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segunda-feira, 28 de junho de 2021

eVANGELHO DO DIA 30 DE JUNHO QUARTA FEIRA 2021

 30 de junho - Solene tumulação dos despojos mortais de São José Marello no Santuário da Casa - Mãe em Asti. (1923). Atualmente não temos senão um tênue reflexo da fé e da caridade apostólica. São Paulo! Oh! a grande figura típica do Cristianismo! (L 11). São Jose Marello

 

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,28-34

 "Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, saindo dos túmulos. Eram tão violentos que ninguém podia passar por aquele caminho. Eles então gritaram: "Que queres de nós, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?" Ora, acerta distância deles estava pastando uma manada de muitos porcos. Os demônios suplicavam-lhe: "Se nos expulsas, manda-nos à manada de porcos". Ele disse: "Ide". Os demônios saíram, e foram para os porcos. E todos os porcos se precipitaram, pelo despenhadeiro, para dentro do mar, morrendo nas águas. Os que cuidavam dos porcos fugiram e foram à cidade contar tudo, também o que houve com os possessos. A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que o viram, pediram-lhe que fosse embora da região."  


Meditação: 

 A Bíblia descreve pelo menos 39 milagres que Jesus realizou durante o Seu Ministério Público, e vários outros milagres com ele, são descritos, como seu nascimento, Transfiguração, Ressurreição e Ascensão.

 Esta apresentação dá uma seqüência cronológica dos Milagres, tal como foi apresentado nos quatro Evangelhos. Cada evento inclui a referência adequada escritural. Além disso, a localização dos eventos é indicada, para melhor seguir as viagens do Senhor, enquanto Ele estava na Terra.

 O evangelho de hoje acentua o poder de Jesus sobre o demônio. No nosso texto, o demônio ou o poder do mal é associado com três coisas: 1) Com o cemitério, o lugar dos mortos. A morte que mata a vida! 2) Com o porco, que era considerado um animal impuro. A impureza que separa de Deus! 3) Com o mar, que era visto como símbolo do caos de antes da criação. O caos que destrói a natureza.

 Mateus resume aqui uma narrativa de Marcos para inseri-la em sua coleção de dez milagres de Jesus. Em Marcos a narrativa tem um sentido missionário: um possesso que foi libertado passou a anunciar Jesus no território gentílico da Decápole.

 A narrativa ainda mostra que Jesus, com sua prática libertadora, encontra resistência dos mais favorecidos, moradores da cidade, que pedem que se retire dali.

Na época de Jesus, muitas enfermidades internas eram interpretadas como possessões demoníacas. Por isso, para eles, o sinal mais evidente da chegada do Reino era a vitória sobre essas forças do mal que provocava muito sofrimento.

Esses demônios faziam o homem escravo e viver fora da realidade, como morar em cemitério, ser agressivo, quebrar grilhões e ferindo-se.

O endemoniado, sabe da origem, do poder e da ação de Jesus. Sabe e conhece os relatos das curas que Cristo realizava, por isso O pergunta: Filho de Deus, o que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo? Se o senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!

Em duas palavras: Pois vão!, Jesus responde e suas palavras produzem efeito. O homem fica curado. Jesus ao curá-lo devolve o direito de convívio com a comunidade, realizando assim a chegada do Reino também para quem não acreditava. Assim, se entende que a salvação não é somente para um povo ou uma religião, é para todos.

Quanto aos prejuízos causados pela morte dos porcos devido a expulsão dos demônios, quero crer que foi por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobreviesse o prejuízo.

Eles se achavam absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de Lhe poderem aceitar a graça que redime e salva proporcionando-lhes a vida eterna.

E a atitude dos moradores ao expulsarem Jesus da sua região, foi uma recusa total da salvação trazida por Jesus. Oxalá, reconhecendo o poder de Jesus, o projeto de vida eterna agradeçamos a Deus a graça de gritarmos como aqueles endemoniados e peçamos a Deus a graça de acolhermos o projeto de Jesus. Pois ele é o projeto de vida eterna.

Reflexão Apostólica:

 Mais uma vez, o evangelho nos prova que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus (os próprios demônios confessam isso).

Aqueles dois homens possessos de demônios foram libertados de seu sofrimento, por Jesus, porque Ele é o nosso libertador. 

Liberta-nos do pecado, de todas suas causas e de todas suas conseqüências. Só Jesus pode nos libertar dos demônios que no nosso dia a dia tentam-nos para poder nos arrastar para o pecado, para longe de Deus, e da vida eterna.

Essa libertação não acontece se nos afastarmos de Deus, ficando muito tempo sem rezar, e principalmente sem comungar.

Foi assim que aquele sacerdote sucumbiu-se com a pressão da legião de demônios que o arrastou como uma torrente poderosa para longe da Igreja, e de Deus.

Sendo jovem recém ordenado, foi designado para uma paróquia de uma cidade no Nordeste, onde as tentações são muitas e a solidão se avoluma principalmente à noite.

Apesar disso, aquele padre desempenhava seu sacerdócio com muita vontade, humildade e por que não dizer, com fé.

Celebrações, reuniões, encontros de jovens, elogios a sua pessoa, olhares, tentações, até que em um domingo à noite, final de um encontro de jovens, quando fechava a última porta da casa paroquial, ela estava lá, sentada, com o olhar fixo nele, ficou pasmado quase sem voz, mas afinal conseguiu perguntar o que ela estava fazendo ainda ali? Por que não foi para casa?...    

....Conclusão, hoje este padre, (porque sempre será padre) está casado com aquela tentação morena, e as missas viraram celebrações feitas por uma freira, e outras vezes por catequistas da paróquia.

Segundo informações, a situação é bastante desagradável, e maledicente para a própria Igreja. Aquele tímido padre, apesar de possuir um pequeno defeito físico, é de boa aparência.

Ele tinha que viajar de uma cidade a outra  principalmente no fim de semana para atender confissões, casamentos, batizados e celebrações. Com muitas atividades, suas orações pessoais foram substituídas por horas ou minutos de descansos.

Diante deste quadro de muita ação e pouca oração, o espírito que mesmo estando preparado pode cair por que a carne é fraca, imaginem um espírito despreparado mais carne fraca mais solidão mais grades tentações. Não deu outra. A Igreja perdeu mais um padre!   

 O inimigo de Deus persegue os Seus filhos e o maior desejo dele é fazer com que a criatura rejeite o Seu Criador. Jesus veio nos salvar e nos libertar do mau.

O Mau é o demônio com toda a sua carga prepotente e violenta. Os espíritos maus que ainda hoje nos atormentam fazem de nós pessoas iradas, rebeldes, idólatras, materialistas, impacientes, murmuradoras, intolerantes, medrosas, arrogantes e às vezes tão violentas que podemos ser comparados (as) com verdadeiras “feras”.

Jesus nos liberta do mal para que nós possamos voltar para o caminho do bem. Veja o que aconteceu com aqueles porcos.

Para salvar os dois homens Jesus expulsou deles o demônio e o mandou para a manada de porcos que “atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas”.

