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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

22º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Buscar examinar a realidade de nossa prática religiosa

Nesse 22º Domingo do tempo comum vamos ter como mote e como balizador das nossa conversa, uma frase forte do Senhor Jesus; uma frase que nos deve fazer pensar; uma frase pouco conhecida, mas que contém uma mensagem profunda: “Este povo me honra com os lábios, mas o coração deles está longe de mim. (...) o que vem de fora e entra numa pessoa, não a torna impura; as coisas que saem de dentro da pessoa é que a tornam impura”.

Essa frase encontra-se inserta no capitulo 7 do Evangelho de Marcos (Mc 7, 1 a 8, 14 a 15 e 21 a 23); mas, para que possamos entender bem o seu alcance é necessário entender qual era o contexto religioso de Israel no século I; tendo em mente que um dos elementos principais na prática religiosa do judaísmo daqueles dias era o conceito do que era “puro” e “impuro”. Para o povo contemporâneo de Jesus, o pecado tinha uma existência quase independente das pessoas. Certos atos, certos lugares, certas profissões tornavam as pessoas impuras, isso é, não aptas para participar do culto, sem primeiro passar pelos ritos de purificação.

E, diante dessa situação, podemos constatar que a prática de Jesus trazia a tona com o Seu Ministério, era uma pratica nova, democrática e que ia de encontro com tudo isso. Jesus, mesmo sem se recusar a participar nos rituais tradicionais, mostrava que nada que vem de fora da pessoa é capaz de deixá-la impura! Agindo assim, o Senhor Jesus relembrava ao povo a visão dos antigos profetas, que tinham, durante anos, conclamado o povo para que seguisse a vontade de Deus, em lugar de se preocupar com rituais externos.

E, dentre esses profetas Jesus recupera o ensinamento de Isaías, que diante das injustiças cometidas por pessoas que viviam na pureza ritual enquanto oprimiam os seus irmãos, e ainda esperavam a proteção de Deus, denunciava: “O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente” (Is 58, 6-7).

É exatamente assim que Jesus nos desafia hoje para que possamos examinar a realidade de nossa prática religiosa; para, sem negar a importância dos rituais, possamos fazer um sério exame de consciência, para que verifiquemos se a nossa religião não está semelhante à dos fariseus – perfeita nas expressões externas, mas vazia por dentro – ou se é como aquela que os profetas e Jesus nos propõem: Uma religião de prática da vontade de Deus, onde os ritos tem o seu lugar, mas como expressão dum verdadeiro compromisso com o Reino de Deus. Que não se torne realidade nossa a denúncia de Jesus diante do legalismo farisaico: “Este povo me honra com os lábios, mas o coração deles está longe de mim” (Mc 7,6).

Na verdade o que Jesus pregava é que acima de qualquer lei estava o amor. Afirmo que Jesus não era contra a lei, pois sabia que dela advinha de todo o aprendizado do Seu povo e da revelação de Deus em sua história.  Jesus era contra, sim, à vivência exagerada de um legalismo que acabava por afastar as pessoas, tal era o julgamento mútuo que impunha. Por isso, em diversos momentos do Seu Ministério vemos Jesus apoiando ações contrárias às leis dos judeus. Seus discípulos colherão espigas em dia de sábado e não lavaram as mãos antes de comer.  Toda essa nova postura será considerada por muitos como uma afronta às leis; mas, Jesus irá demonstrar que a lei maior é a lei que advém do coração de Deus; é a lei do amor e por isso dirá que o maior mandamento será amar uns aos outros e que deste, todos os demais decorrerão.

As palavras de Jesus “Este povo me honra com os lábios, mas o coração deles está longe de mim” (Mc 7,6) refletem a necessidade de trazer no coração aquilo que é dito pela boca, ou seja, ter uma prática coerente com o discurso; refletem a necessidade de viver em testemunho constante daquilo que se acredita. Este é o Seu ensinamento que ainda hoje nos deve fazer pensar sobre nossa própria coerência de vida.

Assim, devemos, dia após dia, manifestar a Ele o nosso desejo, quase que incontrolável, de conhecê-LO mais e mais, de saber D’Ele, de abrir o nosso coração e deixar que Ele entre na nossa vida, na nossa intimidade. Deixando claro o “segui-LO” significa simplesmente que queremos estar N’Ele. E, para os que colocam tudo isso em prática, eu tenho uma excelente notícia: Jesus acolhe, abre as portas do Seu coração; e, convida a segui-LO quando diz “Vinde e vereis” (Jo 35,39). Deus, independente das nossas faltas não faz um discurso, não dita normas; Ele simplesmente nos mostra a Sua morada.

Ele faz isso para que possa transitar livremente no meio de nós, entrando na nossa história, para dali, nos dar a conhecer a Sua promessa quando nos diz que “o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11,30). E, entrar na morada de Cristo significa encontrar-se com Ele e conhecer o infinito amor de Deus. Essa experiência é o início de uma vida nova, agora pautada sobre os princípios do Senhor, que nos faz irradiar, como retransmissores, esse amor a todos aqueles que nos cercam.

Até porque tudo “aquilo que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e o que nossas mãos apalparam: - falamos da Palavra, que é a Vida.  Porque a Vida se manifestou, nós a vimos, dela damos testemunho, e lhes anunciamos a Vida Eterna. Ela estava voltada para o Pai e se manifestou a nós” (I Jo 1,1-2).
Buscar examinar a realidade de nossa prática religiosa - II

Olhando de forma apaixonada para as palavras de Jesus descritas por Marcos (Mc 7, 1 a 8, 14 a 15 e 21 a 23) quero lhe perguntar: Estamos vivendo um cristianismo testemunhal ou apenas temos um belo discurso, sem qualquer conexão com as nossas ações e reações?  Será que somos realmente agentes de transformação ou vivemos uma fé morna que apenas justifica a presença na igreja no domingo para esquentar os bancos?

Essas perguntas são necessárias porque ao aproximar o nosso coração de Jesus constatamos o que realmente significa viver em plenitude os ensinamentos do Mestre e tentar fazer de nossa vida um constante testemunho de nossa fé. Ainda que isso nos leve a ser repreendidos pelos demais, como Jesus e seus discípulos o foram, ainda que nos leve ao julgamento alheiro, ainda que nos aproxime da cruz.  Porque é da aproximação com Jesus em seu sofrimento, que nos aproximaremos também de Sua glória.

Até porque Deus é o Criador e Senhor de todas as coisas; e, desde que Ele nos criou e nos mantém vivos, temos a obrigação de amá-Lo e adorá-Lo. Mas desde o princípio nós nos rebelamos contra Ele e agimos de acordo com as nossas ambições. Ofensas tais como mentir e roubar não são meramente dirigidas contra o ser humano. Acima de tudo, nós recusamos a obedecer a Deus, dizendo com efeito: Embora saibamos o que é correto na Sua presença, voluntariamente  ignoramos o Senhor. Fazemos aquilo que queremos fazer e não nos submetemos aos Seus mandamentos!

