de amor, de justiça e de solidariedade.

Hoje confirma-se o fracasso das estruturas capitalistas que pareciam ter a fórmula para o progresso humano. Esse modelo de interesses obscuros fracassou, mas não a esperança dos pobres; por isso, a nova humanidade deve orientar sua esperança para Jesus e seu projeto de justiça, de igualdade, de amor e de perdão.

É o último dia do ano, quando muitos se entregam a frenéticas festas sem sentido, entorpecendo-se de ruídos, luzes fátuas e vãs celebrações.

Nós proclamamos serenamente que Deus é Senhor da história, que nos criou para repartir conosco a felicidade e desfrutar seu amor perfeito, e que nos sentimos comprometidos a seguir dando testemunho dele ante os seres humanos, todos os dias que Ele nos quiser dar, ao longo deste novo ano cujo amanhecer nos é dado ver.

Aspiremos que o mundo conheça dias de paz e de prosperidade compartida para todos. Isso esperamos, isso pedimos humildemente ao Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e isso queremos oferecer ao mundo com nossa vida comprometida.

Propósito:
Pai, em teu Filho Jesus tu te fazes presente no meio de nós. Que eu saiba reconhecer-te e acolher-te na fragilidade humana do Verbo encarnado. Senhor Jesus, que eu veja tua glória de Filho de Deus resplandecer em teus gestos misericordiosos em favor da humanidade.



Queridas irmãs e queridos irmãos usuários do EVANGELHO DO DIA.

SHALOM
No limiar do novo ano, em que brilha a luz da aurora de um mundo novo: a luz da vida divina, que se comunica a homens e mulheres no amor e na misericórdia e que dissipa as trevas dos poderosos, desejamos, a todos vocês, um feliz Ano Novo, pleno das bênçãos do Senhor.
 

Que a Palavra de Deus continue sendo o alimento diário de nossa espiritualidade pessoal, conjugal, familiar e comunitária e o presente amoroso que todos os dias lhes oferecemos por meio deste serviço.
 

FELIZ 2017 para vocês e para todos aqueles que, por seu intermédio, também são destinatários deste importante Meio de Aperfeiçoamento.

Evangelho do dia 30 de dezembro sexta feira

30 dezembro - Associemos ao abundante, precioso e real derramamento de sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo o pobre derramamento místico do nosso sangue que jorra do coração nas horas de sofrimento; e este, que é pobre, insignificante e miserável, se tornará rico, abundante e precioso aos olhos de Deus. (S 230).
Mateus 2,13-15.19-23
13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.
14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.
15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.
19Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.
21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. 22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.

Meditação: 

No meio do tempo de Natal a Igreja fixa nossa atenção numa realidade muito humana da vida de Jesus: como todo ser humano, Ele contou com uma família que o criou... Teve um pai e uma mãe humanos, um ambiente vital no qual foi se desenvolvendo até chegar a ser adulto, que o modelou e preparou para realizar sua missão.

É característico de Mateus elaborar suas narrativas teológicas como sendo atualizações de antigas narrativas do Primeiro Testamento. Neste texto, sobre a ameaça de Herodes ao menino e a fuga de José, com o menino e a mãe, para o Egito, pode-se ver uma alusão à história de José do Egito. José, o sonhador, um dos doze filhos de Jacó (Ex 37,5-11.19), ameaçado de morte pelos irmãos, encontra refúgio no Egito. Depois, os descendentes de Jacó no Egito são conduzidos de volta para Canaã (Palestina) por Moisés.
Na narrativa de Mateus, José, como José do Egito, também tem sonhos reveladores. Advertido em sonho por um anjo, diante da ameaça de morte para o menino Jesus, José também busca refúgio no Egito. Mateus, então, afirma o cumprimento da escritura na volta de José, do menino e da mãe: “Do Egito chamei meu filho” (Os 11,1).
De volta à Judéia, José é novamente advertido em sonho sobre o cruel Arquelau, indo buscar refúgio no norte da Palestina, na Galiléia, em Nazaré. Jesus, um novo Moisés na visão de Mateus, ficou conhecido como “o nazareno”.
Na família e nas comunidades de discípulos, apesar de todas as tribulações, deve vigorar sempre a harmonia, na estima, no respeito e na gratidão mútuos. Jesus testemunhou um amor vivido na família aberto e transbordante para com todos os demais carentes da sociedade e do mundo.