Os homens, às vezes, até inadvertidamente deixam-se apossar pelas obras do maligno. No entanto, nós temos ciência de que Jesus já o derrotou quando venceu a morte que é a conseqüência do pecado.

O inimigo sabe que já foi vencido por Jesus, mas mesmo assim continua explorando o ser humano. Os próprios endemoniados da história gritaram reconhecendo Jesus como Filho de Deus replicando: “o que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?

Se nós tivermos consciência de que Jesus já venceu a morte e que já nos deu a vida eterna, nós não cairemos nas malhas dos inimigos.

Jesus queria dar dignidade ao homem, porém o povo da cidade não entendia isso, porque estava preso aos seus interesses: os porcos lhe rendiam dinheiro.

Muitas vezes a libertação nos trará conseqüências de perdas, de despojamento e nós não queremos sacrificar os bens que possuímos em troca da salvação da nossa alma. Preferimos muitas vezes a prisão, a violência, para podermos ter uma vida mais próspera.

Em pesquisa recente divulgada pelo IBOPE, constatou-se que a empregabilidade deixou de ser a maior preocupação do brasileiro. Agora é a questão da violência. Cá entre nós, isso até que faz sentido: para que trabalhar e ser remunerado se posso não viver para gastar meu dinheiro ou mesmo pagar minhas contas?

Nos jornais, sejam eles televisivos ou impressos, violência. Nas ruas, violência. Na política, mais violência só que travestida com o manto da corrupção. Nas religiões, reduto cultural da moralidade, percebe-se um flerte com a violência.

O que preocupa qualquer observador bem intencionado é o arraigamento do mal. A extensão que ele tem tomado na sociedade e onde ele tem jogado seus tentáculos na cultura.

 Será que, mesmo orando e clamando a Deus por paz e por uma intervenção divina no nosso “tecido social”, o mal poderá ser erradicado?

 Será que o mal já não está tão arraigado no povo que, mesmo havendo uma manifestação do poder de Deus, as pessoas, por estarem tão acostumadas com esse mal, não o prefeririam? Em outras palavras: será que estamos preparados para o bem?

Essa pergunta pode doer e parecer retórica. Mas ela não o é. E o povo de gadara preferiu antes o mal (a que estavam acostumados) do que a Jesus com toda a sua majestade e poder. Na Bíblia há outros casos de gente que escolhera o mal (Sodoma; o jovem rico etc).

O que acontecera com os gadarenos para que naquele “choque do bem” eles preferirem o mal? O mal imperava em Gadara. E o maior sinal disso não era a presença dos endemoniados, mas sim a ausência dos valores do Reino de Deus. Como já dizia Santo Agostinho: “o mal existe como ausência do bem”. Na verdade, sempre que o bem se ausentar o mal se instalará.

Ser cristão é prezar pela verdade, é viver em amor, é manifestar o perdão. Depender de Deus é manifestar e ansiar pela justiça.

 Quando nós transigimos com nossos valores ou mesmo quando nós omitimos a vivência e a experiência destes valores nós condenamos o povo a viver “gadarenamente”, isto é, à margem dos valores do Reino de Deus.

 Você é uma pessoa fácil de ser influenciada e atraída para as coisas mundanas? Você será capaz de abdicar de alguma coisa ou de alguém muito importante, para se ver livre do pecado que o (a) prende? Você é uma pessoa que facilmente se enraivece? Você acha que precisa ser curado (a)?

 Propósito:

 Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Pai, coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.


Crescer é um processo contínuo, que consiste em ter a coragem de romper as barreiras que impedem um maior autoconhecimento.
Não significa somente se contentar com uma vida sem sentido, sem um ideal, sem um objetivo maior.
Ninguém veio ao mundo do nada e para o nada.
Todos têm uma missão a cumprir.
Lembre-se de que, no caminho rumo ao crescimento, existem muitos obstáculos. Mas tudo vale a pena se você optar pela verdade, pelo amor.


É sempre tempo de crescer para quem está decidido.

 

EVANGELHO DO DIA 29 DE JUNHO TERÇA FEIRA 2021

 

Santos Pedro e Paulo
Apóstolos e mártires

 


A festa, ou melhor, a solenidade dos santos Pedro e Paulo é das mais antigas e mais solenes do ano litúrgico. Foi inserida no santoral muito antes da festa do Natal e havia desde o século IV o costume de celebrar neste dia três missas. A primeira na basílica de são Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de são Paulo fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de são Sebastião, onde as relíquias dos dois apóstolos tiveram de ser escondidas por algum tempo para subtraí-Ias à profanação. Há um eco deste costume no fato de que além da Missa do dia é previsto um formulário para a Missa vespertina da vigília. Depois da Virgem Santíssima, são precisamente são Pedro e são Paulo, juntamente com são João Batista, os santos comemorados mais frequentemente e com maior solenidade no ano Litúrgico: além da festa do dia 29 de junho há de fato o dia 25 de janeiro (conversão de são Paulo), 22 de fevereiro (cátedra de são Pedro) e 18 de novembro (dedicação das basílicas dos santos Pedro e Paulo).

 Por muito tempo se pensou que 29 de junho fosse o dia em que, no ano de 67, são Pedro na colina Vaticana e são Paulo na localidade agora denominada Três Fontes testemunharam sua fidelidade a Cristo com o derramamento do sangue. Na realidade, embora o fato do martírio seja um dado histórico incontestável, e está além disso provado que isto aconteceu em Roma durante a perseguição de Nero, é incerto não só o dia, mas até o ano da morte dos dois apóstolos. Enquanto para são Paulo existe certa concordância entre testemunhas antigas indicando o ano 67, para são Pedro há muitas discordâncias, e os estudiosos parecem preferir agora o ano 64, ano em que, como atesta também o historiador pagão Tácito, “uma enorme multidão” de cristãos pereceu na perseguição que se seguiu ao incêndio de Roma.

 Parece também que a festa do dia 29 de junho tenha sido a cristianização de celebração pagã que exaltava as figuras de Rômulo e Remo, os dois mitos fundadores da Cidade Eterna. São Pedro e são Paulo, de fato, embora não tenham sido os primeiros a trazer a fé a Roma, foram realmente os fundadores da Roma cristã: um antigo hino Litúrgico definia-os como pais de Roma; um dos hinos do novo breviário fala de Roma que foi “fundada em tal sangue”. A palavra e o sangue são a semente com que os santos Pedro e Paulo, unidos com Cristo, geraram e geram a Roma cristã e a Igreja inteira.

 

 

29 junho Restauremos os lindos tempos da antiguidade, quando o sacerdócio se mostrava venerando aos povos pela vivíssima fé e pela caridade profunda! (L 11).  São Jose Marello

 

EVANGELHO DO DIA

 

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,23-27

 

"Então Jesus entrou no barco, e seus discípulos o seguiram. Nisso, veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas. Jesus, porém, dormia. Eles foram acordá-lo. "Senhor", diziam, "salva-nos, estamos perecendo!" - "Por que tanto medo, homens de pouca fé?", respondeu ele. Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. As pessoas ficaram admiradas e diziam: "Quem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?""  