E, isso acontece porque todos nós somos tendenciosos a minimizar as nossas faltas e a imaginar que não somos tão maus assim. Em última instância, todavia, não podemos desprezar a Deus. Até porque é “pela teimosia e dureza de coração, você está amontoando ira contra si mesmo para o dia da ira, quando o justo julgamento de Deus vai se revelar” (Rm 2,5).

E, tudo isso demonstra que Deus quer que sejamos honestos conosco mesmo perante Ele. Será que você está preocupado com o que Deus tem registrado a seu respeito? Será que você está envergonhado de não se achegar junto D’Aquele que é Santo? Para responder essas questões lhe convido a fazermos juntos um completo exame de consciência e Mesmo insertos neste contexto torto, Deus nos mostra o que devemos fazer para nos transformarmos em implementadores do Seu maravilhoso plano para o mundo, através da possibilidade de estar ao Seu lado utilizando corretamente todos os talentos e habilidades que Ele nos concedeu unicamente para o planejamento, realização e a manutenção do Seu projeto restaurador para o mundo.

Este é o nosso desafio hoje. E, pela nossa efetiva participação nesta empreitada divina é que vamos ser por Ele cobrados. É por isso que se faz necessário sair da inércia e da nossa zona de conforto, buscando fomentar, na nossa vida e daqueles que nos cercam, sempre a pró-atividade para que possamos executar os objetivos esperados por Deus, no mínimo em sinal de gratidão por tudo que Ele já fez, faz e certamente fará por cada um de nós.

Mas, para que tudo isto aconteça temos que ser vigilantes para não buscar a nossa própria glória. Até porque, em tudo o Senhor nos vê e conhece o nosso coração, não basta só o “Senhor, Senhor”, tem que haver a fé tem que haver o seguir, tem que se fazer fiel à palavra, em práticas ao mando do Senhor, nosso Deus. Devemos ter consciência que o Cristo Jesus nos trouxe a vida eterna e nos impele para que possamos fazer diferença nos ambientes que circulamos todos os dias, demonstrando o quão bom é ter este Cristo vivo em um lugar de destaque no nosso coração;

Assim, não tenha dúvida de que devemos buscar ao Senhor, procurando ser fiel a Ele, colocando-O em primeiro lugar em nosso viver e procurado, dia após dia, praticar os Seus ensinamentos como fonte de sabedoria e de uma vida salutar na presença D’Aquele que faz a diferença; pois somente assim vamos esquecer “das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante” (Fl 3,13).
Procurar, todos os dias, estar preparado para obedecer a Deus

Estamos nos deparando com a necessidade, apresentada pelo Senhor Jesus, de estarmos preparados para viver um cristianismo testemunhal, tomando como base as palavras de Jesus relatadas por Marcos (Mc 7, 1 a 8, 14 a 15 e 21 a 23); e, que para isso é necessário ter a consciência de que devemos ser verdadeiros implementadores do Seu maravilhoso plano para o mundo.

E, hoje convido você para que juntos possamos aprofundar um pouco mais nesse tema; convoco você para que juntos possamos reconhecer a grande verdade do mundo: Nós nunca iremos, verdadeiramente, até o Senhor Jesus a não ser que Deus nos traga por intermédio da Sua graça, amor e misericórdia. E, olha isso não é invenção da minha cabeça, basta lembrar do que conversamos a algumas semanas; além da afirmação do Senhor que “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair” (Jo 6,44).

Eu não ficarei surpreso se você rejeitar esta verdade, dizendo a se mesmo: “Esse cara tá variando! Eu não sou assim! Tudo bem que tenho cometido alguns pequenos deslizes, mas dizer que eu não estou preparado para obedecer a Deus é demais”. Esta linguagem comprova que devemos usar o exemplo de João Batista, que foi o homem que Deus enviou para testemunhar Jesus; isto é, apresentar ao mundo Jesus como a “Luz” – a própria manifestação de Deus. A Luz é a palavra de Deus que faz ver o caminho da vida.

João Batista demonstra através de suas palavras e principalmente de suas ações que Jesus é a palavra decisiva de Deus que exprime o amor que indica aos seres humanos o verdadeiro sentido da vida. Portanto, estar ao lado da Luz, que é Jesus, significa, indubitavelmente, ter vida plena.

E, isso comprova que devemos falar de Jesus, não só com palavras, mas principalmente com ações e reações; demonstrando com as nossas atitudes o que Deus já fez, faz e fará na nossa vida. Até porque, o nosso testemunho é fundamental para fazer com que Jesus apareça, torne-se visível no mundo e faça a diferença. Ou seja, temos a grande responsabilidade de anunciar o poder transformador de Jesus a todos àqueles que nos cercam.

Jesus nos diz, através do relato de Marcos, que devemos viver pela fé, não porque seja justo em si mesmo, ou porque cumpra as exigências da justiça divina; mas porque Deus nos concede gratuitamente esse dom. A fé não é uma qualidade do ser humano, pela qual ele mereça uma recompensa da parte de Deus. Fé é o poder de acreditar que Jesus é o único que tem a competência de resgatar corações e restaurar vidas; Jesus é o único que tem a competência de nos fazer mudar de rumo e nos achegarmos até Deus.

E, isso acontece muitas vezes sem ruídos, tremores de terra ou experiências impactantes; Jesus entra na nossa vida como a luz quando a janela é aberta. Foi exatamente assim que Jesus entrou, se colocou no meio dos discípulos e começou a lhes falar concedendo a Sua Paz. Por isso, volto a repetir que: “Deus abençoará Seu povo com a Sua paz”. Tome posse dessa verdade! Até porque, essa é a benção completa e que nos faz ver o tamanho do amor de Deus por cada um de nós.

E, esse amor é a condição que Deus nos coloca como essencial à nossa vida; e, para a efetivação desse amor, Deus nos promete bênçãos; mas, para que o amor de Deus seja um (ou melhor, “o”) elemento essencial na nossa vida, é mister entender (e praticar dia após dia) que ao seguir os ensinamentos e preceitos do Senhor seremos novas criaturas. Ou seja, cabe a mim e a você, reconhecendo a nossa imperfeição, confiar em Deus, além de “esquecer das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante” (Fl 3,13). E, para que isso se torne uma realidade na sua vida devemos tomar posse das promessas feitas pelo próprio Cristo quando disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai”; (Jo 14,6-7).

