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domingo, 31 de março de 2019

EVANGELHO DO DIA 07 DE ABRIL 5º DOMINGO DA QUARESMA 2019


5º DOMINGO DA QUARESMA
07 ABRIL - São muitos os tipos de pregação: em nossa casa às visitas; na casa dos doentes às pessoas sadias; pelas ruas às crianças; aos adultos onde possível; a todos em toda parte, com os olhos, com a boca, com a pessoa toda, com o infalível "imitatores mei estote” sede meus imitadores e "luceat lux vestra” resplandeça a luz de vossas boas obras. (L23). São José Marello
João 8,1-11

"Depois todos foram para casa, mas Jesus foi para o monte das Oliveiras. De madrugada ele voltou ao pátio do Templo, e o povo se reuniu em volta dele. Jesus estava sentado, ensinando a todos. Aí alguns mestres da Lei e fariseus levaram a Jesus uma mulher que tinha sido apanhada em adultério e a obrigaram a ficar de pé no meio de todos. Eles disseram:
- Mestre, esta mulher foi apanhada no ato de adultério. De acordo com a Lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas. Mas o senhor, o que é que diz sobre isso?
Eles fizeram essa pergunta para conseguir uma prova contra Jesus, pois queriam acusá-lo. Mas ele se abaixou e começou a escrever no chão com o dedo. Como eles continuaram a fazer a mesma pergunta, Jesus endireitou o corpo e disse a eles:
- Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!
Depois abaixou-se outra vez e continuou a escrever no chão. Quando ouviram isso, todos foram embora, um por um, começando pelos mais velhos. Ficaram só Jesus e a mulher, e ela continuou ali, de pé. Então Jesus endireitou o corpo e disse:
- Mulher, onde estão eles? Não ficou ninguém para
condenar você?
- Ninguém, senhor! - respondeu ela.
Jesus disse:
- Pois eu também não condeno você. Vá e não peque mais! "

Meditação:

O centro da narrativa não é o pecado, mas o coração de Deus que quer que nós vivamos. É esta a imagem de Deus-amor que Jesus quer dar a conhecer: que a mulher experimente que Deus a ama assim como ela é. Deste modo, a mulher, sentindo-se respeitada, amada e protegida, é capaz de acolher o convite de Jesus a não voltar a pecar (v.11). O amor é o primeiro, o único mandamento. Deus salva amando. Só o amor é capaz de converter e salvar!

Este texto ‘incômodo do Evangelho teve uma histórica difícil: é omitido em vários códices antigos, e é deslocado em outros. Há mesmo quem pense que o autor não seja João, mas Lucas, dado o seu estilo e a mensagem muito semelhante à “parábola do pai misericordioso” (ver Lucas 15), no Evangelho do 14 passado), com vários personagens: a mulher, no papel do filho mais novo; os escribas e os fariseus em linha com o filho mais velho; e Jesus que entra perfeitamente no papel do Pai. Tal possibilidade é sublinhada também por um autor moderno: “Texto insuportável, que falta em vários manuscritos. A consciência moral e também a consciência religiosa dos homens não pode admitir que Cristo se recuse a condenar a mulher... Foi surpreendida em flagrante delito; cometeu um dos pecados mais graves que Lei conheça... Cristo confunde os acusadores recordando-lhes a universalidade do mal: também eles, espiritualmente, são adúlteros; também eles, de um ou de outro modo atraiçoaram o amor. ‘Quem estiver sem pecado...’ Ninguém está sem pecado, e ele conclui dizendo: «Vai, e não voltes a pecar»: uma frase que abre um futuro novo” (Ollivier Clément).

Este texto evangélico constitui uma página intensa de metodologia missionária para o anúncio, a conversão, a educação à fé e aos valores da vida. O amor gera e regenera a pessoa, torna-a livre; Jesus educa ao amor vivido na liberdade e na gratuidade. Somente com estas condições se compreende porque devemos deixar cair as pedras que trazemos nas mãos para atirar contra os outros. O fato que sejam os mais velhos quem começa a ir embora (v. 9) revela neles um sentido de culpa, de vergonha, mostra que entenderam a lição? Enfim, fica bem claro que quem luta pela igualdade de oportunidades entre a mulher e o homem, seja qual for o contexto específico, encontra em Jesus um precursor ideal, um pioneiro e um aliado. 
Vemos, neste Evangelho que os líderes da igreja, traiçoeiros, com hipócrita manifestação de respeito, com fingida reverência, que encobria uma trama astutamente urdida para Sua ruína, trouxeram uma mulher, arrastada por eles, apanhada em adultério, e ela estava apavorada. Eles a acusaram de ter violado a lei de Moisés que dizia que uma mulher apanhada em adultério deveria ser apedrejada. E perguntou a Jesus o que Ele dizia do caso.

"Se Jesus absolvesse a mulher, seria acusado de desprezar a lei de Moisés. Se a declarasse digna de morte, poderia ser acusado aos romanos como alguém que pretendia autoridade que unicamente a eles pertencia."
A saída de Jesus diante do espinhoso dilema apresentado pelos doutores da lei não podia ser mais inteligente e clara: quando todos esperavam por uma resposta que o comprometesse, Jesus os leva, a eles próprios, a darem a solução, de acordo com sua própria consciência e justiça.
Se a morte era a pena prevista para a pecadora, poderiam começar o castigo, mas sob a condição de que o aplicassem somente aqueles que não tivessem pecado. Mas os ouvintes se foram retirando, um a um, começando pelos mais velhos até o último.
Todos os acusadores se retiram, deixando claro a qualidade de suas consciências; somente fica a mulher ao lado de Jesus, que age com ela de forma incrivelmente compreensiva e misericordiosa.
Poder-se-ia dizer que aquela mulher “voltou a nascer”; libertou-se das mãos de pecadores talvez piores do que ela, mas também ficou libertada em sua consciência por Jesus, que somente podia transmitir-lhe a vida, o amor, a misericórdia e o perdão divinos.
Os desvios ou faltas de nossos semelhantes nunca podem ser motivo para condená-los; essas atitudes nos devem recordar que talvez sejam mínimos se os compararmos com os nossos, e que, portanto, tanto eles como nós necessitamos do amor e da misericórdia divinos. A posição de Deus para com o pecado é a rejeição, mas para com o pecador é o perdão e a restauração.

Reflexão Apostólica:

Mais uma vez Jesus mostra que a pessoa humana está acima de qualquer lei. Os homens não podem julgar e condenar, porque nenhum deles está isento de pecado. O próprio Jesus não veio para julgar, pois o Pai não quer a morte do pecador, e sim que ele se converta e viva.

Cristo é aquele que «sabe o que há no homem» (cf.Jo 2, 25), no homem e na mulher. Conhece a dignidade do homem, o seu valor aos olhos de Deus. Ele mesmo, Cristo, é a confirmação definitiva deste valor. Tudo o que diz e faz tem o seu cumprimento definitivo no mistério pascal da redenção.

O comportamento de Jesus a respeito das mulheres, que encontra ao longo do caminho do seu serviço messiânico, é o reflexo do desígnio eterno de Deus, o qual, criando cada uma delas, a escolhe e ama em Cristo (cf. Ef 1, 1-5)… Jesus de Nazaré confirma esta dignidade, recorda-a, renova-a e faz dela um conteúdo do Evangelho e da redenção, para a qual é enviado ao mundo…

Jesus entra na situação concreta e histórica da mulher, situação sobre a qual pesa a herança do pecado. Esta herança exprime-se, entre outras coisas, no costume que discrimina a mulher em favor do homem, e está enraizada também dentro dela.

Deste ponto de vista, o episódio da mulher «surpreendida em adultério» (cf. Jo 8, 3-11) parece ser particularmente eloqüente. No fim Jesus lhe diz: «não tornes a pecar»; mas, primeiro ele desperta a consciência do pecado nos homens … Jesus parece dizer aos acusadores: esta mulher, com todo o seu pecado, não é talvez também, e antes de tudo, uma confirmação das vossas transgressões, da vossa injustiça «masculina», dos vossos abusos?

Esta é uma verdade válida para todo o gênero humano… Uma mulher é deixada só, é exposta diante da opinião pública com «o seu pecado», enquanto por detrás deste «seu» pecado se esconde um homem como pecador, culpado pelo «pecado do outro», antes, co-responsável do mesmo. E, no entanto, o seu pecado escapa à atenção, passa sob silêncio…

Quantas vezes a mulher paga pelo próprio pecado mas paga ela só e paga sozinha! Quantas vezes ela fica abandonada na sua maternidade, quando o homem, pai da criança, não quer aceitar a sua responsabilidade? E ao lado das numerosas «mães solteiras» das nossas sociedades, é preciso tomar em consideração também todas aquelas que, muitas vezes, sofrendo diversas pressões, inclusive da parte do homem culpado, «se livram» da criança antes do seu nascimento. «Livram-se»: mas a que preço?

