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sábado, 30 de outubro de 2021

EVANGELHO DO DIA 07 DE NOVEMBRO DOMINGO 2021 - SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

 


07 novembro - Fruto da igualdade de espírito é aquela alegria pura e santa do coração, que podem gozar somente aquelas almas que, indiferentes a todas as coisas da terra e a tudo o que lhes diz respeito, não se preocupam senão com a glória de Deus e já possuem Deus aqui na terra, na paz inalterável do seu coração. (S 238). São Jose Marello

 


Mateus 5,1-12ª

 Naquele tempo, 1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:

3”Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

 Meditação:

 O chamado Sermão da Montanha, faz parte do discurso inaugural do ministério público de Jesus, que se estende entre os capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus. O de hoje o primeiro dos cinco discursos que o evangelista distribui estrategicamente no seu livro.

No texto destacamos dois elementos fundamentais: primeiro está o lugar de onde Jesus fala e o conteúdo do discurso. Depois de pregar nas sinagogas da Galileia, acompanhado de uma grande multidão, Jesus subiu ao monte para rezar, escolhe os doze apóstolos e depois chega a um lugar plano e sentando, os seus discípulos e toda a multidão se aproxima d’Ele e então, Ele tomando a palavra e começa ensinar. Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o Reino dos céus…

 A intenção evidente do evangelista é apresentar-nos um discurso completo. Há, portanto aqui uma unidade retórica, sendo este termo entendido não só como uso de figuras de estilo, mas, sobretudo como forma de usar as palavras e construir o discurso visando cumprir um determinado objetivo, que neste caso é proclamar de um modo novo o Evangelho do Reino.

 Não há aqui espaço para uma interpretação detalhada do texto. Utilizaremos como marco hermenêutico a novidade que este sermão nos traz, advertindo desde já que de maneira nenhuma se trata de ruptura com o Antigo Testamento, mas sim do seu pleno cumprimento em Jesus Cristo. De fato, Ele declara: Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. Levar à perfeição é o mesmo que dar pleno cumprimento, realizar plenamente.

 À semelhança de Moisés, que sobe ao monte Sinai para receber as tábuas da Lei que há - de comunicar ao povo de Israel (cf. Ex 19, 3. 20; 24, 15), há quem veja na pessoa de Jesus um “novo Moisés” que surge como Mestre, não apenas de Israel, mas de todos os homens, chamados à vocação universal de serem discípulos de Cristo, pela escuta e vivência da sua Palavra: Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu; 7, 24: Ou ainda: Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha). Jesus senta-se na “cátedra” de Moisés (a montanha) como o Moisés Maior, que estende a Aliança a todos os povos. Assim podemos ver o Sermão da Montanha como «a nova Torah trazida por Jesus».

 Devemos insistir, porém que não se trata aqui de abandonar a Torah dada na aliança do Sinai. É sabido que o primeiro Evangelho foi escrito para uma comunidade de cristãos de origem judaica, enraizados e familiarizados com a Lei de Moisés, que continuava a ser valorizada e praticada. A preocupação do evangelista é mostrar que, sem abolir nada do que Moisés tinha deixado, Cristo, com a sua ação, o supera e leva à perfeição como só Ele pode fazer, absolutamente melhor do que qualquer outro profeta.

 O que Mateus nos apresenta no texto de hoje não tenho nem se quer uma sombra de dúvidas de que seja o anúncio de um novo céu e uma nova terra onde haveremos de morar. É como que a realização de todas as promessas e bênçãos de Deus nos discípulos da nova aliança em Cristo, assim como no novo espírito com que se deve cumprir a Lei, concretizado nas práticas da esmola, da oração e do jejum.

 A atitude dos filhos do Reino traduz-se numa nova relação com as riquezas, com o próprio corpo e as coisas do mundo e com Deus, a quem nos dirigimos como Pai e de cujo Reino se busca a justiça, antes de tudo.

 Como não se pode dizer que se ama a Deus se não se ama os irmãos, não falta aqui à referência a uma nova relação com o próximo. Finalmente, o epílogo do sermão faz uma recapitulação e um apelo veemente à não apenas escutar a Palavra, mas a pô-la em prática, de forma consciente e deliberada.

Procuramos, da forma mais breve possível, ver como em Jesus Cristo se cumpre a promessa de Deus ao povo de Israel em Dt 18, 15 O Senhor, teu Deus, suscitará no meio de vós, dentre os teus irmãos, um profeta como eu; a ele deves escutar e a Moisés em Dt 18, 18 Suscitar-lhes-ei um profeta como tu, dentre os seus irmãos; porei as minhas palavras na sua boca e ele lhes dirá tudo o que Eu lhe ordenar. Como acontece noutras passagens dos Evangelhos, também aqui Jesus Cristo anuncia o Reino dos céus.

 Esta é uma forma semítica de dizer “Reino de Deus”, que está no meio de nós e se realiza plenamente no domínio ou reinado de Deus sobre todas as suas criaturas e na aceitação ativa, alegre e jubilosa desse reinado pelas mesmas criaturas, a começar pelo Homem, criado à sua imagem e semelhança.

O Sermão da Montanha é então para nós um autêntico programa de vida cristã que não deixaremos de meditar e pôr em prática em todos os dias, pois ele compreende o ANÚNCIO DE NOVO CÉU E DA NOVA TERRA onde haveremos de morar.

 Reflexão Apostólica:

 As bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a liberdade, e não o conformismo ou a alienação. Elas anuciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus.

 Estas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime.

 Os que buscam a justiça do Reino são os “pobres em espírito”. Sufocados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita, esses pobres estão profundamente convictos de que eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim uma nova sociedade.

O Evangelho deste domingo nos traz o Sermão da Montanha. Falar dele em poucas palavras é uma missão bem difícil para mim, já que eu olho para ele e vejo uma grande lição em cada versículo.

Sempre que o Sermão da Montanha é mostrado nos filmes, Jesus está andando pelo meio da multidão e falando bem alto. Quando lemos no Evangelho, descobrimos que não foi bem assim, como nos filmes.

 Na verdade, Jesus olhou para a multidão, subiu o monte em silêncio, e sentou. Os discípulos se aproximaram e sentaram perto dEle. Foi então que Jesus abriu a boca e começou a ensinar-lhes. Então se os discípulos estavam perto, não tinha pra que falar alto! Foi uma "aula particular" para os discípulos, e que deve ter sido bem mais extensa do que as poucas linhas que ficaram registradas no livro de Mateus.

 O Sermão da Monatanha é um dos sermões mais famosos e lembrados de Jesus. Aqui nos detemos em sua introdução, mais conhecida como as “Bem-aventuranças”, pois o sermão é muito mais longo, pois vai até 7, 29, onde acontece a conclusão dizendo que as pessoas ficam assombradas com a sua doutrina “porque ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas”. Por que pode causar assombro esse ensinamento de Jesus? Vejamos de perto as bem aventuranças e tentemos dar uma resposta.