A maravilhosa redenção nos foi oferecida gratuitamente por Jesus

Tenho certeza que Jesus foi muito duro nesse discurso relatado por Marcos (Mc 7, 1 a 8, 14 a 15 e 21 a 23). Porém, olhar essa parte do Ministério do Senhor sem o cuidado necessário, pode nos levar a concluir que a proposta de Jesus é algo que acontece independente da nossa ação, assim meio que como uma combustão espontânea, principalmente ao lembrarmos das palavras do Apostolo Paulo a Timóteo: “Esta palavra é segura e digna de ser acolhida por todos: Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro” (I Tm 1,15).

Mas, quero lhe dizer nesta, que efetivamente a maravilhosa redenção nos foi oferecida gratuitamente por Jesus; mas, (e, sempre há um “mas”!) precisamos estar atentos àqueles caminhos que prometem vida, mas que de fato levam à perdição. E, isso é necessário porque um bom número de pessoas acha que dando o melhor de si para obedecerem aos mandamentos de Deus e fazerem boas obras resolvem à situação e não precisam de mais nada. Ledo engano!

Quando me deparo que essa situação, que não é rara tento ressaltar que se fosse possível para nós seres imperfeitos, cheios de falhas e dualidades, restaurar a nossa aliança com Deus por nossos próprios esforços, qual seria a razão que levou Deus enviar Jesus ao mundo? Qual seria o motivo que O fez ser foi julgado, condenado, morrer na cruz e ressuscitar ao terceiro dia? Ou seja, se fosse possível para nós sermos justificados, fazer a nossa reconciliação com Deus por nossa própria obediência às Leis de Deus, então Jesus veio ao mundo só como turista e um turista acidental!

Na verdade, sem querer ser presunçoso, acredito que a realidade é bem diferente, até por tudo que o Senhor tem feito na minha vida; eu uma pessoa sem conserto e sem remendo virei, pela misericórdia e pelo amor de Deus, um Ministro do Evangelho de Jesus Cristo. Isso é milagre; milagre de Deus. Isso é demonstração do poder de Deus. Isso comprova que o Espírito Santo de Deus vem não porque eu mereço, mas porque eu desejo e peço, humildemente, que Ele invada a minha vida.

É exatamente por isso que lhe digo agora que precisamos da presença de Jesus, precisamos do Espírito Santo de Deus na nossa vida; até porque, Jesus é o hardware que nos liga a Deus; e, a Eucaristia é o software que faz esse maravilhoso hardware trabalhar para que possamos receber toda a graça e misericórdia divina. E, isso demonstra o tamanho do amor de Deus que nos utiliza, mesmo com todas as nossas imperfeições, e não estabelece nenhum juízo de valor por todos os erros que comentemos; desde que o nosso arrependimento seja verdadeiro.

Porém, algumas pessoas, ao responder esse extraordinário chamado do Espírito Santo de Deus, por mais incrível que pareça, buscam fazer alguns sacrifícios para tentar “agradar” a Deus. Vejo que tais sacrifícios são plenamente desnecessários na nossa relação com Deus. Até porque, o sacrifício de Cristo foi suficiente para nos reconciliar com Ele; pois, “foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo. (...) Cristo ofereceu pelos pecados um único sacrifício. (...) Por uma só oblação ele realizou a perfeição definitiva daqueles que recebem a santificação” (Hb 10,10 e 12 a 14).

Com isso, Deus está nos dizendo textualmente, que para que possamos responder o Seu chamado não precisamos fazer sacrifícios; o que não quer dizer que não precisamos nos arrepender dos erros que comentemos; muito pelo contrário, Ele requer, de cada um de nós, uma contrição verdadeira, um arrependimento que venha de todo o nosso coração; pois, “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide. Ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação” (Hc 3,17-18).
A maravilhosa redenção nos foi oferecida gratuitamente por Jesus - II

Quero começar a nossa última conversa, colocando o relatado de Marcos (Mc 7, 1 a 8, 14 a 15 e 21 a 23) para escanteio e citando o Apóstolo Paulo, em dois momentos distintos: “Então, a Lei estará contra as promessas de Deus? Claro que não! Se tivesse sido dada uma lei capaz de comunicar a vida, então sim, realmente a justiça viria da Lei. A Escritura, porém, colocou tudo sob o domínio do pecado, a fim de que a promessa fosse concedida aos que acreditam, mediante a fé em Jesus Cristo” (Gl 3,21-22); e “ninguém se tornará justo diante de Deus através da observância da Lei, pois a função da Lei é dar consciência do pecado" (Rm 3,20).

Relembrar essas afirmações de Paulo é necessário para que exista uma certeza em nossos corações: Fomos lavados das nossas iniquidades pelo sacrifício de Jesus no calvário; fomos reconciliados com Deus através da ressurreição do Senhor; temos livre acesso ao Pai pela presença do Espírito Santo de Deus. E, isso que dizer que a nossa redenção não pode ser obtida a partir do Monte Sinai; porque o nosso perdão só é encontrado a partir daquilo que começou no calvário, passou pela ressurreição, pela chegada do Espírito Santo de Deus e continua até hoje. Essas seriam suficientes para encerramos aqui a nossa conversa; mas, não vou fazer isso!

Porque, quero dizer a você algo que considero importante: Não podemos, sob a bandeira do modernismo ou da inclusividade, flexibilizar os preceitos de Deus contidos na bíblia; não há dúvidas que o Senhor ama a todos; não podemos negar que Jesus dirigiu a Sua mensagem para todas as pessoas que estejam dispostas a ouvir e a praticar as Boas Novas do Evangelho; mas isso não significa compactuar com pecado.

Exatamente quando vivenciamos esses momentos turvos, alguns podem pensar que a única solução possível é nos afastar da forma tradicional de agir, sendo ser extremado, drástico, chegando a radicalizar com àquelas pessoas que vivem um evangelho que nada se assemelha com o poder e a força transformadora de Deus que restaura vidas e corações.

Eu ouso afirmar que Deus nos diz que não! Mesmo sabendo que é considerado “maldito o que faz com negligencia a obra do Senhor” (Jr. 48,10); Jesus nos mostra, que é nesta hora, que devemos procurar exercer, de uma forma plena, ampla e irrestrita, o perdão. Amando o pecador e odiando o pecado.

E, para amar o pecador e odiar o pecado devemos ter em mente que Jesus “se entregou por nossos pecados e ressuscitou por nossa justificação” (Rm 4,25). Vejo, de forma cristalina que houve um perdão incondicional, desde que aliado ao arrependimento sincero. Com uma única exceção “a blasfêmia contra o Espírito Santo” (Mt 12,31).

Isso quer dizer, pelo menos para mim, que nesses momentos de crise temos o dever de não pré-julgar ninguém e buscar fomentar o perdão, por tudo que Deus já fez por cada um de nós. Mas, perdoar não significa ser complacente com as coisas erradas do mundo; nem, tampouco, compactuar com procedimentos de desvirtuem tudo aquilo que Deus tem planejado para a nossa vida e para o mundo.

