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domingo, 30 de agosto de 2020

EVANGELHO DO DIA 06 DE SETEMBRO - 23º DOMINGO DO TEMPO COMUM 2020

 


06 setembro - Devemos demonstrar, também exteriormente, a santa alegria que Deus derrama em nosso coração, conservando sempre um aspecto agradável e sereno. Desse modo procuraremos a felicidade para nós e para os outros e, ao mesmo tempo, poderemos avançar a passos largos no caminho da perfeição. (S 238). São Jose Marello



Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 18,15-20

 

""Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles." "  

Meditação:

 A liturgia deste dia nos convida a refletir sobre nossa corresponsabilidade comunitária. A fé é uma resposta pessoal, porém é vivida no seio de uma comunidade. Por isso, todos somos responsáveis pela vida de cada irmão.

 O evangelho de Mateus se caracteriza por ser uma apresentação de Jesus, suas palavras e seus feitos, adaptada às comunidades de discípulos que vieram do judaísmo.

 

O evangelho de Mateus apresenta a passagem comumente denominada de correção fraterna. O texto revela os conflitos internos que vivia a comunidade mateana.

 Estamos, pois, diante de uma página de caráter catequético que pretende freqüentar e resolver o problema dos conflitos comunitários. O pecado não é somente de ordem individual ou moral. Trata-se aqui de faltas graves contra a comunidade.

 

O evangelista pretende assinalar as coisas importantes: não se trata de cair no descomprometimento total que conduza ao caos comunitário. Porém tampouco se trata de um rigorismo tal que ninguém possa falhar ou cometer algum equívoco.

 O evangelista estabelece o meio termo. Trata-se de resolver os assuntos complicados nas relações interpessoais seguindo a pedagogia de Jesus.

 Não se trata aqui de um processo jurídico. O evangelista quer deixar claro que se trata, antes de tudo, de salvar o transgressor, de não condená-lo nem expulsá-lo sem mais. É um processo pedagógico que tenta, por todos os meios, salvar a pessoa.

 

Agora, se a pessoa resiste, se não aceita o convite, se não dá sinais de arrependimento... então sim a comunidade se vê obrigada a expulsar a pessoa de seu seio. Ao não aceitar a oferta de perdão a pessoa mesma se exclui da comunhão.

 Nosso compromisso como cristãos é lutar pela verdade. Nossas famílias e comunidades cristãs devem ser, antes de tudo, lugares de reconciliação e de vivencia da verdade.

 Exigir respeito pelas pessoas que se equivocam, mas que querem se redimir do seu erro é um imperativo evangélico. Tampouco se trata de cair em atitudes descomprometidas ou que respaldem a impunidade. Porém, antes de tudo, o compromisso com a justiça, a verdade e a reconciliação é uma atitude profética.

 

Assim, Mateus tem em vista manter a harmonia na comunidade. Em geral, há uma tendência de simplesmente excluir alguém que é considerado problemático.

 Conflitos, sensibilidades feridas e ofensas são comuns neste convívio. Contudo deve-se procurar superá-los com a mudança dos comportamentos que provocam estes conflitos, sem defecções. Com seu texto, Mateus desenvolve, para sua comunidade, um simples dito tradicional de Jesus, que será mencionado por Lucas.

Em Lucas, de maneira singela, a questão envolve apenas duas pessoas, ficando em evidência a prática do perdão. Em Mateus temos a ampliação do dito colhido na tradição das primeiras comunidades, dando-lhe um caráter de regra de procedimento para suas comunidades. Existem semelhanças entre esta abordagem de Mateus e a prática da comunidade dos essênios de Qumran.

Conforme Mateus, a prática do perdão, na comunidade, se dá em três estágios. O diálogo entre os dois irmãos envolvidos, a ampliação do diálogo envolvendo duas ou três testemunhas e, finalmente, a questão debatida pela igreja (comunidade).
Percebe-se uma metodologia formalizada em regra. Hoje ela pode apenas inspirar uma prática do perdão e da reconciliação de uma maneira mais livre, espontânea e verdadeira. A correção fraterna, que brota do amor e do perdão, é fundamental para manter-se a unidade na comunidade.

A presença de Deus, Jesus, se dá na comunidade que vive o amor misericordioso, vigilante para a reconciliação e a comunhão. "O amor é o cumprimento perfeito da Lei".
O fato de sermos “irmãos”, não nos isenta da possibilidade de enfrentarmos divergências nos relacionamentos da família da fé, pois a irmandade não elimina a nossa individualidade: temos diferenças de criação, formação, visão, doutrina, teologia, liturgia, estratégia e outras que, sem desejarmos, colocam-nos na situação de ofendidos por algum de nossos irmãos.

Por isso, como o pastor que procura a ovelha perdida, a justiça do Reino não se cansa e tenta outra forma de aproximar quem errou: se ele não lhe der ouvidos, tome consigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas.
À primeira vista, tem-se a impressão de que estaríamos fazendo um cerco em torno de quem errou. Mas essa atitude pode ser vista sob a ótica da justiça do Reino, que tem como princípio fazer de tudo para que o irmão não se perca.

Se isso não der certo, toda a comunidade é chamada a se pronunciar: caso não dê ouvidos, comunique à Igreja. E se, depois de esgotados todos os recursos, depois de ter dado a quem errou a oportunidade de ouvir o parecer de toda a comunidade é que a pessoa, por decisão de todos, é excluída: se nem mesmo à Igreja ele der ouvidos, seja tratado como se fosse um pagão ou um cobrador de impostos.

Mesmo nesse caso a comunidade deve manter-se em atitude prudente, dando uma chance em longo prazo a fim de que a pessoa se arrependa e volte a ela.
Antes de condenar ou excluir alguém, é preciso aprender a justiça do Reino. E ter consciência de que os passos aconselhados por Jesus não são normas rígidas, e sim um modo de agir que tempera com justiça as relações entre pessoas.

Em outras palavras, é preciso ser criativo no esforço de recuperar quem erra e se afasta da comunidade. E o espírito que anima essa tarefa não é o da exclusão, mas o da busca para reintegrar.
Tomar decisão de incluir ou excluir pessoas da comunidade não é tarefa fácil, como pretendiam e faziam os chefes de sinagoga daquele tempo.

 

É necessário que tenhamos sempre em conta a advertência de Jesus: se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e a dos fariseus, vocês não entrarão no Reino do Céu.
Para tanto, Ele dá algumas indicações, que passam pela necessidade das pessoas se reunirem em nome dele, a fim de, mediante a oração, chegarem a um consenso: se dois de vocês estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que queiram pedir, isto lhes será concedido por meu Pai que está no céu. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.

É urgente que a comunidade esteja sempre ligada à Cristo pelo fato de na comunidade existirem tensões entre os diversos grupos e problemas de convivência: há irmãos que se julgam superiores aos outros e que querem ocupar os primeiros lugares; há irmãos que tomam atitudes prepotentes e que escandalizam os pobres e os débeis; há irmãos que magoam e ofendem outros membros da comunidade; há irmãos que têm dificuldade em perdoar as falhas e os erros dos outros.