Meditação:
 

 

Mateus resume a narrativa de Marcos paralela a esta. Assim ele faz também com as demais narrativas de milagres da coleção de dez milagres reunidos nos capítulos 8 e 9 de seu evangelho, preocupado em destacar o caráter messiânico atribuído a Jesus.

Nos evangelhos temos seis narrativas semelhantes envolvendo dificuldades dos discípulos na travessia do mar. Três delas, esta de Mateus e as paralelas em Marcos e Lucas, durante uma travessia de barco para o território gentílico.

O trecho de hoje está escrito precisamente para demonstrar que a transcendência e independência de Jesus, manifestada com suas palavras e seu proceder diante das leis e costumes tradicionais e perante as leis físicas da natureza, revelam seu domínio absoluto sobre as crenças  e seu senhorio total como de criador e não de criatura sobre os acontecimentos, de modo que a nossa resposta de hoje não pode ser outra que a dos que estavam no barco: Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?

Ora vejamos: Jesus sobe a uma barca e diz aos apóstolos que vão à outra margem. Esgotado pelo cansaço, dorme na popa. Enquanto isso, se levanta uma grande tempestade que inunda a barca. Assustados, os apóstolos acordam Jesus, gritando-lhe: Mestre, não te importas que pereçamos? Após levantar-se, Jesus ordena ao mar que se acalme: Cala, emudece. O vento se acalmou e sobreveio uma grande bonança. Depois, disse-lhe: Por que estais com tanto medo? Ainda não tendes fé?

Deus cuida de nós, Ele se importa com nossa vida, e de que maneira! Nos momentos mais difíceis da nossa vida representados pela turbulência do mar agitado Ele está conosco e muitas vezes nos carrega no colo.

 

Olhando para traz vemos somente duas pegadas e julgamos que ele nos abandonou nos atirou a batata quente nas mãos e ficamos desesperados.

 

A resposta de Jesus será sempre a mesma. Eu estava, estou e estarei contigo em tudo. Porque te amo mais do que a mim mesmo. Renunciei a minha divindade e vim aqui na terra. Deixei-me crucificar e por ti morri para te provar o quanto te amo. Não duvide mais homem, mulher de pouca fé! Tenha confiança em Deus e crede em Mim também. Eu aclamo as tempestades da tua vida. Confia em mim todas as tuas preocupações.

Portanto, a confiança em Deus: esta é a mensagem do Evangelho. Naquele dia o que salvou os discípulos do naufrágio foi o fato de levar Jesus na barca, antes de começar a travessia.

Esta é também para nós a melhor garantia contra as tempestades da vida. Levar Jesus conosco. O meio para levar Jesus na barca da própria vida e da própria família é a fé, a oração e a observância dos mandamentos.

 

Reflexão Apostólica:

 

Aquela tempestade deve ter sido aterrorizante. Mateus a descreveu com uma palavra peculiar, a palavra grega "seismos", que normalmente se usava para um terremoto. Mateus só usou esta palavra em outras duas ocasiões na vida de Jesus, na hora da sua morte na cruz (27,54) e na ressurreição (28,2).

Doze homens que pessoalmente viram Jesus curar leprosos, paralíticos e diversos outros doentes, ainda ficaram apavorados pela fúria daquelas ondas. Como ficou a fé deles? Ruiu! Jesus admoestou os discípulos pela sua falta de fé. Mesmo assim, ele parou o vento e as ondas.

Se alguém lhe disser que Deus não lhe ajudou ou não lhe curou porque sua fé é pequena demais, mande aquele pessoa voltar a escutar este relato de Mateus.

É um estímulo à fé na eficácia da palavra de Jesus, diante do mar agitado de uma sociedade elitista que serve ao dinheiro e gera a exclusão e o sofrimento. A confiança e a fidelidade à Palavra de Deus nos movem à prática transformadora desta sociedade.

A tempestade que passa pela sua vida pode ter deixado um ente querido na cadeia, na UTI ou até no cemitério. Pode cheirar de álcool ou se chamar de divórcio ou câncer.

Seja qual for, pode parecer que engoliu a sua fé. Mas, se você tiver ao menos o suficiente para chamar o nome de Jesus, ele escutará.

O poder de Jesus não é medido pelo tamanho da nossa fé, mas, pelo amor, sem limites que ele tem por nós. O mesmo amor que o levou a salvar doze homens apavorados em alto mar o levará a lhe socorrer, seja qual for o tamanho do seu sofrimento, sua dor ou sua angústia. Chame Jesus. Confie nEle.

Quanta fé é necessário? Basta o suficiente para chamar o nome dEle. Faça isso. Não há nenhuma tempestade que Jesus não pode comandar e ele sempre está tão perto que pode ouvir a sua voz.

Quem sabe se na passagem da tempestade você não descobre uma fé muito maior do que aquela que você podia antes imaginar?

Meu Senhor e meu Deus, eu creio. Mas aumenta a minha pouca fé!

Propósito:

Pai Santo e Poderoso, o Senhor tem nos socorrido tantas vezes, como é que ainda podemos duvidar? Ouça o pedido dos seus servos, atenda ao seu clamor e conceda a cada um a certeza de que o Ressuscitado está pessoalmente tratando do seu sofrimento. E, assim, dê provas de que a sua fé é sólida.

 

Evangelho do dia 28 de junho segunda feeira 2021

 28 JUNHO - A Igreja possui ainda recursos tais que são capazes de fazer tremer os seus inimigos.(L 18). São Jose Marello

 Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,18-22

 "Vendo uma grande multidão ao seu redor, Jesus deu ordem de passar para a outra margem do lago. Nisso, um escriba aproximou-se e disse: "Mestre, eu te seguirei aonde fores". Jesus lhe respondeu: "As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça". Um outro dos discípulos disse a Jesus: "Senhor, permite-me que primeiro eu vá enterrar meu pai". Mas Jesus lhe respondeu: "Segue-me, e deixa que os mortos enterrem os seus mortos". "  

Meditação: 

O tema desta passagem é o seguimento de Jesus, que Mateus insere em sua coletânea de dez milagres. O evangelista elabora sua narrativa a partir da mesma fonte (Q) que Lucas. Neste, os seguidores de Jesus seriam samaritanos, pois o episódio ocorre na Samaria.

Nesta fala, a figura do pai simboliza as tradições familiares que se perpetuam a fim de manter privilégios religiosos, sociais e econômicos, os quais favorecem as regalias e o enriquecimento de minorias e a subserviência de maiorias excluídas e oprimidas. Jesus propõe a ruptura com estas tradições.

Atualizando este texto, estamos diante de dois fatos importantíssimos como Cristãos chamados a seguir as pegadas do Mestre: tu vens e segue-me. A opção de seguir Jesus não é uma iniciativa pessoal. É ele que chama e consagra para a missão.

Primeiro um escriba que se aproxima, afirmando sua determinação de seguimento incondicional de Jesus: Mestre estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar aonde o senhor for.

 A resposta de Jesus é uma advertência para uma tomada de posição consciente quanto à opção pelo seu seguimento. Apela pelo abandono total de si mesmo e renúncia aos bens materiais: as raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.

