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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Evangelho do dia 01 de outubro - 26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

01 outubro  - Reze, reze muito. Estes dias são de recolhimento: preparemo-nos em silêncio, esperando o sinal de Deus. (L 25). São Jose Marello
Mateus 21,28-32 ( Mt 21, 23-27)

""Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: 'Filho, vai trabalhar hoje na vinha!' O filho respondeu: 'Não quero'. Mas depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu:' Sim, senhor, eu vou'. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?" Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: "O primeiro." Então Jesus lhes disse: "Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele. " 

Meditação:

As parábolas são uma forma literária à qual se recorre para tornar compreensível uma realidade que se deseja revelar. Nos evangelhos encontramos quarenta e quatro parábolas.

Dentre elas, temos várias que são encontradas nos três evangelhos sinóticos. Outras são próprias de um ou de outro evangelista. Assim temos duas parábolas que são exclusivas de Marcos, nove exclusivas de Mateus, dezoito exclusivas de Lucas, e duas exclusivas de João.

A parábola dos dois filhos só se encontra no Evangelho de Mateus. Esse dado é importante, pois o evangelista tirou lá do fundo do baú (13,52) coisas antigas, mas também coisas “novas”, a fim de dar ao seu escrito uma dimensão especial.

As parábolas exclusivas de Mateus são as coisas novas que ele reservou para o momento certo, querendo com isso sublinhar a idéia básica que percorre todo o evangelho.

Essa idéia básica é o tema da justiça do Reino, como já tivemos oportunidade de ver nos comentários ao evangelho dos domingos anteriores.

A parábola que hoje Jesus nos propõe, denuncia igualmente a falsa consciência religiosa. A vinha é a realidade do mundo, na qual o trabalho é árduo e urgente. A essa vinha, o Pai envia seus filhos. A resposta dos dois é ambígua. Contudo, somente o compromisso do que inicialmente se havia negado ao trabalho nos permite descobrir quem agiu coerentemente.
Deste modo Jesus denuncia aqueles dirigentes e todo o povo que publicamente se compromete a servir ao Senhor, nas que é incapaz de agir de acordo com suas palavras. Atitude que contrasta com aqueles que, embora pareçam se negar ao serviço, terminam dando o melhor de si na transformação da vinha.

Esta parábola expõe um dilema que põe à descoberto a práxis de seus ouvintes e que, lida à luz dos acontecimentos da época de Jesus, nos mostra como os que eram considerados pecadores pelo aparato religioso eram, na realidade, os únicos atentos à voz do profeta.

A conversão não é um assunto de solenes proclamações ou de prolongados exercícios piedosos, mas um chamado inadiável à justiça e ao discernimento.
As palavras de Jesus feriam a sensibilidade religiosa de seus contemporâneos que se consideravam autênticos seguidores de Javé e inigualáveis homens de fé, porque colocava diante deles o testemunho daquelas pessoas que eram consideradas uma classe de pecadores: as prostitutas e os publicanos.

Prostitutas e publicanos não somente eram profissionais terrivelmente desprezados, mas aqueles que as exerciam eram considerados pessoas asquerosas e inadmissíveis entre a gente de bem.
Jesus ridiculariza todas essas avaliações lançadas dos pedestais do sistema religioso e mostra, com os fatos, que nem sequer a presença de um profeta tão grande como João Batista é capaz de transformar as consciências calejadas e estéreis daqueles que se consideravam salvos unicamente pelo alto cargo que ocupavam no aparato religioso.

Mais além de uma interpretação limitada ao contexto judeu da época de Jesus, esta sua palavra pode e deve elevar-se à categoria universal e ao princípio teórico: o da primazia do fazer sobre o dizer, da prática sobre a teoria.

Um irmão disse que sim, muito disposto, mas seus atos desmentiram suas palavras: sua palavra verdadeira, sua palavra prática, foi um não.
O outro irmão pareceu estar desde o princípio fora do caminho da salvação, por suas palavras negativas e inaceitáveis; mas deixando de lado suas palavras, e ainda sem substituí-las por outras mais adequadas, aceitáveis, ele de fato foi à vinha, “fez” a vontade do Pai. Dizer/fazer, teoria/prática: o Evangelho deve ser propagado sem vacilações diante destas disjuntivas.
Por isso, cabe aqui esta bela oração do Beato Tiago Alberione:

 "Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém."

Reflexão Apostólica:
Quantos de nós não o vivemos na própria pele? Quantas vezes, mesmos repletos de razão e motivos para não fazer ou ajudar, mudamos de opinião (vejam o caso da CNBB ao fazer um acordo, semana passada, com determinada senadora para  "apoiar" a aprovação do PLC 122), engolimos nossos “sapos” e com eles o orgulho, e por fim ao ver tudo realizado, fomos tomados de satisfação e ALEGRIA?
Muitos se sentem incomodados com a nossa disposição. São pessoas que aos poucos foram deixando apagar a chama da alegria em seus corações e não conseguindo motivos ou razões para vislumbrar, passam, às vezes inconscientemente, a enxergar como tolice aquele (a) que consegue vencer a vontade de estagnar-se e se move. Não sei bem se é um bom exemplo, mas como imaginou o criador do nome Rolling Stones, que “pedra que rola, não cria limo”.
Se “rolo” não deixo essa maldade “grudar” no meu dia-a-dia. Se mesmo querendo dizer não, analiso os que serão afetados pela minha decisão, e movido pelo amor ao inocente, troco de conduta. Posso dizer que estou a um passo da maturidade espiritual quando opto pelo bem maior.
Quando dizemos “amor ao inocente” referimo-nos, em especial, a nossa vida em comunidade.
A missa de domingo na comunidade que participamos tem cerca de 100 a 200 pessoas, sendo assim, cerca de 300 pares de olhos que vêem nosso trabalho, nosso empenho, que nos ouvem e estranhamente nunca nos magoaram ou criticaram nosso trabalho.
Às vezes, quando nos recusamos a fazer algo por “orgulho ferido” acabamos prejudicando a quem não tem culpa. Sabemos sim, que existem muitas coisas nos magoam ao ponto de não querer mais, mas dizer “não” hoje e depois voltar atrás e dizer “sim”, nos dá uma tremenda paz.
Há outra expressão forte no evangelho de hoje “(…) Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus.”.
Só ela já daria muitas laudas de texto e reflexão, mas deixamos uma mensagem importante: Todos temos erros e como diria um padre amigo nosso: “santo é aquele que cai 1000 vezes e se levanta 1001 vez”.
Temos muitos erros oriundos do julgamento, principalmente dos feitos de forma aleatória e precipitada.
Milhões almejaram a santidade, poucos tiveram o reconhecimento humano dela, mas, uma parcela ainda maior que apenas poucos, tiveram o reconhecimento aos olhos de Deus.
A santidade é um projeto de vida, galgado a cada dia. Ela não pode ser usada por nós como separação ou seleção de pessoas, pois isso cabe somente a Deus.
Sendo assim, não podemos nos gabar por sermos dessa ou daquela pastoral ou movimento ou identidade, ser santo ou não, se como os apóstolos, na hora que Jesus mais precisa de nós, damos as costas, não o ajudamos, o abandonamos.
Nossa alegria vem do Senhor! Ele se faz precisar de nós!
Propósito:
Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta a teu apelo não seja pura formalidade.
UM PASSO DE CADA VEZ
Fé é reconhecer que Deus é o Senhor do Tempo mesmo quando a minha perspectiva de tempo não concorda com a Dele.  

