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sábado, 29 de abril de 2023

EVANGELHO DO DIA 01 DE MAIO 2023 - SÃO JOSÉ OPERARIO

 

01 de MAIO - Festa de São José Trabalhador.

As atividades intelectuais e aqueles manuais sejam equilibradas como dois meios que conduzem ao único fim: o serviço de Deus na imitação de São José. (L 207). São Jose Marello

 

Mateus 13,54-58

"Quando Jesus acabou de contar essas parábolas, saiu dali e voltou para a cidade de Nazaré, onde ele tinha morado. Ele ensinava na sinagoga, e os que o ouviam ficavam admirados e perguntavam:
- De onde vêm a sabedoria dele e o poder que ele tem para fazer milagres? Por acaso ele não é o filho do carpinteiro? A sua mãe não é Maria? Ele não é irmão de Tiago, José, Simão e Judas? Todas as suas irmãs não moram aqui? De onde é que ele consegue tudo isso?
Por isso ficaram desiludidos com ele. Mas Jesus disse:
- Um profeta é respeitado em toda parte, menos na sua terra e na sua casa.
Jesus não pôde fazer muitos milagres ali porque eles não tinham fé.
"

Meditação:

 Os conterrâneos de Jesus O tinham visto partir como filho de carpinteiro, e agora O reencontram como Mestre, rodeado de discípulos.

 É uma novidade que interpretam somente como vantagem social. Isso os impede de acolherem a Palavra de Deus e a explicação das Escrituras e a Sua revelação como o Ungido de Deus.

 Vista a posição de Jesus neste prisma cria neles a impressão de que Jesus partiria acabando por deixá-los outra vez na sua pobreza.

 É que no tempo de Jesus o judaísmo tinha suas esperanças na vinda de um messias que restauraria o antigo império de Davi, glorioso, segundo dizia a tradição.

 Estas esperanças tinham suas raízes na teologia de poder elaborada na corte dos descendentes de Davi. Visavam recuperar seu poder e seus privilégios.

 Na realidade, a realeza, consolidada, por Davi distorceu o ideal de igualdade e partilha característico da tradição de Moisés.

 O projeto de Deus não é o de consolidar as estruturas de realeza e poder. O projeto de Deus é resgatar e promover a vida entre os pobres e excluídos, criando laços pessoais e sociais de fraternidade e partilha.

 Este projeto nasce no meio do povo. Nasce em uma insignificante cidade da Galiléia, na casa de um simples carpinteiro, José. Este projeto nasce com a proclamação de seu filho Jesus de Nazaré.

 Jesus reconhecidamente tem sabedoria e energia de comunicação. Mas sua origem humilde choca as pessoas submetidas à ideologia de poder do judaísmo.

 Rejeitado por aqueles seduzidos pelo poder, Jesus encontra acolhida entre os pobres e pequeninos que lutam para se verem livres da humilhação, da escravidão, das injustiças sociais, das drogas, da prostituição, da luxuria, da criminalidade, da violência e de todo tipo de pecado. Mas isso, não se faz sem trabalho.

 É preciso passar pela escola da humildade, da simplicidade, da força de vontade. E a melhor escolinha é aquela de José, na insignificante cidade de Nazaré.

 Somos convidados a olhar para José, homem justo, que tirava de seu trabalho na carpintaria o sustento honesto de sua vida.

 Lançando nosso olhar para os nossos dias notamos uma grande distância dos homens entre si. Por causa do avanço da ciência e da técnica.

 A técnica traz seus benefícios, mas às vezes não só substitui o trabalhador, mas até o escraviza ou pior ainda o neutraliza.

 Para o mundo digital, quem não se desenvolve no manejo da ciência e da técnica é excluído. A pessoa passa para segundo plano porque as relações que marcam o mundo do mercado do trabalho são as da produção, do aumento do lucro, e não a vida e a dignidade da pessoa.

Na última parte do texto de hoje, Jesus nos dá um puxão de orelha. Porque muitas vezes fechamos os nossos ouvidos para acolher o conselho, a advertência e o ensino daqueles que não nossos parentes, familiares, vizinhos ou conhecidos.

 Por outro, encoraja-nos a não desistirmos na nossa missão de anunciar o reino de Deus seja a que custo for. Jesus nos ensina que a tarefa é dura, sobretudo quando se trata de evangelizar a partir de dentro de casa.

 Para Jesus também não foi fácil ser profeta na sua casa, na sua família. As pessoas duvidavam dele, não queriam acreditar no Seu poder e por isso mesmo Ele não fez ali muitos milagres.