Perdoar significa não julgar; significa ter um coração benévolo, bondoso e, o mais importante, prestativo às necessidades alheias, além de cortês no tratamento com àqueles que nos cercam. Perdoar significa ter um coração que estimula, promove e desenvolve, diariamente, a nossa disposição de ser e viver de uma forma generosa e benevolente. Até “porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia;” (Tg 2,13), tendo a certeza que a falta de perdão, aliado a intolerância isso sim é sinal de ingratidão a Deus.

Pois, isso certamente nos ajudará a crescer na fé, na obediência, na perseverança e na divulgação dos preceitos de Deus, vivendo plenamente, através de palavras e ações, a máxima de que “Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (II Tm 1,7).
S.P.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

EVANGELHO DO DIA 02 DE SETEMBRO - 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM


22º DOMINGO DO TEMPO COMUM
02 - A tristeza é inimiga do bem. (S 197). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 7,1-8.14-15.21-23
 "Alguns fariseus e alguns mestres da Lei que tinham vindo de Jerusalém reuniram-se em volta de Jesus. Eles viram que alguns dos discípulos dele estavam comendo com mãos impuras, quer dizer, não tinham lavado as mãos como os fariseus mandavam o povo fazer.
(Os judeus, e especialmente os fariseus, seguem os ensinamentos que receberam dos antigos: eles só comem depois de lavar as mãos com bastante cuidado. E, antes de comer, lavam tudo o que vem do mercado. Seguem ainda muitos outros costumes, como a maneira certa de lavar copos, jarros, vasilhas de metal e camas.)
Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram a Jesus:
- Por que é que os seus discípulos não obedecem aos ensinamentos dos antigos e comem sem lavar as mãos?
Jesus respondeu:
- Hipócritas! Como Isaías estava certo quando falou a respeito de vocês! Ele escreveu assim:
"Deus disse:

Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração está longe de mim. A adoração deste povo é inútil, pois eles ensinam leis humanas como se fossem mandamentos de Deus."
E continuou:
- Vocês abandonam o mandamento de Deus e obedecem a ensinamentos humanos.
Jesus chamou outra vez a multidão e disse:
- Escutem todos o que eu vou dizer e entendam! Tudo o que vem de fora e entra numa pessoa não faz com que ela fique impura, mas o que sai de dentro, isto é, do coração da pessoa, é que faz com que ela fique impura.
Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras.
" 
 Meditação:
 Comumente o coração é apresentado como fonte de pensamento e emoção. Aqui o coração é apresentado como fonte de ação, boa ou má. Os fariseus, apegando-se às tradições humanas e interesseiras, afastam-se da justiça de Deus em seus corações.

Desde o início da vida pública de Jesus, os fariseus, os doutores da Lei, os sacerdotes e escribas, se juntaram na intenção de persegui-Lo por causa de certos atos como expulsão de demônios, curas em dia de sábado, perdão dos pecados, familiaridade com os pecadores públicos, entre outros atos que eram proibidos na Lei judaica.

Ao longo do tempo, infinitas regras minuciosas foram se acumulando em torno dos Mandamentos fazendo com que se perdessem os preceitos fundamentais.

O culto prestado a Deus não é questão de palavras, mas uma prática que revele o ser de Deus. A tradição dos homens, os preceitos humanos, os ritos, as leis e a burocracia sufocam a vontade de Deus.

Nesta passagem do Evangelho, os fariseus se reúnem em volta de Jesus, mas não estão ali como a multidão necessitada. Querem pegar Jesus em alguma contradição para poder acusá-Lo.

Ao verem os discípulos comendo sem lavarem as mãos, os fariseus ficam escandalizados, pois isso era para eles uma impureza ritual. Jesus está preocupado com a fome do povo que não tem o que comer, seu foco é a partilha; enquanto isso os fariseus se preocupam com os preceitos da Lei, o ritual de pureza para comer.

Diante da pergunta deles, Jesus os chama de hipócritas e recorre ao profeta Isaías para desmascará-los: “Suas intenções são única e exclusivamente de defender regras estabelecidas por eles mesmos, tradições qualificadas como humanas, passando por cima dos Mandamentos de Deus.”

Uma tradição só pode ser válida se ela ajuda a observar os mandamentos. O farisaísmo, originariamente sinônimo de piedade e perfeição, toma o significado de hipocrisia depois desta polêmica de Jesus contra os fariseus.

É hipocrisia lavar as mãos de forma tão escrupulosa, ou dar importância a qualquer outra exterioridade, pois é o interior do homem que precisa ser purificado quando se está com o coração cheio de maus pensamentos e vícios.

Os fariseus apoiavam a justiça do homem sem a graça divina, fundamentada apenas no cumprimento dos preceitos e dos mandamentos, e na prática de boas obras, como se o homem fosse capaz de se salvar sozinho. Não há como observar a Lei de Deus sem estar com o coração limpo.

O Rabino judeu inteligente, Jesus, desmascara o questionamento dos fariseus. Ele se dirige a todo o povo para ensinar que as impurezas não vêem de fora, mas saem do coração do homem que não conhece a Deus verdadeiramente.

Para os fariseus é difícil entender a rejeição de Jesus aos costumes e tradições de fachada, pois é assim que eles são respeitados e vivem há muito tempo. Mas Jesus lhes ensina que, o que importa é o que vem de dentro da pessoa, da consciência humana. Não importa o que se come, os elogios, a boa fama, o cumprimento das leis e costumes, pois não é isso que os faz ser uma pessoa de bem.

Ao abolir a lei sobre a impureza e a pureza, fundamento injusto da época, Jesus quebra tabus e
iguala as pessoas, e a partir dessa nova moralidade, Ele não se importa em escandalizar, ser impuro ou gerar conflito. Ele era paciente, mas não suportava a hipocrisia.
Reflexão Apostólica:
 No Evangelho deste domingo Jesus nos ensina a separar as coisas. Ele nos mostra a diferença entre os ensinamentos de Deus e a tradição humana.
 Jesus não está querendo dizer que devemos ser uns porcos, ou que não precisamos ter hábitos de higiene. Pois sabemos que 80% das doenças são causadas pelo contágio, especialmente pelas mãos mal lavadas em contato com os alimentos.
 O que Jesus está nos advertindo é sobre o exagero dos judeus com reação da tradição, os quais valorizavam  muitas práticas religiosas que eram verdadeiros absurdos, deixando de lado a prática da verdadeira fraternidade. Eles lavavam de maneira especial  e quase solene, os copos, jarras e vasilhames de cobre. Chegavam ao absurdo de tomar banho antes das refeições. No entanto, de suas bocas saiam sempre palavras de desprezo, ofensas e  de exclusão aos humildes. E isso continua acontecendo hoje. Muitos são preocupados com a aparência, preocupados em serem apenas educados, porém vivem arquitetando expedientes e manobras sujas para prejudicar os irmãos.
 Jesus se irritou com fariseus e disse: - Escutem todos o que eu vou dizer e entendam! Tudo o que vem de fora e entra numa pessoa não faz com que ela fique impura, mas o que sai de dentro, isto é, do coração da pessoa, é que faz com que ela fique impura.
 Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras.