São poucas as pessoas que podem tomar passos gigantescos a fim de se tornar um fenômeno do dia para a noite. Isso pode até acontecer mas é muito raro. Porém, todas as pessoas podem dar um passo de cada vez. Um após o outro e mais um e outro mais. 

São através dos pequenos passos repetidos inúmeras vezes que proporcionam as grandes realizações. Olhe para a sua própria vida e você verá muitos desafios. Alguns parecem impossíveis de serem superados. Porém, assim que você começar a se concentrar neles, imediatamente eles irão diminuir em dimensão. Você agora irá perceber que você cresceu. Você aprendeu. Você realizou. Você experimentou; e pela abundante graça de Deus os seus sonhos se tornaram uma realidade. 

A despeito do tamanho do obstáculo, da dimensão do alvo, existe alguma coisa que você pode fazer hoje, amanhã e nos dias que se seguem. Pare de pensar num passo gigante e tome um pequeno passo de cada vez..

Evangelho do dia 30 de setembro sabado

30 setembro - Tudo sempre para a maior glória de Deus Nosso Senhor. (L 18). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 9,43b-46

"Todos estavam admirados com o que Jesus fazia, e ele disse aos discípulos:
- Não esqueçam o que vou dizer a vocês: o Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens.
Mas eles não entenderam isso, pois o que essas palavras queriam dizer tinha sido escondido deles para que não as entendessem. E eles estavam com medo de fazer perguntas a Jesus sobre o assunto.
"
 

Meditação:

Os três evangelistas sinóticos registram três "anúncios da paixão". São as falas de Jesus aos discípulos, enquanto caminhavam para Jerusalém, prevenindo-os sobre a previsível e fatal perseguição que sofreria nesta cidade.

Seguindo a leitura continuada de Lucas, encontramos dois fios condutores em aparente contradição. Por uma parte, as palavras e as obras de Jesus, ou seja, sua práxis, desperta grande admiração em alguns e profunda inquietação em outros, sobretudo em seus adversários.

Em segundo lugar, Jesus responde a esta admiração do povo com o anúncio de sua paixão. Duas posições opostas, pois se todo mundo o admira, então como é possível que vá padecer e morrer na cruz?

Certamente, a qualquer um de nós confundem estas situações opostas. Os discípulos não conseguem ligar a fama que Jesus está adquirindo com o anúncio de seu destino sofredor.

É que seguir um mestre assim torna-se cômodo e atrativo. Mas seguir um mestre que carregue a cruz até morrer nela como sinal do autêntico messianismo, torna-se pouco atraente e, pelo contrário, provoca confusão e rejeição.

Isso não acontece somente aos discípulos, mas a qualquer um de nós, pois é muito cômodo dizer que se segue a Jesus sem assumir sua cruz, mas quando se entende o que significa o seguimento, então se pensa duas vezes no fato. Estamos dispostos a seguir Jesus até a cruz?

Diante de tanta gente que procurava Jesus por causa das coisas que Ele fazia e das palavras que saíam de sua boca, Ele adverte aos seus discípulos que não ficassem com os olhos e as mentes na admiração e não se deixassem levar pela correnteza do povo que a Ele fluía.

Aquele que o povo procura ver, o homem que faz milagres, que alimenta o povo como que por “mágica” e não o Filho do Homem, o Filho do dono de tudo quanto existe, mas que para salvar os homens seus irmãos, deveria morrer numa cruz.

Cristo insiste em anunciar a Sua Paixão e Morte. Primeiro veladamente à multidão, e depois com mais clareza aos discípulos no Evangelho de hoje. Estes, porém, não entendem as Suas palavras, não porque não sejam claras, mas pela falta das disposições adequadas, pela falta de fé.

Talvez você também fique chocado: como é possível o Filho do dono da vida morrer? Se isso tiver de acontecer contigo é sinal de que ainda não chegou para ti o entendimento pleno do mistério do sofrimento, o significado da cruz. E então deves escutar o comentário de São João Crisóstomo: “Ninguém se escandalize ao contemplar uns Apóstolos tão imperfeitos, porque ainda não tinha chegado a Cruz nem tinha sido dado o Espírito Santo.”

Os discípulos tinham uma admiração e carinho extraordinários por Jesus. Percebendo isso, Jesus avisou-os: O Filho do Homem será entregue aos homens. Para nós, que sabemos o que Jesus passou da Quinta-feira Santa até a Crucificação, essa frase de Jesus é muito clara, mas o que tem de mais interessante no Evangelho de hoje é fazer o exercício de se colocar no lugar dos discípulos, e tentar entender o que se passava em seus corações e mentes.

O Evangelho de Lucas diz que os discípulos não alcançaram o sentido, e tinham medo de perguntá-lo a respeito. Eles não alcançaram o sentido porque não se passava em suas cabeças que Jesus poderia ser entregue à morte! E tinham medo de perguntá-lo porque sabiam que não iriam gostar do que iriam ouvir.

Os discípulos admitiram a fragilidade de não fazerem perguntas a Jesus sobre esse assunto porque tinham medo. Será que nós também não temos medo de saber sobre algum assunto desagradável?

Se os discípulos tivessem perguntado a Jesus sobre o que Ele estava falando, certamente poderiam ter se preparado melhor para os acontecimentos… Se o exame tivesse sido analisado a tempo, uma vida poderia ter sido salva… Se o assunto delicado tivesse sido conversado com calma, talvez muitos aborrecimentos pudessem ter sido evitados…

É preciso que o Filho do Homem seja entregue nas mãos dos homens para que nós tenhamos a vida e vida em plenitude.
E quem no-lo confirma é o próprio Jesus: se o grão de trigo caído na terra não morre, permanece só. Mas se morre dá muito fruto.

A vida autêntica vai ser entregue nas mãos dos homens, para que os homens a possuam. Pois, na lógica humana, só é vivo quem tem a vida e para nós a termos é necessário que alguém a conceda. E então se justifica a entrega da vida de Jesus aos homens.

É através de sua aceitação que se rompe com a ideologia de uma sociedade que busca sua segurança na acumulação do dinheiro e no poder opressor. Colocando-se a sua segurança em Deus encontra-se a felicidade e a liberdade para a construção da justiça e da paz.

Para muitos cristãos, a proximidade da morte e entrega generosa da vida por causa de Jesus ainda causa medo e temor; mas Jesus nos anima a continuar o caminho. Se formos verdadeiros discípulos, continuaremos com o mestre até a manhã da nossa Páscoa.

No Evangelho segundo João 10,10 Jesus diz: eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Como a teríamos em plenitude se Ele não morresse na cruz?

Reflexão Apostólica:

Quanta sutileza na mensagem que o Evangelho nos traz no dia de hoje...
   
Os discípulos tinham uma admiração e carinho extraordinários por Jesus. Percebendo isso, Jesus avisou-os: "O Filho do Homem será entregue aos homens."

Para nós, que sabemos o que Jesus passou da Quinta-Feira Santa até a Crucificação, essa frase de Jesus é muito clara, mas o que tem de mais interessante no Evangelho de hoje é fazer o exercício de se colocar no lugar dos discípulos, e tentar entender o que se passava em seus corações e mentes...

