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segunda-feira, 18 de maio de 2020

João 16, 16-20 _ Evangelho do dia 21 de maio quinta feira 2020


21 - Do Céu, onde está sentada como Rainha, Maria Santíssima nos olha sempre com imenso e suave afeto, tremendo e suspirando por nós; e, como Mãe cheia de ternura, a todos nos escuta para nos introduzir no lindo Paraíso. (L 209). São Jose Marello
João 16,16-20
""Um pouco de tempo, e não mais me vereis; e mais um pouco, e me vereis de novo". Alguns dos seus discípulos comentavam: "Que significa isto que ele está dizendo: 'Um pouco de tempo e não mais me vereis, e mais um pouco, e me vereis de novo' e 'Eu vou para junto do Pai'?" Diziam ainda: "O que é esse 'pouco'? Não entendemos o que ele quer dizer". Jesus entendeu que eles queriam fazer perguntas; então falou: "Estais discutindo porque eu disse: 'Um pouco de tempo, e não me vereis, e mais um pouco, e me vereis de novo'? Em verdade, em verdade, vos digo: chorareis e lamentareis, mas o mundo se alegrará. Ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria."  
Meditação: 
Após a ceia, em sua despedida Jesus fala sobre a sua glorificação e partida, a alegoria da videira, e a vinda do Espírito Santo.

Ao contrário dos evangelhos sinóticos, João não fala de uma outra "volta" de Jesus ao mundo no fim dos tempos, a Parusia, mas sim na permanência dos discípulos nele, e dele e do Pai nos discípulos, em comunhão de amor.
 Agora, explicando a sua partida, a fala que se inicia é sobre o pouco de tempo que resta para não mais verem Jesus, e mais um pouco em que ele será visto de novo. Esta afirmação é repetida por três vezes neste rápido diálogo.
 No evangelho de João o projeto de Deus, revelado, segue a seguinte trajetória: a Palavra, o Filho, que estava em Deus, se faz carne e habita entre nós; convive conosco e é glorificado em sua missão libertadora e vivificante, como enviado pelo Pai; volta ao Pai mas mantém sua comunhão de vida com os discípulos, fazendo sua morada naqueles que o seguem, juntamente com o Pai e o Espírito Santo.
 O evangelista João apresenta a confusão dos discípulos de Jesus ante suas palavras conflitivas, como: “pouco tempo ainda e já não me vereis. E outra vez um pouco tempo, e me vereis de novo” ou ainda: “vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”. O que significaram estas palavras para os apóstolos e o que significam para nós hoje?

Não obstante os discípulos terem convivido com Jesus, mesmo assim eles não entendiam as palavras do Mestre quando falava de seu mistério de entrega total por nós, quando dizia que: "Ainda um pouco de tempo, e já me não vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver, porque vou para junto do Pai." 

Os discípulos estão confusos diante da afirmação de Jesus, aparentemente contraditória, de não vê-lo e tornar a ver. Costuma-se interpretar esta afirmação como a manifestação do conhecimento exato, por parte de Jesus, de tudo o que havia de acontecer a respeito de sua morte e ressurreição, e de como os discípulos tornariam a vê-lo ressuscitado.

Os discípulos de Jesus não entendiam o que Ele queria lhes falar. As Suas palavras os deixavam perturbados: “pouco tempo e já não mais me vereis… pouco tempo e me vereis de novo”.

Jesus fazia de tudo para que os Seus discípulos percebessem o grande mistério da Sua missão aqui na terra e os instruía sobre as coisas que iriam acontecer.

As palavras de Jesus antecipam uma união mais permanente que a estabelecida nas aparições depois da ressurreição. “Ver” Jesus é a chave da espiritualidade e a fonte da alegria dos discípulos e discípulos. Refere-se à experiência constante de sua presença neles e nelas, experiência mediada pela presença do Espírito Santo em suas vidas.

Ele lhes dava sempre sinais de esperança a fim de lhes mostrar o sentido para tudo que Ele teria que vivenciar e consequentemente, eles teriam que passar.

Jesus adverte que haverá tristeza, prantos e lamentos por parte de seus discípulos, enquanto que o mundo parece estar alegre, mas na realidade essa alegria é falsa e cruel, pois o mundo e seus sequazes provocaram a morte de Jesus. Em contraste, a alegria dos discípulos é duradoura.
 Ao compartilhar a dor da morte com Jesus, compartilham também a alegria de sua ressurreição. Então “a tristeza se converterá em alegria”, por tratar-se de uma alegria que surge triunfante da dor.