Jesus é Aquele irmão que Deus nosso Pai nos enviou para nos mostrar o caminho que nos leva para o Céu. E então, precisamos estar atentos para acolher as pessoas que dentro da nossa casa nos abrem os olhos e são instrumentos de Deus para nossa conversão. Ouvidos atentos e coração aberto, porque o Senhor fala por meio de quem nós nunca nem esperávamos que falasse.

  Muitas vezes Deus nos manda Seus emissários que nos aconselham com palavras de sabedoria que Ele próprio sugeriu para nós. Porém, por ser essa pessoa, simplesmente alguém que é muito conhecido nosso, nós desprezamos as recomendações de Deus.

 Nesse caso, os milagres também não acontecem na nossa vida, e muitos problemas nunca serão solucionados por causa da nossa impertinência.

Abertos ao convite da conversão, do arrependimento e da acolhida ao Reino dos Céu, sejamos corajosos no anúncio do Evangelho a começar pelos nossos.

 Reflexão Apostólica:

 Talvez essa seja uma das grandes verdades a serem superadas por nós: Será que Deus está falando através do meu irmão, mas eu insisto em por barreiras para escutar? O quanto consigo perceber que a dificuldade de ver ou ouvir está em mim e não naquele que me aconselha? O quanto estamos abertos para ouvir um conselho?

Uma verdade é certa, ainda temos profunda dificuldade em reconhecer nossos próprios erros e talvez seja essa a dificuldade ou barreira mais colocada, porém a menos vista para se ouvir. Em contrapartida, temos uma habilidade tremenda de procurar um culpado, uma “conspiração”, uma segunda intenção na fala das pessoas.

“A fome e a vontade de comer” num mesmo momento: Não querer ouvir associado aos pré-julgamentos que fazemos daquele que nos exorta.

Além dos fatos já narrados, Jesus era oriundo de uma cidade, uma região, um povo simples…; num tempo onde o povo se acostumou (ou foi obrigado a se acostumar) a ver a verdade vir apenas dos sábios e doutores da lei que advinham de uma classe social acima, de um povo nobre, estudado, (…). Jesus rompia assim mais um paradigma sócio-cultural.

Onde estão os profetas? Por que se calaram? Calaram-se ou, como antes, não são ouvidos?

Partindo desse ponto…

Chamo muita atenção daqueles que se encantam ao ver ou ouvir falar da oração em línguas. Um gesto ou dom muito comum nos grupos da renovação carismática, mas que precisaria ser olhado sob outra ótica. A oração em línguas mais que uma manifestação é TALVEZ a comprovação de muita gente naquele lugar esta sem fé e que precisa “ver para crer”. Precisamos mais de profecias do que línguas, mas pra isso precisamos ter fé.

 (…) Assim, AS LÍNGUAS SÃO SINAL, não para os fiéis, mas PARA OS INFIÉIS; enquanto as PROFECIAS SÃO UM SINAL, não para os infiéis, MAS PARA OS FIÉIS. Se, pois, numa assembléia da igreja inteira todos falarem em línguas, e se entrarem homens simples ou infiéis, não dirão que estais loucos? Se, porém, todos profetizarem, e entrar ali um infiel ou um homem simples, por todos é convencido, por todos é julgado; os segredos do seu coração tornam-se manifestos. Então, prostrado com a face em terra, adorará a Deus e proclamará que Deus está realmente entre vós“. (I Co 14,22-25)

A condição nunca foi o estudo, o posto, a idade e sim fé. Se milagres não acontecem, um dos motivos é a nossa falta de fé. Repito, onde estão os profetas?

Estão na RCC, nas Pastorais, nos Vicentinos, no Cursilho, no ECC, nas ENS, no CRISTMA, no Decolores, na PJ, em meio aos catequistas, espalhados por todas as pastorais e também fora delas (…), mas por que não falam?.

Quando disse “fora delas” é porque devidamente acredito que Deus ainda suscita profetas onde mais precisa deles e onde ainda existe um fio de esperança nas pessoas.

 Vejo profetas em meio a uma reivindicação social, nos que trabalham como voluntários em causas nobres e humanitárias. Vejo profetas lendo essa mensagem e levantando seu clamor a Deus. Vejo ainda esperança no matrimonio, nas famílias, nos jovens;;; Vejo Deus colocando profetas aonde se precisa.

Historicamente, os grandes estudiosos dividiram os profetas do Antigo Testamento em maiores e menores em virtude de sua atuação e compromisso popular, mas o que na verdade o que os diferenciava era a missão que Deus lhes confiou.

 Reparemos Jesus, conhecido pelos estudiosos como o maior de todos os profetas, que nada fez de errado, foi condenado sem ao menos ser ouvido.