Somente estando em permanente sintonia com Jesus que nos convida à simplicidade e humildade, ao acolhimento dos pequenos, dos pobres e dos excluídos, ao perdão e ao amor que conseguiremos vencer.
Aliás, com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mudado. Só assim seremos uma comunidade verdadeiramente família de irmãos, que vive em harmonia, que dá atenção aos pequenos e aos débeis, que escuta os apelos e os conselhos do Pai e que vive no amor do Filho, animada pelo Espírito Santo.
Ninguém pode viver a fé de qualquer modo ou abandoná-la quando passar por aflições. As primeiras comunidades cristãs enfrentavam algumas dificuldades de correção fraterna, onde os mais humildes eram vítimas da falta de tolerância.

Jesus vem ensinar o jeito de nos reconciliar com os outros e ajudá-los a se reconciliar. Esse é o caminho que todos nós e nossa comunidade devemos percorrer. Não existe comunidade sem diversidade, nem diversidade sem divergência.
Quando esta for detectada, os passos pessoais e comunitários precisam ser responsavelmente tomados na certeza de que é possível construir uma convergência em Deus que proporciona: unidade para ligar como discípulos da comunidade de Jesus somos autorizados a ligar a “terra ao céu”, tudo fazendo para que a vontade de Deus prevaleça sobre a vontade do homem; unidade para acordar a autoridade que deve estar associada a uma espiritualidade que nos impulsiona a estabelecer parcerias de oração e acordos sobre dificuldades no relacionamento para as quais creremos sinceramente que o Pai seja capaz de sanar.

 

Isto exige de nós a unidade para experimentar a presença de Jesus. Construído e vivenciado o acordo terapêutico pela oração, Jesus assegura a Sua presença em nosso meio.
A experiência cristã evidencia que, muitas vezes, não temos nenhum controle sobre o que fazem conosco, mas temos o controle sobre como reagiremos ao que nos foi feito.

Percorrer o caminho que vai da tristeza da ofensa para a experiência da plenitude da presença restauradora de Jesus, este é o grande desafio da comunhão da Igreja que precisamos buscar diligentemente! Assim haverá harmonia e paz, concórdia e vida abundante entre nós.

Reflexão Apostólica:

 

A lição do Evangelho de hoje tem algumas entrelinhas interessantes para aplicarmos na nossa prática diária... Jesus diz: “Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas EM PARTICULAR, À SÓS CONTIGO!”
Jesus não diz pra falarmos da ofensa daquela pessoa para outras pessoas, ou para ficarmos ressentidos com aquela pessoa e guardarmos a mágoa que temos por ela por tempo indeterminado...

O que Jesus nos pede exige de nós um esforço enorme... Imagine quantas pessoas já fizeram algo que nos sentimos de alguma forma ofendidos, e qual foi a nossa atitude na maioria das vezes? Ir até ela e conversar em particular? Ou guardamos aquela ofensa em um grande arquivo na nossa memória, com o nome daquela pessoa... Limitando as possibilidades de uma boa amizade e de um aprendizado mútuo... Ou será que nós usamos aquela ofensa como uma verdadeira arma contra aquela pessoa, para mostrar o quanto ela é má, e o quanto fomos ofendidos por ela...

Chegar para uma pessoa e conversar sobre algo que nos ofendeu pode parecer algo distante da nossa realidade... Mas é exatamente isso o que Jesus nos pede.
Muitas vezes, a pessoa que nos ofende está dentro da nossa casa, e nem sabe o quanto está nos ofendendo, porque nós nunca chegamos para dizer a ela.. É uma pessoa com a qual convivemos diariamente no trabalho ou no estudo, e essa mágoa que guardamos dela nos corrói aos poucos...
Para quebrar essa barreira é preciso despir-se do orgulho, esse sentimento que aparentemente nos livra de uma situação desagradável, mas que nos afasta das pessoas...

Não podemos imaginar uma pessoa religiosa passar muito tempo magoada com quem quer que seja. Ao invés de ficar magoada, ela pode simplesmente perdoar e esquecer a ofensa, ou chegar até a pessoa e se permitir um momento de aproximação e de aprendizado que pode dar alicerce a uma grande amizade.

Portanto, a lição que fica pra hoje é essa: pensar nas pessoas que nos ofenderam (o que não é difícil...) e analisar, com muita misericórdia, uma forma de se chegar até ela e conversar sobre isso, sem acusações, mas na intenção de abrir os olhos daquela pessoa para algo que talvez ela esteja fazendo sem perceber...
Como vivemos os valores da verdade, da justiça, da reparação e da reconciliação no interior de nossas comunidades? Que atitudes assumimos diante dos meios de comunicação que manipulam e distorcem a verdade? Sentimos corresponsabilidade pela sorte de nossos irmãos?

 

O evangelho de hoje fala também da comunidade como sujeito de perdão: "Tudo que vocês ligarem na terra será ligado no céu...".
Pode ser uma oportunidade interessante para falar, tanto da grave crise que atravessa este sacramento na prática geral da Igreja, como da possibilidade e legitimidade da reconciliação comunitária.

 
Propósito:

Ó Deus, insondável mistério, a quem ousamos chamar de Pai e Mãe de tudo que existe, como força suprema da vida, que organiza o caos e promove a convergência de tudo para novas formas de ser e de vida. Dá-nos imitar tua magnanimidade e tua tolerância, que tudo concorra finalmente para o bem. Dá-nos o espírito de compreensão e liberdade, para que saibamos sempre perdoar e resgatar para o bem a todos os nossos irmãos. Que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.

 

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Todos nós queremos viver em paz. Queremos viver em paz interior. Queremos viver em paz com os nossos familiares. Mas nem sempre o “querer viver em paz” é suficiente. Por quê? Nós somos imperfeitos. Todos cometemos erros. Especialmente quando se trata de relacionar- se com os outros. Você quer encontrar paz? Você quer aprender como ter paz interior e com o próximo? O Salmista Davi afirma: “Somente em Deus eu encontro paz” (Salmo 62.1). As pessoas procuram em muitos lugares a paz. Infelizmente não encontram, pois a maioria esquece de procurar em Deus a paz que tantos buscam. Deus oferece a você, de graça, a verdadeira paz. Confie nele. Ele enviou Jesus Cristo para dar a você a verdadeira paz. Jesus fez as pazes entre a humanidade e Deus. Quem está em paz com Deus também estará em paz consigo mesmo e com o próximo. A Bíblia é o manual da paz. Ela ensina o caminho da paz: Jesus Cristo. Você quer a paz? Cristo te dá a paz hoje e sempre.

Evangelho do dia 05 de setembro sábado 2020

 05 setembro - Vivamos alegres para nos conformar ao preceito: “Servite Domino in laetitia”: Servi ao Senhor com alegria. (L 72). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 6,1-5

 "Num sábado, Jesus estava atravessando uma plantação de trigo. Os seus discípulos começaram a colher e a debulhar espigas, e a comer os grãos de trigo. Então alguns fariseus perguntaram: 

- Por que é que vocês estão fazendo uma coisa que a nossa Lei proíbe fazer no sábado?
Jesus respondeu:
- Vocês não leram o que Davi fez, quando ele e os seus companheiros estavam com fome? Ele entrou na casa de Deus, pegou os pães oferecidos a Deus, comeu e deu também aos seus companheiros. No entanto é contra a nossa Lei alguém comer desses pães; somente os sacerdotes têm o direito de fazer isso.
E Jesus terminou, dizendo:
- O Filho do Homem tem autoridade sobre o sábado."
  