Lavar as mãos antes das refeições, é uma norma básica de higiene. Porém, os fariseus seguiam cegamente a tradição, exagerando nos rituais com a água mais  não praticavam corretamente a caridade com  a maioria do povo excluído.
 Isto é muito parecido com o que fazem algumas pessoas colunáveis que super valorizam a “educação”, no sentido de serem simplesmente corteses e delicados uns com os outros, e apenas entre eles, isto porque, só se relacionam com pessoas do seu nível sócio-econômico. No entanto, a caridade  em si, nem a conhecem como nos foi ensinada por Jesus Cristo.
 Pois se eu saio por aí distribuindo sorrisos na maioria sorrisos falsos, esperando colher uma boa retribuição, ou recompensa, perante  a Deus eu não estou fazendo nada de importante, além de ser um falso e egoísta. Por outro lado, se me esforço para contribuir pelo bem da humanidade, se me comunico com o meu irmão com sinceridade, e na prática do amor fraterno, mesmo  tendo de corrigir aquele que erra, eu estou muito mais próximo do Plano de salvação.
 Uma coisa é ser educado e agradável aos demais apenas por interesse, e outra coisa é ser caridoso, sem esperar nenhum retorno.
 Que Deus nos ajude a sermos autênticos e sinceros cristãos, empenhados em amar uns aos outros com gestos e palavras sinceras, e não com atitudes de falsidade, e de hipocrisia.
 A higiene é importante para nos prevenir das contaminações, porém, o que mais prejudica e contamina a nossa alma impedindo-a de merecer um dia a vida eterna, são as maldades, e as injustiças que brotam do nosso interior, geradas pelo nosso egoísmo e pela nossa fraca fé.
 O estilo de vida que mais agrada a  Deus nosso Senhor, é fazer opção pelo seu projeto de salvação, sem restrição e sem reservas, e que se realiza na prática do amor fraterno e da caridade.
 Ao iniciar o mês da Bíblia, vamos acolhê-la e reverenciá-la como nunca o fizemos, com alegria e muita fé, fazendo do seu conteúdo, o nosso estilo de vida, pois a Bíblia é a nossa proposta de salvação deixada por Deus. Deixemos que ela sempre ilumine, guie, dirija e fortaleça a nossa trajetória de vida aos olhos do Criador. Pois de nada adianta decorar a Bíblia e carregá-la debaixo do braço. Mais sim,
Propósito: De mãos e coração puros, "encarnar o Evangelho no coração do mundo."        
 MILAGRES E…MAIS MILAGRES
Só existe duas maneiras de se viver a vida; pode-se viver como se nada fosse um milagre, a outra maneira é compreender que tudo é um milagre.   Albert Einstein
Hoje você já experimentou vários milagres. A sua vida é ainda um milagre maior. Sentir o calor do sol batendo no seu rosto pode parecer algo simples e banal. Porém, essa simples experiência só é possível por uma combinação de inimagináveis e profundos complexos fatores; e todos esses fatores trabalham harmoniosamente para que você tenha tal experiência. 

E quando um circulo maravilhoso é concluído, outro se inicia. Até mesmo o mais aparente simples e ordinário momento é a manifestação de magníficos milagres, cada um seguindo outro rapidamente e vindo logo outro a seguir. É tão fácil achar que tudo isso é algo corriqueiro e sem muito valor… 

Celebre os milagres que vem até você numa base diária – são portentosos e magníficos atos de Deus sobre a sua vida. Portanto, todo dia, todo momento, cada segundo é momento para uma maravilhosa celebração.

Evangelho do dia 01 de setembro sábado


01 setembro - A maldade não entra no Céu. (S 196). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 25,14-30

"Jesus continuou:
- O Reino do Céu será como um homem que ia fazer uma viagem. Ele chamou os seus empregados e os pôs para tomarem conta da sua propriedade. E lhes deu dinheiro de acordo com a capacidade de cada um: ao primeiro deu quinhentas moedas de ouro; ao segundo deu duzentas; e ao terceiro deu cem. Então foi viajar. O empregado que tinha recebido quinhentas moedas saiu logo, fez negócios com o dinheiro e conseguiu outras quinhentas. Do mesmo modo, o que havia recebido duzentas moedas conseguiu outras duzentas. Mas o que tinha recebido cem moedas saiu, fez um buraco na terra e escondeu o dinheiro do patrão.
- Depois de muito tempo, o patrão voltou e fez um acerto de contas com eles. O empregado que havia recebido quinhentas moedas chegou e entregou mais quinhentas, dizendo: "O senhor me deu quinhentas moedas. Veja! Aqui estão mais quinhentas que consegui ganhar."
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!"
- Então o empregado que havia recebido duzentas moedas chegou e disse: "O senhor me deu duzentas moedas. Veja! Aqui estão mais duzentas que consegui ganhar."
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!"
- Aí o empregado que havia recebido cem moedas chegou e disse: "Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui está o seu dinheiro."
- "Empregado mau e preguiçoso!", disse o patrão. "Você sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei. Por isso você devia ter depositado o meu dinheiro no banco, e, quando eu voltasse, o receberia com juros."
- Depois virou-se para os outros empregados e disse: "Tirem dele o dinheiro e dêem ao que tem mil moedas. Porque aquele que tem muito receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele. E joguem fora, na escuridão, o empregado inútil. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero." " 

 Meditação

 Esta parábola está entre outras duas parábolas: a parábola das Dez Virgens (Mt 25,1-13) e a parábola do Juízo Final (Mt 25,31-46).
 As três parábolas esclarecem e orientam as pessoas para a vinda do Reino. A parábola das Dez Virgens insiste sobre a vigilância: o Reio pode chegar a qualquer momento. A parábola do Juízo Final diz que para possuir o Reino é necessário acolher os pequenos. A parábola dos Talentos orienta para o que fazer a fim de que o Reino possa crescer. Fala dos dons ou carismas que as pessoas recebem de Deus. Cada pessoa possui qualidades, sabe algo que pode ser ensinado aos outros.
 Esta parábola de Mateus, tendo provavelmente em sua origem algum dito de Jesus, parece ter sofrido acréscimos e adaptações quando veiculada entre as primeiras comunidades. Nela se encontram imagens extraídas de situações reais de ambição, opressão e exclusão. O seu caráter seletivo e condenatório é pouco condizente com a revelação de Jesus de Nazaré, manso e humilde de coração, que vem trazer vida para todos, sem exclusões.
Aqui em Mateus, vemos Jesus explicando sobre o Reino de Deus (Mateus usa a expressão Reino dos Céus – sinônima) através de exemplos comparativos – as parábolas contam histórias que tem os princípios do ensino que se quer dar – não dá pra pegar todos os detalhes das parábolas e aplicá-las em nossa vida, mas podemos retirar dela os princípios para a vida cristã; Jesus usava método pedagógico que o povo confunde com lei e regra. A parábola não é uma regra, mandamento, lei, mas forma de ensino.

