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domingo, 19 de agosto de 2018

Evangelho do dia 21 de agosto terça feira


21 agosto - A decadência moral das nações depende, em grande parte, da posição liberalizante da mulher na sociedade. Ressurja nelas, por um instante, a consciência da antiga dignidade, e com as moças honradas, com as esposas fiéis, com as mães educadoras, veremos surgir uma geração de jovens estudiosos e honestos, de esposos virtuosos e amantes do lar, de pais de família exemplares. (L 5). São Jose marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 19,23-30
"Então Jesus disse aos discípulos: "Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus". Ouvindo isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram: "Quem, pois, poderá salvar-se?" Jesus olhou bem para eles e disse: "Humanamente isso é impossível, mas para Deus tudo é possível". Em seguida, Pedro tomou a palavra e disse-lhe: "Olha! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?" Jesus respondeu: "Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos... E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. Ora, muitos que são primeiros serão últimos, e muitos que são últimos serão primeiros."  

Meditação:

É tão grande o perigo que apresentam as riquezas e a ambição delas na vida do ser humano, que podem chegar a deslocá-lo de seu próprio sentido.

O homem situa então ali o grande deus que fabricou para si mesmo a partir das posses que supostamente lhe dão segurança, mas que o afastam do outro, sobretudo do mais necessitado, do que sofre de fome, da miséria, da exclusão.

Oxalá as riquezas, como origem freqüente de tão lamentáveis situações, não impeçam nosso seguimento de Cristo nem nos arrebatam o sentido original que têm de satisfazer as necessidades vitais de todos os seres humanos.
Deus não condena a riqueza que pode ajudar o ser humano a construir seu bem estar; o que condena é o uso que alguém faça dela, favorecendo a uns poucos e pondo à margem a grande maioria.
Deus destinou as riquezas para que o ser humano as use para desenvolver o mundo e para construir uma sociedade melhor e mais humana em justiça, solidariedade e caridade autêntica.

Para fazer um emprego justo das riquezas no âmbito da fé, este uso há de ter por centro o verdadeiro amor a Deus e ao próximo como a si mesmo.

Os discípulos perguntam a Jesus qual será a paga de seu desprendimento, uma vez que eles tinham abandonado tudo para o seguir. Para eles Jesus oferece a garantia de obterem, como recompensa, muito mais do que aquilo que deixaram; para quem verdadeiramente o principal é a instauração do reino e de sua justiça, haverá abundância sem limite.

Em Mateus esta recompensa é prometida como evento escatológico, no fim dos tempos. Em Marcos a recompensa é o usufruto dos bens criados por Deus, "agora, durante esta vida" e a participação na vida eterna.

Depois de Jesus nos ter falado sobre o jovem rico, um estudioso da Lei, cumpre todos os parágrafos, não é desonesto, nem mentiroso, nem violento, nem adúltero, nos propõe hoje o texto que fala do perigo das riquezas.

Vendo o homem, Jesus acha-o não longe do Reino do Céu por isso faz-lhe um convite a vender tudo e distribuí-lo aos pobres: se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga.

Porém, o conceito que ele tinha de riqueza diverge do conceito do Mestre. Para Este a Lei é o varal da fraternidade, é resposta à Aliança gratuita e generosa oferecida por Deus. É partilha, é comunhão.

Assim, se os bens não forem entendidos como dons que devem ser partilhados com os pobres não teremos direito a herdar o Reino do Céu. Veja que Jesus indica uma dificuldade real, uma necessidade de esforço penoso e não uma impossibilidade.

Ao jovem que já era fiel observante dos mandamentos, Jesus faz uma proposta radical: vender tudo, distribuir o dinheiro aos pobres e segui-lo.

O jovem se retirou triste, porque era muito rico. Não teve coragem para desvencilhar-se de tudo, tornar-se discípulo e aderir ao compromisso de construir o Reino. E Jesus adverte sobre o perigo que a riqueza pode significar para a liberdade e o desenvolvimento pleno da pessoa.

O Eclesiástico lembra que ela pode se tornar um forte obstáculo para a integridade (Eclo 32, 1-11). Certamente, a palavra de Jesus: Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus (Mt 19, 23-24), além de alertar para o risco que corre o rico em ordem à sua salvação, alude à dificuldade para um seu engajamento mais pleno na construção do Reino, que é vida para todos, no aqui e no agora de nossa existência.

Os Padres da Igreja, dos primeiros séculos pós-catacumba, explicam que a razão da dificuldade tem a ver com minha relação com Deus, comigo mesmo, com os outros. O que entendem por rico e riqueza, não é quantidade absoluta de bens, mas situação na sociedade. Quem tem 10% dos bodes da tribo de criadores primitivos, é rico; não importa se dispõe de menos bens do que hoje vemos.

Riqueza é condição material concreta adequada do poder. Mas como o poder em si mesmo, ela em si não é má. O Senhor não condena nem os ricos nem as riquezas; mas adverte os seus discípulos do perigo que correm, se lhes entregarem o coração.

Em contrapartida, a atitude desprendida de Pedro e dos outros Apóstolos é caminho certo para entrar no reino de Deus.
O mundo novo que o Filho de Deus nos revelou na sua morte e ressurreição inaugurou a regeneração do Universo, em que tudo é julgado por outros critérios.

A graça de Deus pode fazer gente profundamente evangélica: Henrique II imperador da Alemanha, Luis IX rei da França, Isabel rainha de Portugal e a duquesa Edwiges, cujo fundo rotativo de ajuda ao camponês encalacrado a fez padroeira de todos os endividados. Mas ser rico é risco. Risco em nossa relação com Deus, exposta a duas variantes da mesma tentação: o ateísmo prático e a idolatria.

