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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Evangelho do dia 01 de outubro - 26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

01 outubro  - Reze, reze muito. Estes dias são de recolhimento: preparemo-nos em silêncio, esperando o sinal de Deus. (L 25). São Jose Marello
Mateus 21,28-32 ( Mt 21, 23-27)

""Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: 'Filho, vai trabalhar hoje na vinha!' O filho respondeu: 'Não quero'. Mas depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu:' Sim, senhor, eu vou'. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?" Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: "O primeiro." Então Jesus lhes disse: "Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele. " 

Meditação:

As parábolas são uma forma literária à qual se recorre para tornar compreensível uma realidade que se deseja revelar. Nos evangelhos encontramos quarenta e quatro parábolas.

Dentre elas, temos várias que são encontradas nos três evangelhos sinóticos. Outras são próprias de um ou de outro evangelista. Assim temos duas parábolas que são exclusivas de Marcos, nove exclusivas de Mateus, dezoito exclusivas de Lucas, e duas exclusivas de João.

A parábola dos dois filhos só se encontra no Evangelho de Mateus. Esse dado é importante, pois o evangelista tirou lá do fundo do baú (13,52) coisas antigas, mas também coisas “novas”, a fim de dar ao seu escrito uma dimensão especial.

As parábolas exclusivas de Mateus são as coisas novas que ele reservou para o momento certo, querendo com isso sublinhar a idéia básica que percorre todo o evangelho.

Essa idéia básica é o tema da justiça do Reino, como já tivemos oportunidade de ver nos comentários ao evangelho dos domingos anteriores.

A parábola que hoje Jesus nos propõe, denuncia igualmente a falsa consciência religiosa. A vinha é a realidade do mundo, na qual o trabalho é árduo e urgente. A essa vinha, o Pai envia seus filhos. A resposta dos dois é ambígua. Contudo, somente o compromisso do que inicialmente se havia negado ao trabalho nos permite descobrir quem agiu coerentemente.
Deste modo Jesus denuncia aqueles dirigentes e todo o povo que publicamente se compromete a servir ao Senhor, nas que é incapaz de agir de acordo com suas palavras. Atitude que contrasta com aqueles que, embora pareçam se negar ao serviço, terminam dando o melhor de si na transformação da vinha.

Esta parábola expõe um dilema que põe à descoberto a práxis de seus ouvintes e que, lida à luz dos acontecimentos da época de Jesus, nos mostra como os que eram considerados pecadores pelo aparato religioso eram, na realidade, os únicos atentos à voz do profeta.

A conversão não é um assunto de solenes proclamações ou de prolongados exercícios piedosos, mas um chamado inadiável à justiça e ao discernimento.
As palavras de Jesus feriam a sensibilidade religiosa de seus contemporâneos que se consideravam autênticos seguidores de Javé e inigualáveis homens de fé, porque colocava diante deles o testemunho daquelas pessoas que eram consideradas uma classe de pecadores: as prostitutas e os publicanos.

Prostitutas e publicanos não somente eram profissionais terrivelmente desprezados, mas aqueles que as exerciam eram considerados pessoas asquerosas e inadmissíveis entre a gente de bem.
Jesus ridiculariza todas essas avaliações lançadas dos pedestais do sistema religioso e mostra, com os fatos, que nem sequer a presença de um profeta tão grande como João Batista é capaz de transformar as consciências calejadas e estéreis daqueles que se consideravam salvos unicamente pelo alto cargo que ocupavam no aparato religioso.

Mais além de uma interpretação limitada ao contexto judeu da época de Jesus, esta sua palavra pode e deve elevar-se à categoria universal e ao princípio teórico: o da primazia do fazer sobre o dizer, da prática sobre a teoria.

Um irmão disse que sim, muito disposto, mas seus atos desmentiram suas palavras: sua palavra verdadeira, sua palavra prática, foi um não.
O outro irmão pareceu estar desde o princípio fora do caminho da salvação, por suas palavras negativas e inaceitáveis; mas deixando de lado suas palavras, e ainda sem substituí-las por outras mais adequadas, aceitáveis, ele de fato foi à vinha, “fez” a vontade do Pai. Dizer/fazer, teoria/prática: o Evangelho deve ser propagado sem vacilações diante destas disjuntivas.
Por isso, cabe aqui esta bela oração do Beato Tiago Alberione:

 "Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém."

