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domingo, 22 de dezembro de 2019

evangelho do dia 31 de dezembro último dia do ano



31 - Desejo a todos vocês uma coroa resplandecente de pérolas preciosas, trabalhadas aqui na terra no crisol do sofrimento e da provação. E faço votos que ninguém falte ao encontro feliz onde todos nos encontraremos aos pés do Altíssimo para cantar o hino de louvor eterno e de eterna gratidão. (S 359). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São João 1,1-18

"No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela. A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la. 
Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas. 
A Palavra estava no mundo, e por meio dela Deus fez o mundo, mas o mundo não a conheceu. Aquele que é a Palavra veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu. Porém alguns creram nele e o receberam, e a estes ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Eles não se tornaram filhos de Deus pelos meios naturais, isto é, não nasceram como nascem os filhos de um pai humano; o próprio Deus é quem foi o Pai deles. 
A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai. 
João disse o seguinte a respeito de Jesus: 
- Este é aquele de quem eu disse: "Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia." 
Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor, com bênçãos e mais bênçãos. A lei foi dada por meio de Moisés, mas o amor e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus." 

Meditação:

Pouco a pouco, a comunidade cristã foi compreendendo a verdadeira identidade de Jesus. Até então, na história da salvação, ninguém havia se apresentado como Messias Filho de Deus. 

A encarnação do Verbo, em Jesus, é a semente do mundo novo possível. Como a luz que inunda as trevas, as comunidades vivas da Igreja, solidárias com todos que têm fome e sede de justiça entre todos os povos do mundo, já se empenham em construir um projeto mundial de libertação, promoção da vida e conquista da paz verdadeira. 

Na 1a. leitura (1Jo 2,18-21), são João nos diz algo muito sério: “
este é o momento final”. Não porque o mundo vai acabar, mas porque Jesus Cristo inaugurou com seu nascimento, sua vida e sua morte, e especialmente com sua ressurreição, a etapa definitiva da história humana, quando Deus a fará chegar à sua plenitude segundo nos comprometamos com sua Palavra: para nossa plena felicidade e realização se a acolhemos e vivemos, ou para nossa perdição se nos rebelamos contra ela, como nos propõem tantos anticristos que hoje pululam pelo mundo.

São os anticristos da cobiça que fazem com que a imensa maioria dos seres humanos viva ainda na miséria, enquanto uns poucos acumulam e esbanjam. Os anticristos fazem da guerra e da violência um lucrativo negócio, convertem o mundo num mercado onde tudo, até as coisas mais nobres, têm um preço em dinheiro.

O apóstolo nos previne contra eles, assegurando-nos que nada devemos temer, pois possuímos a verdadeira e única riqueza: o Espírito Santo de Deus com o qual fomos ungidos no dia de nosso batismo. 

Estas horas finais do ano civil nos levam a pensar em nossa responsabilidade de cristãos, para seguir anunciando ao mundo o Evangelho, testemunhando-o com nossa vida solidária, sem deixar-nos levar por essa espécie de loucura que atinge a tantos, simplesmente porque mudam os números do calendário: eles não caem na conta de que a vida nos foi dada não para esbanjá-la no egoísmo, mas para frutificá-la no amor.

Dessa forma, a passagem do tempo não tem para nós nenhum significado negativo; é simplesmente o caminho que nos conduz à plenitude de Deus, à felicidade de estar todos juntos reunidos na casa do Pai. 

Hoje, meditamos o começo do evangelho de João, o chamado “prólogo”. Com palavras solenes e bonitas nos diz que a Palavra de Deus, seu verbo, seu “
logos”, acampou em nosso mundo para iluminá-lo com sua poderosa luz. A Palavra divina se fez carne humana em Jesus Cristo, pondo em nossa história um princípio de esperança.

Nós, os cristãos, sabemos que nem a morte, nem a velhice, nem a dor, nem a enfermidade, nem a guerra, nem a fome, nem qualquer mal que possamos padecer poderá nos afastar do amor de Deus. Nossa "sorte" está assegurada se recebemos a Cristo em nossa vida, em nosso lar, em nosso coração.

Somos nós, os cristãos, os responsáveis de fazer com que esta mensagem tão alegre se faça realidade no mundo. Que estas palavras deixem de ser meras palavras para se tornar realidades de convivência fraterna, de paz e de serviço, especialmente a favor dos pequenos, dos pobres e dos humildes.

O tempo que passa e que contamos por anos segundo o ritmo da terra ao redor do sol, é nossa oportunidade de tornar Deus presente neste mundo, como fez Jesus Cristo ao nascer e viver no meio de nós.

É certo que “a Deus ninguém jamais viu”, mas Jesus no-lo deu a conhecer e nós, os cristãos, devemos dá-lo a conhecer ao mundo, não tanto com palavras, mas com atitudes e compromissos que correspondam à nossa fé. 

