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segunda-feira, 29 de maio de 2017

EVANGELHO DO DIA 04 DE JUNHO - PENTECOSTES

PENTECOSTES
04 junho É a caridade que deve predominar sobre todas as nossas ações: ela consolida a fé, aumenta a esperança e nos une mais intimamente a Deus. (S 202). São Jose Marello
João 20,19-23

"Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, os discípulos estavam reunidos, com as portas fechadas por medo dos judeus. Jesus entrou e pôs-se no meio deles. Disse: "A paz esteja convosco". Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, se alegraram por verem o Senhor. Jesus disse, de novo: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio". Então, soprou sobre eles e falou: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos"." 

Meditação:
 
Com alegria celebramos como comunidade discipular a grande Solenidade de Pentecostes. Com ela encerramos o círculo litúrgico: cinqüenta dias após a Páscoa. Nela inauguramos o tempo do Espírito, o tempo da Igreja.

Durante estes cinqüenta dias, em diferentes tons e com insistência pedagógica quase repetitiva, o evangelho de João e o livro dos Atos dos Apóstolos (At 2,1-11) nos prepararam para viver com intensidade espiritual, pessoal e comunitária, este momento culminante de nossa fé.

Pentecostes era uma festa do judaísmo, com raízes no antigo Israel e nas tradições agrícolas de Canaã, associada à colheita do trigo, bem como as festas dos Ázimos e da Páscoa.
A associação do dom do Espírito à festa judaica de Pentecostes é feita exclusivamente por Lucas e foi incorporada na tradição das igrejas cristãs.
Assim como Jesus não veio ao mundo para condená-lo, assim também não cabe à comunidade missionária a condenação. É à palavra anunciada que cabe o julgamento. Porém, à missão cabe o anúncio da prática da justiça, a qual tira o pecado do mundo e instaura o amor.

O Espírito é a plenitude do amor. O fruto do amor é a união. Pelos atos de comunicação, misericórdia, perdão, solidariedade, partilha, serviço, nos unimos em um só corpo.
Um só corpo, com diversos membros, com diversidade de funções e carismas. Um só corpo, com membros sadios, que usufruem os bens deste mundo, e com membros doentes, excluídos, pobres, sofrendo privações. A vida deste corpo deve irradiar-se ao corpo todo, comunicando vida plena a todos seus membros.
A Ressurreição do Senhor é o centro de tudo o que podemos celebrar. É o centro da nossa fé. O começo e o fim da nossa existência.
Se falarmos do nascimento do Senhor, estaremos já nos preparando para este momento de Ressurreição. Se mencionarmos a sua morte, será para aderirmos à sua Ressurreição. Da Encarnação à Ressurreição, o Mistério é o mesmo. É preciso abertura de coração para acolher e viver este Mistério na fé.

O evangelista João inicia sua narrativa expondo a situação da comunidade. “Ao anoitecer, do primeiro dia da semana, estando trancadas as portas do lugar onde se encontravam os discípulos…”.
Ele realça a situação de insegurança própria de quem perde as referências e que não sabe mais a quem recorrer. “Jesus aparece e se coloca no meio deles”.
Os discípulos ficaram contentes por ver o Senhor, e recuperam a paz e a confiança. Eles redescobrem o Mestre como centro de referência: d'Ele recebem as coordenadas que os levam a superar o medo e a incerteza.

Diante dos “sinais de suas mãos e do lado”, que evocam o amor total expresso na cruz, os discípulos sentem que nem o sofrimento, nem a morte, nem a violência do mundo poderão detê-los.
E Jesus prossegue: “Como o Pai me enviou, assim também envio vocês”. Vivificados pelo sopro do Espírito do Ressuscitado, os discípulos constituem a comunidade da nova Aliança e são enviados a testemunhar ao mundo, em gestos e palavras, a vida que o Pai deseja oferecer a toda a humanidade.

Assim, quem aceitar a proposta do perdão dos pecados, será integrado na comunidade de Jesus que, animada pelo Espírito Santo, será mediadora da oferta do amor misericordioso do Pai.
A nova comunidade, por palavras e ações, tem a missão de criar as condições para que o Espírito seja acolhido pelos corações humanos.
Assim, a comunidade gerada do sopro do Espírito do Ressuscitado se transformará numa comunidade reconciliadora e testemunha do amor gratuito e generoso do Pai.
É bom lembrar que na celebração do Pentecostes, cumpre-se a promessa de Jesus aos discípulos: “O Advogado, que eu mandarei para vocês de junto do Pai, é o Espírito da Verdade que procede do Pai. Quando ele vier dará testemunho de mim e vocês também darão testemunho de mim” (15, 26-27a).
Reconhecer esta presença de Deus, que se fez um conosco, nos impulsiona a testemunhar e testemunhando anunciar que Ele esteve morto, mas agora vive. Que foi por nós, pregado numa Cruz, mas que para nossa salvação, ressuscita glorioso. Vem de Deus para nos trazer Deus. Volta para Deus para nos levar consigo até Deus.

“Se eu não for para junto do Pai, não poderei enviar-lhes o Dom do Pai”. Se eu não voltar para o meu Pai, não poderei levá-los para junto do meu Pai.
É necessária esta passagem. Fez-se necessária a sua morte. Foi uma realidade este evento, é necessária total acolhida da nossa parte para recebermos o Dom do Pai.
O Espírito Santo nos é oferecido para que vivamos no hoje da nossa história a alegria plena, pela certeza de que já fomos salvos pelo Cristo de Deus.
Para nós cristãos, Pentecostes é a plenitude da Páscoa e o dia do nascimento da Igreja com a missão de dar continuidade à obra do Ressuscitado no curso dos séculos, em meio à diversidade dos povos, animada pelo dom do Espírito enviado sobre as comunidades dos discípulos pelo Pai e pelo Filho glorificado.
À luz de Pentecostes, o anúncio do Evangelho consistirá sempre numa proposta de vida, vivida na reciprocidade, na escuta e na busca sincera da verdade, que abre horizontes ao diálogo, respeitoso e amigo, com cada pessoa e cada povo: com a presença do Espírito Santo, o mundo inteiro é renovado!
Quanto mistério nos envolve, quanta presença de Deus nos foi manifestada durante estes dias jubilosos! É da Cruz que nasce a Igreja.
Do lado aberto do Senhor somos todos purificados, mas é do Espírito que o Pai nos envia, que temos força, coragem e entusiasmo para testemunhar este grandioso mistério. É Pentecostes o novo marco da nossa história pessoal e eclesial. É pelo Espírito Santo que nascemos para Deus.
Através do Espírito de Cristo, somos configurados a Ele e nos empenhamos no caminho da virtude. É o Espírito Santo que como Dom do Pai, transforma nossa tristeza em perfeita alegria, que nos oferece a vitória através da Cruz. “Se com Ele morremos, com Ele ressuscitaremos”.