Assim, não engano, seremos nós em nossas casas, nossas famílias, no nosso trabalho, em nossa comunidade (…), mas como o mestre o fez, mesmo recenseados, não deixemos de falar, de ter fé, de profetizar a vida. A alguns Deus chamou para grandes obras sociais e a outros a pequenos reparos em suas (nossas) famílias.

A história um dia nos classificará como maiores ou menores, mas Deus nos oferece sempre a MAIOR missão que podemos suportar, sendo assim, a cada vitória uma nova missão na medida em que suportamos.

Quanto a não ser ouvido, demonstremos com a vida, não tem como não verem. Jesus assim o fez e por até os céticos reconhecem que Ele foi realmente grande.

Propósito: Ver além das aparências e reconhecer a presença de Deus nas coisas e pessoas mais simples do meu dia.
 

++++
Crescer é um processo contínuo, que consiste em ter a coragem de romper as barreiras que impedem um maior autoconhecimento.
Não significa somente se contentar com uma vida sem sentido, sem um ideal, sem um objetivo maior.
Ninguém veio ao mundo do nada e para o nada.
Todos têm uma missão a cumprir.
Lembre-se de que, no caminho rumo ao crescimento, existem muitos obstáculos.
Mas tudo vale a pena se você optar pela verdade, pelo amor.


É sempre tempo de crescer para quem está decidido.

 

 

segunda-feira, 24 de abril de 2023

EVANGELHO DO DIA 30 DE ABRIL 2023 - 4º DOMINGO DA PÁSCOA

 

30 abril - Vale mais um pensamento de caridade que se desenvolve no coração do nosso Cottolengo do que mil projetos filantrópicos que se procura promover à custa de milhões espremidos das veias do povo. (L 76). São Jose Marello

 

João 10,1-10

""Em verdade, em verdade, vos digo: quem não entra pela porta no redil onde estão as ovelhas, mas sobe por outro lugar, esse é ladrão e assaltante. Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas escutam a sua voz, ele chama cada uma pelo nome e as leva para fora. E depois de fazer sair todas as que são suas, ele caminha à sua frente e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. A um estranho, porém, não seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos". Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. Jesus disse então: "Em verdade, em verdade, vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair, e encontrará pastagem. O ladrão vem só para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância."  

Meditação: 

Celebramos hoje o 4º Domingo da Páscoa, conhecido também como Dia Mundial de Orações pelas Vocações Consagradas (48º ano) e, finalmente, como o Domingo do Bom Pastor.

Este trecho do evangelho de João faz parte do texto sobre o Bom Pastor que compreende 10, 1 a 21. Jesus se declara precisamente “bom pastor”, e o é, porque a razão fundamental de sua vida é salvar as ovelhas segundo a vontade do Pai.

Jesus busca o bem-estar integral das ovelhas – seus seguidores – até o ponto de defendê-las dando a vida por elas. Defende-as dos lobos que querem matá-las, e age de maneira diferente da dos mercenários, a quem não importa o bem-estar de suas ovelhas, mas somente o pagamento. O Bom Pastor estabelece com suas ovelhas uma relação íntima somente comparável à sua com o Pai.

Jesus não somente se preocupa com suas ovelhas que lhe estão próximas, mas também com as outras ovelhas que ainda não estão em seu curral. Eis aqui uma forte ressonância da universalidade de sua mensagem.

O que esse relato nos mostra é a intimidade, o afeto entre o pastor e as ovelhas. Percebemos que existe entre eles um amor e uma confiança muito grandes. Jesus vai dizer que as ovelhas não seguem um estranho.

A porta tem duas finalidades: a de permitir a entrada dos donos da casa, e também a de impedir o ingresso de estranhos. Jesus afirma que ele é a porta. É ele que decide quem deve ter acesso às ovelhas e quem deve ficar longe do rebanho.

Por essa porta só o verdadeiro pastor pode passar, diz Jesus. O pastor autêntico deve ter os mesmos sentimentos e atitudes em relação às ovelhas. Deve amá-las e estar disposto a dar sua própria vida para salvá-las, assim como ele fez.

As ovelhas seguem somente o seu pastor, porque conhecem a sua voz e reconhecem seus passos. Conhecer, na Bíblia, tem um significado muito profundo, conhecer significa amar. Quem conhece de verdade, ama, pois quem não ama o próximo, ainda não o reconheceu como irmão.

Jesus deixa bem clara a diferença entre o bom e o falso pastor. Este último, vem só para roubar, destruir e matar. Por isso é comparado ao ladrão. O Bom Pastor preocupa-se com a vida; vem para que todos tenham vida plena e em abundância.