Na verdade, os reis de Israel eram considerados filhos de Deus. Entretanto, jamais alguém havia manifestado tal proximidade com Deus, no falar e no agir, como acontecia com Jesus.
 

Ninguém havia chamado Deus de Pai, servindo-se de um termo familiar, Abba, usado pelas crianças para se referirem a seus genitores. Ninguém se apresentara com o poder de perdoar pecados, restituir a vida aos mortos e enfermos, libertar as pessoas da opressão do demônio. Ninguém, como Jesus, mostrava-se livre diante da Lei e das tradições religiosas.
 

Na raiz da ação de Jesus, estava sua condição divina. Esta conferia-lhe a liberdade para não se submeter ao legalismo religioso da época, muitas vezes incapaz de levar as pessoas a uma real experiência de Deus; levava-o a desbaratar as forças do anti-Reino, por cuja ação os indivíduos se tornavam cativos do mal e do pecado; dava-lhe um coração misericordioso, como o de Deus, para amar os pecadores e abrir-lhes os caminhos da salvação; tornava-o sensível e solícito aos sofrimentos da humanidade.
 

Nestas ações humanas de Jesus, resplandecia sua glória de Filho de Deus.
Reflexão Apostólica: 

Hoje acaba um ano e é preciso agradecer a Deus pela vida que segue sendo possível, apesar das múltiplas adversidades. Que seja a benção de Deus a que culmine hoje e sempre em nosso ser, nossas famílias e comunidades. Feito o balanço de fim de ano, sejamos capazes de ver a mão de Deus em nossa história.

No evangelho de João, encontramos hoje uma clara referência à origem de Jesus, a origem de tudo quanto existe. A palavra criadora de Deus, a que existiu sempre, é a fonte inesgotável da vida, dele tudo provém. Deus quer uma humanidade fundada no projeto de amor, de justiça e de solidariedade.

Hoje confirma-se o fracasso das estruturas capitalistas que pareciam ter a fórmula para o progresso humano. Esse modelo de interesses obscuros fracassou, mas não a esperança dos pobres; por isso, a nova humanidade deve orientar sua esperança para Jesus e seu projeto de justiça, de igualdade, de amor e de perdão.

É o último dia do ano, quando muitos se entregam a frenéticas festas sem sentido, entorpecendo-se de ruídos, luzes fátuas e vãs celebrações.

Nós proclamamos serenamente que Deus é Senhor da história, que nos criou para repartir conosco a felicidade e desfrutar seu amor perfeito, e que nos sentimos comprometidos a seguir dando testemunho dele ante os seres humanos, todos os dias que Ele nos quiser dar, ao longo deste novo ano cujo amanhecer nos é dado ver.

Aspiremos que o mundo conheça dias de paz e de prosperidade compartida para todos. Isso esperamos, isso pedimos humildemente ao Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e isso queremos oferecer ao mundo com nossa vida comprometida.

Propósito:
Pai, em teu Filho Jesus tu te fazes presente no meio de nós. Que eu saiba reconhecer-te e acolher-te na fragilidade humana do Verbo encarnado. Senhor Jesus, que eu veja tua glória de Filho de Deus resplandecer em teus gestos misericordiosos em favor da humanidade.

Queridas irmãs e queridos irmãos usuários do EVANGELHO DO DIA.

SHALOM
No limiar do novo ano, em que brilha a luz da aurora de um mundo novo: a luz da vida divina, que se comunica a homens e mulheres no amor e na misericórdia e que dissipa as trevas dos poderosos, desejamos, a todos vocês, um feliz Ano Novo, pleno das bênçãos do Senhor.
 

Que a Palavra de Deus continue sendo o alimento diário de nossa espiritualidade pessoal, conjugal, familiar e comunitária e o presente amoroso que todos os dias lhes oferecemos por meio deste serviço.
 

FELIZ 2020 para vocês e para todos aqueles que, por seu intermédio, também são destinatários deste importante Meio de Aperfeiçoamento.

evangelho do dia 30 de dezembro segunda feira


30 - Associemos ao abundante, precioso e real derramamento de sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo o pobre derramamento místico do nosso sangue que jorra do coração nas horas de sofrimento; e este, que é pobre, insignificante e miserável, se tornará rico, abundante e precioso aos olhos de Deus. (S 230). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 2,36-40

Naquele tempo, 36havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.
37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações.
38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. 
Meditação: 

Jesus, o menino antes apresentado no Templo, de quem falavam o profeta Simeão e a profetisa Ana, que nos veio do pobre, do humilde, do simples, de quem não conta, "ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele". Assim como Jesus ia crescendo em sabedoria e graça de Deus, nós, como seus seguidores, também somos chamados a continuar nosso crescimento como cristãos autênticos. 

Crescer em autenticidade cristã é viver plenamente em Cristo; e este viver se concretiza na aplicação de seu projeto de vida para que todos tenham vida em abundancia. Que nossa espiritualidade se fundamente no Espírito de Jesus e este nos inspire a cantar as maravilhas do Senhor, a exemplo de Maria.

