Seguidores

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Evangelho do dia 01 de junho segunda feira 2020


01 junho - Quando sentimos o coração duro e irritável, vamos buscar um pouco de doçura no Coração de Jesus. (S 176). São Jose Marello


Marcos 12,1-12 – Parábola dos vinhateiros homicidas – Começou a falar-lhes em parábolas: Um homem plantou uma vinha, cercou-a de uma sebe, abriu um lagar, construiu uma torre. Depois disso, arrendou-a a alguns vinhateiros e partiu de viagem. No tempo oportuno, enviou um servo aos vinhateiros para que recebesse uma parte dos frutos da vinha. Eles, porém, o agarraram e espancaram, e mandaram-no de volta sem nada. Enviou-lhes de novo outro servo. Mas bateram-lhe na cabeça e o insultaram. Enviou ainda outro, e a esse mataram. Depois mandou muitos outros. Bateram nuns, mataram os outros.
Restava-lhe ainda alguém: o filho amado. Enviou-o por último, dizendo: 'Eles respeitarão meu filho'. Aqueles vinhateiros, porém, disseram entre si: 'Este é o herdeiro. Vamos, matemo-lo, e a herança será nossa'. E agarrando-o, mataram-no e o lançaram fora da vinha. Que fará o dono da vinha? Virá e destruirá os vinhateiros e dará a vinha a outros. Não leste esta Escritura: "A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isso é obra do Senhor e é maravilha aos nossos olhos". Procuravam prendê-lo, mas ficaram com medo da multidão, pois perceberam que Ele contara a parábola a respeito deles. E deixando-o, foram embora. Palavra da Salvação!

Meditação:
Jesus "inventou" estórias que receberam o nome de parábolas, para explicar a sua mensagem ao povo simples, sobre como deveriam fazer para merecer o reino eterno.

Com essas parábolas, ficava muito mais fácil do povo entender o que Ele queria dizer. Evidentemente, Jesus poderia se expressar com um palavreado todo  complicado, rico mais difícil de entender.

Mas, qual é mesmo a mensagem que está por trás desta parábola? O que mesmo que Jesus queria dizer? Bem. Ele aqui está criticando os chefes religiosos do templo de Jerusalém, sacerdotes e proprietários de terras.

Nesta parábola, Jesus está mostrando o caráter dos líderes judeus, que tinham rejeitado os profetas de Deus e estavam se preparando para rejeitar e matar seu Filho amado.
Na aplicação da parábola, apesar da prepotência e violência nela contida, Deus pode ser entendido como o proprietário da vinha. A vinha, conforme a tradição profética, é o povo amado por Deus. Os agricultores violentos são os chefes religiosos, que oprimem, exploram o povo e procuram eliminar quem busca libertação. Eles entenderam que Jesus falava deles. Irritam-se e procuram prendê-lo.

Jesus é o herdeiro de Deus e nós, “feitos filhos de Deus”, ganhamos o privilégio de também sermos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo Jesus. Que bênção, que privilégio Ele nos concede!

No texto de hoje, Jesus dá a conhecer a todos o que os religiosos do templo tinham escondido nas entranhas do coração – tinham-se apoderado da vinha, consideravam-na sua e não administradores dela! Quantos de nós, hoje, temos “subido acima da chinela” e nos temos por donos do que é de Deus, e não mais mordomos.

A parábola dos vinhateiros assassinos revela a história de infidelidade do povo ao amor do Senhor. Muitos profetas enviados por Deus haviam sido rechaçados e assassinados pelos dirigentes políticos e religiosos. A causa da rejeição estava fundamentada em que estes mensageiros, falando em nome de Javé, punham em evidência a infidelidade do povo e de seus dirigentes para com a aliança firmada com ele.
Todo profeta, todo mensageiro que fale em nome de Deus e questione o status social, nunca é bem visto; torna-se uma pessoa sumamente incômoda; por isso é necessário eliminá-la.

A parábola manifesta que não respeitam nem o filho do dono da vinha. Ao contrário: se é o herdeiro, com maior razão querem eliminá-lo para ficarem com tudo, sem nada que estorve os interesses dos desordeiros.
Esta foi e continua sendo a sorte de muitos homens e mulheres que ao longo da história da humanidade e da Igreja foram assassinados por apontar os pecados do povo e de seus dirigentes, e por lembrar a fidelidade à mensagem de Deus.

Reflexão Apostólica:

Jesus passa ao ataque. A figueira não dá frutos, e o Templo tornou-se lugar de roubo, porque as autoridades (chefes dos sacerdotes, doutores da Lei, anciãos do Sinédrio) exploram e oprimem, apoderando-se daquilo que pertence a Deus, isto é, o povo da aliança(vinha).
Depois de muitos profetas que pregavam a justiça (empregados), Deus envia o próprio Filho com o reino. A rejeição e morte do Filho do trazem a sentença: o povo de Deus, agora congregado em torno de Jesus (pedra), passa a outros chefes, que não devem tomar posse, mas servir.
Jesus foi enviado pelo Pai justamente para nos dar o conhecimento de Deus, do Seu amor e da sua misericórdia, mas os homens o rejeitaram. Refletindo sobre esta Palavra nós percebemos que ainda hoje o Filho de Deus, Jesus Cristo é rejeitado e muitos

O tratam com indiferença, mesmo aqueles que se dizem cristãos. Muitos dos que estão até dentro da Igreja e freqüentam os sacramentos, fazem pouco caso dos ensinamentos de Jesus confundindo as pessoas interpretando a Palavra de acordo com a realidade e em benefício de cada um.

Assim, sendo, pregam e aceitam a teoria do aborto, do “não tem faz mal”, tudo é lícito, tudo é permitido, “o que vale é ser feliz”. Será que percebemos que agindo assim nós estamos fazendo igual aos agricultores da vinha? Devemos meditar muito sobre isto.

Será que estamos rejeitando a Jesus com as nossas incoerências de vida? Jesus veio para todos ou só para os meus? O que você tem feito com os mensageiros do Senhor na sua vida? Quem são os agricultores de hoje? Qual a nossa responsabilidade na vinha do Senhor? A quem estamos matando? Você também acha que tudo é relativo?

A passagem evangélica de hoje nos apresenta a parábola dos vinhateiros homicidas, dirigida aos sacerdotes, escribas e senadores de Jerusalém, personagens influentes e opositores ao plano de Deus, revelado nos profetas e no próprio Jesus.

Aqueles personagens não eram propícios à justiça e à caridade com os mais fracos, para manter seus próprios interesses. Deus, por meio de sua Palavra, desnuda os corações e coloca à luz os interesses que movem o ser humano.

Oxalá que nossos mais vitais interesses como cristãos sejam os de anunciar e construir o reino de Deus no meio da humanidade; do contrário, seremos qualquer coisa, menos cristãos.

É preciso deixar o lugar que não nos pertence e retomarmos o lugar de servos e despenseiros de Deus, trabalhando de alma e coração. Como é que te consideras em relação às coisas de Deus? Dono, senhor ou despenseiro? Convém que sejamos bons despenseiros da graça de Deus.

Quantos conflitos evitaríamos na causa de Deus se, em vez de nos “armarmos” em donos da vinha de Deus, assumíssemos, com submissão e gratidão, o privilégio de mordomos fiéis do nosso Pai do Céu.