Deixemos entrar no nosso coração a Palavra de Deus que hoje nos ajuda a construir a paz e a harmonia familiar. Deus quis ter na terra uma família. Ele quer que as famílias da terra sejam um oásis de felicidade e bem estar. Por isso, deixemo-nos mover pela força espiritual da sua palavra. Meditemos em algumas frases que acabamos de escutar:
– Quem honra! Seu pai terá uma longa vida. – Quem obedece ao Senhor dará descanso à sua mãe. - Filho, ampara teu pai na velhice e não o desgostes!
Para sermos capazes de amar e ajudar os membros da nossa família, São Paulo pede-nos:
– Revesti-vos de sentimentos de misericórdia, compaixão, bondade, mansidão e paciência! – Perdoai-vos mutuamente. – Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição! – Reine em vós a paz de Cristo. – Cheios de gratidão cantai a Deus hinos e salmos de louvor! – Filhos, obedecei a vossos pais! – Pais, não exaspereis os vossos filhos!
A festa de hoje recorda-nos que Deus, ao enviar seu Filho ao mundo, quis que Jesus se inserisse na comunidade humana de forma natural. Como todos nós, Jesus teve uma pátria, uma cidade, uma família.

Uma mãe que o trouxe em seu seio, envolveu-o em panos, acariciou-o em seu colo. Um pai que o protegeu com toda a solicitude, trabalhou para sustentá-lo com o pão de cada dia.
Esta família tão simples, tão pobre, tão humilde, exteriormente em nada se distingue das outras famílias israelitas. Cumprem a vontade de Deus, observando o que estava determinado na Lei de Moisés: “Quarenta dias após a o nascimento de Jesus, Maria e José foram ao Templo de Jerusalém para O oferecerem ao Senhor. Ofereceram um par de rolas ou duas pombinhas, como todas as famílias pobres”.
Deus ama quem dá com alegria, quem faz a sua vontade. Que alegria para São José e para Maria as palavras pronunciadas por Simeão: “Este Menino é a salvação para todos os povos!”

Que alegria para São José e para Maria o testemunho da profetiza Ana, que também estava presente e louvou a Deus, falando deste Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Um homem e uma mulher, unidos em matrimônio, formam com os filhos uma família. Deus instituiu a família e dotou-a da sua constituição fundamental. O matrimônio e a família são ordenados ao bem dos esposos e à procriação e educação dos filhos.
A família torna-se Igreja doméstica, porque ela é uma comunidade de fé, de esperança. A família cristã manifesta e realiza a natureza de comunhão como família de Deus. Cada membro, a seu modo, exerce o sacerdócio batismal, contribuindo para fazer dela uma comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e cristãs, lugar de primeiro anúncio da fé aos filhos.

Em relação aos pais, os filhos devem respeito, reconhecimento, docilidade e obediência, contribuindo assim, também com boas relações entre irmãos e irmãs, para o crescimento da harmonia e da santidade de toda a vida familiar. Se os pais se encontrarem em situação de indigência, de doença, de solidão ou de velhice, os filhos adultos devem ajudar-lhes moral e material.
Os pais, participantes da paternidade divina, são os primeiros responsáveis da educação dos filhos e os primeiros anunciadores da fé. Têm o dever de amar e respeitar os filhos como pessoas e filhos de Deus e dentro do possível, de prover às suas necessidades materiais e espirituais… ajudando-os com prudentes conselhos na escolha da profissão e do estado de vida. Em particular, têm a missão de educá-los na fé cristã. Com o exemplo, a oração, a catequese familiar e a participação na vida eclesial.
Em comunhão com todas as famílias e com todos os crentes, cantemos a nossa gratidão utilizando o salmo 127 da missa de hoje: ditosos os que temem o Senhor! Ditosos os que seguem os seus caminhos!

Hoje, celebramos a festa da Sagrada Família. O Filho de Deus prepara-se para cumprir a sua missão redentora, vivendo de maneira laboriosa e escondida na santa casa de Nazaré. Desta forma, Ele, unido a todos os homens mediante a encarnação (Gaudium et spes, 22), santificou a família humana.

A Sagrada Família, que teve de superar muitas provas dolorosas, vele sobre todas as famílias do mundo. Ela continua sendo o modelo de vida familiar, principalmente sobre aquelas que vivem em situações difíceis.
Que ela ajude os homens de cultura e os responsáveis políticos para que defendam a instituição familiar fundada no matrimônio e a apoiem ao enfrentarem aos graves desafios do tempo presente.
Que a partir de Nazaré possamos olhar, escutar, meditar e contemplar o significado profundo da manifestação do Filho de Deus em nosso meio, na força frágil de uma criança como Jesus.