A riqueza ameaça minha relação comigo. Os bens são nossos servos, para nossa vida e vida plena, nossa e de todos ao nosso redor, para nossa realização como pessoas, também diante de Deus. No momento em que eles não mais nos servem, mas nós servimos a eles, começa o desvio.

A riqueza me separa dos outros, afasta-me deles. Os bens deste mundo em si são bons, presentes carinhosos do Deus que quer que todos os seres humanos tenham vida e vida plena.

Seguindo Jesus nos libertamos da ambição da riqueza para a partilha e a comunhão de vida com os irmãos, particularmente com os mais necessitados, entrando assim em comunhão eterna com Deus.

Que a verdade proferida por Jesus me ensine a ter um coração mais desapegado dos bens terrenos e mais rico da presença de Deus. Pois, o desapego dos bens terrenos é um caminho de sincera humildade e confiança em Deus. Pai, desapega meu coração das coisas deste mundo, livrando-me da ilusão de buscar segurança nos bens acumulados. E reforça minha fé na Providência!

Podemos confiar hoje no ensinamento de Jesus? Claro que sim. Numa sociedade como a nossa, a mensagem de Jesus tem que ressoar com maior intensidade; nós que por profissão somos servidores do Evangelho, mas também nossas estruturas de Igreja, temos que deixar o medo para anunciar com maior força o evangelho do Reino.

Reflexão Apostólica:

Na reflexão de ontem, que conseqüentemente tem sua continuidade no evangelho de hoje,  vimos uma colocação pertinente “(…) Quanta gente aproveita esse ensejo político para lograr êxito através de “favores” nada legais e muitas vezes imorais, tentando “arrebanhar” gente, mas no dia-a-dia cristão não tem a mesma dedicação?”.

Qual é o empenho que apresentamos em buscar nossa própria conversão?

Nossa vida é como aquele letreiro que vemos em lojas e supermercados tentando se desculpar com os clientes pelas reformas que acontecem e precisam ser feitas: “DESCULPE OS TRANSTORNOS. ESTAMOS EM OBRAS PARA MELHOR ATENDE-LO”. Sim são obras necessárias e periódicas que visam unicamente não perder você.

Será que o salário pago pelas campanhas eleitorais é mais atraente que a paga dada por Deus por um filho que volta ao lar?

Aonde estão nossas obras de fé? O que temos feito de fato para não perder as pessoas?

Não deixamos de enxergar que precisamos do dinheiro para por comida em casa e assim poder viver com dignidade, mas também não mentimos para nós mesmo que de fato muitas vezes estamos passando longe de sermos bons cristãos.

O nosso empenho é o mesmo?

Vemos todas as manhãs pessoas descendo de caminhonetes e caminhões, retirando pilhas e pilhas de cartazes de madeira e ao final da noite os recolhendo para serem novamente postos no outro dia. Quantos de nós estamos dispostos a chegar um pouco mais cedo a missa dominical e ajudar a preparar a celebração? Não! Não temos tempo!

Também é verdade que nosso tempo ficou cada vez mais escassos e as jornadas triplas sendo no mesmo dia pai(mãe), esposo (a), funcionário, empregado tem tomado nosso tempo e servem como um perfeito argumento para justificar nosso afastamento, nosso sumiço, nosso atual descompromisso… O que é de fato importante? Pelo que vale a pena se empenhar tanto assim?

Deus realmente entende nossos “argumentos” e por vezes faz uma proposta irrecusável: “PELO TEMPO QUE FICAR LONGE, FAÇA O FAVOR DE PELO MENOS NÃO PERDER”.

Talvez também seja um grande desperdício ver alguém tão capacitado por Ele se empenhando em enganar, ludibriar, assediar, corromper outras pessoas por aquilo que é de césar. “(…) É verdade: é muito difícil um rico entrar no Reino do Céu. É mais difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha”. Estudiosos no assunto chamam isso de hipocrisia.

Que compromisso temos com a instauração do reino de Deus se só nos preocupamos com a limpeza do nosso lote no céu? Se somos novos em Jesus, por que ainda aceitamos essa atitude velha em nossas vidas?

Precisamos mudar o mundo a começar em nós.
Propósito:
Pai, desapega meu coração das coisas deste mundo, livrando-me da ilusão de buscar segurança nos bens acumulados. E reforça minha fé na Providência!

 URGENTE VERSUS IMPORTANTE
A maioria das coisas que são urgentes não são importantes e a maioria das coisas que são importantes não são urgentes.  
Quando você apenas dá sua atenção à questões urgentes, muitas outras questões urgentes irão surgir substituindo aquelas que já foram tratadas. Porém, quando você se concentra nas questões importantes, então você está fazendo um real progresso. Muitas das questões mais importantes não aparecem subitamente diante de você chamando sua atenção. Essa é a razão pela qual é fácil ignorá-las em detrimento das questões urgentes. 

A realidade é que muitas das questões que chamamos de “urgentes” a médio e longo prazo se revelam como simplesmente triviais. Se você focaliza apenas naquilo que chama a sua atenção imediata, certamente que lá na frente você vai se arrepender dessa atitude. É apenas uma questão de tempo. 

A qualidade da sua vida depende e muito de onde você está colocando as suas prioridades. O mais importante e significativo aspecto da sua vida merece sua consideração e apoio numa base diária. Quanto mais atenção você der às coisas importantes menos você irá sentir a necessidade de ser controlado pelo urgente

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