Fiquemos certos que, no tempo próprio, Deus nos chamará, com Sua autoridade e poder: muito bem, servo bom e fiel, porque foste fiel no pouco; entra no gozo do Senhor.

Toma, agora, posse da tua herança, por teres aceite a capacidade de crer: a todos quantos O receberam, deu-lhes a graça de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu Nome.

Propósito:
Pai, porque és misericordioso, nunca te cansas de querer levar a mim e a toda a humanidade para junto de ti. Que eu perceba e acolha a manifestação deste teu imenso amor e me converta no agricultor que produza bons frutos no devido tempo e os entregue a Vós!

Reflexão:
A alegria é fruto de uma vida de oração, comunhão com Deus, treinamento e conquista pessoal.
No entanto, é uma virtude que precisa ser conquistada, exercitada, aprendida, até que se firme como uma parte de sua personalidade.
Se semear somente ideias positivas, vai colher os frutos da sabedoria e da alegria.
Isso é semelhante ao que ocorre com as crianças, receptivas a ver o mundo como um presente magnífico dado por Deus.

domingo, 24 de maio de 2020

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO - DOMINGO DE PENTECOSTES



31maio Que a Mãe Santíssima nos guarde sempre debaixo do seu manto! (L 17).São Jose Marello
João 20,19-23
 "Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, os discípulos estavam reunidos, com as portas fechadas por medo dos judeus. Jesus entrou e pôs-se no meio deles. Disse: "A paz esteja convosco". Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, se alegraram por verem o Senhor. Jesus disse, de novo: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio". Então, soprou sobre eles e falou: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos"." 

Meditação: 
Com alegria celebramos como comunidade discipular a grande Solenidade de Pentecostes. Com ela encerramos o círculo litúrgico: cinqüenta dias após a Páscoa. Nela inauguramos o tempo do Espírito, o tempo da Igreja.
Durante estes cinqüenta dias, em diferentes tons e com insistência pedagógica quase repetitiva, o evangelho de João e o livro dos Atos dos Apóstolos (At 2,1-11) nos prepararam para viver com intensidade espiritual, pessoal e comunitária, este momento culminante de nossa fé.
Pentecostes era uma festa do judaísmo, com raízes no antigo Israel e nas tradições agrícolas de Canaã, associada à colheita do trigo, bem como as festas dos Ázimos e da Páscoa.
A associação do dom do Espírito à festa judaica de Pentecostes é feita exclusivamente por Lucas e foi incorporada na tradição das igrejas cristãs.
Assim como Jesus não veio ao mundo para condená-lo, assim também não cabe à comunidade missionária a condenação. É à palavra anunciada que cabe o julgamento. Porém, à missão cabe o anúncio da prática da justiça, a qual tira o pecado do mundo e instaura o amor.
O Espírito é a plenitude do amor. O fruto do amor é a união. Pelos atos de comunicação, misericórdia, perdão, solidariedade, partilha, serviço, nos unimos em um só corpo.
Um só corpo, com diversos membros, com diversidade de funções e carismas. Um só corpo, com membros sadios, que usufruem os bens deste mundo, e com membros doentes, excluídos, pobres, sofrendo privações. A vida deste corpo deve irradiar-se ao corpo todo, comunicando vida plena a todos seus membros.
A Ressurreição do Senhor é o centro de tudo o que podemos celebrar. É o centro da nossa fé. O começo e o fim da nossa existência.
Se falarmos do nascimento do Senhor, estaremos já nos preparando para este momento de Ressurreição. Se mencionarmos a sua morte, será para aderirmos à sua Ressurreição. Da Encarnação à Ressurreição, o Mistério é o mesmo. É preciso abertura de coração para acolher e viver este Mistério na fé.
O evangelista João inicia sua narrativa expondo a situação da comunidade. “Ao anoitecer, do primeiro dia da semana, estando trancadas as portas do lugar onde se encontravam os discípulos…”.
Ele realça a situação de insegurança própria de quem perde as referências e que não sabe mais a quem recorrer. “Jesus aparece e se coloca no meio deles”.
Os discípulos ficaram contentes por ver o Senhor, e recuperam a paz e a confiança. Eles redescobrem o Mestre como centro de referência: d'Ele recebem as coordenadas que os levam a superar o medo e a incerteza.
Diante dos “sinais de suas mãos e do lado”, que evocam o amor total expresso na cruz, os discípulos sentem que nem o sofrimento, nem a morte, nem a violência do mundo poderão detê-los.
E Jesus prossegue: “Como o Pai me enviou, assim também envio vocês”. Vivificados pelo sopro do Espírito do Ressuscitado, os discípulos constituem a comunidade da nova Aliança e são enviados a testemunhar ao mundo, em gestos e palavras, a vida que o Pai deseja oferecer a toda a humanidade.
Assim, quem aceitar a proposta do perdão dos pecados, será integrado na comunidade de Jesus que, animada pelo Espírito Santo, será mediadora da oferta do amor misericordioso do Pai.
A nova comunidade, por palavras e ações, tem a missão de criar as condições para que o Espírito seja acolhido pelos corações humanos.
Assim, a comunidade gerada do sopro do Espírito do Ressuscitado se transformará numa comunidade reconciliadora e testemunha do amor gratuito e generoso do Pai.
É bom lembrar que na celebração do Pentecostes, cumpre-se a promessa de Jesus aos discípulos: “O Advogado, que eu mandarei para vocês de junto do Pai, é o Espírito da Verdade que procede do Pai. Quando ele vier dará testemunho de mim e vocês também darão testemunho de mim” (15, 26-27a).
Reconhecer esta presença de Deus, que se fez um conosco, nos impulsiona a testemunhar e testemunhando anunciar que Ele esteve morto, mas agora vive. Que foi por nós, pregado numa Cruz, mas que para nossa salvação, ressuscita glorioso. Vem de Deus para nos trazer Deus. Volta para Deus para nos levar consigo até Deus.
“Se eu não for para junto do Pai, não poderei enviar-lhes o Dom do Pai”. Se eu não voltar para o meu Pai, não poderei levá-los para junto do meu Pai.
É necessária esta passagem. Fez-se necessária a sua morte. Foi uma realidade este evento, é necessária total acolhida da nossa parte para recebermos o Dom do Pai.
O Espírito Santo nos é oferecido para que vivamos no hoje da nossa história a alegria plena, pela certeza de que já fomos salvos pelo Cristo de Deus.
Para nós cristãos, Pentecostes é a plenitude da Páscoa e o dia do nascimento da Igreja com a missão de dar continuidade à obra do Ressuscitado no curso dos séculos, em meio à diversidade dos povos, animada pelo dom do Espírito enviado sobre as comunidades dos discípulos pelo Pai e pelo Filho glorificado.
À luz de Pentecostes, o anúncio do Evangelho consistirá sempre numa proposta de vida, vivida na reciprocidade, na escuta e na busca sincera da verdade, que abre horizontes ao diálogo, respeitoso e amigo, com cada pessoa e cada povo: com a presença do Espírito Santo, o mundo inteiro é renovado!
Quanto mistério nos envolve, quanta presença de Deus nos foi manifestada durante estes dias jubilosos! É da Cruz que nasce a Igreja.
Do lado aberto do Senhor somos todos purificados, mas é do Espírito que o Pai nos envia, que temos força, coragem e entusiasmo para testemunhar este grandioso mistério. É Pentecostes o novo marco da nossa história pessoal e eclesial. É pelo Espírito Santo que nascemos para Deus.
Através do Espírito de Cristo, somos configurados a Ele e nos empenhamos no caminho da virtude. É o Espírito Santo que como Dom do Pai, transforma nossa tristeza em perfeita alegria, que nos oferece a vitória através da Cruz. “Se com Ele morremos, com Ele ressuscitaremos”.
Somos hoje Maria, que acolhe o anúncio e imediatamente se coloca a serviço de quem necessita do nosso auxílio. Somos Maria Madalena, que tem o coração transformado pelo amor do seu Senhor, para no amor Dele transformar em alegria a tristeza de nossos irmãos. Somos Isabel, geradora de vida mesmo na velhice, quando nosso coração se abre para acolher a novidade da salvação que nos é oferecia. Somos ainda Zacarias, mergulhado num profundo e misterioso silêncio para compreender a realidade visível de um Deus invisível. Somos por fim, Igreja viva, sustentada e orientada pela ação do Espírito de Deus.
O Dom de Deus que vai nos transformar e nos fará testemunhar que Cristo vive entre nós, é a alegria de pertencermos do Corpo Místico de Cristo, que vive e reina para sempre, aquecendo o nosso coração a caminho do novo Emaús, que nos leva a partilhar o pão do céu.
Pela alegria de servir, pelo júbilo de um encontro com o Senhor, pela certeza de sua presença transformadora e pelo mergulho da fé no Mistério de Deus, vamos anunciar pela nossa vida, que Cristo ressuscitou e vive entre nós. Que somos outros “Cristos” testemunhando a graça, o amor e o Dom de Deus no mistério de Pentecostes.
Reflexão Apostólica:

