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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

EVANGELHO DO DIA 01 DE DEZEMBRO SEXTA FEIRA 2023

 


01 DEZEMBRO - Consolemo-nos por nos acharmos na impossibilidade de pagar as muitas dívidas contraídas com Jesus, pois esse pensamento servirá para nos manter na humildade e para nos fazer sentir uma gratidão sempre mais viva para com o celeste Credor. (S 235). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,29-33

 "E Jesus contou-lhes uma parábola: "Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto. Vós, do mesmo modo, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo: esta geração não passará antes que tudo aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão."  


Meditação:

Assim como o profeta confia nas palavras de Deus, o cristão alimenta sua esperança nas palavras de Jesus. Tudo que Ele prometeu será cumprido dentro do desenrolar do processo histórico.

Este Evangelho nos recorda uma vez mais que nosso Deus é o Deus da história. Através dela vamos descobrindo que Ele caminha com a humanidade.
Temos neste texto uma curta parábola cheia de conteúdo. As árvores que brotam indicam a proximidade do verão. Os brotos e as flores do verão prenunciam o outono, tempo de frutos e colheita.

A expressão "Vós, do mesmo modo... ficai sabendo..." indica a incompreensão dos discípulos, com sua visão messiânico-judaica-escatológica, a ser superada.
Neste texto, Jesus enfatiza a atenção que se precisa ter na hora de discernir os sinais dos tempos e a esperança fundada nas palavras de Jesus. Com a parábola, Jesus convida os discípulos, que observam os fenômenos da natureza, a interpretar os acontecimentos do mundo.
Com o surgimento do broto das árvores frutíferas se espera o advento do verão, assim também, a atenta observação dos sinais dos tempos faz conhecer a proximidade do Reino de Deus.

Esta é uma tarefa importante da comunidade cristã: a de descobrir sinais de vida que surgem desde as situações de morte aparente, para poder anunciar a chegada desse tempo de plenitude.

Hoje, Jesus nos exorta a ficarmos atentos (as) aos fatos e acontecimentos que ocorrem no mundo e ao nosso redor, para que possamos esperar com perseverança a Sua segunda vinda, cheio de glória e de poder a fim de instaurar definitivamente o Seu reino no meio de nós.

O mundo será renovado e o reino de Deus definitivamente será estabelecido quando Jesus voltar.
O Reino de Deus já está acontecendo. É a sedução do bem, da vida, da comunhão com Deus, da solidariedade, da fraternidade, da partilha, da alegria. E as palavras de Jesus são anunciadas como convite a participar do banquete da Vida.

O exemplo da figueira nos alerta também para que não fiquemos alienados (as) e sim, atentos aos sinais da chegada do reino de Deus, em nós.
Ele é construído sutilmente dentro de nós, no nosso dia a dia, na nossa caminhada com Jesus apesar de quase não o percebermos.
Podemos desde já, abranger os seus sinais da mesma forma que nós percebemos os sinais dos tempos e do clima.
Há certos sinais que são visíveis para nós aqui na terra: ventania, nuvens carregadas de chuvas, calor forte etc, etc. Assim também há os sinais de que o reino dos céus está próximo.

Estes sinais se manifestam dentro do nosso interior e nós sentimos as suas manifestações na medida em que temos um coração grato, alegre, em paz, cultivamos amor aos irmãos, desejo de santidade, misericórdia, perdão.
Quando você os perceber em si mesmo, saiba que o reino de Deus está próximo, isto é, Jesus está em você, agindo e atuando. O céu e a terra visíveis, um dia passarão, mas as palavras de Deus nunca irão passar.

Como o reino de Deus pode acontecer dentro do coração do homem? Quais são os sinais de que o reino de Deus está perto de você? Você sabe diagnosticar o que se passa dentro do seu coração? Quais os sentimentos que mais fazem vida em você?

Reflexão Apostólica:

 Sofremos, lutamos, levantamos e resolvemos continuar, Jesus à nossa frente a nos pedir que ergamos a cabeça que logo seriamos agraciados com a vitória, a conquista.

Quem após uma grande turbulência ou adversidade não saiu melhor, mais forte, pronto a superar novos desafios?

O sofrimento trás sim transtornos a nossa vida e daqueles que nos cercam, mas esse duro aprendizado acaba quebrando a dormência de nossa vida. Entendamos, como dormência, um processo de “casulo” que toda semente tem, umas mais outras menos.

 Uma semente ao cair no solo não germina de imediato, ela está dormente. Algumas precisam apenas do contato com os nutrientes do solo e um pouco de água para despertar, outras, porém precisam de muito calor.

Algumas sementes do nosso cerrado só brotam depois que são queimadas, ou seja, aqueles incêndios que vemos acabam gerando vida após o sofrimento.

Entenda-se, nesse exemplo, que a natureza, que existe bem antes de qualquer um de nós de certa forma ela consegue ver no sofrimento a própria vida.

Somos suscetíveis a dias bons e dias não tão bons, mas um dia teremos que crescer e ver as folhas brotar (nossos dons, carismas, talentos) e saber que chegou a hora – É verão.

O Espírito Santo se revela na primavera, nas flores, na graça, na paz, na alegria (…). Ele nos torna graciosos aos olhos de todos.

 Quem passa por nós sabe que algo mudou. Chega o verão e é hora de revelar o quanto você melhorou, cresceu, mudou… É quase Advento, e o que você (nós) fez? O que mudou? Em um dia, ou seja, 24 horas, podemos ter as quatro estações.

 Podemos amanhecer cabisbaixos num possível outono; empolgar numa primavera de sorrisos no trabalho; mostrar a tarde todo nosso talento de verão e no fim do expediente voltar à realidade, num triste inverno, sozinhos num quarto quase depressivos (as) esperando um novo dia amanhecer.

Podemos, também, amanhecer sorrindo de orelha a orelha (primavera), trabalhar pensando no intervalo do almoço (outono); passar a tarde reclamando da vida, da falta de oportunidades, de chances (inverno); e a noite, reunidos com a família para o jantar (verão).

Durante esses dias, fases, intervalos de 2023, (…) em que estação do ano passamos mais tempo?

Domingo, o Advento inicia no clamor pelo perdão de nossas faltas, e finda no quarto domingo nos renovando a esperança.

 O Advento, no coração de quem crê, é o fogo que precisávamos para quebrar a dormência do nosso agir.

É a oportunidade de voltar a nascer depois de um erro, de uma tragédia, uma perca. É um tempo propício para refletirmos o que fizemos e como fizemos.

Nossa Igreja se iniciou no sacrifício pascal de Jesus e continua ano após ano trazendo mensagens de um novo recomeço, de ressurreição, de vida.

 Se ainda vivemos (ou estamos vivendo) outonos e invernos, em nossa relação comigo mesmo e com os que nos cercam, temos então a mania de estender o sofrimento da cruz e deixar “passar batida” a esperança.

Quem crê e vigia não precisa temer os evangelhos dessa semana ou tecer, como tantos cientistas, em calcular o quando e como o mundo viria a acabar.

Às vezes levamos 20, 30, 50 ,70 anos pra entender que o verão já chegou, e que esse fim de mundo acontece toda vez que resolvemos dar um 180° em nossas vidas.

Aquele que era torto na vida e resolve hoje endireitar, um mundo velho acaba e um novo recomeça. Um mundo novo que nasce da mudança de atitude de uma única pessoa.

De coração aberto, abra sua vida, sua casa, sua família ao Advento: “(…) Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo “. (Ap 2, 30)

Propósito:

Pai, reforça a sinceridade de minha fé nas palavras de teu Filho Jesus, pois nele o teu Reino se faz presente na nossa história, realizando, assim, tua promessa de salvação.