"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus." Quem são os "pobres de Espírito"? E por que é deles o Reino dos Céus? Se alguém nos perguntasse "de quem é o Reino dos Céus?", responderíamos: "dos pobres de espírito"? Com certeza, não? Para entender o que está escondido nesse versículo... Pobre em espírito é aquele que tem o espírito vazio de si próprio, a ponto de reconhecer sua pequenez e pedir humildemente que Deus ocupe esse vazio do seu espírito. Não importa se a pessoa é rica ou pobre de dinheiro, pois não é impossível para o pobre ser arrogante, nem para o rico ser humilde. O Reino dos Céus é destas pessoas porque são estas que se permitem ser preenchidas, no seu vazio, pelo próprio Deus. São estas pessoas que espalham as sementes do Reino dos Céus em forma de Amor.

"Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados." Lembramos aqui que só se aflige quem se importa, quem se preocupa. Com que/quem você se importa? Quem está aflito de verdade, chora. Como Jesus chorou no Getsêmani. Você já chorou de arrependimento pelos seus erros? Pelas dificuldades que você teve (ou está tendo) que enfrentar? Elas foram ou estão sendo necessárias, acreditemos. Se Deus as permitiu, existe uma razão. Você pode até não entender hoje, mas confie em Deus: depois de uma grande aflição, sempre vem uma grande recompensa.

 "Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra." O verdadeiro manso é aquele que, mesmo tendo a possibilidade e a escolha de aniquilar aqueles que se opõem a ele, escolhe a paciência. No entanto, o verdadeiro manso não é passivo e indiferente ao que é errado, mas defende a Verdade mesmo que isso lhe custe a vida. Nesse mundo cruel em que vivemos, o normal é que os mansos sejam "engolidos" pelos violentos. Mas na lógica de Jesus, quem vai "herdar a terra", ou seja, quem vai permanecer ao final de tudo, são os mansos. Por quê? Porque os violentos matam-se uns aos outros.

 "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados." Aqui está implícito algo interessante: que neste mundo a justiça é falha. Mas todos nós já ouvimos a expressão: "a justiça divina tarda, mas não falha". Alguém lhe caluniou? Alguém lhe trapaceou? Alguém lhe condenou e castigou injustamente? Não se preocupe: mais cedo ou mais tarde, essa pessoa terá de acertar as contas com Deus. E, sem sombra de dúvidas, irá colher o que plantou.

A que “bem-aventuranças” se opõem estas bem-aventuranças? Por que essa insistência de Jesus em afirmar as bem-aventuranças? Diante das bem-aventuranças (ou do “êxito”) que a sociedade injusta e insolidária oferece, Jesus proclama oito veze onde se encontra e quais as bem-aventuranças do reino de Deus. A verdadeira felicidade se encontra em uma sociedade justa, misericordiosa, pacífica.

A sociedade injusta oferece felicidade no egoísmo, no êxito pessoal, no acúmulo. O reino de Deus oferece felicidade no amor, na sinceridade, na simplicidade. A sociedade injusta, às custas da infelicidade da maioria, cria a felicidade da minoria. A proposta de Jesus no sermão da montanha é a de eliminar toda opressão e toda injustiça procurando a felicidade e a vida em abundância para todos.

A mesma lógica proposta por Mateus é a lembrada por Paulo (1Co 1,26-31) à comunidade de Corinto. A força de Deus se concretiza em pessoas que não são forte nem sábias na consideração da opinião comum, porém que sabem concretizar a presença de Cristo, força e sabedoria de Deus para que ele “se sinta orgulhoso no Senhor”.
 
A mensagem que nós podemos tirar deste Evangelho já tão conhecido de todos, é que o conceito de felicidade que o mundo prega é completamente diferente da felicidade que Deus planejou para a nossa vida.

Ser pobre, aflito, manso, faminto, misericordioso, puro de coração, promotor da paz, perseguido, insultado, na concepção humana é, na realidade, uma infelicidade.

 Porém, se nos aprofundarmos na sabedoria de Deus, o Espírito nos convencerá de que tudo isso é inerente à nossa condição humana, porém quando nos reconhecemos completamente dependentes da misericórdia do nosso Pai, então, todas essas dificuldades transformam-se em ocasiões para que experimentemos o Seu Amor infinito, e aí então, seremos realmente felizes.

 A nossa felicidade aqui na terra está condicionada à nossa experiência pessoal com o Amor de Deus. Nesse caso, todas as ocasiões em que somos mais provados são justamente os momentos em que mais nós temos a amostra da ação de Deus na nossa vida.

Você já experimentou alguma vez a felicidade dessa maneira? Para você o que significa ser feliz? Você já foi perseguido (a) por causa do reino de Deus?

Propósito:

 Pai, move-me pelo Espírito a trilhar o caminho da santidade, colocando minha vida em tuas mãos e buscando viver as bem-aventuranças proclamadas por teu Filho Jesus.

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Evangelho do dia 06 de novembro sábado 2021

 06 novembro - Igualdade de espírito: nem alegres demais nem muito tristes: igualdade de semblante: nunca rugas na testa; igualdade nas palavras: nem severidade demasiada nem demasiada familiaridade; igualdade nas orações: nem muito depressa, nem muito devagar. (S 197). São Jose Marello



Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 16,9-15

 ""Eu vos digo: usai o 'Dinheiro', embora iníquo, a fim de fazer amigos, para que, quando acabar, vos recebam nas moradas eternas. Quem é fiel nas pequenas coisas será fiel também nas grandes, e quem é injusto nas pequenas será injusto também nas grandes. Por isso, se não sois fiéis no uso do 'Dinheiro iníquo', quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? Ninguém pode servir a dois senhores. Pois vai odiar a um e amar o outro, ou se apegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao 'Dinheiro'". Os fariseus, amigos do dinheiro, ouviam tudo isso e zombavam de Jesus. Então, ele lhes disse: "Vós gostais de parecer justos diante dos outros, mas Deus conhece vossos corações. Com efeito, o que as pessoas exaltam é detestável para Deus"."  

Meditação:

 O Evangelho de hoje completa a parábola do administrador que dispõe da riqueza do patrão para fazer amigos.

Explicando a parábola do administrador que usa as riquezas de seu senhor para fazer amigos, Jesus caracteriza o "dinheiro" (em grego/aramaico: mamonas; riquezas, bens acumulados) como sendo fruto da injustiça.

Jesus acusa os fariseus em relação ao dinheiro e os chama de idólatras por se colocarem a serviço do dinheiro, do deus "Manmón", abandonando o Deus verdadeiro.

 Os Padres da Igreja, nos primeiros séculos, denunciam, com vigor, este acúmulo de riquezas, fruto da exploração dos empobrecidos.