Todos os carismas, dons e ministérios estão em função do crescimento da Igreja. A ação do Espírito qualifica a missão da Igreja no mundo e não somente na santificação individual. O Espírito articula interiormente a missão de Jesus e a missão da Igreja.

O quarto evangelho apresenta duas cenas contrastantes. Em primeiro lugar, os discípulos fechados em uma casa, cheios de medo e ao anoitecer. Em segundo lugar, a presença de Jesus que lhes comunica a paz, mostra-lhes suas feridas como sinal de sua presença real. Eles enchem-se de alegria e Jesus lhes comunica o Espírito que os qualifica para a missão.

O medo, a obscuridade e o fechamento da “casa interior” se transformam agora, com a presença de Jesus, em paz, alegria e envio missionário.

São sinais tangíveis da ação misteriosa e transformante do Espírito no interior dos crentes e da comunidade. Ressurreição, ascensão, irrupção do Espírito e missão eclesial aparecem aqui intimamente articulados. Não são momentos isolados, mas simultâneos, progressivos e dinamizadores na comunidade crente.

Jesus cumpre suas promessas. Ele prometeu a seus discípulos que logo voltaria, que não os deixaria sozinhos. Disse-lhes que o Espírito Santo de Deus os assistiria para que entendessem tudo o que ele lhes havia anunciado. Assim se faz. Agora lhes comunica o Espírito que tudo cria e renova tudo. Jesus sopra sobre eles como Deus soprou para criar o ser humano. Eles são as pessoas novas da criação restaurada pela entrega amorosa de Jesus.

A violência, a injustiça, a miséria e a corrupção em todos os âmbitos da sociedade, nos enchem de medo, desalento e desesperança.

Não vemos saída e preferimos o fechamento em nós mesmos, em nossos assuntos individuais e esquecemos do grande assunto de Jesus. Então é quando ele irrompe em nosso interior, ultrapassa as portas do coração e ilumina o entendimento para que compreendamos que não nos abandonou.

Ele continua presente na vida do crente e no seio da comunidade. Continua agindo através de muitas pessoas e organizações que se comprometem totalmente para seguir lutando contra toda forma de pecado que desumaniza e aliena o ser humano.

O Espírito de Deus continua agindo na historia ainda que aparentemente não o percebamos. Não é necessário fazer tanto ruído para dizer que o Espírito está agindo. Muitas vezes não o sentimos porque age em forma muito simples através de gestos que podem passar desapercebidos.

Que sinais da presença dinamizadora do Espírito de Deus podemos perceber em nossa vida pessoal, familiar e comunitária? Conhecemos pessoas que agem sob a ação do Espírito? Por que? Que podemos fazer para descobrir e fortalecer os dons e ministérios que o Espírito continua suscitando em pessoas e comunidades?

No evangelho de João é o próprio Jesus quem comunica o Espírito a seus discípulos. O evangelista põe especial atenção para descrever a situação dos discípulos: portas fechadas, medo, dúvida, paralisia interior, inércia exterior.

A presença do Ressuscitado transforma o medo em prazer e alegria, devolve a paz aos corações atribulados e qualifica para transmitir esta experiência mediante o perdão e a reconciliação. O Espírito nos dá paz, comunhão, justiça, alegria, perdão, reconciliação e a luz para compreender a verdade.
Também nós podemos participar desta experiência se deixarmos que o Espírito de Jesus nos encha e nos impulsione a testemunhar a proximidade do reino com coragem e alegria.
Propósito:
Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai da Gloria: ilumina nosso olhar interior para que, vendo o que esperamos pelo teu chamado, e entendendo a grande e gloriosa herança que reservas aos seus santos, compreendamos com que extraordinária força age em favor dos que crêem. Senhor Jesus, que eu seja cada dia revestido pela força do Espírito Santo, que me capacita para exercer, sem descanso, minha tarefa de evangelizador.
Reflexão:
Nada pode ser comparado a um amigo fiel.
Nem ouro nem prata excedem seu valor.
Talvez você se pergunte: “A quem posso chamar de amigo?”
Se isso lhe ocorrer, lembre-se de que Jesus, um homem tão conhecido, também tinha poucos amigos.
Embora tivesse doze apóstolos, quando precisou fazer importantes revelações, chamou somente Pedro, Tiago e João (o discípulo amado).
Lembre-se de que a verdadeira amizade nasce do coração de Deus.

Evangelho do dia 30 de maio sábado 2020


30 maio - São José Marello.
A palma da vitória está no Céu para quem sabe morrer triunfalmente. (L 23). São Jose Marello
João 21,20-25
"Então Pedro virou para trás e viu que o discípulo que Jesus amava vinha atrás dele. Este era o mesmo que estava ao lado de Jesus durante o jantar da Páscoa e que havia chegado para mais perto dele e perguntado: "Senhor, quem é o traidor?" Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus:
- O que diz, Senhor, a respeito deste aqui?
Jesus respondeu:
- Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso? Venha comigo!
Então se espalhou entre os seguidores de Jesus a notícia de que aquele discípulo não ia morrer. Mas Jesus não disse isso. Ele apenas disse: "Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso?"
Este é o discípulo que falou destas coisas e as escreveu. E nós sabemos que o que ele disse é verdade.
Final
Ainda há muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas, uma por uma, acho que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos." 