Somos hoje Maria, que acolhe o anúncio e imediatamente se coloca a serviço de quem necessita do nosso auxílio. Somos Maria Madalena, que tem o coração transformado pelo amor do seu Senhor, para no amor Dele transformar em alegria a tristeza de nossos irmãos. Somos Isabel, geradora de vida mesmo na velhice, quando nosso coração se abre para acolher a novidade da salvação que nos é oferecia. Somos ainda Zacarias, mergulhado num profundo e misterioso silêncio para compreender a realidade visível de um Deus invisível. Somos por fim, Igreja viva, sustentada e orientada pela ação do Espírito de Deus.
O Dom de Deus que vai nos transformar e nos fará testemunhar que Cristo vive entre nós, é a alegria de pertencermos do Corpo Místico de Cristo, que vive e reina para sempre, aquecendo o nosso coração a caminho do novo Emaús, que nos leva a partilhar o pão do céu.
Pela alegria de servir, pelo júbilo de um encontro com o Senhor, pela certeza de sua presença transformadora e pelo mergulho da fé no Mistério de Deus, vamos anunciar pela nossa vida, que Cristo ressuscitou e vive entre nós. Que somos outros “Cristos” testemunhando a graça, o amor e o Dom de Deus no mistério de Pentecostes.
Reflexão Apostólica:

Todos os carismas, dons e ministérios estão em função do crescimento da Igreja. A ação do Espírito qualifica a missão da Igreja no mundo e não somente na santificação individual. O Espírito articula interiormente a missão de Jesus e a missão da Igreja.

O quarto evangelho apresenta duas cenas contrastantes. Em primeiro lugar, os discípulos fechados em uma casa, cheios de medo e ao anoitecer. Em segundo lugar, a presença de Jesus que lhes comunica a paz, mostra-lhes suas feridas como sinal de sua presença real. Eles enchem-se de alegria e Jesus lhes comunica o Espírito que os qualifica para a missão.

O medo, a obscuridade e o fechamento da “casa interior” se transformam agora, com a presença de Jesus, em paz, alegria e envio missionário.

São sinais tangíveis da ação misteriosa e transformante do Espírito no interior dos crentes e da comunidade. Ressurreição, ascensão, irrupção do Espírito e missão eclesial aparecem aqui intimamente articulados. Não são momentos isolados, mas simultâneos, progressivos e dinamizadores na comunidade crente.

Jesus cumpre suas promessas. Ele prometeu a seus discípulos que logo voltaria, que não os deixaria sozinhos. Disse-lhes que o Espírito Santo de Deus os assistiria para que entendessem tudo o que ele lhes havia anunciado. Assim se faz. Agora lhes comunica o Espírito que tudo cria e renova tudo. Jesus sopra sobre eles como Deus soprou para criar o ser humano. Eles são as pessoas novas da criação restaurada pela entrega amorosa de Jesus.

A violência, a injustiça, a miséria e a corrupção em todos os âmbitos da sociedade, nos enchem de medo, desalento e desesperança.

Não vemos saída e preferimos o fechamento em nós mesmos, em nossos assuntos individuais e esquecemos do grande assunto de Jesus. Então é quando  ele irrompe em nosso interior, ultrapassa as portas do coração e ilumina o entendimento para que compreendamos que não nos abandonou.

Ele continua presente na vida do crente e no seio da comunidade. Continua agindo através de muitas pessoas e organizações que se comprometem totalmente para seguir lutando contra toda forma de pecado que desumaniza e aliena o ser humano.

O Espírito de Deus continua agindo na historia ainda que aparentemente não o percebamos. Não é necessário fazer tanto ruído para dizer que o Espírito está agindo. Muitas vezes não o sentimos porque age em forma muito simples através de gestos que podem passar desapercebidos.

Que sinais da presença dinamizadora do Espírito de Deus podemos perceber em nossa vida pessoal, familiar e comunitária? Conhecemos pessoas que agem sob a ação do Espírito? Por que? Que podemos fazer para descobrir e fortalecer os dons e ministérios que o Espírito continua suscitando em pessoas e comunidades?

No evangelho de João é o próprio Jesus quem comunica o Espírito a seus discípulos. O evangelista põe especial atenção para descrever a situação dos discípulos: portas fechadas, medo, dúvida, paralisia interior, inércia exterior.

A presença do Ressuscitado transforma o medo em prazer e alegria, devolve a paz aos corações atribulados e qualifica para transmitir esta experiência mediante o perdão e a reconciliação. O Espírito nos dá paz, comunhão, justiça, alegria, perdão, reconciliação e a luz para compreender a verdade.
Também nós podemos participar desta experiência se deixarmos que o Espírito de Jesus nos encha e nos impulsione a testemunhar a proximidade do reino com coragem e alegria.
Propósito:
Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai da Gloria: ilumina nosso olhar interior para que, vendo o que esperamos pelo teu chamado, e entendendo a grande e gloriosa herança que reservas aos seus santos, compreendamos com que extraordinária força age em favor dos que crêem. Senhor Jesus, que eu seja cada dia revestido pela força do Espírito Santo, que me capacita para exercer, sem descanso, minha tarefa de evangelizador.

EM FOCO
O caminho mais curto para se fazer muitas coisas é o de fazer apenas uma coisa de cada vez. 
Muitos caminhos podem levá-lo em direção a onde você deseja chegar. Porém, se você tentar seguir todos esses caminhos ao mesmo tempo, isso não o levará a lugar algum. É bem verdade que as suas possibilidades são ilimitadas; porém, sem um foco determinado, essas possibilidades terão pouco ou nenhum valor. Para que uma possibilidade se transforme numa realidade, você precisa segui-la com compromisso e determinação. E esse compromisso gera a necessidade de deixar de lado algumas possibilidades, por melhores e mais atrativas que elas pareçam ser. 

Existem inúmeras possibilidades que estão ao seu dispor. A realidade, contudo, é que só existe algumas às quais você pode responder. Tome um caminho de cada vez e fique firme nesse caminho tanto quanto possível. Se for necessário mudar a sua abordagem, esteja seguro de manter o seu compromisso com essa mudança. Para se ter um foco saudável e eficiente é necessário um indispensável fator de equilíbrio. Você tem que crer em Deus e, também, crer em você mesmo. Pular de uma coisa para outra é uma maneira rápida de acalmar os seus medos e satisfazer os seus temores, mas, quase sempre, isso o levará à constatação de que você não estará realizando nada significativo. 

Dê aos seus esforços o foco que eles realmente merecem, e você irá perceber que, quando o seu nível de compromisso for não menos do que cem por cento, então o caminho que você estará seguindo será tão bom quanto qualquer outro.


Evangelho do dia 03 de junho sábado

03 junho - A nossa bondade não deve ser exclusivista, carrancuda e indiscreta, como a daqueles que gostariam que fossem todos como eles. A verdadeira santidade deve ser afável, tolerante, universal, multíplice; deve estender-se a todas as pessoas, acomodar-se a todos os estados e a todas as condições, e não se limitar à esfera de uma bondade exclusiva e construída à nossa maneira, não conforme ao espírito de Jesus. (S 329).São Jose Marello
Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São João 21,20-25

"Então Pedro virou para trás e viu que o discípulo que Jesus amava vinha atrás dele. Este era o mesmo que estava ao lado de Jesus durante o jantar da Páscoa e que havia chegado para mais perto dele e perguntado: "Senhor, quem é o traidor?" Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus:
- O que diz, Senhor, a respeito deste aqui?
Jesus respondeu:
- Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso? Venha comigo!
Então se espalhou entre os seguidores de Jesus a notícia de que aquele discípulo não ia morrer. Mas Jesus não disse isso. Ele apenas disse: "Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso?"
Este é o discípulo que falou destas coisas e as escreveu. E nós sabemos que o que ele disse é verdade.
Final
Ainda há muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas, uma por uma, acho que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos." 

Meditação: 

Existem muitas coisas que ainda não conhecemos da parte do Deus vivo e único, visto que não foram escritas todos os relatos pelos discípulos que foram as maiores testemunhas do Senhor Jesus Cristo na terra, escritas essas de pessoas que foram testemunhas pessoais e oculares do Senhor Jesus Cristo que se fez carne para trazer a mensagem do evangelho.