Quem realmente quer seguir Jesus deve abandonar e renunciar tudo e confiando-se somente nas mãos providentes de Deus. Jesus a firmar o Filho do Homem, Jesus, que não tem onde repousar a cabeça. Quer-nos ensinar e levar a aderir ao abandono total nas mãos do Pai.

O segundo, é o caso de um dos discípulos que quer ganhar tempo e pede que Jesus permita enterrar o pai: Senhor deixe-me primeiro ir enterrar meu pai.

 Pai, aqui, não se aplica no sentido biológico. Mas na permanência das tradições Judaicas dos seus antepassados, presos à Lei, que ao em vez de salvar e libertar o homem mata e escraviza. 

 É estar preso às nossas idéias egoísticas, no orgulho, na vaidade, na preguiça, no individualismo, na nossa tibieza, em fim nas inúmeras desculpas que nós damos no nosso dia-a-dia para não nos consagrarmos ao ministério do Senhor como discípulos e missionários d’Ele.

Do mesmo modo que Jesus insistiu com aquele jovem assim insiste comigo e contigo e diz: deixe que os mortos sepultem os seus mortos e tu vens e segue-me.

 O chamado de Jesus não está no futuro. Mas sim no presente. O tempo é hoje e a hora é agora! Deixe que os espiritualmente mortos cuidem dos seus próprios mortos.

Há pessoas que vivem esperando as coisas se ajeitaram para depois servirem a Deus. Eu e tu meu irmão minha irmã não temos nem o poder, nem o dever tão pouco o direito de dizer não. Portanto, levanta-te e segue Jesus. Ele é o teu Deus e o teu Senhor.

 Paremos de dar desculpas furadas. Saibamos que, quando obedecemos a um chamado de Deus, Ele é poderoso para suprir nossas necessidades e nos orientar em toda espécie de dificuldades relacionadas ao Seu chamado para nossas vidas.

Rompamos, pois, com todas as barreiras que vedam os nossos olhos para não enxergar o projeto de Deus para nós. Entendamos que o seguir Jesus significa uma ruptura pura e simples com as antigas tradições mortas que não favorecem a vida e aderir ao amor vivificante do Pai, do Filho e do Espírito Santo

 Reflexão Apostólica:

 O seguimento de Jesus traz consigo uma série de implicações e exige de todos nós muito mais do que o entusiasmo ou a boa vontade.

Exige disposição de deixar muita coisa para trás, inclusive o conforto, os costumes, a cultura e até mesmo os grandes valores que norteiam a nossa vida.

Seguir Jesus significa ter a disposição de sempre ir em frente, sempre ir além, sempre buscar o novo para que a boa nova aconteça, é uma vida marcada sempre por novos desafios, é sempre atravessar o lago e buscar a outra margem do lago onde novas pessoas esperam para serem evangelizadas. Seguir Jesus significa colocar a obra evangelizadora acima de tudo.

 A outra margem é o inverso do que nós estamos acostumados a viver; é o desalojamento, desestruturação, situação de ruptura com os hábitos e os costumes.

Do mesmo modo que Jesus insistiu com aquele jovem assim insiste conosco e diz: deixe que os mortos sepultem os seus mortos e tu vens e segue-me.

 O chamado de Jesus não está no futuro. Mas sim no presente. O tempo é hoje e a hora é agora! Deixemos que os espiritualmente mortos cuidem dos seus próprios mortos.

Quem quiser segui-Lo terá que passar pelas dificuldades próprias da mentalidade evangélica. Não adianta somente querer seguir a Jesus com palavras e bons propósitos sem medir as conseqüências do que nós estamos pretendendo.

O seguimento de Cristo nos tira das nossas raízes e nos desestrutura, por isso, nós somos obrigados (as) a renunciar à nossa existência pacata, medíocre e acomodada.

O discípulo que pediu a Jesus para primeiro sepultar o pai era alguém como nós que esperamos um tempo propício para nos desprender dos nossos apegos, dos nossos projetos. Para nós também Jesus diz, hoje: “segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.

Jesus nos chama para uma vida nova conformada aos Seus ensinamentos. Seguir Jesus é viver conforme o Seu Evangelho, é viver o amor, é praticar o perdão, é não fazer questão por coisas que não têm valor diante de Deus.

Por isso, não podemos nos acomodar esperando novas oportunidades. É tempo de amar e construir aqui na terra o reino dos céus, para que não sejamos também chamados de “mortos”.

Quem deseja tornar-se discípulo, deve confrontar-se com as exigências postas pelo próprio Mestre. Só tem sentido fazer-se discípulo se for para assemelhar-se a ele.

Você também se propõe a seguir a Jesus aonde quer que Ele vá? Qual a sua maior dificuldade para viver o Evangelho? Você é uma pessoa muito apegada às pessoas da sua família e aos seus bens? Você acha que tem que renunciar a alguma coisa para seguir Jesus?
 
Jesus fala que para segui-lo é necessário ser uma pessoa despojada de si mesma, sem reservas, sem apegos às coisas desse mundo, sem ser meio lá meio cá. 

É o caso dos nossos sacerdotes, que morrem para si mesmo e se entregam para continuar a missão de Jesus. Para isso é preciso ter coragem!  Não é coisa muito fácil. O sacerdote olha do lado e vê as pessoas integradas mal ou bem com suas famílias. E ele, na solidão.

Nós, os membros da comunidade paroquial, temos que dar todo apoio possível ao sacerdote, convidando-o para almoçar em nossa casa, ficando mais tempo em sua companhia, dando todo o carinho fraterno que ele merece e precisa para não se lembrar que é um celibatário.

Porque o problema é parecido com o seguinte exemplo: A Televisão, no seu noticiário, anunciou que a partir do meio dia vamos ficar sem água por cinco dias.

O que acontece na nossa mente? Ficamos com sede na hora. Só de pensar que não terá água, além da sede, começamos a nos sentir sujos, até com coceiras pelo corpo com vontade de tomar aquele banho. É o que acontece com o seminarista.

Só de saber que não poderá se casar, ele sente mais vontade de construir uma família. Outros jovens solteiros da sua idade, nem estão pensando no assunto.

É igual a pessoa que mora em frente ao mar. Fica dias, até meses sem ir à praia. Ela pensa. A praia está aí mesmo, quando eu quiser, eu vou. Hoje não. Deixa para outro dia.

Assim, os dias vão se passando, e aquela pessoa nem se preocupa com a praia. Ao contrário, uma pessoa que mora longe do mar, fica pensando o verão inteiro como seria bom morar perto da praia para tomar banho de mar todos os dias! Quando tem a oportunidade de ir ao mar, aproveita tanto como se fosse morrer amanhã.

Isso é parecido com o problema do celibato. Se ele não fosse obrigatório, os seminaristas e padres não teriam nenhuma complicação com relação à solidão.

Alguém pode estar pensando que o problema da solidão é superado com a graça de Deus, e da Virgem Maria. Claro, que é, mas, não se esqueçamos das tentações do mundo atual que nos cercam por todos os lados. Na rua, na internet, no cinema, na televisão, até quando olhamos para fora pela janela do nosso quarto.  