O dinheiro oferece a quem rende culto a ele a falsa crença de estar seguro nessa vida; mas o dinheiro converte as pessoas dominadas por ele em opressores de seus irmãos e em astutas criaturas das trevas.

O Deus da vida, ao contrário, mostra como o caminho para a realização do ser humano passa pela liberdade de consciência, pela solidariedade para com os irmãos e a busca do bem comum.

É o Deus solidário quem sai ao encontro do ser humano para humanizá-lo de verdade, para que esse encontro gere uma vida melhor e assim todos se sintam irmãos, filhos e filhas de Deus, utilizando os recursos disponíveis.

Lucas destaca que os fariseus eram "amigos do dinheiro" e, por isso zombavam de Jesus. As elites ricas da sociedade também zombam, condenam e perseguem aqueles que lutam pela partilha dos bens e da terra.

 Em Lucas pode-se ver o prelúdio do Reino de Deus, onde em lugar da riqueza acumulada por poucos, vive-se a partilha dos bens que alimentam a vida de todos. Jesus coloca a todos diante de uma opção radical: "Não podeis servir a Deus e ao 'Dinheiro'".

Ou opta-se pela idolatria do dinheiro na sociedade de mercado global, que gera a morte, ou opta-se pelo serviço e pela partilha, que geram a vida, no Reino de Deus.

A ambição e a hipocrisia, que são cultivadas na sociedade de mercado, são detestáveis para Deus.

 Reflexão Apostólica:

Ou servimos a Deus ou servimos às riquezas; não podemos servir a ambas. A generosidade com os irmãos, a fidelidade a Deus e a renúncia aos ídolos são o tema central do evangelho de hoje.

 É uma boa descrição de todos aqueles que optam por viver em plenitude o evangelho proclamado por Jesus.

Por todas as realidades de injustiça e morte que sufocam o mundo, podemos dizer que a riqueza e, com ela o poder, é o que divide a humanidade e causa os maiores desastres humanos na história, e submeteram e submetem grandes multidões à pobreza extrema.

Como seguidores de Jesus, somos obrigados a optar pelas “coisas do Pai”, quer dizer, optar pela fraternidade, por compartilhar os bens, pela entrega total da vida a Deus e aos irmãos, os quais dão sentido à experiência de fé.

Quem opta por ser fiel a Deus rejeita por inteiro toda exclusão, toda injustiça, toda morte e busca em todo momento o bem para seus irmãos. É momento especial para perguntarmos a quem estamos servindo de verdade: à vida, ou à morte?

A riqueza injusta é aquela que é ilusória, enganadora. Não importa o tamanho da minha riqueza e sim a riqueza que há em meu coração.

É necessário que todos nós aprendamos a valorizar e a buscar as coisas do alto, as coisas eternas, as coisas que não passam jamais, pois somente elas trarão aos nossos corações a verdadeira FELICIDADE!!!

Aqueles que não conseguem ser fiel no namoro, provavelmente serão infiéis no noivado e depois no casamento.

As pessoas que não conseguem ser justas numa gincana de colégio, certamente serão injustas em grandes causas.

Fidelidade e justiça são valores tão grandiosos e importantes na formação humana que precisam ser praticados nas pequenas coisas, desde criança, para que assim possam ser solidificados no coração e na alma. A grandiosidade dos valores humanos está na pequenez dos gestos praticados.

Se você quiser ser de Deus cada dia mais, aprenda a ser fiel no pouco e a mudar nas pequenas coisas, pois à medida que você consegue dizer não a um pecado que parecia ser pequeno e fácil de não cometer, você vai se sentindo mais fortalecido a combater os pecados maiores.

Façamos essa experiência com Deus e vivamos o hoje de cada dia tentando ser fiel no pouco que Deus nos pede e não queiramos ir além daquilo que podemos dar, porque dessa forma estaremos sendo treinados para agüentar o mais que Deus tem reservado para nós no tempo certo da nossa caminhada. Todo esse treinamento fará de nós servos bons e fiéis.

No final do evangelho o Senhor nos fala: "Nenhum servo pode servir a dois senhores... Não podeis servir a Deus e ao dinheiro".

Então, para finalizar essa reflexão de hoje, terminamos dizendo para vocês que: quando servimos ao dinheiro nos tornamos escravos de tudo àquilo que ele pode comprar, mas quando servimos a Deus nos tornamos "escravos" do Seu amor e de tudo aquilo que o amor de Deus pode alcançar e transformar!

Façamos a nossa escolha e deixemos Deus ser o nosso SENHOR.

 Propósito:

Pai, meu coração está todo centrado em ti, e em ti encontra consolo e proteção. Meu único anseio é não deixar que se abale esta segurança, fonte de minha felicidade.

 

Evangelho do dia 05 de novembro sexta feira 2021

 05 novembro – É preciso ver todas as coisas à luz da fé, fazer com que a razão prevaleça sempre sobre o coração e a vontade de Deus sobre a razão: aceitar tudo das mãos do Senhor, tanto as coisas que nos agradam como as que nos desagradam, respondendo sempre e a tudo: “Deo gratias!” Obrigado Senhor! (S 237). São Jose Marello



Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 16,1-8

 "Jesus disse aos seus discípulos:

- Havia um homem rico que tinha um administrador que cuidava dos seus bens. Foram dizer a esse homem que o administrador estava desperdiçando o dinheiro dele. Por isso ele o chamou e disse: "Eu andei ouvindo umas coisas a respeito de você. Agora preste contas da sua administração porque você não pode mais continuar como meu administrador."
- Aí o administrador pensou: "O patrão está me despedindo. E, agora, o que é que eu vou fazer? Não tenho forças para cavar a terra e tenho vergonha de pedir esmola. Ah! Já sei o que vou fazer... Assim, quando for mandado embora, terei amigos que me receberão nas suas casas."
- Então ele chamou todos os devedores do patrão e perguntou para o primeiro: "Quanto é que você está devendo para o meu patrão?"
- "Cem barris de azeite!" - respondeu ele.
O administrador disse:
- "Aqui está a sua conta. Sente-se e escreva cinqüenta."
- Para o outro ele perguntou: "E você, quanto está devendo?"
- "Mil medidas de trigo!" - respondeu ele.
- "Escreva oitocentas!" - mandou o administrador.
- E o patrão desse administrador desonesto o elogiou pela sua esperteza.
E Jesus continuou:
- As pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem à luz."
  

Meditação:

 Esta parábola, exclusiva de Lucas, parte da imagem de um homem rico e um administrador corrupto, ambos envolvidos com a AMBIÇÃO das riquezas.

Pode parecer que o SENHOR elogia aquele que é desonesto, mas é claro que DEUS não aceita isso.

O exemplo dado na parábola deixa claro que aquele que só se preocupa com as coisas deste mundo, jamais será RICO das coisas de DEUS. Porque bem nos ensina o SENHOR que não podemos servir a DEUS e ao dinheiro.

