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domingo, 29 de novembro de 2020

Evangelho do dia 03 de dezembro quinta feira 2020

 03 dezembro - Deus faz sempre o que é melhor para nós. (S 176). São Jose Marello


Mateus 7,21.24-27

 "Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”"  

Meditação:

A liturgia do dia de hoje nos apresenta o final do Sermão da Montanha. Jesus, depois de ter exposto sua lei de vida e o ideal de vida da comunidade em relação ao ser humano e sua dignidade, afirma: “quem escuta estas palavras e as pratica...” e “quem faz a vontade do Pai, este entra no reino dos céus”.

 Jesus, que escuta e faz a vontade do Pai, é o fundamento a partir do qual a comunidade se integra.

Jesus inicia este evangelho dizendo: “Nem todo aquele que diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus”.

Com essas palavras Ele quer nos alertar que devemos ser fiéis até o fim; que procuremos perseverar sempre nas Suas palavras e ensinamentos, todos os dias da nossa vida.

Não basta dizer Senhor, Senhor, é necessário que consigamos, através do nosso contato diário com tudo o que é de Deus, de maneira sincera e, segundo os seus ensinamentos.

Quando Ele nos coloca as suas palavras é para nos despertar, que é muito importante que fortifiquemos a nossa fé, através dos nossos atos de caridade com os irmãos e de piedade para com Ele.

Somente aqueles que constroem a sua vida dia após dia; hora após hora, minuto a minuto e segundo a segundo, calcadas na sua Fé em Deus, certamente, se permanecerem até o fim, conseguirão o seu lugar reservado na casa do Pai.

A casa sobre a rocha que Jesus usa como exemplo neste Evangelho -- que a tempestade, as chuvas, os ventos impetuosos não conseguem derrubá-la, destruí-la --, é a nossa vida que, sendo construída com os alicerces  da Fé em  suas palavras, nunca se sentirá abalada pelos problemas, decepções, maldades, doenças e até pela morte.

Nada abalará as nossas estruturas, que estará repleta do amor de Deus. Temos uma base sólida.

São Paulo nos fala em uma das suas cartas: “Quando me sinto fraco aí é que fico mais forte, porque a fé que trago no coração, me impulsiona para frente”.

O cristão deve enfrentar a sua corrida para alcançar os louros da vitória, sem nunca duvidar da sua força, que vem de Deus.

Essa força está ligada ao pedido que Jesus fez ao Pai em sua Oração (Jo 17,1-26). Ali, Jesus roga ao Pai por todos nós aqueles que seguirem as suas palavras.

Por isso, São Paulo também fala: “nada me afastará do amor do Pai – nem as alturas, nem as profundezas, nem as angústias, nem as aflições, nem a miséria, nem a riqueza ... nada, nada me afastará do amor de Deus.

Não nos basta dizer Senhor, Senhor, quando às coisas apertam para o nosso lado.  Lembrar d’Ele só quando tudo nos parece difícil, sem saída, sem solução.

É preciso que nos acostumemos com a certeza da eterna fidelidade de Deus para conosco, seus filhos.

Ele também espera, para o nosso bem, que não esqueçamos de louvá-lo, em reconhecimento pelo muito que recebemos do Seu grande amor.

Muitos lembram-se  só para pedir e... mesmo não vivendo como Ele pede, ficam bravos, batem os pés xingam e até blasfemam, porque acham que não foram atendidos.

Só Ele sabe o que pode e deve fazer e, quando é o momento certo para atender os pedidos que fazemos.

Nós mesmos não sabemos que aquela não é a hora de sermos atendidos e... por isso pedimos... e, por isso muitos se dizem decepcionados e se afastam até, do caminho do Senhor.

É preciso pedir. Jesus mesmo nos diz: “Tudo o que pedirdes ao Pai, em meu nome, Ele vos atenderá”.

Jesus não mente. Suas palavras significam tudo aquilo que representam..., mas, não esqueçamos, que existe, também, a nossa parte a ser cumprida. Há uma aliança bilateral entre nós e Deus, para ser cumprida.

Reflexão Apostólica:

 Anunciar a Cristo é muito mais que fazer prodígios e realizar ações espetaculares. Anunciar Cristo é primeiramente crer nele, crer no que ele acreditou e foi o fundamento de sua vida: a vontade do Pai. A parábola é bastante clara: construir nossa casa, ou sobre a rocha ou na areia. 

Construir na rocha é construir na coerência de vida, que se consegue se permitimos que a vontade de Deus fale à nossa realidade, entre nela e a transforme.

 A casa é a nossa vida. A Rocha é a Palavra de Jesus Cristo que nos dá a garantia do Amor e da proteção de Deus Pai. A areia é a ilusão dos ensinamentos do mundo.

Se, não permanecermos firmes na vivência da Palavra de Jesus, se, não concretizarmos com as nossas ações, o que proferimos com os nossos lábios, nós estaremos construindo a nossa história sobre falsos fundamentos e, na hora da tempestade, a nossa vida ruirá e nós experimentaremos o fracasso.

Não precisamos imaginar muito, apenas uma simples enfermidade ou um baque financeiro podem nos tirar do sério, quando não temos a nossa vida firmada em Deus e nas Suas promessas.

Não nos basta apenas dizer Senhor, Senhor, mas, confiar INTEIRAMENTE no Seu Amor e na Sua real proteção, fazendo tudo o que Ele nos mandar.

Como está a minha relação com a Palavra de Deus que escuto e que prego? A minha vida está construída sobre a verdade e a vida que é Cristo? A sociedade atual constrói sua "casa" sobre qual fundamento? 

 O segredo da fé é a escuta e a prática. A coerência entre palavra e ações. Isto é o que identifica os verdadeiros discípulos de Jesus.

 As crises, as tempestades, os espinhos, a desolação, a aridez... fazem parte de nossa vida. Por isso mesmo, precisamos estar firmes para quando chegarem.

 Construamos nossa vida em Cristo. Ele deve ser a rocha de nossa vida, a nossa Salvação.

 Propósito:

 Senhor, te bendigo por todos os teus dons, particularmente pelo dom da Redenção. Assombra-me a grandeza e a beleza de teu amor para comigo. Tenho sede de Ti, de encontrar-me contigo, de deixar-me guiar por ti nesta oração. Pai Santo, dai-me o dom de viver amando em Cristo, desde Cristo, por Cristo, como Cristo, até que Ele seja tudo para mim.