De idade já avançada e tendo cumprido a sua função de esposa e, quem sabe, de mãe, Ana esperava com confiança o Salvador que fora prometido por Deus nas escrituras: “Não saia do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações”.

Pela sua persistência e confiança na Palavra de Deus Ana foi agraciada e reconheceu em Jesus o Filho de Deus. Por isso, ela não se cansava de falar a todos sobre o menino com palavras de esperança e louvor a Deus.
 

Se nós também permanecermos firmes no “templo”, isto é, na oração, no serviço a Deus, na adoração, com a nossa mente e o nosso coração voltados para as revelações do céu, com certeza, nós enxergaremos a chegada de Jesus como uma criança pequeninha que vem de mansinho e nos torna pessoas serenas, amáveis e de palavras que expressam a nossa alegria interior.
 

Jesus Cristo que nasce no nosso coração vem como criança mas também cresce em nós em sabedoria e graça na medida em que nós perseveramos no Seu conhecimento na Sua intimidade. Desse modo, a perseverança da profetiza Ana é para nós um exemplo a ser seguido, mesmo que já tenhamos esperado muito e nada ainda tenha acontecido.
 

Você também tem esperado a libertação do seu coração? O que ainda o (a) tem deixado preso (a) ao mundo? Você freqüenta o “templo” com assiduidade? Você é perseverante nas coisas de Deus ou desiste com facilidade?

Nossa perseverança normalmente dura até a primeira sede de Deus. Como posso me afastar do poço nesse mundo tão deserto? Ninguém é tolo de enfrentar o deserto sem levar consigo um cantil ou reservatório de água. Como, portanto suportar as dificuldades da vida sem levar Deus conosco?
Lucas relaciona o Templo de Jerusalém com Jesus, logo no início de seu nascimento. Porém o menino será um sinal de contradição. No fim do ministério de Jesus serão as autoridades do Templo que articularão a sua morte.

Após a profecia de Simeão, na apresentação do menino Jesus no Templo, Lucas menciona uma profetisa, Ana. Ele a descreve detalhadamente. Contudo a fala de Ana é sumária, louva a Deus e fala do menino, sem maiores esclarecimentos.

Ana é uma mulher excluída por ser mulher, por ser viúva e por ser anciã; como Simeão, perseverou muitos anos esperando o Salvador para conhecê-lo antes de morrer. Ela sabe ler os sinais dos tempos, descobrindo a ação de Deus na história e na realidade cotidiana. Jesus é o Messias esperado e desejado por muitos que estão em condições de pobreza, para que surja uma nova ordem social.
 

A profetisa Ana completa a plêiade dos justos envolvidos nos eventos em torno do nascimento do Messias Jesus. De Zacarias e Isabel afirmou-se que eram “justos diante de Deus e caminhavam irrepreensíveis em todos os mandamentos e ordens do Senhor”.

Isabel, “cheia do Espírito Santo”, proclamou as glórias da mãe do Salvador. João Batista, “desde o ventre materno”, esteve cheio do Espírito Santo, destinado a ser “profeta do Altíssimo”, cujos caminhos haveria de preparar.

Maria reconheceu-se “humilde serva do Senhor”, disposta a cumprir em tudo a sua santa palavra. Fala-se pouco de José, sendo sublinhada somente sua prontidão em cumprir as leis civis (vai com Maria até Belém para alistar-se no recenseamento), bem como, as leis religiosas (no prazo previsto, vai com sua esposa e seu filho ao templo de Jerusalém realizar os ritos da purificação).

Ontem vimos o ancião Simeão bendizendo a Deus pela presença do Salvador. Hoje, no mesmo ato da apresentação, é outra pessoa, muito anciã, Ana, cujo significado é "graça", que assim como Simeão personifica a espera do Senhor e a libertação de seu povo.

Simeão é apresentado como um homem “justo e piedoso”, que esperava a realização das promessas divinas feitas a Israel. O Espírito revelou-lhe que não haveria de morrer “sem ver o Cristo do Senhor”. O mesmo Espírito conduziu-o ao templo para o encontro com o Messias. 
Ana, por sua vez, é apresentada como uma mulher fiel e temente a Deus. A maior parte de sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor, no templo, com jejuns e orações. Sua piedade foi recompensada com a graça de reconhecer no menino Jesus a realização das esperanças de Israel

A dupla formada por Simeão e Ana se relaciona com a formada por Zacarias e Isabel, os pais de João Batista; demonstrando o interesse de Lucas em destacar a importância do homem e da mulher no projeto de Deus.
  
Ele precisa estar no nosso trabalho, na escola, em casa. Esses locais precisam aos poucos se tornar oásis e não desertos. O que faz um local de adversidades se tornarem pouco a pouco um lugar melhor é a água que carrego no cantil.