Meditação:

 Novamente os fariseus interagem com Jesus e seus discípulos através de um questionamento por seu mau comportamento frente à lei, que proíbe uma série de trabalhos em dia de sábado. 

A resposta de Jesus vai em duas direções: primeiro recorre à Tradição, lembrando da ação de Davi que comeu os pães da proposição no Templo.

Na segunda parte da resposta, com conteúdo muito mais teológico, Jesus se apresenta como o Senhor do sábado. Jesus, ao se propor como Senhor do sábado, está abrindo a porta para estabelecer uma nova relação com Deus, que vai mais além do cumprimento da lei. Ele vai até a pessoa e suas circunstancias, como critério dessa nova forma de interação com Deus Pai.

A observância da lei do sábado era a maior instituição do judaísmo, e para isso tinham sido criadas leis extremamente rígidas e pormenorizadas, que proibiam qualquer atividade que se assemelhasse a um trabalho.

 Por exemplo, os especialistas interpretavam o gesto de debulhar espigas de trigo como colheita e, portanto, como violação do repouso sabático (6,1-2; Ex 34,21).

 Jesus responde à acusação dos adversários recorrendo a um exemplo tirado da Escritura (1 Sm 21,1-6): fugindo do rei Saul, Davi e seus homens entraram no santuário e comeram os pães oferecidos a Deus (os doze pães, renovados a cada sábado, e que só os sacerdotes do santuário podiam comer- Lv 24,5-9).

 Esse precedente celebrado na própria Escritura, diz Jesus, mostra que a lei positiva está subordinada ao bem do homem, e que a necessidade de sobreviver está acima de qualquer lei.

 É a segunda vez que Jesus se arroga um direito: o Filho do homem, que tem poder para perdoar pecados (5,24), também é “o senhor do sábado” (6,5).

 Em outras palavras, Jesus está introduzindo uma nova ordem humano-religiosa, onde as instituições, estruturas, leis e costumes devem estar sempre a serviço do homem, podendo ser abolidos e cair para segundo plano em qualquer circunstância em que uma necessidade urgente o exigir.

 “Sábado” provém do hebraico “Shabath”, que significa “repouso, cessão”. Assim, o sábado bíblico nada mais é que um dia de descanso observado a cada sete dias.

 Ele na Bíblia se prende ao ritmo sagrado da semana, que se encerra com um dia de repouso e de culto a Deus (Os 2,13; 2Rs 4,23; Is 1,13; Ex 20,8; 23,12; 34,21).

 O sábado deveria ser observado por diversas razões: por questões humanitárias (Ex 23,12; Dt 5,12-14), por ser sinal de distinção com relação aos outros povos (Ez 20,12.30; Ex 31,13-17), por ser um dia que não poderia ser profanado pelo trabalho (Ez 22,8) e por ser legislação sacerdotal, já que Deus teria descansado no 7º dia (Gn 1,1-2.4a; Ex 30,8-11; 31,17).

 O sábado era um dia festivo (Os 2,13; Is 1,13), no qual não podia haver compras, vendas ou trabalhos no campo (Am 8,5; Ex 34,21). Era também proibido acender fogo (Ex 35,3), recolher lenha (Nm 15,32) e preparar alimentos (Ex 16,23). Até mesmo a guarda do palácio era reduzida (2Rs 11,5-9)…

 Os fiéis iam ao santuário (Is 1,12s), após uma convocação santa (Lv 23,3), ofereciam sacrifícios (Nm 28,9-10) e renovavam o pão da proposição (Lv 24,8; 1Cr 9,32) ou simplesmente aguardavam a visita de um profeta (2Rs 4,23).

 Após o exílio babilônico, a observância do sábado foi radicalizada: Neemias agiu com energia para garanti-lo (Ne 13,15-22), as viagens foram proibidas (Is 58,13) assim como o transporte de cargas (Jr 17,19-27).

 Na época macabéia, a observância era tão cega que muitos se deixaram matar sem oferecer resistência (1Mc 2,37-38; 2Mc 6,11-12; 15,1-2).

 Finalmente, na época de Jesus, os fariseus elaboraram verdadeira “casuística” quanto ao sábado: 39 tipos de trabalho eram proibidos (entre eles colher espigas [Mt 12,2], carregar fardos [Jo 5,10] etc).

 Os médicos somente podiam atender os doentes em perigo iminente de morte (motivo pelo qual se opuseram a Jesus, que curava aos sábados (Mt 12,9-13; Mc 3,1-5; Lc 6,6-10; 13,10-17; 14,1-6; Jo 5,1-16; 9,14-16)… os essênios chegaram ao absurdo de proibirem a defecação no sábado!

 Já no Novo Testamento, os discípulos observaram o sábado para pregar o evangelho nas sinagogas (At 13,14; 16,13; 17,2; 18,4) logo se deram conta que a Nova Lei havia superado a Antiga.

 São Paulo sempre lutou contra a infiltração de idéias judaizantes, sobretudo quando escreve “que ninguém vos critique por questões de alimentos ou bebidas ou de festas, luas novas e sábados. Tudo isto não é mais do que a sombra do que devia vir. A realidade é Cristo.” (Cl 2,16-17; 2Cor 5,17).

 Os cristãos, então, passaram a realizar seus cultos no dia seguinte ao sábado, isto é, no domingo, dia em que o Senhor Jesus ressuscitou (aliás “domingo” vem de “domini dies”, isto é, “Dia do Senhor”).

 Diversas são as provas bíblicas da observância do domingo: Jo 20,22-23.26; At 2,2; At 20,7-16; 1Cor 16,1-2; Ap 1,10. Repare-se bem que esse era o dia em que os cristãos se reuniam!

 Dessa forma, a perspectiva cristã sempre enxergou o antigo sábado dos judeus como uma figura, da mesma forma que outras instituições do AT.

 “Pelo repouso do sábado os israelitas comemoravam o repouso (figurado) de Deus após haver criado o mundo e o homem. Ora, com a ressurreição de Cristo, a primeira criação tornou-se prenúncio e figura da segunda criação ou da nova criação do gênero humano que se deu quando Cristo venceu a morte e apareceu como novo Adão.

 Era justo, portanto, ou mesmo necessário, que os cristãos passassem a observar, como Dia do Senhor ou como sétimo dia e dia de repouso (sábado), o dia da ressurreição de Cristo”.

 A própria carta aos Hebreus acentua a índole figurativa do sábado, afirmando que o repouso do sétimo dia era apenas uma imagem do verdadeiro repouso que fluiremos na presença de Deus (Hb 4,3-11). E você cristão, ainda tem dúvida do porque deves observar os domingos e festas de guarda?

Finalmente Cristo se auto-declarou como “Senhor do Sábado” (tendo, portanto, poder sobre ele); Jesus ressuscitou num domingo; o Espírito Santo veio sobre a Igreja num domingo; os apóstolos se reuniam aos domingos; os cristãos antes do Período Constantiniano (séc. IV) se reuniam aos domingos; os cristão pós-Constantinianos também se reuniam aos domingos; todos os cristãos atuais (católicos, ortodoxos e protestantes – com exceção dos adventistas e batistas do 7º dia) ainda observam o domingo…

 Como duvidar que o domingo não foi instituído divinamente? Temos todos os testemunhos que precisávamos: Bíblia, Tradição e Magistério; temos a palavra final: Domingo é o Dia do Senhor!