 

Evangelho do dia 02 de dezembro quarta feira 2020

 02 Dezembro - Humilhemo-nos ao considerar os nossos defeitos, mas por outro lado alegremo-nos com a bondade e a misericórdia de Jesus que nos quer perdoar: alegremo-nos com as dívidas de gratidão que nos unem cada vez mais intimamente a Ele. (S 234). São jose Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 15,29-37
"Jesus saiu daquela região e voltou para perto do mar da Galiléia. Subiu a uma colina e sentou-se ali. 
Então numerosa multidão aproximou-se dele, trazendo consigo mudos, cegos, coxos, aleijados e muitos outros enfermos. Puseram-nos aos seus pés e ele os curou, 
de sorte que o povo estava admirado ante o espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados curados, de coxos que andavam, dos cegos que viam; e glorificavam ao Deus de Israel. 
Jesus, porém, reuniu os seus discípulos e disse-lhes: “Tenho piedade esta multidão: eis que há três dias está perto de mim e não tem nada para comer. Não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho”. 
Disseram-lhe os discípulos: “De que maneira procuraremos neste lugar deserto pão bastante para saciar tal multidão?’ 
Pergunta-lhes Jesus: “Quantos pães tendes?” “Sete, e alguns peixinhos”, responderam eles. 
Mandou, então, a multidão assentar-se no chão, 
tomou os sete pães e os peixes e abençoou-os. Depois os partiu e os deu aos discípulos, que os distribuíram à multidão. 
Todos comeram e ficaram saciados, e, dos pedaços que restaram, encheram sete cestos.

 Meditação: 

 É difícil acolher quando nosso coração já se encontra cheio de tantas coisas. Neste Tempo do Advento é preciso ter um “coração vazio” de si mesmo, como o de José e o de Maria, como o de João Batista e o dos pobres e simples do evangelho, que acolheram e reconheceram em Jesus o Filho de Deus que veio para nos salvar.

 Se outras coisas ocuparam o lugar de Deus em nós, então Deus não tem lugar em nosso coração. Mas, em sua misericórdia, podemos mudar nosso jeito e nosso modo de ser. Agora a decisão é nossa.

O traço marcante da ação de Jesus foi a sua capacidade de acolher a todos. Os pobres e marginalizados foram os que melhor captaram esta predisposição do Messias. Houve quem o hostilizasse, o rejeitasse e assumisse contra ele postura de inimigo. Neste caso, jamais a iniciativa partiu do Mestre. Ele tinha consciência de ter sido enviado para a salvação de todos.

Os coxos, aleijados, cegos, mudos e toda sorte de gente flagelada por doenças e enfermidades, levados a Jesus para serem curados, retratam a imensa misericórdia contida de seu coração, e seu desejo de comunicá-la à humanidade sofredora. Por seu amor eficaz, os mudos começavam a falar, os aleijados, a sarar, os coxos, a andar, os cegos, a enxergar. Nenhuma necessidade humana passava-lhe despercebida.

 O Messias Jesus, apesar de sua condição de Filho de Deus, preocupava-se com os problemas materiais do povo, como foi o caso da falta de alimento para os que tinham vindo escutá-lo, numa região bastante afastada.

O episódio da multiplicação dos pães serviu-lhe para ensinar às multidões a lição da solidariedade e da partilha. Este, sem dúvida, foi seu milagre maior: eliminar o egoísmo presente no coração de seus ouvintes, e movê-los a colocar em comum o que cada um possuía para sua própria alimentação, de modo que todos pudessem ser igualmente saciados. Desta forma, a acolhida do Messias estava dando os seus primeiros frutos nos corações dos que o seguiam.

A multidão aproxima-se de Jesus para escutá-lo. Aproximam-se os pobres, os coxos, os aleijados, os abandonados e a todos Ele curava física e espiritualmente.

E de mim se aproximam as pessoas quando abro a minha boca para falar? Minhas palavras salvam, curam, libertam ou matam, oprimem e condenam?

O Deus que vem e permanece entre nós é aquele que traz a vida e liberta. Quando nós cristãos nos tornamos semelhantes a Jesus e bem próximos de sua missão, certamente nos aproximaremos dos mais pobres, dos sofredores e dos marginalizados.

Que a fé verdadeira me desacomode e me leve ao encontro dos que estão à margem de oportunidades e da vida. Pois, louvor maior que agrada a Deus é a misericórdia que faz viver.

 Reflexão Apostólica:

 Existem ótimos fatos nessa narrativa de hoje, mas em especial temos duas.

(…) primeira

A primeira multiplicação dos pães aconteceu na Galiléia em meio aos judeus e esta segunda multiplicação acontece em uma região próxima ao mar da Galiléia, mas estas terras pertenciam aos gentios, ou seja, povos de outras nações, estrangeiros, não-judeus e lá Jesus opera milagres que pela falta de fé dos seus (nossa), deixou de operar em sua terra.

De certa forma, se não vemos os MILAGRES EXTRAORDINÁRIOS de Deus é por que não temos os olhos e a fé para ver os ORDINÁRIOS, ou seja, aqueles que acontecem no cotidiano, mas não percebemos. O período que vivemos, o advento, é repleto de sinais ordinários, em especial os de mudança de vida, conversão, retorno, retomada, ressurgimento, (…). Conseguimos vê-los em nós?

Vejo na TV e em muitos lugares a preocupação em se ver os milagres extraordinários. As pessoas parecem querer ver cegos voltar a enxergar, paralíticos voltar a andar, mas não mudam uma vírgula de sua própria vida para voltar a enxergar. Não abandonam os próprios interesses, debruçando-se em pedidos e pedidos, mas não param ou pelo menos se propõem a parar de mancar com julgamentos maldosos, falsidades, hipocrisia, dissimulação, (…)

É uma grade verdade, Jesus disse para pedirmos, mas a sabedoria de um monte em Israel explica um fato que esquecemos. Um monte batizado por Abraão, após ter sido poupado seu filho Isaac, de Javé-Yiré, cuja tradução significa “O Senhor dará o que for preciso

Abramos nossa casa como são Francisco ao irmão sol, irmã lua, a irmã vida… As demais coisas serão dadas por acréscimo e realmente será dado o que é preciso.

(…) Segunda…

Entre os seus, na primeira multiplicação ele pegou os pães e os abençoou, como ainda é feito nas nossas missas como memória viva e presente do Cristo.

Em meio aos gentios, não negou quem fosse ou sua missão, mas, talvez preferindo não assoprar o monte de folhas secas (veja reflexão do evangelho de ontem), Jesus dá Graças a Deus, faz o milagre acontecer e partilha o pão.

Quantas pessoas ainda hoje se preocupam em moldar as pessoas a sua forma de pensar, deixando de amá-las, pois são “gentios” que pensam diferentes? Esquecem então de dar Graças a Deus por elas, não se fazem milagre e tão pouco partilham o pão. Esses irmãos são aqueles que se enterram em suas pastorais e movimento, ou só no trabalho, ou só na oração, em modos de pensar onde “quem congrega comigo é irmão, caso contrário pagão”. Esquecem que Jesus também operou milagres nos gentios

Pedimos nessa primeira semana do Advento o perdão pelas vezes que separei e não conciliei; pelas rusgas ou invés do agregar, pelos partidarismos e panelinhas ao invés de viver o Ato dos Apóstolos.