Meditação:
Agora que Pedro sabe o final do caminho (dar a vida), Jesus o convida a segui-lo. É o mesmo convite que fez a Felipe no principio do evangelho. Pedro tem que voltar ao início do discipulado, onde estava Felipe; tem que ir aprendendo de novo toda a vida de Jesus, até chegar à cruz, como ele.

O começo de sua conversão está em se voltar e mudar a direção de sua caminhada. Vê então o discípulo que nunca deixou de seguir a Jesus e que o continua seguindo. O evangelista (João 20,21-25) caracteriza este discípulo recordando o episódio da Ceia, onde sua intimidade com Jesus fez dele o único confidente da identidade do traidor. Marca assim a diferença entre este discípulo e Pedro na proximidade de Jesus e a confiança com ele; por outro lado, recorda o traidor. Também Pedro estava em perigo de se perder; mas, por não ter dado o passo atrás, voltando ao sistema injusto, isto o resgatou.

Ver o outro discípulo provoca em Pedro uma reação. Está seguro da fidelidade daquele discípulo, mas não da sua própria. Agora que Jesus o convidou a segui-lo e lhe anunciou como meta de sua vida uma morte como a sua, pensa fazê-lo com maior segurança indo atrás daquele que acompanhou Jesus até a cruz. Por isso pergunta o   que vai ser do outro: imitando-o evitará todo desvio. O uso do sobrenome só (Pedro) indica que sua atitude não é ainda a que Jesus espera.

Jesus não contesta a pergunta. Afirma em primeiro lugar que o futuro do outro discípulo depende dele e que não é coisa que interesse a Pedro. Não importa o que se passe com o outro; o caminho de cada um é independente. A resposta de Jesus a Pedro sobre o destino de João é realmente sábia: nada lhe revela. Pedro fica assim aberto ao amor, ao serviço e à ajuda a esse e a todos os seus irmãos, sem saber o caminho que tomará a história. É que determinar o futuro pode esfriar ou destruir o amor. É melhor que este permaneça vivo no meio da incerteza.

A pergunta que Pedro faz a Jesus expressa além da curiosidade o interesse pela vida do amigo João. A resposta de Jesus assegura que o destino deste será diferente do de Pedro. Ele não será martirizado, mas, terá uma morte natural. Historiadores do século II, entre eles santo Irineu, doutor da Igreja e escritor, que retrata a as tradições da mesma, afirma que João morreu em Éfeso, por volta de 117 quando reinava o Imperador Trajano.

Seu martírio foi lento e incruento como vemos relatado por Lucas, nos Atos dos Apóstolos. Temporada usada por ele para pregar pela palavra, pelo testemunho e para escrever o Evangelho as Epístolas(cartas). O próprio são João escreveu tudo que presenciou, portanto testemunha ocular, e é reconhecido desde os primeiros leitores por sua autenticidade e veracidade.

Para suscitar a fé do leitor, o autor, que se apresenta como o discípulo que Jesus mais amava, termina afirmando que é verdadeira testemunha de todas as coisas narradas. Todos os discípulos de Jesus, ao longo dos tempos, são convidados a se identificarem com este "discípulo que Jesus mais amava". 

Nas palavras de Jesus, o futuro de sua comunidade aparece como o período em que acontece sua vinda. A expressão enquanto continuou vindo une as vindas futuras com as que já tiveram lugar; delas, a terceira, no contexto de missão, foi o paradigma de suas chegadas na eucaristia. Esta situação se prolongará no tempo até um momento que Jesus não determina. É a etapa em que irá se estendendo o reino de Deus e acabando-se a obra criadora na humanidade, até que se realize o projeto divino em todos aqueles que em épocas sucessivas respondam à mensagem da vida. O ciclo da criação culminará com a vitória final sobre a morte.

Jesus repete com maior ênfase seu convite anterior a Pedro: “Segue-me tu”). Não admite que se lhe possa seguir através de um intermediário. Cada discípulo está unido diretamente a Jesus, é objeto de seu amor e recebe dele o Espírito, que identifica com ele e impulsiona a segui-lo. Seguir a outro discípulo acabaria no fracasso, pois todo intermediário impediria a união íntima que Jesus estabelece com os seus. Só ele conhece a cada um por seu nome, penetra em seu interior e pode comunicar-lhe a força de seu amor.

Não se pode ter outro guia, nem sequer o mais próximo a Jesus. Não há outro caminho que o seu (Segue-me tu). A resposta de Pedro ao convite de Jesus será dada pela história pessoal do discípulo. Os discípulos coincidem todos na direção do seguimento, atrás de Jesus, o único modelo, para chegar à entrega total. No entanto, na tarefa comum, trabalhando em favor da humanidade, cada um vai expressando sua própria resposta ao amor que recebe.

Neste texto que encerra o evangelho de João, temos uma harmonização entre duas vias no seguimento de Jesus. Por um lado, Pedro, que "entregara" Jesus negando conhecê-lo no momento de sua prisão e que, agora, se reabilita por sua tríplice confissão de fé a Jesus. Por outro, o discípulo que Jesus amava, sempre presente e fiel até ao pé da cruz. A Pedro está reservado o martírio e ao outro discípulo, a permanência no amor. Testemunha-se Jesus pelo martírio bem como por uma vida consumida no amor.

João conclui o texto de hoje falando da grandeza de Jesus. Diz ele que tudo o se escrever sobre o Filho de Deus é pouco, nem os livros do mundo inteiro bastariam para falar da importância e da imensidão do Senhor. Necessitamos ter parusia, como Ele e como Paulo, narra como em Roma se encontrava preso por causa da esperança de Israel, do amor ao Cristo ressuscitado, à doutrina por Ele pregada e vivida.

O testemunho final de Paulo em Atos, põe-nos diante do horizonte aberto de nossa missão cristã: praticar e anunciar “com o testemunho” o Reino de Deus segundo Jesus, o Senhor. E o testemunho final da comunidade joanina no evangelho de hoje (que nos apresenta o segredo da grande autoridade do “discípulo amado” como testemunha de Jesus) nos mostra o caminho para gozar da experiência e autoridade do testemunho: a união e a intimidade pessoal com Jesus, como discípulos e discípulas ao serviço de sua Causa. Sem a amorosa amizade pessoal com Jesus não é possível ser “testemunhas” de sua Causa. Porque é essa amorosa amizade pessoal com Jesus que nos torna capazes, não só de crer em Jesus e esperá-lo e amá-lo, mas de crer como ele crê, de esperar com sua esperança e de amar com seu amor. Só assim entenderemos sua Causa tal como é, e a tornaremos digna de crédito na história.

Poderia haver melhor mensagem da Palavra de Deus nas vésperas de Pentecostes? O Espírito nos dá a mais íntima amizade com Jesus, nos dá sua fé, sua esperança, sua fidelidade, seu amor que é o amor com que ele ama o Pai e o Pai o ama e ama a cada um de seus discípulos e discípulas, e a todas as pessoas da humanidade. A eucaristia é nosso pentecostes sacramental, uma fonte inesgotável de amizade e união íntima com Jesus, e de compromisso de fidelidade na missão que continua cotidianamente, na humanidade, a missão de Jesus, a Testemunha maior do amor e da vida do Reino.  

Não saber o que vai acontecer dá maior campo à liberdade, maiores possibilidades à graça e abre sempre novos caminhos ao amor. É também para o cristão um caminho para a confiança absoluta no amor providente do Senhor. “O que sabes tu sobre o que ele nos tem preparado?”, mas confiamos plenamente nele.