Todos nós conhecemos a história da mulher adúltera e ficamos sempre na mesma idéia: Jesus acolheu a pecadora que fora surpreendida em flagrante adultério. Todos já sabiam que ela teria que ser apedrejada, segundo a lei de Moisés. Estava escrito e não poderia ser diferente, mas Jesus nem precisou argumentar muito nem debater com os acusadores.

Somente com o gesto de escrever no chão e de falar aos circunstantes: “quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”, conseguiu com que o povo se afastasse, a começar pelos mais vividos, mais experientes.

Nós pensamos que somente adultera o homem ou a mulher que trai um ao outro. Olhamos para os “adúlteros” e as “adúlteras” públicos e nos sentimos superiores a eles (as) porque não fazemos o mesmo. Porém, existe o adultério espiritual, quando negamos a Deus a origem da nossa criação, quando damos ouvidos de mercador aos Seus mandamentos, quando recusamos a Jesus o Seu Senhorio e prevaricamos em busca de outros deuses para tentar preencher o nosso vazio espiritual.

Jesus falou para todos de uma maneira bem clara: “quem não tiver pecado”, isto é, quem não for pecador atire a primeira pedra. O pecado, seja ele qual for é uma traição a Deus.

Somos, sim, homens e mulheres adúlteros e necessitados de misericórdia. Precisamos ter consciência disso. Quando Jesus escreveu no chão Ele estava pensando também em nós!

Com quem você tem traído a confiança de Deus? Qual o seu menor pecado? Será que o pecado tem tamanho? Como você se sente no seu dia a dia diante das suas injustiças?

Propósito:

Pai, tira do meu coração a maldade e a hipocrisia que me tornam juiz iníquo do meu semelhante, não me permitindo ver a necessidade de pôr em ordem a minha vida.
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«A conversão nunca é de uma vez para sempre, mas é um processo, um caminho interior de toda a nossa vida. Este itinerário de conversão evangélica certamente não pode limitar-se a um período particular do ano: é um caminho de cada dia, que deve abraçar toda a existência, todos os dias da nossa vida. Nesta óptica, para cada cristão e para todas as comunidades eclesiais, a Quaresma é a estação espiritual propícia para se treinar com maior tenacidade na busca de Deus, abrindo o coração a Cristo. Santo Agostinho certa vez disse que a nossa vida é uma única prática do desejo de nos aproximarmos de Deus, de nos tornarmos capazes de deixar entrar Deus no nosso ser». (Bento XVI)


Evangelho do dia 06 de abril sábado


06 ABRIL - Uma boa palavra vale um tesouro e o Senhor jamais deixa sem recompensa a mais insignificante ação feita para a sua glória em favor do próximo. (L 28). São Jose Marello
João 7,40-53

"Muitas pessoas que ouviram essas palavras afirmavam: De fato, este homem é o Profeta! Outros diziam: Ele é o Messias! E ainda outras pessoas perguntavam: Mas será que o Messias virá da Galiléia? As Escrituras Sagradas dizem que o Messias será descendente de Davi e vai nascer em Belém, onde Davi morou. Então o povo se dividiu por causa dele. Alguns queriam prender Jesus, mas ninguém fez isso. Os guardas voltaram para o lugar onde estavam os chefes dos sacerdotes e os fariseus, e eles perguntaram: Por que vocês não trouxeram aquele homem? Eles responderam: Nunca ninguém falou como ele! Então os fariseus disseram aos guardas: Será que vocês também foram enganados? Por acaso alguma autoridade ou algum fariseu creu nele? Essa gente que não conhece a Lei está amaldiçoada por Deus. Mas Nicodemos, que era um deles e que certa ocasião havia falado com Jesus, disse: De acordo com a nossa Lei não podemos condenar um homem sem ouvi-lo primeiro e descobrir o que ele fez. Por acaso você também é da Galiléia? perguntaram eles. Estude as Escrituras Sagradas e verá que da Galiléia nunca surgiu nenhum profeta."

Meditação

O profeta Jesus se tornou uma ameaça para o poder e para os privilégios dos dirigentes, sustentados sobre a base da injustiça e da opressão. Eles buscam matá-lo e mandam guardas para prendê-lo. A violência é a maneira como os poderosos respondem à verdade e assim manifestam o endurecimento de seu coração.

Não podem tolerar sua mensagem, porque isso significaria o fim de seus privilégios. A opinião do povo está dividida. Jesus é sinal de contradição.
O poder de sua palavra tem uma força impressionante. Até os guardas reconhecem que “jamais homem algum falou como este homem”.
O que dá força e autoridade à palavra de Jesus não é um saber teórico, mas um conhecimento que nasce do Espírito e está carregado com a força do amor do pai e do serviço à vida do povo.

Esta é a base e fundamento dessa nova sociedade que Jesus chamava de Reino de Deus. Como ressoa a palavra de Jesus em nossas vidas? Deixamo-nos transformar por ela ou endurecemos nosso coração?

As palavras de Jesus levam naturalmente a uma tomada de posição. Trata-se, de fato, de uma revelação que o Cristo faz de si, em ordem à salvação de cada um de nós.

Quem tem a pretensão de ser mestre, certamente não está disposto a fazer-se discípulo e aceitar uma revelação que subverte toda teoria ou sistema preconcebido.

É a situação dos fariseus, estudiosos da Escritura, incapazes, entretanto, de receber a mensagem de vida nela contida e que é o próprio Cristo. Na realidade, não somos nós que o descobrimos; é ele que se nos apresenta como doador de luz e de vida.

As discussões que surgem da diversidade de opiniões a respeito do Cristo não se resolvem se não houver, da parte de todos, sincero e profundo desejo de esclarecimento, o que raramente se dá, pois cada um costuma querer que prevaleça sua opinião. E sobre a identidade de Cristo, só a fé pode levar à união.

Reflexão Apostólica: 

Jesus é causa de divisão e controvérsia até mesmo para os seus adversários. Sua sabedoria, sua coerência de vida confunde os que o depreciam e o perseguem.
 O povo o admira, os dirigentes o temem, muitos o evitam, porque suas palavras são fortemente questionadoras; elas tocam no interior; desfazem falsas seguranças; derrubam estruturas mentais que impedem a transparência da verdade do evangelho. O mesmo acontece conosco quando a mesma mensagem é assumida com fidelidade e radicalidade.

Muitas vezes nos sentimos divididos entre uma coisa ou outra. E isso envolve opinião, credo, valores, sentimentos que são a essência do nosso ser.

Estar numa encruzilhada é comum no nosso dia a dia e, ter que tomar uma atitude faz parte de vida desde quando somos responsáveis por nós mesmos.

O que diferencia um caminho do outro que vamos seguir é apenas um passo: aquele que escolhemos dar. Mas, pra que lado seguir?

Jesus provoca divisão. Ou se está com Ele, ou está contra Ele. Não há meio termo! Não tem como seguir pelo caminho da Verdade com mentiras.

Não tem como percorrer o caminho da Luz na intenção de escondê-la. Não tem como desejar a Vida quando se nega qualquer tipo de vida ao outro.
Estar com Ele é estar ao lado do Amor e de tudo aquilo que leva para o bem comum, que não provoca discriminação, morte, tristeza, revolta e nem arrependimento. Decidir sempre por Ele, não tem erro. O Caminho é certo!
Oremos ao Senhor para que cada uma de nossas comunidades paroquiais, Equipes e Grupos sejam verdadeiros focos de testemunho e profetismo, pois somente assim podemos recuperar a credibilidade da fé cristã diante de tanta corrupção e abusos de poder da parte de muitos de nossos dirigentes.

Sejamos transparência do crucificado e ressuscitado para que o evangelho volte a ser um horizonte, um sentido de vida para muitos homens e mulheres.

Propósito: Tratar as pessoas sem preconceitos mas, como filhas de Deus.

ANULANDO O MEDO DA REJEIÇÃO
Uma rejeição nada mais é do que um passo necessário na busca do sucesso. 
Você não irá conseguir que ninguém lhe diga sim a não ser que você esteja disposto a assumir o risco de ouvir um não. Para obter a resposta que você busca, existe a possibilidade de rejeição. Apesar da rejeição ser algo a se evitar, porém, a questão é: rejeição é algo realmente tão ruim assim? 