“Vale mais um domingo, dia em que Cristo ressuscitou, do que todos os sábados sem ressurreição, sem a verdadeira libertação”!

 Que a vitória de Cristo sobre o sábado e a morte seja também a minha e a tua sobre o pecado e conseqüentemente sobre a morte para que com Cristo ressuscitemos eternamente!

 Reflexão Apostólica:

 Lucas nos leva pela mão, no caminhar de Jesus com seus discípulos, às margens do lago da Galiléia, para nos mostrar como o mestre vai instruindo os discípulos para que assumam as novidades do Reino.

 Agora o vemos caminhando por um campo de trigo e em dia de sábado; este detalhe oferecido pelo narrador é nossa porta de entrada para compreender o que nos propõe este evangelho.

 Como vimos, uma daquelas inúmeras regras seguidas pelos fariseus dizia que um judeu pode comer à vontade na plantação de outra pessoa, contanto que não leve nada para comer em outro lugar. 

Outra regra relacionava tudo aquilo que não se podia fazer em dia de sábado. Portanto, comer do trigo alheio não era problema! O problema era fazer isso em dia de sábado!!!

Regras como essas podem parecer absurdas a nós! Mas se pensarmos bem nas pequenas regras absurdas que colocamos na nossa vida... regras estas que nos deixam irritados se não forem seguidas... deveríamos nos sentir envergonhados. Por exemplo:

...ter um lugar reservado à mesa. Ninguém pode ocupá-lo. Mas você pode sentar em qualquer lugar.
...ter talheres, ou um prato, ou um copo, ou roupas, ou qualquer objeto de uso exclusivo. E ai de quem usá-los! Mas você pode usar os de qualquer um.
...não respeitar os horários pré-estabelecidos. Mas exigir que os outros cumpram.
...exigir fidelidade. E não ser fiel.
...querer ser perdoado. Mas nunca perdoar.

A lista seria enorme, mas a essência já deve ter sido entendida: as regras não devem ser aplicadas para prender as pessoas livres. Se todos se amassem, seria fácil, pois não precisaríamos ter regras. Mas como ainda não estamos no paraíso, é preciso estabelecer algumas regras, que deveriam servir apenas de referência para que as pessoas não invadam o espaço (direito) do seu vizinho.

O apelo de hoje é para que você observe com atenção aquilo com que você anda implicando. Será que é algo realmente importante? Ou é uma daquelas regras absurdas dos fariseus?

Liberte-se dessas pequenas prisões que você mesmo criou, e principalmente, liberte as pessoas que você vem prendendo com essas regras... no trabalho, na escola, em casa, entre os amigos... Viva e deixe viver...

Propósito:

Pai, torna-me sensato na prática das exigências religiosas, para eu buscar, em primeiro lugar, o que realmente é do teu agrado e está a serviço da vida, cuja fonte és tu.

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Quanta violência nos ronda! Tememos por nós e por nossos familiares. Onde podemos encontrar segurança? O Rei Davi, o maior de todos reis de Israel nos mostra onde ele encontrou segurança: “Eu chamo o Deus Altíssimo; eu chamo a Deus, que me ajuda em tudo” (Salmo 57.2). A verdadeira segurança só tem quem confia no Salvador Jesus. O cristão não está livre da violência das nossas cidades. Ele encontra em Deus a coragem para superar o medo e continuar vivendo confiante de que Deus é por nós. Jesus foi também vítima da violência. Ele foi brutalmente assassinado. Quem o matou? Eu e você. Os nossos pecados mataram Jesus. Deus entregou o seu filho para que não tenhamos mais medo da condenação, mas para que estejamos seguros de que Cristo resolveu o nosso maior problema: a morte eterna. Em Cristo encontramos a segurança que nos liberta de todo o medo. Não tenha medo, confie em Cristo. Ele nos protege

Evangelho do dia 04 de setembro sexta feira 2020

 

04 setembro Banimento aos escrúpulos, que são a peste, repito, a peste da vida espiritual: é preciso sufocar no nascer todo desejo fantasioso; não voltar atrás para refazer o caminho; não correr adiante demais, nem se demorar demais para ver se o passo foi acertado; confiança em Deus que está ao nosso lado para corrigir nossos erros, inevitáveis mesmo quando temos a melhor intenção do mundo. (L 168). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 5,33-39

 "Algumas pessoas disseram a Jesus: 

- Os discípulos de João Batista jejuam muitas vezes e fazem orações, e os discípulos dos fariseus fazem o mesmo. Mas os discípulos do senhor não jejuam.
Jesus respondeu:
- Vocês acham que podem obrigar os convidados de uma festa de casamento a jejuarem enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar!
Jesus fez também esta comparação:
- Ninguém corta um pedaço de uma roupa nova para remendar uma roupa velha. Se alguém fizer isso, estraga a roupa nova, e o pedaço de pano novo não combina com a roupa velha. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Não. Vinho novo deve ser posto em odres novos. E ninguém quer vinho novo depois de beber vinho velho, pois diz: "O vinho velho é melhor.""
  

Meditação:

 Seguindo o fio condutor da narração de Lucas, podemos compreender o quadro geral da pregação de Jesus: ancorado na realidade e no cotidiano, parte de comparações simples e expressivas, e resgata sentido profundo da vida e, sobretudo, de verdade.

 A partir de um questionamento a partir de um certo comportamento, dele e de seus discípulos, aproveita para dar uma instrução simples e profunda.

Depois de ter sido questionado pelos fariseus por comer com os publicanos e pecadores, agora é cobrada de Jesus a observância do jejum e das orações rituais. Jesus rompe com a tradicional piedade da Lei.
 
O jejum caracteriza o tempo de espera. Mas esse tempo já terminou. Chegou a hora da festa do casamento, isto é, da nova e alegre relação entre Deus e os homens.

Além de sentar-se à mesa com companhias pouco recomendáveis segundo os critérios do legalismo religioso, “comem e bebem”, desprezando os jejuns rituais. Jesus, como um noivo presente entre os convidados em uma festa de núpcias, não vem trazer castigos, mas sim comunicar alegria e vida.

A atividade de Jesus mostra que o amor de Deus vem para salvar o homem concreto e não para manter as estruturas que sugam o homem.

 A novidade rompe estas estruturas simbolizadas pela roupa e barril velhos. Jesus não veio para reformar; ele exige mudanças radical.

Neste Evangelho de Lucas e no de Marcos, o questionamento a Jesus é feito por um sujeito indeterminado: “eles”. Já Mateus, de modo próprio, atribui a pergunta aos discípulos de João.

 O jejum era praticado tendo-se em vista o perdão dos pecados diante de um Deus vingativo para com homens e mulheres, o qual deveria ser aplacado com sacrifícios.

A parábola do remendo, em Lucas, é revestida de um colorido especial: não se corta um pedaço de uma roupa nova para colocá-lo como remendo em roupa velha. Além de estragar a roupa nova, repuxa a roupa velha e, ainda mais, não vai combinar! A sentença final é uma alusão aos judeus, apegados à sua antiga tradição, que rejeitam a novidade de Jesus.