O Evangelho de Lucas diz que "os discípulos não alcançaram o sentido, e tinham medo de perguntá-lo a respeito." Eles não alcançaram o sentido porque não se passava em suas cabeças que Jesus poderia ser entregue à morte! E tinham medo de perguntá-lo porque sabiam que não iriam gostar do que iriam ouvir.

Os discípulos admitiram a fragilidade de não fazerem perguntas a Jesus sobre esse assunto porque tinham medo. E nós, será que também não temos medo de saber sobre algum assunto desagradável?

Na área da saúde, existem casos de pessoas que recebem um exame e guardam. Não querem saber o resultado. Como se isso ajudasse! E muitas vezes o problema poderia ser resolvido, se fosse tratado logo!

Ou então, os problemas de relacionamento entre marido e mulher, pais e filhos, irmão com irmão, namorado e namorada... que evitam falar sobre "aquele" assunto delicado, e ao invés de resolver logo o problema, vão adiando... até quando for possível.

Se os discípulos tivessem perguntado a Jesus sobre o que Ele estava falando, certamente poderiam ter se preparado melhor para os acontecimentos... Se o exame tivesse sido analisado a tempo, uma vida poderia ter sido salva... Se o assunto delicado tivesse sido conversado com calma, talvez muitos aborrecimentos pudessem ter sido evitados...

Por isso, CORAGEM! Se não entendeu, PERGUNTE! Se suspeita de alguma doença, PROCURE UM MÉDICO LOGO! Se um assunto importante ficou pendente, ESCLAREÇA! Não espere para resolver de última hora, pois dificilmente você vai ter a cabeça fria, o tempo necessário para pensar no que fazer, ou as condições físicas para reagir adequadamente...

E se precisar pedir ajuda, PEÇA! Você nem imagina quantas pessoas gostariam muito de poder ser útil a você...
      
Propósito:
Senhor, dá-me a graça de entender que a vida autêntica de fé e de missão é entrega e doação plena como vós mesmos fizestes. Que eu seja um dom, uma doação para os meus irmãos e irmãs. O mistério da Cruz, que não é outro senão o mistério Pascal da salvação do mundo em Cristo morto e ressuscitado domina toda a vida de Jesus. Para os discípulos de todos os tempos, ele será sempre uma realidade misteriosa, difícil de ser acreditada. No entanto, é nele que se revela todo o mistério de Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.
 BELA E DIFÍCIL
Nunca tome uma decisão definitiva com base numa tempestade passageira. Não importa quão negras sejam as nuvens ao seu redor. Lembre-se a si mesmo dizendo: “Essa também irá passar!” 

A vida pode ser muito bela e a vida pode ser muito difícil. Aprenda a apreciar a beleza da vida ao ponto de não permitir que as dificuldade lhe levem para baixo. A maneira de lidar com as dificuldades da vida não é evitando-as; a melhor maneira de lidar com as dificuldades da vida é superando-as. 

Seja mais persiste que os seus mais persistentes problemas. Use sua criatividade, sua flexibilidade e acima de tudo creia em algo aparentemente paradoxal: dificuldades são grandes bênçãos de Deus em disfarce de dores e aflições. São nos dolorosos problemas que estão as grandes oportunidades de crescimento, de aprendizado, de experiência e de amor. 

Há ocasiões onde a vida se torna extremamente difícil, mas e dai? As imensas possibilidades dentro desse “disfarce” valem a pena cada lágrima de aflição derramada. Cabe a mim e a você responder da melhor maneira possível àquele que prometeu que nesta bela e misteriosa vida nunca faltaria aflições.

Evangelho do dia 29 de setembro INICIO DO 171º CURSILHO FEMININO ADULTO DA DIOCESE DE APUCARANA

 29 setembro - Quanto mais alguém trabalha sem pendor natural e guiado tão somente pela fé tanto melhor consegue enganar o demônio. (L 87). São Jose Marello

João 1,47-51

"Quando Jesus viu Natanael chegando, disse a respeito dele:
- Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero.
Então Natanael perguntou a Jesus:
- De onde o senhor me conhece?
Jesus respondeu:
- Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira.
Então Natanael exclamou:
- Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!
Jesus respondeu:
- Você crê em mim só porque eu disse que tinha visto você debaixo da figueira? Pois você verá coisas maiores do que esta. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem."  


Meditação:

Os encontros pessoais de Jesus com pessoas particulares, como o caso de Natanael, chamam a atenção por vários motivos e, portanto, ajudam-nos a reforçar a idéia central que Jesus desenvolve: a formação de seus discípulos para o Reino.

A presença de Natanael diante Jesus traz como resultado um grande elogio por parte do Mestre: "Ai está um israelita de verdade, sem falsidade".

João apresenta esta passagem evangélica em forma de diálogo direto. Jesus fala para Natanael e para todos os que vieram ouvi-lo.

A confiança de Jesus no discípulo e a profissão de fé do discípulo em Jesus são como duas faces da mesma moeda. Jesus propõe este novo dinamismo antes de ingressar na cidade onde dará a vida

Natanael é um homem bom, crente, sincero, mas reflete, em sua atitude todos, os preconceitos de sua época. Como tantos de seus contemporâneos, considera que nada de bom poderia vir da periferia, de Nazaré.

Isto é assim porque Natanael é um personagem representativo das pessoas pragmáticas, que consideram ingenuamente que tudo que é bom provém dos centros do poder, da riqueza e do prestigio.Mas o certo é que em toda a história da humanidade, as mudanças vêm de baixo, da periferia.

Natanael não espera um humilde profeta camponês, como Jesus parecia a seus contemporâneos, espera sim um herói rodeado de todas as garantias políticas, econômicas e acadêmicas que asseguraria o êxito de sua gestão.

Jesus derruba todas as pretensões de Natanael ao demonstrar que, mesmo tendo intenção sincera, seu olhar está orientado para o lugar equivocado. A "figueira" representa todos os personagens que com fé sincera se entregam ao senhor, mas cujo pessimismo impede de ver a esperança de Deus que germina na periferia e na pobreza

Aí temos um alerta de Jesus, mais que confessar sua fé em Cristo, ele, Natanael, seria testemunha de algo muito maior, ele veria a conseqüência de Jesus ser o que Natanael havia confessado :Filho de Deus e Rei de Israel.

Muito mais pela manifestação da glória de Deus do que pela mera "adivinhação" de onde Jesus o conhecera.

Jesus quis ensinar ao apóstolo que o destino do Filho de Deus , do Messias, era ser glorificado pelo Pai, no céu aberto e não no Reino de Israel, meramente humano.

Jesus interpela Natanael que se admirara do fato de ter Ele falado coisas sobre a sua vida e que o conhecesse sem nunca tê-lo visto antes.
Jesus deu a entender a ele que o fato de conhecê-lo era o mínimo diante do que iria acontecer na sua vida se ele aceitasse o chamado para ser Seu discípulo, e disse: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem." 

Os "anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem" é uma alusão ao sonho de Jacó (Gn 28,12). Agora exprime a presença de Deus entre os humanos, na pessoa de Jesus.

Os anjos, como emissários ou representantes de Deus, integram as tradições persas e mesopotâmicas que foram assimiladas no Antigo Testamento. São, ainda hoje, fonte de devoções no cristianismo e em religiões exotéricas.

Jesus abriu o céu para nós, e hoje, a cada momento em que nos recolhemos para orar, o céu se abre e os anjos do Senhor nos auxiliam levando as nossas preces que chegam a Deus como um perfume de aroma agradável.