Se quero ser bom nas coisas de DEUS, tendo comigo a certeza de que não há nada mais importante para ensinar neste mundo, me dedico e busco minha missão evangelizadora.

Porém, se me entrego à riqueza sem medidas, me torno escravo desta vida material e não me dedico a construir a minha casa no REINO DE DEUS.

Há quem defenda que a RIQUEZA MATERIAL não é pecado, mas o SENHOR nos ensina que não devemos ter ambições desmedidas e quando desejo mais dinheiro do que preciso estou pecando.

Por isso, nos ensina o SENHOR, que aqueles que o conhecem não se preocupam com riquezas materiais, o PAI provê o que é necessário para a sobrevivência quando nos propomos a aceitá-lo.

De um lado enfrentamos as tentações promovidas pelos demônios que tem como objetivo nos afastar dos ensinamentos de CRISTO.

Do outro, temos o SENHOR que nos protege e nos mostra a VERDADE nas suas PALAVRAS provenientes de DEUS.

Se os filhos da LUZ não são bons de negócios é que aprenderam que o dinheiro é injusto, traz para alguns uma vida de fartura e para outros, que não o possuem, uma vida de sacrifícios.

Uma sociedade submissa e regida pelo mercado que visa o lucro e a acumulação de riquezas é a CONTRADIÇÃO do Reino de Deus, que é FRATERNIDADE e PARTILHA, no empenho em que todos tenham vida plena.

Lembremo-nos que junto com o dinheiro vem também os custos para o possuir. E sempre o preço é caro demais, pois aquele que é rico desta vida jamais terá a VIDA VERDADEIRA. GRAÇA E PAZ!

 Reflexão Apostólica:

 Ontem, refletíamos sobre o esmero que temos sobre as coisas que são nossas e a pouca dedicação, empenho e capricho ao que ainda não entendemos também como nosso.

 Esse evangelho cai como “uma luva” ratificando tudo que refletíamos ontem. “(…) As pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem à luz”.

 Temos muita dificuldade em dar “nossos pulos” em situações que não temos conhecimento e também naquelas que não acreditamos.

 Como somos bons em tornar as situações e discussões adversas ao nosso favor! Somos seres hábeis numa técnica bem eficiente – a camuflagem.

 Como bons camaleões, sabemos nos disfarçar mediante as ameaças às quais podemos chamar de cobranças.

 Como sabemos dissimular ao ser apresentado um equívoco nosso! Disfarçamos, mudamos de assunto, dizemos que o assunto da pauta não era esse, que a pessoa precisa rezar mais (essa é ótima).

 Procuramos na Bíblia palavras sorteadas que nos “defendam” ou nos justifiquem; e assim mais uma vez, sob uma treinada camuflagem, “escapamos” ilesos de nos encontrar conosco mesmo (não é redundância, é reforço).

Desde quando corrigir é julgar!? Conhecemos a diferença entre estes dois verbos?

Estamos vivendo um momento em que a construção do conhecimento e o acesso informação mudam a cada instante.

 Técnicas medicinais (para quem pode pagar) avançam dia-a-dia; computadores cada vez mais velozes e menores, máquinas cada vez mais práticas e úteis, (…) sendo assim nós seres humanos precisamos acompanhá-la.

 No entanto esse progresso só acontecerá a partir do momento que conseguirmos ter a sensibilidade e a humildade de nos autoavaliar. Como é difícil aceitar algumas coisas, mas tudo tem um começo.

 Façamos a nós mesmos esses questionamentos: Gosto de mim mesmo? Me aceito como sou? Estou de bem com o mundo? Tenho restrições à fala de alguma pessoa? Nego-me a ouvir? Recebo bem as críticas? Reflito-as? Consigo separar o que penso sobre um assunto do meu lado profissional? Fujo com freqüência de assuntos que sei que não conseguirei responder ou justificar? Respondo uma pergunta com outra pergunta? Ao ser questionado sobre um ato, gesto, falha (…) consigo responder sem buscar um culpado que tenha feito igual ou parecido para que eu não seja o único? Costumo falar com freqüência: “Você esta me julgando”!!

O empregado ardiloso do evangelho de hoje, pensou que, com sua atitude, conseguiria sair ainda vencedor, mesmo que viesse a perder o emprego.

 Quantas vezes em uma reunião, uma conversa entre marido e mulher, namorados (…) a verdade, o aprendizado, os pedidos de desculpas foram suprimidos por uma camuflagem?

 Buscou-se numa cara de choro, ou de coitadinho (a), ou de “falsa indignação” ou até mesmo atrás de palavras bonitas e difíceis, aceitar o óbvio?

 Como é difícil aceitar que erramos, que não sabemos, que desconhecemos?! Como é difícil de falar que não fui à Missa, ao Grupo, ao Encontro, pois estava com preguiça. Que faltei ao trabalho, a aula, a prova, pois não esta afim, não estava preparado, que tive medo…

 Nessas horas surge a história que o pai ficou doente, o primo que morreu (conheço pessoas que já mataram uns dez); que teve greve de ônibus, uma batida, um congestionamento etc.

Espertezas (camuflagens) que devem abandonadas e dado lugar à verdade. Deus nos conhece.

Propósito:

Pai, torna-me esperto em relação às coisas do Reino, e sempre misericordioso, e não dissimulado, no trato com o meu semelhante, pois é assim que alcançarei a comunhão contigo.

Evangelho do dia 04 de novembro quinta feira 2021

 


04 novembro - Saibamos manter-nos naquela perfeita igualdade de espírito, que é tão vantajosa para o progresso na virtude, e conservemo-nos sempre numa tal disposição de ânimo que nos faça estar prontos para tudo, sem nunca nos perturbar. (S 237). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 15,1-10

 "Certa ocasião, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram perto de Jesus para o ouvir. Os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus, dizendo:

- Este homem se mistura com gente de má fama e toma refeições com eles.
Então Jesus contou esta parábola:
- Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida."
- Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender.
Jesus continuou:
- Se uma mulher que tem dez moedas de prata perder uma, vai procurá-la, não é? Ela acende uma lamparina, varre a casa e procura com muito cuidado até achá-la. E, quando a encontra, convida as amigas e vizinhas e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha moeda perdida."
- Pois eu digo a vocês que assim também os anjos de Deus se alegrarão por causa de um pecador que se arrepende dos seus pecados."  

Meditação:

 O capítulo 15 de Lucas é o coração de todo o Evangelho (=Boa notícia). Aí vemos que o amor do Pai é o fundamento da atitude de Jesus diante dos homens.

Respondendo à crítica daqueles que se consideram justos, cheios de méritos, e se escandalizam da solidariedade para com os pecadores, Jesus narra três parábolas.