 Propósito:

Pai, confronta-me, cada dia, com as exigências do discipulado, e reforça minha disposição para enfrentá-las com a tua graça.

 

 

segunda-feira, 21 de junho de 2021

EVANGELHO DO DIA 27 DE JUNHO 2021 - 13º DOMINGO DO TEMPO COMUM - NOSSA SENHORA DO PERPETUO SOCORRO

 



NOSSA SENHORA DO PERPETUO SOCORRO

 27 junho Levantemo-nos deste baixo horizonte de pigmeus e ocupemos a posição que nos cabe como ministros de Deus Nosso Senhor. (L 23). SÃO JOSE MARELLO

 EVANGELHO DO DIA

Marcos 5,21-43

Naquele tempo, Jesus atravessou de novo, numa barca, para outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!” Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais. Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?” Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.  Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando. Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.

Meditação:

Marcos é sóbrio em todos seus discursos - rico nas narrativas - apresentando pormenores que torna o Evangelho muito movimentado e colorido. É o mais breve dos evangelistas - conta 673 versículos. Este texto nos mostra alguns ensinamentos interessantes. Coisas que podemos e devemos utilizar no nosso dia-a-dia. Estamos hoje diante de dois casos sobre os quais o poder de Deus na pessoa de Jesus se manifesta. Pois humanamente falando seria impossível, mas que pela fé em Jesus se tornam possíveis. Com duas narrativas de cura detalhadas e articuladas entre si, Marcos contrasta um chefe religioso do Judaísmo, Jairo, com uma mulher anônima.

Aqui se trata de um encontro com Cristo que é uma experiência pessoal, única e irrepetível que cada pessoa pode fazer. Um encontro que acontece na vida cotidiana, em um lugar, um momento, um dia, uma hora. Pessoas que o encontram e são transformadas por Jesus.

 Hoje Marcos nos mostra duas histórias de fé. No caso da mulher hemorroíssa, ela TINHA CERTEZA que se tocasse na orla do manto de Jesus, ficaria curada. E assim foi!

 No caso da menina de 12 anos, precisou da fé de seu pai, que insistiu e persistiu com Jesus, apesar das pessoas dizerem que não adiantava mais, pois ela já estava morta. Jesus chamou os discípulos de confiança, os pais da menina, pegou na mão da menina e pediu que ela se levantasse... e ela se levantou e se pôs a andar. Mais um milagre de fé.

 Se Jesus não tivesse certeza que poderia fazer esse milagre, certamente não teria conseguido. Mas Jesus não teve dúvidas em momento algum, de que Ele era capaz de realizar aquele milagre. Podiam caçoar e zombar d'Ele à vontade... E é assim que devemos ser: firmes na fé!

 A multidão que seguia Jesus o comprimia, mas somente quem se aproximou dele, quem o tocou, testemunhou a sua fé e recebeu a cura. Muitas vezes seguimos Jesus no meio da multidão, sem ter consciência do que queremos, do que precisamos, e tampouco conhecemos a realidade da nossa vida e das nossas necessidades.

Queremos tudo e não conseguimos nada. Jairo, o chefe da sinagoga, aproximou-se de Jesus, caiu a seus pés e foi determinado e firme quando disse ao Mestre: “minha filhinha está nas últimas, vem e põe as mãos sobre ela!” Jesus deu ouvidos ao pedido daquele pai que rogou pela filha com fé e acompanhou-o até a sua casa reanimando a menina que apenas dormia. “Não tenhas medo. Basta ter fé”, disse-lhe Jesus. Pedido de pai é importante para Deus!

O pai que tem fé tem autoridade pra pedir o que é bom para o seu filho, porque será atendido. Deus entregou os seus filhos e as suas filhas aos pais, portanto, eles têm prioridade diante de Deus nos seus pedidos.

 No caminho Jesus foi tocado por uma mulher que se consumia há doze anos, perdendo sangue, isto é, perdendo vida. Devia ser uma mulher já cansada de lutar com os meios humanos, pois já havia gasto tudo o que possuía e não tinha mais nada.

Muitas vezes, quando nós não temos mais nada nem mais aonde correr é que nós buscamos Aquele que é tudo. Por isso, aquela mulher se aproximou de Jesus com muita fé e apenas tocou-Lhe o manto dirigindo-se a Ele com a força do seu pensamento.

 Os nossos pensamentos são o começo para todo o processo que regula as nossas ações, por isso, a hemorragia parou imediatamente. Jesus precisa perceber que nós O buscamos e que O tocamos com os nossos pensamentos, com os nossos anseios. É muito importante que Ele alcance o nosso desejo sincero: Isto é ter fé!

 A hemorroisa enfrentou a todos para tocar Jesus. Não se importou em expor a sua enfermidade que àquela época era considerada uma maldição. Jesus também conhece quando nós O procuramos de coração, quando não temos dúvidas em expor as nossas mazelas, quando passamos vexames porque todos estão descobrindo os nossos segredos, porque temos fé!” Que a Fé, portanto, seja o nosso maior motivo.

 Você já tentou aproximar-se de Jesus com fé e tocar no seu manto com os seus pensamentos? Você tem vergonha de expor diante da multidão as suas mazelas quando você se aproxima de Jesus? Você tem fé que Jesus pode curar você dos vícios que você carrega?

Em todas as situações da nossa vida, temos que crer no poder de Jesus, é preciso crer que “tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13). É preciso acreditar no poder de Jesus em todas as circunstâncias e saber que mesmo se a situação te levar a morte como a filha de Jairo, para Jesus é apenas um sono, pois cremos no poder da ressurreição. E como Jesus disse ao cego: Seja feito conforme a tua fé.

Somos desafiados a viver diariamente a nossa fé em Cristo, somos provados nessa fé, e só são aprovados aqueles que fazem da fé um estilo de vida e não atitudes momentâneas de oração e louvor sem compromisso e sem fidelidade.

Deixemos de viver o Cristianismo superficial sem comprometimento de fé na e com a Pessoa de Jesus. A fé é aquela entendida como uma atitude radical, demanda uma crença além da razão e das circunstancias. Pois como nos diz a epístola aos Hebreus: “a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem” (Hb 11,1). A fé não é ver para crer, a fé é crer para vermos o impossível humanamente falando acontecerem em mim e em ti assim como na vida dos meus e teus familiares.

Como Jairo, olhemos para Jesus. Prostremo-nos diante de Jesus e supliquemos aos pés de Jesus. Pois no Nome de Jesus há poder. Tudo aquilo que eu e tu julgava impossível Ele já o realizou. Basta com fé gritar Jesus Filho de David tem compaixão de mim e dos meus, o milagre da cura, da libertação e… acontecerá hoje aqui e agora. Acredite e tenha fé no poder da oração, visto que, com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mudado!

As coisas andam complicadas? Parece que nada dá certo? Parece que na batalha da vida você sempre está perdendo? Os problemas são maiores que sua capacidade para resolvê-los? Faça como Jairo, prostre-se aos pés de Jesus e suplique que Ele chegue até a sua casa! O Senhor Jesus prontamente atendeu ao chamado do chefe da sinagoga e também vai atender ao seu chamado.