Ana, Izabel e Maria tinham algo em comum, eram mães de Samuel, João Batista e Jesus Cristo, todas amavam a Deus a serviam dia e noite, são mulheres que ficarão na história pela capacidade de doação e serviço ao reino.

Hoje temos muitas mulheres assim como essas heroínas, mas temos também as que se distanciaram desse projeto, quando não tem paciência na espera, entram em depressão, se divociam de seus maridos, abandonam seus filhos a própria sorte.

É preciso portanto estarmos vigilantes em oração contínua, para sermos capazes de transformar o mundo a partir de nosso testemunho.
É a fé persistente de Ana; é bater contra a rocha e ver brotar água aos olhos dos mais descrentes; é ver esperança no filho drogado; é depositar nas mãos de Deus o futuro incerto; é ver a reconstrução e a vida quando a chuva derruba a casa; é ver a luta de quem insiste em levantar mesmo que a vida não lhe ofereça condições; é ver Jesus andando sobre as águas e acalmando o mar…

Os cristãos, recorda o Concílio Vaticano II, atentos aos sinais dos tempos, devem promover «ativamente o bem do matrimônio e da família, quer pelo testemunho da sua vida pessoal, quer pela ação harmônica com todos os homens de boa vontade» (Gaudium et spes, 52). É necessário proclamar com alegria e com coragem o Evangelho da família.

Reflexão Apostólica:

oferecemos-lhes também a melhor educação cultural possível. No entanto, muitas vezes nos descuidamos do essencial: iniciá-los nos preceitos dos nossos antepassados, oferecer-lhes um suporte espiritual para superarem das dificuldades próprias de suas fases da vida, prepará-los para enfrentar os problemas que surgem com sabedoria. Em uma palavra, podemos resumir a educação oferecida aos nossos filhos assim: damos tudo a eles, menos o essencial.
José e Maria se preocuparam com isso em relação a Jesus. Deram-lhe a tradição herdada dos antigos, procuraram fazê-lo amar a Deus e ao Templo e, sobretudo, ficaram conhecendo mais sobre a pessoa de seu Filho. Dois testemunhos foram importantes para isso. De Simeão, eles ficaram sabendo que Jesus era o salvador esperado por Israel e de Ana descobriram que Jesus traria a libertação para Jerusalém.

Maria teve que suportar até o fim, guardando em seu coração, as palavras dolorosas de Simeão: uma espada de dor lhe transpassou a alma quando teve que se colocar debaixo da cruz do Filho que tanto amou. Mas, ao mesmo tempo, ela compreendeu também o significado de tudo: a partir daquele momento, findava uma época – Simeão lhe havia dito que Jesus seria causa de queda para muitos em Israel – e começava outra – o próprio Simeão lhe havia sugerido que Ele seria a causa do re-erguimento de muitos.
Em Jesus termina uma etapa da história da salvação. Antes Deus falava através de emissários, chamados profetas. Com Ele, o próprio Deus visitou o seu povo e o libertou, e começou a falar diretamente aos seus filhos. Em Jesus, a humanidade – e não mais só Israel – se tornou herdeira universal das promessas de Deus.
Na família de Nazaré havia uma preocupação: passar para o seu Filho a herança dos antepassados. Essa herança era a sabedoria de Deus que fortalece sempre os seus escolhidos. Por ter aceitado se educar na tradição de seus pais, Jesus não deixou de ser judeu nem divino. Pelo contrário, a força e a graça de Deus estiveram sempre com Ele, mas se manifestaram no momento apropriado, conforme Simeão e Ana profetizaram.

Nas famílias cristãs de hoje, preocupadas com tantas coisas acessórias, mas não essenciais, precisamos também passar para os nossos filhos a herança dos nossos antepassados. Ela não é algo ultrapassado.
Ao contrário, pode enriquecer as experiências do presente, ensinando-nos a praticar a sabedoria. Mas, sobretudo, precisamos deixar espaço para que a graça de Deus possa agir nos corações dos nossos filhos.

Assim, evitaremos a violência gratuita que grassa entre os nossos jovens, os tantos suicídios prematuros e o grande descompromisso com a vida presente em nossa sociedade.
Não desistamos! Jesus vem hoje nos visitar! Peçamos hoje que Ele nos faça crescer forte, em sabedoria e sob as bênçãos de Deus.
Que a Sagrada Família seja um exemplo para as famílias de hoje que buscam renovar seus esforços no sentido de evitar o divórcio, a dissolução do amor construído através do matrimônio, e que Deus envie profetas como Simeão e Ana para mostrar ao mundo que Deus continua nos salvando – Jesus é o Deus que salva – e nos libertando – Jesus é o Deus que liberta de todas as opressões, principalmente as espirituais e psicológicas que levam à depressão e à vivência de uma vida sem sentido. E que os nossos jovens possam ter a certeza de que a graça de Deus está sempre com eles.