 Um caso entre tantos outros

 Uma jovem que havia se revoltado contra sua família entrou em crise e decidiu escrever a seguinte carta:

“Imagino a raiva que vocês têm de mim. Sim, fui muito ingrata com vocês. Larguei os estudos, tornei-me uma viciada, fugi, desapareci. Vim para São Paulo, com um amigo, e aqui passei a viver de pequenos expedientes. Na verdade, afundei-me na lama.

O fato é que agora estou na pior. Peguei Aids. O que temo não é a morte. Ela é inevitável para todos nós. Tenho medo é de ficar sozinha. Preciso de vocês, de minha família. Mas também sei que os maltratei muito e posso entender que queiram manter distância de mim. É muito cinismo de minha parte vir agora pedir socorro. Mas, sei lá, alguma coisa dentro de mim dá forças para que eu escreva essa carta. Nem que seja para saberem que estou no começo do fim.

Um dia qualquer passarei aí, em frente à casa, só para dar um último adeus com o olhar. Se por acaso tiverem interesse que eu entre, numa boa, prendam na goiabeira do jardim um pano branco ou uma toalha de rosto. Então, pode ser que eu crie coragem e dê um alô. Caso contrário, entendo que vocês têm todo o direito de não querer carregar essa mala pesada e sem alça na qual me transformei. Irei em frente, sem bater à porta, esperando em Deus. Que um dia a gente se encontre do outro lado da vida. Beijos da filha ingrata, mas que ainda guarda, no fundo do coração, muito amor.”

Três semanas depois, antes das cinco horas da manhã, a jovem desembarca na rodoviária e toma um ônibus em direção à casa da família, de sua família. Desce na esquina e caminha insegura e temerosa. Sabe que a essa hora, toda a família deve estar dormindo. Ao vislumbrar a ponta do telhado, seu coração acelera. Olha o portão de ferro, as grades, o jardim, o cume da goiabeira. Nesse momento, seus olhos se enchem de lágrimas. De repente, uma coisa branca quebra o antigo cenário. Não é uma toalha nem um pano de prato. É um lençol enorme estendido sobre a goiabeira. Em prantos, a jovem atravessa a rua e corre para a sua casa.

 

sábado, 18 de novembro de 2023

EVANGELHO DO DIA 30 DE NOVEMBRO QUINTA FEIRA 2023

 


30 novembro - Santo André, fazei com que também eu ame a cruz. (E 193). São Jose Marello

 


EVANGELHO - Mateus 11,25-27

 "Poucos dias depois, num sábado, Jesus estava atravessando uma plantação de trigo. Os seus discípulos estavam com fome e por isso começaram a colher espigas e a comer os grãos de trigo. Quando alguns fariseus viram aquilo, disseram a Jesus:

- Veja! Os seus discípulos estão fazendo uma coisa que a nossa Lei proíbe fazer no sábado!
Então Jesus respondeu:
- Vocês não leram o que Davi fez, quando ele e os seus companheiros estavam com fome? Davi entrou na casa de Deus, e ele e os seus companheiros comeram os pães oferecidos a Deus, embora isso fosse contra a Lei. Pois somente os sacerdotes tinham o direito de comer esses pães. Ou vocês não leram na Lei de Moisés que, nos sábados, os sacerdotes quebram a Lei, no Templo, e não são culpados? Eu afirmo a vocês que o que está aqui é mais importante do que o Templo. Se vocês soubessem o que as Escrituras Sagradas querem dizer quando afirmam: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais", vocês não condenariam os que não têm culpa. Pois o Filho do Homem tem autoridade sobre o sábado."

Meditação:

 Na Lei dada por Moisés, que não era mais que uma sombra, Deus ordenou a todos que repousassem e não fizessem nenhum trabalho no dia de sábado. Mas isso não era senão uma imagem e uma sombra do verdadeiro sábado, o qual é concedido à alma pelo Senhor. Com efeito, a alma que foi julgada digna do verdadeiro sábado cessa de se abandonar às suas preocupações vergonhosas e humilhantes e repousa; celebra o verdadeiro sábado e goza do verdadeiro repouso, estando liberta de todas as obras das trevas. Ela prova o repouso eterno e a alegria do Senhor.


Antes, estava prescrito que mesmo os animais desprovidos de razão deviam repousar no dia de sábado: o boi não devia ser submetido à canga, nem o burro carregar o fardo, porque os próprios animais repousavam dos trabalhos penosos. Ao vir para o meio de nós, o Senhor trouxe o repouso à alma que estava carregada e oprimida pelo fardo do pecado, e que morria sob o constrangimento das obras de injustiça, subjugada como estava, por mestres cruéis. Ele aliviou-a do peso intolerável das ideias vãs e ignóbeis, libertou-a do jugo doloroso das obras de injustiça, deu-lhe o repouso. É este repouso pelo qual todos nós lutamos e esperamos um dia alcançar em Cristo Jesus.

Senhor Deus, Tu que nos cumulaste de tudo, dá-nos a paz (Is 26, 12), a paz do repouso, a paz do sábado, do sábado que não tem ocaso. Porque está tão bela ordem das coisas que criaste, e que são “muito boas” (Gn 1, 31), passará quando tiver chegado ao termo do seu destino. Sim, elas tiveram a sua manhã e terão a sua tarde. Mas o sétimo dia não tem tarde, não tem ocaso, porque Tu o santificaste a fim de que ele dure para sempre. No termo das Tuas obras “muito boas”, que, contudo, fizeste em repouso, Tu repousaste ao sétimo dia, a fim de nos fazeres compreender que, no termo das nossas obras, que são muito boas porque foste Tu que nos deste (Is 26, 12), também nós repousaremos em Ti, no sábado da vida eterna. Então repousarás em nós como agora ages em nós; assim, o repouso que experimentaremos será o Teu, tal como as obras que fazemos são as Tuas.

Tu, Senhor, trabalhas constantemente e estás constantemente em repouso. Quanto a nós, chega um momento em que somos levados a fazer o bem, depois do nosso coração o ter concebido pelo Teu Espírito, enquanto anteriormente éramos levados a fazer o mal, quando Te abandonávamos. Tu, único Deus bom, nunca deixaste de fazer o bem. Algumas das nossas obras são boas – pela Tua graça, é certo –, mas não são eternas; depois de as fazermos, esperamos repousar na Tua inefável santificação. Mas Tu, bem que não precisa de nenhum outro bem, tu estás constantemente em repouso, porque Tu próprio és o Teu repouso.

Quem, dentre os homens, poderá dar a conhecer tudo isto ao homem? Que anjo o dará a conhecer os anjos? Que anjo ao homem? É a Ti que devemos pedir esse conhecimento, em Ti que devemos procurá-lo, à Tua porta que devemos bater. E dessa maneira sim, dessa maneira receberemos, dessa maneira encontraremos, dessa maneira abrir-se-á a Tua porta, para nos conceder a verdadeira Paz, que só o vosso coração sabe dar aos que lhe pedem com fé, esperança e confiança. 

 Reflexão Apostólica:

Jesus Cristo veio nos mostrar que a misericórdia do Pai não se prende a fórmulas, conceitos ou regras humanas. Ela é o maior motivo para que demos passos aqui na terra em busca da vida em abundância. Deus não age conforme nós pensamos e pregamos.

Ele deseja matar a fome do homem e não se importa de se oferecer como alimento para a nossa fome espiritual não implicando o dia nem a hora. Porque sonda o nosso coração e conhece os nossos desejos mais profundos, o Senhor não impõe condições para nos saciar. Mas, ele precisa de nós, homens e mulheres, como Seus instrumentos.

