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domingo, 10 de março de 2019

Evangelho do dia 14 de março quinta feira - Aniversário da Fundação da Congregação dos Oblatos de São Jose


14   De março -  Aniversário da Fundação da Congregação dos Oblatos de São José (1878).

Vivam todos bem dispostos sob o manto paterno de São José, lugar de absoluta segurança "in tribulationibus et angustiis”, nas tribulações e nas aflições. (L 287).


Mateus 7,7-12

"- Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate. Por acaso algum de vocês, que é pai, será capaz de dar uma pedra ao seu filho, quando ele pede pão? Ou lhe dará uma cobra, quando ele pede um peixe? Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai de vocês, que está no céu, dará coisas boas aos que lhe pedirem!
- Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês; pois isso é o que querem dizer a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas."

Meditação:

(…) A oração deve sempre estar vinculada com a prática da vontade do Pai. A nossa oração será ouvida e Deus nos concederá o bem que desejamos somente quando formos capazes de realizar o bem para com os nossos irmãos e irmãs. Sendo assim, Deus somente realizará por nós aquilo que nós queremos que ele nos faça quando formos capazes de realizarmos pelos nossos irmãos e irmãs aquilo que eles esperam de nós, pois estaremos com isso cumprindo a vontade de Deus e ele, como recompensa, cumprirá a nossa vontade”.(CNBB)

Diante de tantas tragédias e tristezas às quais o mundo sempre passou e viveu, e vive até hoje, muitas pessoas se questionam: onde está Deus nesta hora? Porque Ele não faz alguma coisa para impedir?

Morte, fome, sede, desespero, tristeza, rancor, ambição, orgulho e vaidade não são frutos do amor de Deus. Toda resposta da natureza e falhas técnicas são conseqüências da ação e da liberdade do homem.

O desejo de Deus está, única e exclusivamente, voltado para tudo o que gera vida, o que oferece a paz e leva à felicidade do homem.

Jesus nos dá uma ordem: ‘pedir’, e em seguida Ele nos faz uma promessa: ‘que receberemos o que pedirmos’.
Os homens pedem, mas não se mantém no Caminho que os levam à solução. Eles acessam as marginais para chegarem mais rápido e acabam se desviando nas encruzilhadas. Perdem-se muitas vezes e, lá na frente, culpam a Deus por não lhes ouvir e atender ao pedido.

Os pedidos foram ouvidos e os presentes foram deixados nos seus devidos lugares, mas os homens se perderam e não chegaram ao destino final, não perseveraram no caminho, não esperaram o tempo de Deus acontecer.
A ordem é pedir, mas para que a promessa se cumpra é fundamental permanecer na fé, único caminho para se alcançar a graça.

A nova realidade do Reino é vivida a partir da conversão, pela opção a seus valores. A essência da conversão é o abandono do ideal de enriquecimento e consumo, pelo ideal e o compromisso com a vida fraterna, compassiva e partilhada com os mais pobres e excluídos pela própria sociedade de consumo.

Deus atende quem lhe pede coisas boas, que contribuem para o Reino. A conversão que leva ao abandono nas mãos de Deus, à adesão ao seu projeto de construção de um mundo novo, encontra na oração a confiança diante do futuro que se abre.

Se os homens e mulheres não negam "pão e peixe" aos seus filhos, com muito mais razão Deus não negará as coisas boas aos que lhe pedirem. A partilha dos pães e peixes com Jesus, na montanha, será um sinal.

A sentença final, fazer aos outros o que quer que lhe façam, já era um patrimônio cultural universal de vários povos no tempo de Jesus.

Ele apresenta a vivência dos valores humanos que contribuem para a vida como sendo o caminho para o Reino e a vida eterna, sob a moção do Espírito que ele confere a todos.

Nesta passagem fica muito claro que por mais que aqui na terra você tenha pessoas de ótimo coração e boa vontade que estão sempre postos a nos ajudar, quem realmente pode realizar o que está sendo impossível em sua vida é só DEUS!

Enquanto você for fiel a sua entrega a ELE, “Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate.

Pedir, buscar, bater à porta: Como você reza e conversa com Deus? Como você vive a Regra de Ouro?

Reflexão Apostólica: 

Corre pela internet o conto do menino que gritou na montanha: “Estúpido” e o eco repetiu “Estúpido”. O pai explicou ao menino que a vida é como o eco, e o convidou a gritar coisas agradáveis. “Te amo”, gritou o menino, e o eco repetiu: “Te amo”. Esta catequese do evangelho de hoje sobre a oração parece não ter lugar em nossas vidas.

Por que necessita Deus que peçamos se ele já sabe o que necessitamos? Porque a oração é a ferramenta que nos educa para falar com nosso Pai. E é a ferramenta que Ele tem em suas mãos para nos educar em sua amizade. Basta ver crianças malcriadas a quem nunca se negou nada, para perceber o bem que nos faz a oração de suplica simples, confiante e agradecida.

