Seguidores

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Evangelho do dia 23 de novembro quinta feira 2023

 

23 novembro - A humildade não é apenas guarda da pureza, mas é também segurança do precioso dom da fé. (S 358). São Jose Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 19,41-44

 Naquele tempo, 41quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: 42“Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos! 43Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados. 44Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra. Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”.

 Meditação:

Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! .

Chegamos ao fim do caminho, Jerusalém é uma realidade que se apresenta com toda sua grandiosidade e poderio. A comunidade lucana devia recordar, transmitir e conservar com luxo de detalhes o acontecimento que marcou o desenlace final da vida e da pregação de Jesus.

As pessoas que acompanhavam Jesus tinham uma mistura de sentimentos, ideias e expectativas que não sabiam como resolver, mas continuaram a seguir os passos do Mestre que vai enfrentar as autoridades religiosas e políticas da capital.

Dadas as expectativas messiânicas do povo judeu, a entrada de Jesus na cidade, cheia de peregrinos para a festa da Páscoa, devia chamar a atenção, embora em termos políticos foi um fato sem grande transcendência.

Jesus entrou em Jerusalém evocando o simbolismo que se tinha construído em relação ao Messias nos textos do Antigo Testamento, onde se profetizava que seria um rei pacífico. Pelo visto, a popularidade que Jesus tinha entre o povo os levou a proclamá-lo com gritos e palavra de ordem como o Messias esperado.

Jesus, cheio de compaixão, chorou sobre a cidade que se estendia diante de seus olhos, por causa da destruição e da devastação iminente. As autoridades judaicas e os chefes religiosos, ao rejeitar Jesus, rejeitavam o caminho que conduz à salvação, a paz e a liberdade.

As expressões “se também você compreendesse hoje o caminho da paz” e “porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para visitá-la”, indicam a natureza da missão de Jesus.

No entanto, as autoridades judaicas estavam espiritual e politicamente cegas, daí a esterilidade de sua resposta ao chamado de Deus em seu filho Jesus. Porém, as pessoas e os discípulos gritavam de alegria, o coração de Jesus se consternava pelo juízo iminente da cidade.

Por que esperar para amanhã? Jesus chorou sobre Jerusalém porque o povo para quem Ele veio não o recebeu. Prevendo todas as consequências que adviriam da recusa ao Projeto do Pai, Ele lamentou: “Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Jesus continua ainda nos dias de hoje a nos acenar e a nos propor dias de paz, porém muitas vezes nós também O rejeitamos e por isso Ele chora olhando para nós como olhou para Jerusalém.

Nós nunca fazemos ideia de como magoamos o coração de Deus com a nossa recusa, porque nós achamos muito sem importância, e não percebemos que o valor que temos para Deus é muito maior do que o que nós próprios nos damos. Jerusalém hoje é você.

O texto original dá a entender que Jesus emitia um choro alto, sugerindo uma alma em profunda agonia. Era o tipo de choro que acompanha uma grande aflição, como ouvir a notícia trágica da morte de um ente querido.

Mas Jesus não chorou por si mesmo. “Quando se aproximou e viu a cidade, Jesus chorou sobre ela e disse: “Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos! ”.

 Nessa lamentação, Jesus refletia a tristeza de seu Pai divino. Mesmo em Gênesis, lemos que a maldade da humanidade nos dias de Noé feriu ao Senhor, “cortou-lhe o coração” (Gn 6,36). O coração de Jesus também estava cheio de dor porque seu povo não compreendia que ele veio trazer paz com Deus e com os outros.

Reflexão Apostólica:

Jesus chega a Jerusalém aclamado pela multidão. Porém, ao invés de corresponder aos aplausos vendo a cidade, chora sobre ela. Jerusalém era a capital da fé daquele tempo. Pois tendo sido tomada do povo jebuseu pelo rei Davi, nela estavam centralizados todos os poderes religiosos, político e militar.

 O templo aí construído e a sólida teologia imperial elaborada na corte dos reis descendentes de Davi conferiram à Jerusalém o status de cidade sagrada.

 Todavia, já os profetas do Antigo Testamento denunciavam o abuso de poder e a corrupção aí reinantes, e o fato se tornava cada vez pior. Os olhos desta cidade estão como que tapados: ela se tornou o centro da exploração e opressão do povo, enveredando por um caminho que é o oposto do caminho da paz. Ela será destruída, porque não quer reconhecer na visita de Jesus a ocasião para mudar as próprias estruturas injustas, abrindo-se ao apelo d’Ele.

Jesus chora porque gostaria de juntar aquele povo como uma galinha junta seus pintinhos. Caro leitor, você conhece esta cena? A galinha junta os pintinhos com as asas e os protege. Jesus é assim mesmo! Ele usa linguagem bem humana para que possamos compreender.

 Que comparação Jesus faz! Como é grande o amor de Jesus pela humanidade, narrado nestes textos à cidade de Jerusalém. E ele é proclamado para você aqui, agora! Ele deseja muito abrir seus braços agora e acolher a todos, deixe-se ser acolhido por Jesus!

Foram duas ocasiões muito solenes aquelas em que os textos sagrados nos dizem que Jesus chorou. Chorou diante do sepulcro, onde jazia o seu amigo Lázaro, morto há quatro dias, e chorou quando sentiu, no mais íntimo do seu coração, a incredulidade da santa cidade de Jerusalém.

 Jesus é Deus (único, sem dúvida), que chora pela situação triste e ímpia deste mundo perdido. Parece um contraste, algo incoerente, Deus a chorar pelos homens. Mas não.

 Não é incoerência, porque este (Jesus) é o único Deus que ama. Deus que ama o mundo de tal maneira que dá a si mesmo, como sacrifício de substituição para que todo aquele que n’Ele crê não morra, mas tenha a vida eterna.

Olhemos este texto e vejamos com que amor Deus se ocupa de nós. Como dá a si mesmo; como sofre, vendo a cidade entregue às suas impiedades e dominada pelos vendilhões da religião; como chora sobre ela e ora para que abra os olhos para as suas oportunidades, ainda de pé, mas em breve perdidas!

 Esta cidade somos nós quando não nos “queremos” converter e acatando os seus ensinamentos nos salvar. E então continua chorando por nós: Jerusalém, Jerusalém, como gostaria que visses as tuas oportunidades, mas tu queres continuar de olhos fechados; como queria que abrisses os olhos, mas tu preferes continuar de olhos fechados e não ver a verdade; como quis ajuntar os teus filhos como a galinha ajunta os pintos debaixo das asas, mas tu não quiseste; Porque assim queres, os teus inimigos te sitiarão de todos os lados, serás totalmente derrubada e em ti não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.

 Como cristãos, em Jesus temos o compromisso de gerar em nossas famílias e em nossas comunidades ambientes de paz, de reconciliação e de respeito mútuo, elementos que tornam visíveis na nossa história a presença viva e próxima de Deus.

Ainda hoje, existem muitas pessoas que não compreendem que somente Cristo pode lhes trazer paz definitiva. Lamentando sobre Jerusalém, Jesus afirmou que o povo “não reconheceu a oportunidade que Deus lhe concedeu”. E nós? Reconhecemos que Deus se aproxima de nós, hoje, através de Jesus Cristo? Exclamamos: “Hosana,” sabendo que Jesus é o único Salvador?

 Propósito:

Somos gratos, Jesus, porque temos certeza de teu amor pelos seres humanos, especialmente quando a incredulidade deles entristece o teu coração de amor. Ajuda-nos a buscar a tua paz.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário