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terça-feira, 24 de abril de 2018

EVANGELHO DO DIA 01 DE MAIO - DIA DO TRABALHO - SÃO JOSÉ OPERÁRIO



01 MAIO - Festa de São José Trabalhador.
As atividades intelectuais e aquelas manuais sejam equilibradas como dois meios que conduzem ao único fim: o serviço de Deus na imitação de São José. (L 207). SÃO JOSE MARELLO

Mateus 13,54-58

"Quando Jesus acabou de contar essas parábolas, saiu dali e voltou para a cidade de Nazaré, onde ele tinha morado. Ele ensinava na sinagoga, e os que o ouviam ficavam admirados e perguntavam:
- De onde vêm a sabedoria dele e o poder que ele tem para fazer milagres? Por acaso ele não é o filho do carpinteiro? A sua mãe não é Maria? Ele não é irmão de Tiago, José, Simão e Judas? Todas as suas irmãs não moram aqui? De onde é que ele consegue tudo isso?
Por isso ficaram desiludidos com ele. Mas Jesus disse:
- Um profeta é respeitado em toda parte, menos na sua terra e na sua casa.
Jesus não pôde fazer muitos milagres ali porque eles não tinham fé.
"
Meditação:

Os conterrâneos de Jesus O tinham visto partir como filho de carpinteiro, e agora O reencontram como Mestre, rodeado de discípulos.

É uma novidade que interpretam somente como vantagem social. Isso os impede de acolherem a Palavra de Deus e a explicação das Escrituras e a Sua revelação como o Ungido de Deus.

Vista a posição de Jesus neste prisma cria neles a impressão de que Jesus partiria acabando por deixá-los outra vez na sua pobreza.

É que no tempo de Jesus o judaísmo tinha suas esperanças na vinda de um messias que restauraria o antigo império de Davi, glorioso, segundo dizia a tradição.
 Estas esperanças tinham suas raízes na teologia de poder elaborada na corte dos descendentes de Davi. Visavam recuperar seu poder e seus privilégios.
 Na realidade, a realeza, consolidada, por Davi distorceu o ideal de igualdade e partilha característico da tradição de Moisés.

O projeto de Deus não é o de consolidar as estruturas de realeza e poder. O projeto de Deus é resgatar e promover a vida entre os pobres e excluídos, criando laços pessoais e sociais de fraternidade e partilha.

Este projeto nasce no meio do povo. Nasce em uma insignificante cidade da Galiléia, na casa de um simples carpinteiro, José. Este projeto nasce com a proclamação de seu filho Jesus de Nazaré.

Jesus reconhecidamente tem sabedoria e energia de comunicação. Mas sua origem humilde choca as pessoas submetidas à ideologia de poder do judaísmo.
 Rejeitado por aqueles seduzidos pelo poder, Jesus encontra acolhida entre os pobres e pequeninos que lutam para se verem livres da humilhação, da escravidão, das injustiças sociais, das drogas, da prostituição, da luxuria, da criminalidade, da violência e de todo tipo de pecado. Mas isso, não se faz sem trabalho.

É preciso passar pela escola da humildade, da simplicidade, da força de vontade. E a melhor escolinha é aquela de José, na insignificante cidade de Nazaré.
 Somos convidados a olhar para José, homem justo, que tirava de seu trabalho na carpintaria o sustento honesto de sua vida.
 Lançando nosso olhar para os nossos dias notamos uma grande distância dos homens entre si. Por causa do avanço da ciência e da técnica.

A técnica traz seus benefícios, mas às vezes não só substitui o trabalhador, mas até o escraviza ou pior ainda o neutraliza.

Para o mundo digital, quem não se desenvolve no manejo da ciência e da técnico é excluído. A pessoa passa para segundo plano porque as relações que marcam o mundo do mercado do trabalho são as da produção, do aumento do lucro, e não a vida e a dignidade da pessoa.
Na última parte do texto de hoje , Jesus nos dá um puxão de orelha. Porque muitas vezes fechamos os nossos ouvidos para acolher o conselho, a advertência e o ensino daqueles que não nossos parentes, familiares, vizinhos ou conhecidos.

Por outro, encoraja-nos a não desistirmos na nossa missão de anunciar o reino de Deus seja a que custo for. Jesus nos ensina que a tarefa é dura, sobretudo quando se trata de evangelizar a partir de dentro de casa.

Para Jesus também não foi fácil ser profeta na sua casa, na sua família. As pessoas duvidavam dele, não queriam acreditar no Seu poder e por isso mesmo Ele não fez ali muitos milagres.

Jesus é Aquele irmão que Deus nosso Pai nos enviou para nos mostrar o caminho que nos leva para o Céu. E então, precisamos estar atentos para acolher as pessoas que dentro da nossa casa nos abrem os olhos e são instrumentos de Deus para nossa conversão. Ouvidos atentos e coração aberto, porque o Senhor fala por meio de quem nós nunca nem esperávamos que falasse.

 Muitas vezes Deus nos manda Seus emissários que nos aconselham com palavras de sabedoria que Ele próprio sugeriu para nós. Porém, por ser essa pessoa, simplesmente alguém que é muito conhecido nosso, nós desprezamos as recomendações de Deus.
 Nesse caso, os milagres também não acontecem na nossa vida, e muitos problemas nunca serão solucionados por causa da nossa impertinência.

Abertos ao convite da conversão, do arrependimento e da acolhida ao Reino dos Céu, sejamos corajosos no anúncio do Evangelho a começar pelos nossos.

Reflexão Apostólica

Talvez essa seja uma das grandes verdades a serem superadas por nós: Será que Deus está falando através do meu irmão, mas eu insisto em por barreiras para escutar? O quanto consigo perceber que a dificuldade de ver ou ouvir está em mim e não naquele que me aconselha? O quanto estamos abertos para ouvir um conselho?

Uma verdade é certa, ainda temos profunda dificuldade em reconhecer nossos próprios erros e talvez seja essa a dificuldade ou barreira mais colocada, porém a menos vista para se ouvir. Em contrapartida, temos uma habilidade tremenda de procurar um culpado, uma “conspiração”, uma segunda intenção na fala das pessoas.

“A fome e a vontade de comer” num mesmo momento: Não querer ouvir associado aos pré-julgamentos que fazemos daquele que nos exorta.

Além dos fatos já narrados, Jesus era oriundo de uma cidade, uma região, um povo simples…; num tempo onde o povo se acostumou (ou foi obrigado a se acostumar) a ver a verdade vir apenas dos sábios e doutores da lei que advinham de uma classe social acima, de um povo nobre, estudado, (…). Jesus rompia assim mais um paradigma sócio-cultural.
Onde estão os profetas? Por que se calaram? Calaram-se ou, como antes, não são ouvidos?

Partindo desse ponto…

Chamo muita atenção daqueles que se encantam ao ver ou ouvir falar da oração em línguas. Um gesto ou dom muito comum nos grupos da renovação carismática, mas que precisaria ser olhado sob outra ótica. A oração em línguas mais que uma manifestação é TALVEZ a comprovação de muita gente naquele lugar esta sem fé e que precisa “ver para crer”. Precisamos mais de profecias do que línguas, mas pra isso precisamos ter fé.

