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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

EVANGELHO DO DIA 01 DE DEZEMBRO SEXTA FEIRA 2023

 


01 DEZEMBRO - Consolemo-nos por nos acharmos na impossibilidade de pagar as muitas dívidas contraídas com Jesus, pois esse pensamento servirá para nos manter na humildade e para nos fazer sentir uma gratidão sempre mais viva para com o celeste Credor. (S 235). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 21,29-33

 "E Jesus contou-lhes uma parábola: "Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto. Vós, do mesmo modo, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo: esta geração não passará antes que tudo aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão."  


Meditação:

Assim como o profeta confia nas palavras de Deus, o cristão alimenta sua esperança nas palavras de Jesus. Tudo que Ele prometeu será cumprido dentro do desenrolar do processo histórico.

Este Evangelho nos recorda uma vez mais que nosso Deus é o Deus da história. Através dela vamos descobrindo que Ele caminha com a humanidade.
Temos neste texto uma curta parábola cheia de conteúdo. As árvores que brotam indicam a proximidade do verão. Os brotos e as flores do verão prenunciam o outono, tempo de frutos e colheita.

A expressão "Vós, do mesmo modo... ficai sabendo..." indica a incompreensão dos discípulos, com sua visão messiânico-judaica-escatológica, a ser superada.
Neste texto, Jesus enfatiza a atenção que se precisa ter na hora de discernir os sinais dos tempos e a esperança fundada nas palavras de Jesus. Com a parábola, Jesus convida os discípulos, que observam os fenômenos da natureza, a interpretar os acontecimentos do mundo.
Com o surgimento do broto das árvores frutíferas se espera o advento do verão, assim também, a atenta observação dos sinais dos tempos faz conhecer a proximidade do Reino de Deus.

Esta é uma tarefa importante da comunidade cristã: a de descobrir sinais de vida que surgem desde as situações de morte aparente, para poder anunciar a chegada desse tempo de plenitude.

Hoje, Jesus nos exorta a ficarmos atentos (as) aos fatos e acontecimentos que ocorrem no mundo e ao nosso redor, para que possamos esperar com perseverança a Sua segunda vinda, cheio de glória e de poder a fim de instaurar definitivamente o Seu reino no meio de nós.

O mundo será renovado e o reino de Deus definitivamente será estabelecido quando Jesus voltar.
O Reino de Deus já está acontecendo. É a sedução do bem, da vida, da comunhão com Deus, da solidariedade, da fraternidade, da partilha, da alegria. E as palavras de Jesus são anunciadas como convite a participar do banquete da Vida.

O exemplo da figueira nos alerta também para que não fiquemos alienados (as) e sim, atentos aos sinais da chegada do reino de Deus, em nós.
Ele é construído sutilmente dentro de nós, no nosso dia a dia, na nossa caminhada com Jesus apesar de quase não o percebermos.
Podemos desde já, abranger os seus sinais da mesma forma que nós percebemos os sinais dos tempos e do clima.
Há certos sinais que são visíveis para nós aqui na terra: ventania, nuvens carregadas de chuvas, calor forte etc, etc. Assim também há os sinais de que o reino dos céus está próximo.

Estes sinais se manifestam dentro do nosso interior e nós sentimos as suas manifestações na medida em que temos um coração grato, alegre, em paz, cultivamos amor aos irmãos, desejo de santidade, misericórdia, perdão.
Quando você os perceber em si mesmo, saiba que o reino de Deus está próximo, isto é, Jesus está em você, agindo e atuando. O céu e a terra visíveis, um dia passarão, mas as palavras de Deus nunca irão passar.

Como o reino de Deus pode acontecer dentro do coração do homem? Quais são os sinais de que o reino de Deus está perto de você? Você sabe diagnosticar o que se passa dentro do seu coração? Quais os sentimentos que mais fazem vida em você?

Reflexão Apostólica:

 Sofremos, lutamos, levantamos e resolvemos continuar, Jesus à nossa frente a nos pedir que ergamos a cabeça que logo seriamos agraciados com a vitória, a conquista.

Quem após uma grande turbulência ou adversidade não saiu melhor, mais forte, pronto a superar novos desafios?

O sofrimento trás sim transtornos a nossa vida e daqueles que nos cercam, mas esse duro aprendizado acaba quebrando a dormência de nossa vida. Entendamos, como dormência, um processo de “casulo” que toda semente tem, umas mais outras menos.

 Uma semente ao cair no solo não germina de imediato, ela está dormente. Algumas precisam apenas do contato com os nutrientes do solo e um pouco de água para despertar, outras, porém precisam de muito calor.

Algumas sementes do nosso cerrado só brotam depois que são queimadas, ou seja, aqueles incêndios que vemos acabam gerando vida após o sofrimento.

Entenda-se, nesse exemplo, que a natureza, que existe bem antes de qualquer um de nós de certa forma ela consegue ver no sofrimento a própria vida.