Se, de coração contrito, fizermos a experiência, nós perceberemos que durante os nossos momentos de louvor e oração, o céu do nosso coração se abre e nele se fazem presente os anjos que nos trazem a paz de Jesus, o Filho de Deus. Jesus veio revelar ao mundo o amor do Pai e a sua presença no meio de nós.

A cada um que Ele chamou deu provas do Seu poder e da Sua sabedoria. E prometeu coisas maiores do que as que Ele fazia.

As suas promessas são também para nós, hoje. Ele nos chamou para viver o reino dos céus, aqui, e promete a manifestação da Sua glória em cada momento, de acordo com a Fé que tenhamos na Sua palavra.

Reflexão Apostólica:

Neste texto, o verbo "ver" foi citado 5 vezes! Mas nem sempre o "ver" daqui é sinônimo de "olhar". Jesus viu Natanael chegar e disse que ali vinha um "verdadeiro israelita, um homem realmente sincero".

Em seguida é que vem uma parte interessante... Natanael pergunta: "De onde o senhor me conhece?" E a resposta de Jesus é, no mínimo, intrigante. Preste atenção: "Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira." Jesus respondeu a pergunta de Natanael? Aparentemente, não. Mas a resposta de Jesus, para Natanael, foi tão perfeita, que na mesma hora ele reconheceu "Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!". A pergunta que não quer calar: O QUE NATANAEL ESTAVA FAZENDO EMBAIXO DESSA FIGUEIRA?

A psicologia diz que todos nós, na maioria das vezes quando estamos diante de alguém, representamos. E isso acontece até com os bebês.

Quando percebemos que estamos sendo observados, não agimos da mesma forma que quando não estamos sendo observados e é no momento em que não estamos sendo observados que nós realmente deixamos vir à tona o nosso íntimo... aquilo que está no nosso CORAÇÃO e que somente nós conhecemos. E você só pode dizer que conhece uma pessoa, de verdade, se você conhecer o CORAÇÃO dela.

Nós nunca saberemos exatamente o que Natanael estava fazendo embaixo daquela figueira. Naquele momento, Natanael não imaginava que estava sendo observado. Mas Jesus observou atentamente e tirou uma conclusão desta sua observação: "Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero.". Jesus era DISCRETO, não disse o que Natanael estava fazendo naquele seu momento pessoal.

Sócrates dizia: "Conhece-te a ti mesmo." Quer saber quem você é? Observe que direção seus pensamentos tomam, quando você está completamente sozinho...

Não se preocupe, ainda não inventaram um jeito de ver seus pensamentos. É quando você se despreocupa de passar qualquer imagem, que você mostra realmente o que tem no seu coração.

Quem consegue captar esses momentos (como Jesus captou o de Natanael) tem um dom especial: conhecer o íntimo de uma pessoa, às vezes até melhor do que a própria pessoa.

Não gostou do caminho que os seus pensamentos seguem quando você deixa eles voarem por eles mesmos? Eles vão para o pecado, para a depressão, para lugar nenhum?...

Não se preocupe, isso tem uma solução. O nosso inconsciente é burro. Não consegue diferenciar o entre o certo e o errado. Nós temos que alimentá-lo, conscientemente, com coisas boas.

Escute uma música bonita, leia algo prazeroso, converse com alguém alegre, viaje, aprenda algo novo, assista um bom filme...

O seu inconsciente vai ficar repetindo isso ao seu coração... e quando Jesus te ver no teu quarto, sozinho, e disser que te viu, você saberá que Ele te conhece, verdadeiramente.

Você já pensou que Jesus, neste momento, lhe vê e conhece tudo sobre você? O que você acha que poderá estar escondendo dele? Você imagina a presença dos anjos quando você ora? Faça dos anjos seus intercessores e perceba como a sua oração terá um sentido mais pleno. 
  
Propósito:
Pai, leva-me a conhecer, cada vez mais profundamente, a identidade de teu Filho Jesus, e a fazer-me discípulo dele, de modo a compartilhar sua missão.
 ORAÇÃO DOS ARCANJOS

Arcanjo Gabriel, Portador das boas novas, das mudanças, da sabedoria e da inteligência.
 Arcanjo da Anunciação, trazei a Palavra de Deus e que Ela permaneça em meu pensar e agir.
Fazei com que eu também seja um mensageiro, dos preceitos do Senhor por palavras de bondade e solidariedade.

Arcanjo da Anunciação, vinde em meu auxílio.

Arcanjo Rafael, Guardião da saúde e da cura. Peço que vossos raios curativos desçam sobre mim, dando-me saúde e cura dos males do corpo e da alma.
Guardai meu corpo e minha mente, livrando-me de todas as doenças.

Que vosso raio curativo esteja em meu lar, meus filhos e familiares e no trabalho que executo com as pessoas com quem convivo diariamente.
Arcanjo Rafael, transformai a minha alma e o meu ser, para que eu possa sempre refletir a vossa Luz.
Arcanjo Rafael, curai nossas enfermidades.
Arcanjo Miguel, Príncipe Guardião e Guerreiro defendei-me com vossa espada e protegei-me com vosso escudo. Não permita que o mal me atinja.

Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes, contra quaisquer atos de violência.
Livrai-me de pessoas negativas e invejosas.

Levante o vosso escudo de proteção em meu lar e sobre minha família, parentes e amigos.
Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens.

Arcanjo Miguel, trazei a paz e a libertação.
Arcanjo Miguel, defendei-me no combate.
OPORTUNIDADES – GRANDES E PEQUENAS
Quanto mais difícil o desafio, mais glorioso é o triunfo. 

Você não resolverá todos os seus problemas hoje, mas você pode focar em um ou em dois deles. Você provavelmente não conseguirá resolver todos eles até que alcance o seu destino, mas – decididamente – você estará fazendo algum progresso. Todos os dias a você é oferecido inúmeras oportunidades de fazer algum progresso. Faça uso de tantas dessas oportunidades quanto possa. 

Um gradual e consistente esforço pode parecer que não tenha efeito algum no momento em que você o está fazendo. Ainda assim, continue, siga em frente, porque lá na frente esses pequenos passos dados na direção certa poderão lhe levar para bem longe e também para muito perto dos seus alvos. Nesse momento existe uma valiosa e singular diferença que você pode fazer. Em vez de apenas deixar esses próximos minutos passar sem nada dar a eles, tome a decisão de neles investi-los sabiamente. 

Movimente o seu mundo para a frente ainda que apenas um pouquinho a ponto de parecer tão ínfimo e tão insignificante. Talvez ninguem venha mesmo notar, mas você saberá e você será beneficiado assim como outras pessoas ao seu redor. Ao apreciar e ao utilizar as pequenas oportunidades você passa a atrair as oportunidades maiores à sua vida. Use o que você tem, com persistência e fé e você chegará – com certeza – onde desejar chegar.