Os homens impõem um jugo pesado, cheio de regras e limitações, mas para Deus a Misericórdia é a norma que pode ser vivenciada a todo dia e a qualquer hora na nossa vida. Jesus nos chama para alimentar o Seu povo, mesmo que seja em dia de sábado.

Muitas vezes a desculpa do “dia de sábado” esconde uma má vontade para que não façamos o bem e usemos de misericórdia, por acomodação, preguiça e falta de interesse. Preferimos oferecer a Deus sacrifícios baratos, oferendas sem sentido do que ocupar o nosso tempo em dar atenção a quem necessita do nosso olhar, da nossa compreensão, do nosso apoio ou mesmo de uma simples palavra ou de um ouvido para escutar.

Jesus nos ensina que as leis foram feitas para nos orientar e não para nos consumir e que a nossa vida está muito acima e vale muito mais do que os conceitos que nós mesmos adotamos para a nossa acomodação.

Você é muito ligado (a) a regras e preconceitos? Quando você encontra alguém com “fome” o que você faz? Você espera uma oportunidade melhor para ajudar às pessoas ou você o faz em qualquer circunstância?

Propósito:

Pai, dá-me forças para ser verdadeiro companheiro na missão de seu Filho Jesus, mesmo devendo sofrer perseguições e contrariedades.

 

Evangelho do dia 29 de novembro quarta feira 2023

29 novembro - A Sejamos sempre humildes, mesmo nas boas obras, porque, às vezes, começamos um trabalho com reta intenção, mas lentamente se introduz um pouco de amor próprio, de vaidosa satisfação, e lá se vai a reta intenção. (S 231). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,12-19

 "- Mas, antes de acontecer tudo isso, vocês serão presos e perseguidos. Vocês serão entregues para serem julgados nas sinagogas e depois serão jogados na cadeia. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos reis e aos governadores para serem julgados. E isso dará oportunidade a vocês para anunciarem o evangelho. Resolvam desde já que não vão ficar preocupados, antes da hora, com o que dirão para se defender. Porque eu lhes darei palavras e sabedoria que os seus inimigos não poderão resistir, nem negar. Vocês serão entregues às autoridades pelos seus próprios pais, irmãos, parentes e amigos, e alguns de vocês serão mortos. Todos odiarão vocês por serem meus seguidores. Mas nem um fio de cabelo de vocês será perdido. Fiquem firmes, pois assim vocês serão salvos."  

Meditação:

 Lucas escreve seu evangelho na década de oitenta, cerca de dez anos após Jerusalém ter sido destruída pelas tropas do general romano Tito, e seu texto inspira-se no fato já acontecido.

Em seqüência ao discurso sobre a destruição do Templo, Lucas narra a fala de Jesus sobre as perseguições que os discípulos sofrerão.

Estes versículos falam da perseguição que os discípulos certamente sofreriam. O termo "entregar", que se refere às aflições de uma Igreja perseguida, mantém uma estreita relação com a paixão de Jesus.

O sofrimento experimentado pela comunidade cristã se converterá em ocasião para testemunho, em meio às situações limites onde sequer há tempo para elaborar ou preparar discursos.

É o próprio Jesus quem guiará os discípulos em seu testemunho, para que a Igreja seja fiel até o final.

A mesma exortação em meio à crueldade do Império Romano pode ser aplicada à missão que Jesus encomendou aos seus sucessores.

A Palavra convida a confiar no Senhor, que permitirá a seus discípulos enfrentar as situações difíceis, com a certeza de que Ele sempre está presente e que nunca abandona os seus.

Em conclusão, temos a narrativa apocalíptica da vinda do Filho do Homem. Os sinais no sol, na lua e nas estrelas e as potências celestes abaladas são símbolos assustadores da queda dos poderes opressores.

 A vinda do Filho do Homem é a libertação e o restabelecimento do humano e da vida, no que se manifesta a glória de Deus.

 Reflexão Apostólica:

 Essa reflexão não justifica nossa cabeça-dura em não ouvir quando Deus diz PARE! Às vezes temos a mania de continuar mesmo sabendo que é equivocado nosso pensamento.

 Todo bom cristão sabe que muitos dos santos que conhecemos sofreram o martírio ao fim da caminhada; sabemos também que alguns foram crucificados, decapitados, mutilados, queimados, (…) mas poucos simbolizam a nossa realidade humana e persistente como são Sebastião, padroeiro da minha comunidade.

 Como são Sebastião, por muitas vezes, mesmo andando corretamente, somos alvos das flechadas do percurso.

 Quantos de nós já se perguntou o porquê de tantos olhares invejosos, discordâncias sem motivo, brigas sem razão, disse-me-disse, intrigas, partidarismos ao nosso redor? Quantas vezes nos sentimos flechados sem saber o motivo? Quantas pontas de flechas ainda existem em nosso coração nos fazendo remoer dores do passado? Quantas vezes pensei em desistir em virtude das perseguições?

 Sebastião era atrevido. Mesmo sendo encontrado quase morto tinha um objetivo em mente: LEVANTAR e CONTINUAR!

 As flechas não mais importavam, o passado precisava ser cicatrizado juntamente com as feridas. LEVANTAR e CONTINUAR era agora mais que uma meta, passou a ser uma filosofia. Parar para imaginar novas flechadas poderiam o fazer desistir, pois supor o que poderia acontecer geraria, através das expectativas surgidas, o medo.

 Todos aqueles que não desistem de LEVANTAR e CONTINUAR podem até ser premiados com cabelos brancos, com o sofrimento estampado no rosto cansado e abatido, mas ninguém que tem fé se abate ao sofrimento; ninguém que persevera na esperança fica sem o conforto; ninguém que respondeu com amor a maior das perseguições deixou de ser valorizado por Deus.

Sebastião voltou e ainda mais convicto. De certa forma as flechas, os sofrimentos, as angústias (…), nos tornam mais fortes e preparados.

O aprendizado das flechadas deve gerar em nos algo novo, renovado, reavivado. Quando não conseguimos superar as adversidades entramos nos processos de fuga, reclusão, pânico, depressivos. São processos despertados por aquele medo que falávamos no início.

São exemplos de fortaleza todos aqueles que resolvem em meio à dificuldade a continuar lutando, mas seria ilusão não continuar a estória de são Sebastião.
Ele voltou e foi atacado e morto a pedradas. Não posso esconder que nossa sina em comunidade PODERÁ ser assim também: Mal escapamos das flechadas e já estamos levando pedradas ou como a sabedoria popular diz “sai do fogo para pular na frigideira”, mas como Sebastião, Paulo, Pedro, Tiago, sempre levantaram e continuaram.

 Jesus sempre quer nos ver de pé, pois é em pé que através de nossos olhos que Ele vê a nossa sinceridade, a nossa força, nossa gana.

Pedras SEMPRE existirão no meio do caminho como diria Carlos Drummond de Andrade, mas as pedras escondem um prêmio para quem teve coragem de levantar após as flechadas.

 Não tenhamos medo!

 Propósito:

Pai, dá-me uma fé profunda que me possibilite perseverar nos momentos de dificuldade, sem abrir mão da tarefa que recebi: levar adiante o projeto de Jesus.


Evangelho do dia 28 de novembro terça feira 2023

 


28 novembro - Quando formos elogiados, ponhamo-nos a sorrir e pensemos que Deus vê o interior. (S 198). São Jose Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,5-11

Naquele tempo, 5algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas vo­tivas. Jesus disse: 6“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”
8Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”.
10E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”. 