Propósito:
Pai, dá-me a graça de ser piedoso e justo como as pessoas envolvidas no mistério da encarnação de teu Filho Jesus. Sejam elas para mim fonte de perene inspiração.
dia 30
Reflexão:
Saiba que ninguém é tão auto-suficiente que não precise dos demais.
Viver isolado é secar como a planta que não tem a seiva para se desenvolver.
Como é bom viver em harmonia com as demais pessoas, trocar experiências, conversar e solidarizar-se!
Meditação:
Procure sempre praticar o bem.
A maior alegria do ser humano é poder ajudar o semelhante.
Confirmação:
“Caríssimo, não imiteis o que é mau, mas o que é bom.
Quem faz o bem é de Deus, quem faz o mal não viu a Deus”. (2Jo 1,11


EVANGELHO DO DIA 29 DE DEZEMBRO DOMINGO - SAGRADA FAMILIA


29 DEZEMBRO - O menino Jesus segura em suas mãozinhas muitas pequeninas cruzes que deseja distribuir aos seus adoradores mais queridos; aceitemos também nós a nossa parcela. Essas cruzes, colocadas ao lado da sua, não são mais cruzes, porque Jesus as torna doces e suaves com o seu amor inefável. (S 217). SÃO JOSE MARELLO
Mateus 2,13-15.19-23
13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.
14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.
15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.
19Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.
21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. 22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.

Meditação:

No meio do tempo de Natal a Igreja fixa nossa atenção numa realidade muito humana da vida de Jesus: como todo ser humano, Ele contou com uma família que o criou... Teve um pai e uma mãe humanos, um ambiente vital no qual foi se desenvolvendo até chegar a ser adulto, que o modelou e preparou para realizar sua missão.

É característico de Mateus elaborar suas narrativas teológicas como sendo atualizações de antigas narrativas do Primeiro Testamento. Neste texto, sobre a ameaça de Herodes ao menino e a fuga de José, com o menino e a mãe, para o Egito, pode-se ver uma alusão à história de José do Egito. José, o sonhador, um dos doze filhos de Jacó (Ex 37,5-11.19), ameaçado de morte pelos irmãos, encontra refúgio no Egito. Depois, os descendentes de Jacó no Egito são conduzidos de volta para Canaã (Palestina) por Moisés.
Na narrativa de Mateus, José, como José do Egito, também tem sonhos reveladores. Advertido em sonho por um anjo, diante da ameaça de morte para o menino Jesus, José também busca refúgio no Egito. Mateus, então, afirma o cumprimento da escritura na volta de José, do menino e da mãe: “Do Egito chamei meu filho” (Os 11,1).
De volta à Judéia, José é novamente advertido em sonho sobre o cruel Arquelau, indo buscar refúgio no norte da Palestina, na Galiléia, em Nazaré. Jesus, um novo Moisés na visão de Mateus, ficou conhecido como “o nazareno”.
Na família e nas comunidades de discípulos, apesar de todas as tribulações, deve vigorar sempre a harmonia, na estima, no respeito e na gratidão mútuos. Jesus testemunhou um amor vivido na família aberto e transbordante para com todos os demais carentes da sociedade e do mundo.

Deixemos entrar no nosso coração a Palavra de Deus que hoje nos ajuda a construir a paz e a harmonia familiar. Deus quis ter na terra uma família. Ele quer que as famílias da terra sejam um oásis de felicidade e bem estar. Por isso, deixemo-nos mover pela força espiritual da sua palavra. Meditemos em algumas frases que acabamos de escutar:
– Quem honra! Seu pai terá uma longa vida. – Quem obedece ao Senhor dará descanso à sua mãe. - Filho, ampara teu pai na velhice e não o desgostes!
Para sermos capazes de amar e ajudar os membros da nossa família, São Paulo pede-nos:
– Revesti-vos de sentimentos de misericórdia, compaixão, bondade, mansidão e paciência! – Perdoai-vos mutuamente. – Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição! – Reine em vós a paz de Cristo. – Cheios de gratidão cantai a Deus hinos e salmos de louvor! – Filhos, obedecei a vossos pais! – Pais, não exaspereis os vossos filhos!
A festa de hoje recorda-nos que Deus, ao enviar seu Filho ao mundo, quis que Jesus se inserisse na comunidade humana de forma natural. Como todos nós, Jesus teve uma pátria, uma cidade, uma família.

Uma mãe que o trouxe em seu seio, envolveu-o em panos, acariciou-o em seu colo. Um pai que o protegeu com toda a solicitude, trabalhou para sustentá-lo com o pão de cada dia.
Esta família tão simples, tão pobre, tão humilde, exteriormente em nada se distingue das outras famílias israelitas. Cumprem a vontade de Deus, observando o que estava determinado na Lei de Moisés: “Quarenta dias após a o nascimento de Jesus, Maria e José foram ao Templo de Jerusalém para O oferecerem ao Senhor. Ofereceram um par de rolas ou duas pombinhas, como todas as famílias pobres”.
Deus ama quem dá com alegria, quem faz a sua vontade. Que alegria para São José e para Maria as palavras pronunciadas por Simeão: “Este Menino é a salvação para todos os povos!”