Evangelho do dia 28 de setembro quinta feira

28 SETEMBRO Sede extraordinários nas coisas ordinárias. (M 9/94/17; cfr. S 268). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 9,7-9

"Herodes, o governador da Galiléia, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou sem saber o que pensar. Pois alguns diziam que João Batista tinha sido ressuscitado, outros diziam que Elias tinha aparecido, e outros ainda que um dos antigos profetas havia ressuscitado. Mas Herodes disse:
- Eu mesmo mandei cortar a cabeça de João. Quem será então esse homem de quem ouço falar essas coisas?
E Herodes procurava ver Jesus.
"  

Meditação:

O evangelista Lucas narra esta interrogação de Herodes sobre Jesus por ocasião do envio dos Doze em missão pela Galiléia, território não muito extenso, que estava sob sua jurisdição. Recebendo notícias da crescente atividade de Jesus e seus discípulos, Herodes alarma-se, parecendo-lhe que se repetia a mesma agitação ocorrida com João Batista.  E por isso procura ver e saber quem é este homem de quem se ouve falar tanto.

Herodes estava ciente de que mandara degolar João Batista para ver-se livre da acusação que lhe pesava em vista da sua situação de adultério. Porém, o que Herodes não sabia era que João Batista havia sido apenas o precursor do Messias e que o verdadeiro Salvador estava vivo e sendo interrogado e acusado pelos prodígios que realizava. Por isso,
“Herodes procurava ver Jesus” e se questionava sobre a Sua verdadeira identidade.

A pessoa de Jesus continua a ser questionada por aqueles(as) que ainda não tiveram com Ele uma experiência de salvação. Muitos também, hoje, O buscam, mas não têm consciência de que e porque O procuram!

Escrevem sobre Jesus sem tê-Lo conhecido e fazem suposições sobre a Sua pessoa levando muitos outros a acreditarem nas suas falsas conjecturas.

Jesus é o protótipo do homem vindo do céu, é o modelo que todo filho e filha de Deus precisam seguir para serem reconhecidos pelo Pai. Para que nós tenhamos convicção sobre quem é Jesus e qual o Seu verdadeiro papel na nossa vida nós precisamos conhecê-Lo através da Palavra, ter intimidade com Ele na oração, na adoração, na Eucaristia.

Neste mundo, o Senhor só é visto quando as pessoas querem vê-lo. Não há de que nos espantarmos. Mesmo na Ressurreição, só foi dado ver Deus aos que tinham o coração puro:
“Bem-aventurados os corações puros, porque verão a Deus” (Mt 5,8).

Quantos bem-aventurados não tinha Jesus enumerado já e, contudo, não lhes tinha prometido esta possibilidade de verem Deus. Se, portanto, aqueles que têm o coração puro hão de ver Deus, seguramente que os outros não o verão; aquele que não quis ver Deus não pode ver Deus.

Porque Deus não se vê num lugar, mas, através de um coração puro. Não são os olhos do corpo que procuram Deus; ele não é captado pelo olhar, nem tocado pelo tato, nem ouvido numa conversa, nem reconhecido numa atitude. Julgamo-lo ausente e vemo-lo; está presente e não o vemos. Aliás, nem todos os apóstolos viam Cristo; foi por isso que ele lhes disse:
“Há tanto tempo que estou convosco e ainda não me conheceis?” (Jo 19,9)

Com efeito, todo aquele que conheceu qual é “a largura, o comprimento, a altura e a profundidade - o amor de Cristo que ultrapassa todo o conhecimento” (Ef 3,18-19), esse viu também Cristo, viu também o Pai. Porque, no que nos toca, não é segundo a carne que conhecemos Cristo (2 Cor 6,16), mas segundo o Espírito: “O Espírito que está diante da nossa face é o Ungido do Senhor, o Cristo”. Que Ele se digne, na sua misericórdia, cumular-nos com toda a plenitude de Deus, a fim de que O possamos ver!

Assim sendo poderemos apresentá-Lo àqueles que ainda não O conhecem para que tenham também um encontro com a Salvação.

O que você fala de Jesus você o diz com conhecimento de causa? Você conhece Jesus porque lê muito sobre Ele ou porque encarna Sua Palavra como uma comida para a sua alma?
Reflexão Apostólica:
O Evangelho de hoje é fantástico para arguirmos os momentos pelos quais estamos passando e se encaixa muito bem se quisermos fazer uma reflexao em quem nós votamos.

Quem é esse (a) homem (mulher) a quem entregamos o nosso futuro e o futuro dos nossos filhos. Quem é esse (a) homem (mulher) a quem demos todo o poder para decidir sobre nossas vidas. Quem é esse (a) homem (mulher) a quem entregamos tudo o que tem de mais importante para o futuro de nossa sociedade.
Muitos desses homens mascaram seu comportamento com mentiras que desinformadamente pensamos que são verdades, tão bem elas são contadas.
Muitos desses (as) homens (mulheres) assumiram compromissos com a mentira e são escravos, são submissos a grupos poderosos que não querem abandonar o poder.
Precisamos saber, profundamente quem são esses (as) homens a quem entregamos nossas cidades, nossos estados,  nosso País, nossa felicidade e a dos nossos filhos.
Quem gosta de escrever sabe que a maior parte do que pensamos, enquanto escrevemos, não vai pro papel (ou pro computador), mas fica das entrelinhas. Com São Lucas não era diferente... Nós vamos entender isto ao refletirmos sobre o Evangelho de hoje.

Na Palestina da época de Jesus era evidente que todos, em todas as cidades, ouviam falar dEle. E a grande maioria deveria sentir grande curiosidade em conhecer Jesus.

É aí que entra a sensibilidade do escritor... com a passagem de hoje, nós constatamos que até Herodes ficou admirado com o que se falava de Jesus.

Provavelmente, contaram sobre o milagre de Caná, das curas dos doentes, da multiplicação dos pães... e tudo o que parecesse sobrenatural, deixava Herodes perplexo. Ele era muito supersticioso! Por isso que ele pensou logo em João, Elias e os profetas antigos terem ressurgido dos mortos.

O Evangelho conclui dizendo que Herodes "procurava ver Jesus". Mas PARA QUÊ? Pelo que esta passagem narra, já é possível deduzir... mas para ter certeza, só precisamos passar algumas páginas adiante... quando Jesus é levado diante de Herodes na Sexta-Feira Santa.

Herodes quer ver Jesus realizar alguma "mágica". Mas Jesus não dirige sequer uma palavra para ele. Herodes não merecia nem uma palavra de Jesus. A arrogância dele era desprezível, literalmente.

PARA QUE eu quero ver Jesus? PARA QUE você quer ver Jesus? Já pensou nisso? Até Herodes queria ver Jesus, de tanto que ele ouviu falar. Normalmente, quando ouvimos falar muito de alguém, ficamos curiosos para conhecê-lo. Você já ouviu alguém dizer para você: "Ah, então você é _____, ouvi muito falar de você!" E você diz: "Falaram bem ou mal?" 

Jesus não só ouve falar muito de n´s, como também está sempre por perto, pronto para nos ajudar, caso precisemos e peçamos a ajuda d'Ele.

Ele está muito ansioso para ver cada um de nós... Sabe PARA QUÊ? Para fazer-nos pessoas felizes, agora e para sempre. E esta é uma frase que está cheia de entrelinhas, pois a maneira que Jesus pretende fazer isso é especial para cada pessoa.

A mensagem de hoje então é: PARA QUE VOCÊ QUER VER JESUS? Agora que você sabe PARA QUE Jesus quer vê-lo, fica mais fácil responder essa pergunta? A pergunta natural que irá surgir, quando você fizer sua reflexão pessoal será... COMO EU FAÇO PARA VER JESUS? A resposta para essa pergunta fica para outro dia...
      