Somos suscetíveis a dias bons e dias não tão bons, mas um dia teremos que crescer e ver as folhas brotar (nossos dons, carismas, talentos) e saber que chegou a hora – É verão.

O Espírito Santo se revela na primavera, nas flores, na graça, na paz, na alegria (…). Ele nos torna graciosos aos olhos de todos.

 Quem passa por nós sabe que algo mudou. Chega o verão e é hora de revelar o quanto você melhorou, cresceu, mudou… É quase Advento, e o que você (nós) fez? O que mudou? Em um dia, ou seja, 24 horas, podemos ter as quatro estações.

 Podemos amanhecer cabisbaixos num possível outono; empolgar numa primavera de sorrisos no trabalho; mostrar a tarde todo nosso talento de verão e no fim do expediente voltar à realidade, num triste inverno, sozinhos num quarto quase depressivos (as) esperando um novo dia amanhecer.

Podemos, também, amanhecer sorrindo de orelha a orelha (primavera), trabalhar pensando no intervalo do almoço (outono); passar a tarde reclamando da vida, da falta de oportunidades, de chances (inverno); e a noite, reunidos com a família para o jantar (verão).

Durante esses dias, fases, intervalos de 2023, (…) em que estação do ano passamos mais tempo?

Domingo, o Advento inicia no clamor pelo perdão de nossas faltas, e finda no quarto domingo nos renovando a esperança.

 O Advento, no coração de quem crê, é o fogo que precisávamos para quebrar a dormência do nosso agir.

É a oportunidade de voltar a nascer depois de um erro, de uma tragédia, uma perca. É um tempo propício para refletirmos o que fizemos e como fizemos.

Nossa Igreja se iniciou no sacrifício pascal de Jesus e continua ano após ano trazendo mensagens de um novo recomeço, de ressurreição, de vida.

 Se ainda vivemos (ou estamos vivendo) outonos e invernos, em nossa relação comigo mesmo e com os que nos cercam, temos então a mania de estender o sofrimento da cruz e deixar “passar batida” a esperança.

Quem crê e vigia não precisa temer os evangelhos dessa semana ou tecer, como tantos cientistas, em calcular o quando e como o mundo viria a acabar.

Às vezes levamos 20, 30, 50 ,70 anos pra entender que o verão já chegou, e que esse fim de mundo acontece toda vez que resolvemos dar um 180° em nossas vidas.

Aquele que era torto na vida e resolve hoje endireitar, um mundo velho acaba e um novo recomeça. Um mundo novo que nasce da mudança de atitude de uma única pessoa.

De coração aberto, abra sua vida, sua casa, sua família ao Advento: “(…) Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo “. (Ap 2, 30)

Propósito:

Pai, reforça a sinceridade de minha fé nas palavras de teu Filho Jesus, pois nele o teu Reino se faz presente na nossa história, realizando, assim, tua promessa de salvação.

 Um caso entre tantos outros

 Uma jovem que havia se revoltado contra sua família entrou em crise e decidiu escrever a seguinte carta:

“Imagino a raiva que vocês têm de mim. Sim, fui muito ingrata com vocês. Larguei os estudos, tornei-me uma viciada, fugi, desapareci. Vim para São Paulo, com um amigo, e aqui passei a viver de pequenos expedientes. Na verdade, afundei-me na lama.

O fato é que agora estou na pior. Peguei Aids. O que temo não é a morte. Ela é inevitável para todos nós. Tenho medo é de ficar sozinha. Preciso de vocês, de minha família. Mas também sei que os maltratei muito e posso entender que queiram manter distância de mim. É muito cinismo de minha parte vir agora pedir socorro. Mas, sei lá, alguma coisa dentro de mim dá forças para que eu escreva essa carta. Nem que seja para saberem que estou no começo do fim.

Um dia qualquer passarei aí, em frente à casa, só para dar um último adeus com o olhar. Se por acaso tiverem interesse que eu entre, numa boa, prendam na goiabeira do jardim um pano branco ou uma toalha de rosto. Então, pode ser que eu crie coragem e dê um alô. Caso contrário, entendo que vocês têm todo o direito de não querer carregar essa mala pesada e sem alça na qual me transformei. Irei em frente, sem bater à porta, esperando em Deus. Que um dia a gente se encontre do outro lado da vida. Beijos da filha ingrata, mas que ainda guarda, no fundo do coração, muito amor.”

Três semanas depois, antes das cinco horas da manhã, a jovem desembarca na rodoviária e toma um ônibus em direção à casa da família, de sua família. Desce na esquina e caminha insegura e temerosa. Sabe que a essa hora, toda a família deve estar dormindo. Ao vislumbrar a ponta do telhado, seu coração acelera. Olha o portão de ferro, as grades, o jardim, o cume da goiabeira. Nesse momento, seus olhos se enchem de lágrimas. De repente, uma coisa branca quebra o antigo cenário. Não é uma toalha nem um pano de prato. É um lençol enorme estendido sobre a goiabeira. Em prantos, a jovem atravessa a rua e corre para a sua casa.

 

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