Ele lhes falava abertamente que iria embora, mas que voltaria em breve e que isto seria necessário que ocorresse. Eles ainda não conseguiam entender o que Jesus lhes anunciava, pois não haviam recebido o Espírito Santo.

Jesus foi para junto do Pai para que o Espírito Santo viesse nos ensinar todas as coisas. Hoje nós percebemos e comprovamos este fato, pois sem a manifestação do Espírito nós permanecemos estáticos, aéreos e confusos.

Nunca poderíamos entender as palavras de Jesus se o Espírito não nos tivesse sido dado. Precisamos também, baseados nos ensinamentos de Jesus, entender que tudo na vida passa e que a esperança e a fé em Jesus devem nos mover e sustentar na hora em que não entendemos o porquê das coisas que nos acontecem.

Nos primeiros momentos, ficamos tristes e acabrunhados, mas se tivermos em sintonia com o Espírito Santo Ele nos dará a luz e logo depois compreenderemos o sentido de todos os acontecimentos.

Existe um infinito de esperança que move o nosso coração quando nós nos apropriamos do poder do Espírito Santo. Só Ele tem a capacidade de nos convencer de que nada do que passamos aqui na terra será em vão para a conquista do reino dos céus.

Não tenhamos medo das coisas que não acontecem de acordo com o nosso planejamento. O Pai não quer que se perca ninguém e tudo faz para a nossa salvação.

Precisamos acolher a Palavra de Jesus com fé e esperança, certos de que a tristeza de hoje, colocada nas Mãos do Pai, transformar-se-á em alegria, amanhã.

Você tem medo do amanhã? De que você gosta mais: alegrar-se ou fazer a alegria de alguém? Você tem o coração aberto para acolher a manifestação do Espírito de Deus? Você consegue ter paciência no meio da tribulação e esperar o bom que virá? 
Reflexão Apostólica:
   Aparece aqui a oposição entre tristeza – alegria. A presença de Jesus sempre é motivo de alegria. Sua ausência é causa de tristeza e confusão.
 O contraste se estabelece entre os discípulos e o mundo (o ambiente contrário a Jesus e a seus seguidores). Enquanto os discípulos estão tristes pela morte de Jesus, o mundo estará alegre. Mas quando eles tiverem a experiência da ressurreição do Senhor, seu coração se encherá de alegria e paz. Então o mundo estará triste, porque não reconheceu em Jesus o Salvador. A garantia da alegria é a presença do Espírito Santo. Ele produz no fiel a alegria, a paz.
O pranto e a lamentação serão a consequência do seguimento. Não se pode seguir a Jesus sem assumir a cruz. Mas a cruz somente pode ser suportável com a presença constante do Espírito Santo.
 Somente quem sabe interpretar a aflição e a perseguição em chave de esperança poderá vencer os obstáculos que se apresentam à vida de fé. Aí se enraíza a força de tantos homens e mulheres que deram a vida pela causa de Jesus ao longo da história.
 A vida do cristão é marcada por uma série de contrastes que, embora desconcertantes, são necessários para entendermos os caminhos de Deus em nossa vida. O que para o ser humano pode ser negro, para Deus é branco.
 Para muitos, inclusive para os discípulos, a morte de Jesus foi um momento escuro, mas para Deus foi o momento propício para manifestar a grandeza de seu amor.

“Quanto mais escura a noite, mais próximo o amanhecer”. Muitas vezes não compreendemos os desígnios de Deus, mas devemos estar seguros de que Ele não abandona seu povo. 
 Jesus nos convida a NÃO ficarmos tristes ou lamentando, mas sim a viver com alegria característica do cristão; alegria que deve ser nossa razão de viver. É bom lembrar: “Um cristão triste é um triste cristão”

Hoje em dia muitos ainda não entendem ou se recusam a entender o mistério da fé que se concentra na pessoa de Cristo. E o pior é que tem alguns que se dão o luxo de criticar a Igreja.

Não nos acovardemos quando precisar defender a nossa Igreja. Sem ofender a outra pessoa que esteja criticando o Papa, ou os padres, peçamos o Espírito Santo que fale através de nós, e comecemos a responder as acusações. O difícil é começar.

Comecemos a falar e as palavras fluirão  através  de nós. Por outro lado, entrar em bate boca não é uma coisa elegante. Nem fazer como na Irlanda, onde católicos e protestantes vivem se matando.

Com toda firmeza devemos defender nossos padres e irmãos de fé quando forem vítimas de chacotas, acusações injustas bem como corrigi-los quando necessário para que a imagem da Igreja e os seus valores não sejam denegridos por uma minoria de insensatos.
Propósito:
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam "ver" Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.

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