Evangelho do dia 01 de dezembro terça feira 2020

 01 Dezembro - Consolemo-nos por nos acharmos na impossibilidade de pagar as muitas dívidas contraídas com Jesus, pois esse pensamento servirá para nos manter na humildade e para nos fazer sentir uma gratidão sempre mais viva para com o celeste Credor.(S 235). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 10,21-24

 ” Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: “Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado. 
Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 
E voltou-se para os seus discípulos, e disse: “Ditosos os olhos que vêem o que vós vedes, 
pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram”.

 Meditação:

 Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os Seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que sucediam quando eles saíam anunciando o reino.

 A ação do Espírito Santo em nós faz com que tenhamos uma compreensão das coisas do alto numa perspectiva espiritual que é completamente diversa daquela que entendemos com a nossa humanidade.

 Só os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo.

 Quando nos dispomos a propalar o reino dos céus aqui na terra, é porque ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nos abrimos, mais e mais vamos experimentando a alegria e a felicidade interior.

 Assim como exultou no Espírito Santo diante dos Seus discípulos, Jesus também o faz hoje, porque o Pai nos revela as coisas do Seu coração.

 Só os humildes e pequeninos podem “entender” os mistérios do céu. Jesus é a própria revelação de Deus e todos os que aceitam Jesus e nele crêem, são os pequeninos que vêem, ouvem e sentem a felicidade e a paz do Senhor.

 Jesus nos alerta: “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!” O Pai se dá a conhecer por meio da revelação do Filho e quanto mais conhecermos a Jesus, mais teremos comunhão com Deus Pai e poderemos viver a felicidade tão almejada.

 Somos felizes porque os nossos olhos vêem mais além das aparências e podemos, na reflexão da Palavra de Deus, descobrir os Seus segredos, os Seus planos para nós e para a humanidade, por nosso intermédio.

 Somos chamados (as) no tempo atual da nossa vida a ver e ouvir o que o Senhor tem para nos revelar. Não percamos tempo: o Senhor tem muito a nos mostrar e também, a nos falar.

 Você é pequenino (a) ou sábio (a) e inteligente? Você é uma pessoa atenta aos mistérios de Deus? Você enxerga as maravilhas de Deus na sua vida? Quando você medita sobre a Palavra de Deus você se limita ao que está escrito, ou você percebe nas entrelinhas uma mensagem para a sua vida?

Os discípulos foram declarados felizes por terem visto e reconhecido o Messias Jesus. Esta felicidade foi ansiada, ao longo da história de Israel, por "muitos profetas e reis" que nutriam a esperança de vê-lo. O desejo deles, porém, não foi realizado.

Entretanto, a graça de ver o Messias tem dois pressupostos. O primeiro diz respeito à ação divina como propiciadora desta experiência.

Só pode reconhecer o Messias, Filho de Deus, aquele a quem o Pai o quiser revelar. A simples iniciativa ou a curiosidade humana são insuficientes.

Reflexão Apostólica:

Ainda recordo de uma homilia onde o celebrante disse: “(…) quando conhecemos a Deus, Seu amor, caem às escamas dos nossos olhos”. Se observarmos bem o que esse frei diz notaremos que conhecer o amor de Deus denota uma inevitável mudança de comportamento pessoal e individual; e para que ela ocorra pouco interessa quem sabe muito ou pouco, quem fez faculdade ou aquele que nem estudos têm. Mas por que aqueles que sabem muito são os que mais fogem da mudança?


(…) Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso”.
Mas por onde começar?


1) EVITEMOS PERPETUAR OS PENSAMENTOS PESSIMISTAS SOBRE A VIDA

Ter pensamentos pesados ou pessimistas sobre a vida nos encarcera, nos prendem, (…); eles fecham nossos olhos a grandeza e a beleza construída por Deus e nos dão a sensação de impotência sobre mudar o hoje pensando no amanhã.

 Todos sabem que um dia tudo isso que conhecemos poderá vir a terminar, mas por que causar pânico, temor, medo nas pessoas, sabendo que muita delas não tem nem mais motivos para viver? Por que não nos empenhar em levar a boa mensagem do evangelho de domingo?

 2) ENCONTRAR MOTIVOS PARA VIVER ESSE DIA…

Algo me fez lembrar Jonas, o personagem bíblico, que insatisfeito pela não destruição da cidade de Nínive (Jonas 4), sentou emburrado embaixo de uma mamoneira.

Essa analogia serve para todos nós quando desistimos do mundo ou quando passamos a agourá-lo, quando nos fazermos de coitado para chamar atenção dos outros e hoje de forma especial quando me revisto de vaidades, arrogância e prepotência, pensando eu ser sabedoria, e na verdade são coisas que evitam que eu cresça como pessoa.

 3) BUSCAR A DEUS DE TODO CORAÇÃO E COM TODA NOSSA FORÇA

Todo cristão tem uma missão, seja ele evangélico ou católico, de procurar a Deus com todo coração, com toda sua alma e com toda a força, mas não se ajunta folhas secas assoprando o monte, ou seja, não será fácil juntar em meio a um vendaval pessoal, em meio a tormentas, por isso é crucial que tenhamos empenho também em resolver o que nos aflige por dentro.

 4) SER HUMILDE AS CORREÇÕES E ACEITAR AS MUDANÇAS.

Não sei bem se o que temos nos fará chegar ao céu, ou seja, o estudo não nos credencia a sermos mais importantes e sim mais habilidosos em um determinado assunto.

 Ter faculdades e conhecimento do mundo de nada valem se não estivermos dispostos a dar, nos empenhar, conduzir e a sermos corrigidos…

Também não posso me valer desse evangelho para justificar parar de estudar, pois o estudo nos oferece mais recursos ao trabalho da messe. Fugir da capacitação é como insistir em lavrar a terra com um boi enquanto outros usam tratores.

Estamos no advento, peçamos perdão pelas vezes que me esqueci de ter um coração aberto ao amor; por ter nos achado acima de tudo; por ter mais afastado do que ajuntado; por meu orgulho ter soprado mais forte que minha humildade.


Reflitamos: “Preciso impregnar o mundo com Cristo, a começar em mim!