(…) Assim, AS LÍNGUAS SÃO SINAL, não para os fiéis, mas PARA OS INFIÉIS; enquanto as PROFECIAS SÃO UM SINAL, não para os infiéis, MAS PARA OS FIÉIS. Se, pois, numa assembléia da igreja inteira todos falarem em línguas, e se entrarem homens simples ou infiéis, não dirão que estais loucos? Se, porém, todos profetizarem, e entrar ali um infiel ou um homem simples, por todos é convencido, por todos é julgado; os segredos do seu coração tornam-se manifestos. Então, prostrado com a face em terra, adorará a Deus e proclamará que Deus está realmente entre vós“. (I Co 14,22-25)

A condição nunca foi o estudo, o posto, a idade e sim fé. Se milagres não acontecem, um dos motivos é a nossa falta de fé. Repito, onde estão os profetas?

Estão na RCC, nas Pastorais, nos Vicentinos, no Cursilho, no ECC, nas ENS, no CRISTMA, no Decolores, na PJ, em meio aos catequistas, espalhados por todas as pastorais e também fora delas (…), mas por que não falam?.

Quando disse “fora delas” é porque devidamente acredito que Deus ainda suscita profetas onde mais precisa deles e onde ainda existe um fio de esperança nas pessoas.

Vejo profetas em meio a uma reivindicação social, nos que trabalham como voluntários em causas nobres e humanitárias. Vejo profetas lendo essa mensagem e levantando seu clamor a Deus. Vejo ainda esperança no matrimonio, nas famílias, nos jovens;;; Vejo Deus colocando profetas aonde se precisa.

Historicamente, os grandes estudiosos dividiram os profetas do Antigo Testamento em maiores e menores em virtude de sua atuação e compromisso popular, mas o que na verdade o que os diferenciava era a missão que Deus lhes confiou.

Reparemos Jesus, conhecido pelos estudiosos como o maior de todos os profetas, que nada fez de errado, foi condenado sem ao menos ser ouvido.

Assim, não engano, seremos nós em nossas casas, nossas famílias, no nosso trabalho, em nossa comunidade (…), mas como o mestre o fez, mesmo recenseados, não deixemos de falar, de ter fé, de profetizar a vida. A alguns Deus chamou para grandes obras sociais e a outros a pequenos reparos em suas (nossas) famílias.

A história um dia nos classificará como maiores ou menores, mas Deus nos oferece sempre a MAIOR missão que podemos suportar, sendo assim, a cada vitória uma nova missão na medida em que suportamos.

Quanto a não ser ouvido, demonstremos com a vida, não tem como não verem. Jesus assim o fez e por até os céticos reconhecem que Ele foi realmente grande.

Propósito: Ver além das aparências e reconhecer a presença de Deus nas coisas e pessoas mais simples do meu dia.
 
DECISÃO DO CORAÇÃO
Aquilo que você obtém é insignificante quando comparado com aquilo que  você irá fazer com o que já obteve. O tempo pode estar fechado e nuvens escuras pairam no céu, a conta no banco pode estar baixíssima, ainda assim, e os obstáculos ai estão diante de você. Porém, todas essas coisas não tem que necessariamente lhe impedir de ir em frente se assim você decidir em seu coração. 

São muitas as pessoas que reclamam incessantemente daquilo que tem em mãos. E tudo que elas querem são ouvidos pacientes que possam ouvir os seus lamentos. Felizmente, porém, existem aqueles que se mantém focalizados não naquilo que lhe foi dado, mas em como usar o que eles tem no melhor do seu potencial. 

A consistente e perseverante utilização de medíocres recursos irão – em última análise - trazer maiores benefícios do que a vasta e inconseqüente utilização de uma abundante riqueza. Não importa quais sejam as vantagens que outras pessoas possam ter sobre você, lembre-se apenas disto: Deus está ao seu lado e pronto para lhe assistir. Pense na maravilha que isso representa. Lembre-se, ainda, que vencedores vencem não porque a eles lhes foi dado permissão, mas eles vencem porque assim eles decidiram no coração.