Como vimos, o Evangelho de hoje narra a realização de dois grandes milagres: a cura da mulher que tinha uma hemorragia há 12 anos, e a "reanimação" de uma menina de 12 anos que havia sido dada como morta. Além da repetição desses 12 anos nas duas histórias, existe outro fato em comum: a fé das pessoas envolvidas. 

Então, tenhamos objetivos e metas para alcançar na vida, e saibamos que só iremos alcançá-las se nos comportarmos hoje como se já soubéssemos que é apenas uma questão de tempo e paciência, somado ao nosso esforço e a bênção de Deus, para conseguir alcançar o que desejamos. Deus faz a parte d'Ele, mas não irá fazer a nossa parte!

Reflexão Apostólica: 

Vivemos num mundo maldito pelo pecado e mais cedo ou mais tarde, teremos que encarar a morte. Não somente no leito de um hospital, mas talvez na porta da fábrica onde seu nome aparece na lista dos demitidos, ou nas palavras do esposo dizendo que o amor acabou, ou na traição do melhor amigo ou na porta da universidade onde seu nome não aparece na lista dos aprovados no vestibular.

Como deveria você reagir diante da morte? Resignar-se? Essa é uma possibilidade. Aceitá-la naturalmente? Repetir pra você mesmo que enquanto você estiver neste mundo a perda será inevitável e que, finalmente, tudo acaba no cemitério? Acostumar-se?

Por que, apesar de você conhecer a Jesus e, ter a esperança da ressurreição, parece desesperar-se diante da morte de um ser querido?

Olhemos para a narrativa de hoje e pensemos um pouco. Com quem nos identificamos melhor? Com a mulher que vai perdendo a vida lentamente ou com o pai que vê a filha querida morrendo e não sabe mais o que fazer para salvá-la? Talvez nos identifiquemos melhor com a filha que vê todos os seus sonhos de juventude se estraçalhando pela proximidade da morte. Quem sabe, com os discípulos que estão ali sem entender nada, ou com a multidão? Quem somos nós nessa história?

Graças a Deus que no cenário daquela história de confusão, tristeza e dor, existe outro personagem que é Jesus. Ele sempre aparece nos piores momentos do ser humano, pronto para auxiliá-lo.

Olhe neste momento para Ele. Ouça a Sua voz dizendo: "Levanta-te!" Suponho que neste momento Ele pode entrar aí em sua casa e dizer: "Levanta-te!" Sua voz é enérgica. É uma ordem cheia de vida: "Levanta-te!"

Naquele dia, havia muita morte envolvendo as pessoas. Havia tanta morte como hoje. Seu casamento está morrendo? E sua empresa, está morrendo? Seu filho, está morrendo? E você mesmo, será que está caindo aos pedaços por dentro?

Jesus é o Deus da vida. No relato bíblico de hoje você não tem que esperar que chegue a primavera para que a vida triunfe e a morte seja derrotada. "Levanta-te!" - diz Jesus - e aí, onde você estiver, experimentará a vitória sobre a dor, a morte e o desespero.

Existem pessoas com a vida destruída. Pessoas que já tentaram todos os caminhos e nada deu resultado. Cada dia que passa, sentem que se afundam na areia movediça da vida. De repente estende-se para eles o braço poderoso de Jesus tentando ajudá-los, mas não o aceitam. Estão cheios de preconceitos e temores e não conseguem libertar-se deles para segurar a mão auxiliadora do Mestre.

Esse foi o caso do próprio Jairo. Ele era chefe da sinagoga, um homem inteligente, culto e bem preparado. Como poderia ele juntar-se com gente simples que seguia a Jesus naqueles tempos?

Quem formava aquela multidão que seguia a Jesus? Prostitutas, ladrões, leprosos, quer dizer, os desprezados da sociedade, os rejeitados, homens e mulheres sem esperança. Como Ele, o rico e poderoso Jairo poderia descer de seu pedestal para juntar-se àquele povo? Mas a vida é ingrata. E dentro de sua ingratidão e aparente incoerência, ela é também uma grande mestra. Ensina-nos com lições que, de outro modo nunca aprenderíamos. Foi assim com Jairo. Sua filhinha estava doente e a ciência médica daqueles tempos não tinha o remédio para o mal que levava para a morte aquela jovenzinha preciosa.

Aonde ir então? Cada braçada que Jairo dava para sair daquela areia movediça o afundava mais no seu mundo de temores, dúvidas e preconceitos. Alias, sempre houve pessoas que olhavam para Jesus com preconceito. "Pode algo bom sair de Nazaré?" "Não é este o filho do carpinteiro?" "Se és o filho de Deus, salva-te e salva-nos" Você vê? Mentes arrasadas pelo preconceito, precisam desesperadamente de Jesus, mas tem medo de buscá-Lo publicamente.

Jairo está agora diante da morte da querida filha. E aí, sem saber o que fazer, nem onde mais ir, lembrou-se de Jesus e correu pedindo ajuda.

Esse Jesus que ajudou Jairo está hoje perto de você, embora não consiga vê-Lo, está aí, com os braços abertos, pronto a recebê-lo, esta aí ao seu lado com sua oferta de salvação gratuita. Você não precisa pagar nada. Tudo que precisa fazer é abrir o coração.

Existe no coração humano o sentimento inconsciente de que tem que fazer algo ou pagar alguma coisa para conseguir algum benefício. Se alguém nos oferece algo de graça, imediatamente pensamos que aquilo não deve valer muita coisa ou se valer, então, alguém está tentando nos enganar.

Vivemos num mundo onde se paga por tudo. Você "tem que fazer por merecer", dizemos. Mas, o relato bíblico, de hoje nos mostra uma verdade espiritual que precisamos entender para sermos cristãos felizes. Nesta história ninguém faz nada, exceto chorar diante da morte. Ninguém paga nenhum preço. Esta não é a história acerca do que nós, seres humanos, fazemos, mas acerca do que Jesus é capaz de fazer.

Um dos grandes problemas que às vezes temos, é que se apodera de nós o pensamento de que milagres acontecem com os outros, nunca conosco. Mas permita-me perguntar-lhe: Quando foi a última vez que você passou a noite inteira lutando com Jesus? Lembra-se de Jacó? Era já madrugada e o sol começava a despontar, quando o anjo pediu: "Deixe-me ir, pois já amanhece o dia", e Jacó agarrou o anjo e clamou: "Não te deixarei, senão me abençoares."

Quando foi a última vez que você ajoelhou-se e disse a Deus: "Senhor, não me levantarei, se não me der aquele emprego ou, se não trouxer meu esposo de volta"? Então, como você pode afirmar que os milagres só acontecem com as outras pessoas? Por favor, não se acomode em meio do sofrimento, aprenda a depender do Pai com fé, aprenda a aproximar-se de Jesus e tocar Suas vestes.

Você nasceu para a vida. Não permita que a morte tenha domínio sobre você. Clame em seu coração, chore se quiser e logo depois, abra seu coração a Jesus enquanto os Arautos do Rei cantam o que disse o apóstolo Paulo: "Eu não sou mais eu, Cristo vive em mim".