 Meditação:

 A partir de hoje e até o sábado desta semana, a vinda do Reino, da Nova Jerusalém na qual Deus aparece como o soberano da História e a ênfase é posta na justiça de Deus.

O advento do Reino é o advento da justiça para aqueles que nunca a tiveram, para as vítimas que não foram ouvidas, para aqueles que lutaram e foram derrotados, para aqueles que foram capazes de resistir até o final.
O Apocalipse retoma hoje a imagem do ser humano que aparece no livro de Daniel (7,13-14) e a aplica ao Cordeiro, a Jesus Cristo triunfante. É Ele que fará justiça, que fincará a foice para a ceifa e para a vindima.
acostumados às ideias do Deus de amor e misericórdia, pode causar espanto a expressão final relativa a que todo o produto da colheita e da vindima da terra será lançado “no lagar da ira de Deus” .
A misericórdia de Deus não exclui a justiça, pelo contrário, a pressupõe. Fazer justiça àqueles que jamais a receberam é um dos aspectos da misericórdia de Deus. Os poderosos do mundo acreditam que são onipotentes e impunes. O profeta de Patmos anuncia a justiça de Deus.
Esta mesma ideia é proclamada no salmo 95: Deus é o rei "que governa os povos retamente" que "vem para governar a terra: governará o mundo com justiça, e os povos com lealdade".
Justiça de Deus para aqueles que padeceram de fome, de mal tratos, de torturas, justiça para as mulheres abusadas e maltratadas, cujos direitos foram considerados ilegítimos pelos regimes patriarcais que sucederam ao longo da história.
Justiça para os milhões de seres humanos que morreram de fome ou por enfermidades previsíveis ou que tinham cura. Justiça para os que viveram na amargura e no desamparo.
Hoje cabe-nos meditar sobre o capítulo 21, 5–11. Em primeiro lugar temos a introdução a todo o discurso: vv 5–7. Os discípulos estavam admirados com a construção do Templo.

NA VERDADE, era uma maravilha. Mas os discípulos não tinham entendido os gestos e oráculos proféticos de Jesus quando chegaram a Jerusalém. Primeiro, o discurso de 19, 41–44, em que Jesus já dizia que não ficará pedra sobre pedra. E em seguida disse que o Templo era uma toca de ladrões (bandidos).

Quando de repente Jesus repete agora de novo que do Templo não restará pedra sobre pedra, os discípulos lhe perguntaram sobre o “quando” e sobre os “sinais” anunciadores de tal desastre. A resposta de Jesus foi só para uma parte da pergunta. Jesus falará de todo o tempo futuro, muito embora no capítulo 21, 20–24 se referirá à destruição de Jerusalém
Nos Evangelhos sinóticos encontramos conjuntos de textos escatológicos sobre a vinda do referências à destruição de Jerusalém. Eles integram os "discursos escatológicos" de Mateus (caps. 24-25) e Marcos (cap. 13), e dois discursos em Lucas: o primeiro (Lc 17,22-37) destaca a vinda do Filho do homem, e o segundo (Lc 21,5-11) destaca o prenúncio da destruição de Jerusalém e do Templo. Neste, Jesus inicia sua fala aludindo à destruição do Templo, passando, em seguida, aos sinais que a precederão: guerras e perseguições.
"Não ficará pedra sobre pedra que não seja destruída" disse Jesus no Evangelho de hoje referindo-se às belíssimas pedras do Templo de Jerusalém.
A justiça de Deus abarcará toda injustiça, nada ficará impune. E Jesus realça o castigo a toda forma de falsificação religiosa que intenta fazer do Deus libertador uma ideologia para legitimar a opressão.
No capítulo 21, 8–11, Jesus fala de todas as “dores” da história durante o tempo da Igreja: falsos messias, guerras e revoluções, terremotos, pestes e fome em diversos lugares, coisas espantosas e grandes sinais no céu. A mensagem de Jesus é clara: não tenham medo e nem se alarmem, estejam tranquilos. Tudo isto tem que acontecer, mas não é ainda o fim.
“Virão muitos usurpadores em meu nome". Estamos usurpando também em nossas igrejas o Nome Santo para amparar sistemas opressores? Estamos sendo também cúmplices, com nossas ações, palavras ou silêncios? Serão também derrubadas as pedras dos nossos templos?
Jesus chama a atenção daqueles que se deixam impressionar pela majestosa e imponente arquitetura do Templo de Jerusalém. Ele deveria representar a fé, a ligação com Deus e, no entanto, já não consegue criticar a estrutura de morte e marginalização que existe por detrás desses muros. A resposta que Jesus dá a esta atitude tem um tom escatológico, projeta para o futuro o destino da humanidade.
É uma resposta que surge da esperança na pronta vinda do reino de Deus, quer dizer, da espera em uma nova forma de vida na qual Deus, com sua misericórdia e sua justiça reinará, destruindo todas aquelas estruturas que produzem violência, fome, marginalização e morte.
Não se devem usar estes discursos apocalíptico de Jesus para fazer medo às pessoas ou para calcular o fim do mundo. Isto vai contra a intenção de Jesus.

O que o Mestre quer é que estejamos tranquilos e sem medo em meio às adversidades, porque sabemos que “finalmente” (quer dizer, quando chegar o fim) nos encontraremos com Cristo na construção do Reino de Deus. O fim do mundo é um dia bonito e não catastrófico. Toda a história está orientada para a manifestação de Jesus e a chegada do Reino.
As palavras relativas ao destino reservado ao templo sintetizam o material procedente de Marcos. Por outra parte, o Jesus de Lucas não está sentado no monte das Oliveiras, frente ao templo, mas está dentro do templo.
A perícope referida aos sinais antes do fim estabelece um claro contraste entre o que deve ocorrer “primeiro” e o “final”. Desta maneira, à diferença de Mateus, Lucas não se refere ao final do mundo, mas à destruição do templo de Jerusalém”.
Hoje podemos nos deter na consideração dos “sinais enganosos”. Há muitas pessoas angustiadas por causa de pessoas e grupos que se aproveitam da religiosidade (e, com frequência, da credulidade) de muitas pessoas simples.

Não faltam em alguns meios de comunicação mensagens aterrorizantes que interpretam alguns acontecimentos atuais como sinais da cólera divina e antecipação do fim do mundo.
Há alguns anos se falava da AIDS como castigo de Deus. Qualificativos parecidos receberam o fenômeno meteorológico “EL NIÑO” e outros. A necessidade de se ver livres dessas ameaças provoca uma febre de fenômenos pseudomilagrosos: falsas aparições marianas, ritos de desagravo e proliferação de líderes carismáticos com propostas extravagantes. Estes “terrores”, induzidos às vezes de maneira diabólica, não respondem a uma leitura cristã da Palavra de Deus.
O final é um acontecimento de graça, um triunfo do Deus da Vida sobre todas as forças da morte. Os verdadeiros sinais são aqueles que nos ajudam a despertar, a tomar consciência da graça do Senhor que já está entre nós e a nos dispor para acolhê-la com alegria e confiança.

Reflexão Apostólica:

Os discípulos de Jesus estão assombrados pela majestosa construção do Templo. Eles não entenderam as palavras e os gestos proféticos de Jesus a respeito do Templo. Dele não ficará pedra sobre pedra.

O templo tinha sido transformado pelos dirigentes de Israel em um foco de corrupção e exploração dos pobres. Os discípulos perguntaram, intrigados e confusos, quando ocorreria a destruição do Templo.

A beleza e a suntuosidade do Templo davam àqueles que o observavam a sensação de firmeza e perenidade. Como se poderia destruir aquela maravilha?