Evangelho do dia 30 de abril segunda feira


30 ABRIL Vale mais um pensamento de caridade que se desenvolve no coração do nosso Cottolengo do que mil projetos filantrópicos que se procura promover à custa de milhões espremidos das veias do povo. (L 76). SÃO JOSE MARELLO
João 14,21-26
"Quem acolhe e cumpre os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele. Judas (não o Iscariotes) perguntou-lhe: "Senhor, como se explica que tu te manifestarás a nós e não ao mundo?" Jesus respondeu-lhe: "Se alguém me ama, cumpre a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não cumpre as minhas palavras. E a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. Eu vos tenho dito estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito."  
Meditação
 João é o evangelista que nos introduz na contemplação da Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. É uma contemplação que nos move interiormente à ação no cumprimento dos mandamentos de Jesus.
Os mandamentos de Jesus se realizam em toda a prática a favor dos homens e mulheres, promovendo a vida. O amor consiste em assumir estes mandamentos.
O amor de Jesus consiste em receber e cumprir os mandamentos. Ao longo do Evangelho, insistiu-se em que o amor é o supremo “mandamento” de Jesus.
Quem ama o Filho é também amado pelo Pai. É estabelecido um círculo de comunhão amorosa entre o crente, Jesus e o Pai. Talvez seja este o fundamento da fé. Crer é amar Jesus e amar o Pai. Certamente que a conseqüência lógica é o amor aos irmãos.
À pergunta de Judas Tadeu sobre sua manifestação ao mundo, a resposta de Jesus é uma reafirmação do anterior: sua manifestação se realiza através da morada do Pau e do Filho no interior do crente.
No texto aparecem elementos que se entrecruzam; a Palavra de Jesus é a Palavra do Pai; o amor de Jesus é o amor do Pai; escutar e viver a Palavra de Jesus é abrir-se à plenitude do amor. O Espírito Santo é quem confirma e ilumina a Palavra do Filho. Em última instância, a experiência de Deus se radica na morada da comunidade trinitária, Pai, Filho e Espírito Santo, no coração do discípulo.
"Em que consiste o novo mandamento"? Não precisamos responder. Até porque, Jesus já respondeu por você: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama.
O que devemos fazer é fazer um exame de consciência para ver se realmente é assim que temos vivido. O modo como guardamos os Seus mandamentos será a prova de fogo. Pois: E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele.
O requisito fundamental para que vejamos em nós a manifestação da glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo passa por amar a Deus sobre todas as coisas, ou seja, fazendo o estudo da Palavra, guardando os domingos e festas de guarda; e por último, amar as pessoas como a nós mesmo.
Ser cristão é viver o amor de Cristo e trabalhar para construir um mundo melhor.
Somos pessoas, e por isso nos relacionamos uns com os outros. Este relacionamento acontece ou é feito de várias maneiras numa convivência diária.
Conviver é viver com os outros, como amigos, isto é, demonstrando amizade sincera, isto é, desejando e fazendo para os outros exatamente aquilo que desejamos para nós, tratando os demais como nós gostaríamos de ser tratados também por eles.
Mas isso, só é possível na comunhão de amor com Jesus, que está unido com Deus-Pai e o Espírito Santo na eternidade. Ele nos convida a nos unirmos com Ele e neste propósito, como discípulos devemos contar com a presença do Espírito Santo, que é a luz de seus passos.
Antes, Jesus afirmara que iria ao Pai para preparar uma morada para os discípulos. Agora, fica esclarecido que esta morada não é em outro lugar distante, no céu, mas no próprio discípulo que guarda sua palavra. Segue nova afirmação da união com o Pai: a sua palavra é a palavra do Pai.
A habitação divina nos discípulos completa-se com o envio do Defensor, o Espírito Santo. Sua missão é revelar a presença de Jesus nas comunidades, iluminar suas palavras e fortalecer a fé dos discípulos.
Só tendo o Espírito Santo em nós conseguiremos cumprir o mandamento do amor. E a medida desse amor é o próprio Jesus: A pessoa que não me ama não obedece à minha mensagem. É preciso que amemos a Deus sobre todas as coisas e amemos ao próximo como a nós mesmos.
Reflexão Apostólica:  
Jesus se manifesta e é encontrado no amor. Neste amor se tem a presença de Jesus em união com o Pai. A afirmação de Jesus de que se alguém o ama e cumpre sua palavra, ele e o Pai virão e farão nesse a sua morada, significa a participação na vida divina e eterna já neste mundo, na comunhão do amor de Deus.
A maior prova do amor à Jesus passa pela obediência, não cega mas sim iluminada pela fé nas palavras e obras do Mestre. Jesus inspira e fundamenta nossas ações e nosso modo de viver. Seu exemplo de amor e de misericórdia nos arrasta para a contemplação da beleza da vida e a certeza da vida eternidade em Deus.
Observar e obedecer suas palavras é seguir o caminho, ao longo do qual se dá o encontro com o Pai na vivência da partilha, da fraternidade e da solidariedade com os excluídos e oprimidos da nossa sociedade.
No seu amor nos tornamos sacramentos da vida, sinais visíveis de sua presença entre nós. Ai brota nossa responsabilidade cristã: manifestá-lo ao e no mundo!
Muitas vezes nos ocupamos com coisas inúteis! Deixando de lado o fundamental. Não percamos tempo em coisas que não são essenciais para nossa vida, deixando-nos conduzir por aquelas que nos aproximam dele e sobretudo da Palavra.
Pela palavra todos nós somos orientados para participamos da vida do Único e verdadeiro Deus, O de Jesus Cristo, para que abraçando o dom da fé consigamos descobrir quer a nossa origem quer o nosso destino, a nossa pátria definitiva.
O encontro, a comunhão com a vida divina e eterna são o conteúdo da Palavra que com intensidade e fervor Jesus anunciou ou Apóstolos, discípulos e continua dirigindo à nós.
Depois de tudo o que Jesus fez e falou, já não há motivos de dúvidas nem de desespero. Até porque a santidade do nosso viver ainda na terra é garantida pela força vivificadora do Espírito Santo.
A missão do Espírito Santo é recordar tudo o que Jesus disse, fez e ensinou. Ele nos revela a presença real de Jesus entre nós, iluminando sua Palavra e fortalece a nossa fé enquanto entre dores, dificuldades, tristeza, traições vemos como que entre sombras e, mas também entre alegrias, vitórias e triunfos, vislumbramos com toda a certeza enquanto, caminhamos a manifestação gloriosa de Deus, nosso Pai.
Cabe a nós sermos obedientes à Palavra feita Carne! Deixe a luz do Céu entrar no seu coração. Abramos bem as portas de nossas almas, dos nossos espíritos para que transfigurados pela Palavra fiquemos cheios de esperança de ver chegar a hora de vencer, triunfar sobre tudo e todos em nome e no poder de Jesus.
Um cristão comum afirma com facilidade que crê em Jesus e o ama; o difícil é aplicar na vida diária a fé que afirma professar. O amor a Jesus tem que ser notado em tudo o que dizemos e fazemos.
Para consegui-lo, o evangelho dá duas pistas importantes: adesão a Jesus e cumprimento dos mandamentos. A resposta à inquietação de Judas Tadeu por que o Senhor não estaria se manifestando ao mundo, não significa repudiar o mundo como tal, mas ao falso mundo, dominado pelas autoridades judaicas e romanas; um mundo que despreza o reino de Deus.
A manifestação do Jesus - Messias se dará, não com exércitos nem palácios imperiais, mas com sinais que toquem a consciência de cada pessoa.
Se conseguirmos que em nossa consciência se cultive o amor de Jesus, crescerá nossa motivação para melhorar nosso ambiente familiar e social; e sentiremos que Jesus vem em cada obra boa que façamos.
A ausência física do Mestre preocupa os discípulos. Mas não há que se preocupar: o Espírito Santo está conosco; ele nos ensina, recorda-nos e nos torna atual a palavra de Deus. Recordemos que Deus continua falando hoje de muitas maneiras, em diversos tempos e lugares, e a diversos povos e culturas.
Propósito:
Pai, desperta em mim o desejo e a disposição de amar Jesus e de pôr em prática as palavras dele. Assim, estarei seguro de ser amado por ti e de viver em comunhão contigo.

CURANDO FERIDAS
Não existe cura sem perdão.  
Quando você culpa os outros pelos seus problemas, você passa a dar a eles o controle sobre a sua vida. Liberte-se da sua própria ira, do seu ressentimento e você encontrará um espaço muito maior para a serenidade e abundância. Já é ruim o suficiente se alguém o feriu no passado. Existe, porventura, algum valor em permitir que essa pessoa continue a manipulá-lo e fazê-lo sofrer, ainda que à distância? 

A sua melhor estratégia não é a de prolongar a sua dor ou expandi-la. A sua melhor estratégia é superar e colocar tudo isso no passado e o mais rapidamente possível. Não importa se essa pessoa merece ou não seu perdão; esse não é o ponto. O ponto é que você precisa perdoar a fim de adquirir controle sobre a sua vida de tal maneira que você possa viver de forma plena e abundante. 

O seu perdão pode não fazer absolutamente nenhuma diferença àqueles que você perdoou e talvez eles nem sequer tenham consciência desse ato. Porém, para você, isso faz toda a diferença no mundo! Quando é você que está sentindo a dor, cabe também a você iniciar o processo da cura. Cure a ferida, libere perdão, liberte-se do câncer emocional que é o ressentimento e viva uma vida genuinamente abundante.

EVANGELHO DO DIA 29 DE ABRIL - 5º DOMINGO DA PÁSCOA



29 abril - O mundo sofre por falta de fé, de esperança e de caridade. (L 25). São Jose Marello

João 15,1-8
""Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, ele corta; e todo ramo que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais limpos por causa da palavra que vos falei. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada podeis fazer. Quem não permanecer em mim será lançado fora, como um ramo, e secará. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. Se permanecerdes em mim, e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será dado. Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.""
  
Meditação
João, no seu evangelho, inicia a alegoria da videira com a última auto-proclamação de Jesus: "Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o agricultor".

Por várias vezes o evangelista João utiliza o gênero da auto-proclamação para revelar a identidade de Jesus. Este gênero já estava em uso nas religiões da antiguidade e foi assimilado na narrativa da revelação de Javé no Sinai. O "permanecer" aparece oito vezes neste texto, e é o núcleo de sua mensagem.
A comparação da vinha é comum nos escritos do Antigo Testamento, para descobrir a relação de Deus com seu povo, uma vez que as uvas eram cultura de subsistência na Palestina, não causa surpresa que o Senhor usasse a videira como um símbolo de seu povo, Israel (Sl 80,8-16; Jr 5,10; 6:9; Ez 15,1-8; 19:10-14).

As imagens da videira simbolizavam o fracasso de Israel em cumprir as expectativas do Senhor (Os 10,1-2). Suas uvas eram selvagens e sem valor, apesar do cuidado do Senhor com sua vinha (Is 5,1-7; Jr 2,21). Israel fracassou. Mas Jesus é a verdadeira videira, cumprindo o chamado e o destino de Israel.
A videira para os judeus representa o povo de Israel. E era considerada a arvore da vida para os gregos e romanos. E sabendo do simbolismo e da importância da videira naquela época, no evangelho de hoje Jesus diz aos seus discípulos: "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor... e vos os ramos". Jesus se compara à videira, o Pai é o agricultor, e os ramos somos nós.