Este texto do apêndice conclusivo do evangelho de João é composto de duas partes: o diálogo entre Pedro e Jesus, sobre o discípulo que Jesus mais amava (vv. 20-23) e a conclusão geral do autor (vv. 24-25).

Para suscitar a fé do leitor, o autor declara ser verdadeira testemunha de todas as coisas narradas. E encerra, com uma frase com exagero retórico helenístico, afirmando que Jesus fez ainda muitas outras coisas, que o mundo não poderia conter os livros que as narrariam.

Pedro queria saber de Jesus o que iria acontecer a João. Jesus, porém, dizia: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me!” Para cada um de nós o Senhor tem um desígnio.

A nossa história é diferente da de todo o mundo, nós somos únicos e temos um chamado pessoal. Ao invés de nos preocuparmos com o que será do outro nós deveríamos estar atentos à voz de Jesus que nos diz, pessoalmente,

“Venha comigo!” Importa que permaneçamos quietos e abandonados às sugestões do Espírito que perscruta o nosso coração e sabe precisamente do que nós necessitamos.

 A idéia de superioridade e domínio no exercício do pastoreio é absolutamente contrária ao ensino e atitude de Jesus, que considera todos os seus discípulos como amigos e irmãos. O verdadeiro pastor é aquele que segue a Jesus, colocando-se a serviço da comunidade e sendo capaz de amá-la até o fim, dando por ela até a própria vida.

A segunda conclusão do evangelho salienta novamente o tema do testemunho. O Evangelho não é ensinamento de doutrina, nem exposição de verdades ou sistemas, nem conjunto de fórmulas jurídicas, às quais todos deveriam se ajustar. Evangelho é o testemunho de uma comunidade que se transforma cada vez mais ao seguir Jesus na experiência do amor.

Por que nos preocupamos com a caminhada dos outros? Por que não aceitamos a nossa missão sem deixar de fiscalizar a missão das outras pessoas?você está seguro (a) de que tem feito o que lhe cabe? Como você vê as outras pessoas que não estão fazendo igual a você? Você se acha superior a elas?

Reflexão Apostólica: 

Pensar conhecer sobre muito da vida de Jesus e sobre Deus é uma tola presunção; por mais que conheçamos, nunca saberemos o bastante.

Falta-nos humildade para podermos compreender pelo menos a mensagem que foi revelada a nós e que se encontram na Sagrada Escritura.

Acredito que o propósito de Deus não é que saibamos de todas as coisas feitas por Jesus, mas crer em seu infinito poder, que pode ser alcançado por nós por meio da fé e da oração. 
João  conclui o seu Evangelho, e se identifica com "o discípulo que Jesus mais amava",  afirmando que Jesus fez muitas outras coisas, quer dizer, muitos outros milagres, que não estão escritos nos evangelhos. 

João garante que tudo que ele escreveu é verdade.Este é o discípulo que dá testemunho de todas essas coisas, e as escreveu. E sabemos que é digno de fé o seu testemunho.  O que não quer dizer, de jeito algum, que nos outros evangelhos exista alguma sombra de dúvida  por parte de seus autores.

João aqui não está dizendo que os demais evangelistas não são verdadeiros. Ele só afirma que, o que escreveu é expressão da pura verdade.  O que deve ser a característica de todo bom cristão. O cristão não pode faltar com a verdade em hipóteses alguma, nem prometer uma coisa que ele não pode cumprir.

Certa vez, eu estava participando de uma reunião de Equipe de Trabalho do ECC, quando o Coordenador que se fazia passar por grande entendedora da Sagrada Escritura, falou-nos de uma tal mentira santa. 

Segundo ele, mentir é errado, é pecado, mas existem casos em que se poderia mentir, para não causar um mal maior, e esta seria uma mentira santa. Eu até concordei com ela, porém em parte.

Só para exemplificar, disse ela, imaginemos uma senhora com certas complicações vasculhares somadas a uma insuficiência  cardíaca e ao processo de envelhecimento bem  adiantado. Estando internada, recebia todo dia  a visita dos familiares, principalmente do seu querido netinho.

Chegou a sexta-feira e o garoto  não chegava. Ela não parava de olhar o relógio na parede, e de perguntar pelo menino. 

Disseram-lhe que o seu querido neto estava fazendo um trabalho muito importante na casa de um amiguinho, pois era para nota e que ele estava muito mal naquela tal matéria e coisa e tal.  Na verdade verdadeira, o querido netinho estava na U.T.I.  entre a vida e a morte pois naquela manhã tinha sido atropelado por um ônibus, e se a verdade lhe fosse revelada, ela poderia ter um  enfarto fulminante. 

Que você acha? Sinceramente eu gostaria muito de saber a sua opinião.  Concorda com essa mentira santa?  Eu até concordei. Coitada daquela senhora!

Só fiquei pensando, que mentira santa teriam de inventar no outro dia, e se o menino viesse a morrer? Percebeu que é o tipo da coisa polêmica? 

É complicado quando queremos resolver um mal com outro mal maior ou do mesmo tamanho.  Para quem está acostumado a mentir, isso seria a coisa mais natural desse mundo. 

Bem. Poderíamos aqui analisar outros tipos de mentiras que se justificariam como mentira santa. O problema é o exagero, o acostumar-se neste expediente, ou coisa parecida.  Vou parar por aqui, e deixo a conclusão com você.

Propósito:  Ser testemunha do amor de Deus.

NESTE NOVO DIA

Sente-se numa postura reta. Levante a sua cabeça. Eleve os olhos para cima. Dê um longo e profundo suspiro, e sorria (nem que, para isso, você tenha mesmo que se esforçar). Apesar das coisas, possivelmente, estarem ainda muito longe de serem perfeitas, aja como sendo este um grande dia para se viver. 

Por que? Porque esse é o dia que o Senhor nos deu e a Sua ordem é para que alegremos e nos regozijemos nele. Portanto, coloque um sorriso no rosto e júbilo na sua voz. Aja como se você fosse a pessoa mais confiante, mais bem sucedida e a mais exuberante da sua cidade. Fale com as outras pessoas num tom cordial e em termos positivos. Pense e fale para você da mesma maneira. Dê as boas vindas a esses desafios que estão à sua frente e veja as radiantes possibilidades que estão diante de você. 

Não há necessidade de retardar, nem mais um minuto sequer, a gratificação e o senso de auto-realização que este novo dia pode proporcionar-lhe. Veja o mundo ao seu redor como ele é, e não permita que ele o deprima com os seus mau tratos e enganos. Existe uma verdade maior: Deus está presente, Ele tem TUDO sob Seu controle; confie na Sua graça e no Seu infinito e obstinado amor por você. Ao fazer isso, este novo dia – sem nenhuma dúvida - será inesquecível.

Evangelho do dia 02 de junho sexta feira

02 junho - É preciso ser fortes e afáveis, como São Francisco de Sales. (S 174). São Jose Marello
João 21,15-19
"Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?" Pedro respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Cuida dos meus cordeiros". E disse-lhe, pela segunda vez: "Simão... tu me amas?". Pedro respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta minhas ovelhas". Pela terceira vez, perguntou a Pedro: "Simão... tu me amas?" Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se o amava. E respondeu: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo". Jesus disse-lhe: "Cuida das minhas ovelhas. Em verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem, tu mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te amarrará pela cintura e te levará para onde não queres ir". (Disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus.) E acrescentou: "Segue-me"." 