É prejudicial, ao contrário, apoiar-se em premonições sobre o futuro. Os que o fazem, crêem que saber o que nos espera dá segurança e tranqüilidade. Mas ter o futuro preso na mente provoca na realidade um dano. Porque, então, como ficaria a liberdade do ser humano? E a graça de Deus, não nos poderá dar, por acaso, algumas surpresas? Apoiar-se em supostas leituras do futuro pode levar à passividade interior ante uma história que, por parecer preestabelecida, surge também como imutável.

Buscar previsões do futuro estraga a espiritualidade, deforma a liberdade do ser humano, desfigura a imagem de Deus, Senhor da história, e mata as energias interiores, destinadas a construir novas propostas de uma sociedade mais justa. Contudo, não são poucos os cristãos que caem em tal inconseqüência.
  
A nossa fé é apostólica, ou seja, tem por fundamento o testemunho dado pelos próprios apóstolos. Sabemos que é um testemunho verdadeiro, porque por meio dele os discípulos encontraram a vida e não a morte. Devemos pautar a nossa vida e as nossas escolhas na tradição apostólica para poder ter a certeza de que não seremos enganados.

Assim fazendo, nos tornaremos discípulos amados por Jesus, e seremos também capazes -  como o apóstolo  João – de dar um testemunho verdadeiro, qual seja, aquele que se dá não só com palavras, mas sobretudo com a vida.

Oração: Pai, como o discípulo amado, desejamos estar perto de Jesus e ser amado por Ele, como discípulos e missionários, na força do Espírito Santo, com a missão de “renovar a face da terra”. Seja o testemunho deste amor suficientemente forte para atrair muitos outros discípulos para Ele.

Reflexão:
Hoje, você é convidado a analisar como aproveita seu tempo.
Procure fazer de cada instante uma oportunidade para planejar um futuro de segurança, paz e harmonia.
Aproveite os momentos de lazer para repor as energias e renovar as forças; trabalhe, leia, estude e assuma responsabilidades.
Nunca é tarde demais para recomeçar.
Sobre isso, considero muito pertinente esta frase de João Paulo II: “Olhar o passado com gratidão, viver o presente com paixão e ver o futuro com esperança”.

joão 21, 15 - 19 - Evangelho do dia 29 de maio sexta feira 2020


29 maio - A santa pureza é guardada pela virtude da humildade, sua irmã. Ah! Ninguém pode ser puro se não for humilde! E a Virgem Santíssima foi enriquecida por uma pureza tão singular e resplandecente porque foi sumamente humilde. (S 358). São Jose Marello
João 21,15-19
"Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?" Pedro respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Cuida dos meus cordeiros". E disse-lhe, pela segunda vez: "Simão... tu me amas?". Pedro respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta minhas ovelhas". Pela terceira vez, perguntou a Pedro: "Simão... tu me amas?" Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se o amava. E respondeu: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo". Jesus disse-lhe: "Cuida das minhas ovelhas. Em verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem, tu mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te amarrará pela cintura e te levará para onde não queres ir". (Disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus.) E acrescentou: "Segue-me"." 

Meditação: 
Neste capítulo 21 do evangelho de João temos um registro da retomada da missão dos discípulos na Galiléia. Os evangelhos de Marcos e Mateus também registram este retorno à Galiléia. É apenas o evangelho de Lucas que menciona a permanência dos discípulos em Jerusalém, em vez deste retorno.

No diálogo entre Jesus e Pedro, que ocorre após a pesca milagrosa no mar da Galiléia, temos o resgate da imagem de Pedro, ao qual se atribuiu uma tríplice negação de seu vínculo com Jesus, por ocasião de sua prisão.

A insistente pergunta de Jesus a Pedro, “Tu me amas?”, tem como intenção ver até que ponto o discípulo será capaz de se entregar por inteiro à missão que lhe será confiada.

Pedro é confirmado como pastor, líder por natureza, ainda que às vezes se equivoque. A comunidade reconhece nele a liderança necessária para desempenhar bem a missão.

A tripla negação contrasta com a tripla afirmação e adesão de amor de Pedro para com o Mestre. São respostas que afirmam, dão segurança, atestam a adesão a Jesus e a seu projeto do Reino. Assim, Pedro é confirmado como o pastor das ovelhas a ocupar o lugar de Jesus.

Não há dúvida de que as comunidades cristãs reconheciam Pedro como seu pastor e animador (Jo 6,68s; 20,1-9), apesar de seus erros.

Contudo, a comunidade de João, conhecendo a ambição inicial de Pedro de ser o primeiro em termos de poder e de hierarquia (Jo 13,6.37;18,8-11), põe condições para aceitá-lo, condições que continuam vigorando para todos os que aspiram a ser animadores de uma comunidade cristã.

A primeira é o serviço, lição bem aprendida por Pedro no lava-pés feito por Jesus. A segunda é o amor, três vezes ratificado por Jesus no evangelho de hoje, e que guarda estreita relação com a tríplice negação de Pedro.

Com suas respostas, Pedro convence todos sobre a sinceridade de seu amor por Jesus. Este lhe pede que o demonstre, apascentando (servindo e amando) seus cordeiros e suas ovelhas.

“Os cordeiros” designam os pequenos, enquanto que “as ovelhas”, os grandes; uma maneira de dizer que deve servir e amar a totalidade do rebanho, sem discriminações nem exclusões.

O trecho da juventude para a velhice simboliza a opção de Pedro por uma vida nova; e a expressão “estenderás as mãos” prediz sua morte na cruz.
Nós, como discípulos de Jesus, temos a tarefa de dar continuidade à missão que um dia Jesus e seus seguidores iniciaram.

Que nossa vida seja um testemunho de vida cristã, dar um sim à vida de toda a humanidade. O Senhor nos convida a segui-lo e isto implica chegar até a cruz, não porque buscamos a morte, mas porque existem no mundo pessoas que não querem vida digna para os pequenos e passam a ser perseguidores.

Reflexão Apostólica:
Nesta passagem de João, podemos perceber a reabilitação da autoridade de Pedro. A tripla pergunta de Jesus e a tripla resposta de Pedro mostram uma contrapartida simbólica de sua tripla negação.
Seu arrependimento está implícito na insistência em que ama a Jesus e na angustia que lhe produz a tríplice pergunta. A intenção direta da tríplice pergunta e resposta não é mostrar que Jesus duvida de Pedro, mas que Pedro ama Jesus profundamente. A sua morte será a prova da sinceridade de sua tríplice profissão de amor a Jesus, pois “Não há maior amor..."

O mandamento de apascentar o rebanho inclui duas atividades do apostolado de Pedro: a direção da Igreja primitiva de Jerusalém e a pregação missionária.

O evangelista não insiste na posição superior do pastor, mas sim no conhecimento que o une com as ovelhas e em sua entrega total ao rebanho até dar a vida por ele.

Jesus é o bom pastor ao qual o Pai deu o rebanho, Pedro deve cuidar dele; é uma referencia às relações de Pedro com a igreja no seu conjunto e não às relações de Pedro com os demais discípulos no terreno da autoridade.