Que alegria para São José e para Maria o testemunho da profetiza Ana, que também estava presente e louvou a Deus, falando deste Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Um homem e uma mulher, unidos em matrimônio, formam com os filhos uma família. Deus instituiu a família e dotou-a da sua constituição fundamental. O matrimônio e a família são ordenados ao bem dos esposos e à procriação e educação dos filhos.
A família torna-se Igreja doméstica, porque ela é uma comunidade de fé, de esperança. A família cristã manifesta e realiza a natureza de comunhão como família de Deus. Cada membro, a seu modo, exerce o sacerdócio batismal, contribuindo para fazer dela uma comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e cristãs, lugar de primeiro anúncio da fé aos filhos.

Em relação aos pais, os filhos devem respeito, reconhecimento, docilidade e obediência, contribuindo assim, também com boas relações entre irmãos e irmãs, para o crescimento da harmonia e da santidade de toda a vida familiar. Se os pais se encontrarem em situação de indigência, de doença, de solidão ou de velhice, os filhos adultos devem ajudar-lhes moral e material.
Os pais, participantes da paternidade divina, são os primeiros responsáveis da educação dos filhos e os primeiros anunciadores da fé. Têm o dever de amar e respeitar os filhos como pessoas e filhos de Deus e dentro do possível, de prover às suas necessidades materiais e espirituais… ajudando-os com prudentes conselhos na escolha da profissão e do estado de vida. Em particular, têm a missão de educá-los na fé cristã. Com o exemplo, a oração, a catequese familiar e a participação na vida eclesial.
Em comunhão com todas as famílias e com todos os crentes, cantemos a nossa gratidão utilizando o salmo 127 da missa de hoje: ditosos os que temem o Senhor! Ditosos os que seguem os seus caminhos!

Hoje, celebramos a festa da Sagrada Família. O Filho de Deus prepara-se para cumprir a sua missão redentora, vivendo de maneira laboriosa e escondida na santa casa de Nazaré. Desta forma, Ele, unido a todos os homens mediante a encarnação (Gaudium et spes, 22), santificou a família humana.

A Sagrada Família, que teve de superar muitas provas dolorosas, vele sobre todas as famílias do mundo. Ela continua sendo o modelo de vida familiar, principalmente sobre aquelas que vivem em situações difíceis.
Que ela ajude os homens de cultura e os responsáveis políticos para que defendam a instituição familiar fundada no matrimônio e a apoiem ao enfrentarem aos graves desafios do tempo presente.
Que a partir de Nazaré possamos olhar, escutar, meditar e contemplar o significado profundo da manifestação do Filho de Deus em nosso meio, na força frágil de uma criança como Jesus.

Reflexão Apostólica:

Um bebê é um ser muito frágil e sem força. Não pode se defender. Para sobreviver, depende totalmente do cuidado e da ajuda dos pais. Muitas crianças têm sido vítimas da própria incapacidade de se defender. Umas não chegam nem a nascer, são abortadas; outras, são jogadas em rios, são maltratadas, são vendidas. Também Jesus depois de ter nascido num lugar tão desconfortável e sujo, correu risco de vida.

No Evangelho de hoje, meditamos o drama do exílio e da imigração que teve de experimentar a Sagrada Família para escapar da matança cruel que Herodes tinha ordenado a fim de matar Jesus, a quem considerava um grande rival apesar de sua pouca idade. Tal drama nos mostra que o texto em questão quer mostrar justamente que ameaçado Jesus, fica ameaçada também toda a sua obra de salvação. Mas, Deus o protege.

José recebe de Deus a responsabilidade de marido e pai, de tomar o menino e sua mãe e fugir para salvar-lhes a vida e assim o faz. Ele foge para o Egito (África).

Desta forma, José se apresenta como o homem responsável para com a sua família e cuida dela totalmente, desempenhando o papel de protetor, exemplo para tantos pais que já não se preocupam com os seus filhos.

De igual modo, José também obedece a Deus quando deve retornar às suas origens. Depois da morte de Herodes, volta para Israel, sinal evidente de que o seu esforço é para deixar crescer o filho na terra onde nasceu.

Ele não se deixa levar pelos seus próprios interesses, mas enfrenta todas as situações pelo bem do seu filho. Até sob este ponto de vista, José é exemplo para todos aqueles pais que ao invés de defender as próprias origens, sobretudo no campo da fé, freqüentemente trocam Deus por outras coisas e outros lugares, influenciando negativamente os seus filhos.

Com José, temos a reafirmação da cultura das próprias origens que ninguém deveria esquecer. Jesus teve de ir ao Egito, porque de lá saiu o povo liberto. Também ele deveria sair do Egito e entrar na Terra prometida, aqui representada por Nazaré, o que pode ser uma alusão a Isaias 11,1, onde é anunciado um rebento do tronco de Jessé como Príncipe da Paz (nezer). Já o fato de Maria nunca ser chamada pelo nome neste texto, mas sempre por mãe, enfatiza sua função materna da qual Jesus dependeu para crescer.