Além disso, dava a sensação de poder e solidez aos que a administravam. Contudo, Jesus não teme afirmar a fragilidade e a finitude do projeto que se sustenta no Templo. Esta afirmação inquieta aos que não somente admiram a riqueza da construção, mas que veem no Templo o fundamento de sua vida e de sua cultura.

A afirmação de Jesus seguramente traz a suas mentes a pergunta sobre o final dos tempos, inquietação presente no povo e tema de diversos debates religiosos. Jesus chama a atenção para se manter o olhar para o essencial: nem a grandeza do Templo nem as ameaças dos falsos profetas podem oferecer um caminho seguro.

A história mesma, cheia de contradições, é o lugar no qual o fiel deve buscar a vontade de Deus e manter-se fiel, apesar das dificuldades e perseguições. Com esta atitude de vida, não há por que “entrar em pânico”.

Seja hoje a oportunidade de refletirmos sobre nossas contínuas tentações de triunfalismo, que nos impedem de acolher a novidade misericordiosa de Deus.

Aceitar a finitude, a contradição e a conflitividade que o seguimento de Jesus acarreta, fará de sua Igreja sinal de humildade e de autêntica proximidade da vida humana em todas as suas realidades.
Jesus Cristo não nos prometeu nenhum sinal especial para nos livrar dos acontecimentos que tiram a normalidade da nossa vida, porém, ele nos adverte que estejamos atentos (as) em relação às coisas que têm significado para nós.
O valor que as coisas têm é inerente a maneira como nós as enxergamos, ou seja, elas valem para nós conforme a nossa visão interior e subjetiva. O que é valioso para um poderá não ser para o outro dependendo do amadurecimento que eles tenham em relação ao valor das coisas criadas.
As pessoas que admiravam o Templo pela sua beleza exterior, tinham uma visão superficial do mundo e das coisas que as atraíam. Jesus fez ver a elas que o material que enfeita o Templo e até mesmo, aquele que o construiu pode ser facilmente destruído. “Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra.”
“O sinal das coisas que estão para acontecer”, nós o percebemos, justamente pelas “coisas que já estão acontecendo”, no mundo, em nós e nas pessoas ao nosso redor. Guerras, revoluções, terremotos, fome, peste, miséria, dissensões, separações, homicídios, uns se voltando contra os outros etc etc..
Não é fácil ver com clareza estas mensagens sensacionais. São numerosos os agoureiros que anunciam; seu grande número contagia e sugestiona. Disfarçam-se com as palavras de Jesus. Sua mensagem soa como o “Sou Eu; aproxima-se o tempo”. Reúnem, como ele, discípulos a seu redor. Estes os seguem.

Nesse jogo desconcertante da fraude brilha com sua admoestação a palavra do Senhor: essas pessoas são impostoras, e acabam em apostasia e perdição. As palavras de Jesus começam e terminam com uma gravidade que nos põe em defesa: “Não se deixem enganar; não vão atrás deles”.

Na literatura apocalíptica dos judeus se prediziam, para o tempo final, guerras, revoluções e rumores desconcertantes a este respeito. A pergunta pelo tempo e os sinais da ruína de Jerusalém ficam sem resposta.

Aos cristãos que aguardam com ansiedade a vinda de Cristo dirige palavras de orientação, pois o desejo impaciente de ver realizado este sonho leva a prestar ouvidos a falsos rumores.

Para Jesus o tempo presente e o futuro se abriam como esperança; era o tempo definido da salvação. Por isso deveria de ser tomado a sério o momento presente e interpretá-lo com um sinal de Deus que nos chama a fazer deste mundo de morte, um mundo de vida.

Apesar de atentos, nós necessitamos de serenidade e prudência para atravessar esse campo minado e não podemos nos apavorar. O nosso testemunho deve ser de confiança absoluta nas palavras de Jesus: “é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas, não será logo o fim”.
Enquanto as coisas acontecem e enquanto não chega o fim, nós ainda temos chance para uma mudança radical na nossa mentalidade medíocre que valoriza somente o que é atrativo e nos encanta.

Os grandes sinais que serão vistos no céu já se manifestam dentro de nós quando entramos em comunhão com Deus, e, pelo poder do Espírito Santo, acolhemos os ensinamentos de Jesus e temos intimidade com Ele.
A Palavra de Jesus nos recomenda a que não sejamos enganados (as) dando ouvido aos “arautos” do terror, portanto, escutemos atentamente ao que o Senhor nos revela e façamos tudo de acordo com o que Ele nos disser.

Ao analisarmos Mateus 24,7-8 e Lucas 21,11 mais cuidadosamente, o Senhor Jesus diz que as guerras serão seguidas de fomes, de pestes, de terremotos em vários lugares. O versículo nos diz que não necessariamente as epidemias, as fomes e os terremotos acontecem por causa da guerra, mas, são vários eventos que acontecem sucessiva e simultaneamente.

Hoje vivemos um momento de agitação semelhante. Estamos inundados de visões catastróficas que nos anunciam um futuro obscuro e terrível para todos os seres viventes. Mas o importante não é o fato que o mundo se acabe – se tal coisa ocorrer, o importante é perguntamos qual é a finalidade do mundo e da humanidade, qual é a utopia? Qual futuro nós poderemos e deveremos construir? O que Deus quer de nós aqui e agora?

Os tempos difíceis chegarão, isso não se pode evitar; mas Jesus previne a seus seguidores para que em tempos de dificuldade estejam muito atentos, com os olhos abertos e uma consciência bastante clara e definida para não crer em qualquer um que diga “sou eu” ou “ o momento está próximo”.

Não há por que se preocupar tanto pelo “quando” (v. 7) sucederá o que Jesus acaba de vaticinar. O que realmente importa é manter a capacidade de distinguir sempre com critérios de justiça os sinais dos tempos.
Jesus não anuncia apenas tragédias, também oferece esperança. Senhor reitera muitas vezes que não é para ter medo nem se alarmar, porque esse não será o fim. O que Jesus pretende realçar é que, em meio às dificuldades e conflitos em que vivemos, não podemos nos deixar dominar pelo medo, porque a última palavra provém de Deus.
As palavras que Jesus emprega para referir-se à novidade de Deus podem parecer sem esperança, trágicas e violentas; entretanto é uma linguagem que tem como finalidade exortar seus seguidores a interpretar a realidade a partir dos valores do reino, sem deixar-se convencer nem desalentar-se por falsos profetas nem pelas promessas dos poderes opressores.

Somos chamados a viver na vigilância, em constante esperança em Deus, vivendo em nossas comunidades os valores do reino, construindo assim espaços alternativos de vida.

Nós cristãos devemos nos manter firmes na esperança de que a vida triunfará sobre todas as formas de morte, e para quem vive com a esperança na ressurreição, a morte tem outro papel, de menor importância, porque a vida está acima dela. Já não tememos mais as estruturas que geram morte, porque temos nossos olhos fixos no Senhor da vida.

Deus está sempre presente na vida de seus filhos e filhas: no início, durante o seu desenvolvimento e até o fim. Ninguém e nenhum fica fora do alcance da salvação.

Propósito:

Ó Deus, que não temeis os poderosos desta terra, ajudai o vosso povo a avistar o amanhã com clarividência, confiante na vossa Providência. Pai, vosso Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da humanidade. Que eu saiba acolhê-lo como manifestação de vossa misericórdia, e só nele colocar toda a minha segurança.

Evangelho do dia 27 de novembro segunda feira 2023

 


27 novembro - Humildade em tudo, até em virar os olhos e em mexer as mãos. (S 198). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,1-4

 Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas.3Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”. 