Muito, mas muito pior do que a rejeição é viver debaixo do medo da rejeição. Quando você nem sequer pede, a resposta é sempre não. Apenas imagine se você pudesse se ver livre do medo da rejeição? O fato é que você pode! 

Algumas pessoas valorizam o que você diz, o que você faz, o que você busca – outras não valorizam absolutamente nada em você. Porém, tenha em mente que isso é um problema deles e não seu. Pare de dar o seu tempo, energia e valor ao fator limitador do medo da rejeição e sinta a liberdade de voar para alturas que você jamais sequer sonhou alcançar.


Evangelho do dia 05 de abril sexta feira 2019


05 ABRIL - Não há tempo nem lugar onde não seja possível fazer alguma coisa. Cada palavra, cada passo, cada desejo, pode ser a matéria prima dos interesses de Jesus. (L 76). São Jose Marello
João 7,1-2.10.25-30

"Depois disso, Jesus começou a andar pela Galiléia; ele não queria andar pela Judéia, pois os líderes judeus dali estavam querendo matá-lo. Aconteceu que a festa dos judeus chamada Festa das Barracas estava perto. Depois que os seus irmãos foram à festa, Jesus também foi, mas fez isso em segredo e não publicamente. Algumas pessoas que moravam em Jerusalém perguntavam: Não é este o homem que estão querendo matar? Vejam! Ele está falando em público, e ninguém diz nada contra ele! Será que as autoridades sabem mesmo que ele é o Messias? No entanto, quando o Messias vier, ninguém saberá de onde ele é; e nós sabemos de onde este homem vem. Quando estava ensinando no pátio do Templo, Jesus disse bem alto: Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde eu sou? Eu não vim por minha própria conta. Aquele que me enviou é verdadeiro, porém vocês não o conhecem. Mas eu o conheço porque venho dele e fui mandado por ele.Então quiseram prender Jesus, mas ninguém fez isso porque a sua hora ainda não tinha chegado."
Meditação

No Evangelho de hoje, João mostra-nos, como diferentemente do que os sinóticos fazem, o grande destaque ao conflito entre Jesus e os judeus em geral pois, naqueles, Jesus se restringe aos dirigentes, fariseus, escribas e sacerdotes. A razão será por que este Evangelho tem como base a comunidade cristã samaritana? Talvez sim, mas talvez não.

Estamos diante da expressão do tradicional conflito entre Israel, reino do norte, e Judá, reino davídico do sul. O messias esperado pelo judaísmo seria um líder que conquistaria a liberdade nacional dos judeus e imporia ao mundo sua religião.

Portanto, trata-se de uma salvação que atingirá a todos os homens e mulheres do mundo inteiro já que os destinatários da salvação o rejeitam.
Ao longo dos capítulos 1 a 12 do Evangelho de João, descobre-se a progressiva revelação que Jesus faz de si mesmo a seus discípulos e ao povo.

Ao mesmo tempo e na mesma proporção, aumenta o fechamento e a oposição das autoridades contra Jesus, a ponto de decidirem a sentença de morte (Jo 11,45-54).

O Capítulo 7, que meditamos no Evangelho de hoje, é uma espécie de balanço no meio do caminho. Ajuda a prever qual será a decisão final.

A geografia da vida de Jesus no Evangelho de João é diferente da geografia nos outros três evangelhos. É mais completa.

De acordo com os outros Evangelhos, Jesus foi para Jerusalém apenas uma vez, quando ele foi preso e sentenciado à morte.

De acordo com o Evangelho de João, Jesus foi, pelo menos, duas ou três vezes a Jerusalém para a festa da Páscoa. Por isso sabemos que a vida pública de Jesus durou cerca de três anos. O Evangelho de hoje informa que Jesus foi para Jerusalém, mais de uma vez, mas não publicamente. Às escondidas, porque na Judéia os judeus queriam matá-lo.

Aqui no capítulo 7, bem como nos outros capítulos, João fala de "judeus", e de "vós judeus", como se ele e Jesus não fossem judeus.

Esta maneira de falar reflete a situação do trágico fracasso que se deu no final do primeiro século entre os judeus (Sinagoga) e cristãos (Ecclesia).

Ao longo dos séculos, essa forma de falar do Evangelho de João contribuiu para o crescente anti-semitismo. Hoje, é muito importante se afastar dessa polêmica para não alimentar o anti-semitismo. Nós nunca podemos esquecer que Jesus é judeu. Nasceu judeu, viveu como judeu e morreu como tal. Toda sua formação vem da religião e da cultura dos judeus.

A festa dos Tabernáculos era a mais popular de todas as festas celebradas em Jerusalém. Os chefes judeus procuravam Jesus para matá-lo, por isso ele não podia ir abertamente, mas sim como um desconhecido. Ele se apresenta no Templo quando a multidão lhe serve de escudo protetor.

E, desafiando a instituição, proclama solenemente que vem de Deus e que, caso não seja reconhecido, não é por culpa dele, mas porque seus detratores abandonaram os mandamentos de Deus para seguir preceitos humanos. O seus inimigos sim, têm má vontade e são repressores, por isso o povo tem medo e não se atreve a expressar o que pensa de Jesus.

Ele ensina no Templo e anuncia dois critérios para distinguir quem é de Deus e quem se aproveita do nome de Deus para oprimir o povo: todo aquele que serve à vida e busca o bem para as pessoas, vem de Deus. Todo aquele que oprime e busca ganhar prestigio pessoal não é de Deus. De que lado nós estamos?

Por isso buscam eliminar Jesus. Como aconteceu no passado com os profetas, Jesus, como autêntico profeta e Messias, converteu-se em uma pessoa sumamente fastidiosa e maléfica para os interesses dos chefes do povo.

É urgente que esse tipo desapareça, antes que as pessoas tomassem consciência e provocassem uma revolta que seria fatal e lamentável.

Hoje, como ontem, os profetas que defendem a dignidade do povo excluído e empobrecido e que denunciam a corrupção dos dirigentes sociais, políticos e econômicos, podem ter a mesma sorte: ser eliminados, desaparecidos e exilados.

O preço de uma vida cristã autêntica pode ser a perseguição, o desterro e o martírio. A fidelidade ao seguimento de Jesus tem seu preço.

É aí que se prova a consistência da proposta evangélica de Jesus. Autenticidade e coerência são sinais de saúde. Faz bem pra nós e para os outros também.
Reflexão Apostólica: 

No Evangelho de hoje  percebemos descrença gera frutos de morte. Vemos também quantas negativas, quantas vezes com as nossas atitudes e com as nossa palavras também dizemos não ao Senhor, vemos que os escribas dizem muitas vezes sim à eles mesmo e glória que recebiam uns dos outro e não buscavam a glória do Deus vivo, pois para isso temos que renunciar a glória deste mundo
 As pessoas que acreditaram em Jesus procuraram seguir seus ensinamentos e viver uma nova forma de relacionamento com Deus baseado na confiança e na intimidade e isso  gera fruto vida em abundância.
Os que não aceitavam as palavras de Jesus não só se privavam desta vida como também procuravam tirar a vida de Jesus. Mas o nosso Deus é o Deus da vida.

O evangelista nos mostra a dificuldade que o ser humano tem para reconhecer Jesus em sua vida, em sua comunidade, em seus semelhantes pobres e sofridos: "mas este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde é".

Nossa expectativa é por uma presença marcante e majestosa, quando na realidade Ele está operando em nosso cotidiano, nos pequenos atos que praticamos, nos acontecimentos quase que insignificantes aos nossos olhos.

Aguardamos intervenções rápidas e radicais em nossas vidas, quando sua ação é lenta e consistente, conforme nosso acolhimento e fidelidade aos seus ensinamentos.

Não valorizamos e manifestamos gratidão a graças rotineiras como nossa saúde física, a oportunidade de trabalho que temos, a harmonia em nossa família, ao dom da vida que é renovada e sustentada em nosso dia a dia. Só damos importância a esses fatores quando enfrentamos alguma dificuldade.

Nas horas mais difíceis e angustiosas por que passamos, quando somos fiéis a Deus, não devemos nunca perder a esperança e a certeza da proteção divina que sempre estará presente

O que mais você espera acontecer na sua vida para que você diga: realmente Ele está no meio de nós? Você deseja colaborar com a edificação do reino de Deus no mundo? A quem você tem ouvido? As pessoas sabem que você também é enviado (a) de Deus?
Façamos a nossa escolha e, hoje, digamos sim à glória do Deus vivo renunciando a toda bajulação e glória deste mundo.