Meditação: 
Neste capítulo 21 do evangelho de João temos um registro da retomada da missão dos discípulos na Galiléia. Os evangelhos de Marcos e Mateus também registram este retorno à Galiléia. É apenas o evangelho de Lucas que menciona a permanência dos discípulos em Jerusalém, em vez deste retorno.

No diálogo entre Jesus e Pedro, que ocorre após a pesca milagrosa no mar da Galiléia, temos o resgate da imagem de Pedro, ao qual se atribuiu uma tríplice negação de seu vínculo com Jesus, por ocasião de sua prisão.

A insistente pergunta de Jesus a Pedro, “Tu me amas?”, tem como intenção ver até que ponto o discípulo será capaz de se entregar por inteiro à missão que lhe será confiada.

Pedro é confirmado como pastor, líder por natureza, ainda que às vezes se equivoque. A comunidade reconhece nele a liderança necessária para desempenhar bem a missão.

A tripla negação contrasta com a tripla afirmação e adesão de amor de Pedro para com o Mestre. São respostas que afirmam, dão segurança, atestam a adesão a Jesus e a seu projeto do Reino. Assim, Pedro é confirmado como o pastor das ovelhas a ocupar o lugar de Jesus.

Não há dúvida de que as comunidades cristãs reconheciam Pedro como seu pastor e animador (Jo 6,68s; 20,1-9), apesar de seus erros.

Contudo, a comunidade de João, conhecendo a ambição inicial de Pedro de ser o primeiro em termos de poder e de hierarquia (Jo 13,6.37;18,8-11), põe condições para aceitá-lo, condições que continuam vigorando para todos os que aspiram a ser animadores de uma comunidade cristã.

A primeira é o serviço, lição bem aprendida por Pedro no lava-pés feito por Jesus. A segunda é o amor, três vezes ratificado por Jesus no evangelho de hoje, e que guarda estreita relação com a tríplice negação de Pedro.

Com suas respostas, Pedro convence todos sobre a sinceridade de seu amor por Jesus. Este lhe pede que o demonstre, apascentando (servindo e amando) seus cordeiros e suas ovelhas.

“Os cordeiros” designam os pequenos, enquanto que “as ovelhas”, os grandes; uma maneira de dizer que deve servir e amar a totalidade do rebanho, sem discriminações nem exclusões.

O trecho da juventude para a velhice simboliza a opção de Pedro por uma vida nova; e a expressão “estenderás as mãos” prediz sua morte na cruz.
Nós, como discípulos de Jesus, temos a tarefa de dar continuidade à missão que um dia Jesus e seus seguidores iniciaram.

Que nossa vida seja um testemunho de vida cristã, dar um sim à vida de toda a humanidade. O Senhor nos convida a segui-lo e isto implica chegar até a cruz, não porque buscamos a morte, mas porque existem no mundo pessoas que não querem vida digna para os pequenos e passam a ser perseguidores.

Reflexão Apostólica:  
Nesta passagem de João, podemos perceber a reabilitação da autoridade de Pedro. A tripla pergunta de Jesus e a tripla resposta de Pedro mostram uma contrapartida simbólica de sua tripla negação.
Seu arrependimento está implícito na insistência em que ama a Jesus e na angustia que lhe produz a tríplice pergunta. A intenção direta da tríplice pergunta e resposta não é mostrar que Jesus duvida de Pedro, mas que Pedro ama Jesus profundamente. A sua morte será a prova da sinceridade de sua tríplice profissão de amor a Jesus, pois “Não há maior amor..."

O mandamento de apascentar o rebanho inclui duas atividades do apostolado de Pedro: a direção da Igreja primitiva de Jerusalém e a pregação missionária.
O evangelista não insiste na posição superior do pastor, mas sim no conhecimento que o une com as ovelhas e em sua entrega total ao rebanho até dar a vida por ele.

Jesus é o bom pastor ao qual o Pai deu o rebanho, Pedro deve cuidar dele; é uma referencia às relações de Pedro com a igreja no seu conjunto e não às relações de Pedro com os demais discípulos no terreno da autoridade.
Como vimos, Jesus não queria deixar dúvidas no coração de Pedro, por isso, o interpelou três vezes como que para confirmar a sua misericórdia para com ele que o negara também três vezes. “Tu me ama mais do que estes?”
Jesus tinha consciência do amor de Pedro, porém queria que ele também se conscientizasse de que apesar das suas faltas, o amor e a misericórdia de Deus são infinitos. Por detrás dos acontecimentos da nossa vida, a certeza do amor de Deus por nós fará toda a diferença.
A medida do amor de Deus é a medida da nossa abertura a este amor. Deus nos ama sempre e muito, porém o sentir o Seu amor está na nossa capacidade para acolhê-lo. E até o nosso amor por Deus é o resultado do Seu amor agindo dentro do nosso coração.

O amor que nós damos a Deus vem do amor que Ele tem por nós. O amar mais que os outros é efeito do Seu grande amor por nós. Mas este amor de Deus não pode ficar recluso!
Ele tem que transbordar, por isso, Jesus recomendou a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas”! É este o pedido do Senhor.
Apascentar é levar a paz, é dar testemunho com atos concretos de que realmente o amor de Deus em nós tem o poder de nos deixar serenos (as) e firmes apesar de todas as intempéries.
Somos chamados a amar assim!
Você ama com o amor de Deus? Você ama a Jesus mais do que os outros? Como você pode garantir isso? Deus o (a) ama mais do que às outras pessoas? Você se sente julgado (a) pelas pessoas?

Propósito:
Pai, torna cada vez mais consistente meu amor a teu Filho Jesus, e confirma minha condição de discípulo que deseja dar testemunho autêntico de sua fé.

NOVA PERSPECTIVA
Hoje será um dia difícil para você? Pois bem, saiba que, em grande parte, a qualidade do seu dia depende de você: será bom se você fizer dele um bom dia, será ruim se você fizer dele um dia ruim. 

Freqüentemente temos a tendência de assumir que coisas como esforço focalizado, disciplina, compromisso e persistência são coisas difíceis e, portanto, devem ser evitadas tanto quanto possível. Porém, isso é apenas uma mera opinião. Quando você medita nesta questão, você irá perceber que “difícil” e “fácil” são termos bastante arbitrários. Pensar que alguma coisa é difícil, apenas faz com que ela se torne mais difícil ainda. Portanto, qual o propósito de tal raciocínio? Imagine o que poderia acontecer se em vez de pensar: “esse é um trabalho difícil e eu não vejo a hora de acabar com isso”, você pensasse: “esse é um trabalho necessário e eu sou muito grato porque posso fazê-lo.” 

Fazer um julgamento sobre se alguma coisa é fácil ou difícil não contribui absolutamente em nada para o seu nível de realização. Pare de categorizar tarefas como fáceis ou difíceis e, desta forma, nunca mais você terá que fazer nada difícil. Apenas faça aquilo que tem de ser feito e, genuinamente, desfrute a saudável rota da realização.

Evangelho do dia 01 de junho quinta feira

01 Junho - Quando sentimos o coração duro e irritável, vamos buscar um pouco de doçura no Coração de Jesus. (S 176). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São João 17,20-26
 "Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela palavra deles. Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste como amaste a mim. Pai, quero que estejam comigo aqueles que me deste, para que contemplem a minha glória, a glória que tu me deste, porque me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o farei conhecer ainda, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles"."  

