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domingo, 22 de dezembro de 2019

evangelho do dia 30 de dezembro segunda feira


30 - Associemos ao abundante, precioso e real derramamento de sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo o pobre derramamento místico do nosso sangue que jorra do coração nas horas de sofrimento; e este, que é pobre, insignificante e miserável, se tornará rico, abundante e precioso aos olhos de Deus. (S 230). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 2,36-40

Naquele tempo, 36havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.
37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações.
38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. 
Meditação: 

Jesus, o menino antes apresentado no Templo, de quem falavam o profeta Simeão e a profetisa Ana, que nos veio do pobre, do humilde, do simples, de quem não conta, "ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele". Assim como Jesus ia crescendo em sabedoria e graça de Deus, nós, como seus seguidores, também somos chamados a continuar nosso crescimento como cristãos autênticos. 

Crescer em autenticidade cristã é viver plenamente em Cristo; e este viver se concretiza na aplicação de seu projeto de vida para que todos tenham vida em abundancia. Que nossa espiritualidade se fundamente no Espírito de Jesus e este nos inspire a cantar as maravilhas do Senhor, a exemplo de Maria.

De idade já avançada e tendo cumprido a sua função de esposa e, quem sabe, de mãe, Ana esperava com confiança o Salvador que fora prometido por Deus nas escrituras: “Não saia do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações”.

Pela sua persistência e confiança na Palavra de Deus Ana foi agraciada e reconheceu em Jesus o Filho de Deus. Por isso, ela não se cansava de falar a todos sobre o menino com palavras de esperança e louvor a Deus.
 

Se nós também permanecermos firmes no “templo”, isto é, na oração, no serviço a Deus, na adoração, com a nossa mente e o nosso coração voltados para as revelações do céu, com certeza, nós enxergaremos a chegada de Jesus como uma criança pequeninha que vem de mansinho e nos torna pessoas serenas, amáveis e de palavras que expressam a nossa alegria interior.
 

Jesus Cristo que nasce no nosso coração vem como criança mas também cresce em nós em sabedoria e graça na medida em que nós perseveramos no Seu conhecimento na Sua intimidade. Desse modo, a perseverança da profetiza Ana é para nós um exemplo a ser seguido, mesmo que já tenhamos esperado muito e nada ainda tenha acontecido.
 

Você também tem esperado a libertação do seu coração? O que ainda o (a) tem deixado preso (a) ao mundo? Você freqüenta o “templo” com assiduidade? Você é perseverante nas coisas de Deus ou desiste com facilidade?

Nossa perseverança normalmente dura até a primeira sede de Deus. Como posso me afastar do poço nesse mundo tão deserto? Ninguém é tolo de enfrentar o deserto sem levar consigo um cantil ou reservatório de água. Como, portanto suportar as dificuldades da vida sem levar Deus conosco?
Lucas relaciona o Templo de Jerusalém com Jesus, logo no início de seu nascimento. Porém o menino será um sinal de contradição. No fim do ministério de Jesus serão as autoridades do Templo que articularão a sua morte.

Após a profecia de Simeão, na apresentação do menino Jesus no Templo, Lucas menciona uma profetisa, Ana. Ele a descreve detalhadamente. Contudo a fala de Ana é sumária, louva a Deus e fala do menino, sem maiores esclarecimentos.

Ana é uma mulher excluída por ser mulher, por ser viúva e por ser anciã; como Simeão, perseverou muitos anos esperando o Salvador para conhecê-lo antes de morrer. Ela sabe ler os sinais dos tempos, descobrindo a ação de Deus na história e na realidade cotidiana. Jesus é o Messias esperado e desejado por muitos que estão em condições de pobreza, para que surja uma nova ordem social.
 

A profetisa Ana completa a plêiade dos justos envolvidos nos eventos em torno do nascimento do Messias Jesus. De Zacarias e Isabel afirmou-se que eram “justos diante de Deus e caminhavam irrepreensíveis em todos os mandamentos e ordens do Senhor”.

Isabel, “cheia do Espírito Santo”, proclamou as glórias da mãe do Salvador. João Batista, “desde o ventre materno”, esteve cheio do Espírito Santo, destinado a ser “profeta do Altíssimo”, cujos caminhos haveria de preparar.

Maria reconheceu-se “humilde serva do Senhor”, disposta a cumprir em tudo a sua santa palavra. Fala-se pouco de José, sendo sublinhada somente sua prontidão em cumprir as leis civis (vai com Maria até Belém para alistar-se no recenseamento), bem como, as leis religiosas (no prazo previsto, vai com sua esposa e seu filho ao templo de Jerusalém realizar os ritos da purificação).

Ontem vimos o ancião Simeão bendizendo a Deus pela presença do Salvador. Hoje, no mesmo ato da apresentação, é outra pessoa, muito anciã, Ana, cujo significado é "graça", que assim como Simeão personifica a espera do Senhor e a libertação de seu povo.

Simeão é apresentado como um homem “justo e piedoso”, que esperava a realização das promessas divinas feitas a Israel. O Espírito revelou-lhe que não haveria de morrer “sem ver o Cristo do Senhor”. O mesmo Espírito conduziu-o ao templo para o encontro com o Messias. 
Ana, por sua vez, é apresentada como uma mulher fiel e temente a Deus. A maior parte de sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor, no templo, com jejuns e orações. Sua piedade foi recompensada com a graça de reconhecer no menino Jesus a realização das esperanças de Israel

A dupla formada por Simeão e Ana se relaciona com a formada por Zacarias e Isabel, os pais de João Batista; demonstrando o interesse de Lucas em destacar a importância do homem e da mulher no projeto de Deus.
  