Propósito: Descobrir, a cada instante, a proposta nova de Jesus, para cada situação. 

POSSIBILIDADES
Você está cheio de possibilidades. Não importa qual seja a sua idade, seu grau de instrução, ou sua situação finnceira, a sua vida está cheia de reais possibilidades. A frustração que você sente advém de possibilidades não concretizadas. Porém, você está aqui para fazer uma diferença de uma maneira muito especial. Ninguém pode trazer uma perspectiva que é apenas sua para este mundo. Ninguém. 

Você pode sim fazer uma grande diferença. E isso trará um enorme senso de satisfação à sua vida. 

Todas as grandes criações e realizações foram feitas por pessoas iguais a você. Por pessoas que optaram por focar em suas possibilidades. Aos olhos de Deus todos aquele que Ele criou são muito especiais e cheios de possibilidades. Tome a decisão de viver as suas possibilidades. Faça a opção de fazer uma diferença e não haverá obstáculos que possa segura-lo.


Evangelho do dia 04 de abril quinta feira 2019


SANTO ISIDORO
04 ABRIL - Situação diferente, possibilidade diferente de fazer o bem, maneira diferente de acumular merecimentos. (L 22). São Jose Marello

João 5,31-47
- Se eu dou testemunho a favor de mim mesmo, então o que digo não tem valor. Mas existe outro que testemunha a meu favor, e eu sei que o que ele diz a respeito de mim é verdade. Vocês mandaram fazer perguntas a João, e o testemunho que ele deu é verdadeiro. Eu não preciso que ninguém dê testemunho a meu favor, mas digo essas coisas para que vocês sejam salvos.
- João era como uma lamparina que estava acesa e brilhava, e por algum tempo vocês se alegraram com a luz dele. Mas eu tenho um testemunho a meu favor ainda mais forte do que o que João deu: são as coisas que eu faço, as quais o meu Pai me mandou fazer. Elas dão testemunho a favor de mim e provam que o Pai me enviou. Também o Pai, que me enviou, testemunha a meu favor. Vocês nunca ouviram a voz dele, nem viram o seu rosto. As palavras dele não estão no coração de vocês porque vocês não crêem naquele que ele enviou. Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor. Mas vocês não querem vir para mim a fim de ter vida.
- Eu não procuro ser elogiado pelas pessoas. Quanto a vocês, eu os conheço e sei que não amam a Deus com sinceridade. Eu vim com a autoridade do meu Pai, e vocês não me recebem. Quando alguém vem com a sua própria autoridade, esse vocês recebem. Como é que vocês podem crer, se aceitam ser elogiados pelos outros e não tentam conseguir os elogios que somente o único Deus pode dar? Não pensem que sou eu que vou acusá-los diante do Pai; quem vai acusá-los é Moisés, que é aquele em quem vocês confiam. Se vocês acreditassem em Moisés, acreditariam também em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas, se vocês não acreditam no que ele escreveu, como vão acreditar no que eu digo?
Meditação:  
Concluindo o Sermão da Montanha, Jesus fala sobre a necessidade de por em prática tudo que foi ouvido e que é a expressão da vontade do Pai. Deus não quer de seus fieis exuberantes atos de louvor ou espantosos feitos. Existem devoções às ostensivas invocações do nome de Jesus e às espantosas narrativas de expulsões de demônios e de milagres de Jesus.

Contudo estas devoções podem dar uma satisfação pessoal que leva à omissão das práticas essenciais que realmente agradam a Deus. Sob a categoria de juízo final, ficam descartados os grandes prodígios (profecias, expulsão de demônios, milagres) prevalecendo apenas o critério de por em prática as palavras de Jesus, que revelam a vontade de Deus.

Tal prática supera o antigo cumprimento da Lei, com suas ameaças de maldições (primeira leitura), pois é chegado o tempo da graça (cf. segunda leitura), alcançando-se a comunhão com Deus na prática do novo mandamento do amor, amando como Jesus nos amou.

O empenho em fazer a vontade do Pai não acontece como coação por cumprimento de obras da lei, sob ameaças, e obediência a um deus tirano. Este empenho se faz com liberdade de opção e com a alegria de levar o amor humano à sua plenitude, seguindo os caminhos de Jesus.

Neste texto de Mateus vemos que a fidelidade a Jesus está na prática da vontade do Pai que está nos céus. É isto que se pede na oração do Pai Nosso. Jesus nos revelou a vontade do Pai na proclamação das bem-aventuranças e na sua vida com seu amor promovendo os pobres e excluídos.

Em tudo que Jesus disse e fez, ele estava cumprindo a vontade do Pai. E a vontade do Pai, Deus de amor, é que todos tenham vida em abundância, usufruindo dos bens da criação, eliminando-se as cercas e os muros que protegem as minorias privilegiadas e relegam as maiorias ao empobrecimento e à exclusão.

A parábola final sobre a casa construída sobre a rocha, que se contrapõe à casa construída sobre a areia, é expressiva para revelar a importância de por em prática as palavras ouvidas de Jesus. O evangelho de Lucas também a apresenta com pequenas diferenças.

Construir a casa significa construir sua própria vida. O homem insensato constrói sua vida seguindo os ditames da sociedade de mercado e consumo, obedecendo aos interesses de lucro dos poderosos desde mundo.

O homem sensato constrói sua vida praticando a palavra de Deus. Forma comunidade com seus irmãos, solidariza-se com os pobres, fracos e excluídos, e revela ao mundo o amor misericordioso de Jesus e do Pai.

É o empenho na construção do mundo novo possível, descartando as estruturas opressoras e excludentes em vigor, que favorecem as minorias ambiciosas que consomem suas vidas na ânsia de acumular riquezas.

Construir sua vida sobre a rocha é buscar a justiça que favorece a vida plena para todos, em comunhão de amor e vida eterna com Jesus e o Pai. As palavras de Jesus nos orientam para a formação de comunidades consolidadas pela união no amor, em ambiente de paz e abertas para a comunhão com todos aqueles que se empenham no resgate da dignidade e da vida no mundo.

Assim como hoje, existiam no tempo de Jesus, pessoas que ouviram seus ensinamentos, presenciaram seus milagres, mas mesmo assim tinham dúvidas. E eram judeus, como Jesus!

Hoje, eles não acreditam que Jesus é, de fato, o Filho de Deus. E continuam esperando a primeira vinda do Messias Salvador, anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Também existem muitos não-judeus, que não acreditam que Jesus é o Filho de Deus, e nem acreditam em seu poder. Se você é uma destas pessoas, no Evangelho de hoje Jesus fala diretamente para nós!

Jesus cita dois profetas famosos e conhecidos de todos, na época: João Batista e Moisés. Os dois vieram para anunciar a vinda do Messias Salvador. Pois bem, Jesus se apresenta como esse Messias! Quem não acreditar nesses dois profetas, também não acreditará em Jesus.

Eles dão testemunho de Jesus. Mas o maior testemunho de Jesus é o próprio Pai, que lhe enviou. Mas quem de vocês já ouviu a voz de Deus? Deus não fala da forma que conhecemos. Deus fala através dos milagres que Jesus realizou e realiza ainda hoje, para quem lhe pede.
No Evangelho de hoje, Jesus não se dirige aos desentendidos. Ele se dirige àqueles que estudam a Bíblia, mas que mesmo assim não acreditam que Ele é o Filho de Deus! E afirma categoricamente: “Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus.”

Quem não consegue enxergar os milagres realizados por Jesus como sendo obras de Deus Seu Pai, é porque tem o coração endurecido. E num coração endurecido não existe o Amor. E se Deus é Amor, então essa pessoa não tem o Amor de Deus. Essa é a pior tristeza que um ser humano pode ter na vida: a falta do Amor que vem de Deus.

Há uma “sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que, desde antes dos séculos, Deus antecipadamente nos destinou”. Esta sabedoria de Deus é Cristo; Ele é “poder de Deus e sabedoria de Deus”. No Filho, com efeito, “encontram-se escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”; oculto no mistério, destinado previamente, desde antes dos séculos, Ele é o que foi predestinado e prefigurado na Lei e nos profetas.
Por isso, os profetas tinham o nome de “videntes”; viam Aquele que estava escondido e desconhecido dos outros. Também Abraão “viu o seu dia e rejubilou”. Para Ezequiel, os céus abriram-se, enquanto para o povo pecador permaneciam cerrados. “Retirai o véu de cima dos meus olhos, diz David, e contemplarei as maravilhas da vossa lei”. Na verdade, a lei é espiritual e, para compreendê-la, é preciso que seja “afastado o véu” e que “a glória de Deus seja contemplada de rosto descoberto”.