Evangelho do dia 30 de novembro segunda feira 2020

 

30 novembro - Santo André, fazei com que também eu ame a cruz. (E 193). São Jose Marello


Mateus 11,25-27

 "Poucos dias depois, num sábado, Jesus estava atravessando uma plantação de trigo. Os seus discípulos estavam com fome e por isso começaram a colher espigas e a comer os grãos de trigo. Quando alguns fariseus viram aquilo, disseram a Jesus: 

- Veja! Os seus discípulos estão fazendo uma coisa que a nossa Lei proíbe fazer no sábado!
Então Jesus respondeu:
- Vocês não leram o que Davi fez, quando ele e os seus companheiros estavam com fome? Davi entrou na casa de Deus, e ele e os seus companheiros comeram os pães oferecidos a Deus, embora isso fosse contra a Lei. Pois somente os sacerdotes tinham o direito de comer esses pães. Ou vocês não leram na Lei de Moisés que, nos sábados, os sacerdotes quebram a Lei, no Templo, e não são culpados? Eu afirmo a vocês que o que está aqui é mais importante do que o Templo. Se vocês soubessem o que as Escrituras Sagradas querem dizer quando afirmam: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais", vocês não condenariam os que não têm culpa. Pois o Filho do Homem tem autoridade sobre o sábado.
"

Meditação:

Na Lei dada por Moisés, que não era mais que uma sombra, Deus ordenou a todos que repousassem e não fizessem nenhum trabalho no dia de sábado. Mas isso não era senão uma imagem e uma sombra do verdadeiro sábado, o qual é concedido à alma pelo Senhor. Com efeito, a alma que foi julgada digna do verdadeiro sábado cessa de se abandonar às suas preocupações vergonhosas e humilhantes e repousa; celebra o verdadeiro sábado e goza do verdadeiro repouso, estando liberta de todas as obras das trevas. Ela prova o repouso eterno e a alegria do Senhor.

Antes, estava prescrito que mesmo os animais desprovidos de razão deviam repousar no dia de sábado: o boi não devia ser submetido à canga, nem o burro carregar o fardo, porque os próprios animais repousavam dos trabalhos penosos. Ao vir para o meio de nós, o Senhor trouxe o repouso à alma que estava carregada e oprimida pelo fardo do pecado, e que morria sob o constrangimento das obras de injustiça, subjugada como estava, por mestres cruéis. Ele aliviou-a do peso intolerável das ideias vãs e ignóbeis, libertou-a do jugo doloroso das obras de injustiça, deu-lhe o repouso. É este repouso pelo qual todos nós lutamos e esperamos um dia alcançar em Cristo Jesus.

Senhor Deus, Tu que nos cumulaste de tudo, dá-nos a paz (Is 26, 12), a paz do repouso, a paz do sábado, do sábado que não tem ocaso. Porque esta tão bela ordem das coisas que criaste, e que são “muito boas” (Gn 1, 31), passará quando tiver chegado ao termo do seu destino. Sim, elas tiveram a sua manhã e terão a sua tarde. Mas o sétimo dia não tem tarde, não tem ocaso, porque Tu o santificaste a fim de que ele dure para sempre. No termo das Tuas obras “muito boas”, que, contudo, fizeste em repouso, Tu repousaste ao sétimo dia, a fim de nos fazeres compreender que, no termo das nossas obras, que são muito boas porque foste Tu que nos deste (Is 26, 12), também nós repousaremos em Ti, no sábado da vida eterna. Então repousarás em nós como agora ages em nós; assim, o repouso que experimentaremos será o Teu, tal como as obras que fazemos são as Tuas.

Tu, Senhor, trabalhas constantemente e estás constantemente em repouso. Quanto a nós, chega um momento em que somos levados a fazer o bem, depois do nosso coração o ter concebido pelo Teu Espírito, enquanto anteriormente éramos levados a fazer o mal, quando Te abandonávamos. Tu, único Deus bom, nunca deixaste de fazer o bem. Algumas das nossas obras são boas – pela Tua graça, é certo –, mas não são eternas; depois de as fazermos, esperamos repousar na Tua inefável santificação. Mas Tu, bem que não precisa de nenhum outro bem, tu estás constantemente em repouso, porque Tu próprio és o Teu repouso.

Quem, dentre os homens, poderá dar a conhecer tudo isto ao homem? Que anjo o dará a conhecer os anjos? Que anjo ao homem? É a Ti que devemos pedir esse conhecimento, em Ti que devemos procurá-lo, à Tua porta que devemos bater. E dessa maneira sim, dessa maneira receberemos, dessa maneira encontraremos, dessa maneira abrir-se-á a Tua porta, para nos conceder a verdadeira Paz, que só o vosso coração sabe dar aos que lhe pedem com fé, esperança e confiança. 

 Reflexão Apostólica

Jesus Cristo veio nos mostrar que a misericórdia do Pai não se prende a fórmulas, conceitos ou regras humanas. Ela é o maior motivo para que demos passos aqui na terra em busca da vida em abundância. Deus não age conforme nós pensamos e pregamos.

Ele deseja matar a fome do homem e não se importa de se oferecer como alimento para a nossa fome espiritual não implicando o dia nem a hora. Porque sonda o nosso coração e conhece os nossos desejos mais profundos, o Senhor não impõe condições para nos saciar. Mas, ele precisa de nós, homens e mulheres, como Seus instrumentos.

Os homens impõem um jugo pesado, cheio de regras e limitações, mas para Deus a Misericórdia é a norma que pode ser vivenciada a todo dia e a qualquer hora na nossa vida. Jesus nos chama para alimentar o Seu povo, mesmo que seja em dia de sábado.

Muitas vezes a desculpa do “dia de sábado” esconde uma má vontade para que não façamos o bem e usemos de misericórdia, por acomodação, preguiça e falta de interesse. Preferimos oferecer a Deus sacrifícios baratos, oferendas sem sentido do que ocupar o nosso tempo em dar atenção a quem necessita do nosso olhar, da nossa compreensão, do nosso apoio ou mesmo de uma simples palavra ou de um ouvido para escutar.

Jesus nos ensina que as leis foram feitas para nos orientar e não para nos consumir e que a nossa vida está muito acima e vale muito mais do que os conceitos que nós mesmos adotamos para a nossa acomodação.

Você é muito ligado (a) a regras e preconceitos? Quando você encontra alguém com “fome” o que você faz? Você espera uma oportunidade melhor para ajudar às pessoas ou você o faz em qualquer circunstância?

 Propósito:

Pai, dá-me forças para ser verdadeiro companheiro na missão de seu Filho Jesus, mesmo devendo sofrer perseguições e contrariedades.

 

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

EVANGELHO DO DIA 29 DE NOVEMBRO 2020 - 1º DOMINGO DO ADVENTO


 

29 novembro - Sejamos sempre humildes, mesmo nas boas obras, porque, às vezes, começamos um trabalho com reta intenção, mas lentamente se introduz um pouco de amor próprio, de vaidosa satisfação, e lá se vai a reta intenção. (S 231). São Jose Marello



Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 13,33-37

 "Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. É como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E mandou o porteiro ficar vigiando. 

Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”"  

Meditação:

 A Comunidade judaica, e volta do exílio, enfrenta um grande desafio: reconstruir os fundamentos da nação, da cidade e do Templo. Não era uma tarefa fácil. A maioria dos exilados já se havia organizado na Babilônia e em outras regiões do império caldeu.

A maior parte dos que havia chegado da Judéia cinquenta anos antes já havia morrido e os descendentes não sentiam grande nostalgia pela terra de seus pais.

Os profetas convidavam continuamente o povo a reconhecer os erros que haviam conduzido à ruína, porém, a maior parte dos exilados ignorava os mediadores de Javé. Alguns tomaram a peito o projeto de reconstruir a identidade, as instituições e a vida da nação.