João põe na boca de Jesus esta comparação para explicar a relação da comunidade discipular com ele. Assim como os galhos devem estar muito unidos à videira para que possam dar frutos abundantes, também o fiel deve estar estreitamente unido a Jesus, de onde procede a vitalidade para dar frutos abundantes. Estes frutos são a prática da justiça, a alegria, a fraternidade, a paz.
Se não se estiver unido a Jesus não se pode dar bons frutos. É como o caso de um galho cortado, que seca e não produz frutos.

A glória do Pai está em que os discípulos de Jesus dêem abundantes frutos que contribuam para a transformação do mundo.
A seiva do amor que une Jesus e os discípulos cria laços entre as pessoas, leva à fraternidade, à solidariedade e comunica a vida. O Pai é glorificado pela comunidade unida, comprometida com a justiça e transformando o mundo pelo amor.

Quem ama com ações e de verdade permanece em Deus. É permanecendo em Jesus que os discípulos produzirão os frutos que são do agrado do Pai.

No evangelho de hoje Jesus deixa muito clara, como o Pai está unido a Ele, e nós a Jesus. Enquanto estivermos ligados a Jesus, ao tronco, recebemos dele a seiva que vem do Pai, e temos vida, temos amor.

Ao nos desligarmos dele, nos distanciamos de Jesus e do amor do Pai, em conseqüência a vida perde o sentido, seca e morre.

Unidos a Ele glorificaremos ao Pai com nossas ações pelo Reino. Temos a garantia de Jesus, que permanecendo unidos a Ele, poderemos pedir o que quisermos e nos será dado e, como somos comprometidos e aderimos a Jesus, sabemos que devemos ter cuidados com o pedimos.

Deixemos de ser egoístas e, pensando no evangelho de ontem, peçamos a paz de Cristo, para nós, para o mundo. Peçamos força, coragem e perseverança, para continuarmos firmes em nossa caminhada em busca da justiça, do amor fraterno, para que permaneçamos sempre unidos a Cristo, e assim produzir frutos de amor, de vida.

Reflexão Apostólica:  
Por oito vezes Jesus usa o verbo “permanecer” no Evangelho de hoje. Porque tanta relutância neste assunto? A única explicação é que a permanência em Cristo é o núcleo fundamental da sua mensagem.
Permanecer em Jesus é acolher sua palavra e seu exemplo, e procurar colocá-los em prática. É permanecendo em Jesus que os discípulos produzirão os frutos que são do agrado do Pai.
A seiva do amor que une Jesus e os discípulos cria laços entre as pessoas, leva à fraternidade, à solidariedade e comunica a vida.

Para que nós sejamos ramos frutíferos precisamos ouvir e guardar bem as palavras do da verdadeira videira: Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Para que mais uvas cresçam, o Senhor poda os ramos, removendo os rebentos inúteis e tudo o que poderia desviar a força vital da produção.
A poda é dolorosa, mas necessária porque muitas coisas sugam nossa força e nos impedem de dedicarmo-nos à produtividade.
Precisamos de uma boa capina e poda. Portanto deixa-se corrigir. A outra coisa exigida para produção de fruto é permanecer na videira.
Sem a ligação vital com a videira, o próprio ramo murcha e morre. Isto leva à segunda responsabilidade principal desta passagem.

Permanecer em Jesus é essencial para viver e frutificar. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Aqueles ramos que permanecem em Cristo produzem muito fruto, pois, casos contrários serão colhidos e lançados no fogo.
É a pura verdade que Jesus nos diz: sem mim nada podeis fazer. Separado de Jesus, você nada pode fazer nada para melhorar a sua, vida, sua família, sua alma e nem sua relação com Deus.

Muitos tentam andar sós, pensando que sua bondade e discernimento produzirão fruto sem se apoiar no Senhor. Se você também está pensando e agindo desta maneira está enganado. Somente através de Jesus somos capazes de cumprir a justiça e a verdade que o Senhor espera que produzamos.
Para isso Jesus permanece em nós através de suas palavras: Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós.
Alguns buscam divorciar Jesus do que ele diz e procuram uma relação com ele sem prestar cuidadosa atenção à palavra dele.

Eles dependem de sentimentos, emoções e experiências. Mas, de fato, Jesus mora em nós somente até o ponto em que sua palavra e seus ensinamentos permanecem em nós.
Precisamos lembrar-nos constantemente do que Jesus disse e meditar nisso de modo que ele possa viver poderosamente em nós.
O outro modo pelo qual Jesus permanece em nós é ao guardarmos os seus mandamentos: Se guardardes os meus mandamentos permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.

Peçamos pela união das famílias, para que exista a união entre os cristãos. Com certeza se cada um de nós fizer a sua parte, unidos a Jesus, poderemos sim transformar nossa comunidade, nossa família, ter uma sociedade sem corrupção, violência, injustiças... Onde predomine o amor e a valorização da vida.
Peçamos ao Pai do céu que nos dê a graça de manter uma ligação ininterrupta, uma relação ativa e constante com Jesus de quem dependemos para produzir os frutos que espera de nós.

Propósito:
Pai, reforça minha união com teu Filho Jesus, de quem dependo para produzir os frutos que esperas de mim.

2º MEDITAÇÃO

O texto de hoje inicia a seção do quarto evangelho que tem os trechos que mais se aproximam aos discursos da vida pública de Jesus nos Sinóticos. Aqui temos um exemplo raro duma parábola em João – a da vinha e dos ramos, uma metáfora que expressa o amor íntimo entre Jesus e os seus discípulos. Em contraste, o seguinte segmento (15,18-16,4) vai tratar do ódio do mundo para com os seus seguidores. O evangelho nos apresenta mais uma auto-proclamação de Jesus: "Eu sou a videira...". Com a imagem do agricultor, da videira e seus ramos, Jesus realça a plena comunhão com ele e com o Pai, a que somos chamados.

No Antigo Testamento, freqüentemente se retrata Israel como a vinha (ou videira) escolhida de Deus, que ele tem cuidado com muito amor, mas que deu frutas amargas. Na primeira parte de João, vimos como Jesus substitui as instituições e festas judaicas; agora ele se manifesta como a vinha do Novo Israel. Se ficarem unidos a ele, os cristãos darão somente frutos que agradarão ao vinhateiro – o Pai. No Antigo Testamento Deus muitas vezes ameaçava podar ou até desenraizar a vinha improdutiva. Embora a vinha do Novo Israel não falhará, sempre haverá ramos secos a serem tirados e queimados.

Na base deste texto está a imagem da videira e da vinha como símbolo do povo de Deus, Israel. Diversos textos do Antigo Testamento falam da videira referindo-se ao povo e a Deus como seu agricultor. Talvez quem expresse melhor a relação entre a videira-povo e Deus agricultor é onde se resume a história da relação desse povo com Deus nestes termos: “Pois bem, a vinha de Javé dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a sua plantação preciosa. Deles esperava o direito, mas o que produziram foi a transgressão; esperava a justiça, mas o que apareceu foram gritos de desespero”. Chama a atenção que Jesus se defina a si mesmo como videira verdadeira. Em outras partes do evangelho se define como luz verdadeira ou como verdadeiro pão do céu.

Jesus é a Videira, o tronco, a Cabeça da Igreja; e nós somos seus ramos, seus membros. É a realidade da Igreja fundada Nele e por Ele, para trazer de volta a humanidade para Deus.  Além de ser uma comunidade de fé, de esperança e de amor, Cristo a constituiu sobre a terra como um "organismo visível", para levar a humanidade toda a Deus. Ao mesmo tempo ela é uma Assembléia visível e uma Comunidade espiritual; uma só realidade, ao mesmo tempo humana e divina.