Como vimos, Jesus não queria deixar dúvidas no coração de Pedro, por isso, o interpelou três vezes como que para confirmar a sua misericórdia para com ele que o negara também três vezes. “Tu me ama mais do que estes?”
Jesus tinha consciência do amor de Pedro, porém queria que ele também se conscientizasse de que apesar das suas faltas, o amor e a misericórdia de Deus são infinitos. Por detrás dos acontecimentos da nossa vida, a certeza do amor de Deus por nós fará toda a diferença.
A medida do amor de Deus é a medida da nossa abertura a este amor. Deus nos ama sempre e muito, porém o sentir o Seu amor está na nossa capacidade para acolhê-lo. E até o nosso amor por Deus é o resultado do Seu amor agindo dentro do nosso coração.
O amor que nós damos a Deus vem do amor que Ele tem por nós. O amar mais que os outros é efeito do Seu grande amor por nós. Mas este amor de Deus não pode ficar recluso!
Ele tem que transbordar, por isso, Jesus recomendou a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas”! É este o pedido do Senhor.
Apascentar é levar a paz, é dar testemunho com atos concretos de que realmente o amor de Deus em nós tem o poder de nos deixar serenos (as) e firmes apesar de todas as intempéries.
Somos chamados a amar assim!
Você ama com o amor de Deus? Você ama a Jesus mais do que os outros? Como você pode garantir isso? Deus o (a) ama mais do que às outras pessoas? Você se sente julgado (a) pelas pessoas?
Propósito:
Pai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho Jesus, e confirma minha condição de discípulo que deseja dar testemunho autêntico de sua fé.
Reflexão:
“A esperança é a última que morre.”
Ter esperança significa lutar com perseverança, esforço e coragem.
Acredite na própria capacidade, dedique-se com afinco às suas atividades e confie em Deus.
Esforce-se e lute por tudo o que deseja alcançar.

João 17,20-26 - evangelho do dia 28 de maio quinta feira 2020


28 maio - Há uma virtude que resplandeceu de modo muito particular na Virgem Imaculada, nossa Mãe, uma virtude predileta de Jesus e que também nós devemos possuir, pois ela é o adorno mais lindo da alma: quero dizer a pureza, a virtude com a qual o homem imita os Anjos, aliás, os vence em merecimento, pois eles são puros por natureza, nós por graça: eles, não tendo corpo, são puros por necessidade, nós por vontade, pois nós devemos combater, vigiar, rezar muito e mortificar-nos para obter e conservar essa virtude tão delicada. (S 356). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São João 17,20-26
 "Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela palavra deles. Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste como amaste a mim. Pai, quero que estejam comigo aqueles que me deste, para que contemplem a minha glória, a glória que tu me deste, porque me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o farei conhecer ainda, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles"." 

Meditação:
 
Pouco antes de ser preso, Jesus passou suas últimas horas com seus discípulos, concluindo com uma oração: A Oração da Unidade.
Quem faz esta oração é o próprio Jesus e o motivo de sua oração, além de seus discípulos, são todos aqueles que crerão nele.
Algo do muito que podemos aprender desta oração, feita em um momento muito perigoso, em que a oposição estava a ponto de capturá-lo e a sombra da morte o espreitava, é que em lugar de pedir por ele mesmo, pede por todos os outros, por seus discípulos, pelos que crêem nele, pelos descendentes deles, inclusive ora por ti e por mim.
O diálogo íntimo de Jesus com o Pai, orando e suplicando a favor de seus discípulos, nos revela duas coisas fundamentes: “a unidade” e “o conhecimento”.
 Para João é importante que os discípulos de Jesus vivam em comunhão e conheçam o Pai. É fundamental para o cristão manter a unidade, que não significa uniformidade, mas a união de todos com Aquele que não chamou (Deus), e união com os irmãos que, na diversidade, compartilham um mesmo ideal: o Reino.
 Com esta oração, Jesus expressa seu profundo desejo de unidade. E esta não é somente entre os Apóstolos. E sim entre os discípulos e aqueles que mais tarde haveriam de acreditar nas suas palavras.
É a unidade na comunhão de vida plena com todos os amados por Deus. Sobretudo comunhão com aqueles que procuram a face de Deus mesmo às apalpadelas.
Os excluídos pela sociedade; os sem rumo certo na vida. Também estes são alvos da amizade, simpatia e estima dos Cristãos.
Por eles reza para que reconhecendo seu mau caminho, os seus deslizes, quedas, fracassos e falhas se convertam e acreditando na Boa Nova pregada por Jesus possam ser salvos.
Jesus, ao declarar a bem-aventurança dos pobres, ao repudiar o apego ao dinheiro e a opressão civil ou religiosa, indica o caminho desta unidade. No mundo cativo das ambições do poder e do dinheiro, instaura-se a injustiça que privilegia minorias e exclui maiorias.
Os discípulos devem compreender e, sobretudo, primar pela solidariedade, pessoa independentemente da sua condição social. Todos os homens maus ou bons, ricos ou pobres, brancos ou negros, naturais de um determinado lugar ou simplesmente residentes, todos são chamados à salvação.
A união ecumênica dos discípulos de Jesus far-se-á na luta pela remoção da barreira que separa os ricos dos pobres. Esta deve ser a nossa meta também.
Temos de lutar pela comunhão plena de amor, em que o amor do Pai e do próprio Jesus esteja em todos. E todos se sintam realmente amados pelo Deus.
A unidade do Filho e do Pai é modelo e fonte da unidade entre os cristãos e entre todos aqueles e aquelas que assumam a causa do Reino.
A unidade visível entre os seguidores de Jesus é um sinal ao mundo para que creia em sua missão, desta maneira Jesus inclui, indiretamente, o mundo em sua oração.
 Durante seu ministério, o mundo não reconheceu Jesus, mas no ministério dos discípulos será dada ao mundo uma nova oportunidade. Há dois traços característicos dos cristãos:

1. São pessoas que crêem em Jesus, com uma fé que implica o compromisso pessoal, vivido em comunidade e capazes de viver o amor;
2. Chegam à fé por meio da palavra dos discípulos de Jesus. O Espírito dá testemunho a favor de Jesus e o faz por meio dos discípulos. Para quem escuta essa palavra, ela se converte em espírito e vida; para os que se negam a recebê-la, se converterá em juiz.
Se a unidade dos crentes tem por modelo a unidade que há entre o Pai e o Filho, essa unidade deverá deixar espaço à diversidade, pois o Pai e o Filho são pessoas distintas sem que diminua sua unidade. A unidade implica uma relação de amor dos crentes com o Pai e com o Filho e uma relação de amor dos crentes entre si.
Reflexão Apostólica:
A verdadeira unidade dos cristãos, enriquecida pela sua variedade, é fruto do amor com que o Pai e o Filho, pelo Espírito Santo, se amam e nos amam. O ser “um” com Jesus implica adesão plena à sua mensagem e espalhá-la para o mundo que ainda não o conhece.

Por tal motivo, o chamado de Jesus está relacionado com o envio que é inerente ao discípulo. Ser enviado implica conhecer e vivenciar a mensagem a ser anunciada. É buscar, por todos os meios, levar o amor a toda humanidade.