Contudo, não contaram inicialmente com muito apoio. Parecia uma ideia louca e desnecessária: para que voltar a Jerusalém se já não havia remédio…

O mesmo ocorre às vezes conosco: vivemos da nostalgia, da saudade do passado, porém não nos comprometemos em transformar a realidade do presente.

Lembramos de outros tempos em que se vivia melhor, porém não resgatamos os valores que tornam possível uma convivência humana justa e equitativa.

Jesus faz a seus discípulos uma recomendação que hoje nos surpreende: manter-se despertos. É o oposto do que nós faríamos. Porém, ele tem razão.

Se cada um de nós estamos estonteados pelas preocupações mais supérfluas, o perigo é ver passar a hora apropriada para realizar a missão que Jesus nos encomenda.

Jesus, no evangelho, nos ensina a estar alerta contra os que crêem que os ensinamentos cristãos são algo supérfluo.

O evangelho deve ser proclamado onde seja necessário, deve ser colocado onde seja visto, deve ser colocado ao alcance de todos.

Nossa missão é fazer do evangelho uma lâmpada que ilumine o caminho da vida e nos mantenha em atitude de vigilância.

A interpretação que se dava a estes textos do evangelho que apontam para o futuro ou para a escatologia esteve quase sempre revestida de um sabor apocalíptico e de temor: o Senhor havia estabelecido um prazo que poderia acabar em qualquer momento, imprevisivelmente, pelo qual necessitávamos estar preparados para um juízo surpreendente e castigador que o Senhor poderia abrir em qualquer momento contra nós.

"Que a morte nos surpreenda confessados". Este medo funcionou durante muito tempo, durante tantos séculos, como durou uma imagem mística de Deus, excessivamente calcada pela imagem do soberano feudal, que dispõe despoticamente sobre seus acólitos.

O medo da condenação eterna, tão impregnado na sociedade cristã medieval e barroca, fez com que a "greve de confessionários" pudesse ser, em determinados momentos, uma arma afiada pelo clero contra as classes altas, por exemplo, por parte dos missionários defensores do povo contra os conquistadores espanhóis, donos de escravos.

Provoca risos pensar na eficácia que uma tal "greve de confessionários" poderia ter hoje em dia...

A estrela da "vida eterna", o dilema salvação / condenação eternas, brilhava com sua potência indiscutível no firmamento da cosmovisão do homem da mulher pré-modernos...

Porém, são tempos idos. Seria um erro enfocar o comentário aos evangelhos, como o que lemos hoje, nessa perspectiva, pensando que nossos contemporâneos ainda são pré-modernos...

O estado de alerta, o olhar atento ao futuro que convida ao adoçamento ou à rotina.... sim, é uma categoria e uma dimensão do homem e da mulher modernos. Se o interpretarmos como "esperança", a pertença da mensagem ainda é mais vigente.

Que pode significar "advento" para a sociedade atual? Como nome de um tempo litúrgico significa bem pouco e não haveria de lamentar-se muito nem gastar pólvora inutilmente, pois qualquer dia - talvez mais rápido do que se imagina - a Igreja mude o esquema dos ciclos da liturgia, que clama a gritos por uma renovação.

O que importa não é o tempo litúrgico, mas o Advento mesmo, o "Advenimento" - pois é isso que significa a palavra - o "noch nicht Sein", como diria Ernest Bloch, aquilo cuja forma de ser consiste em "não ser ainda, porém em vias de chegar a ser"...

Ateu como era, Bloch construiu todo seu poderoso edifício filosófico sobre a base da utopia e da esperança e apresentou em belas e inesquecíveis páginas a grandeza heroica do santo e do mártir ateu, capaz de dar a vida pela esperança...

Egling, na mesma linha do ateísmo, dizia: "O mais real do real, não é a realidade mesma, mas suas possibilidades...".

Depois dos anos 90, estamos em um tempo de "desfalecimento utópico". Com o triunfo do neoliberalismo e a derrota das utopias (não "das ideologias", algumas das quais continuam ainda vivas), a cultura moderna - ou melhor, pós-moderna - castiga o pensamento esperançado e utopista. O ser humano moderno-pós-moderno está sobressaltado. Já não acredita em "grandes relatos".

Foi-nos imposta uma cultura anti-utópica, anti-messiânica, a-escatológica, sem esperança, apesar do brilho sedutor dos produtos da indústria mundial do entretenimento; por trás desse atrativo sedutor do entretenimento, temos a imagem de um ser humano em jejum de toda esperança, que transcenda minimamente o "carpe diem" ou o "desfrute a vida".

Que advenimento ("advento") espera o homem e a mulher contemporâneos? Como viver o advento em uma sociedade que não espera nenhum "advenimento"? Desde já, não reduzindo o advento a um "tempo litúrgico", ou a um tempo pré-natal… Como assim?

A Advenimento que os cristãos esperam não é só o do Natal… nem sequer é "o céu"… Mas o Reino! Não é outro mundo… é este mesmo mundo… Porém, "totalmente outro"!

Os cristãos não podem inculturar - se de todo nesta cultura anti-utópica e sem "grandes relatos", porque somos filhos da grande Utopia da Causa de Jesus, e temos o "grande relato" do Projeto de Deus…

Poderíamos não celebrar o advento, porém não podemos deixar de nos dar as mãos, juntamente com os mártires e santos ateus (sobram poucos) e com os homens e mulheres da terra, de qualquer religião do planeta, para trabalhar denodadamente pelo Advenimento do Novo Mundo.

Cada vez aparece mais claro: criar um Mundo Novo, fraterno e solidário, sem impérios nem instituições transnacionais ou mundiais exploradoras dos pobres, o que Jesus chamou "malkuta Javé", Reino de Deus, porém dito com palavras e fatos deste já terceiro milênio. Esse é o Advenimento que esperamos, o sonho que nos resta sonhar, o que nos faz estar "alerta".

Reflexão Apostólica:

Somos administradores do reino de Deus aqui na terra. Somos seus empregados, cada um com sua tarefa.

O dono da casa nos entregou a sua casa e espera de cada um de nós a realização daquilo que nos foi confiado. Ele pode chegar a qualquer hora do dia ou da noite.

“Dormir” seria desperdiçar tempo, recusar oportunidades, ficar na penúria, “deixar a Banda passar e não segui-la”. Não podemos nos acomodar pensando que ainda teremos muito tempo para ser vivido.

O tempo urge, a fila anda e cada minuto da nossa existência é precioso para que possamos trabalhar a fim de realizar as obras que o Senhor espera receber das nossas mãos.

O Senhor espera de nós obras concretas de misericórdia e de amor. Ele nos motiva e nos dá condições para que isto aconteça.

A sua Palavra é um farol que ilumina a nossa inteligência e nos direciona para que tudo saia a contento.