Pois bem! Como a família atual se afastou desta concepção de família que acabamos de tratar! Os pais e as mães estão sempre mais ocupados, estressados, maltratados, esquecidos, e até mesmo humilhados pelos próprios filhos, o que causa um dano enorme à família, pois se há falta de amor dentro dela, como podemos experimentá-lo em outro lugar?

É uma verdadeira lição o que lemos hoje na I leitura. O autor do Eclesiástico lembra o mandamento da lei mosaica que pede claramente para honrar o pai e a mãe e ainda esclarece que para isso é necessário que também os pais honrem os filhos.

Hoje, a família caminha insensivelmente para a autodestruição, principalmente quando se confunde maternidade e paternidade graças ao egocentrismo.

O estilo de uma vida familiar com princípios cristãos se encontra expresso na carta de Paulo aos colossenses (II leitura). É preciso levar uma vida virtuosa em família para salvá-la da sua destruição ou implosão. Os vários sentimentos que Paulo acena na leitura deveriam ser patrimônio de todos os membros de todas as famílias cristãs.

Infelizmente, sabemos muito bem que não é assim, sobretudo hoje. Daí, a necessidade de reforçarmos as experiências positivas da vida familiar em prol da educação dos nossos filhos para combater o mau exemplo sempre mais forte das “falsas” famílias que são propostas na mídia, especialmente nas novelas com sua degradação geral.

Estas sempre fazem mais ou menos sucesso de acordo com o maior ou menor número de traições, abandonos, separações, divórcios, filhos ilegítimos, e tantos outros atentados à vida familiar.

Jesus, José e Maria nos indicam a estrada melhor para revitalizar às nossas famílias frágeis. Só o amor que vem de Deus é capaz de salvar a família.

Propósito:

Senhor Jesus, que quiseste começar tua vida como todo ser humano, no seio de uma família, necessitado do calor, do alimento e do apoio dos mais próximos para aprender a caminhar... Dá-nos a graça de apreciar as virtudes domésticas e o valor da autenticidade garantido pelo compromisso no dia a dia, humilde e oculto.
dia 29

Reflexão:
“Todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (Lc 14,11).
Com essas palavras, Jesus propõe duas atitudes para que o ser humano chegue ao Reino de Deus.
A humildade e o amor desinteressado ao próximo.
Por isso, não se deixe enganar por padrões de comportamentos que dão uma falsa idéia de grandeza.
Meditação:
“Quero viver num mundo onde os seres sejam somente humanos, sem outros títulos a não ser este.
Quero que todos possam falar, escutar, florescer” (Pablo Neruda).
Confirmação:
“Ao contrário, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar.
Quando chegar então aquele que te convidou, ele te dirá: Amigo, vem para um lugar melhor!’
Será uma honra para ti, à vista de todos os convidados.
Pois todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.




EVANGELHO DO DIA 28 DE DEZEMBRO SÁBADO 2019


SANTOS INOCENTES
28 dezembro - Peçamos aos Santos Inocentes para que nos alcancem a graça de padecer aquele martírio lento, de cada dia, que nos causa o amor próprio ferido. (S 196). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 2,13-18