Reflexão Apostólica:

Um bebê é um ser muito frágil e sem força. Não pode se defender. Para sobreviver, depende totalmente do cuidado e da ajuda dos pais. Muitas crianças têm sido vítimas da própria incapacidade de se defender. Umas não chegam nem a nascer, são abortadas; outras, são jogadas em rios, são maltratadas, são vendidas. Também Jesus depois de ter nascido num lugar tão desconfortável e sujo, correu risco de vida.

No Evangelho de hoje, meditamos o drama do exílio e da imigração que teve de experimentar a Sagrada Família para escapar da matança cruel que Herodes tinha ordenado a fim de matar Jesus, a quem considerava um grande rival apesar de sua pouca idade. Tal drama nos mostra que o texto em questão quer mostrar justamente que ameaçado Jesus, fica ameaçada também toda a sua obra de salvação. Mas, Deus o protege.

José recebe de Deus a responsabilidade de marido e pai, de tomar o menino e sua mãe e fugir para salvar-lhes a vida e assim o faz. Ele foge para o Egito (África).

Desta forma, José se apresenta como o homem responsável para com a sua família e cuida dela totalmente, desempenhando o papel de protetor, exemplo para tantos pais que já não se preocupam com os seus filhos.

De igual modo, José também obedece a Deus quando deve retornar às suas origens. Depois da morte de Herodes, volta para Israel, sinal evidente de que o seu esforço é para deixar crescer o filho na terra onde nasceu.

Ele não se deixa levar pelos seus próprios interesses, mas enfrenta todas as situações pelo bem do seu filho. Até sob este ponto de vista, José é exemplo para todos aqueles pais que ao invés de defender as próprias origens, sobretudo no campo da fé, freqüentemente trocam Deus por outras coisas e outros lugares, influenciando negativamente os seus filhos.

Com José, temos a reafirmação da cultura das próprias origens que ninguém deveria esquecer. Jesus teve de ir ao Egito, porque de lá saiu o povo liberto. Também ele deveria sair do Egito e entrar na Terra prometida, aqui representada por Nazaré, o que pode ser uma alusão a Isaias 11,1, onde é anunciado um rebento do tronco de Jessé como Príncipe da Paz (nezer). Já o fato de Maria nunca ser chamada pelo nome neste texto, mas sempre por mãe, enfatiza sua função materna da qual Jesus dependeu para crescer.

Pois bem! Como a família atual se afastou desta concepção de família que acabamos de tratar! Os pais e as mães estão sempre mais ocupados, estressados, maltratados, esquecidos, e até mesmo humilhados pelos próprios filhos, o que causa um dano enorme à família, pois se há falta de amor dentro dela, como podemos experimentá-lo em outro lugar?

É uma verdadeira lição o que lemos hoje na I leitura. O autor do Eclesiástico lembra o mandamento da lei mosaica que pede claramente para honrar o pai e a mãe e ainda esclarece que para isso é necessário que também os pais honrem os filhos.

Hoje, a família caminha insensivelmente para a autodestruição, principalmente quando se confunde maternidade e paternidade graças ao egocentrismo.

O estilo de uma vida familiar com princípios cristãos se encontra expresso na carta de Paulo aos colossenses (II leitura). É preciso levar uma vida virtuosa em família para salvá-la da sua destruição ou implosão. Os vários sentimentos que Paulo acena na leitura deveriam ser patrimônio de todos os membros de todas as famílias cristãs.

Infelizmente, sabemos muito bem que não é assim, sobretudo hoje. Daí, a necessidade de reforçarmos as experiências positivas da vida familiar em prol da educação dos nossos filhos para combater o mau exemplo sempre mais forte das “falsas” famílias que são propostas na mídia, especialmente nas novelas com sua degradação geral.

Estas sempre fazem mais ou menos sucesso de acordo com o maior ou menor número de traições, abandonos, separações, divórcios, filhos ilegítimos, e tantos outros atentados à vida familiar.

Jesus, José e Maria nos indicam a estrada melhor para revitalizar às nossas famílias frágeis. Só o amor que vem de Deus é capaz de salvar a família.

Propósito:

Senhor Jesus, que quiseste começar tua vida como todo ser humano, no seio de uma família, necessitado do calor, do alimento e do apoio dos mais próximos para aprender a caminhar... Dá-nos a graça de apreciar as virtudes domésticas e o valor da autenticidade garantido pelo compromisso no dia a dia, humilde e oculto.