Reflexão Apostólica:
Quantos de nós não o vivemos na própria pele? Quantas vezes, mesmos repletos de razão e motivos para não fazer ou ajudar, mudamos de opinião (vejam o caso da CNBB ao fazer um acordo, semana passada, com determinada senadora para  "apoiar" a aprovação do PLC 122), engolimos nossos “sapos” e com eles o orgulho, e por fim ao ver tudo realizado, fomos tomados de satisfação e ALEGRIA?
Muitos se sentem incomodados com a nossa disposição. São pessoas que aos poucos foram deixando apagar a chama da alegria em seus corações e não conseguindo motivos ou razões para vislumbrar, passam, às vezes inconscientemente, a enxergar como tolice aquele (a) que consegue vencer a vontade de estagnar-se e se move. Não sei bem se é um bom exemplo, mas como imaginou o criador do nome Rolling Stones, que “pedra que rola, não cria limo”.
Se “rolo” não deixo essa maldade “grudar” no meu dia-a-dia. Se mesmo querendo dizer não, analiso os que serão afetados pela minha decisão, e movido pelo amor ao inocente, troco de conduta. Posso dizer que estou a um passo da maturidade espiritual quando opto pelo bem maior.
Quando dizemos “amor ao inocente” referimo-nos, em especial, a nossa vida em comunidade.
A missa de domingo na comunidade que participamos tem cerca de 100 a 200 pessoas, sendo assim, cerca de 300 pares de olhos que vêem nosso trabalho, nosso empenho, que nos ouvem e estranhamente nunca nos magoaram ou criticaram nosso trabalho.
Às vezes, quando nos recusamos a fazer algo por “orgulho ferido” acabamos prejudicando a quem não tem culpa. Sabemos sim, que existem muitas coisas nos magoam ao ponto de não querer mais, mas dizer “não” hoje e depois voltar atrás e dizer “sim”, nos dá uma tremenda paz.
Há outra expressão forte no evangelho de hoje “(…) Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus.”.
Só ela já daria muitas laudas de texto e reflexão, mas deixamos uma mensagem importante: Todos temos erros e como diria um padre amigo nosso: “santo é aquele que cai 1000 vezes e se levanta 1001 vez”.
Temos muitos erros oriundos do julgamento, principalmente dos feitos de forma aleatória e precipitada.
Milhões almejaram a santidade, poucos tiveram o reconhecimento humano dela, mas, uma parcela ainda maior que apenas poucos, tiveram o reconhecimento aos olhos de Deus.
A santidade é um projeto de vida, galgado a cada dia. Ela não pode ser usada por nós como separação ou seleção de pessoas, pois isso cabe somente a Deus.
Sendo assim, não podemos nos gabar por sermos dessa ou daquela pastoral ou movimento ou identidade, ser santo ou não, se como os apóstolos, na hora que Jesus mais precisa de nós, damos as costas, não o ajudamos, o abandonamos.
Nossa alegria vem do Senhor! Ele se faz precisar de nós!
Propósito:
Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta a teu apelo não seja pura formalidade.
UM PASSO DE CADA VEZ
Fé é reconhecer que Deus é o Senhor do Tempo mesmo quando a minha perspectiva de tempo não concorda com a Dele.  

São poucas as pessoas que podem tomar passos gigantescos a fim de se tornar um fenômeno do dia para a noite. Isso pode até acontecer mas é muito raro. Porém, todas as pessoas podem dar um passo de cada vez. Um após o outro e mais um e outro mais. 

São através dos pequenos passos repetidos inúmeras vezes que proporcionam as grandes realizações. Olhe para a sua própria vida e você verá muitos desafios. Alguns parecem impossíveis de serem superados. Porém, assim que você começar a se concentrar neles, imediatamente eles irão diminuir em dimensão. Você agora irá perceber que você cresceu. Você aprendeu. Você realizou. Você experimentou; e pela abundante graça de Deus os seus sonhos se tornaram uma realidade. 

A despeito do tamanho do obstáculo, da dimensão do alvo, existe alguma coisa que você pode fazer hoje, amanhã e nos dias que se seguem. Pare de pensar num passo gigante e tome um pequeno passo de cada vez..

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