Esse mistério pode ser comparado ao mistério da Encarnação do Verbo, como diz o Concílio: "Pois, assim como a natureza assumida pelo Verbo divino lhe serve de órgão vivo de salvação, a Ele indissoluvelmente unido, de modo semelhante a estrutura social da Igreja serve ao Espírito de Cristo, que a vivifica, para fazer produzir o seu corpo místico".

É o mesmo que São Paulo ensina aos Efésios:"É por Ele [Cristo] que todo o Corpo - coordenado e unido por conexões que estão a seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria - efetua esse crescimento, visando à sua plena edificação na caridade".

Jesus quis dotar a Sua comunidade de uma estrutura que permanecerá até a consumação do Reino de Deus. Como toda sociedade formada de homens e mulheres, Cristo sabia que sem uma hierarquia, ela jamais poderia subsistir.

A família tem necessidade do cabeça, o marido; a cidade precisa de um prefeito; o Estado precisa de um governador; o país precisa ter o seu presidente. É conhecido o provérbio que diz: "Dois capitães afundam um navio". Isto é verdade também para a Igreja, por ser ela formada de pessoas humanas.

Antes de tudo o Senhor quis escolher os Doze, com Pedro como o seu Chefe; a cabeça visível. "Designou Doze entre eles para ficar em sua companhia. Ele os enviava a pregar, com o poder de expulsar os demônios. Escolheu estes Doze: Simão a quem pôs o nome de Pedro...".

Em primeiro lugar Jesus confiou o Reino de Deus aos Apóstolos: "Eu, pois, disponho do Reino a vosso favor assim como o meu pai o dispôs a meu favor, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos senteis em tronos para julgar as doze tribos de Israel".

Com Jesus começa uma nova humanidade. Desta nova humanidade-videira participam os ramos-seguidores na medida em que estejam unidos e identificados com a videira e dêem frutos. Isto é, cumpram sua missão de amar sem medida. O ramo que não se converte em nova criatura, modelado à imagem e estilo de Jesus, isto é, o que não responde à vida que recebe de Jesus e não a comunica a outros, não serve para nada. Ao negar-se a amar e não fazer caso ao Filho–videira verdadeira, se coloca sob a reprovação de Deus.

O ramo que não dá fruto é aquele que pertence à comunidade, porém não responde ao Espírito, o que come o pão, porém não se assemelha a Jesus. Ao que dá fruto o Pai o poda, fazendo-o que elimine os fatores de morte que estejam nele, fazendo-o cada vez mais autêntico e mais livre, e aumentando, deste modo, sua capacidade de entrega e eficácia.

Jesus exorta a seus discípulos a renovarem sua adesão a ele, olhando o fruto que hão de produzir. A união com Jesus não é algo automático nem ritual. Pede a decisão pessoal, à iniciativa dos discípulos responde a fidelidade de Jesus (eu permanecerei convosco). Este união mútua entre Jesus e os seus, vistos aqui como grupo, é a condição para a existência da comunidade, para seu crescimento e para que produza fruto. Os discípulos não terão verdadeiro amor ao ser humano sem o amor a Jesus, e sem amor ao ser humano não há fruto possível.

O ramo não tem vida própria e, portanto, não pode dar fruto por si; necessita da seiva, ou seja, o Espírito comunicado por Jesus. Interromper a relação com Ele significa desligar-se da fonte da vida e reduzir-se à esterilidade. Permanecendo em Jesus, ele próprio permanecerá no discípulo, em comunhão de amor com o Pai. É o dom da vida eterna ao discípulo, a qual não lhe será tirada.

A participação em Jesus representa querer conformar-se a Ele. Esta é a sublimidade da realidade espiritual cristã, ou seja, a vivência plena de um cristocentrismo que leva o homem a ser visto e interpretado inteiramente à luz do mistério de Cristo.

“Todos os homens são chamados a essa união com Cristo, que é a luz do mundo; dele viemos, para ele vivemos, a ele nos dirigimos”. Aliás, o próprio Jesus asseverou: “Eu sou a videira e vós os ramos” e a ordem do Pai foi esta: “Este é o meu filho amado, escutai-O”. Jesus Cristo vive em seus epígonos e alarga o espaço dentro do coração de cada um, fazendo-o disponível a acatá-lo e a amá-lo.

A Bíblia sempre insiste que o fruto que Deus quer é a prática da justiça e solidariedade. Este tema perpassa a Bíblia toda, tanto no Antigo como no Novo Testamentos. Mas os cristãos somente poderão dar este fruto agradável se ficarem unidos a Jesus, pois “sem mim, nada poderão fazer”. Mais uma vez volta-se à idéia que é pelos frutos que se conhece a árvore. Com uma das piores distribuições de renda no mundo, com uma das maiores concentrações de terras nas mãos de poucos, com índios e sem-terra marginalizados, com tanta gente sofrida, talvez muita coisa tenha que ser podado pelo Pai, para que realmente sejamos a verdadeira videira na vinha do Senhor. Sem dúvida, há muita coisa realmente boa acontecendo nas comunidades cristãs do Brasil, bem como na sociedade civil em geral, mas o teste mesmo é a construção duma sociedade baseada na princípios de justiça, fraternidade e solidariedade e não no lucro, competitividade e na lei da selva.

Até há pouco tempo, um dos sentimentos mais comuns em todas as camadas da sociedade era a da impotência. Parecia que éramos sem forças diante do rolo opressor do sistema hegemônico, do neo-liberalismo, da globalização, das forças do mercado. A arrogância estadunidense, confiante na força das suas armas e no poderio econômico, podia ter reforçado este sentimento. Seria fácil cairmos na tentação de desistir da luta para melhorar a sociedade, pois os resultados parecem ínfimos. Por isso urge cada vez mais ficarmos unidos a Jesus, na oração e no compromisso, a ele que parecia também um derrotado, mas que teve a vitória final na Ressurreição. Se sem ele, nada podemos fazer, o contrário é também verdade – com ele tudo podemos! Talvez não de maneira que gostaríamos, mas sem dúvida como co-construtores com ele do Reino de Deus.

As dificuldades enfrentados pelos movimentos populares em favor do excluídos e pelos setores mais comprometidos das Igrejas, os sofrimentos dos mártires da caminhada e das suas famílias, são podas – mas podas que darão mais fruto ainda. Como as forças opressoras do Império Romano aliadas às elites do judaísmo não conseguiram matar o projeto de Jesus, nem as forças opressoras de hoje conseguirão matar o crescimento do Reino entre nós — uma vez que fiquemos unidos a Ele, e entre nós, pois “sem mim, nada poderão fazer”!

Recentemente, aprendemos a fazer um enxerto e compreendemos como é íntima e absolutamente imprescindível a seiva da planta mãe. Todavia a árvore vai desenvolver-se a partir do enxerto. O sucesso do enxerto não depende muito da sua qualidade, nem depende só da qualidade da receptora, depende sobretudo da qualidade da relação que se estabelece entre as duas. A planta que é enxertada tem de ser colocada dentro da planta receptora, totalmente envolvida e estreitamente unida. Penso que a figura do enxerto é muito significativa pois o Senhor nos oferece a possibilidade de viver com a força da sua seiva.

 UM NOVO VALOR
É natural ser negativo. Mas isso não significa que você deva deixar a negatividade controlar a sua vida. É normal se preocupar. Porém a preocupação não realiza absolutamente nada uma vez que existe maneiras muito melhores de usar o seu tempo e sua energia. 