A comparação do pedaço de pano novo e do odre novo. O jejum e a penitência, eram práticas religiosas externas comuns e obrigatórias nos tempos de Jesus, são agora recolocadas e deixadas de lado por Jesus e seus seguidores. Esta é a raiz do questionamento lançado a Jesus, que possibilita que deixe sua mensagem.

 O pedaço de pano novo que rompe a veste velha é a imagem usada por Jesus para expressar as implicações da mudança proposta pelo mestre.

 As novidades do Reino exigem pessoas, estruturas e sentimentos novos. As exigências e conseqüências desta mudança se reforçam com o exemplo do vinho novo que requer odres novos, do contrário, pode-se colocar tudo a perder.

Jesus não vem castigar nem condenar, mas libertar e acolher. A sua presença entre os discípulos, expressa pela imagem do noivo em um casamento, é motivo de alegria e festa, não de luto e jejum.

As duas parábolas que se seguem exprimem bem a novidade de Jesus, que não combina com a prática legalista da tradição do Primeiro Testamento.

 A frase final, que termina com a expressão: “o vinho velho é melhor”, é estranha no texto e indica inserções que se cristalizaram na tradição.

O que na verdade Jesus quer salientar é uma prática que saia do fundo do coração. É esta a proposta que Jesus nos apresenta para nossas ações. Diante de Deus todos os nossos atos terão o valor proporcional ao que o nosso coração lhes confere.

Fazer apenas por fazer, não nos edifica nem nos ajuda na caminhada para Deus. O odre e a roupa significam a nossa mentalidade e a maneira como acolhemos as observâncias que Deus nos propõe por meio da sua Palavra e dos seus mandamentos.

A maneira como encaramos os fatos da nossa vida e a mentalidade com a qual nós participamos das propostas de Deus nos dão a garantia para que as nossas ações diante do Senhor tenham valia.

O que é novo não cabe na mentalidade antiga. Precisamos de um espírito aberto, para acolher as novidades do Evangelho e viver segundo os mandamentos de Deus. Do contrário, não daremos frutos.

Você é uma pessoa apegada ao seu modo de pensar? Você é capaz de mudar de opinião diante das novidades do Evangelho? Com que espírito você jejua ou faz sacrifício? Você costuma murmurar e se lastimar das coisas boas que você faz aos outros?

Reflexão Apostólica:

 No Evangelho de hoje, Jesus é de uma sutileza incrível! E quem não parar para refletir por alguns momentos, vai deixar passar uma mensagem, no mínimo, profunda... 

Na primeira parte, os fariseus tentam, novamente, colocar Jesus contra a parede. E mais uma vez Jesus responde com toda a autoridade que enquanto o noivo está presente, os convidados devem comemorar. Mas que vai chegar o momento em que o noivo será tirado deles, e aí sim, eles jejuarão.

 Esta parte é muito clara para nós, pois nós já sabemos o que aconteceu com Ele, mas para os que estavam lá, essas últimas palavras não devem ter sido muito bem entendidas.

Porém, se já não devem ter entendido bem a primeira parte, a segunda, então, deve ter sido um verdadeiro enigma para eles. A sutileza de Jesus foi impressionante. "Remendo novo em roupa velha: vai rasgar a roupa nova, e não vai combinar com a roupa velha." O que é a roupa nova, e o que é a roupa velha? Vejamos...

A estrutura religiosa que existia na época de Jesus era muito complicada... Durante muitas décadas, talvez séculos, os fariseus e doutores da lei pegaram a Torá e outros livros sagrados, e foram formando uma doutrina cheia de regras.

 Só para citar algumas: no sábado não se podia amarrar as sandálias, porque isso era um trabalho; nem podia cortar unhas, cabelos ou barba; e um médico não podia socorrer alguém, a menos que estivesse em risco de vida.

 Existiam mais de 300 regras assim, a serem seguidas. Jesus veio trazer a Boa Nova do Reino dos Céus, e não se submeteu as regras impostas pelos fariseus. A doutrina de Jesus era a "roupa nova": amem-se uns aos outros como eu vos amo, o Reino é dos pequeninos, quem for maior dentre vós deve ser o primeiro a servir...

 Nada disso combinava com a "roupa velha" dos fariseus. E não adiantava enxertar alguns dos ensinamentos de Jesus na "roupa velha" dos fariseus, porque simplesmente "não combinaria". 

Até que ponto nós criamos regras sem sentido para a nossa vida, e se as pessoas não respeitarem, nós ficamos chateados?

 Por exemplo: "ninguém pode sentar no meu lugar à mesa", "tenho que dormir depois do almoço", "não posso repetir a roupa numa festa"...

 Jesus vem para acabar com todas as regras sem fundamento, e trazer a REGRA DE OURO: Amai a Deus sobre todas as coisas, e amai ao próximo como a si mesmos. E só!

A continuação é ainda mais interessante: "Vinho novo em odres velhos: o odre se quebra e o vinho se perde." O "vinho novo" é a Boa Nova, e O "ODRE VELHO" É AQUELA PESSOA QUE NÃO TEM A CAPACIDADE DE RECEBER O "VINHO NOVO".

Você já tentou ensinar a alguém que parece não estar entendendo nada do que você está dizendo? É como tentar empurrar vinho novo em odre velho... se forçar muito, ele quebra. "Vinho novo é para ODRES NOVOS".

Agora ficou fácil: "ODRE NOVO" É AQUELA PESSOA QUE ESTÁ ABERTA PARA RECEBER O "VINHO NOVO". É assim que nós devemos ser: ETERNOS APRENDIZES, e nunca nos fecharmos para aprender algo novo.

O melhor ficou pro final... O vinho novo vai envelhecendo dentro do odre... e a medida que vai envelhecendo, vai ficando mais saboroso.... a ponto de quem provar do vinho velho, não querer mais do vinho novo!

 O "vinho" que jorrava de Jesus era o "vinho velho", da melhor qualidade. Por isso que quem provava, não queria saber de nenhum outro. E assim o seu time de discípulos só aumentava... Muitos dos discípulos de João Batista e até dos fariseus passaram a ser discípulos de Jesus.

E agora, você está mais para odre novo ou odre velho? Ainda está aberto(a) para aprender, ou acha que já sabe o suficiente? E o seu vinho, que tal envelhecê-lo aos poucos e oferecê-lo para nós? O mundo precisa muito do seu vinho...

Propósito:

Pai, abre meu coração para acolher a novidade trazida por Jesus, sem querer deturpá-la com meus esquemas mesquinhos e contaminá-la com o egoísmo e o pecado.

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A vida é cheia de surpresas. Algumas boas e outras não. Dor, perda e sofrimento fazem parte da vida, e, a princípio, não percebemos nada de proveitoso nisso. Quando sentimos a dor, a perda e o sofrimento, toda a nossa vida é afetada. O medo surge nesses momentos. Onde se agarrar? Você se sente perdido? Existe uma solução? Existe sim! A resposta para vencer o medo é agarrar-se em Jesus. A Bíblia afirma: “As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair delas” (1Coríntios 10.13). Confie nesta promessa de Deus, pois ele é fiel e quer salvar você.