Propósito:
Pai, diversamente dos inimigos de Jesus, eu também quero vê-Lo. Quero conhecer a identidade e a missão de teu Filho, pois é por ele que me guiarei para ser fiel a ti.
DÊ A SI MESMO UMA BOA RAZÃO
Quando o mundo perde os dons e as bênçãos de alguém, evoca uma tristeza que se torna a trama do nosso tecido espiritual. A perda do potencial é conseqüência de todos os males deste planeta.  
Dê a si mesmo uma boa e suficiente razão e você poderá se ver em alturas que jamais imaginou ser possível alcançar. Faça a você mesmo uma oferta irrecusável. Dê a si mesmo uma razão que você não possa resistir. 

Num instante você poderá sair de um estado apático e desmotivado para um entusiástico e energético novo momento. Grandes possibilidades estão abertas a você. Ligue-se em uma positiva e empolgante razão a tal ponto que ela não venha lhe deixar um minuto sequer até que as coisas aconteçam. 

Dê a você mesmo uma boa razão porque Deus, o teu Criador já a deu; ele tem sonhos para a sua vida e a bola está do seu lado do campo. Dê uma boa razão a si mesmo e você não terá problema nenhum em se mover rápida e determinadamente para um destino encantador.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Evangelho do dia 27 de setembro quarta feira

27 SETEMBRO - Cuidemos de santificar as pequenas coisas: um pequenino ato de paciência ou de caridade, acompanhado de reta intenção, adquire valor imenso aos olhos de Deus. (S 232). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 9,1-6
 "Jesus chamou os doze discípulos e lhes deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças. Então os enviou para anunciarem o Reino de Deus e curarem os doentes. Ele disse:
- Nesta viagem não levem nada: nem bengala para se apoiar, nem sacola, nem comida, nem dinheiro, nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem na casa em que forem recebidos até irem embora daquele lugar. Mas, se forem mal recebidos, saiam logo daquela cidade. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
Os discípulos então saíram de viagem e andaram por todos os povoados, anunciando o evangelho e curando doentes por toda parte.
 Meditação: 
 O envio dos doze, de um lado, não é nenhuma surpresa. Mateus nos informa pouco antes de sua conta de comissionamento do Senhor dos doze que Jesus instruiu seus discípulos a orar por trabalhadores para a colheita (Mt 9,38).
 O envio dos 12 (e mais tarde 70) é uma resposta parcial a esta oração. Nós também estamos em débito com Mateus (10:2-4) para nos dizer os pares daqueles que são enviados dois a dois:

Jesus dá aos Doze “poder e autoridade” e fixa uma tarefa e uma exigência. O poder que ele lhes transmite é o de amar incondicionalmente todos os seres humanos, especialmente os pobres e pecadores. A autoridade é a que nasce de uma interpretação transformadora da Escritura.

Diferente do poder de dominação que todos os grupos religiosos e políticos utilizam para manipular as demais pessoas, Jesus exerce um poder restaurador que reconcilia os seres humanos entre si, com a natureza e com Deus. A tarefa é continuação da que o mesmo realiza: lutar contra o mal, curar doenças, libertar da escravidão e anunciar a Boa Nova. A exigência é a mesma que ele assume: liberdade no caminho e gratuidade na casa.

O excesso de suprimentos atrasaria a atividade evangelizadora e a construção de casas próprias tiraria o foco do fundamental. O evangelho que os Doze comunicam mudará a situação de todas as pessoas que escutam essa mensagem e a convertem num padrão de vida.
O anúncio da palavra e o amor dos discípulos libertam os pobres deprimidos em seu espírito e valoriza-os, dando-lhes vida, dignidade e iniciativa. Os pobres e excluídos, transformados pela Palavra de Deus, passam a formar comunidades que vivem a fraternidade e a partilha, como células do mundo novo possível.

Como discípulos de Jesus, temos a oportunidade e a missão de levar sua mensagem reconciliadora a todas as situações e lugares, para que a autoridade da liberdade e o poder do amor transformem as situações humanas.

Fomos feitos para ser comunidade (grupo dos doze) e formar comunidade (ir às cidades). Isto é ser discípulo missionário, como nos propõe a Igreja na América Latina, na Missão Continental. O amor inspira atitudes e gestos com gosto de doação e disponibilidade.
 Reflexão Apostólica:
 "Para não cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos nos formar como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir "à outra margem", àquela na qual Cristo não é ainda reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente". (DAp 376).

O Evangelho de hoje nos encoraja a buscar o discernimento de Deus em nos preparar para missões de curto prazo.

Quando o transatlântico Titanic partiu outro lado do Atlântico, a maioria de seus passageiros tinham passado dia se preparando para a aventura. Os passageiros trouxeram o que eles achavam que seria necessário, incluindo extensas seleções de jóias, arte, móveis e servos.

Quando veio o desastre, um dos passageiros ricos fez seu caminho para os botes salva-vidas. Pouco antes de começar, ela se lembrou de algo em seu quarto, ela pode precisar.Empurrando a multidão e stewards ela lutou seu caminho de volta para sua cabine.

Contornando os pertences de valor inestimável que ela tinha trazido consigo, ela estendeu a mão para o item que ela sabia que poderia ser de máxima importância para a jornada à frente - uma laranja.

Quando Jesus chamou os 12 a curto prazo ministério, ele teve o cuidado de carregá-los com itens de importância suprema e aliviado-los daquelas coisas que só a pesar-los.

Enquanto você reflete esta passagem, peça a Jesus para dar-lhe o que você precisa para a viagem e para o ajudar a deixar para trás as coisas que só ficam no caminho.
 Oração: Pai, tendo recebido a tarefa de continuar a missão de Jesus, ensina-me a imitá-lo tanto no modo de ser e de pregar, quanto na pobreza e na coragem de enfrentar a rejeição.
MEDO DE REJEICÃO
Faça sempre o que é certo fazer – isso irá gratificar alguns e os restantes ficarão completamente abismados.

Você não vai conseguir que ninguém te diga “sim” a não ser que você esteja disposto a assumir o risco de que eles venham lhe dizer “não.” Para que você possa obter a resposta que busca , você tem que pedir. Quando você pede existe a possibilidade da rejeição. E apesar da rejeição – parecer - ser alguma coisa a se evitar, a questão é: rejeição é algo realmente ruim e tão danoso? 

O que é muito pior é viver sob o medo da rejeição. Quando você nunca pede, a resposta será sempre não. Mas…e se você pudesse completamente anular o medo da rejeição? A realidade é que você realmente pode. 

Algumas pessoas irão valorizar o que você diz, o que você faz, o que você busca e outras não darão valor nenhum a – absolutamente - nada disso. Tente lembrar a si mesmo que esse é um problema deles e não seu. Tome a decisão de fazer aquilo que é digno e aceitável diante Daquele que tudo vê e tudo sonda. Renuncie a esse limitado e inútil medo de rejeição e sinta a liberdade de alçar alturas inimagináveis.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Evangelho do dia 26 de setembro terça feira

26 SETEMBRO - As grandes virtudes são justamente o prêmio da nossa fidelidade nas pequenas coisas. (S 351). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 8,19-21

"Sua mãe e seus irmãos vieram ter com ele, mas não podiam se aproximar, por causada multidão. Alguém lhe comunicou: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver". Ele respondeu: "Minha mãe e meus irmãos são estes: os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática"."  