Este ensinamento de Jesus termina com a chamada “Regra de ouro”: “Tratem aos demais como querem que os demais os trate”. O curioso dinamismo do eco. E com isto, Jesus resumiu simplesmente todos os livros do Antigo Testamento.
Eu imagino o quanto esse evangelho é citado todos os dias como justificativa de alguns em “esperar sentados” as coisas acontecerem. Afirmo: Devemos pedir mesmo, pois assim Jesus o disse, mas devemos nos empenhar em também lutar para que sejamos merecedores do que pedimos.
A colocação de Jesus é bem emblemática (ou simbólica), mas é acompanhada não somente do verbo “pedir”. É preciso notar que existem outros verbos que denotam movimento, esforço e atitude… PEÇAM, PROCUREM E BATAM.
Imagino alguém que precisa muito de um emprego. Convido a imaginar, também: Ele (a) senta, tranca a porta do seu quarto e PEDE em sua oração.
É claro que Deus pode mover céus por mim; a sua vontade é sempre soberana a minha própria vontade. Ele é um Pai de amor, mas como Pai, querendo nos ver amadurecer, espera o tempo correto.
Será que Ele, aos nossos olhos não seria injusto, perante aquele que reza também, no entanto acorda cedo e também PROCURA, que e BATE de loja em loja?
Deus nos é justo! A justiça Dele premia também a dedicação.
 Conheço uma senhora que manteve a fé por 10 anos pela conversão de seus filhos, mas enquanto isso não deixou de fazer sua parte. Todos conhecem a sua luta diária. Ela foi agraciada, por Deus, com o reconhecimento dos filhos, mas mesmo hoje não “baixa a guarda”, continua rezando… E certamente Deus a ouve.

Uma pergunta: Já imaginaram como o Senhor se comporta com os apelos do torcedor em prol do seu time do coração? De que lado “Ele fica”? Às vezes nos pegamos pedindo cada coisa inusitada… Coisas que de repente, como pelo time de futebol, geram orações dos dois lados: Aquele que faz uma prova tentando a vaga. Vários pedem a Deus, mas quem será atendido? Ambos e nenhum.
Existe uma citação que li ano passado no site da Paulinas que é muito plausível e pertinente para esse momento: “(…) O pedir, o procurar e o bater não ficarão sem retorno! A certeza do atendimento é reforçada pela repetição do texto. NÃO SE TRATA DE PEDIDOS SUPÉRFLUOS E DE RESPOSTAS MÁGICAS. O Pai-Nosso, a oração por excelência, já contém os pedidos que nos comprometem e nos integram na dinâmica do Reino”.

E, por ventura nas fatalidades, nos desastres naturais? São duras e longas as noites de interseção, orações e suplicas e mesmo assim ainda deparamos com a nossa incapacidade e pequenez mediante o problema.
Como deve ter sido a noite daquele povo no pacífico ao receber o alerta de Tsunami depois do terremoto no Japão? É triste ver também a doença conseguir vencer, mas não podemos nos abater.
É preciso acreditar primeiramente que nosso pedido foi acolhido. Ninguém imagina o que pensa alguém internado em coma que mesmo dopado ainda consegue ouvir. Nós aqui fora pedindo sua recuperação e talvez Ele, em paz com o Senhor, já espera o paraíso.
(…) Deus está presente onde nós somos capazes de transformar a dor em amor, muitas vezes, nós enxergamos somente um quadro na nossa vida, mas o Senhor quer nos fazer compreender que Sua presença é como um fio de ouro, levando-nos a uma história de salvação”. (Dom Alberto Taveira)

Lembrei do meu querido avô. Oferecíamos missas e missas por sua recuperação. Um dia pedi, no ofertório, “seja feita a Sua vontade e não a nossa”, pois naquele momento me recordava do tempo de criança e adolescente onde pedia a Deus que me concedesse um pedido: que não permitisse que ele morresse em sofrimento. E lá estava eu, missa após missa pedindo o inverso…
Nossa oração não deve ser um ato egoísta como, por exemplo, passar num vestibular… Deveríamos pedir calma para realizar a prova a qual tanto me dediquei. Deveria ser pedir a Deus uma chance e não o comodismo. Vida de cristão não é só pedir e nada fazer… Reconhecer que precisamos rever essa situação é algo urgente.
Note na primeira leitura (Est 4,17) como é doce e respeitosa a oração de Ester: “(…) Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que tu libertas, Senhor, até ao fim, todos os que te são caros. Agora, pois, ajuda-me, a mim que estou sozinha E NÃO TENHO MAIS NINGUÉM SENÃO A TI, SENHOR MEU DEUS”.

Estamos na Quaresma… Quantos pedidos, promessas e renúncias fazemos e o que será de mudança concreta em nós, apenas as palavras e lindas orações? Estamos refletindo "A Fraternidade e a Saúde Pública", e eu o que faço?

Propósito: Procurar oferecer o melhor de mim às pessoas com quem me relaciono, em especial, em minha casa. 


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