No Apocalipse, mostra-se um livro fechado com sete selos. Quantos homens hoje, que se pretendem instruídos, têm nas mãos um Livro selado! São incapazes de o abrir, a menos que seja aberto por “Aquele que tem a chave de David; se Ele abrir, ninguém o fechará e, se Ele fechar, ninguém o abrirá”.
Nos Atos dos Apóstolos, o eunuco lia o profeta Isaías; contudo, ignorava Aquele que venerava no livro sem O conhecer. Surge Filipe: mostra-nos o Pai e isto nos basta! Jesus mostra-lhe oculto pela letra: há tanto tempo que estou convosco e não me conheces? Eu e o Pai somos Um.

Não podemos comprometer-nos com as Sagradas Escrituras sem termos um guia que nos mostre o caminho. E este guia é a Última Palavra de Deus. Não esperemos outros sinais. Em Jesus temos tudo o que precisamos para sermos felizes para sempre. Se ainda temos dúvidas eis o caminho:. Hoje Jesus bate à nossa porta e nos dizer: venham e sigam-me, pois Eu e o Pai somos Um. Venham que lhes mostrarei o caminho que lhes conduz à vida eterna.

Reflexão Apostólica:

Somos chamados a dar testemunho de Jesus. E quando é que damos testemunho de Jesus? Todas as vezes que através de nossas atitudes demonstramos amor ao próximo.

No mundo em que nós vivemos há uma carência enorme desse amor, dando espaço ao egoísmo, a substituição do ser pelo o ter, o consumismo exarcebado e aos poucos a luz deixa de brilhar.

É preciso portanto reflertirmos que nossas atitudes fazem a diferença, pois mesmo nas orações somente atigiremos a Deus se nossas atitudes tiverem de acordo com os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Jesus Cristo é o maior testemunho do amor de Deus para com a humanidade. O tempo em que passou na terra, apesar de ser homem, ele também era Deus, mas não quis dar testemunho de si próprio diante das criaturas. Em Nome de Deus Ele realizava obras de amor como também prodígios e milagres, mas já naquele tempo Ele nos exortava: “as Escrituras dão testemunho de mim”.

A Sagrada Escritura é, por conseguinte, o verdadeiro testemunho de Jesus Cristo e do amor de Deus para nós. Nós, homens e mulheres somos falhos e infiéis, mas Deus é maior que tudo e é Nele que devemos confiar.
Não busquemos nos homens os parâmetros para nossa felicidade, mas sim, na Palavra de Deus que é justa e verdadeira.

Em que você tem se apoiado para alimentar a sua fé em Jesus? Quem tem sido o (a) verdadeiro (a) testemunho do amor de Deus para você?

Deus estabeleceu uma lei para que o ser humano alcance através dela uma humanidade cada vez mais plena e comprometida com esse processo de humanização; tal como estava concebida, a Lei era para ser usada como meio; nesse sentido a apresentou Moisés, e desse mesmo modo o próprio Moisés poderia dar testemunho em favor de Jesus, porque assim era como ele se relacionava com ela; contudo, a Lei passou a ser um absoluto, um jugo com o qual os dirigentes mantinham paralisado o povo.

Jesus não põe como argumento de sua autenticidade de enviado o testemunho de João Batista, porque seria apoiar-se em testemunho humano. Seu argumento mais contundente e esmagador é seu próprio agir, suas obras, que estão perfeitamente alinhadas com o querer e a vontade de Deus.
Querer e vontade que estão expressas nas Sagradas Escrituras às quais seus adversários tanto veneravam. Se eles eram tão inclinados ao estudo das Escrituras, por que não davam crédito a suas obras, que de um modo ou de outro estavam já anunciadas nela? É que careciam do amor necessário como base para julgar a realidade em que viviam.

Propósito:
Pai, dá-me suficiente inteligência para descobrir, no testemunho de Jesus, sua condição de Filho enviado por ti, para a nossa salvação.


Evangelho do dia 03 de abril quarta feira 2019


03 ABRIL - Ah! pobre juventude, tão abandonada e descuidada; pobre geração em crescimento, deixada por demais à própria sorte e ainda muito caluniada ou, pelo menos, duramente julgada em tuas leviandades e em tua generosidade desregrada, naquela necessidade de ação mal desenvolvida, com afetos mal orientados, razão pela qual, sem culpa totalmente tua, te afastas do caminho reto! Pobre juventude! Rezemos mui particularmente por ela.(L 29). São Jose Marello
João 5,17-30

"
Então Jesus disse a eles: O meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho. E, porque ele disse isso, os líderes judeus ficaram ainda com mais vontade de matá-lo. Pois, além de não obedecer à lei do sábado, ele afirmava que Deus era o seu próprio Pai, fazendo-se assim igual a Deus.Então Jesus disse a eles: Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o Filho não pode fazer nada por sua própria conta, pois ele só faz o que vê o Pai fazer. Tudo o que o Pai faz o Filho faz também, pois o Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que está fazendo. E vai mostrar a ele coisas ainda maiores do que essas, e vocês vão ficar admirados. Porque, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida aos que ele quer. O Pai não julga ninguém, mas deu ao Filho todo o poder para julgar a fim de que todos respeitem o Filho, assim como respeitam o Pai. Quem não respeita o Filho também não respeita o Pai, que o enviou. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem ouve as minhas palavras e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será julgado, mas já passou da morte para a vida. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vem a hora, e ela já chegou, em que os mortos vão ouvir a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Assim como o Pai é a fonte da vida, assim também fez o Filho ser a fonte da vida. E ele deu ao Filho autoridade para julgar, pois ele é o Filho do Homem. Não fiquem admirados por causa disso, pois está chegando a hora em que todos os mortos ouvirão a voz do Filho do Homem e sairão das suas sepulturas. Aqueles que fizeram o bem vão ressuscitar e viver, e aqueles que fizeram o mal vão ressuscitar e ser."
Meditação

O Evangelho de João é diferente dos outros três. Revela uma dimensão mais profunda que só a fé consegue captar nas palavras e nos gestos de Jesus.

Os padres afirmam que o evangelho de João é “espiritual”, revela o que o Espírito ajuda a descobrir nas palavras de Jesus (Jo 16,12-13). Um exemplo bonito desta dimensão espiritual do evangelho de João é o texto que meditamos hoje.

Criticado pelos judeus por ter curado em dia de sábado Jesus responde: “Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho!”

Os judeus ensinavam que no sábado não se podia trabalhar, porque até o próprio Deus tinha descansado e não trabalhou no sétimo dia da criação (Ex 20,8-11).

Jesus afirma o contrário. Ele afirma que o Pai sempre trabalhou até agora. Por isso, também Jesus trabalha, e até no sábado. Imita seu Pai!

Para Jesus, a obra criadora não está acabada. Deus continua a trabalhar, incessantemente, dia e noite, sustentando o universo e todos nós.

Jesus colabora com o Pai continuando a obra da criação para que todos, um dia, possam entrar no repouso prometido. A reação dos judeus foi violenta. Queriam matá-lo por dois motivos: para negar o sentido do sábado e por se igualar a Deus.

Nem o tempo pode reduzir o espaço da ação divina. Com estas palavras fica deslegitimada aquela interpretação da lei do repouso sabático, o qual, em lugar de ser um tempo de sossego, constrange o praticante, estressa-o talvez até mais do que o trabalho da semana.

Mas também fica estabelecida a íntima identidade que existe entre Jesus e Deus, a quem chama abertamente de "meu" Pai, o que acentua o ódio e a inveja dos judeus.

O que segue não é nem sequer uma tentativa de defesa da parte de Jesus, mas o anúncio aberto e claro de sua identidade como filho de Deus, enviado do Alto.

Os versículos 19-21 revelam algo da relação entre Jesus e o Pai. Jesus, o filho, vive numa atenção permanente diante do Pai. O que ele vê fazer o Pai, também ele o faz. Jesus é o reflexo o Pai.

É o rosto do Pai! Esta atenção total do Filho ao Pai, faz com que o amor do Pai possa entrar totalmente no Filho e através do Filho possa realizar sua ação no mundo.

De uma forma admirável, o evangelho de João nos mostra a filiação divina de Jesus. Ele não é "filho de Deus" como assim se afirmavam os faraós e imperadores.

Ele é Filho do Deus, Pai e Mãe, carinhoso e misericordioso, autor da vida. Jesus continua a obra criadora de Deus. Esta continuidade implica a libertação dos oprimidos e a restauração da vida, onde ela é ameaçada.