Meditação:

Depois da instrução de Jesus às multidões e aos seus discípulos sob a forma de parábolas, Lucas introduz esta narrativa para que os discípulos compreendam que aquilo que ouviram deve ser posto em prática.
Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a sua família, Jesus não estava renunciando à sua família segundo a carne. Como filho mais velho, ele continuou a cuidar do bem estar da sua mãe.

Isto foi comprovado quando, ao dar a sua vida na cruz, ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava. Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não tem qualquer significado no Reino de Deus.

O relacionamento mais próximo do Senhor Jesus é com o seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual - e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.

Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o seu ministério a todos aqueles que o receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.

O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.

O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.

Um aspecto muito importante que deve ser esclarecido é sobre os irmãos de Jesus. Há dias uma das assíduas comentadoras da homilia diária perguntava sobre este aspecto.

Os irmãos de Jesus, como fica claro pelo próprio texto bíblico, eram filhos de Alfeu e sua esposa, e não de José e Maria.

Em diversos lugares o Evangelho fala desses ‘irmãos’. Assim, Marcos e Lucas referem que ‘estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; e também em Jo 7, 1-10).

Toda a pessoa que pergunte sobre os irmãos de Jesus somente revela a sua ignorância da própria Bíblia. Até porque as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso ‘primo’ ou ‘prima’, e serve-se da palavra ‘irmão’ ou ‘irmã’.

Lê-se em Gênesis que ‘Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27) que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot ‘irmão de Abraão’: “Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos” (Gn 13, 8). Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15).

No Novo Testamento, fica claríssimo que os ‘irmãos de Jesus’ não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos ‘irmãos de Jesus’ são indicados por Marcos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas irmãs?”

Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos de Alfeu e Cléofas: ‘Chamou Tiago, filho de Alfeu… e Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 15-16). E ainda: “Chamou Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 16). Quanto a ‘José’, Mateus diz que é irmão de Tiago: “Entre os quais estava… Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27, 56).

Em  Mateus se lê: “Estavam ali (no Calvário), a observar de longe…., Maria Magdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”.

Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cléofas, conforme S. João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em João (19, 25): “Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cléofas, e Maria Madalena”. Simão, irmão dos três outros, ‘Tiago, José e Judas’ são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cléofas é o pai deles.

Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um dilema sem saída para os protestantes, pois os ‘irmãos de Jesus’ são filhos de Maria de Cléofas e Alfeu.

Também decorre uma pergunta: Por que nunca os Evangelhos chamam os ‘irmãos de Jesus’ de ‘filhos de Maria’ ou de ‘José’, como fazem em relação à Nosso Senhor? E por que, durante toda a vida da Sagrada Família, apenas conta-se três membros: Jesus, Maria e José?

Portanto, a própria Sagrada Escritura demonstra que os supostos ‘irmãos’ de Jesus são seus primos e não seus irmãos carnais. Sua afirmação de que o trecho de Mateus tem duas passagens, uma referindo-se à filiação carnal e a segunda à filiação espiritual fica sem sentido, visto que não conferem com o texto bíblico. Até porque o parentesco de sangue não é sequer mencionado pelos seus irmãos nas cartas que escreveram e que se encontram no Novo Testamento, indicando que não davam valor a isso. Ao invés disso, eles se dizem servos de Jesus Cristo.

Esta é uma das passagens preferidas por aqueles que gostam de diminuir Maria. Aqui, como vimos, Jesus afirma que a mãe e os irmãos d'Ele são aqueles que ouvem a palavra de Deus, e a põem em prática. Eles afirmam, a partir daí, que Jesus não dava importância à Maria, e que Ele tinha irmãos, ou seja, que Maria teve outros filhos.
      
Existem muitos livros que ensinam como interpretar essa passagem bíblica sob a ótica católica para "defender" Maria contra os ataques dos descrentes. Portanto, pela praticidade e pela objetividade, não devemos perder tanto tempo tentando argumentar muito com eles. Basta saber que o termo "irmão", no idioma falado naquela região, na época de Jesus, era utilizado para designar irmão ou primo.

Quanto à importância de Maria, a questão é pura relatividade: você pode encarar que Maria é rebaixada... mas Jesus exalta aqueles que escutam a Sua Palavra e as põe em prática, a ponto de igualá-los à pessoa que Ele mais tem consideração no mundo, a sua mãe.

Então se nós escutarmos e pusermos em prática seus ensinamentos, faremos parte da família de Jesus? Exatamente! E fazer parte da família implica dizer que teremos os mesmos direitos, os mesmos bens e os mesmos deveres!

Daí concluirmos, nesta narrativa de Lucas, presente também nos outros sinóticos, que o foco não são as relações afetivas na família, mas o sentido sócio-religioso da mesma.

A família não deve ser um elo de uma corrente genealógica que garanta a inclusão em um grupo privilegiado, como assim se consideravam os descendentes de Abraão, mas deve ser um foco de irradiação do amor universal de Deus. Assim a casa da família deve ser o núcleo das novas comunidades que vivem a experiência do Reino de Deus.
Reflexão Apostólica:
Antes de atender ao chamado da Sua família, Jesus quis dar àquela multidão e a nós também hoje, uma mensagem: ouvir a Palavra de Deus e pô-la em prática é a condição para que sejamos da Sua família.

A Palavra vivenciada nos fará sermos parecidos (as) com Jesus Cristo, ter as mesmas feições, os mesmos gestos, os mesmos sentimentos e transparecer ao mundo o jeito de ser da família celeste.

Portanto, seremos reconhecidos por Jesus como membros da sua linhagem, quando ouvimos e pomos em prática a Palavra de Deus e perseguimos a vontade do Pai. Jesus aproveitava todas as oportunidades para revelar ao mundo a pretensão do Pai que se expressa por meio da Sua Palavra.

Naquele momento Ele nos apontava Maria, Sua mãe, como um modelo de filho ajustado ao plano de Deus para que fosse seguido por nós. A sua obediência, a sua confiança nos planos do Pai, a sua humildade, o seu despojamento e sua fé, fazem dela um referencial para quem deseja pertencer à família do céu. Reflita –

Você também se considera da família de Jesus? Você segue os ensinamentos que o Pai dá para esta família? Você tem procurado conhecê-los? Você se identifica com alguma virtude de Jesus?

Jesus instaura novas relações entre os homens, que começam a existir quando os homens põem em prática a palavra do Evangelho, continuando a missão de Jesus.

O "ouvir a palavra de Deus e a por em prática" é expresso no evangelho de Mateus como o fazer "a vontade do Pai de Jesus, que está nos céus". Este tema já havia sido apresentado por Lucas na parábola do homem que constrói a casa sobre a rocha.

Freqüentemente se faz a leitura bíblica em uma perspectiva de devoção e elevação espiritual individual. Contudo o sentido mais consistente dos textos bíblicos é de nível comunitário e social.

Particularmente os evangelhos com o anúncio do Reino de Deus e da conversão visam a formação de comunidades que se constituam em uma nova sociedade.

A devoção pessoal só é conseqüente quando leva ao compromisso comunitário e social. Para ser parte da família de Jesus é preciso ouvi-lo e segui-lo, ser discípulo seu; rompe-se assim com o círculo familiar sanguíneo e se dá um passo para a comunidade de irmãos e irmãs na fraternidade.