A primeira e a segunda mostram a atitude de Deus em Jesus, questionando a hipocrisia dos homens.

A terceira tem dois aspectos: o processo de conversão do pecador e o problema do “justo” que resiste ao amor do Pai.

A parábola não quer dizer que Deus prefere o pecador ao justo, ou que os justos sejam hipócritas.

Ela ressalta o mistério do amor do Pai que se alegra em acolher o pecador arrependido ao lado justo que persevera.

A mulher é pobre e precisa da moeda para sobreviver. O amor de Deus torna-o vitalmente necessário de encontrar a pessoa perdida, para levá-la à alegria da comunhão no amor.

Os fariseus e os escribas não entendiam nada do Amor de Deus e de sua Salvação em Cristo, motivo pelo qual Jesus proferiu estas parábolas para que eles entendessem que a alma do pecador é importante para Deus. Em Lucas 19,10, Jesus confirma o que as parábolas já tinham expressado: “Porque o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.

A pregação de Jesus tirava dos adversários o instrumento ideológico (seu legalismo), com o qual defendiam sua situação e seu propósito de não mudar de vida.

Por estes mesmos interesses solucionavam suas diferenças com ele por meio da violência, o que mostrou até que ponto estavam aferrados a eles.

Além de sua opção pelos pobres e excluídos, Jesus mostra neste evangelho, a sua preocupação com aqueles que estão fora do caminho da casa  do Pai, fora do rebanho. São como ovelhas desgarradas.

Os fariseus não aprovam essa atitude de Jesus, por considerar os publicanos e pecadores, pessoas de má vida e, portanto impuros e excluídos.

Perdido e encontrado. É o tema do evangelho de hoje, da alegria pela recuperação do que estava perdido.

As três parábolas se referem ­ à volta do pecador arrependido; a parábola do filho reencontrado desenvolve o tema do amor de Deus para conosco e acrescenta o contraste da hostilidade do irmão mais velho.

Jesus está cercado por "coleto­res de impostos e pecadores", o que provoca mur­muração entre os escribas e fariseus, a respeito da sua preferência pelas ovelhas desgarradas do rebanho.

Jesus dirige-se diretamente aos ouvintes: "Quem dentre vós...?" O que ele sugere que todos farão, ao ir atrás da única ovelha perdida, não é o que muitos de nós faríamos, mas a atratividade dessa extrava­gante preocupação individual faz o ouvinte querer concordar.

Num instante somos levados ao mundo de Deus, vendo e agindo como ele o faria. A alegria do pastor é como a alegria de Deus; sua dedicação à ovelha reencontrada, carregando-a de volta ao redil, é uma comparação com o amor de Deus.

Uma imagem diferente é usada na segunda parábola com o mesmo objetivo. A mulher perdeu uma de suas dez moedas de prata.

Revira a casa toda em busca dessa moeda, uma entre dez. Talvez fizesse parte de seu dote e, assim, também tivesse valor sentimental.

A alegria dela é como a alegria no céu por causa de um único pecador arrependido. Precisa ser compartilhada. É grande demais para uma só pessoa. Ela e o pastor convidam os amigos e vizinhos para a festa de ação de graças.

E as outras nove moedas de prata e as 99 ovelhas - não são importantes também? Com certeza, mas a alegria do Reino foge das categorias da razão e dos bons negócios. O que era dado por perdido foi encontrado. É como uma nova vida, uma ressurreição: precisa ser celebrada.

Se você se encontra perdido na estrada dessa vida, se você se embrenhou por caminhos e aventuras perigosas e agora não está sabendo por que fez isso, como começou e o que fazer, volte para a casa do Pai!

Lá existem muitas moradas! E, como você viu no evangelho de hoje, grande será a alegria na sua família e principalmente no céu, tudo por causa da sua volta. Então? Vamos voltar?

Reflexão Apostólica:

 Será que temos procurado por Deus como a mulher que procura pela moeda perdida?

Desde que o mundo é mundo o homem tem procurado incansavelmente formas de facilitar seu dia a dia.

Olhemos ao nosso redor e veremos as mudanças acontecendo para facilitar nossas vidas. Veremos então celulares cada vez mais conectados, TVs com resoluções de imagem que beiram a perfeição; mouses e impressoras sem fio… Levantar da cadeira nunca mais (risos).

 Na mesma proporção que as mudanças acontecem surgem também “igrejas”, sejam elas novas ou tradicionais, interessadas em “facilitar” a vida das pessoas perante Deus. Tem muita gente séria sendo confundida pelas que não tem a devida seriedade.

Esses dias fui surpreendido com uma chamada de uma dessas “intermediadoras” com Deus. Dizia assim: “Venham! Esse é o último encontro com Deus desse ano! Se você perder só ano que vem”! É claro que entendi que o nome do encontro é “encontro com Deus”, mas não deixa de ser cômica a forma que as pessoas têm levado as coisas sagradas.

 Revirar a casa (em especial a da nossa vida) é cada vez mais difícil de ser ver. Hoje é cada vez menor a participação das pessoas nas missas e celebrações e em contra partida um crescente aumento dos telespectadores da santa missa. Trocam o deslocamento, o contato, a conversa pelo conforto de seu sofá.

Não somos hipócritas de rejeitar o conforto do ar condicionado, do estresse com estacionamento, trânsito, flanelinhas, (…), mas até que ponto, essa comodidade nos afastará de Deus?

 Buscar a Deus com esmero denota também um pouco de sacrifício de minha parte. Era bem comum, no tempo antigo, os homens e mulheres migrarem de deuses mediante a concessão ou não de pedidos.

Os egípcios tinham deuses para tudo. Baal era muito procurado pelos agricultores que desejam uma bela colheita; vikings clamavam por seus deuses ao enfrentar o mar revolto e hoje, como esta acontecendo?

 Igreja cheia é igreja que oferece milagres e curas e que não exige muita responsabilidade ou compromisso dos seus fiéis.

É triste ler isso, mas as pessoas têm buscado o deus que agrada, que lhe apresenta a prosperidade financeira em troca da fidelidade dizimista.

Se observarmos a mulher do evangelho notamos o esmero em procurar em todo canto de sua vida até encontrar e se buscarmos sinônimos para “esmero” encontraremos capricho, primor, perfeição, requinte, cuidado, (…). Será que o que vemos hoje é esmero?

 Deus está ansioso para nos ver de volta, mas que pai seria Ele em dar tudo que pedimos sabendo que na verdade não é disso ou daquilo que realmente precisamos?

Não entendemos o reino de Deus, pois ainda temos a idéia de servos e não de proprietários. Se de fato acreditássemos que ele também me pertence, talvez mudasse meu esmero em procurar a moeda ou a ovelha que se perdeu; talvez não precisasse pedir para que os irmãos ajudassem, rezassem, louvassem, não brigassem, (…), pois todos saberiam e colaborariam.