Evangelho do dia 03 de setembro quinta feira 2020

 03 setembro - Precisamos ter paciência também conosco mesmos. (S 196). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 5,1-11

 "Certo dia Jesus estava na praia do lago da Galiléia, e a multidão se apertava em volta dele para ouvir a mensagem de Deus. Ele viu dois barcos no lago, perto da praia. Os pescadores tinham saído deles e estavam lavando as redes. Jesus entrou num dos barcos, o de Simão, e pediu que ele o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se e começou a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, Jesus disse a Simão:
- Leve o barco para um lugar onde o lago é bem fundo. E então você e os seus companheiros joguem as redes para pescar.
Simão respondeu:
- Mestre, nós trabalhamos a noite toda e não pescamos nada. Mas, já que o senhor está mandando jogar as redes, eu vou obedecer.
Quando eles jogaram as redes na água, pescaram tanto peixe, que as redes estavam se rebentando. Então fizeram um sinal para os companheiros que estavam no outro barco a fim de que viessem ajudá-los. Eles foram e encheram os dois barcos com tanto peixe, que os barcos quase afundaram. Quando Simão Pedro viu o que havia acontecido, ajoelhou-se diante de Jesus e disse:
- Senhor, afaste-se de mim, pois eu sou um pecador!
Simão e os outros que estavam com ele ficaram admirados com a quantidade de peixes que haviam apanhado. Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão, também ficaram muito admirados. Então Jesus disse a Simão:
- Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente.
Eles arrastaram os barcos para a praia, deixaram tudo e seguiram Jesus."
 

Meditação:

 Em Lucas, de maneira diferente às narrativas de Marcos e Mateus, e também de João, o chamado dos primeiros discípulos é antecedido por um ato de pregação da palavra feito por Jesus. A barca que servira para Simão (Pedro) e os companheiros pescarem é agora usada por Jesus para sua pregação à multidão. E é na adesão a esta palavra que se obtêm bons resultados imprevisíveis, como mostra a pescaria abundante.

Esta é a versão de Lucas da primeira chamada dos discípulos de Jesus. Ela difere significativamente das versões paralelas em Marcos e Mateus e é uma combinação de passagens de Marcos e João.

Dizem-nos que Jesus estava de pé na beira do Lago de Genesaré. Os escritores do evangelho outros chamam o Mar da Galiléia e João duas vezes se refere a ele como o Mar de Tiberíades.

Por causa das grandes multidões prementes sobre ele para ouvir a palavra de Deus, Jesus foi forçado a emprestar um de dois barcos ancorados perto da costa, onde seus proprietários estavam lavando as redes. "Ele entrou em um dos barcos, o que pertencia a Simão" e "permanecer sentado, ele continuou a ensinar as multidões do barco". Como vimos na sinagoga de Nazaré (e também no Sermão do Monte em Mateus), sentado foi o cargo de professor de costume. De um ponto de vista prático, pela pregação do barco Jesus poderia evitar a pressão da multidão e ainda estar perto o suficiente para falar com eles.

É uma afirmação simples e direta e ainda há um simbolismo aqui. Jesus entra no barco de Simão e ensina a partir dele. O barco, no Evangelho, é freqüentemente um símbolo da comunidade da Igreja.É muito significativo para dizer que Jesus entrou no barco, que era barco de Pedro, e que ele ensinou a partir daí. É um símbolo do que está por vir no futuro próximo.

Agora vem a lição e da revelação. No final do ensino, Simon é dito para ir para a água profunda e começar a pescar. (Ele não será chamado Pedro até o capítulo seguinte). "Mestre, ter sido difícil para ele toda a noite e ter pego nada, mas se você disser isso, vou baixar as redes." Há aqui algo da condescendência do perito para o amador. "Nós sabemos que não há peixes lá, mas, só para te fazer feliz, vamos deixar as redes."

Mas as redes eram pouco na água quando eles estavam tão cheios de peixes que estavam no ponto de ruptura. Eles (Pedro e os outros com ele no barco) teve que chamar seus companheiros no outro barco, para vir em seu auxílio (eles parecem não ter pego nenhum peixe, só o barco de Simão faz). Mas os dois barcos juntos eram agora tão cheia de peixes que eles estavam a ponto de afundar.

Pedro, só agora tão arrogante e onisciente, está totalmente superado. Ele sabia que não havia nenhum peixe lá. Então, só havia uma explicação. O homem de pé diante dele era alguém muito especial: "Vai para longe de mim, Senhor, eu sou um homem pecador." É a reação de uma pessoa na presença terrível do poder avassalador e bondade de Deus. Vemos reações semelhantes por Abraão (Gn 18,27), Jó (42,6) e Is (6,5).

Pedro não pertencem ali, o especialista percebe que ele não é nada, na presença deste homem. Em vez disso, ele se torna tão consciente de suas deficiências. Paradoxalmente, são os santos que estão mais prontos para reconhecer o seu pecado. E seus companheiros, Tiago e João, foram igualmente espantados. Não há menção de Andrew nesta versão da história, porque ele teria sido no barco de seu irmão Pedro. E a passagem indica que Pedro não estava sozinho no barco (" Nós trabalhamos duro durante toda a noite ... ")

Alguns exegetas acham que Lucas pode ter emprestado essa história a partir de relato de João dos discípulos que vão de pesca no final do evangelho. Tem-se observado que Simon chama de "Senhor Jesus, um título de pós-ressurreição e se refere a sua pecaminosidade, o que faz mais sentido depois de sua tríplice negação durante a Paixão. Ele também aguarda a liderança de Pedro o que é confirmado no mesmo capítulo de João.

Jesus, então, tranqüiliza Simão e seus companheiros: "Não tenha medo." São palavras que vai ouvir novamente. Porque ele está chamando a ser seus parceiros no trabalho de construção de seu Reino. A captura enorme de peixes feita pelo barco em que Jesus e Pedro eram é um sinal de uma captura muito maior de pessoas a serem feitas pela nova comunidade guiada pelo Espírito de Jesus e sob a liderança de Pedro.

Ao contrário dos outros evangelhos, Lucas tem um período de ensino e milagres preceder a chamada dos discípulos. Isso faz com que a sua resposta decisiva menos surpreendente e mais plausível.

Eles ouviram a mensagem, eles aceitaram o convite e "com que eles trouxeram seus barcos para terra, deixaram tudo, e se tornam seus seguidores". Em Marcos e Mateus eles deixaram as suas redes e barcos. No evangelho de Lucas, especialmente, o seguimento de Jesus é entendida como absoluta - é preciso deixar tudo e jogue em um monte de totalmente com Jesus onde quer que vai levar.Esses barcos e redes foram os de segurança em que a vida de Pedro, seus companheiros e suas famílias dependia. Mas eles deixaram e tudo mais.

 Deixar tudo e seguir Jesus significa mergulhar no amor de Deus que está semeado nos corações. Esta é a fé, esta é a confiança. Sem ele, a missão não pode suceder.

Reflexão Apostólica:

 Você já tomou a decisão de obedecer a Deus como um modo de vida? Eu não estou falando sobre obedecer de vez em quando, mas em todas as áreas com o melhor de seu conhecimento e habilidade. Ou você acha que há momentos em que você se esforça para fazer o que você sabe que é certo e de acordo com os seus princípios?