Meditação:

 O evangelho nos leva hoje ao Templo, centro da vida religiosa, política e econômica de Israel. Desde sua chegada a Jerusalém, Jesus protagonizou diversas controvérsias com os sumos sacerdotes, escribas e fariseus, tanto que o observavam para surpreendê-lo e o procuravam matá-lo (Lc 20,20 e 19,47).

 Neste cenário, encontramos Jesus no Templo, observando como algumas pessoas ricas depositam seus donativos na arca do tesouro; entre elas, uma viúva pobre deposita o seu.

Ao falar de “uma viúva pobre” devemos pensar numa mulher que vive da caridade e que de fato não tem a entrada permitida no Templo. Sua presença na fila das ofertas já é por si uma imagem de grande força.

Uma pessoa da qual não se espera nada, pois está entre os últimos da sociedade, coloca-se na disposição de doar, de compartilhar, e dá do que necessita para viver. Está pondo em risco sua subsistência com esse gesto, trivial para muitos de seus contemporâneos.

É um relato que incita ao silêncio e à contemplação e convida à revisão de vida: até quando rotulo as pessoas e não lhes permito dar o melhor, por não reconhecer que todos temos muito que oferecer? De que maneira, minha vida se converte em oferenda real a serviço e promoção da justiça? Até onde vai minha disposição de dar e partilhar?

Hoje, aprendemos de Jesus, o verdadeiro valor das coisas materiais. Parado à porta do Templo, Jesus observava o comportamento das pessoas que chegavam para participarem do culto.

Perto de Jesus estava uma caixa para a coleta das ofertas que serviriam para a manutenção do Templo e, para socorrer os que estivessem necessitados.

Ali, cada um colocava a sua contribuição livremente, de acordo com a sua vontade. Percebeu então Jesus, que muitos ricos depositaram boas quantias e que os pobres também contribuíam.

Uma viúva pobre, por fim aproxima-se do cofre e deposita duas únicas moedinhas que tinha em sua bolsa. Jesus, após o culto, chama os seus apóstolos e lhes diz: Em verdade vos digo, que esta viúva pobre depositou muito mais do que todos os outros juntos pois, todos deram das sobras que sempre Têm, mas ela, deu tudo o que tinha, todo o seu sustento. 

Desta lição concluímos lição que, a doação tem que representar, verdadeiramente, a vontade do nosso coração. Às vezes, sentimos muito quando presenciamos certas cenas que nos chocam, devido ao tamanho do sofrimento que um nosso irmão possa estar passando.

Em vários locais que freqüentamos, não estamos livres de presenciar a dor o sofrimento que deprimem e sufocam pessoas como nós, porém, que as adversidades da vida, o que presenciamos dói muito na carne e no espírito daqueles sofredores.

Ficamos horrorizados, condoídos e com muita pena, com muito dó, mas, mesmo chegando até às lágrimas, a maioria, enxugando os olhos e limpando a garganta, sai abatida e com muita dor no coração, porque mesmo não estando naquele estado, leva uma vida muito apertada, com muita luta e coragem, conseguindo sobreviver e, mesmo tendo muito pouco recurso sempre são os que mais ajudam.

A minoria, privilegiada, ignora aqueles sofredores e, até lastimam aquele quadro que enfeia a sua cidade; que mancha o bom nome que ela tem, mas com raras exceções, procuram ajudar àqueles desfavorecidos, mesmo tendo dinheiro e posição social que pode lhes dar condições de acionar as autoridades, para conseguir mudar o tratamento destinado àqueles que nada têm. Gastam, gastam, gastam, mas não gostam de partilhar.

Por isso Jesus fala que os ricos deram do que lhes sobrava. Isso não é dar com amor; é preciso partilhar. Não basta ter dó; não basta ter pena; não basta chorarmos compadecidos; como muitos fazem nos velórios abraçam e deixam uma mensagem para os parentes e, depois, falam mal dos defuntos, comentando sobre a sua vida. 

Isso não muda nada na vida dos que sofrem as marcas de um esquema social que os coloca à margem dos planos dos que dirigem esta e outras nações. Que têm os mesmos problemas no mundo inteiro.

 Com auxílio material, com boa vontade de os ouvirmos e falarmos com carinho e muito amor cristão, alguma coisa sempre se pode fazer. É preciso partilhar o Deus que trazemos dentro de nós, com aqueles que encontramos nas esquinas da vida.

 Que triste alguém que vem à casa do Senhor e tem a sua oferta rejeitada, porque com Deus não se pode barganhar, ou se oferece a oferta a adoração de coração, com a vida ligada a Ele ou então melhor que nem ofereça, o que essas pessoas não entendem, é que Deus nunca precisou e nem precisa de recursos puramente humanos para levar a sua palavra, para levar a sua igreja por esta terra por nossa era, mas o que ele sempre procurou e procura ainda hoje, são os verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade, ele sempre procurou corações abertos que não se rendam as coisas desse mundo, mais que se dediquem a Ele em todos os momentos de sua vida, o Senhor nunca se preocupou com a quantidade da oferta, mas sim com a qualidade dessa, era só aquilo que a viúva tinha, e foi para essa oferta que Deus atentou.

 O que é que nós temos para oferecer ao Senhor? Ofereçamos de todo o coração, para que possa chegar a nossa oferta em cheiro suave diante do nosso Deus!

Reflexão Apostólica:

Esta narrativa de Lucas vem em seguida à advertência de Jesus contra a prática dos escribas. Estes escribas, enquanto fazem questão de ostentar piedade e prestígio, devoram as casas das viúvas.

Jesus contempla a ação realizada pela viúva no tesouro do Templo, e utiliza sua atitude como ensinamento para seus discípulos e também para nós: ante os olhos de Deus tem muito mais valor a pouca oferenda depositada pela viúva que as grandes quantidades depositadas pelos ricos. Porque a viúva coloca no cofre tudo que tem para sobreviver, põe nas mãos de Deus tudo o que tem, põe sua vida, expressando assim que sua única esperança é a misericórdia de Deus. 
A oferenda do rico não é válida ante os olhos de Deus porque é interesseira; talvez o rico busque com ela acalmar sua consciência, remediar sua injustiça, talvez exibir-se como generoso e devoto, ou talvez, ao depositá-la, projete aumentar suas riquezas sem pensar nas necessidades de seus conterrâneos, nem na exigência própria da lei de compartilhar os bens com os mais pobres.
 
O texto de hoje nos mostra que é a partir da generosidade, do desprendimento que vamos construindo uma nova sociedade e uma nova Igreja, na qual o compartilhar fraterno e generoso é fundamento para um viver mais coerente a nossa fé em Deus.
Muitas vezes passamos por egoístas e somente damos de forma simbólica um par de moedas que não necessitamos, ou – pior ainda – ofertamos o que passou a ser inútil para nós. Que mérito tem esses gestos? Dar é sinônimo de entrega; e é entregando do que necessitamos que acumulamos tesouros no céu. Valioso diante de Deus é dar de forma desinteressada, sem esperar nada em troca e menos ainda o aplauso público.
Geralmente, na concepção do mundo, vale mais aquele que tem mais para dar. No entanto, para Deus não importa o muito ou o pouco que nós ofertamos, mas, a condição e o modo como nós o fazemos.
 
Neste Evangelho nós descobrimos o valor que tem diante de Deus aqueles (as) que têm pouco para dar, mas oferecem a Ele tudo o que possuem. Se formos parar para avaliar a nossa conduta, nós iremos perceber que geralmente nós nos apegamos com o pouco que temos e damos ao outro somente o pouco que nos sobra do muito que temos.
 