 A fé que temos pode ser vista nos nossos olhos e em nossas ações. Não podemos ser apegados a milagres e curas (…), precisamos ser pessoas que acreditam e tomam posse da missão de levar primeiramente o evangelho a toda criatura, pois as demais necessidades serão dadas por acréscimo durante o trajeto.

 Nosso Deus é o Deus de todos os seres humanos e de modo especial dos pecadores. A parábola mostra a verdadeira intenção de Deus ao oferecer uma Lei a seu povo: que a história mude e o povo viva.

Deus quer que o ser humano se salve da injustiça e da marginalização. Por isso o pastor sai em busca da ovelha perdida, aquela que está excluída do rebanho; alegra-se pela sua presença e festeja sua integração no conjunto maior.

Da mesma maneira, a mulher busca sua moeda, porque o valor está em ter as 10 moedas. O Reino de Deus é uma casa onde todos são admitidos, onde não há excluídos.

Aceitar os que estão perdidos é aceitar a Deus; e nós, como cristãos, temos a missão de interceder por eles para que todos voltem ao redil.

Quem esta longe, não se preocupe… Deus vai lhe encontrar!

 Propósito:

Pai, quero ser contagiado por teu amor desconcertante que vai em busca do pecador e se alegra ao vê-lo voltar à comunhão.

 

Evangelho do dia 03 de novembro quarta feira 2021

 

 03 novembro Ainda que no meio do combate nos encontrássemos despojados de qualquer boa disposição, aliás até tomados por grande aversão à luta, não devemos desanimar: é justamente nesses momentos que Deus nos quer provar, fazendo-nos agir somente por fé... É esse pouquinho de fé que nos deve salvar e que será mais largamente recompensado no Céu. (S 347). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 14,15-24

 "Um dos que estavam à mesa ouviu isso e disse para Jesus:

- Felizes os que irão sentar-se à mesa no Reino de Deus!
Então Jesus lhe disse:
- Certo homem convidou muita gente para uma festa que ia dar. Quando chegou a hora, mandou o seu empregado dizer aos convidados: "Venham, que tudo já está pronto!"
- Mas eles, um por um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse ao empregado: "Comprei um sítio e tenho de dar uma olhada nele. Peço que me desculpe."
- Outro disse: "Comprei cinco juntas de bois e preciso ver se trabalham bem. Peço que me desculpe."
- E outro disse: "Acabei de casar e por isso não posso ir."
- O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Ele ficou com muita raiva e disse: "Vá depressa pelas ruas e pelos becos da cidade e traga os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos."
- Mais tarde o empregado disse: "Patrão, já fiz o que o senhor mandou, mas ainda está sobrando lugar."
- Aí o patrão respondeu: "Então vá pelas estradas e pelos caminhos e obrigue os que você encontrar ali a virem, a fim de que a minha casa fique cheia. Pois eu afirmo a vocês que nenhum dos que foram convidados provará o meu jantar!" 


Meditação:

 A parábola do grande banquete fecha a cena lucana. Dela se projeta a luz sobre o banquete que celebram as comunidades cristãs. Quais são, pois, os que lá se reúnem?

Sobre a cena se estende a luz, o resplendor do amor generoso, misericordioso de Deus que se alegra de dá-lo inteiramente aos que nada têm: os coxos, os cegos e os “estrangeiros” que vivem fora do abrigo da cidade de Deus; todos estes são saciados, porque têm fome e não possuem nada. Os que se ufanam de possuir bens, saem com as mãos vazias.

Essa fé, essa convicção de que a maior coisa que pode esperar o homem é dom e graça é o que cria a verdadeira comunidade que congrega todos os povos no banquete do Senhor.

 A parábola está também no evangelho de Mateus (Mt 22,1-14), porém mais extensa, com alguns detalhes excludentes e violentos não condizentes com a índole de Jesus.

 O tema é, ainda, a eleição dos excluídos, porém com a característica mais particular que, aqui, os excluídos são os gentios, que passam a participar do banquete do Reino.

 A parábola do banquete do Reino mostra como os que estão empenhados exclusivamente em seus negócios: comprei um terreno e tenho que examiná-lo, no frenesi de seu trabalho; comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las, ou na exclusividade do círculo familiar, não podem entrar para participar plena e alegremente na vida comunitária.

 Esta exige uma disponibilidade generosa e a aspiração de construir algo maior que os pequenos negócios e trabalhos familiares.

 Por estas razões, aqueles que estão empenhados em suas próprias preocupações sem olhar o horizonte dos povos, sem valorizar as utopias históricas, não estão aptos para participar do banquete do Reino. Este necessita de uma abertura a todos os seres humanos e a todos os ideais de humanização.

 Por isso os convidados são aqueles que realmente têm esperança histórica e confiam que podem construir a nova casa do Senhor. Esta é um projeto alternativo, um mundo onde não há excluídos e onde o importante não é a produtividade nem o lucro, mas a máxima expressão da criação: o ser humano.

 Por outro lado, devemos saber que o coração de Deus nos aguarda para saciar-nos com o pão da vida, por isso, Jesus nos convida a participarmos do Banquete do Amor do Pai.

 Para cada um de nós há um lugar reservado a fim de que nos fartemos com o alimento adequado para a nossa alma.

 Neste Evangelho, Jesus nos fala das coisas “lícitas” que nos impedem de aceitar o convite do banquete no reino de Deus.

 Da mesma forma como na Parábola, nós vivemos dando desculpas e justificativas para não aceitarmos o convite de Jesus.

 Nós nos escusamos, muitas vezes, de entrar no Reino dos Céus por causa das nossas ocupações.

 Só aceitamos o convite que Jesus nos faz por meio de outras pessoas na hora que nos convêm, damos preferência aos nossos negócios e interesses pessoais e desprezamos o pão de Deus para nos “deliciarmos” com o “pão do mundo”. Esta é uma verdade factual na nossa vida.

 A parábola do banquete é uma mensagem que abre os nossos olhos para as realidades de Deus que deixamos de usufruir em vista das nossas “ocupações” e que, mais tarde, talvez nós não tenhamos o tempo hábil para participarmos.

 No entanto, Jesus continuará a nos atrair quando acena para os coxos, os cegos, os aleijados, os pobres e miseráveis.

 Muitas vezes, nós precisamos nos sentir assim para que o convite de Jesus seja aceito por nós. “Feliz é aquele que come o pão no reino de Deus”!

 Felizes nós seremos quando, reconhecendo as nossas deformidades, buscarmos o alimento de Deus através da sua Palavra, da Eucaristia, da Oração, da Adoração ao Santíssimo, do estar em comunidade no serviço e no amor.

 Você já aceitou o convite para participar do banquete do Reino de Deus? Você tem certeza que tem atendido ao convite de Jesus? A que alimento você tem dado prioridade para saciar a sua fome: ao pão do céu ou ao pão do mundo? O que tem sido mais importante para você: o banquete de Deus ou as suas ocupações e preocupações?