 Pode haver momentos em que é fácil de discernir entre o que é certo e de acordo com a vontade de Deus e o que é errado e não uma parte de seu plano. Na verdade, você pode realmente obedecer-Lhe em momentos cruciais porque você quer que o Seu melhor.

 Outras vezes, você pode sentir como se você está sendo puxado de lado por desobediência, simplesmente porque você não fez sua lição de casa na oração e no estudo da Palavra de Deus.

Salomão nos advertiu para "pegar as raposas." Ele passou a explicar que são as "pequenas raposas que estão arruinando os vinhedos" (CUT 2,15 ).

 Muitas vezes, as decisões menores trazer maiores conseqüências. A decisão de contar uma pequena mentira é muito caro, pois leva ao pecado e geralmente o próximo passo, que é engano. O inimigo é muito forte. Ele sabe melhor do que para tentar um crente experiente para fora plana desobedecer a Deus.

 Óbvio pecado sempre atrai uma resposta. Amigos e familiares costumam falar quando você está envolvido em algo que leva à vergonha, fracasso e um testemunho danificado.

Você pode acreditar erroneamente que algo percebido como sendo insignificante é muito mais fácil de disfarçar. Pode ser por uma temporada, mas em algum momento Deus puxa as capas para trás, ela verdade é revelado sobre o que você fez.

Muitas pessoas chegam ao ponto de ser quebrado, machucado, solitário e desanimado antes de procurar a ajuda de Deus.

 Um Conselheiro Espiritual que trabalha com executivos de empresas, uma vez me disse que, se ele pode ser colocado em um conflito antes que piore a um nível grave, ele geralmente pode mostrar às pessoas como resolver o problema. Mas isso raramente acontece, porque a maioria de nós são muito reservados e não livremente expor o que estão sentindo e pensando até muito mais tarde. Até então o conflito está ameaçando sair do controle. Jesus conhece os nossos corações, e Ele deixa claro desde a primeira página da Sua Palavra que a obediência a Ele deve ser o nosso foco central. Adão e Eva desobedeceram a Deus e sofreu a perda de tudo o que sabiam como certo e bom.

No entanto, como você pode acompanhar desobediência através das gerações, você também pode rastrear os benefícios da obediência. Deus proporciona um contraste perfeito entre os dois em Sua Palavra:

"Se você obedecer diligentemente o Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. Todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, se você obedecer ao Senhor teu Deus. Bendito serás na cidade, e bendito serás no campo. Mas ... será que sobre, se você não obedecer o Senhor, teu Deus, tendo cuidado de fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos com a qual eu carregá-lo hoje, que todas estas maldições virão sobre ti e te alcançarão. Maldito serás tu na cidade, e maldito serás no país " (Dt. 28,1-3 , 15-16 ).

 Propósito: Demonstrar, pela vida, que estou buscando o caminho da santidade.          

++++

Você sabe para que serve a Palavra de Deus? Muitos acham que a Bíblia é um código de leis que nos dizem o que é certo ou errado. Qual é a finalidade do evangelho? A própria Bíblia responde com estas palavras: “…foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, crendo, tenham vida por meio dele” (João 20.31). A finalidade do evangelho é trazer vida e esperança. Jesus é a vida. Nele podemos apostar nossa esperança. A Palavra de Deus quer nos encher de alegria e confiança. Através dela sabemos o que Jesus fez por nós. Você sabe o que Jesus fez por você? Ele perdoou os seus pecados. Ele morreu por você na cruz para que você não tivesse que passar pela morte eterna. Ele é o seu salvador. Viva nesta certeza.

 

Evangelho do dia 02 de setembro quarta feira 2020

 02 setembro - A tristeza é inimiga do bem. (S 197). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 4,38-44

 "Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo, com muita febre. Intercederam a Jesus por ela. Então, Jesus se inclinou sobre ela e, com autoridade, mandou que a febre a deixasse. A febre a deixou, e ela, imediatamente, se levantou e pôs-se a servi-los. Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes, com diversas enfermidades, os levavam a Jesus. E ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando: "Tu és o Filho de Deus!" Ele os repreendia, proibindo que falassem, pois sabiam que ele era o Cristo. De manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, tendo-o encontrado, tentavam impedir que ele as deixasse. Mas ele disse-lhes: "Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado". E ele ia proclamando pelas sinagogas da Judéia."  


Meditação:

 Lucas reproduz, de maneira um pouco desencontrada, numa narrativa que já se encontrava no evangelho de Marcos onde Jesus já havia chamado seus quatro primeiros discípulos, particularmente Pedro (Simão), em cuja casa ele entra. 

No evangelho de Lucas Jesus entra em casa de Pedro, sem, contudo, tê-lo chamado ainda. Também, em lugar de mencionar a Galiléia como sendo o espaço da proclamação de Jesus, Lucas a troca pela Judéia.

Lucas acentua o sofrimento da sogra de Simão Pedro e a autoridade de Jesus ao expulsar a febre; realça, assim, o caráter milagroso do evento. Jesus decide abandonar a Sinagoga. Por que razão não se diz. Mas, pelo que se pode entender, Ele quer transformar e fazer do ambiente familiar, simbolizado pela casa da sogra de Simão, no lugar de oração, de cura e libertação. De paz e justiça, de amor e partilha, de alegria e sucessos, de misericórdia e perdão. Faz do ambiente familiar o lugar de saúde e vida.

 Portanto a casa, o lar, a família, é o lugar privilegiado para se construir a nossa sociedade. Assim, numa sociedade como a nossa onde o conceito de família está “vazio”, Cristo chama o casal cristão a ser estrutura sustentadora de uma família capaz de encontrar relações novas, não ditadas pela carne e o sangue, mas pela vida nova que Cristo confere pelo Batismo. Isto reduz o egoísmo, e faz com que cresça a caridade, dom do Espírito e se realize a Igreja doméstica.

Jesus toma conhecimento da doença que afeta os casais e aí ele foi, parou ao lado da cama dela e deu uma ordem à febre.

Este gesto apela primeiro pelo zelo apostólico dele e por outra chama-me como pastor de alma a visitar, entrar e abeirar-me dos leitos de muitos homens e mulheres que estão doentes e deitados sem forças para levantar a cabeça, o corpo e servir os seus como deveriam fazer.

Na casa a mulher, personificada na sogra de Simão, é valorizada na sua prática do serviço, que é a característica fundamental do Reino. Outro pormenor a considerar é que a cena narrada se passa num sábado, dia do culto na sinagoga.

Neste dia todo trabalho cessava, e só era permitido caminhar-se uma curta distância. Ao pôr-do-sol termina o dia do sábado, começando o primeiro dia da semana. É a introdução do domingo, o dia por excelência para nós cristãos.

O povo, liberado das restrições legais prefiguradas pelo sábado legal, que ao invés de salvar, condenava, de dar vida, matava, acorre a Jesus, que os cura, os liberta e salva. Esta deve ser a minha e a tua atitude, fazendo-te recordar o que refletimos ontem, nas culturas antigas, muitas doenças físicas e mentais eram atribuídas a um ser imaginário, o demônio. Jesus, porém, na sua prática, vai revelando que os males da humanidade resultam, principalmente, do poder opressor, da falta de carinho, amor, ternura, paz, justiça, reconciliação, diálogo, atenção e falta de Deus na comunidade-família que deveria ser construtora de vidas novas.