A missão de Jesus é realizar a vontade do Pai. As ações de Jesus estão inspiradas e legitimadas pela ação contínua do Pai: crer, salvar (redimir) e santificar. Em criar, salvar e santificar se manifesta o amor de Deus. E Jesus veio tornar visível, tangível e possível o amor de Deus no meio da humanidade.

A vontade do Pai é que façamos o bem, que coloquemos nossa vida a serviço da vida para todos. A comunhão de vida com o irmão é a comunhão de vida eterna com Deus.

A vontade do Pai é que “todos os seres humanos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” e essa é a missão permanente de Jesus.

É isto que os dirigentes religiosos não podiam compreender: como é possível que Jesus se atreva a chamar a Deus de Pai (Abba, papai) com uma confiança tal que a eles soava como ofensa grave a Deus? Como é possível que se atreva a afirmar que sabe o que Deus pensa, sente e faz e, mais ainda, que ele pensa, sente e age como Deus?

Também hoje os cristãos são chamados a realizar em tudo a vontade de Deus. Essa é, precisamente, nossa missão em meio à vida presente.

Jesus nos chama a participar da vida plena, eterna, de Deus, sempre que estivermos acima do nosso egoísmo, e soubermos amar aos irmãos, depois de crer e honrá-lo. Temos a intenção de viver a vontade de Deus sem medo do ridículo e da hostilidade dos que nos rodeiam? Fazemos da misericórdia e do amor as atitudes mais fundamentais de nossa vida?

Praticando uma vida saudável somos chamados a prolongar a missão salvadora e libertadora de Jesus em nossa história.
Reflexão Apostólica

Quantas foram as vezes que sentimos que estávamos sós? Sem ajuda de DEUS? Pois saibam que neste mundo a morte foi vencida para os que crêem em Jesus e em Deus Pai.

Para
todos aqueles que só crêem em si mesmo, e colocam os ensinamentos de Deus em segundo lugar, não há salvação, pois Deus sabe aqueles que o servem.

De nada adianta levarmos nossa vida sem os ensinamentos que nos salvam dos piores inimigos. A INJUSTIÇA é o caminho dos que não nos amam. É a VERDADE que carrega nossa vida e não os falsos ensinamentos. Creiam nisso e nos salvaremos.

Creiam em Deus e crerão na VERDADE. Apliquem sobre vocês o conhecimento que Deus lhes provê para julgar as minhas palavras.

Não somos inúteis em nenhum momento, somos o que Deus escolheu para servi-lo. Cada um com um caminho e o mesmo caminho para Deus.

Contudo, só Jesus, aquele que julga pelo Pai, sabe que caminho Ele deixou. Não será a VERDADE desonrada, mas desonrado o que nela não caminha.

Como gostaria que estivessem acordados para verem as desonras com Jesus. São tantas que nem sei contar. São tantas, que não sabemos como o ser humano consegue aplicar em sua vida.

Cada um será cobrado de acordo com o seu trabalho e não haverá misericórdia para aqueles que não amam a Deus Filho pois o Pai, não aceitou ainda o desmando do mundo e nem aceitará.

O próprio Pai, que observa a natureza se destruir em mãos humanas, observa também, o homem se destruir em caminhos errados para o Reino.

Ah, meu Deus não é um Deus somente de AMOR, como muitos ainda crêem. Não provoquem nele a ira e não serão provocados à morte. Ele é Deus! O Dono da Criação, o Senhor da Vida.

Ressuscitem para vida eterna e não para a morte. Não achem que o Pai vai desonrar a Jesus que o honrou e honra, ainda hoje.

Creiam nisto: Para o Pai não há nenhuma importância em condenar ninguém que, de fato, merece ser condenado.

Como gostaria que estivessem acordados! Seria como se pousasse em sua vida uma nova vida de PAZ e AMOR. Não esta PAZ que pensamos, mas a PAZ deixada por Cristo. Esta PAZ nos faz maiores do que aqueles que caminham sem conhecê-la.

Tudo o que fazemos é buscar a salvação nos ensinamentos de Deus e, como discípulo, levar aos irmãos o que Deus nos fala, não a minha verdade, mas a VERDADE Salvador.

Enquanto que os homens mais poderosos usam suas palavras de forma hábil, nós aprendemos que nossas palavras se colocam em conformidade com os ensinamentos de Deus. Não fazemos nada por nós mesmos, senão pelo Pai em seu Filho Jesus.

Como seguidores de Cristo, devemos colocar nossa vida a serviço do próximo, e sempre procurar fazer o bem para sermos salvos, para termos a vida eterna, "
Aqueles que fizeram o bem vão ressuscitar e viver, e aqueles que fizeram o mal vão ressuscitar e ser",  ou seja, Jesus com sua prática amorosa, nos deixa livre para escolhermos, entre praticar o bem ou o mal, ser contra ou favor Dele e da vida.

Mesmo quando acharmos que não temos salvação, Jesus é o único que poderá nos salvar, Ele é "
o justo para os injustos, para levar-nos a Deus" (1Pd 3, 18), aquele que deu a própria vida, para que nós saíssemos da morte para vida.
OUSE OUSAR
O use dizer o que você verdadeiramente pensa. Ouse expressar o que você realmente sente. Deixar de ser si mesmo é a causa de muito estress, ansiedade, frustração e ressentimento. Dê a si mesmo permissão para ser singularmente belo – coroa da criação de Deus – e recipiente da mais preciosa dádiva: Vida. 

Ouse fazer coisas que você jamais fez. Ouse questionar até mesmo o que você crê; porque é isso que fará do que você crê algo ainda mais forte. Abra-se para a abençoada possibilidade do fracasso. O fato de que o sucesso não é coisa garantida a ninguém, faz com que valha a pena te-lo. 

Ouse imaginar, e intencionalmente construa aquilo que você imaginou. Ouse sonhar e viva esse sonho com paixão e propósito a cada momento.


Evangelho do dia 02 de abril terça feira 2019


02 DE ABRIL - Trabalha, trabalha para o melhoramento da juventude: também o pouco é alguma coisa e, em nossos dias, barrar o mal já é um grande bem. (L 28). São Jose Marello
João 5,1-16

"Depois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus foi até Jerusalém. Ali existe um tanque que tem cinco entradas e que fica perto do Portão das Ovelhas. Em hebraico esse tanque se chama "Betezata". Perto das entradas estavam deitados muitos doentes: cegos, aleijados e paralíticos. [Esperavam o movimento da água, porque de vez em quando um anjo do Senhor descia e agitava a água. O primeiro doente que entrava no tanque depois disso sarava de qualquer doença.] Entre eles havia um homem que era doente fazia trinta e oito anos. Jesus viu o homem deitado e, sabendo que fazia todo esse tempo que ele era doente, perguntou: " Você quer ficar curado?" Ele respondeu: Senhor, eu não tenho ninguém para me pôr no tanque quando a água se mexe. Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim. Então Jesus disse: "Levante-se, pegue a sua cama e ande!" No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou a cama e começou a andar. Isso aconteceu no sábado. Por isso os líderes judeus disseram a ele: "Hoje é sábado, e a nossa Lei não permite que você carregue a sua cama neste dia." Ele respondeu: O homem que me curou me disse: "Pegue a sua cama e ande." Eles perguntaram: Quem é o homem que mandou você fazer isso? Mas ele não sabia quem tinha sido, pois Jesus havia ido embora por causa da multidão que estava ali. Mais tarde Jesus encontrou o homem no pátio do Templo e disse a ele: " Escute! Você agora está curado. Não peque mais, para que não aconteça com você uma coisa ainda pior." O homem saiu dali e foi dizer aos líderes judeus que quem o havia curado tinha sido Jesus. Então eles começaram a perseguir Jesus porque ele havia feito essa cura no sábado."
Meditação
Nesta narrativa do evangelho de João destacam-se o seu simbolismo e os detalhes do diálogo.

Este episódio evangélico está perpassado pelo tema da vida e da morte. Aí se fala de doenças e de doentes: uma multidão de enfermos está postada na piscina de Betesda nutrindo no coração a esperança de recobrar a vida. Há entre eles uma verdadeira porfia nesta corrida pela vida, pois quem tocasse primeiro na água borbulhante, seria agraciado com a cura.

Neste contexto, Jesus é presença de vida que passa quase despercebida. Ele transita no meio da multidão abatida pela doença e pela morte. Seu poder vivificador será usado com comedimento e discrição. A vida jorrará não da água da piscina, e sim da força de sua palavra eficaz. Sua pessoa será a fonte da vida.