 "Depois que os visitantes foram embora, um anjo do Senhor apareceu num sonho a José e disse: 
- Levante-se, pegue a criança e a sua mãe e fuja para o Egito. Fiquem lá até eu avisar, pois Herodes está procurando a criança para matá-la. 
Então José se levantou no meio da noite, pegou a criança e a sua mãe e fugiu para o Egito. E eles ficaram lá até a morte de Herodes. Isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: "Eu chamei o meu filho, que estava na terra do Egito." 
Quando Herodes viu que os visitantes do Oriente o haviam enganado, ficou com muita raiva e mandou matar, em Belém e nas suas vizinhanças, todos os meninos de menos de dois anos. Ele fez isso de acordo com a informação que havia recebido sobre o tempo em que a estrela havia aparecido. Assim se cumpriu o que o profeta Jeremias tinha dito: "Ouviu-se um som em Ramá, o som de um choro amargo. Era Raquel chorando pelos seus filhos; ela não quis ser consolada, pois todos estavam mortos."
Meditação: 
 O Plano de Deus para a humanidade se cumpre apesar dos percalços e entraves que o Seu inimigo tenta colocar para desarticula-lo.
Assim sendo, nós percebemos que até o Filho de Deus foi vítima da articulação de satanás que agiu por meio de Herodes.
A onisciência e a onipotência de Deus superam as armadilhas do mal, pois Ele envia os Seus mensageiros para advertir àqueles que fazem a Sua vontade. Por isso, o anjo do Senhor apareceu a José e mandou que ele pegasse o menino e sua mãe para fugir da fúria do rei.
José obedeceu e partiu para o Egito onde permaneceu até a morte de Herodes. Mesmo assim as crianças de Belém sofreram as consequências da cólera do rei o qual mandou matar as que tinham de dois anos para baixo.
Assim também acontece nos nossos dias. O demônio continua tramando e montando armadilhas para que os filhos de Deus caiam e se submetam às suas investidas, tentando-os e flagelando-os com o pecado. Somente aqueles (as) que estão em sintonia com Deus, que obedecem à Sua Palavra e crêem verdadeiramente em Jesus conseguem se livrar das garras do inimigo.
Por isso, hoje, vemos tantos jovens com a vida destroçada, tantas famílias em desarmonia, guerra, fome, miséria.
O pecado devasta o mundo e se não tivermos firmados nos ensinamentos evangélicos, nós iremos sucumbir com ele.
Hoje também os inocentes pagam o preço da insanidade dos “reis” que procuram vítimas para suas frustrações.
Nunca poderemos esmorecer, pois o anjo do Senhor está perto e na hora precisa, também ele nos dirá: “Levanta-te e vai para o Egito”.
O Egito é lugar de penúria, de solidão, mas é também lugar de purificação, onde nós nos encontramos conosco mesmos e com Deus, e depois, retornamos para encontrar os irmãos.
Você tem sabido escutar a voz do Senhor que o (a) chama ao deserto? Você tem sofrido as conseqüências do pecado? Você acredita que o inimigo de Deus está atento para atraí-lo? Você tem buscado refúgio na Palavra de Deus e na oração?
 Reflexão Apostólica:
 Mais um novo ano se aproxima e com ele uma nova oportunidade de reescrever uma nova história, mas por onde poderia começar? Dizem que uma boa dissertação começa com um bom título e uma nova história de vida começa com a reflexão dos erros e acertos da última escrita…
Hoje, partindo desse evangelho, qual seria a reflexão de erros e acertos que deveriam ser levados em consideração antes de começar escrever os planos e projetos do ano que esta chegando? Se eu pudesse sugerir: QUANTAS VEZES DEIXEI DE OUVIR OS SUSSURROS DE DEUS A ME ORIENTAR E ME PROTEGER DO MAL?
José mais uma vez se mostra diferente dos homens e mulheres da nossa geração, pois ele ouve o conselho de Deus a lhe propor uma mudança… É engraçado um fato: no novo testamento há cinco vezes a menção de Deus avisando sobre algo (a sexta vez é a mulher de Pilatos), e dessas cinco vezes, quatro dizem respeito a José…
Vi num programa de Regina Casé a seguinte colocação: ninguém no novo testamento desistiu do que pensava, do que planeja como José. Ele nunca teve medo de seguir o que Deus sugeria
A mudança sugerida hoje a José foi residencial. Precisaria deixar o pouco que tinha e conhecia para morar numa região afastada, no entanto protegida do mal que Herodes havia planejado.
A história de Jesus teve uma continuidade porque seus pais não argumentaram com Deus a necessidade da mudança, pois era preciso mudar.
Mudar, não necessariamente, é sempre sair de um lugar para morar em outro, pois a mudança pode ser também de atitude, de pensamento ou até mesmo no romper de paradigmas.
A mudança pode de fato iniciar a partir do momento que começo a ouvir os sinais de Deus que é emitido por aqueles que me querem bem.
Quantas pessoas precisam reescrever suas vidas pelo fato de não querem admitir que o conselho que foi dado no passado não foi atendido ou levado a sério?
Um fato: demoramos demais para responder as sugestões de Deus…
Quantas pessoas hoje estão lendo isso preocupadas se terão um emprego no ano que vem? Quantos não sabem como pagarão suas contas por não ter tido prudência na hora de gastar? Quantos se endividam para fingir ter um padrão de vida, mas não tem como honrar suas dívidas? Será que é isso que preciso reescrever em 2013?
Quem está vivendo assim, Deus convida a mudar também!

É tão difícil, após um longo tempo vivendo os mesmos erros, sair dessa posição que se tornou confortável; duro também começar ou recomeçar ouvir as pessoas após tantas decepções, “nãos” e traições, mas quem hoje convive comigo talvez não tenha nada haver ou culpa como aquelas que me fizeram mal no passado, portanto, por que condená-las com meu “pé atrás”?
Mudar requer esforço e comprometimento e não somente um “eu quero”, se fosse assim não teríamos tantas recaídas por causa das drogas… Mudar requer ouvir, sentir, amadurecer…
Preciso de um emprego? Cadê o currículo? Já imprimiu?
Quero pagar minhas contas? Pra que mais esse cartão de crédito?!
Quer um salário mais justo a sua formação? Mova-se!
Às vezes parece que queremos que Deus mude o mundo ao nosso redor para que eu não tenha que sair do lugar!
Peçamos a família de Nazaré a devida ajuda para entender os sinais de Deus e se for necessário os dispor rapidamente a mudar.