 Neste trabalho é preciso que a comunidade saiba que ela está a serviço de Deus e não a busca de privilégios ou de poder (e isto serve também para os evangelizadores). Que ela tenha as portas abertas para todos.

O nosso serviço é levar todos os enfermos, quer os da família de sangue quer não: todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus. Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou.

Como apóstolos, somos enviados e ordenados para anunciar a Palavra de modo que trazendo todos os enfermos (quer corporais quer espirituais), eles possam ser curados e entendam Deus na Pessoa do Seu Filho, Jesus Cristo, que acolhe, liberta, perdoa e anuncia a verdade do Reino: a Vida Eterna.

Esta missão do Filho de Deus nos compromete e interpela a sermos o homem, a mulher que, acolhendo bons e maus, sejamos a mão, a braço, a boca, o coração e a mente de Cristo, convertendo-nos em discípulos e missionários do Mestre para que o mundo conheça a Verdade e conhecendo a Verdade possa salvar-se. Peçamos hoje a Deus o ardor missionário.

Reflexão Apostólica:

 Enquanto que em Marcos a ação libertadora de Jesus resulta de seu ensino, em Lucas ela é apresentada como manifestação de poder milagroso messiânico.

 A nossa reflexão de hoje divide-se em 3 momentos: uma tarde, uma noite e uma manhã com Jesus. 

 À tarde, Jesus visitou a sogra de Simão, seu futuro discípulo, e a curou de uma febre alta. Logo após, ela se pôs a servi-lo. Essa passagem já virou até motivo de piada, quando falam que foi por isso que Pedro negou Jesus 3 vezes...

A mensagem desse momento é muito "batida" e, apesar disso, pouco seguida... Quantas vezes Jesus nos curou, nos cura, e vai nos curar, mas nós não nos colocamos a servi-lo? A sogra de Simão o serviu do jeito que ela sabia e podia... não precisou fazer nada extraordinário... E nós? De que forma poderíamos servi-lo, agradá-lo?

À noite, todos os que tinham pessoas acometidas pelos mais diversos males, as levaram para Jesus impor as mãos. Jesus curou todas. A notícia da cura da sogra de Simão se espalhou rápido pela cidade, e cada um queria aproveitar a presença de Jesus para levar alguém que estava precisando de algo. Para o povo daquele lugar seria maravilhoso ter Jesus morando ali!

Ninguém mais ficaria doente por muito tempo! Jesus era como um médico novo em uma cidadezinha de interior... ou como um popstar visitando uma cidade grande... quem já presenciou uma situação assim, sabe do que eu estou falando.

Jesus deve ter ficado até altas horas da noite atendendo as pessoas, até alguém dizer: "Gente, tá bom, vamos deixar ele dormir também, não é? Ele é Filho de Deus..."

Se tivéssemos consciência de que Jesus é o Enviado do Pai para nos dar vida plena, nós nunca duvidaríamos de que Ele possa nos curar das nossas enfermidades, nos libertar do mal e nos fazer reviver, mesmo que estejamos à beira da morte.

A sogra de Pedro é um exemplo de que a qualquer momento e em qualquer circunstância nós também poderemos servir a Deus e à Igreja de Cristo.

Ninguém poderá afirmar que já não tem condições de vida nova, se realmente, confiar no poder de Jesus que se manifesta também, hoje, entre nós.

As doenças e os males que se nos apresentam, são na maioria das vezes, lamentos da nossa alma necessitada do toque de Jesus, da sua Palavra e da Sua orientação.

Ao nascer do sol, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. Foi refletir, orar... E não é difícil saber o que Ele pensou... É muito bom a pessoa ser bem acolhida, mas se Ele ficasse lá, a Boa Nova não chegaria às outras cidades, nem teria atravessado gerações até chegar a nós.

A ação libertadora de Jesus, curando os doentes e expulsando os demônios, se faz tanto no ambiente doméstico da "casa" como em ambiente público, entre as multidões.

 As pessoas de lá, não queriam deixá-lo partir, mas Ele tinha que ir. Jesus tinha um grande projeto de vida, e não deixou que as comodidades o tirassem da sua missão. Assim, devemos aprender com Ele... 

Deus tem grandes planos para a nossa vida! Nos deu dons! Nos dá tudo o que pedimos, nos cura e nos livra de qualquer mal.

Quantas vezes Ele ainda vai precisar nos curar para que nos coloquemos a servi-lo? Do nosso jeito, com nossas limitações... Até quando vamos continuar escolhendo o mais cômodo, e deixando de lado o grande projeto que Deus tem para a nossa vida?

Jesus resume e essência e o espírito da vida humana num ato único com duas faces inseparáveis: amar a Deus com entrega total de si mesmo, porque o Deus verdadeiro e absoluto é um só e, entregando-se a Deus, o homem desabsolutizar a si mesmo, o próximo como a si mesmo, isto é, a relação num espírito de fraternidade e não de opressão ou de submissão.

O dinamismo da vida é o amor que tece as relações entre os homens, levando todos aos encontros, confrontos e conflitos que geram uma sociedade cada vez mais justa e mais próxima do Reino de Deus.

A Boa Nova do Reino que Jesus anunciou aqui na terra é a Boa Notícia que nós devemos transmitir a todos: “Jesus, o filho de Deus, está muito perto de nós.

Mora no nosso coração e nos quer curar de todos os males, hoje, como antes”. Jesus não se prendia a lugar nenhum, Ele não tinha predileções. 

Por isso, ao raiar do sol... coloquemo-nos no em deserto por alguns minutos, e reflitamos sobre o grande plano que Deus tem para nós, mas que está ameaçado pela comodidade da vida... QUANTO MAIOR O INVESTIMENTO, MAIOR O RETORNO...

Enfim, amanhã, começa o mês da bíblia. Um mês onde, de forma especial, somos convidados a rever nossas ações e gestos perante a Deus, aos irmãos e a nós mesmos usando como filtro a palavra de vida que vem do Evangelho.

Você já teve alguma experiência de cura ou de libertação? - Depois que você foi curado (a), você foi também servir a Jesus? Você acha que já fez muito e que precisa de descanso? Você costuma se apegar aos grupos e pessoas? Você é uma pessoa que aceita mudanças ou é uma pessoa acomodada?

Propósito:

Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.

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A culpa é um dos piores sentimentos humanos. Ela sempre bate à porta do nosso pensamento querendo atormentar a nossa vida. A culpa aponta os nossos erros. E os nossos erros castigam a nossa consciência. O medo do castigo por algo que você fez de errado está perturbando você? Se você se sente assim, é porque está arrependido dos seus pecados e da decisão de viver pelas suas próprias forças. Você está arrependido? Saiba que Deus aceita o seu arrependimento. Não porque você merece, mas porque Jesus já pagou o preço dos seus erros passados, presentes e futuros. Portanto, entregue o fardo pesado da culpa para Jesus e descanse a sua alma na certeza de que em Jesus Cristo todos os seus pecados foram perdoados.