Aqui vemos Jesus expondo sobre o reino, o senhor (Ele), os servos (nós), os bens do reino (dons para o serviço) e então a partir disso desenvolve-se a parábola onde podemos tirar muitas lições. 
A parábola tem um sentido escatológico, relativo ao fim dos tempos. Nas primeiras comunidades havia a expectativa de uma volta breve de Jesus. Mateus adverte as comunidades que se devia aguardar Jesus produzindo frutos concretos, e não na passividade e indolência.

Ninguém é só aluno, ninguém é só professor. Aprendemos uns dos outros. Uma chave para entender a parábola: Uma das coisas que mais influi na vida das pessoas é a idéia que nós fazemos de Deus.
 Entre os judeus da linha dos fariseus, alguns imaginavam que Deus fosse um juiz severo, que tratava as pessoas se acordo com o merecimento conquistado graças às observâncias da lei e das prescrições ou mandamentos. Isto causava medo e impedia às pessoas de crescer. Sobretudo, impedia que abrissem um espaço dentro de si, para acolher a nova experiência de Deus que Jesus comunicava. Para ajudar estas pessoas, Mateus narra a parábola dos talentos.
 Jesus narra a história de um homem que, antes de viajar, distribui seus bens aos servidores, dando a eles cinco, dois ou um talento, de acordo com as capacidades de cada um. Um talento corresponde a 34 quilos de ouro, que não é pouco. Afinal, cada um recebe o mesmo, porque recebe “segundo sua capacidade”. Cada um recebe sua pequena ou grande copa cheia. O patrão viaja para o exterior e fica por lá durante muito tempo.
 A história cria certa suspense. Não se sabe com que objetivo o patrão entrega seu dinheiro aos servos, nem se sabe qual será o final.
  Os dois primeiros trabalham e duplicam os talentos. Mas aquele que recebeu um talento o enterra para não perdê-lo. Trata-se de bens do Reino que são entregues às pessoas e às comunidades de acordo com suas capacidades. Todos recebem algum bem do Reino, mas nem todos respondem da mesma maneira!
 Depois de muito tempo, o patrão volta. Os dois primeiros dizem a mesma coisa: “Senhor, me destes cinco/dois talentos; eis, lucrei outros cinco/dois”. E o patrão a mesma resposta: “Muito bem, servo bom e fiel – lhes responde o padrão – foste fiel no pouco, dar-te-ei autoridade sobre muito; entra na alegria do teu patrão!”
 Chega o terceiro servo e diz: “Senhor, sei que és um homem exigente, que ceifas onde não semeaste e colhes onde não espalhaste; por medo, enterrei o talento debaixo da terra: aqui está o que é teu!” Nesta frase aparece a idéia errada de Deus que é criticada por Jesus. O servo considera Deus como um patrão severo. Diante de um Deus assim, o ser humano tem medo e se esconde por trás da observância exata e mesquinha da lei. Pensa que, agindo assim, a severidade do legislador não o punirá.
 Na realidade, uma pessoa assim não acredita em Deus, mas acredita só em si mesma e na sua observância da lei. Fecha-se em si mesmo, se afasta de Deus e não consegue se preocupar pelos outros. Torna-se incapaz de crescer como uma pessoa livre. Esta imagem falsa de Deus isola o ser humano, mata a comunidade, acaba com a alegria e empobrece a vida.
 A resposta do Senhor é irônica. Diz: "Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence”. O terceiro empregado não foi coerente com a imagem severa que tinha de Deus. Se ele imaginava que Deus era severo, teria pelo menos colocado o dinheiro no banco. Ou seja é condenado não por Deus, mas pela idéias errada que tinha de Deus e que o deixa mais imaturo e medroso. Não lhe tinha sido possível ser coerente com aquela imagem de Deus, porque o medo o desumaniza e lhe paralisa a vida.
 O patrão ordena que se pegue o talento e seja dado ao que já tem dez, “Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”. Eis a chave que esclarece tudo. Na realidade, os talentos, o “dinheiro do patrão”, os bens do Reino, são o amor, o serviço, a partilha. É tudo o que faz crescer a comunidade e revela a presença de Deus.
 Quem se fecha em si com medo de perder o pouco que tem, este perderá também aquele pouco de possui. Mas a pessoa que não pensa a si, e se doa aos outros, cresce e recebe por sua vez, de modo inesperado, tudo o que deu e muito mais. “Quem perde a vida a recebe, e obtém a vida quem tem a coragem de perdê-la”. • A moeda diferente do Reino. Não existe diferença entre aqueles que receberam mais ou menos.
 Todos têm o seu dom de acordo com sua capacidade. O que importa é que este dom seja colocado ao serviço do Reino e faça crescer os bens do Reino que são amor, fraternidade, partilha.
 A chave principal da parábola não consiste em fazer render e produzir os talentos, mas em se relacionar com Deus de modo correto.
 Os dois primeiros não pedem nada, não buscam o próprio bem-estar, não guardam para si, não se fecham em si mesmos, não fazem cálculos. Com a maior naturalidade do mundo, quase sem perceberem e sem buscar méritos, começam a trabalhar, de modo que o dom dado por Deus renda para Deus e pelo Reino.
 O terceiro tem medo, e por isso não faz nada. De acordo com as normas da antiga lei, ele age corretamente. Mantém-se dentro das exigências. Não perde nada e não ganha nada. Por isso, perde até mesmo o que tinha. O reino é risco. Quem não quer correr riscos, perde o Reino!

 Reflexão Apostólica:

 Esta parábola é um ensinamento valioso para a nossa vida espiritual e humana. Ela nos fala dos empregados que receberam do patrão respectivamente, cinco, dois e um talento.

Aqueles que receberam mais talentos apresentaram no final maior rendimento, porém o que só recebeu um talento enterrou-o por medo de não conseguir fazer render o seu dote.

Nós sabemos que temos dons, e que Deus nos premiou com talentos e virtudes, porém muitas vezes, nós desprezamos os carismas que temos e deixamos de lado as aptidões que possuímos, por preguiça, por desleixo, porque não damos muita importância, ou porque não nos valorizamos, desconhecemos o nosso potencial.

No mínimo, todo homem e toda mulher recebem das mãos de Deus o dom da vida! É o talento mais simples e ao mesmo tempo o talento mais importante.

Quantas vezes nós esperamos que aconteçam na nossa vida coisas extraordinárias quando o Senhor só quer de nós que possamos viver a nossa vida com alegria e confiança Nele. O medo nos leva a destruir a nossa capacidade de viver feliz.