O mundo só irá reconhecer que Jesus é O enviado do Pai, quando nós, cristãos, vivermos a unidade, compartilhando o Amor do Pai que Jesus veio trazer para nós por meio do Espírito Santo.

A melhor maneira de darmos testemunho de que realmente cremos em Jesus Cristo e que Ele é o nosso Senhor é quando vivemos a unidade nos nossos relacionamentos.

A unidade é expressão da verdade, portanto é prova de humildade. A unidade com Cristo é a mais importante, pois dela parte todo o entendimento e compreensão que nós precisamos viver nas nossas relações, conosco e com o irmão.

Por isso, é que no Evangelho Jesus roga pela unidade dos cristãos desde os apóstolos até nós que acreditamos na Sua Palavra. A Unidade entre os Seus filhos é desejo do coração do Pai.

Na maioria das vezes nós pedimos ao Senhor, saúde, riqueza, prosperidade, sucesso profissional, mas de fato, nós deveríamos implorar pela unidade nos nossas relações interpessoais, tanto na família, como na comunidade e no mundo.

Que fácil é orar por nós. Para que vá tudo bem. Para que não nos aconteça nada de mal. Para que tenhamos boa saúde. Para que não fiquemos sem trabalho.
 Também pode ser simples orar pelas pessoas que amamos. Orar pelo pai e pela mãe. Por nosso companheiro ou companheira. Por nossos filhos e filhas. Por nosso querido amigo ou por nossa querida amiga.
 Mas não é tão fácil orar por quem está fora de nosso círculo íntimo. Por exemplo: um parente distante do qual não gostamos e com quem nunca falamos, o colega do trabalho que sempre critica o que fazemos ou alguém que mal conhecemos e que faz piadas sobre nós.
 Definitivamente, não estamos acostumados a orar por essas pessoas que não conhecemos. Pessoas que quem sabe temos visto por aí, mas que nunca nos interessamos por elas.
 Mas, como diz o evangelista (Lc 6,32-33): "Que mérito tem vocês ao amar aos que os amam? Os pecadores fazem assim. E que mérito tem vocês ao fazer bem a quem aos que fazem o bem a vocês? Pois os pecadores fazem o mesmo."
Definitivamente, que simples é orar por nós e para nosso beneficio, sobretudo quando as coisas não estão saindo como queremos.
 Porém quando estamos nestas situações contrarias, pensamos em quantas pessoas se encontram na mesma situação? Nos recordamos daquelas pessoas que se encontram em situações piores que as nossas? Levamos em conta as pessoas que não podem lidar com situações com as quais nós podemos? Ou simplesmente nos concentramos em nossos assuntos e que os outros as resolvam como podem?
 Lembremo-nos sempre de que  a criação de Deus não pode ser considerada ou tida por propriedade privada de alguns. Um monopólio dos ricos em detrimento dos pobres. Pois, o que vemos é que os ricos tomam para si os meios que sustentam a vida, relegando os pobres à privação e à morte. 
É precisamente o que acontece na maior parte dos casos daqueles condenados a morrer em reservas, feito animais do jardim zoológico; aqueles que trocam por uma moeda de 50 centavos ou 1 real em vias pública, com o risco de serem atropelado pelas viaturas; as moças que ganham a vida pelo corpo; os pobres e excluídos das favelas. 
 Verdade é que os grandes do poder financeiro e político muitas vezes submetem estes e aqueles a produzirem para eles e se apropriam de seus bens.
 Podemos ser diferentes uns dos outros, podemos ter idéias, opiniões diversas, entretanto, precisamos ser iguais na mentalidade do amor. A perfeita unidade dá-se entre o Pai e o Filho porque ela é gerada no Amor que é o Espírito Santo, formando assim, a Santíssima Trindade. O Espírito Santo é quem opera em nós e faz milagres de reconciliação e amor.

Por isso, na nossa vida o Espírito Santo precisaria ser a base que sustenta as nossas diferenças a fim de que nós também vivêssemos primeira regra de Deus que é o amor. Jesus veio nos dar um novo mandamento: o amor mútuo. Tudo o que fizermos por amor estaremos contribuindo para que o mundo melhore e para que a justiça de Deus chegue à terra.

Para você o que significa amar? Marque com um x as manifestações do amor: revidar ( ); socorrer ( ) ; julgar ( ); desconfiar ( );Escutar ( ); consolar ( ); admoestar ( ); acolher ( ); aconselhar ( ); encorajar ( );Excluir ( ); discriminar ( ); evitar envolver-se ( ); omitir-se ( ): comprometer-se ( ) Você tem unidade com as pessoas da sua família? Você tem orado por elas? Por quem você precisa orar para que não entrem mais em conflitos que os (as) separam?
Diziam os "antigos" que não há oração mais poderosa que aquela que um outro faz por nós. Seria maravilhoso que um dia pudéssemos criar una corrente de oração que desse a volta ao mundo.
 Uma Corrente de Oração sem importar quem sejamos, que diferenças tenhamos, que façamos, em qual tipo de situação de vida nos encontremos ou em que lugar do mundo estejamos. Corrente que, ao final, regressaria a nós também.
 Que tal se hoje nós orássemos não por nós, nem pelas pessoas que estão dentro de nosso círculo íntimo, e sim por aquelas pessoas que mal conhecemos ou que simplesmente não conhecemos. Pela caixa do super mercado, por aquele moço que empacota as compras, pela garçonete que serve o café, pelo taxista que nos leva ao trabalho, pela senhora idosa com a que tropeçamos ao dobrar a esquina, pela menina que nos sorriu no outro lado da rua, pela mulher que vende rosas na esquina, pelo engraxate, por todas aquelas pessoas com as quais entrarmos em contacto no dia de hoje.
 Se fizéssemos isto, teríamos o beneficio de que um outro poderia também estar orando por nós, mas o mais importante seria que finalmente tornaríamos realidade as palavras de Jesus, cumpriríamos seu desejo, Todos nos converteríamos em Um.

Propósito:
Pai, faze-me assumir com muita disposição a tarefa de continuar a missão de Jesus, para que muitas outras pessoas abracem a salvação que nos ofereces e que, onde eu estiver, aqueles que me deste estejam comigo a fim de que vejam a minha natureza divina, que tu me deste; pois me amaste antes da criação do mundo.
Reflexão:
Existem momentos na vida em que tudo parece desabar.
Nesses instantes, você pode adotar certas atitudes, como, por exemplo, perdoar a si mesmo e a todos os que o magoaram; estender a mão a quem precisa; ir ao cinema, ler um bom livro ou ir à igreja.
Lembre-se de suas qualidades e capacidades, pense no que já conseguiu.
Seja generoso com você mesmo e com os demais.
Não esqueça de voltar-se para Deus.

João 17,11b-19 - Evangelho do dia 27 de maio quarta feira 2020


27 - São João, o Apóstolo predileto, foi o primeiro membro da família de Maria: ele era virgem, e isso é uma linda prova da predileção de Maria pela virgindade. (S 343). São Jose Marello
João 17,11b-19
 "Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um, como nós somos um. Quando estava com eles, eu os guardava em teu nome... Eu os guardei, e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. Agora, porém, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas estando ainda no mundo, para que tenham em si a minha alegria em plenitude. Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Eu não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. Consagra-os pela verdade: a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo. Eu me consagro por eles, a fim de que também eles sejam consagrados na verdade."  