Meditação:
 
Pouco antes de ser preso, Jesus passou suas últimas horas com seus discípulos, concluindo com uma oração: A Oração da Unidade.
Quem faz esta oração é o próprio Jesus e o motivo de sua oração, além de seus discípulos, são todos aqueles que crerão nele.
Algo do muito que podemos aprender desta oração, feita em um momento muito perigoso, em que a oposição estava a ponto de capturá-lo e a sombra da morte o espreitava, é que em lugar de pedir por ele mesmo, pede por todos os outros, por seus discípulos, pelos que crêem nele, pelos descendentes deles, inclusive ora por ti e por mim.
O diálogo íntimo de Jesus com o Pai, orando e suplicando a favor de seus discípulos, nos revela duas coisas fundamentes: “a unidade” e “o conhecimento”.
 Para João é importante que os discípulos de Jesus vivam em comunhão e conheçam o Pai. É fundamental para o cristão manter a unidade, que não significa uniformidade, mas a união de todos com Aquele que não chamou (Deus), e união com os irmãos que, na diversidade, compartilham um mesmo ideal: o Reino.
 Com esta oração, Jesus expressa seu profundo desejo de unidade. E esta não é somente entre os Apóstolos. E sim entre os discípulos e aqueles que mais tarde haveriam de acreditar nas suas palavras.
É a unidade na comunhão de vida plena com todos os amados por Deus. Sobretudo comunhão com aqueles que procuram a face de Deus mesmo às apalpadelas.
Os excluídos pela sociedade; os sem rumo certo na vida. Também estes são alvos da amizade, simpatia e estima dos Cristãos.
Por eles reza para que reconhecendo seu mau caminho, os seus deslizes, quedas, fracassos e falhas se convertam e acreditando na Boa Nova pregada por Jesus possam ser salvos.
Jesus, ao declarar a bem-aventurança dos pobres, ao repudiar o apego ao dinheiro e a opressão civil ou religiosa, indica o caminho desta unidade. No mundo cativo das ambições do poder e do dinheiro, instaura-se a injustiça que privilegia minorias e exclui maiorias.
Os discípulos devem compreender e, sobretudo, primar pela solidariedade, pessoa independentemente da sua condição social. Todos os homens maus ou bons, ricos ou pobres, brancos ou negros, naturais de um determinado lugar ou simplesmente residentes, todos são chamados à salvação.
A união ecumênica dos discípulos de Jesus far-se-á na luta pela remoção da barreira que separa os ricos dos pobres. Esta deve ser a nossa meta também.
Temos de lutar pela comunhão plena de amor, em que o amor do Pai e do próprio Jesus esteja em todos. E todos se sintam realmente amados pelo Deus.
A unidade do Filho e do Pai é modelo e fonte da unidade entre os cristãos e entre todos aqueles e aquelas que assumam a causa do Reino.
A unidade visível entre os seguidores de Jesus é um sinal ao mundo para que creia em sua missão, desta maneira Jesus inclui, indiretamente, o mundo em sua oração.
 Durante seu ministério, o mundo não reconheceu Jesus, mas no ministério dos discípulos será dada ao mundo uma nova oportunidade. Há dois traços característicos dos cristãos:

1. São pessoas que crêem em Jesus, com uma fé que implica o compromisso pessoal, vivido em comunidade e capazes de viver o amor;
2. Chegam à fé por meio da palavra dos discípulos de Jesus. O Espírito dá testemunho a favor de Jesus e o faz por meio dos discípulos. Para quem escuta essa palavra, ela se converte em espírito e vida; para os que se negam a recebê-la, se converterá em juiz.
Se a unidade dos crentes tem por modelo a unidade que há entre o Pai e o Filho, essa unidade deverá deixar espaço à diversidade, pois o Pai e o Filho são pessoas distintas sem que diminua sua unidade. A unidade implica uma relação de amor dos crentes com o Pai e com o Filho e uma relação de amor dos crentes entre si.
Reflexão Apostólica:
A verdadeira unidade dos cristãos, enriquecida pela sua variedade, é fruto do amor com que o Pai e o Filho, pelo Espírito Santo, se amam e nos amam. O ser “um” com Jesus implica adesão plena à sua mensagem e espalhá-la para o mundo que ainda não o conhece.

Por tal motivo, o chamado de Jesus está relacionado com o envio que é inerente ao discípulo. Ser enviado implica conhecer e vivenciar a mensagem a ser anunciada. É buscar, por todos os meios, levar o amor a toda humanidade.

O mundo só irá reconhecer que Jesus é O enviado do Pai, quando nós, cristãos, vivermos a unidade, compartilhando o Amor do Pai que Jesus veio trazer para nós por meio do Espírito Santo.

A melhor maneira de darmos testemunho de que realmente cremos em Jesus Cristo e que Ele é o nosso Senhor é quando vivemos a unidade nos nossos relacionamentos.

A unidade é expressão da verdade, portanto é prova de humildade. A unidade com Cristo é a mais importante, pois dela parte todo o entendimento e compreensão que nós precisamos viver nas nossas relações, conosco e com o irmão.

Por isso, é que no Evangelho Jesus roga pela unidade dos cristãos desde os apóstolos até nós que acreditamos na Sua Palavra. A Unidade entre os Seus filhos é desejo do coração do Pai.

Na maioria das vezes nós pedimos ao Senhor, saúde, riqueza, prosperidade, sucesso profissional, mas de fato, nós deveríamos implorar pela unidade nos nossas relações interpessoais, tanto na família, como na comunidade e no mundo.

Que fácil é orar por nós. Para que vá tudo bem. Para que não nos aconteça nada de mal. Para que tenhamos boa saúde. Para que não fiquemos sem trabalho.
 Também pode ser simples orar pelas pessoas que amamos. Orar pelo pai e pela mãe. Por nosso companheiro ou companheira. Por nossos filhos e filhas. Por nosso querido amigo ou por nossa querida amiga.
 Mas não é tão fácil orar por quem está fora de nosso círculo íntimo. Por exemplo: um parente distante do qual não gostamos e com quem nunca falamos, o colega do trabalho que sempre critica o que fazemos ou alguém que mal conhecemos e que faz piadas sobre nós.
 Definitivamente, não estamos acostumados a orar por essas pessoas que não conhecemos. Pessoas que quem sabe temos visto por aí, mas que nunca nos interessamos por elas.
 Mas, como diz o evangelista (Lc 6,32-33): "Que mérito tem vocês ao amar aos que os amam? Os pecadores fazem assim. E que mérito tem vocês ao fazer bem a quem aos que fazem o bem a vocês? Pois os pecadores fazem o mesmo."
Definitivamente, que simples é orar por nós e para nosso beneficio, sobretudo quando as coisas não estão saindo como queremos.
 Porém quando estamos nestas situações contrarias, pensamos em quantas pessoas se encontram na mesma situação? Nos recordamos daquelas pessoas que se encontram em situações piores que as nossas? Levamos em conta as pessoas que não podem lidar com situações com as quais nós podemos? Ou simplesmente nos concentramos em nossos assuntos e que os outros as resolvam como podem?
 Lembremo-nos sempre de que  a criação de Deus não pode ser considerada ou tida por propriedade privada de alguns. Um monopólio dos ricos em detrimento dos pobres. Pois, o que vemos é que os ricos tomam para si os meios que sustentam a vida, relegando os pobres à privação e à morte. 