A situação em que você se encontra poderia ser muito pior, porém as chances dela melhorar são muito melhores. Você não sabe o que o futuro irá lhe trazer. Portanto, a sua melhor estratégia é se manter positivo e retirar o melhor do presente. 

Hoje é um dia onde você pode - pela graça de Deus - fazer um real progresso, prossiga rumo ao seu alvo, coloque um sorriso no seu rosto e traga um novo valor à sua vida neste exato momento.

Evangelho do dia 28 de abril sábado


 28 abril - O catecismo é o livro por excelência. Bem vulgar seria quem o quisesse taxar de vulgaridade. Este livro revela com eficácia admirável toda a utitlidade da religião e faz de um garoto de dez anos um pensador profundo, que possui todos os grandes princípios da
verdadeira filosofia e está à altura de discorrer a qualquer momento sobre a essência e os atributos de Deus, falando sem confusão da Unidade e da Trindade, da geração e da procedência das Pessoas Divinas, que conhece a gênese do mundo, a queda do homem,
a vinda do Restaurador, a necessidade da graça e os meios que a difundem, o sacramento da reconciliação e a comunhão da oração. Sem dúvida alguma, nenhum
filósofo poderá encarar um menino cristão na exposição exata das grandes verdades que constituem o patrimônio da nossa religião. (L 25). SÃO JOSE MARELLO

Leitura do santo Evangelho segundo São João 14,7-14
"Se me conhecestes, conhecereis também o meu Pai. Desde já o conheceis e o tendes visto". Filipe disse: "Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta". Jesus respondeu: "Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: 'Mostra-nos o Pai'? Não acreditas que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Crede-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Crede, ao menos, por causa destas obras. "Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai. E o que pedirdes em meu nome, eu o farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei."  

Meditação

O diálogo de Jesus com os discípulos revela o contraste que há entre a imagem de Deus, recebida da oficialidade religiosa por estes homens e mulheres de seu tempo, e a que estão recebendo agora, por meio de Jesus. E fica o manifesto de que não é nada simples para eles estabelecerem com toda clareza de que lado se encontra a imagem genuína de Deus.

É que em todas as épocas da história humana e, especialmente no que concerne à dimensão religiosa, sucede sempre um fenômeno muito especial: enquanto Deus busca se revelar sempre de modo mais patente e claro, os “funcionários” da religião sempre encontraram a maneira de estabelecer barreiras e impedimentos que evitem essa aproximação direta e simples de Deus.

Pois bem, em Jesus se manifesta esse desejo terno de Deus caminhar ombro a ombro com seus filhos e filhas, de revestir-se de humanidade, sem temor de perder sua dignidade divina; mas é tão absolutamente humano que talvez por isso os discípulos não possam captar essa presença.
Senhor mostra-nos o Pai, e isso nos basta! Esta foi a preocupação de Filipe no Engelho de hoje e pode ser a de muitos diante de uma situação sem solução humanamente falando. Jesus, no quarto evangelho, fala freqüentemente da sua relação com o Pai, da sua união com Ele, pelo fato de ter sido enviado por Ele.
Ontem como hoje, os discípulos, agora representados por Filipe, queriam algo mais: uma visão direta do Pai. E então respondendo Jesus Se lhes revela: Eu estou no Pai e o Pai está em mim! Sua essência com o Pai é a mesma. Ele é o eterno Filho de Deus. Nele, por ele e para ele, foram criadas todas as coisas.

Mas esse desejo estava em contradição com aquilo que já nos aparece no prólogo de João: A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigênito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer (Jo 1, 18). Mas os discípulos não souberam reconhecer na presença visível do seu Mestre as palavras e as obras do Pai porque, para ver o Pai no Filho, é preciso acreditar na união recíproca que existe entre ambos.
Só pela fé se reconhece a mútua imanência entre o Jesus e o Pai. Por isso, a única coisa que havemos de pedir é a fé, esperando confiadamente esse dom. Jesus ao apelar para a fé, apóia os seus ensinamentos em duas razões: a sua autoridade pessoal, tantas vezes experimentada pelos discípulos, e o testemunho das suas obras.
A obra de Jesus, inaugurada pela sua missão de revelador, é apenas um começo. Os discípulos hão-de continuar a sua missão de salvação, farão obras iguais e mesmo superiores às suas. Jesus quer mesmo dar coragem, aos seus e a todos os que hão-de acreditar n´Ele, para que se tornem participantes convictos e decididos na sua própria missão.
Jesus falou muito do Pai. Filipe entusiasmou-se e pediu a Jesus que lhe mostrasse o Pai. Mas o Senhor respondeu-lhe: Quem me vê, vê o Pai. Filipe queria ver o Pai, mas não conseguiu vê-lo em Jesus. Ao contemplar o Mestre ficou pela realidade externa, não conseguindo atingir o interior, a sua realidade íntima, com o olhar penetrante da fé. O verbo «ver», para João, indica duas ordens de realidades: a do sinal visível e o da glória do Verbo.

Eu estou no Pai e o Pai está em mim. Jesus é a revelação de amor, de um amor generoso que quer espalhar-se sem limites, que não tem ciúmes: quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas.
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto de ti.

Reflexão Apostólica:

Como vimos, no Evangelho de hoje, Jesus enfatiza aos seus discípulos que já conhecem o Pai porque o tinham visto e conhecido a ele. Esta afirmação provoca a intervenção de Felipe: “mostra-nos o Pai”.
Sabemos que se trata de um recurso pedagógico empregado pelo autor do quarto evangelho para aprofundar um tema teológico dando-lhe a relevância necessária.
Jesus interpela a Felipe com o mesmo tema que em passagens anteriores veio trabalhando: ele e seu Pai são uma mesma realidade.
Entre eles existe uma comunhão tão íntima, tão profunda que aquele que vir a Jesus – o Filho – vê o Pai. Mas o assunto é ainda mais profundo: crer em Jesus é crer nas obras que ele realiza como provenientes do Pai.
Por sua vez, quem crê em Jesus é chamado a realizar suas mesmas obras, e inclusive maiores. De tal forma que a fé em Jesus não é uma simples adesão, mas implica um modo de agir segundo a ação do Pai revelado na pessoa de Jesus.
A comunhão íntima de Jesus com seu Pai não é compreensível para Tomé e Filipe. Não entendem que conhecendo Jesus conhecem o Pai.

O verbo “conhecer” não se refere à ação de ver e gravar uma imagem na memória, mas, sobretudo, ao desejo profundo de experimentar Jesus em nossa vida e de aderirmos sem desculpas a seu projeto de anunciar o reino de Deus. Em outras palavras, conhece a Deus e a Jesus quem faz a vontade do Pai.
Do mesmo modo que Filipe são muitos os que pensam que conhecem Jesus porque o visitam nos templos e lá rezam. Na prática, porém, não o conhecem realmente porque sua vida é dominada por atitudes egoístas, injustas ou violentas.
Poderíamos dizer que a fé e as obras nos permitem conhecer Jesus e o Pai, mas também são nossas obras que permitem que Jesus e o Pai nos conheçam. A fé e as obras são o eixo em torno do qual deve girar a vida cristã.
Quando rezarmos, devemos fazê-lo em nome de Jesus. Assim sentiremos a glória de Deus como um cinzel que, com nossa colaboração, vai esculpindo sem descanso um mundo com rosto alegre, fraterno e justo.