Propósito:

Senhor, a cada passo estamos diante da violência, diante da morte de um ser querido, diante da morte espiritual de um filho, diante da morte de nosso casamento, de nossa empresa. Quantos sonhos destruídos, quantos planos que acabaram no lixo. Mas neste momento queremos clamar pelo milagre da ressurreição. Foste capaz de ressuscitar a filha de Jairo; não será capaz de ressuscitar-nos hoje? Não será capaz de ressuscitar nossos sonhos e planos? Responde Pai! Em nome e pelos méritos de Jesus. Oh Pai querido! Obrigado porque naquela história que conta a ressurreição da filha de Jairo, a cura da mulher com hemorragia, nós podemos encontrar a Tua maravilhosa resposta para o drama que, muitas vezes, enfrentamos nesta vida.

 

EVANGELHO DO DIA 26 DE JUNHO SÁBADO 2021

 26 - Guerra à transigência! Quem transige está perdido! (L 9). São Jose Marello

 Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,5-17

 "Quando Jesus entrou em Cafarnaum, um centurião aproximou-se suplicando: "Senhor, o meu criado está de cama... sofrendo demais". Ele respondeu: "Vou curá-lo". O centurião disse: "Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu criado ficará curado..." Jesus ficou admirado e disse...: "Em verdade, vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé. Ora, eu vos digo: muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa no Reino dos Céus...". Então, Jesus disse ao centurião: "Vai! Conforme acreditaste te seja feito". E naquela mesma hora, o criado ficou curado. Entrando na casa de Pedro, Jesus viu a sogra deste acamada, com febre. Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo. Ao anoitecer... Jesus...expulsou os espíritos pela palavra e curou todos os doentes. Assim se cumpriu o que foi dito pela profeta Isaías: "Ele assumiu as nossas dores e carregou as nossas enfermidades"."  


Meditação:
 

 Neste evangelho temos as narrativas do segundo e terceiro milagres de Jesus, da série de dez que Mateus reuniu nos capítulos 8 e 9.

 Estas narrativas de milagres de cura e exorcismo reforçam a imagem de Jesus como a presença de Deus entre nós, libertando e comunicando vida.

Esta comunicação de vida se dá no convívio diário, nas relações fraternas cheias de amor, seja no ambiente familiar, seja nos grupos sociais de excluídos.

 Mateus mostra o sentido das curas realizadas por Jesus. Citando (Is 53,4), ele apresenta Jesus como o Servo de Javé, que liberta os homens de tudo aquilo que os aliena e oprime(demônios).

 As promessas de Deus a Abraão não eram apenas para ele, mas para toda a sua descendência; e a descendência de Abraão são todos os que, pela fé, se virão a tornar membros do povo de Deus.

 Assim o declarou Jesus, quando, no centurião, encontrou alguém que, não sendo descendente de Abraão segundo a carne, pois que era pagão, se tornou tal pela fé, enquanto que os que eram da descendência carnal de Abraão seriam lançados fora por não aceitarem na fé a palavra que Jesus lhes anunciava.

 Entrando em Cafarnaum, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.»

 Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu teto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro: ‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’, e ele faz.»

 Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.»

 Disse, então, Jesus ao centurião: «Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado.

 Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito com febre. Tocou-lhe na mão, e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo.

 Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos; e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.

 A fé do centurião nasce do testemunho de amor de Jesus. Não é uma fé decorrente das tradições do judaísmo. Sua fé supera a fé de Israel.

O “choro e ranger de dentes” aparece seis vezes em Mateus. É uma fórmula típica da manifestação da cólera divina contra o pecador, inspirada no Primeiro Testamento. Mateus é o único evangelista a fazer esta interpretação teológica.

Com a narrativa da expulsão de espíritos maus e das curas, Mateus associa cumprimento das profecias na pessoa de Jesus. Ele faz a inculturação de Jesus de Nazaré nas tradições do judaísmo.

Cabe à ação missionária fazer a inculturação de Jesus nas diversas culturas do mundo de hoje. E os missionários de hoje somos todos nós.

A massa que temos por missão de fermentar, a carne ou o peixe que temos que salgar para não apodrecer é primeiro os de nossas casa: o marido, a esposa, os filhos. Depois os vizinhos, os amigos e colegas. Todos aqueles com quem nos encontramos no nosso dia a dia.

 Que seja uma tarefa dura e difícil já o sabemos. Mas que é possível o milagre acontecer não tenha dúvidas. Olhe para a fé do centurião.

 A condição de centurião pode ser nossa. Assim como ele implorando pedia que Jesus fosse com ele para curar o seu empregado, assim nós devemos gritar para o Senhor: vinde Senhor curar a minha doença, os meus vícios e toda a minha família.

 Reflexão Apostólica:

 Atendendo ao pedido de um pagão, Jesus mostra que as fronteiras do Reino vão muito além do mundo estreito da pertença a uma origem privilegiada. A fronteira agora é a fé na palavra libertadora de Jesus.

Mesmo pertencendo ao grupo dos que se consideram salvos, se não houver essa fé, também não haverá possibilidade de entrar no Reino de Deus.

A presença de Jesus na comunidade liberta as pessoas do mal. Em resposta, as pessoas libertas se põem a serviço da comunidade.

Talvez, hoje, cada um de nós seja o oficial romano: sente-se pecador, indigno, mas também necessitado. Jesus veio nos ensinar que a fé é a mola mestra da nossa vida espiritual.

A nossa fé é o parâmetro para que Jesus venha em nosso auxílio. Ele se admirou da fé do soldado romano porque esse reconheceu que a autoridade de Jesus era maior que a dele mesmo quando disse: “Senhor, eu não sou digno……mas dize uma só palavra….”

O oficial romano não pediu a Jesus para ir à sua casa, mas apenas, a Sua Palavra! Uma só Palavra de Jesus basta para aquele que pede com fé e reconhece a sua própria limitação e o poder de Deus.

Jesus diz também hoje para nós: “E seja feito como tu creste”. Mesmo para aquele que está acamado (a) como a sogra de Pedro, para quem foi desenganado (a) e que perdeu a esperança, um simples toque de Jesus bastará para que tenha uma nova vida.

Jesus tomou sobre si as nossas dores e carregou as nossas enfermidades, portanto aquele que está deitado, desalentado, levante-se porque Jesus Cristo venceu o mundo.

 Os possessos e doentes vão a Jesus, e não às sinagogas, buscando a libertação da doutrina opressora e excludente dos fariseus.

O soldado falava de casa, estrutura imóvel, material, mas eu falo aqui de alma. De fato não somos dignos de Cristo, mas Ele nos quis assim, humanos, pecadores, quis tanto que bastando uma palavra Sua, tudo que era velho torna-se novo, o que era morte transforma-se em vida.

A fé daquele homem foi suficiente para que seu empregado fosse curado e ele expressou sua fé naqueles dizeres, e porque é tão difícil para nós sermos participantes deste milagre diário, se formos à Missa todos os dias, todos os dias iremos proferir essas palavras: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo", mas, porque, mesmo assim, não acreditamos que Deus poderá entrar dentro de nossa casa e fazer o milagre? Quantos não se acham muito importantes e nem têm necessidade de procurar Jesus?