É precisamente o que acontece na maior parte dos casos daqueles condenados a morrer em reservas, feito animais do jardim zoológico; aqueles que trocam por uma moeda de 50 centavos ou 1 real em vias pública, com o risco de serem atropelado pelas viaturas; as moças que ganham a vida pelo corpo; os pobres e excluídos das favelas. 
 Verdade é que os grandes do poder financeiro e político muitas vezes submetem estes e aqueles a produzirem para eles e se apropriam de seus bens.
 Podemos ser diferentes uns dos outros, podemos ter idéias, opiniões diversas, entretanto, precisamos ser iguais na mentalidade do amor. A perfeita unidade dá-se entre o Pai e o Filho porque ela é gerada no Amor que é o Espírito Santo, formando assim, a Santíssima Trindade. O Espírito Santo é quem opera em nós e faz milagres de reconciliação e amor.

Por isso, na nossa vida o Espírito Santo precisaria ser a base que sustenta as nossas diferenças a fim de que nós também vivêssemos primeira regra de Deus que é o amor. Jesus veio nos dar um novo mandamento: o amor mútuo. Tudo o que fizermos por amor estaremos contribuindo para que o mundo melhore e para que a justiça de Deus chegue à terra.

Para você o que significa amar? Marque com um x as manifestações do amor: revidar ( ); socorrer ( ) ; julgar ( ); desconfiar ( );Escutar ( ); consolar ( ); admoestar ( ); acolher ( ); aconselhar ( ); encorajar ( );Excluir ( ); discriminar ( ); evitar envolver-se ( ); omitir-se ( ): comprometer-se ( ) Você tem unidade com as pessoas da sua família? Você tem orado por elas? Por quem você precisa orar para que não entrem mais em conflitos que os (as) separam?
Diziam os "antigos" que não há oração mais poderosa que aquela que um outro faz por nós. Seria maravilhoso que um dia pudéssemos criar una corrente de oração que desse a volta ao mundo.
 Uma Corrente de Oração sem importar quem sejamos, que diferenças tenhamos, que façamos, em qual tipo de situação de vida nos encontremos ou em que lugar do mundo estejamos. Corrente que, ao final, regressaria a nós também.
 Que tal se hoje nós orássemos não por nós, nem pelas pessoas que estão dentro de nosso círculo íntimo, e sim por aquelas pessoas que mal conhecemos ou que simplesmente não conhecemos. Pela caixa do super mercado, por aquele moço que empacota as compras, pela garçonete que serve o café, pelo taxista que nos leva ao trabalho, pela senhora idosa com a que tropeçamos ao dobrar a esquina, pela menina que nos sorriu no outro lado da rua, pela mulher que vende rosas na esquina, pelo engraxate, por todas aquelas pessoas com as quais entrarmos em contacto no dia de hoje.
 Se fizéssemos isto, teríamos o beneficio de que um outro poderia também estar orando por nós, mas o mais importante seria que finalmente tornaríamos realidade as palavras de Jesus, cumpriríamos seu desejo, Todos nos converteríamos em Um.

Propósito:
Pai, faze-me assumir com muita disposição a tarefa de continuar a missão de Jesus, para que muitas outras pessoas abracem a salvação que nos ofereces e que, onde eu estiver, aqueles que me deste estejam comigo a fim de que vejam a minha natureza divina, que tu me deste; pois me amaste antes da criação do mundo.
O MELHOR DA VIDA
Senhor, Tu nos criaste para Ti e o nosso coração estará para sempre inquieto, até que venhamos a descansar em Ti.  Santo Agostinho

Tente segurar água em suas mãos e elas vão se esvair rapidamente. Porém, se você se imergir dentro de uma piscina cheia da mesma água, ela vai estar continuamente ao seu redor pelo tempo que você quiser. Com a vida é da mesma maneira. A vida não cabe dentro de suas mãos, e nem pode ser segura pelas elas. Para experimentá-la em sua plenitude, você precisa se imergir dentro dela. É necessário deixar que a vida flua completamente, para que você possa experimentá-la com alegria. 

Ao contrario do que é constantemente pregado na nossa sociedade, absolutamente não é necessário possuir para que você venha a desfrutar o melhor desta vida. Mui freqüentemente nós gastamos tempo, esforço, energia e dinheiro tentando possuir aquilo que jamais poderá realmente nos satisfazer. 

Quem vive dominado pela ânsia de possuir é como quem tenta segurar água em suas mãos: perde o melhor desta vida. A realidade é que, quando você está livre da necessidade de possuir, você está verdadeiramente livre para deixar que a sua vida flua com alegria.

Evangelho do dia 31 de maio quarta feira

31 maio Que a Mãe Santíssima nos guarde sempre debaixo do seu manto! (L 17). São Jose Marello
Lucas 1,39-45

"Naqueles dias, Maria partiu apressadamente dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido"."

Meditação:

O anúncio do anjo converte Maria na primeira discípula, evangelizada e evangelizadora. É a mulher que se converte em profetisa de Deus e firme seguidora de seu Filho.

Esta experiência fundadora de Deus em Maria faz com que ela se converta, junto com sua prima Isabel, em protagonista das promessas e do plano de Deus em meio a uma sociedade fortemente machista e patriarcal.

Lucas, com sua narrativa da visitação de Maria a Isabel, faz a articulação entre os anúncios do anjo Gabriel a Zacarias e a Maria e o nascimento dos meninos, João e Jesus.

Nas narrativas de infância de Jesus e na exaltação de uma mulher a sua mãe (Lc 11,27) por seis vezes Lucas destaca o ventre de Maria como o lugar do encontro entre o divino e o humano, na concepção e gestação de Jesus.

Fica assim, em evidência, que a encarnação é o acontecimento salvífico, pelo qual, Deus fazendo-se humano, a humanidade é assumida na condição divina e eterna.

Lucas relata o encontro de Isabel e Maria. Uma mulher mais velha, esposa de um sacerdote, que encarna as tradições da Judéia, junto a uma jovem camponesa que reflete as tradições da Galiléia.

Isabel saúda Maria com alegria e reconhece nela a ação de Deus. As menções do AT, postas na boca de Isabel, relacionam Maria com a Tenda do Encontro, portadora da presença de Deus, e com as mulheres que foram importantes na história do povo.

Maria é a mulher que leva a termo a plenitude da revelação do A.T; ela é a nova tenda onde agora Deus se manifesta e se revela aos homens.

Em Isabel e Maria, Deus convoca Israel a inaugurar um novo tempo onde toda diferença ou exclusão ficam superadas pela fraternidade.

O cântico, proclamado por Maria, tema de nossa meditação de amanhã, exalta a Deus pela obra que fez em favor da humanidade e especialmente dos pobres e desvalidos, dos necessitados e humilhados.

Vamos ao encontro do outro, como Maria, e reconheçamos como Isabel a presença já atuante do reino de Deus em nosso meio.

Maria e Isabel, mulheres da periferia, mulheres que aprenderam e mostraram com suas vidas o que é escutar a Palavra e reconhecem que a ação de Deus passa pela realidade do pobre, do marginalizado.

Maria e Isabel são as mulheres de fé e modelos de resposta de toda a humanidade ao projeto salvador de Deus, sendo as predecessoras das pessoas discriminadas e excluídas, de mulheres e pecadores, dos que ninguém esperaria que respondessem com gratuidade e compromisso à sua revelação histórica.

Estas duas mulheres comprometem os cristãos a partir de duas atitudes fundamentais para que o plano de Deus seja uma realidade a germinar na terra; o plano da confiança em Deus que torna possível o impossível, e da escuta e da prática de sua Palavra.