Temos nosso olhar do coração fixo nas ações de Jesus, para que realizemos as obras do Pai? Agimos em nome do Pai, ou pretendemos fazer nosso próprio capricho utilizando o nome de Deus?

Propósito:
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto de ti.

VEJA O MARAVILHOSO
Na vida existe valores muito maiores do que alguém sequer possa imaginar. Portanto, não pare de imaginar. As grandes, portentosas e incríveis realizações teve inicio na imaginação de alguém. Muito do que você hoje usufrui no conforto do seu lar nada mais é do que o fruto da imaginação de alguém. 

Daquilo que você imagina, uma semente é plantada. Quanto mais linda e empolgante for essa imaginação mais energia você dá a ela. Por outro lado quando você se depara com dificuldades a tendência é imaginar e esperar pelo pior. Porém, isso só faz magnificar e intensificar os seus problemas. 

Em vez disso, imagine o melhor. Imagine a mais brilhante, mais atraente e a mais incrível versão positiva da vida – esta vida criada por um Deus essencialmente rico de infinita imaginação. Ao se concentrar nesse atributo de Deus você se dará conta de que é impossível não ficar maravilhado pelo maravilhoso, pelo belo e por tudo que este Deus criou nesse imenso e inescrutável universo!

Evangelho do dia 27 de abril sexta feira


27 - É preciso voltar ao catecismo, o livro por excelência, que contém uma verdade, um conselho, um ensinamento para todos: aos reis ensina a arte de governar e ao povo delineia os princípios de igualdade e de liberdade; ao poder legislativo fornece os critérios
da legislação; orienta o funcionário na administração dos bens públicos; aponta aos magistrados os caminhos da justiça; revela ao operário a honestidade no trabalho; garante ao rico seus direitos de propriedade e ao pobre assegura o pão cotidiano da
caridade. (L 25). São Jose Marello
João 14,1-6
""Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fosse assim, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós. E depois que eu tiver ido e preparado um lugar para vós, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho". Tomé disse: "Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?" Jesus respondeu: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim."  

Meditação
O diálogo entre Jesus e seus discípulos se dá no contexto dos discursos de despedida, na véspera de sua Paixão. Está cheio de mal-entendidos e interrogações a fim de rechear o texto com dinamismo.
Jesus diz a seus discípulos que se mantenham firmes na fá. Ele irá lhes preparar uma morada na casa do Pai, e logo voltará para levá-los para que possam estar sempre juntos numa profunda e eterna comunhão.
Porém, os discípulos, representados em Tomé, não conseguem entender o sentido das palavras do Mestre. Apesar de terem tido um longo tempo de convivência, escutando e sendo testemunhas de Jesus, ainda não conseguiram compreender a profundidade de sua mensagem.
Parece que sua mentalidade imediatista, seu messianismo triunfalista, os impedem de ver que o projeto de Jesus transcende as coordenadas espaço - temporais.
Jesus é caminho, quer dizer, processo de crescimento e amadurecimento da experiência de fé; é verdade, porque é transparência de Deus; é vida, porque participa da fonte suprema da vida inesgotável.

Também nós tendemos a materializar e minimizar o projeto de Deus. Esquecemo-nos facilmente de que o reino de Deus é o próprio Jesus, que se converte em força transformadora das pessoas e de todas as realidades criadas.
O nosso Deus é um Deus presente. É preciso vivermos a certeza de que Ele está no meio de nós dando-nos forças e coragem para que cada dia avancemos seguindo rumo à meta.
Sabemos que o caminho é duro de mais. E Muitas vezes parece infindo. E o melhor e sentar e desistir. Todavia, o mérito, a vitória, o segredo ou seja o trunfo de tudo isto está saber que enquanto caminhamos ouçamos e sintamos ecoar dentro de nós as santas palavras de Jesus: Não se perturbe o vosso coração. Creiam em Deus e creiam também em mim.
Com Jesus e por Jesus nós somos mais do vencedores. Ele é a única solução da nossa vida. Ele é o caminho que nos conduz à casa do seu e nosso Pai. Quero relembrar a figura da porta. Jesus é a porta de entrada para a casa do Pai.

Se com fé, confiança e perseverança clamares por Ele. Virá erguê-lo ainda que estejas no fundo do poço. Por com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mudado.
Isto não são falácias, sofismas. Quem nos garante é ele mesmo: quando eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também.
Na dúvida de Tomé, Jesus já respondeu a minha e a sua dúvida. Portanto, creia, acredite, professe a sua fé em Jesus que é o caminho, a verdade e a vida que nos conduz até Deus nosso Pai.

Reflexão Apostólica: 

O anúncio da partida de Jesus cria um ambiente de preocupação entre os discípulos. Tinham posto suas vidas nas mãos do Mestre e agora temem ficar sozinhos. Tomé não compreende a mensagem do caminho porque não aceita que este passe pela paixão e morte de Jesus; menos ainda entenderá nem aceitará sua ressurreição.
A ida de Jesus para a casa do Pai não significa abandonar o barco da humanidade; ao contrário. É sinal do amor do Filho que une a terra ao céu. Enquanto Jesus prepara nossa morada no céu, devemos trabalhar por um mundo mais humano e mais irmão.

Bem dizem que o céu se conquista com o que somos e fazemos aqui na terra. Jesus compara o céu a uma casa de família onde há amor e espaço para todos.
O problema de Tomé e de muitos no mundo de hoje consiste em confundir o caminho que leva ao céu que não é outro que o próprio Jesus com sua Palavra e seu testemunho de vida.
Ele é o caminho seguro para chegar ao Pai, a verdade que nos faz livres, a vida que nos resgata da morte e nos faz uma única família na terra e no céu.
Não precisamos ficar perturbados (as) colocando dúvidas nos nossos pensamentos, buscando segurança em outros caminhos. Pelo contrário, devemos seguir os conselhos do Mestre: “Tendes fé em Deus, tende fé em mim também” e confiarmos em que a nossa morada já está preparada no céu e, que hoje, o céu é o nosso coração, casa de Deus, lugar onde Jesus habita pelo poder do Espírito Santo. 

Diante de tantas dificuldades pelo que passamos: situação de traições, abandono, desconfiança, injustiças, calúnias, fofocas, doenças, desemprego, complicada situação financeira.
Assim como ontem ante a sua partida para o Céu, Jesus confortou os seus discípulos para que não se preocupassem, assim também hoje e neste evangelho acontece. Dirige-nos palavras de conforto. Ele mostra-nos que não nos deixa abandonados.

Por que buscamos outros caminhos? Por que acreditamos nos contos que o mundo nos prega? Por que não assumimos a vida nova de Cristo pra valer? O que está nos faltando: fé, disposição, coragem, humildade, oração, conhecimento da Palavra? Responda por você e a você!

Propósito:
Pai, meu coração anseia por estar em comunhão contigo, em tua casa, lugar que Jesus preparou para mim. Que eu persevere sempre no caminho que me leva a ti.
Na ceia, momento em que se vive a alegria do encontro e da partilha, Jesus lavou os pés de seus discípulos, deixando-lhes bem clara a sua prática de serviço amoroso, e não de poder e dominação.
 Meditação 2
O Evangelho de hoje nos apresenta o início de uma seção que os eruditos chamam de “discursos de despedida”. Estes discursos (três ao todo) devemos lê-los à luz de toda a obra de Jesus, sua vida e seu ministério. No capítulo treze encontramos uma cena que sintetiza o que até o momento foi o ministério de Jesus. Durante a última ceia, ele a assumiu com o gesto do lava-pés o ponto máximo e a razão de ser de sua missão: o serviço aos outros que terá seu ponto culminante na cruz.