O querer muito, o achar tudo pouco faz nos perder o tempo precioso da nossa vida e a enterrarmos as pequenas oportunidades que temos de viver bem.

Para sermos fiéis no muito precisamos primeiro sermos fiéis no pouco. A justiça de Deus consiste em fazer valer o Seu Plano de Amor para a nossa vida.

Justo é que todos nós usemos e usufruamos de tudo quanto Deus providenciou para a nossa felicidade. Se possuirmos algum dom e não o estivermos usando que possamos agora reverter esse quadro aproveitando o tempo que nos resta depositando no Banco da vida tudo o que recebemos das mãos do Criador.

Vamos evitar a religião que apenas rotula a pessoa. Que os outros possam dizer de mim: não “ele é um católico, apostólico, romano, tudo isso”; mas “ele vive seu batismo, ele empunha a bandeira de Cristo, ele passa fazendo o bem.”

Não percamos tempo: O QUE VOCÊ TEM FEITO COM OS TALENTOS QUE RECEBEU DE DEUS?
Na nossa comunidade, procuramos conhecer e valorizar os dons de cada pessoa? A nossa comunidade é um espaço onde as pessoas podem conhecer e colocar à disposição seus dons? Às vezes, os dons de alguns geram inveja e competitividade nos outros. Como reagimos? Como entender a frase: “Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”?
 Relendo a parábola para hoje encontramos muitas semelhanças:

Há um reino – de Jesus
Os servos – nós
Os talentos – os dons para o serviço na igreja
É necessário desenvolve-los (trabalhar no que recebemos de Deus para melhorar, aperfeiçoar)
É preciso ser achado útil na vida com Deus e isso reflete não só na aceitação do Senhor, mas também em nossa auto-estima e realização pessoal

Cada um conforme a capacidade que já tem. Você tem dons e talentos que Deus, pois além dele capacitar você espiritualmente já colocou em você na sua formação, nascimento etc tudo aquilo que é necessário para o desenvolvimento destes.

Exerça os seus dons com misericórdia, compaixão, amor, paz, alegria e muito prazer, pois esta parte da vida com Deus é aquilo que nos faz participantes da sua graça derramada sobre as pessoas.

 Propósito: Aplicar os dons recebidos.

UMA QUESTÃO DE FOCO
Realmente não é difícil manter o seu foco; o que você precisa fazer é deletar alguns hábitos negativos que você tem desenvolvido.  
Você sempre obtém mais daquilo que você está focando. Então, no que é que você está focado neste exato momento? O seu foco são problemas, distrações, frustrações e as chateações desse mundo? Ou você está focado no seu sonho, suas grandes possibilidades, suas paixões positivas e nas coisas que realmente tem genuíno de duradouro valor? 

Sim, existe uma variedade de coisas negativas e destrutivas nas quais você pode decidir focar. Porém, ao mesmo tempo existe uma quantidade ainda maior de coisas positivas que você também pode decidir focar e experimentar o melhor que esta vida pode lhe oferecer. 

Focar no que é positivo, produtivo, capacitado é algo até mesmo muito divertido e carregado de gratificação pessoal. Foque no melhor que você pode imaginar e veja todas aquelas coisas maravilhosas viajar abundantemente para sua direção.

Evangelho do dia 31 de agosto sexta feira - São Raimundo Nonato


31 agosto - Se Gregório VII, filho de um pobre fabricante de barris, conseguiu revolucionar o mundo e fundar uma civilização nova sobre as ruínas do barbarismo, foi porque sentia o poder da "combinação" diária com o seu Deus, razão pela qual se tornava, de simples que era, homem de uma têmpera divina. (L 9 ).


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 25,1-13

"Jesus disse:
- Naquele dia o Reino do Céu será como dez moças que pegaram as suas lamparinas e saíram para se encontrar com o noivo. Cinco eram sem juízo, e cinco eram ajuizadas. As moças sem juízo pegaram as suas lamparinas, mas não levaram óleo de reserva. As ajuizadas levaram vasilhas com óleo para as suas lamparinas. Como o noivo estava demorando, as dez moças começaram a cochilar e pegaram no sono.
- À meia-noite se ouviu este grito: "O noivo está chegando! Venham se encontrar com ele!"
- Então as dez moças acordaram e acenderam as suas lamparinas. Aí as moças sem juízo disseram às outras: "Dêem um pouco de óleo para nós, pois as nossas lamparinas estão se apagando."
- "De jeito nenhum", responderam as moças ajuizadas. "O óleo que nós temos não dá para nós e para vocês. Se vocês querem óleo, vão comprar!"
- Então as moças sem juízo saíram para comprar óleo, e, enquanto estavam fora, o noivo chegou. As cinco moças que estavam com as lamparinas prontas entraram com ele para a festa do casamento, e a porta foi trancada.
- Mais tarde as outras chegaram e começaram a gritar: "Senhor, senhor, nos deixe entrar!"
- O noivo respondeu: "Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eu não sei quem são vocês!"
E Jesus terminou, dizendo:
- Portanto, fiquem vigiando porque vocês não sabem qual será o dia e a hora." 

Meditação: 

Os discípulos do Reino devem sempre se lembrar de que estão a caminho do encontro com o Senhor. O desconhecimento desta hora exige que o discípulo esteja sempre preparado, pois a falta de cautela, por menor que seja, poderá causar-lhe danos irreparáveis.

As moças sensatas da parábola simbolizam os discípulos que, com fidelidade, sempre traduziram em projeto de vida os ensinamentos de Jesus. Já as moças imprudentes correspondem aos discípulos que, apesar de terem escutado as palavras do Mestre, não fizeram delas seu projeto de vida.

O encontro com o Senhor não pode ser improvisado. Cada discípulo tem a vida inteira para prepará-lo. Afinal, este pode acontecer a qualquer momento. A ninguém é dado conhecer de antemão quando o Senhor virá pedir-lhe contas. É insensato perder as chances de preparação que lhe são oferecidas.

Por outro lado, esta preparação deve ser feita, individualmente, sem que haja a possibilidade de alguém transferir seus méritos para outrem. É a advertência contida nas palavras do Mestre: as moças prudentes, que trouxeram azeite de reserva, não podem partilhar de seu azeite com as insensatas que não tiverem o bom senso de ficar preparadas.

A comunhão definitiva com Jesus exige do discípulo do Reino um esforço contínuo para deixar-se guiar por seus ensinamentos. Os descuidados que se cuidem!

Mateus, com esta sua exclusiva parábola das dez moças, dá continuidade ao tema da vigilância, dentro da perspectiva escatológica. No seu todo a parábola deixa a desejar, sob o ponto de vista da falta de solidariedade das cinco virgens "previdentes". 