A lei natural do mundo nos instrui que devemos fazer oferta de acordo com o que nós possuímos. Se tivermos muito, temos condições de também oferecer muito, se tivermos pouco, escassa também será a nossa doação. Isso faz parte da vida!
 
Porém, o que mais impressionou a Jesus no caso da viúva do Evangelho, foi que ela depositou no altar do Senhor as duas únicas moedas que possuía, portanto, ela deu tudo o que tinha. Assim ela deu testemunho de desprendimento e ao mesmo tempo de confiança na providência de Deus.
 
Às vezes nós sovinamos não somente dinheiro, mas também, trabalho, tempo, atenção, carinho, compreensão, zelo. Jesus nos ensina: aquele que dá a Deus tudo o que tem, receberá de Deus muito mais para bem viver.

Podemos agora, colocar essa idéia na nossa vida e refletir sobre o que nós estamos depositando diante de Deus como oferta. Deus, Criador de todas as coisas do universo é dono de tudo, mas, ainda não tem a posse do nosso coração, mesmo sendo Ele o Autor da nossa alma e do nosso ser. 
A Ele, nós temos oferecido apenas migalhas, negamos até o que de mais precioso nós possuímos que é o dom da nossa liberdade. Somos escravos (as) de nós mesmos (as) e teimamos em querer nos apossar das coisas que são inerentes ao nosso ser, mas que se constituem um entrave para que Deus seja, realmente, o dono das nossas duas moedas ou do nosso tesouro.
 
Colocamos nas mãos do Senhor somente aquilo que nos sobra, ou melhor, as áreas da nossa vida das quais nós já conseguimos nos desprender. Entretanto, há outras, que estão tão ligadas ao nosso comodismo e à nossa vontade própria, que nós nem pensamos, quanto mais, admitimos, colocá-las diante do Senhor para que Ele as governe.

A viúva que não tinha nada entregou a Deus, tudo. Será que nós, que tudo possuímos, não estamos dando a Deus, quase nada, apenas o que nos sobra? Isso é algo sobre o qual nós precisamos refletir. 
Você tem sido generoso (a) ou tem dado somente as sobras? O que você tem relutado a entregar a Deus? Você se acha no dever de oferecer a Deus a sua vida? Quais as áreas do seu ser que você tem deixado o Senhor governar? Você tem deixado Jesus arrumar todos os aposentos do seu coração? Existe alguma coisa que você tem negado a Deus?
Na ótica de Jesus, aquela pobre viúva, representação do mais pobre entre os pobres, saiu do templo justificada; foi quem recebeu um maior dom em troca de seu desprendimento: a graça divina; mas do ponto de vista de um doador rico, aquela mulher teria pouca ou quase nenhuma recompensa.

O reino que Jesus proclama não pode reger-se pelos mesmos critérios dos dirigentes de Israel; o reino se constrói com os critérios da qualidade e disponibilidade para contribuir a partir de uma genuína generosidade, e das próprias carências, não a partir do supérfluo.

É preciso discernir continuamente nosso comportamento e atitudes com aquelas pessoas que dão generosas oferendas a nossos centros religiosos em comparação com aquelas que oferecem pouco ou definitivamente não têm nada que oferecer. 

Quais são as de maior objeto de nossa “consideração” e apreço? Sejamos sinceros nisto e reconheçamos com humildade que na maioria das vezes nos sentimos muito a gosto com aqueles que dão mais, que têm mais e melhores meios. E o evangelho onde está?

A viúva do evangelho que hoje meditamos simboliza aquela porção de Israel que entrou na dinâmica de Jesus, que está disposta a dar, a dar-se, a entregar-se com o que tem à causa do Reino do Pai. 

Essas pessoas que dedicam tempo desinteressadamente às nossas obras nos evangelizam com sua generosidade, e especialmente as que não regateiam nada para que a obra do Reino continue sua marcha, recebem nossa atenção como aquela viúva recebeu de Jesus, e nos deixamos contagiar por seu exemplo?

Com auxílio material, com boa vontade de os ouvirmos e falarmos com carinho e muito amor cristão, alguma coisa sempre se pode fazer. É preciso partilharmos o Deus que trazemos dentro de nós, com aqueles que encontramos nas esquinas da vida. “O VOLUNTARIADO E ‘O AMOR EM AÇÃO, ATRAVÉS DA CARIDADE.”

Propósito:

Pai, dá-me um coração de pobre, capaz de partilhar até do que me é necessário, porque confio totalmente no teu amor providente.

Evangelho do dia 26 de novembro 2023 - JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

 

26 novembro - Humilhar-se é um grande remédio contra as tentações. (S 198). São Jose Marello

 

EVANGELHO DO DIA 26 NOVEMBRO 2023 – JESUS CRISTO – REI DO UNIVERSO

 Mateus 25, 31-46

"- Quando o Filho do Homem vier como Rei, com todos os anjos, ele se sentará no seu trono real. Todos os povos da terra se reunirão diante dele, e ele separará as pessoas umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas das cabras. Ele porá os bons à sua direita e os outros, à esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: "Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar."
- Então os bons perguntarão: "Senhor, quando foi que o vimos com fome e lhe demos comida ou com sede e lhe demos água? Quando foi que vimos o senhor como estrangeiro e o recebemos na nossa casa ou sem roupa e o vestimos? Quando foi que vimos o senhor doente ou na cadeia e fomos visitá-lo?"
- Aí o Rei responderá: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram."
- Depois ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: "Afastem-se de mim, vocês que estão debaixo da maldição de Deus! Vão para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos! Pois eu estava com fome, e vocês não me deram comida; estava com sede, e não me deram água. Era estrangeiro, e não me receberam na sua casa; estava sem roupa, e não me vestiram. Estava doente e na cadeia, e vocês não cuidaram de mim."
- Então eles perguntarão: "Senhor, quando foi que vimos o senhor com fome, ou com sede, ou como estrangeiro, ou sem roupa, ou doente, ou na cadeia e não o ajudamos?"
- O Rei responderá: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar."
E Jesus terminou assim:
- Portanto, estes irão para o castigo eterno, mas os bons irão para a vida eterna.
"
  

MEDITAÇÃO 

A Festa de Cristo Rei é uma das festas mais importantes no calendário litúrgico, nela celebramos aquele Cristo que é o Rei do universo. O seu Reino é o Reino da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz.

Esta festa foi estabelecida pelo Papa Pio XI em 11 de março 1925. O Papa quis motivar os católicos para reconhecer em público que o líder da Igreja é Cristo Rei. Mais tarde a data da celebração foi mudada dando um novo senso.

O ano litúrgico termina com esta festa que salienta a importância de Cristo como centro da história universal, tem um sentido escatológico na qual nós celebramos Cristo como Rei de todo o universo. Ele é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. Cristo reina nas pessoas com a mensagem de amor, justiça e serviço. O Reino de Cristo é eterno e universal, quer dizer, para sempre e para todos os homens.

Nós sabemos que o Reino de Cristo já começou a partir de sua vinda na terra a quase dois mil anos, porém Cristo não reinará definitivamente em todos os homens até que volte ao mundo com toda a sua glória no final dos tempos. Jesus nos antecipou sobre esse grande dia.

Na festa de Rei de Cristo celebramos que Cristo pode começar a reinar em nossos corações no momento em que nós permitimos isto a ele, e o Reino de Deus pode deste modo fazer-se presente em nossa vida.

 Desta forma estabelecemos o Reino de Cristo de agora em diante em nós mesmos e em nossas casas, emprego e vida.