Se, realmente, nós vivenciarmos os ensinamentos de Jesus, nós, com certeza, estaremos preparados para nos apresentar na presença do Senhor que virá. Portanto, não durmamos porque o dia já vem clareando.

Como você está na sua vida: na janela somente vendo a banda passar? O que falta para você seguir na Banda do Senhor? Você tem consciência de que Deus espera de você a sua parte? Que parte será essa?

Propósito:

 Nosso Deus e nosso Pai, ao começar um novo Advento, nós te pedimos que avives a nossa fé, fortaleças nossa esperança e consolides nosso amor, de modo que possamos celebrar, com verdadeira alegria, o nascimento de Jesus Cristo.

Evangelho do dia 28 de novembro sábado 2020

 28 novembro - Quando formos elogiados, ponhamo-nos a sorrir e pensemos que Deus vê o interior. (S 198). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,34-36

 ""Cuidado para que vossos corações não fiquem pesados por causa dos excessos, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós, pois cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de conseguirdes escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes de pé diante do Filho do Homem"."  

Meditação:

As primeiras comunidades cristãs compartilhavam com outros grupos religiosos contemporâneos ideias apocalípticas.

Acreditavam que as guerras, perseguições e outras catástrofes eram sinais da proximidade do fim do mundo e da segunda vinda do Senhor.

Por esse motivo, muitos viviam perturbados e assustados. Entretanto, essa espera não se concretizava.

A espera foi se alongando e a atenção e os costumes relaxando. O perigo de se deixar levar por outros atrativos que a vida oferece era frequente.

 No texto de hoje, Lucas põe na boca de Jesus palavras dirigidas à comunidade para reavivar a vigilância e a oração constante frente a esta expectativa

Lucas encerra o "discurso escatológico" de Jesus sobre a ruína do Templo e de Jerusalém com as exortações à vigilância e à oração contínua.

São duas atitudes fundamentais na vivência no Reino de Deus, na comunidade e na missão. "Cuidado", pois muitas são as seduções procurando afastar o discípulo do caminho no seguimento de Jesus.

O evangelista insiste que os cristãos se mantenham em atitude de espera, sem viver em pânico.

Talvez não estejamos vivendo o ambiente que os primeiros cristãos viveram, mas o certo é que o mundo de hoje oferece uma multidão de alternativas que podem nos levar ao ocultamento do sentido da vida cristã.

Em nossos dias é um grande desafio manter sempre a atitude de abertura em relação ao futuro que Deus deseja para nós.

O mercado, que gera lucros fabulosos para os donos do poder a partir da exploração dos oprimidos, seduz e ilude as pessoas prometendo-lhes enriquecimento e oferecendo-lhes sofisticados produtos para o consumo.

O empenho em usufruir da sociedade de mercado escraviza, torna o coração pesado e individualista, devido a preocupação com o gozo e o sucesso pessoal. Portanto, "cuidado... vigiai e orai a todo momento".

Vigiar é cuidar de preservar sua liberdade e estar atento às necessidades dos pobres e dos oprimidos, procurando libertá-los das estruturas e dos mecanismos de dominação que os exploram.

A oração contínua é a oração do coração, a oração do compromisso, a oração em comunidade. A oração é estar em presença de Deus, identificando-se com sua vontade e buscando luzes e forças para a realizar.

Assim encerra-se hoje o ano litúrgico. Com o início do Advento, outro ano se segue, envolvendo, dia a dia, nossos corações no seguimento de Jesus.

 Reflexão Apostólica:

 O Senhor nos faz um alerta para que não nos envolvamos com coisas desse mundo, sempre tem algo no mundo que é como uma onda que sempre vem e tenta envolver os cristãos.

 Ondas como o carnaval, política, jogo de futebol, natal etc. Isso tudo nos tenta a desviar da verdade que é a palavra do Senhor e de Sua presença.

Tomai cuidado”, são palavras de Jesus para nós nos dias de hoje. Nós sabemos o quanto o nosso coração se envolve com as coisas “boas” desta vida!

A gula, a embriaguez e as preocupações da vida, representam aqui tudo o que nos desvia do caminho que nos leva ao encontro do Senhor que vem. Sabemos que estas obras nos tornam insensíveis diante das coisas de Deus.

Muitas vezes estamos tão “ocupados” com os nossos sucessos ou fracassos, com as ações que nos deleitam e dão prazer, que esquecemos de que isso tudo nos traz apenas uma felicidade transitória e de que o essencial para a nossa vida não muda. Apenas evolui, prospera e concretiza-se.

O essencial é o amor de Deus que é plantado em nós como uma semente que cresce e torna-se uma grande árvore.

Quando nos entregamos somente aos prazeres e afazeres do mundo o nosso coração fica insensível e o amor de Deus em nós é sufocado.

O comer, o beber, o trabalhar, o divertir-se, o comprar, o gozar a vida são até certo ponto coisas lícitas. Porém são armadilhas para nós quando nos deixamos aprisionar por elas.

De repente, as coisas acontecem e nós perdemos o rumo, deixamos a graça de Deus passar e nos sentimos arruinados (as).

Jesus veio nos ensinar: “ficai atentos e orai a todo momento!”. A oração é o meio mais eficaz para que tenhamos força para escapar dessas coisas e fiquemos de pé, livres diante de Deus.

Como tem sido o seu comer e o seu beber? Eles são armadilhas para você? O que pode estar o (a) aprisionando hoje com a vida que você leva? Você é uma pessoa livre de você mesmo (a)?

Propósito:

 Que o Senhor nos dê Sabedoria e que possamos, a cada dia, nos envolver mais e mais com as coisas preciosas de Cristo. Essa é a função de nós cristãos pregar o Evangelho do Reino em todo mundo. Assim, apressaremos a sua volta. Pai, ajuda-me a estar em permanente vigilância e oração, preparando-me para o encontro com teu Filho Jesus e ser acolhido por ele.

Evangelho do dia 27 de novembro sexta feira 2020

 27 novembro - Humildade em tudo, até em virar os olhos e em mexer as mãos. (S 198). São Jose marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,29-33

 "E Jesus contou-lhes uma parábola: "Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto. Vós, do mesmo modo, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo: esta geração não passará antes que tudo aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão."  

Meditação:

Assim como o profeta confia nas palavras de Deus, o cristão alimenta sua esperança nas palavras de Jesus. Tudo que Ele prometeu será cumprido dentro do desenrolar do processo histórico. 

Este Evangelho nos recorda uma vez mais que nosso Deus é o Deus da história. Através dela vamos descobrindo que Ele caminha com a humanidade.

Temos neste texto uma curta parábola cheia de conteúdo. As árvores que brotam indicam a proximidade do verão. Os brotos e as flores do verão prenunciam o outono, tempo de frutos e colheita.

A expressão "Vós, do mesmo modo... ficai sabendo..." indica a incompreensão dos discípulos, com sua visão messiânico-judaica-escatológica, a ser superada.