Somos, sim, pecadores e devemos sempre procurar o caminho reto, não devemos nos acomodar na benevolência e misericórdia de Deus, porque Ele também pedirá contas de nossos atos.

 Devemos, sim, nos sentir amados e queridos, dignos não por merecimento, mas por bondade de Deus e tomar posse desse Amor, sabendo que nada poderá nos separar do Amor de Deus, pois somente com uma palavra Ele nos livra de toda tristeza, rancor, angústia, precisamos somente, abrir nossos ouvidos e coração à voz de Deus, que é suave e doce. 

 Jesus quer atender ao seu pedido. Ele tem autoridade para fazer qualquer coisa que você esteja precisando: FAÇA AGORA O SEU PEDIDO, HUMILDEMENTE!. 

Você crê na Palavra de Deus? Você tem fé que Jesus pode curá-lo (a)? Você reconhece a sua limitação diante de Deus? Você está precisando de cura? Peça a Jesus com fé!

Propósito:

Pai, a solidariedade de Jesus com os doentes e sofredores foi exemplar. Faze-me também ser solidário com quem necessita ser libertado de suas opressões.

2º Meditação:

 Entre o Sermão da Montanha e as orientações de Jesus aos apóstolos, para a missão, Mateus insere dez milagres, dois dos quais temos hoje. Estas narrativas de milagres de cura e exorcismo reforçam a imagem de Jesus como a presença de Deus entre nós, libertando e comunicando vida.

O evangelho de hoje continua a descrição das atividades de Jesus para apontara como colocava em prática a Lei de Deus, proclamada sobre a Montanha das Bem-aventuradas. Após as curas do hanseniano do evangelho de ontem (Mt 8,1-4), agora segue a descrição de outras curas.

O evangelista Mateus desafia sua própria comunidade, composta em sua maioria por judeu-cristãos, ao propor como modelo de crente um soldado romano. O desafio é duplo. Por um lado, significa aceitar uma pessoa que representa o poder de Roma em sua forma mais brutal e opressiva. De outro lado, significa aceitar que um pagão, com outra religião, manifeste tal fé em Deus a ponto de os seguidores de Jesus se sentirem sem fé.

Esta lição é muito importante para a comunidade de Mateus. Ela se sente muito segura pelo seu conhecimento da Escritura e pela sua origem hebraica, mas por esse mesmo motivo se vê constantemente ameaçada pela autossuficiência. O seguidor de Jesus não se contenta unicamente em ter uma atitude religiosa geral ou alguma bagagem teológica. É necessário que creia na pessoa de Jesus, que assimile seu ensinamento e que esteja disposto a compartilhar sua sorte.

A manifestação de fé do centurião vai além das expectativas de todos, inclusive do próprio Jesus, que fica surpreso com a resposta clara e serena do oficial romano. O centurião não pedia um favor para si, mas para um de sua ‘casa’; para uma pessoa que, embora vivesse sob o regime da escravidão, estava sob sua direta responsabilidade.

 O centurião, crê na palavra de Jesus, não discute, confia e reconhece o olhar da fé. Os discípulos, ao contrário, sofrem antes de aceitar o ensinamento de Jesus. Se na sua vida, você encontra dificuldade em crer, peça essa graça, agora ao Senhor. Senhor, concedo o dom da fé a todos aqueles que passam por dificuldades em acreditar e confiar em tua palavra.

O que mais nos surpreende nesta cena é que o oficial romano se coloca praticamente “às ordens” de Jesus, contrariando todas as regras sociais daquele tempo. Certamente, Jesus vendo a poderosa fé do centurião, passa por cima de todas as barreiras e, por meio do próprio oficial, comunica uma palavra de vida, fé e esperança a toda a ‘casa’ do oficial romano. Jesus cura valorizando a fé do centurião. Por meio da fé também podemos curar esta sociedade enferma, cujas feridas nos parecem às vezes incuráveis. Mas não nos esquecemos de que “para Deus nada é impossível”. (Lucas 1, 37)

Quando o cristianismo nasceu como movimento social e religioso, sua reduzida quantidade de integrantes lhe permitia ter um diálogo aberto e criativo com a grande variedade de expressões religiosas da época. Mateus fazia o que fazem hoje as nossas comunidades: usa a Bíblia para iluminar e interpretar os eventos e descobrir a presença da palavra criadora de Deus.

Compare a imagem que que você tem de Deus com aquela do centurião e das pessoas, que seguiam Jesus. A Boa Nova de Jesus não é, em primeiro lugar, uma doutrina ou uma moral, nem um rito ou um conjunto de normas, mas é uma experiência profunda de Deus que responde aos que o coração humano anela. A Boa Nova, como repercute em ti, em sua vida e em seu coração?

 2º Reflexão Apostólica

Quantas pessoas escuto dizer que a Missa é sempre a mesma coisa. Antes de entender o mistério da Santa Missa, concordava com isso, achava mesmo repetitivo, sempre as mesmas palavras, respostas, mesmos gestos, todavia, quando passei a entender o tesouro que é, nunca mais nenhuma Missa foi igual para mim, nem mesmo aquelas que celebro duas vezes no mesmo dia.

Certo dia, estava mal com alguma coisa, não me recordo exatamente o que era, mas achei que não deveria comungar, que precisava me confessar antes. Estava decidido, mas quando o Padre continuou a oração depois da Paz, e toda a comunidade inclusive eu, dissemos em voz alta e em bom som: SENHOR, NÃO SOU DIGNO DE QUE ENTREIS EM MINHA MORADA, MAS DIZEI UMA SÓ PALAVRA E SEREI SALVO.  Aquela frase, que na verdade é tirada dessa passagem teve um significado diferente para mim. O soldado falava de casa, estrutura imóvel, material, mas eu falo aqui de alma. De fato não somos dignos de Cristo, mas Ele nos quis assim, humanos, pecadores, quis tanto que bastando uma palavra Sua, tudo que era velho torna-se novo, o que era morte transforma-se em vida.

A fé daquele homem foi suficiente para que seu empregado fosse curado e ele expressou sua fé naqueles dizeres, e porque é tão difícil para nós sermos participantes deste milagre diário, se formos à Missa todos os dias, todos os dias iremos proferir essas palavras, mas porque mesmo assim, não acreditamos que Deus poderá entrar dentro de nossa casa e fazer o milagre?

Somos, sim, pecadores e devemos sempre procurar o caminho reto, não devemos nos acomodar na benevolência e misericórdia de Deus, porque Ele também pedirá contas de nossos atos, mas devemos, sim, nos sentir amados e queridos, dignos não por merecimento, mas por bondade de Deus e tomar posse desse Amor, sabendo que nada poderá nos separar do Amor de Deus, pois somente com uma palavra Ele nos livra de toda tristeza, rancor, angústia, precisamos somente, abrir nossos ouvidos e coração à voz de Deus, que é suave e doce.

Ah! Pra terminar a história, comunguei naquele dia, mas logo depois da Missa fui procurar o Padre pra me confessar.