Mais uma vez Jesus nos convida à vigilância e nos dá como exemplo a parábola das virgens previdentes e imprevidentes. Adaptando a história à nossa existência nós podemos refletir acerca da nossa trajetória aqui na terra enquanto estamos nos preparando para um dia ir ao encontro do noivo.

Todos nós sabemos que a nossa vida é breve e que um dia nós faremos a viagem em busca do reino que nos foi prometido por Deus. O noivo é Jesus e a noiva é a nossa alma que tem sede de encontrá-Lo.

O tempo em que vivemos aqui na terra é a oportunidade que nós temos para, também como as jovens previdentes, providenciarmos o
óleo que mantém a lâmpada da nossa alma acesa.

O óleo que conserva acesa a chama do amor de Deus no nosso coração, nós o encontramos quando buscamos viver a fé que provêm da oração, o consolo que nos dá o Espírito Santo, é a alegria de uma vida voltada para Deus.

Quando nós vivemos somente entregues às coisas que o mundo nos acena e temos o coração ligado às coisas passageiras nós esquecemos de alimentar a nossa alma e, com certeza, nos faltará luz para atravessar o vale escuro no caminho que nos levará para outro estágio da nossa vida.

As jovens imprudentes, talvez vivessem uma vida despreocupada de Deus, achando que buscando somente as coisas do mundo, na hora da necessidade, Deus traria o óleo para suas lâmpadas.

Muitas vezes nós também ficamos como que meio adormecidos (as), anestesiados (as) pelas preocupações com trabalho, com sobrevivência, amealhando dinheiro, confiantes de que ainda temos muito tempo de vida para só depois pensarmos nas coisas de Deus. Jesus, porém nos diz:
ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora.

O caminho que nós precisamos atravessar é escuro e haverá um momento em que a porta se fechará. Por isso, precisamos nos preparar! Enquanto é tempo toda hora é hora para adquirirmos o que manterá a nossa lâmpada acesa.

É na intimidade com a Palavra de Deus que nós vigiamos à espera do noivo que virá um dia nos levar para a morada que Ele mesmo nos preparou.

A vigilância a que Jesus nos convida não se restringe a devoções religiosas voltadas sobre si mesmas, freqüentemente individualistas e excludentes, mas nos leva ao empenho missionário, na prática da misericórdia, na solidariedade e na partilha. Assim nos unimos a Jesus e ao Pai, no Espírito, em comunhão de vida eterna.

Onde você está buscando o óleo para conservar a sua lâmpada acesa? Qual será o óleo que está faltando para que você esteja com a sua lâmpada acesa? Você vive fraternalmente com as pessoas? Como você tem tratado as pessoas na sua casa? O que você faz quando não simpatiza com alguém?
  
Reflexão Apostólica:

Ao se encerrar o mês de agosto, já comecei a buscar as referencias de reflexão para setembro, o tradicional mês dedicado a Bíblia.

Precisamos amar a Palavra de Deus. Precisamos valorizá-la e vivê-la. Não basta divulgá-la. Precisamos cada vez mais nos familiarizar com a Palavra de Deus. E isso só pode acontecer através de um processo de leitura, reflexão, e compromisso com a Palavra. E pra isso é necessário o esforço pessoal em nos deixar orientar e questionar a Palavra de Deus.

Que o Espírito Santo continue iluminando e orientando a nossa Igreja e que Ela aprenda a ter ouvidos atentos para ouvir as orientações do Senhor para o exercício de sua missão. 

Passemos agora a refletir o evangelho de hoje.

Notamos  nesta parábola das moças com as lamparinas, que aparece  o espírito da concorrência entre as moças. Também nós concorremos: no esporte e no nosso dia a dia na procura de um emprego, para manter-se no emprego, para conquistar a pessoa amada etc. Só que precisamos tomar cuidado com a concorrência, pois até certo ponto ela é natural do convívio humano, principalmente nos esportes. Mais depois desse certo ponto, a concorrência poderá ser excludente, e intolerante.

A moça imprevisível que não levou óleo suficiente par sua lamparina, não conseguiu que ninguém lhe emprestasse o referido combustível.  Até que ponto isso foi normal?  Faz parte da concorrência, ou foi falta de caridade?  Imagine você participando de uma competição cross  num Rally do Sertão  e você passa por um dos seus concorrentes que acabou de bater o carro e está preso nas ferragens.
O que você faria? Continuaria sua corrida normalmente, pois afinal competição é competição, salve-se  quem puder! Pois agora é você o "cara" que está na frente. Ou você pararia seu carro, perderia a corrida, para socorrer o seu adversário que no fundo é seu irmão? Essa eu deixo para você decidir. O importante na nossa vida é discernir quando é apenas competição, ou quando a situação é egoísmo ou falta de caridade de nossa parte.  Competir, sim. Prejudicar, puxar o tapete do concorrente, não.
Aquela garota que se  arruma para conseguir a atenção do "carinha" que ela estava de olho, é uma atitude normal. Mais deixa de ser normal quando ela percebe que aquela "fulaninha" que chegou primeiro, está agora com ele. Então ela começou a jogar sujo. Mandou uma amiga falar para o garoto uma porção de mentiras  inventando um monte de defeitos da sua concorrente. 
Esta é uma situação típica do nosso dia a dia, é uma  atitude excludente na concorrência da vida, que nada mais é do que egoísmo, desamor em fim, pecado contra a caridade.  
A vigilância recomendada por Jesus no texto não significa esperarmos preparados  a vinda futura de Jesus, mas sim percebê-lo já,aqui e agora  presente no meio de nós, no evangelho, nos acontecimentos, nos chamando para evangelizar, para perdoar, para assumir a nossa  religiosidade de um modo autêntico, dando preferência aos pobres e excluídos, e  acolher  de verdade o seu plano de amor e de salvação.

Propósito: Amadurecer a vocação cristã para descobrir a riqueza e a graça de ser missionário e anunciar a palavra com alegria.   
     
IMPOSSÍVEL?
Ao tímido e hesitante tudo parece ser impossível; apenas parece.  
A única maneira do impossível continuar sendo impossível é se nada mudar. O conceito de impossibilidade é um conceito estático. Porém, - pela graça de Deus – você foi criado para ser uma força dinâmica, portanto, impossibilidade deve ser encarada de uma outra forma, além de uma simples e fria resignação ao impossível. 

Sim, algumas coisas podem parecer impossíveis neste momento, mas elas não precisam permanecer para sempre. Pense: quantas coisas boas e extremamente gratificantes você delas desistiu simplesmente porque creu ser impossível de serem alcançadas? Talvez seja a hora de reconsiderar cada uma delas. 

Focalize seus pensamentos na coisa mais maravilhosa que você possa visualizar e siga em frente na busca exatamente disso. Se não for possível hoje, com a graça e misericórdia de Deus ativa em sua vida, tudo será possível porque para Ele não existe impossíveis.