Jesus nos fala das características do seu Reino por várias parábolas no capítulo 13 de Mateus: Primeiramente, o Senhor JESUS contou a parábola das dez virgens. Talvez vocês possam se lembrar. Havia dez virgens. Cinco dentre elas eram néscias e cinco eram prudentes. As prudentes eram bem preparadas, as outras não. Elas não se prepararam bem para o encontro com o noivo.

Com esta história, CRISTO queria nos ensinar que nós não sabemos quando ele voltará. E que nós temos que estar preparados para isso todos os dias. Quem é prudente se prepara para encontrar JESUS.

O que é importante: uma vida certa! Isso CRISTO nos ensina também na segunda parábola: a história do senhor que deu aos seus escravos cinco, dois e um talento.

O que tinha cinco, saiu imediatamente e trabalhou com amor e zelo e assim ele conseguiu ganhar outros cinco talentos.

O escravo que recebeu dois fez o mesmo, mas o escravo que tinha recebido um não fez nada.

Ele odiava o seu senhor e por isso ele não fez nada. Foi um escravo mau e preguiçoso. Ele não era um bom exemplo. De jeito nenhum! O Senhor está nos ensinado que o amor e o zelo dos outros foram premiados.
Amor e zelo com as coisas do nosso Senhor. Isso é muitíssimo importante. E por isso também esta pergunta: Qual é a de vocês?

Isso será decisivo no último dia. Porque, naquele momento, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro.

Duas mulheres estarão fazendo o mesmo trabalho, uma será tomada e a outra deixada. Será feita uma separação. E sobre isso fala o fim de Mateus 25.

Nestas parábolas Jesus nos faz ver claramente que vale a pena procurar e viver o Reino de Deus, isto vale mais do que todos os tesouros da terra e que o crescimento dele será discreto, sem ninguém perceber, mas efetivo.

A Igreja tem a responsabilidade de orar e aumentar o reinado de Jesus Cristo entre os homens.

O aumento do Reino de Deus deve ser o centro de nossa vida como membros da Igreja. Fazer com que Jesus Cristo reine no coração dos homens, no peito das casas, nas comunidades e nas cidades.
Com isto nós poderemos chegar a um mundo novo no qual reinará o amor, a paz e a justiça e a salvação eterna de todos os homens. Para que Jesus reine em nossa vida, devemos em primeiro lugar conhecer Cristo.

 A leitura e reflexão do Evangelho, a oração pessoal e os sacramentos são os meios para conhece-Lo e as graças recebidas vão abrindo os nossos corações a seu amor. Trata-se de conhecer Cristo de uma maneira experimental e não só teleológica.

Oremos com profundidade escutando o Cristo que nos fala. Ao conhecer Cristo expressaremos o amor de maneira espontânea, por que Ele é bondade.
O amor a Cristo nos levará quase sem perceber a pensar como Cristo, querer como Cristo e sentir como Cristo, vivendo uma vida de verdadeira caridade e Cristandade autentica.

 Quando imitarmos Cristo conhecendo-o e amando-o, então podemos experimentar seu Reino..

O compromisso apostólico consiste em levar nosso amor para a ação de estender o Reino de Cristo a todas as almas por meio de trabalhos concretos de apostolado. Nós não podemos parar. Nosso amor aumentará.
Dedicar a nossa vida a expandir o Reino de Cristo na terra é o melhor que podemos fazer, pois Cristo nos recompensará com alegria e uma paz profunda e imperturbável em todas as circunstancias da vida.

REFLEXÃO APOSTÓLICA: 

 O fim do ano está chegando e isso será também o fim do mundo? Há pessoas que pensam nisso.

Eles estão dizendo que o fim do mundo está pertíssimo. Talvez tenham razão, talvez não. A Bíblia não diz nada sobre qual o dia em que CRISTO voltará.

Isso não foi revelado, mas é revelado o que vai acontecer quando CRISTO voltar. JESUS mesmo falou sobre esse assunto. 
Enquanto cristãos, esperamos um dia encontrar e descansar na graça, portanto temos um imenso compromisso com a construção do reino e com os que um dia habitarão essa terra.

Isso difere muitas vezes do que alguns podem pensar, pois temos irmãos que se prontificariam até em ficar a porta do céu para “selecionar” quem poderia entrar no céu.

 Temos irmãos também que se prontificariam em ficar às portas do céu de mãos levantadas e louvando por aqueles que adentrarem, mas infelizmente, hoje temos também em menor número, pessoas ajudando a arrebanhar as ovelhas perdidas. É fácil tosquiar a ovelha que está no cercadinho e a que me segue…

Se declarar católico, evangélico, cristão não é atestado de salvação, pois como vimos esses dias, nem todo que diz “senhor, senhor” chega ao céu…

 Outro contra censo é estar à frente de um trabalho de evangelização e não acreditar no que prega sendo até assim, mais perigoso que aquele que não acredita em nada.

Um exemplo: Jovens, diferentemente do que pensamos, gostam sim de regras. Não gostam de assumir isso, mas sem regras em casa eles costumam seguir as de alguém que admira.

 Como é decepcionante para um aluno ao ver seu professor, a quem tem como referência, brigando, xingando, fumando, (…).

Quando deparamos com essa informação sacamos a velha frase “faça o que eu falo e não o que faço” ou aquela outra “não podemos julgar, somos falhos, erramos” …

Reparemos o quanto nos protegemos e relutamos em assumir nossas mazelas. Temos medo de assumir que somos seres em construção.
Pessoas que estão a frente devem se empenhar ainda mais e serem melhores, não só nos lindos discursos e sim na vida. Quanto aos louvores…

Muitas vezes tecemos lindas palavras, escrevemos lindos discursos, mas em outros momentos nosso humano ainda não convertido publica outdoors de contratestemunho.

É o irmão, o padre, o pastor que “vive na igreja” e não muda o coração. É aquele que arma um imenso “beiço” quando toma um “não”. É aquela catequista que vai com o “cofrinho” de fora. É o jovem bobo e bêbado no carnaval pra agradar os amigos. É o pai que fura o sinal vermelho. É a mãe que compete com sua filha de 15 anos; (…).
Como convencer alguém com palavras se respondo com os gestos que minha vida ainda não acredita nelas?

Hoje o mundo oferece igrejas “a la carte”, onde em qualquer esquina se promete tudo que é imaginário a atender nossos desejos. O que essas “igrejas” ainda não ofereceram, o Google oferta a resposta.

Um líder, uma liderança que não sabe acolher, que justifica seus atos contraditórios em relação a sua fala, faz aproximar os que têm dúvidas, dessas falsas igrejas que se “empenham” a dar o que eles querem ouvir.

A teologia da prosperidade só tem tantos adeptos, pois nossa fala de desapego não combina com o ser apegado a riqueza e ao luxo que renegamos abandonar…

Como entender alguém cristão ser maçom? Quero ficar a direita ou à esquerda? Concorda que temos muito ainda por fazer em nós?

Enquanto alguns ficam aqui zelando as do cercadinho, alguém tem que ir lá fora buscar na chuva quem não voltou ainda!

Pior ainda é aquele que se põe no cercadinho como vítima apenas para não ter que de fato mudar. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar.

Propósito:

Ó Deus, que quiseste reunir todos OS povos em teu amor universal, e em tua comunicação multiforme e inefável com todos. Faze que toda a criação e a humanidade, unidas pelo cuidado mutuo e pelo dialogo, alcance a plenitude do amor para o que sempre atraíste a todos. Tu que vives e estás presente em todos os povos e religiões, desde sempre e para sempre. Pai, coloca no meu coração um amor e por meio deles que chegarei a ti.