Neste texto, Jesus enfatiza a atenção que se precisa ter na hora de discernir os sinais dos tempos e a esperança fundada nas palavras de Jesus. Com a parábola, Jesus convida os discípulos, que observam os fenômenos da natureza, a interpretar os acontecimentos do mundo.

Com o surgimento do broto das árvores frutíferas se espera o advento do verão, assim também, a atenta observação dos sinais dos tempos faz conhecer a proximidade do Reino de Deus.

 Esta é uma tarefa importante da comunidade cristã: a de descobrir sinais de vida que surgem desde as situações de morte aparente, para poder anunciar a chegada desse tempo de plenitude.

Hoje, Jesus nos exorta a ficarmos atentos (as) aos fatos e acontecimentos que ocorrem no mundo e ao nosso redor, para que possamos esperar com perseverança a Sua segunda vinda, cheio de glória e de poder a fim de instaurar definitivamente o Seu reino no meio de nós.

O mundo será renovado e o reino de Deus definitivamente será estabelecido quando Jesus voltar.

O Reino de Deus já está acontecendo. É a sedução do bem, da vida, da comunhão com Deus, da solidariedade, da fraternidade, da partilha, da alegria. E as palavras de Jesus são anunciadas como convite a participar do banquete da Vida.

O exemplo da figueira nos alerta também para que não fiquemos alienados (as) e sim, atentos aos sinais da chegada do reino de Deus, em nós.

Ele
é construído sutilmente dentro de nós, no nosso dia a dia, na nossa caminhada com Jesus apesar de quase não o percebermos.

Podemos desde já, abranger os seus sinais da mesma forma que nós percebemos os sinais dos tempos e do clima.

Há certos sinais que são visíveis para nós aqui na terra: ventania, nuvens carregadas de chuvas, calor forte etc, etc. Assim também há os sinais de que o reino dos céus está próximo.

Estes sinais se manifestam dentro do nosso interior e nós sentimos as suas manifestações na medida em que temos um coração grato, alegre, em paz, cultivamos amor aos irmãos, desejo de santidade, misericórdia, perdão.

Quando você os perceber em si mesmo, saiba que o reino de Deus está próximo, isto é, Jesus está em você, agindo e atuando. O céu e a terra visíveis, um dia passarão, mas as palavras de Deus nunca irão passar.

Como o reino de Deus pode acontecer dentro do coração do homem? Quais são os sinais de que o reino de Deus está perto de você? Você sabe diagnosticar o que se passa dentro do seu coração? Quais os sentimentos que mais fazem vida em você?

 Reflexão Apostólica:

 Sofremos, lutamos, levantamos e resolvemos continuar, Jesus à nossa frente a nos pedir que ergamos a cabeça que logo seriamos agraciados com a vitória, a conquista.

 Quem após uma grande turbulência ou adversidade não saiu melhor, mais forte, pronto a superar novos desafios?

O sofrimento trás sim transtornos a nossa vida e daqueles que nos cercam, mas esse duro aprendizado acaba quebrando a dormência de nossa vida. Entendamos, como dormência, um processo de “casulo” que toda semente tem, umas mais outras menos.

 Uma semente ao cair no solo não germina de imediato, ela esta dormente. Algumas precisam apenas do contato com os nutrientes do solo e um pouco de água para despertar, outras, porém precisam de muito calor. 

Algumas sementes do nosso cerrado só brotam depois que são queimadas, ou seja, aqueles incêndios que vemos acabam gerando vida após o sofrimento.

 Entenda-se, nesse exemplo, que a natureza, que existe bem antes de qualquer um de nós de certa forma ela consegue ver no sofrimento a própria vida.

Somos suscetíveis a dias bons e dias não tão bons, mas um dia teremos que crescer e ver as folhas brotar (nossos dons, carismas, talentos) e saber que chegou a hora – É verão.

O Espírito Santo se revela na primavera, nas flores, na graça, na paz, na alegria (…). Ele nos torna graciosos aos olhos de todos.

 Quem passa por nós sabe que algo mudou. Chega o verão e é hora de revelar o quanto você melhorou, cresceu, mudou… É quase Advento, e o que você (nós) fez? O que mudou? Em um dia, ou seja, 24 horas, podemos ter as quatro estações.

 Podemos amanhecer cabisbaixos num possível outono; empolgar numa primavera de sorrisos no trabalho; mostrar a tarde todo nosso talento de verão e no fim do expediente voltar à realidade, num triste inverno, sozinhos num quarto quase depressivos (as) esperando um novo dia amanhecer.

 Podemos, também, amanhecer sorrindo de orelha a orelha (primavera), trabalhar pensando no intervalo do almoço (outono); passar a tarde reclamando da vida, da falta de oportunidades, de chances (inverno); e a noite, reunidos com a família para o jantar (verão).

Durante esses dias, fases, intervalos de 2011, (…) em que estação do ano passamos mais tempo?

Domingo, o Advento inicia no clamor pelo perdão de nossas faltas, e finda no quarto domingo nos renovando a esperança.

 O Advento, no coração de quem crê, é o fogo que precisávamos para quebrar a dormência do nosso agir.

 É a oportunidade de voltar a nascer depois de um erro, de uma tragédia, uma perca. É um tempo propício para refletirmos o que fizemos e como fizemos.

Nossa Igreja se iniciou no sacrifício pascal de Jesus e continua ano após ano trazendo mensagens de um novo recomeço, de ressurreição, de vida.

 Se ainda vivemos (ou estamos vivendo) outonos e invernos, em nossa relação comigo mesmo e com os que nos cercam, temos então a mania de estender o sofrimento da cruz e deixar “passar batida” a esperança.

Quem crê e vigia não precisa temer os evangelhos desse semana ou tecer, como tantos cientistas, em calcular o quando e como o mundo viria a acabar.

Às vezes levamos 20, 30, 50 ,70 anos pra entender que o verão já chegou, e que esse fim de mundo acontece toda vez que resolvemos dar um 180° em nossas vidas.

 Aquele que era torto na vida e resolve hoje endireitar, um mundo velho acaba e um novo recomeça. Um mundo novo que nasce da mudança de atitude de uma única pessoa.

 De coração aberto, abra sua vida, sua casa, sua família ao Advento: “(…) Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo“. (Ap 2, 30)

Propósito:

Pai, reforça a sinceridade de minha fé nas palavras de teu Filho Jesus, pois nele o teu Reino se faz presente na nossa história, realizando, assim, tua promessa de salvação.

Evangelho do dia 26 de novembro quinta feira 2020

 26 novembro - Humilhar-se é um grande remédio contra as tentações. (S 198). SÃO Jose Marello



Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,20-28

 "- Quando vocês virem a cidade de Jerusalém cercada por exércitos, fiquem sabendo que logo ela será destruída. Então, os que estiverem na região da Judéia, que fujam para os montes. Quem estiver na cidade, que saia logo. E quem estiver no campo, que não entre na cidade. Porque aqueles dias serão os "Dias do Castigo", e neles acontecerá tudo o que as Escrituras Sagradas dizem. Ai das mulheres grávidas e das mães que ainda estiverem amamentando naqueles dias! Porque virá sobre a terra uma grande aflição, e cairá sobre esta gente um terrível castigo de Deus. Muitos serão mortos à espada, e outros serão levados como prisioneiros para todos os países do mundo. E os não-judeus conquistarão Jerusalém, até que termine o tempo de eles fazerem isso. 