Atualmente, continua sendo de vital importância que nossa preparação para o nascimento de Jesus seja também uma ação missionária.

O mundo de hoje clama pela solidariedade e fraternidade. Neste Evangelho, encontramos Maria em atitude missionária.

Em conclusão, podemos dizer que a visita a Isabel se caracteriza por uma série de ações que revelam o anúncio da Boa Nova. Maria viaja desde o Norte, até a região da Judéia, para visitar Isabel; esse ato de desprendimento é um gesto que mostra o poder de envio de Deus.

É a materialização de sua generosidade. A saudação de Maria a Isabel é uma festa da maternidade de Deus.

O menino João, dando saltos de alegria no ventre em reação às palavras de Maria, é um símbolo do poder da Palavra divina que vai semeando alegria e gozo por todas as partes.

Os movimentos não deixam de ser significativos, o que rompe com todo formalismo. Deus mesmo supera os formalismos para se expressar da maneira que quer.

Hoje, a sociedade está perdendo sensibilidade às vozes de Deus. O nosso desafio é recuperar a voz de Deus para que ela seja ouvida na sociedade.

Reflexão Apostólica: 

Chegamos a ler ou meditar, alguma vez, o Cântico dos Cânticos? Trata-se de um dos livros poéticos mais lindos do Antigo Testamento e da literatura universal. Parece que se tratava de canções de amor para serem entoadas por ocasião das festas de casamento em Israel.
Porém, o Povo de Deus acabou vendo nele o drama amoroso das relações de Deus com o seu povo.

Os protagonistas são um casal de namorados que se buscam, se encontram, se perdem e voltam a encontrar-se. Expressam as ânsias da paixão e do desejo, a atração da beleza mútua, a felicidade dos abraços e do beijo.

Os noivos não poupam elogios de um para o outro, com imagens poéticas dignas de Salomão, o rei a quem a piedade judaica terminou atribuindo a composição do livro.

Nas sinagogas judaicas se lê na festa da Páscoa, porque expressa a íntima relação de Deus com o seu povo. É uma lástima que nós, cristãos apenas leiamos em nossas igrejas apenas quatro fragmentos, em quatro ocasiões distintas.

Às vésperas do Natal nos é proposta esta leitura do Cântico dos Cânticos, ou Cantares: Ct 2,8-14.
Aí se fala do Amado que já vem, “saltando pelos montes, brincando pelas colinas”. A Amada o espera, o busca, sente-se chamada por ele. Tudo num belíssimo marco bucólico de campos floridos, de rolas que turturinam, de perfumes e frutos do pomar.

Esta passagem quer ambientar-nos para a festa do Natal que já é iminente. O Amado é Jesus que vem para nós e a Amada é a Igreja que o espera, que sente seu chamado, que o busca e o encontra.

Neste sentido, a Igreja não pode estar melhor representada senão por Maria, a mãe de Jesus, que pressurosa foi ao encontro de Isabel, sua prima, para confirmar as palavras do anjo, e para cantar as maravilhas de Deus.

Continuamos refletindo os relatos do nascimento do evangelho de Lucas, e o faremos ainda até o Natal.
Hoje, nos é apresentada a cena que chamamos comumente de “visitação” de Maria à sua prima Isabel.

O Evangelho nos diz que a Virgem fez o caminho até as montanhas da Judéia onde vivia sua prima, dois ou três dias de caminho.
O encontro das duas mulheres foi imortalizado, como tantíssimas outras páginas da Bíblia, nas obras dos artistas cristãos.

No entanto o que mais conta são as palavras com que Isabel saúda a Maria, cheia de graça – diz o evangelista – do Espírito Santo: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”, palavras que milhões e milhões de cristãos repetem, em todas as línguas do mundo, para saudar, a mãe de nosso Senhor.

Bendita não por seus próprios méritos, mas pela graça e pelo favor divino, porque soube acolher a Palavra de Deus até a ponto de gerá-la em seu seio, porque se pôs inteiramente à disposição de Deus que fazia dela instrumento precioso de sua obra de salvação.

Isabel é consciente da desproporção da visita: “Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?”, pergunta.
Com a mesma humildade, seu filho, João Batista, dirá, mais tarde, que não é digno nem de desatar as sandálias do Messias.

Isabel proclama ditosa, bem-aventurada, bem-amada a Maria porque nela se cumprirá o que lhe disse o Senhor por meio do anjo.

Mesmo que o Evangelho de hoje se interrompa neste ponto, sabemos que Maria prorrompeu, em resposta às palavras de Isabel, num cântico de ação de graças, o “Magnificat”.
Sabemos que muitos daqueles por quem rezamos e pedimos precisam ser “carregados através do telhado” como aquele paralítico (Lc 5,19-24).
Precisamos como Maria, levar a graça às pessoas que nos cercam e não somente guardá-la para nós em nossas orações e preces.
Precisamos ir até elas e convencê-las a acreditar que vale a pena subir no telhado, que vale a pena o esforço, que valerá muito mais ter fé!
Também precisamos fazer nossos os sentimentos e as palavras de Isabel, bendizer e felicitar a Maria pelas maravilhas que Deus realizou nela.

Deveríamos, sobretudo, assumir as atitudes destas mulheres que submissamente se põem à disposição dos planos salvíficos de Deus.

Compete a nós levar o Messias para visitar os nossos irmãos que sofrem e choram, para que se alegrem como Isabel e louvem ao Deus que os salva e liberta.
Lembre-se da frase de Isabel: “Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido”.

Propósito:
Pai, a exemplo de Isabel, anseio conhecer a verdadeira identidade de Maria que, na sua humildade, tornou-se o ser humano abençoado por excelência.

O PODER DO ENTUSIASMO

O entusiasmo pode vencer o mais ardente cético. Quando você realmente crê naquilo que está fazendo, isso é demonstrado claramente. Os vencedores nesta vida são aqueles que estão empolgados com aquilo que estão realizando. Seja genuinamente entusiasmado, porque o seu entusiasmo irá contagiar outras pessoas. As pessoas são atraídas pelo entusiasmo. 

Busque uma maneira de ser verdadeiramente entusiasmado com aquilo que você está fazendo. Se você não pode demonstrar nenhum entusiasmo, então qual o propósito de fazer o que está fazendo? É seu desejo desperdiçar o seu precioso tempo realizando alguma coisa que não lhe garanta o mínimo de entusiasmo? 

Seja eficiente tanto quanto você possa ser ao infundir suas ações com entusiasmo. Nada é mais insincero que um falso entusiasmo. Não finja. Seja genuinamente entusiasmado. Se empolgue, demonstre, e contagie outros com o poder do entusiasmo.

Evangelho do dia 30 de maio terça feira

30 Maio - São José Marello.

A palma da vitória está no Céu para quem sabe morrer triunfalmente. (L 23). São Jose Marello
João 17,1-11a
"Assim Jesus falou, e elevando os olhos ao céu, disse: "Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique, assim como deste a ele poder sobre todos, a fim de que dê vida eterna a todos os que lhe deste. (Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste.) Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer. E agora Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com a glória que eu tinha, junto de ti, antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que, do mundo, me deste. Eles eram teus e tu os deste a mim; e eles guardaram a tua palavra... e reconheceram que eu saí de junto de ti e creram que tu me enviaste. Eu rogo por eles. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. Eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para junto de ti".