 Reflexão Apostólica:

 No Evangelho de hoje, Jesus volta a falar do convite que Deus fez inicialmente aos judeus, e que eles não souberam acolher. Ou melhor, que eles não quiseram aceitar, e deram todo tipo de desculpas...

Por causa disso, Deus teria ficado muito zangado, e mandou seus empregados (os profetas) convidarem todas as outras pessoas para participarem do seu grande banquete. E disse mais: que nenhum daqueles que foram convidados inicialmente, e não aceitaram o convite, provarão do banquete. Façamos então nosso exame de consciência...

Alguma vez você já preparou uma festa, reunião ou aula, se organizou, agendou, providenciou todos os preparativos, convidou as pessoas, e quando chegou o dia, elas não compareceram?...

Cada uma tinha uma desculpa para justificar a falta?... Só quem já passou por isso, sabe o quanto é deprimente... você já passou por uma situação assim? Você sabia que Deus já passou e passa por isso MUITAS VEZES POR DIA, TODOS OS DIAS?

Nós, que tomamos a missão de difundir a Palavra de Deus, e convidar as pessoas ao banquete no Reino, já escutamos muitos tipos de desculpas de quem não quer aceitar o convite. Hoje mesmo, o convite é renovado: Você aceita o convite de Deus para participar do banquete no Reino dos Céus?

Você pode aceitar o convite e se comprometer com esse convite, e já começar a saborear desse banquete aqui, ainda nesta vida!

Pode pensar se aceita ou não, mas aí é arriscado, porque Deus pode cancelar o seu convite e fechar a porta se você demorar a se decidir. E caso você tenha sempre uma desculpa, para recusar o convite, Deus diz que você nunca provará do banquete.

O convite foi feito hoje novamente para você e para mim, e será renovado diariamente, enquanto vivermos. A senha é individual e intransferível.

Propósito:

 Pai, tu me convidas cada dia para participar das alegrias de teu Reino. Que eu saiba acolher teu convite paterno, fazendo-me solidário com os pobres e os deserdados deste mundo.

EVANGELHO DO DIA 02 DE NOVEMBRO TERÇA FEIRA 2021 - FIÉIS DEFUNTOS

 


02 novembro  - COMEMORAÇÃO DE FINADOS.
Aos caros falecidos, que terminaram no beijo do Senhor a sua jornada na terra, "luceat perpetua lux in Regno caelorum” brilhe a luz eterna no reino dos Céus. (L 278). SÃO JOSE MARELLO

 


Mateus 25,31-46

"Jesus terminou, dizendo:
- Quando o Filho do Homem vier como Rei, com todos os anjos, ele se sentará no seu trono real. Todos os povos da terra se reunirão diante dele, e ele separará as pessoas umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas das cabras. Ele porá os bons à sua direita e os outros, à esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: "Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar."
- Então os bons perguntarão: "Senhor, quando foi que o vimos com fome e lhe demos comida ou com sede e lhe demos água? Quando foi que vimos o senhor como estrangeiro e o recebemos na nossa casa ou sem roupa e o vestimos? Quando foi que
vimos o senhor doente ou na cadeia e fomos visitá-lo?"
- Aí o Rei responderá: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram."
- Depois ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: "Afastem-se de mim, vocês que estão debaixo da maldição de Deus! Vão para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos! Pois eu estava com fome, e vocês não me deram comida; estava com sede, e não me deram água. Era estrangeiro, e não me receberam na sua casa; estava sem roupa, e não me vestiram. Estava doente e na cadeia, e vocês não cuidaram de mim."
- Então eles perguntarão: "Senhor, quando foi que vimos o senhor com fome, ou com sede, ou como estrangeiro, ou sem roupa, ou doente, ou na cadeia e não o ajudamos?"
- O Rei responderá: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar."
E Jesus terminou assim:
- Portanto, estes irão para o castigo eterno, mas os bons irão para a vida eterna."

 Meditação:

 No Evangelho de hoje, Jesus nos ensina sobre o Juízo final. Aqui, Mateus usa o gênero literário apocalíptico, a vinda gloriosa do Filho do Homem, com um julgamento terrível, ao estilo do livro de Daniel (Dn 7,13; 12,2). Com esta roupagem literária, ele fala da realidade a ser vivida atualmente.

É uma realidade inegável, que o último dia chegará, quando o Senhor vier pela segunda vez, não mais como o Messias, mas como o justo Juiz de todas as nações.

Embora, este Evangelho se refira ao Julgamento Universal, não devemos esquecer que cada um de nós teremos, o que se chama, o Julgamento pessoal. Ambos estão intimamente ligados. Talvez você se pergunte o "por quê", e a resposta se encontra justamente nas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo. Muito claramente, Ele ressalta a importância de todos os cristãos, durante a sua vida terrena, não apenas desejar, mas esforçar-se por alcançar a fé com obras (Tg 2,14-24).

Significa que a vida cristã é uma constante e inabalável certeza de que somos filhos de Deus e de que, ao fim do caminho se receberá a recompensa, de acordo com a promessa de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme a sua palavra: «Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo» (Mt 25,34). E como o Senhor ainda diz:«"O céu e a terra passarão, mas a minha palavra não passará» (Mt 24,35), isso nos indica que não devemos ter a menor dúvida de que assim será, porque Deus é Deus e jamais volta atrás, e que cumpre a sua promessa.

Entretanto, aqui surge a pergunta: como conseguiremos ser partícipes  do Reino dos Céus? Já escutaram as santas palavras de nosso amado Senhor Jesus Cristo, ao mostrar em seu Evangelho alguns exemplos de como ir construindo a nossa felicidade, o nosso futuro e eterna alegria de estar com Ele em sua bendita glória?

 Ele diz: «Em verdade eu vos digo: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes».  (Mt 25, 40).

 Quem, então, em seu perfeito juízo, faria mal ao seu semelhante? Creio que ninguém. Mas o Senhor põe ênfase, quando diz: «ao menor dos meus irmãos», ao mais desvalido, faminto, sedento, desnudo, sem abrigo, prisioneiro, e outras carências mais. É a este irmão que sofre, não somente as privações materiais, mas também as espirituais, a quem nós, cristãos, devemos ajudar e acompanhar.

 Na medida de nossas possibilidades ou com maiores esforços, se necessário, façamos tudo o que for possível, e ainda mais por aqueles desditados e sofridos.

 Estas são as obras que acompanham a nossa fé. Isto o que que ficará, como disse na homilia anterior, evidenciado ante o Justo juiz, Cristo nosso Senhor e Deus, no momento de nosso julgamento pessoal.

Na «sabedoria» popular há um ditado que diz: «Obras são gestos de amor e não boas razões»; e é, nada mais nada menos, o que se recolhe dos ensinamentos do Senhor em sua Sagrada Escritura.