O homem do Evangelho de hoje, esperava por ajuda há trinta e oito anos e continuava na mesma. Jesus veio sacudi-lo e questionar a sua inércia. Às vezes, nós nem sabemos se queremos o que esperamos acontecer na nossa vida.

Na maior parte do tempo nós vivemos “deitados (as)” nos nossos problemas e dificuldades, acomodados (as) e inertes, somente vendo a banda passar e as coisas “boas” acontecerem com os outros. Jesus também nos interpela: “Queres ficar curado?”

Podemos não ser paralíticos (as), coxos ou cegos (as), fisicamente, mas podemos estar deitados (as), esperando que alguém venha levar-nos para mais perto da piscina do Espírito Santo.

“Não tenho ninguém que me leve”, esta é a desculpa de muitos de nós que ficamos esperando o socorro de alguém que nunca chega. Jesus se aproxima, e ordena: “Levanta-te, pega na tua cama e anda!”

Pegar na cama é fazer a nossa parte, não ficar parado, somente esperando e pondo a culpa nas outras pessoas achando que vida boa é sempre a dos outros.

Nós murmuramos, nós reclamamos, nos maldizemos e, quando vem um anjo nos alertar e mexer na água do nosso coração, nós nem notamos e continuamos na mesmice.

Não percebemos a hora da graça. Jesus, porém, aproxima-se de nós, nos alerta e nos questiona para que demos o passo decisivo.

Ao homem que ficou curado Jesus recomendou: “Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior” O pecado nos paralisa e nos deixa presos a nós mesmos (as).

Precisamos, pois, dar o passo para o arrependimento e para isso, não precisamos da ajuda de ninguém, só de boa vontade.

O pobre paralítico, impossibilitado de mover-se depressa, foi quem experimentou a ação vivificante desta nova fonte, Jesus. E recobrou, para além da vida física, sua vida social e religiosa. Superada a marginalização em que se encontrava, abriu-se para ele uma nova perspectiva de vida.

Entretanto, este cenário de vida foi transtornado pela perspectiva de morte que despontou no horizonte de Jesus. Os judeus decidiram matar quem dera a vida, eliminando-a no seu nascedouro. Quem dera a vida corria o risco de ser morto, pelo fato mesmo de ter-se posto a serviço da vida.

Há quanto tempo você está parado (a) perto da piscina da graça do Espírito Santo? Por quem você está esperando para aproximar-se do banquete que Jesus quer oferecer-lhe? Por que você não se levanta pega a sua cama (sua vida) e segue a Jesus?

Reflexão Apostólica: 

O Evangelho de hoje nos traz a mente uma palavra muito interessante, que ouvimos constantemente, mas poucas vezes colocamos em prática: O DISCERNIMENTO.

No evangelho, vemos que muitas pessoas esperavam o dia em que o anjo ia vir para movimentar a água da piscina e realizar o milagre da cura.

Quantos, dos que estavam deitados, próximo a piscina, necessitavam daquele milagre, ou simplesmente daquela fé que os mantinham vivos?

Pois é, hoje muitas pessoas se encontram "às margens da piscina", mas não por deficiências físicas como os cegos, coxos e paralíticos, e sim, por um vazio espiritual.

Este vazio aparece quando não encontramos motivos e razões para viver a vida de forma plena. Por isto, Jesus veio nos libertar, de nós mesmos, com sua vida.

Dentro de nós existem pecados que nos prendem, nos aprisionam e nos fazem viver às margens da vida esperando sempre por um milagre.

Estando na posição de Jesus, tendo o poder de perdoar os pecados e curar os doentes; o que nós faríamos? Seguiríamos as regras da lei dos judeus, não realizando a cura no sábado e deixando para o "próximo dia útil"? Ou utilizaríamos o "bom senso" e daríamos ao doente uma oportunidade de sentir-se livre após tantos anos?

Pois bem, Jesus sabia que era sábado e que não "poderia" realizar curas, mas Jesus não teve dúvidas que libertar o doente de tudo que o aprisionava seria mais valioso que guardar um dia de sábado sem uma ação de piedade.

O evangelho também chama atenção para o nosso individualismo, cada um buscando a solução para os seus problemas, não se permitindo ser solidário com o próximo.

Muitas pessoas têm fé, mas por viver em pecado, se sentem paralisadas, e não conseguem voltar e caminhar novamente para o Pai.

Às vezes não percebemos que ajudando o próximo estamos resolvendo muitos de nossos problemas. Sozinhos nós não venceremos, ouçamos Jesus perguntando: "Queres ser curado?" A Palavra de Cristo é a luz que nos mostrará o caminho da salvação, da libertação, da vida e da paz.

Transferindo tudo isto para o nosso dia-a-dia... Quantas vezes deixamos outras pessoas aprisionadas ao sofrimento, à tristeza e a tantos outros sentimentos ruins, por ser um dia de descanso nosso, ou porque, simplesmente, "não podemos"?

Você nunca encontrou alguém necessitando de ajuda? Qual sua foi sua atitude? Não deu atenção, porque você também precisava de ajuda? Ou fez como Jesus, que parou, se aproximou, conversou, perguntou oferecendo sua ajuda?

Um sábado, domingo ou feriado em que não queremos abrir mão do nosso descanso para libertar um amigo da própria prisão... Bem talvez nosso discernimento esteja sendo parcial demais, em prol dos nossos benefícios.
 
Propósito: Tanto nos bons momentos como nos menos bons ter sempre a certeza de que: "Deus está aqui. O Senhor dirige a minha vida! Meu futuro está nas suas mãos." (Sl 16,5) 
ABUNDANTE GRATIDÃO
Existe muitas e múltiplas tantas coisas boas presentes em sua vida hoje. Não importa o que você esteja enfrentando, sempre há razões mais do que suficientes para você expressar uma abundante gratidão. Obviamente que existem desafios e dificuldades. Porém, - acima das dificuldades e problemas – sempre existe ainda mais oportunidades e possibilidades para grandes alegrias. 

Em vez de reclamar daquilo que você não tem, seja verdadeiramente agradecido por tudo de bom que você já tem; em vez de se ressentir contra aqueles que lhe feriram, lembre-se e se alegre por todos aqueles que tem lhe encorajado e demonstrado apoio. 

Mesmo aqueles profundos anseios que ainda não foram satisfeitos, eles são os mesmos que lhe dão razões mais do que suficientes para ser grato. Tudo é uma questão de perspectiva. Redirecione a energia da sua frustração para uma positiva direção; e por essa nova direção você pode ser abundantemente grato.Com um grato coração você pode de maneira amorosa e bem sucedida fazer do seu mundo um lugar muito melhor.

Evangelho do dia 01 de abril segunda feira 2019


01 DE ABRIL - Trabalhemos todos da maneira e com a intensidade que Deus quer; Ele sabe muito bem coordenar as nossas fadigas para os seus desígnios. (L 22). São José Marello

Leitura do Santo Evangelho segundo São João 4,43-54
"Depois de ficar dois dias ali, Jesus foi para a região da Galiléia. Pois, como ele mesmo disse: "Um profeta não é respeitado na sua própria terra." Quando chegou à Galiléia, os moradores dali o receberam bem. É que eles tinham ido à Festa da Páscoa, em Jerusalém, e tinham visto tudo o que Jesus havia feito lá. 
Jesus voltou a Caná da Galiléia, onde havia transformado água em vinho. Estava ali um alto funcionário público que morava em Cafarnaum. Ele tinha em casa um filho doente. Quando ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, foi pedir a ele que fosse a Cafarnaum e curasse o seu filho, que estava morrendo. Jesus disse ao funcionário: 
- Vocês só crêem quando vêem grandes milagres! 
Ele respondeu: 
- Senhor, venha depressa, antes que o meu filho morra! 
- Volte para casa! O seu filho vai viver! - disse Jesus. 
Ele creu nas palavras de Jesus e foi embora. No caminho encontrou-se com os seus empregados, que disseram: 
- O seu filho está vivo! 
Então ele perguntou a que horas o filho havia começado a melhorar. Os empregados responderam: 
- Ontem, à uma da tarde, a febre passou. 
Aí o pai lembrou que havia sido naquela mesma hora que Jesus tinha dito: "O seu filho vai viver." Então ele e toda a família creram em Jesus. 
Esse foi o segundo milagre que Jesus fez depois de ter ido da Judéia para a Galiléia."

Meditação:

Num contexto de “sinais”, que são meios que alimentam a fé porque sabemos descobrir debaixo deles a extraordinária glória de Deus, nos é narrado “o segundo sinal” dos muitos que Jesus fez, mas que João nos seleciona para conhecer a Jesus. 