Toda a história da salvação poderia se definir como a atitude de um Pai que busca servir os seus filhos pondo-lhes todos os meios possíveis de acesso a Ele. No momento em que Jesus assume também esta atitude de serviço, põe como último e definitivo elemento toda a obra de seu Pai.

Se o discípulo está em sintonia com esta onda, não há porque ter medo. Os discursos de despedida nos deixam entrever a atitude de decepção dos discípulos. Em termos humanos Jesus está consciente de que seus amigos mais íntimos lamentarão a sua ausência física, mas suas palavras carregadas de consolo são um chamado a se colocar acima deste sentimento humano normal. O verdadeiro discípulo deve chegar a interiorizar de tal maneira a doutrina e a obra de Jesus até que chegue a se sentir sempre imerso em sua companhia, realizando cada uma das palavras de seu mestre. Em tal sentido a presença atual de Jesus se manifesta agora como o caminho para ser andado em companhia dos outros; verdade que deve ser mantida em meio a tantas meias verdades, e vida que desmascara as situações de morte que surgem em cada instante de nossa existência.

O texto de João deve ser compreendido no contexto do discurso de despedida pronunciado por Jesus, dirigido a seus discípulos: Jesus os prepara para o futuro imediato, ou seja, para a sua cruz e sua ressurreição. Ao mesmo tempo, ele os prepara ao futuro supremo, quando vier para os levar com ele na glória. Vendo que o anúncio de sua próxima partida os mergulhou na confusão, Jesus os chama a terem uma fé mais firme em Deus e nele mesmo. Em seguida, ele lhes revela a grandeza de Deus, cuja "casa", embora seja única, contém moradas para todos aqueles que crêem. Jesus completa esta revelação lhes assegurando que voltará em pessoa para os conduzir a sua casa. O exemplo que Jesus lhes dá no decorrer do seu jantar de despedida mostrou aos discípulos que sua vida deveria vivida no amor, a serviço uns dos outros e do mundo.

Jesus acaba de fundar sua comunidade dando a ela por estatuto o encargo encarecido do amor. Agora vai explicar a ela qual sua relação com o Pai e com ela, que ficará estabelecida quando ele se for. Os seus serão membros da família do Pai, e este estará entre eles como entre seus filhos. Mas essa presença não será estática, em um templo, senão dinâmica, acompanhando-os em seu êxodo, em sua saída de si mesmo até dar a vida, se fosse necessário por amor aos demais. O caminho é Jesus; a meta é o Pai.

Eles, não obstante, ficam inquietos. Por isso Jesus os convida a não perder a calma praticando seu estilo de vida. Desse modo poderão ser filhos de Deus. Eles, os que o seguem, serão integrados na família do Pai; Jesus vai preparar-lhes o caminho. Tal será o fruto de seu caminho, que é sua morte, pela qual comunicará o Espírito. Jesus voltará para acolher aos seus; ou seja, através da união com ele, produzida pelo Espírito, seus discípulos entram no lugar do Pai. A frase onde estou eu assinala a esfera de Deus, na qual Jesus estava desde o princípio pela comunicação plena do Espírito a ele. Os demais homens a alcançarão graças ao novo nascimento. A partir daí crescerão, recorrendo, pela prática do amor, um caminho de semelhança com o Pai. Esse é o êxodo que os distanciam  do mundo injusto. Quando chegarem ao dom total de si, ficará realizado neles todo o projeto divino. Como no caso de Jesus, o caminho até o Pai é a prática do amor. Tomé, sem dúvida, estava disposto a morrer com Jesus (cf. 11,16), pensa que o caminho termina na morte; para ele, está não é um caminho, senão um fim. Daí que não saiba aonde vai Jesus nem compreenda aonde eles têm que ir.

Jesus responde a ele: ele é o único caminho, porque só sua vida e sua morte mostram à pessoa humana o itinerário que o leva a realizar-se, a plenitude da vida. O caminho supõe uma meta, e esta é o Pai; a verdade implica um conteúdo e pode comunicá-la. Por ser a vida plena é a verdade total, que expressa a plena realidade do ser humano e de Deus.

Desde o ponto de vista do discípulo, Jesus é a vida porque dele a recebe pelo novo nascimento; esta nova vida experimentada e consciente é a verdade que ele percebe sobre si mesmo e sobre Deus, que manifesta seu amor; o caminho, que é a assimilação progressiva a Jesus, dá um caráter dinâmico de crescimento a sua vida e verdade. Desde o princípio, a vida se revela no discípulo como verdade, mas, à medida que progride nela, vai descobrindo-a cada vez mais.

Com sua palavra e com seu testemunho, Jesus é pois "o caminho, a verdade e a vida". O caminho ficou expresso no mandamento de Jesus; a verdade, no “barro” que pôs nos olhos do cego; a vida é o Espírito que comunica. Permanecendo n'Ele se tem a vida plena, em comunhão com o Pai, no Amor.

O destino da caminhada de Jesus voltar para o Pai. Jesus fez o trajeto para nós o seguirmos. Nosso destino é estar com o Pai assim como Jesus está. Ele nos chama para tomarmos nossa cruz, passarmos pela morte de nós mesmos, e caminharmos na direção do Pai. Nosso destino é estar onde Jesus está.

Não raras as vezes, fazemos do nosso cristianismo um fim em si mesmo. O tornamos uma religião que serve aos nossos interesses. É preciso redescobrir o destino, o alvo principal das nossas vidas. Ir para o Pai exige: Caminho, Verdade e Vida. O Pai não está distante; sua presença é imediata uma vez que o ser humano nasceu do Espírito. A aproximação ao Pai que cada um há de efetuar é o da semelhança, da realização em si mesmo do ser de filho, seguindo as pegadas de Jesus.

A vida do cristão neste mundo consiste numa peregrinação cuja meta é Deus Pai. Somos todos “peregrinos do absoluto”. Mas esse caminho passa necessariamente por Jesus, que hoje se nos apresenta como Caminho, Verdade e Vida. Ele já está à direita do Pai, e é para lá que ele constantemente nos chama.

Na caminhada conjunta para a unidade, nós, como seres humanos, às vezes perdemos de vista o objetivo e ficamos inseguros com relação ao caminho. Jesus responde a isto nos lembrando que Ele é o caminho, e que nós só poderemos atingir o fim caminhando unidos junto com Ele.

Pode haver um maior número de razões para se elevarem mãos cansadas e se fortalecerem os espíritos fracos? Que Deus nos abençoe e que conheçamos e vivamos a beleza que é a esperança em Cristo.

TENTE
Tudo o que você conseguir nesta vida vem como decorrência e resultado de algo que você tentou realizar. Portanto, vá em frente e continue tentando. Óbvio que algumas das suas tentativas não irão fruir e nem trazer o resultado que você espera. Porém, cada uma dessas tentativas lhe traz para mais perto da realização que você deseja alcançar. 

Todo atleta sabe que a prática é a semente da vitória. A prática nada mais é do que um processo de fazer uma tentativa em cima de outra tentativa e persistir através de cada resultado. 

Aqueles que mais realizam são aqueles que mais tentam alcançar os seus alvos. Àqueles que mais são ditos “sim,” mais frequentemente, são os mesmos que também, mais freqüentemente, foram ditos “não”. Óbvio também que o fracasso é uma possibilidade em qualquer uma de suas tentativas. Porém, o fracasso é absolutamente certo quando você deixa de tentar completamente. São as tentativas que trazem a possibilidade da real vitória. Continue com as tentativas e a realização e vitória serão suas.