Esta é a equação: Fé + Obras = Amor. Esta é a chave para nossa salvação, pois «de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16).

  Deus se dá a nós por puro amor, e nós, de nossa parte, demo-nos também a Ele através de nosso próximo sofredor pois, é especialmente nele onde está presente Cristo. 

 Se assim o fazemos estaremos cumprindo, não por obrigação, mas por amor ao mandamento que sintetiza o decálogo: amor a Deus e amor ao próximo. Não há outro caminho mais seguro que o amor. «Se eu não tiver caridade, não sou nada». (1Cor 13, 2).

O Senhor nos indica que, aqueles que, sabendo que receberam este grande amor de Deus durante sua vida terrena, agiram ou agem com rebeldia, como o fazem os espíritos do mal, seu destino será o mesmo dos demônios, para toda a eternidade.

 Alguns podem pensar que isto é apocalíptico e alarmante (sinal de secularismo). Bem, se assim pensam, é porque sabem, na profundeza de suas almas, que não estão trilhando o caminho da salvação. Suas consciências, que é a voz de Deus, lhes tocam, mas, desgraçadamente, tentam abafá-la.

Não obstante, ainda há tempo, e é já, agora! a oportunidade para todos, os que estão próximos ou afastados de Deus buscarem garantir seus lugares no Reino dos Céus. Como?

  Cristo nos deu a sua Igreja aqui na terra que está com as portas sempre abertas para acolher todo aquele que, como o filho pródigo, deseja voltar ao seio amoroso do Pai Celestial.

  É aqui que recebem a cura de seus ferimentos mortais, a libertação total e o fortalecimento mediante a Palavra de Deus, o seu ensinamento e os seus santos Mistérios (sacramentos).

 Se Deus nos dá tudo, quem poderia ser tão néscio - como o foram as virgens que consumiram todo o azeite antes da chegada do noivo - de desperdiçar esta oportunidade única para a salvação e a grande felicidade eterna junto de Deus? Espero que ninguém.

Cristo nos convida e nos espera de braços abertos, tal como quando os abriu para se deixar crucificar por nossos pecados e transgressões.

 Assim, amorosamente, nos quer estreitar em seu  bendito peito, e sentar-nos com Ele em seu grande banquete, onde estaremos com as vestimentas mais brilhante do que o sol e com o anel no dedo, símbolo de nossa filiação divina.

Não é, pois, tempo de inércia; não é tempo de dormir. É tempo de estar em permanente vigília, pois, disso depende o nosso futuro.

Digamos juntos: «Maran Atha!» «Vem Senhor Jesus!»

 Reflexão Apostólica

 Quem poderá hoje dizer quem estará a sua direita e quem estará a sua esquerda?

Enquanto cristãos, esperamos um dia encontrar e descansar na graça, portanto temos um imenso compromisso com a construção do reino e com os que um dia habitarão essa terra.

 Isso difere muitas vezes do que alguns podem pensar, pois temos irmãos que se prontificariam até em ficar a porta do céu para “selecionar” quem poderia entrar no céu.

 Temos irmãos também que se prontificariam em ficarem as portas do céu de mãos levantadas e louvando por aqueles que adentrarem, mas infelizmente, hoje temos também em menor número, pessoas ajudando a arrebanhar as ovelhas perdidas. É fácil tosquiar a ovelha que está no cercadinho e a que me segue…

Se declarar católico, evangélico, cristão não é atestado de salvação, pois como vimos esses dias, nem todo que diz “senhor, senhor” chega ao céu…

 Reparemos o que diz o comentário desse texto segundo a CNBB: “(…) Jesus nos mostra no Evangelho de hoje que a verdadeira religião não é aquela que é marcada por ritualismos e cumprimento de preceitos meramente espirituais, afinal de contas ele não nos perguntará no dia do julgamento final se nós procuramos cumprir os preceitos religiosos, mas sim se fomos capazes de viver concretamente o amor”.


Outro contra censo é estar à frente de um trabalho de evangelização e não acreditar no que prega sendo até assim, mais perigoso que aquele que não acredita em nada. Um exemplo: Jovens, diferentemente do que pensamos, gostam sim de regras. Não gostam de assumir isso, mas sem regras em casa eles costumam seguir as de alguém que admira. Como é decepcionante para um aluno ao ver seu professor, a quem tem como referencia, brigando, xingando, fumando, (…).

Quando deparamos com essa informação sacamos a velha frase “faça o que eu falo e não o que faço” ou aquela outra “não podemos julgar, somos falhos, erramos”…

 Reparem o quanto nos protegemos e relutamos em assumir nossas mazelas. Temos medo de assumir que somos seres em construção. Pessoas que estão a frente deve se empenhar ainda mais e serem melhores, não só nos lindos discursos e sim na vida.

Quanto aos louvores… Muitas vezes tecemos lindas palavras, escrevemos lindos discursos, mas em outros momentos nosso humano ainda não convertido publica outdoors de contra testemunho.

 É o irmão, o padre, o pastor que “vive na igreja” e não muda o coração; é aquele que arma um imenso “beiço” quando toma um “não”; é aquela catequista que vai com o “cofrinho” de fora; é o jovem bobo e bêbado no carnaval pra agradar os amigos; é o pai que fura o sinal vermelho; é a mãe que compete com sua filha de 15 anos; (…). Como convencer alguém com palavras se respondo com os gestos que minha vida ainda não acredita nelas?


Hoje o mundo oferece igrejas “a la carte”, onde em qualquer esquina se promete tudo que é imaginário a atender nossos desejos. O que essas “igrejas” ainda não ofereceram o Google oferta a resposta.

Um líder, uma liderança que não sabe acolher, que justifica seus atos contraditórios em relação a sua fala, faz aproximar os que têm dúvidas, dessas falsas igrejas que se “empenham” a dar o que eles querem ouvir.

A teologia da prosperidade só tem tantos adeptos, pois nossa fala de desapego não combina com o ser apegado a riqueza e ao luxo que renegamos abandonar… Como entender alguém cristão ser maçom?

Quero ficar a direita ou à esquerda? Concorda que temos muito ainda por fazerem nós? Enquanto alguns ficam aqui zelando as do cercadinho, alguém tem que ir lá fora buscar na chuva quem não voltou ainda! Pior ainda é aquele que se põe no cercadinho como vítima apenas para não ter que de fato mudar. “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar.”

 Somos chamados a converter-nos à simplicidade e à confiança na vida, abandonando o medo adulto do fracasso, do desprestígio e da pobreza. Somos chamados à fraternidade, à partilha e à comunhão com os irmãozinhos empobrecidos e carentes.

 Propósito: Ter os olhos abertos e um coração aberto e uma mão aberta para dar ajuda, para servir outras pessoas.