O fato parece uma simples cura, mesmo sendo à distância, mas nele se pode antecipar a pregação aos pagãos que será importante ao chegar “a hora” (12, 20.23).
A pregação tem como fim conseguir que os destinatários cheguem à fé, pois para isso o evangelho foi escrito. Entretanto, essa fé não basta. Quando o funcionário é beneficiado por um milagre deve descobrir nele um sinal que fale de Jesus.
As referências à morte e à vida nos preparam para a interpretação do sinal: mais que uma cura, somos chamados a ver nele um sinal de que Jesus é portador da vida, e – como veremos com freqüência em João - uma vida que é vida eterna. 

Isso é o que nos ensinará a fé, que nos conduz para a vida, como novamente nos lembra o final do Evangelho. Para João a fé é algo dinâmico que nos conduz “para” Cristo. Por isso o funcionário começa simplesmente crendo em Jesus, para terminar crendo nele. 

A comunidade de João, e nós, leitores do Evangelho, somos chamados a dar com a vida sinais que levem todos à fé. Devemos ser - como comunidade – um sinal pelo qual aqueles que nos vêem descubram uma pregação, um testemunho que os conduza a crer com toda a sua família.
Se aquilo que faz a comunidade joanina, em João, se mostra como sendo feito por Jesus, do mesmo modo nós devemos ser sinais de Jesus, para conduzir à fé, e “para que crendo, tenham vida”.
No texto de hoje mais uma vez estamos diante de um milagre ou simplesmente sinal, característica fundamental do Evangelho de Jesus Segundo São João.
Jesus conforme nos narra o evangelho, sai da sua terra e vai para Galileia. Como era de esperar, depois de tantos milagres e prodígios que fizera em Jerusalém, aquando da celebração da páscoa é bem recebido. E por encontrar receptibilidade continua fazendo milagres.

É de salientar que apesar de Galiléia ser uma região predominantemente gentílica, com presença de descendentes de colonos judeus, fora em Caná da Galileia que tinha transformado a água em vinho por causa da fé daqueles homens.
Hoje neste trecho do Evangelho salienta-se mais um sinal, um milagre. O milagre da vida como sendo o dom de Deus.
Evangelho de São João, respondendo ao apóstolo Tomé, afirma com toda a sua autoridade: “Eu Sou a Vida” (Jo 14,6). Muitas vezes me pergunto sobre o profundo sentido dessa afirmativa.

Em outro tópico Ele parece completar o que ali está dito: “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em plenitude” (Jo 10,10). Outra afirmação categórica de Jesus a Maria, irmã de Lázaro, é esta: “Eu sou a Ressurreição e a Vida” (Jo 11,25). Isto vale a dizer: “Sou o princípio, o autor também da nova vida, após a morte”.

Quem n’Ele procura a vida sempre a encontra. Veja a certeza com que pronuncia as belas palavras ao funcionário do rei: Podes ir, que teu filho está vivo.
Para os homens com grande fé como o alto funcionário do rei, novos céus e nova terra existirão. Porque na verdade reconhecem o Evangelho como Palavra de Salvação eterna.

A plenitude da vida que Jesus nos veio trazer não se restringe aos horizontes fechados da vida presente, como pensavam muitos humanistas e utopistas.
A vida humana, acima de tudo, é dom de Deus: vem de Deus e se realiza na posse terrena e eterna de Deus. Foi essa a vida que Deus concedeu a nossos primeiros pais e Jesus nos veio reconquistar pela Encarnação, pelo mistério de sua vida, morte e Ressurreição. Por isso Santo Agostinho afirma, com tanta propriedade: “O nosso coração está inquieto até que descanse em Vós”.

De regresso a casa, «ele creu, com todos os da sua casa». Gente que não viu nem ouviu Jesus acredita n'Ele. Que ensinamento se retira daqui? É preciso acreditar nEle sem exigir milagres: não é preciso exigir a Deus provas do Seu poder. Basta acreditar nas Suas palavras: O teu filho vai viver. Os teus serão libertos da situação em que se encontram. Acredite. É Jesus quem está falando! Ele quer curar todas as nossas feridas e enfermidades. Quer libertar os nossos de todos os vícios e pecados. Ele quer ressuscitar os membros do nosso corpo e dar-lhes nova vida.

Nos nossos dias, quantas pessoas mostram um maior amor a Deus depois de seus filhos ou sua mulher terem recebido alívio na doença?
Ontem como hoje Ele continua fazendo milagres e prodígios. Mesmo que os nossos votos não sejam atendidos, é preciso perseverar nas ações de graça e de louvor.
Permaneça ligado a Deus mesmo na adversidade, no abandono, na dor, na tristeza ainda que a morte venha bater a sua porta. Não perca a esperança de que os teus hão de viver, e viver para sempre. Confiar, e esperar com fé firme em Deus é optar pela vida. Por isso, escolha, pois a vida descansando nos braços e no colo de Jesus para que tenha vida e vida em abundância.

Reflexão Apostólica:

O regresso de Jesus à sua terra é marcado pelo crescimento da esperança messiânica, que para muita gente consistia em uma grande etapa de curas, milagres e prodígios.
O centro da mensagem se situa nas razões para crer expostas no texto. Enquanto a multidão espera por sinais maravilhosos para ficar convencida de um novo projeto de vida, um homem a quem o povo rejeita por ser funcionário da corte imperial dominante, necessitado de misericórdia, busca a Jesus, escuta sua palavra e crê. O favor de Deus não se faz esperar: sua situação é transformada, e a isso se segue uma conversão profunda, pessoal, familiar e comunitária.

É importante ter um olhar crítico sobre as razões que temos para crer em Deus e em sua proposta de vida. Nossa fé não pode depender de ações espetaculares, alheias ao processo de crescimento pessoal e comunitário. Ela se deve sustentar na Palavra de Deus e na assimilação amorosa dos clamores com os quais nos encontramos diariamente e que exigem de nós conversões profundas.

Jesus está esperando de nós o sinal da FÉ para poder realizar os prodígios e os milagres de que nós necessitamos na nossa vida. O segundo milagre de Jesus aconteceu em Cafarnaum, cidade da Galiléia, região aonde Jesus vivia. Os seus habitantes duvidavam dos milagres de Jesus por Ele ser “de casa. Os galileus precisavam de sinais e de testes para poder acreditar em Jesus. Mesmo assim, foi lá que Jesus curou o filho de um funcionário do rei. O homem acreditou quando Jesus lhe disse: “Podes ir teu filho está vivo”. A Palavra Dele se cumpriu e por isso, o homem abraçou a fé, ele e toda a sua família.

Quantos milagres nós precisamos que aconteçam na nossa vida e não os alcançamos porque NÃO ACEDITAMOS! PRECISAMOS DE SINAIS! E estamos perdendo tempo precioso sem perceber que Jesus vive no meio de nós e que assim como curou o filho do funcionário do rei tem poder também para nos curar hoje e alcançar para nós os milagres que nós tanto desejamos! Jesus é o mesmo, ontem, hoje e sempre.
Portanto, precisamos abraçar a fé em Jesus e dar testemunho dela dentro da nossa casa para que as Suas maravilhas também aconteçam na nossa família. 

Qual o milagre que você precisa que aconteça na sua vida? Você “acha” difícil isto acontecer? Você está esperando fazer boas obras para receber os presentes de Jesus? 
Peça a Jesus com fé e assim mesmo do jeito que você está, do jeito que você é, Ele também o atenderá e dirá: “Podes ir, teu filho está vivo”!

Propósito:

Espírito de fé, concede-me a confiança necessária que me permita ser atendido por Jesus, quando a Ele eu suplicar.

ABRACE A DISCIPLINA
Fuja da disciplina e ela irá lhe punir. Abrace a disciplina e ela lhe capacitará a construir coisas magníficas. Você pode decidir a se disciplinar ou – eventualmente com toda certeza – a disciplina forçosamente virá até você. A primeira opção é muito melhor e bem menos dolorosa. 

Você já tem a habilidade de agir com auto-disciplina. Faça uso dessa habilidade ao transformá-la num hábito constante. A disciplina não lhe custa. Pelo contrario, é ela quem lhe paga em retorno magníficos dividendos. Disciplina faz com que aquilo que você tem se torne algo mais valioso ainda. É a disciplina que lhe permite criar novos e preciosos valores. 

Faça aquilo que esteja em benefício de todos que estão envolvidos, mesmo que isso não seja fácil ou confortável de se fazer. Você irá perceber que lá na frente aquela inconveniência e desconforto instantâneo desapareceram e você poderá desfrutar dos benefícios de ter decidido abraçar a disciplina.