Meditação: 
No marco do discurso de despedida se encontra esta oração de Jesus ao Pai pelo futuro dos discípulos. Jesus parece estar a meio caminho entre este mundo e a presença do Pai; transcendendo o tempo o espaço, mais além da morte, está falando aos discípulos de todos os tempos.

A glorificação do Filho é a glorificação do Pai para dar a vida eterna a seus discípulos, é melhor uma oração de comunhão entre o Pai e o Filho do que uma oração de petição.

Jesus é o lugar de manifestação do nome de Deus. “Os que me confiaste”, se refere, em primeira instancia, aos Doze, mas dado que eles são modelo para todos os cristãos, tem-se em conta os futuros discípulos.

Neles se revela a glória de Jesus, nos cristãos crentes que chegaram à fé depois da ressurreição. Eles continuam no mundo, mas não são do mundo, como tampouco o Reino é de seu mestre; serão como estranhos no mundo, e por isso mesmo sua presença será tumultuadora e ameaçadora para os poderes dos sistemas de opressão e dominação ao longo da história.

No Evangelho de hoje temos o início da expressiva e sublime oração de Jesus ao Pai, no capítulo 17 de João. É a oração da glória do Pai e de Jesus, gloria esta que consiste na comunicação da filiação divina com o dom da vida eterna àqueles que estão unidos a Jesus.

A glória do Pai é o cumprimento da missão de Jesus, anunciada no Prólogo do evangelho: "a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus..." (Jo 1,12).

É a realização da obra do Pai. Jesus, glorificado em seus discípulos, ausenta-se do mundo. Mas os discípulos permanecem no mundo. Cabe aos discípulos, como filhos de Deus, darem continuidade à obra do Pai, realizada por Jesus, comunicando amor e vida ao mundo.

Jesus se manifestou a todos para “nos tirar do mundo”, quer dizer, para nos afastar do pecado e do que nos impede de sermos cada vez mais humanos. A glória de Deus se manifesta na atividade pela qual Ele dá a vida e a refaz quando ela está destruía e perdida. A glória de Deus é que o ser humano viva plenamente.

Jesus foi claro em seus ensinamentos: nosso Deus é um Deus Amor, misericórdia, que não julga nem condena, mas que perdoa e salva.

Nosso compromisso é seguir seus ensinamentos, porque tudo que é do Senhor é também do discípulo e “neles se revela a glória”. Peçamos ao Senhor que nos afaste do pecado e da indiferença, da falta de solidariedade, do desamor e nos dê seu Espírito de vida.

Jesus sabia que sua hora tinha chegado. E assim sendo, não quer deixar seus discípulos em debandada, desunidos. E sabendo também a força e o poder do encardido que é de dispersar, criar confusão e pânico cheio de amor, por sua fidelidade dá glória ao Pai.

Apresenta ao Pai a oração mais sublime da unidade na comunhão do amor. Ele pede que o seu Pai revele e exalte na pecadora do homem na natureza divina do Filho que e o próprio Jesus.

Revela a natureza divina do teu Filho a fim de que ele revele a tua natureza gloriosa. Pois tens dado ao Filho autoridade sobre todos os seres humanos para que ele dê a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que eles conheçam a ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo.

Nesta oração Jesus coloca em destaque primeiro a glória conjunta do Pai e d’Ele. E ao mesmo tempo faz-nos saber que a obediência na realização da vontade de Deus seu Pai constitui a maior a glória do Pai, na terra.

Por isso, terminando a sua missão diz: Eu mostrei quem tu és para aqueles que tiraste do mundo e me deste. Eles eram teus, e tu os deste para mim. Eles têm obedecido à tua mensagem e agora sabem que tudo o que me tens dado vem de ti.

Mas embora eles saibam que tu me enviaste, é preciso, tu ó pai os guardes na unidade. Para o lobo não os disperse e devore um por um. Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu; e a minha natureza divina se revela por meio daqueles que me deste.

Esta é a preocupação do meu e do teu Jesus, que permaneçamos unidos n’Ele assim como Ele permanece no Pai. Que o lobo não nos devore. 

Cada um tem o seu vício, hábito, dificuldade, problema que é como que o pecado de estimação que não passa de pedra no seu sapato ou no da sua família: esposo, esposa, filhos, irmãos etc e que, vira e mexe, nos põe de rasto, semeando desordem, distúrbio, desunião, confusão, separação, divórcios e…  É este o lobo do qual Jesus quer livrar-nos, na oração de hoje ao Pai do Céu.

Reflexão Apostólica:
  
A hora de Jesus era justamente aquela em que iria ser consumado o plano de Deus para a humanidade e, por isso, o Pai glorificaria o Filho a fim de que Ele glorificasse o Pai.

Há uma sintonia entre Jesus e o Pai na missão a que se propõem: a de conceder a vida eterna a todos aqueles que o Pai confia ao Filho.

Por isso, Jesus, percebendo a hora em que seria glorificado, se despede dos Seus discípulos com uma belíssima oração de intercessão a Deus Pai para que todos tivessem a oportunidade de conhecê-Lo e assim apropriarem-se do Seu plano de salvação.

O Plano de Deus para cada um de nós é a vida eterna, perfeita comunhão com Ele, felicidade desde já e a bem-aventurança na outra vida.

Deus Pai confiou a nossa vida a Jesus Cristo, deste modo, a condição para que ela seja conservada é a de que creiamos em Jesus Cristo e no mistério da Sua Paixão, Morte, e Ressurreição.

Esta vida nova consiste em que nós creiamos em Jesus como nosso único Salvador que foi glorificado depois que passou pela Cruz.

Se não acreditarmos e não acolhermos o novo nascimento que Jesus veio nos conferir, nós perderemos a vida eterna. Assim, também nós alcançaremos a glória eterna, se nos fizermos um com Jesus e o Pai pelo poder do Espírito Santo.

Estão aptos a entrar na vida eterna todos os que crêem, acolhem e reconhecem verdadeiras as Palavras de Jesus, o Enviado do Pai.

Jesus rogou pelos que eram Seus, mas olvidou o mundo que não crê, questiona e se distancia de Deus e, por isso mesmo, vive na escuridão.

Estamos no mundo, mas não somos do mundo e o nosso destino é a casa do Pai, morada que Jesus conquistou para nós.

O que você entende por “vida eterna”? Você acredita que Jesus rogou por você também? Você acolhe no coração, como num terreno bom, os ensinamentos de Jesus? Você tem certeza de que irá para o céu?

Propósito:
Pai, reforça minha disposição a ser discípulo de teu Filho. Assim, poderei caminhar para ti com a segurança de quem se deixa iluminar pela verdadeira luz.

AO COMEÇAR UM NOVO DIA

Você sempre vê o seu dia como um novo começo – como uma nova página a ser escrita e cheio de possibilidades – ou você ao acordar já começa a se deter no ontem, pensando em todas aquelas coisas que você poderia ter feito ou obtido? 

Começar um novo dia com os pensamentos ao dia anterior se assemelha a escrever num quadro negro que nunca foi apagado desde o inicio do ano escolar. A sua nova mensagem será muito difícil de ser distinguida entre todas as outras mensagens que já estão desaparecendo numa superfície cheia de poeira. 

A melhor maneira de começar o dia é tratá-lo como uma página completamente limpa. Primeiramente diga a si mesmo: O que passou, passou! Eu não posso reverter o que já foi feito e nem tenho controle dessa situação.” A seguir, faça uma lista intitulada “Para Hoje.” Esses são os seus alvos para as próximas vinte e quatro horas. No final do dia jogue a lista para que assim você possa começar um novo dia!