Ele precisa estar no nosso trabalho, na escola, em casa. Esses locais precisam aos poucos se tornar oásis e não desertos. O que faz um local de adversidades se tornarem pouco a pouco um lugar melhor é a água que carrego no cantil.

Ana, Izabel e Maria tinham algo em comum, eram mães de Samuel, João Batista e Jesus Cristo, todas amavam a Deus a serviam dia e noite, são mulheres que ficarão na história pela capacidade de doação e serviço ao reino.

Hoje temos muitas mulheres assim como essas heroínas, mas temos também as que se distanciaram desse projeto, quando não tem paciência na espera, entram em depressão, se divociam de seus maridos, abandonam seus filhos a própria sorte.

É preciso portanto estarmos vigilantes em oração contínua, para sermos capazes de transformar o mundo a partir de nosso testemunho.
É a fé persistente de Ana; é bater contra a rocha e ver brotar água aos olhos dos mais descrentes; é ver esperança no filho drogado; é depositar nas mãos de Deus o futuro incerto; é ver a reconstrução e a vida quando a chuva derruba a casa; é ver a luta de quem insiste em levantar mesmo que a vida não lhe ofereça condições; é ver Jesus andando sobre as águas e acalmando o mar…

Os cristãos, recorda o Concílio Vaticano II, atentos aos sinais dos tempos, devem promover «ativamente o bem do matrimônio e da família, quer pelo testemunho da sua vida pessoal, quer pela ação harmônica com todos os homens de boa vontade» (Gaudium et spes, 52). É necessário proclamar com alegria e com coragem o Evangelho da família.

Reflexão Apostólica:

oferecemos-lhes também a melhor educação cultural possível. No entanto, muitas vezes nos descuidamos do essencial: iniciá-los nos preceitos dos nossos antepassados, oferecer-lhes um suporte espiritual para superarem das dificuldades próprias de suas fases da vida, prepará-los para enfrentar os problemas que surgem com sabedoria. Em uma palavra, podemos resumir a educação oferecida aos nossos filhos assim: damos tudo a eles, menos o essencial.
José e Maria se preocuparam com isso em relação a Jesus. Deram-lhe a tradição herdada dos antigos, procuraram fazê-lo amar a Deus e ao Templo e, sobretudo, ficaram conhecendo mais sobre a pessoa de seu Filho. Dois testemunhos foram importantes para isso. De Simeão, eles ficaram sabendo que Jesus era o salvador esperado por Israel e de Ana descobriram que Jesus traria a libertação para Jerusalém.

Maria teve que suportar até o fim, guardando em seu coração, as palavras dolorosas de Simeão: uma espada de dor lhe transpassou a alma quando teve que se colocar debaixo da cruz do Filho que tanto amou. Mas, ao mesmo tempo, ela compreendeu também o significado de tudo: a partir daquele momento, findava uma época – Simeão lhe havia dito que Jesus seria causa de queda para muitos em Israel – e começava outra – o próprio Simeão lhe havia sugerido que Ele seria a causa do re-erguimento de muitos.
Em Jesus termina uma etapa da história da salvação. Antes Deus falava através de emissários, chamados profetas. Com Ele, o próprio Deus visitou o seu povo e o libertou, e começou a falar diretamente aos seus filhos. Em Jesus, a humanidade – e não mais só Israel – se tornou herdeira universal das promessas de Deus.
Na família de Nazaré havia uma preocupação: passar para o seu Filho a herança dos antepassados. Essa herança era a sabedoria de Deus que fortalece sempre os seus escolhidos. Por ter aceitado se educar na tradição de seus pais, Jesus não deixou de ser judeu nem divino. Pelo contrário, a força e a graça de Deus estiveram sempre com Ele, mas se manifestaram no momento apropriado, conforme Simeão e Ana profetizaram.

Nas famílias cristãs de hoje, preocupadas com tantas coisas acessórias, mas não essenciais, precisamos também passar para os nossos filhos a herança dos nossos antepassados. Ela não é algo ultrapassado.
Ao contrário, pode enriquecer as experiências do presente, ensinando-nos a praticar a sabedoria. Mas, sobretudo, precisamos deixar espaço para que a graça de Deus possa agir nos corações dos nossos filhos.

Assim, evitaremos a violência gratuita que grassa entre os nossos jovens, os tantos suicídios prematuros e o grande descompromisso com a vida presente em nossa sociedade.
Não desistamos! Jesus vem hoje nos visitar! Peçamos hoje que Ele nos faça crescer forte, em sabedoria e sob as bênçãos de Deus.
Que a Sagrada Família seja um exemplo para as famílias de hoje que buscam renovar seus esforços no sentido de evitar o divórcio, a dissolução do amor construído através do matrimônio, e que Deus envie profetas como Simeão e Ana para mostrar ao mundo que Deus continua nos salvando – Jesus é o Deus que salva – e nos libertando – Jesus é o Deus que liberta de todas as opressões, principalmente as espirituais e psicológicas que levam à depressão e à vivência de uma vida sem sentido. E que os nossos jovens possam ter a certeza de que a graça de Deus está sempre com eles.

Propósito:
Pai, dá-me a graça de ser piedoso e justo como as pessoas envolvidas no mistério da encarnação de teu Filho Jesus. Sejam elas para mim fonte de perene inspiração.
dia 30
Reflexão:
Saiba que ninguém é tão auto-suficiente que não precise dos demais.
Viver isolado é secar como a planta que não tem a seiva para se desenvolver.
Como é bom viver em harmonia com as demais pessoas, trocar experiências, conversar e solidarizar-se!
Meditação:
Procure sempre praticar o bem.
A maior alegria do ser humano é poder ajudar o semelhante.
Confirmação:
“Caríssimo, não imiteis o que é mau, mas o que é bom.
Quem faz o bem é de Deus, quem faz o mal não viu a Deus”. (2Jo 1,11


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