E Jesus continuou:
- Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. E, na terra, todas as nações ficarão desesperadas, com medo do terrível barulho do mar e das ondas. Em todo o mundo muitas pessoas desmaiarão de terror ao pensarem no que vai acontecer, pois os poderes do espaço serão abalados. Então o Filho do Homem aparecerá descendo numa nuvem, com poder e grande glória. Quando essas coisas começarem a acontecer, fiquem firmes e de cabeça erguida, pois logo vocês serão salvos.
"  

Meditação:

 Lucas escreve seu evangelho na década de oitenta, cerca de dez anos após Jerusalém ter sido destruída e seu texto inspira-se no fato já acontecido.

 Historicamente, a cidade de Jerusalém caiu e o Templo foi destruído pelas tropas do general romano Tito, na guerra do ano 70.

 O evangelista parte deste fato impactante, reinterpreta-o como um momento determinado por Deus na história da salvação.

 É um momento que marca o fim de uma época e o começo de outra: entre a queda de Jerusalém e a chegada da Parusia, Lucas introduz a época da missão.

Desta maneira, exorta os cristãos a não perder o contato com a realidade histórica enquanto esperam a segunda vinda do Salvador.

 Com acontecimentos e símbolos cósmicos, Lucas destaca a importância da chegada do Filho do Homem. Os cristãos devem aguardar este momento em atitude de expectativa gozosa.

Como em outros tempos, também hoje vivemos em um ambiente impregnado de idéias que provém de correntes catastróficas.

 A situação fragilizada do meio ambiente, de guerras, de novas doenças, etc., tudo isso pode transmitir desespero e pessimismo em relação a um futuro próximo.

 Mais do terror em vista do fim, o texto nos convida a uma atitude de otimismo e esperança, além de trabalhar com dedicação e empenho pelo estabelecimento do Reino entre nós.

A vinda do Filho do Homem é a libertação e o restabelecimento do humano e da vida, no que se manifesta a glória de Deus.

Estamos chegando ao tempo do Advento, tempo de espera e arrependimento. Ocasião propicia para que estejamos conscientes das nossas ações e atentos (as) ao que podem significar as coisas que acontecem ao nosso redor.

Jesus nos adverte dos fenômenos que acontecerão no mundo e com as pessoas antes da Sua vinda gloriosa. Se prestarmos atenção, muitos sinais já se fazem notar hoje, no mundo.

A maioria das pessoas se apavora quando ouve falar desses prognósticos, porém, os que têm a percepção dos ensinamentos evangélicos, compreendem que as palavras de Jesus vêm nos edificar e nos ajudam a manter a esperança na nossa libertação.

O mundo à nossa volta se angustia e sofre, realmente, como a mulher nas dores do parto, no entanto, isto é prenúncio de libertação.

Jesus mesmo nos esclarece quando diz: “Quando essas coisas começarem a acontecer, fiquem firmes e de cabeça erguida, pois logo vocês serão salvos.”.

Jesus já veio como homem e chegou para nós por meio do seio de Maria, se entregou por nós, foi crucificado, morto e ressuscitado para a nossa Salvação.

Não podemos mudar os prognósticos de Jesus, todos esses fatos já estão acontecendo. Porém, nas vésperas de mais um Natal nós podemos assumir o nosso posto de guardiões da fé sem temor, na certeza de que o tempo da libertação se aproxima e deixando que o Natal de Jesus aconteça primeiro no nosso coração.

 Reflexão Apostólica:

 Ontem enfatizávamos o LEVANTAR e CONTINUAR e hoje, após uma mensagem tão direta sobre o futuro do povo de Jerusalém, Ele diz para eles e para nós “(…) FIQUEM FIRMES E DE CABEÇA ERGUIDA, POIS LOGO VOCÊS SERÃO SALVOS”. Além de nós, quem hoje precisaria ouvir essa mensagem?

 Refletíamos essa semana do medo do futuro, da nossa facilidade em conjugar na prática verbos no futuro e no gerúndio e do nosso empenho pessoal (ou a falta dele).

 Hoje, às portas do Advento, momento propício para reconciliação, a escuta e principalmente da auto-reflexão, Jesus nos chama como missionários a buscar a ovelha perdida, a procurar aquele que se perdeu, aquele (a) que se esqueceu que é amado (a)… Quem é a primeira pessoa nesse perfil que vem a nosso pensamento?

 Talvez venha em nosso pensamento pessoas doentes então VISITE; talvez uma pessoa que passa por uma dificuldade, então ENCORAJE-A, PROPONHA. Se no seu pensamento veio uma pessoa muito querida que passou por uma perda ou se perdeu, ACOLHA-A, ACONSELHE-A, MOVA-SE.

 Por trás de passagens tão apocalípticas Jesus apresenta uma mensagem que denota sempre um recomeço.

 Esse novo START é dado a partir de uma atitude, uma fagulha, uma faísca dentro de cada um de nós.

 Nossa vida tende à INÉRCIA se não ficarmos a monitorando. Se fosse de nossa própria vontade, ao chegar cansados do trabalho, tomaríamos um banho e relaxaríamos (até dormiríamos) no sofá. Porém, algo nos inquieta, um coração pulsa; um pensamento caridoso nos “incomoda”.

Essa fagulha gerada pelo Espírito Santo nos levanta e nos lança ao desconhecido, longe da nossa zona de conforto, no entanto mais próximo daqueles que realmente precisam.

 Como explicar o empenho de um casal no interior de Sergipe que tem cerca de 30 filhos adotivos? Como entender a olhos humanos o gesto de João Paulo II ao ir à prisão e perdoar aquele que desejou sua morte mesmo ainda sentindo as dores do tiro que levou? Como dizer “não” a alguém que procura nosso ombro pra chorar? Como negar um conselho?

 O Advento que se aproxima é também um momento propício para oração. Pela oração conseguimos remover ou transpor problemas do tamanho de montanhas.

 Através dela, nos tornamos íntimos com o projeto do Pai e revestidos dessa proximidade divina não conseguimos mais fechar os olhos; nossos ouvidos começam a captar a verdadeira direção e nosso pensamento não se afastará. Talvez seja isso que deveríamos fazer todos os dias, não somente durante os problemas.

 Domingo, acenda a primeira vela em sua casa. Se puder decore sua sala, sua porta, (…)

 Propósito:

Pai, faze-se adequar meu existir à novidade que me é oferecida por Jesus, como dom teu à humanidade, de modo que eu possa usufruir dos benefícios de tua salvação.