A escuta e a prática da palavra são duas condições sem as quais não é possível continuar o caminho proposto para os discípulos do Reino; temos que nos sujeitar a estas duas condições.
Neste breve evangelho, nos coloca diante de uma realidade irrefutável, portanto somos chamados a enfrentar nossa realidade histórica com a palavra de Deus, que é a verdadeira causa de nossa alegria.
      
Propósito:
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho
 Meditação: 
 “(…) Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam”. Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a sua família, Jesus não estava renunciando à sua família segundo a carne. Como filho mais velho, ele continuou a cuidar do bem estar da sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a sua vida na cruz, ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava. Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não tem qualquer significado no Reino de Deus.

O relacionamento mais próximo do Senhor Jesus é com o seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual - e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.

Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o seu ministério a todos aqueles que o receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.

O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.

O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.

Um aspecto muito importante que deve ser esclarecido é sobre os irmãos de Jesus. Há dias, um dos assíduas leitores da Escuta da Palavra e Meditação, perguntava sobre este aspecto. Os irmãos de Jesus, como fica claro pelo próprio texto bíblico, eram filhos de Alfeu e sua esposa, e não de José e Maria. Em diversos lugares o Evangelho fala desses ‘irmãos’. Assim, S. Marcos e S. Lucas referem que ‘estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; e também em Jo 7, 1-10).

Toda a pessoa que pergunte sobre os irmãos de Jesus somente revela a sua ignorância da própria Bíblia. Até porque as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso ‘primo’ ou ‘prima’, e serve-se da palavra ‘irmão’ ou ‘irmã’.

Lê-se em Gênesis que ‘Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27) que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot ‘irmão de Abraão’: “Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos” (Gn 13, 8). Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15).

No Novo Testamento, fica claríssimo que os ‘irmãos de Jesus’ não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos ‘irmãos de Jesus’ são indicados por S. Marcos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas irmãs?” Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos de Alfeu e Cléofas: ‘Chamou Tiago, filho de Alfeu… e Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 15-16). E ainda: “Chamou Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 16). Quanto a ‘José’, S. Mateus diz que é irmão de Tiago: “Entre os quais estava… Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27, 56). Em S. Mateus se lê: “Estavam ali (no Calvário), a observar de longe…., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”. Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cléofas, conforme S. João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em S. João (19, 25): “Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cléofas, e Maria Madalena”. Simão, irmão dos três outros, ‘Tiago, José e Judas’ são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cléofas é o pai deles.

Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de S. João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um dilema sem saída para os protestantes, pois os ‘irmãos de Jesus’ são filhos de Maria de Cléofas e Alfeu.

Também decorre uma pergunta: Por que nunca os Evangelhos chamam os ‘irmãos de Jesus’ de ‘filhos de Maria’ ou de ‘José’, como fazem em relação à Nosso Senhor? E por que, durante toda a vida da Sagrada Família, apenas conta-se três membros: Jesus, Maria e José?

Portanto, a própria Sagrada Escritura demonstra que os supostos ‘irmãos’ de Jesus são seus primos e não seus irmãos carnais. Sua afirmação de que o trecho de S. Mateus tem duas passagens, uma referindo-se à filiação carnal e a segunda à filiação espiritual fica sem sentido, visto que não conferem com o texto bíblico. Até porque o parentesco de sangue não é sequer mencionado pelos seus irmãos nas cartas que escreveram e que se encontram no Novo Testamento, indicando que não davam valor a isso. Ao invés disso, eles se dizem servos de Jesus Cristo.

 Reflexão Apostólica:
 Esta é uma das passagens preferidas dos protestantes que gostam de diminuir Maria. Aqui, Jesus afirma que a mãe e os irmãos dEle são aqueles que ouvem a palavra de Deus, e a põem em prática. Os protestantes afirmam, a partir daí, que Jesus não dava importância à Maria, e que Ele tinha irmãos, ou seja, que Maria teve outros filhos.

Já li livros que ensinam como interpretar essa passagem bíblica sob a ótica católica para "defender" Maria contra os ataques dos protestantes. Como prefiro a praticidade e a objetividade, não perco tanto tempo tentando argumentar muito com os protestantes. Basta saber que o termo "irmão", no idioma falado naquela região, na época de Jesus, era utilizado para designar irmão ou primo. Quanto a importância de Maria, a questão é pura relatividade: você pode encarar que Maria é rebaixada... mas eu entendo que Jesus exalta aqueles que escutam a Sua Palavra e as põe em prática, a ponto de igualá-los à pessoa que Ele mais tem consideração no mundo, a sua mãe.

Se nós escutarmos e pusermos em prática seus ensinamentos, faremos parte da família de Jesus? Exatamente! E fazer parte da família implica dizer que teremos os mesmos direitos, os mesmos bens e os mesmos deveres!

Mas e a questão de Maria ter tido outros filhos? Meu amigo, se ela teve relações com José, o MARIDO dela, e se teve outros filhos, por acaso, isso diminui a mulher excepcional e especial que ela foi? Eu li e reli várias vezes os dogmas da igreja, e não encontrei nada que afirmasse que Maria morreu virgem. A certeza é que ela concebeu Jesus virgem, e permaneceu virgem após o parto inexplicavelmente (mistério de fé), e que após a sua morte, ela subiu aos céus sem pecado.

O próprio Catecismo da Igreja Católica considera o ato sexual NO MATRIMÔNIO uma bênção de Deus. Considera José como castíssimo esposo. No entanto, a nossa visão de castidade é um pouco distorcida: castidade não significa abstinência sexual, mas sim a vivência da sexualidade de forma sensata e coerente, respeitando o tempo de viver cada etapa da vida. Após o casamento, José e Maria poderiam ter relações sexuais, e isso não seria nenhum pecado. Pelo contrário, seria um ato abençoado por Deus. Conseqüentemente, não haveria motivo para se pensar que Maria seria menos santa e digna por causa disso. Afinal, ela foi a mãe do Filho de Deus.

Não estou afirmando aqui que Jesus teve ou não teve irmãos de sangue, ou seja, que Maria teve outros filhos com José. Nem que José e Maria tiveram ou não tiveram relações sexuais. Não quero escandalizar nem polemizar. Só quero deixar claro que tendo ou não, ela é e sempre vai ser a minha Rainha, Mãe do nosso Salvador e nossa Mãe, minha intercessora, e vai merecer toda a minha admiração, carinho e respeito. E ai de quem falar mal dela!

(…) Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam”.
ANULANDO DESCULPAS
Aquele que é bom para criar desculpas, raramente é bom para qualquer outra coisa. 
Desculpas são os tijolos de construção do fracasso; ações são os tijolos de construção do sucesso. A energia que você desperdiça em criar uma boa desculpa só faz com que você permaneça encalhado onde está. Porém, quando você coloca a mesma quantidade de energia numa ação positiva, você começa a se mover significativamente para frente. 

Quando você se deparar procurando por uma boa desculpa, pare e faça essa pergunta: “Qual é a ação que posso tomar agora a ponto de fazer com que essa desculpa seja desnecessária?” Desculpas lhe dá a permissão para desistir, mas isso não é algo que você realmente deseja fazer. Cave mais fundo, vá para além do superficial impulso de apenas criar uma desculpa e conecte-se com as coisas que realmente são importantes prá você e para o mundo ao seu redor. 

Faça um novo compromisso com aquilo que realmente importa. Deixe as desculpas para traz ao agir de tal maneira que venha lhe proporcionar o desfrutar – pela graça de Deus - do melhor das possibilidades.