Meditação:
 
Jesus não poupa seus discípulos das tribulações que o mundo lhes prepara. Melhor dizendo: o Mestre não lhes reserva um lugar especial, geograficamente separado, onde estejam imunes de tentações. Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Mas que permanecendo no mundo sejam firmes porque não são do mundo. 

É pelo fogo que se prova o ouro. A prova de sua fé acontece no confronto com o Maligno. É então que podem dar mostras da solidez ou da fragilidade de sua adesão ao Senhor.

E diante do futuro confronto com o príncipe deste mundo, Jesus se coloca em oração já aqui na terra por eles e os consagra a Deus. Pai santo, pelo poder do teu nome, o nome que me deste, guarda-os para que sejam um, assim como tu e eu somos um.

No colóquio com o Pai, Jesus alude ao fato da deserção de um discípulo, seduzido pelo Maligno: “Nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição“.

Jesus pede a graça da unidade para os seus discípulos. Ele é Um com o pai, e veio ao mundo para revelar aos homens o Pai, para que os homens comunguem na própria vida do Pai, junto de quem Ele é representante.

A unidade é, por isso, a comunhão de vida que existe entre o Pai e o Filho, e que, pelo Filho, vem até aos homens. Os que chegarem ao conhecimento do Pai pela palavra do Filho entrarão na unidade com Deus, se se deixarem consagrar por essa palavra de verdade que o Filho lhes revela.

Todo o seu ministério foi marcado por uma dedicação exemplar àqueles que o Pai lhe confiara. Guardava-os, com desvelo, para não se desviarem do caminho. Falava-lhes do Pai, revelando-lhes a sua face amorosa. Consagrou-os na verdade e os enviou para serem continuadores de sua missão.

A vida do Espírito Santo sobre os discípulos enviados para a missão é a segurança que eles esperam de Deus que os consagra no amor e na alegria. Assim como Deus consagrou o seu Filho, assim também Jesus os consagra à Deus seu Pai e os envia em missão, ao mundo, para serem testemunhos e testemunhas da Verdade, que é a realização da vontade de Deus: justiça, paz e vida sobre a terra.

O tema dominante da oração é o dom da vida eterna aos discípulos que permanecem em comunhão com Jesus, no que se manifesta a glória do Pai. Esta comunhão é mantida pelo vínculo da unidade, que Jesus pede ao Pai: "...que eles sejam um, como nós somos um".

Enquanto presente entre os discípulos, Jesus os guardava, com a sua palavra, mantendo esta unidade. Agora pede ao Pai que, na sua ausência, os guarde também no mundo.

Os discípulos foram escolhidos no mundo e foram libertados do mundo aprisionado por seu chefe maligno. Mas devem aí permanecer enviados para libertar o mundo pelo anúncio da verdade e pela prática do amor que comunica a vida que dura para sempre.

Jesus continua sua oração pelos discípulos. Agora pede ao Pai que sejam um “como nós”; não utiliza a noção de unidade de modo abstrato, mas unidade que provém de estar unidos pelo amor mutuo, que é o amor de Jesus e do pai. Se os discípulos são enviados por Jesus ao mundo é porque Jesus também foi enviado ao mundo, para desafiá-lo.

Esta comunidade dos cristãos sofrerá o ódio do mundo, mas não é desejo de Jesus que seja preservada dessa hostilidade. Jesus pede a Deus que proteja os discípulos, que sejam consagrados e enviados ao mundo, em ordem à sua missão. Consagrados na Palavra de Deus que é a Verdade.

Os discípulos aceitaram e guardaram a palavra que Jesus lhes transmitiu da parte de Deus; esta palavra os purificou; agora os elege para uma missão que consiste em transmitir essa mesma palavra a outros, para que todos tenham vida.

Jesus se consagra em relação com a consagração e a missão dos apóstolos, missão que terá lugar depois da morte e ressurreição de Jesus; até nossos dias, onde nos é recomendado transmitir a Palavra aos outros.

Reflexão Apostólica:
  
Nesta passagem, Jesus anuncia sua partida imediata à presença do Pai: “Agora vou voltar para ti”. Mas não nos deixa abandonados: deixa seus ensinamentos e a alegria de sermos parte de seu projeto de vida, o Reino. Já não somos do mundo, assim como ele não foi do mundo.

Mas a petição do Senhor é explícita: “não te peço que os tire do mundo”, mas sim que os livre de todo mal. A verdade nos consagra ao Senhor e somos consagrados pela verdade, e essa verdade é a Palavra de Deus que devemos proclamar. Que o Senhor nos mantenha sempre na verdade e nos faça partícipes de seu Reino.

Jesus roga ao Pai pelos Seus discípulos, e estende a Sua súplica por todos nós que haveríamos de crer Nele, para que sejamos um assim como Ele e o Pai; para que a Sua alegria seja plenamente realizada em nós; e para que sejamos consagrados na verdade que é a Sua Palavra que o mundo rejeita.

Na carteira de identidade do cristão devem, portanto, constar três dados importantíssimos: a unidade, a alegria e a verdade.

Jesus pede ao Pai a unidade de mentalidade e de coração. Ele nos distingue daqueles que são do mundo, isto é, daqueles que não o têm como Salvador porque não acreditam que Ele foi enviado pelo Pai.

Sabendo que ia para junto do Pai, Jesus pede por todos nós que ficamos aqui a mercê do maligno, que é o príncipe do mundo.

Precisamos refletir nisso: nós estamos no mundo, porém não somos do mundo, porque fomos consagrados a Deus pela Sua Palavra que é a verdade e o mundo prega a mentira.

Quem vive a Palavra de Deus vive separado do mundo, embora esteja no mundo. Entretanto, mesmo estando no mundo, nós cristãos, podemos ver a alegria de Cristo realizada na nossa vida.

A alegria de Jesus está expressa na Palavra que Ele nos deixou e que nos revela a Face do Pai que é amor, paz, providência, perdão, coisas que o Mundo rejeita porque não compreende.

Quem segue os ensinamentos de Jesus não pode considerar-se propriedade do mundo. Por isso, ele nos envia ao mundo para que todos O conheçam e cheguem a usufruir de tudo quanto nós recebemos.

Precisamos ser fiéis ao pedido que Jesus fez ao Pai e nos conservarmos unidos para que sejamos um com Jesus e o Pai.

Como é o seu modo de pensar: de acordo com o mundo ou como Jesus ensinou? Você se considera uma pessoa consagrada a Deus? Você tem alguma dúvida em relação ao que Jesus veio ensinar? Você luta pela unidade da sua família?

Propósito:
Pai, reforça minha fidelidade a Jesus, de maneira que o Maligno não prevaleça sobre mim. Protege-me contra a maldade do mundo, consagrando-me na verdade.
Reflexão:
Todo mundo já sofreu alguma desilusão amorosa.
De repente, alguém surgiu, preenchendo sua existência de luz.
Foi um encontro marcante, que abriu seus olhos para o amor, a beleza, a paixão.
Naquele momento, aquela pessoa especial se tornou indispensável à sua vida.
No entanto, subitamente, esse encantamento se rompeu.
Agora, é preciso recomeçar com muita coragem.
Para não esmorecer, converse com amigos e familiares e, principalmente, entregue-se à oração.