O pastor é o líder. Todos nós, seja no trabalho, na família ou na comunidade, sempre exercemos algum cargo de liderança. É importante rever nosso comportamento como líderes. Na parábola do bom pastor, Jesus nos alerta sobre como viver as relações de liderança. O líder não pode ser autoritário.

Quando a liderança deixa de ser serviço para tornar-se poder, ela oprime e destrói. Quando exercemos um cargo de liderança, sobretudo nas funções públicas e na comunidade, precisamos estar próximos das pessoas, precisamos conhecer suas necessidades, compreendê-las, amá-las e partilhar com elas a vida.

As ovelhas conhecem a voz do seu pastor, confiam e deixam-se levar. Sabem que, se for necessário, o pastor as carregará sobre seus ombros. Em segurança serão conduzidas para verdes pastagens e água abundante.

O Bom Pastor não é reconhecido por falar manso e de forma poética, Ele é reconhecido pelas verdades que diz; palavras nem sempre doces, mas verdadeiras.

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, diz ele (Jo 14,6). Se ele é a verdade, os que estavam na verdade estavam com ele. Os que vieram fora dele, pelo contrário, são ladrões e salteadores porque só vieram para pilhar e fazer morrer. “A esses, as ovelhas não escutaram”.

“Em verdade vos declaro: Eu sou a porta das ovelhas.” Jesus acaba de abrir a porta que nos estava fechada por causa do nosso pecado. Ele mesmo é essa porta. Deixa-te conduzir por Ele. Abre bem os ouvidos do seu coração e seja dócil ao seu chamado. Diga sim a ele. Reconheça-o como o seu tudo e terá a vida eterna.

Reflexão Apostólica: 

Hoje celebramos, como comunidade eclesial, o Bom Pastor. O pastor não somente cuida das ovelhas, mas defende-as, leva-as para boas e abundantes pastagens, busca fontes para levá-las a beber, defende-as das ameaças e ataques das feras, proporciona-lhes os cuidados necessários se ficam adoentadas. Por isso Jesus não pôde encontrar outra imagem mais bela para indicar o perfil dos animadores e responsáveis por suas comunidades de discípulos.

João e Pedro têm que enfrentar as autoridades judaicas na grande sala do conselho. São acusados de pregar sobre a morte e ressurreição de Jesus. Também a cura de um coxo criou problema para eles. Pedro e João não abaixam a cabeça diante das acusações, mas aproveitam a oportunidade para reafirmar o testemunho sobre Jesus ressuscitado. Somente nele está a salvação. Quer dizer, somente ele é “bom pastor”, porque deu a vida pelos seus e os continua animando e acompanhando na pregação do Evangelho e nas perseguições que isso desencadeia.

Jesus é a porta pela qual nós temos acesso à vida que nos foi preparada pelo Pai, porém nem sempre nós temos consciência dessa verdade.

Na nossa fome de felicidade, muitas vezes nós nos deixamos conduzir pelos ladrões e salteadores deste mundo, que nos acenam com fortuna e felicidade.

No entanto, estes são mercenários que só visam o lucro e os seus interesses pessoais. Mesmo na esfera espiritual há os embusteiros que se aproveitam do nome de Deus para benefício próprio. Jesus abriu a porta do céu para nós a fim de que a presença de Deus Pai seja atuante na nossa vida.

Quando nos desviamos de Jesus nós corremos o risco de entrar em outros lugares onde Deus não está presente. Somente Jesus pode nos conduzir rumo ao Pai. Quando nós perseguimos os passos de Jesus nós estamos percorrendo o caminho que nos leva ao Pai, fonte do Amor e da felicidade.

Jesus veio ao mundo para nos dar a vida em abundância e todos os que buscam outros caminhos e seguem outras vozes terminam sendo enganados.

A ovelha que é conduzida por Jesus tem plena confiança de que está no caminho certo, por isso, ela percebe quando a querem desviar e foge. Ela escapa daqueles que não anunciam Jesus, que não operam em nome de Jesus e por amor a Jesus.

Quando nós fazemos as coisas em nome de Jesus, as portas se abrem e o verdadeiro Pastor toma conta do rebanho.

Conhecer é ter intimidade profunda! As ovelhas conhecem a voz do Pastor porque têm intimidade profunda com Ele! A Igreja é o nosso Redil, nela estamos seguros porque é lá que se encontra Jesus, o nosso Pastor.

É na Igreja, na comunidade e na família que nós aprendemos com Jesus a não nos desviarmos do Seu Caminho e a não fugirmos Dele.

Há muitas teorias no mundo que tentam nos enganar e nos atrair com falsas conquistas: a teoria da prosperidade sem esforço, a teoria de que tudo é relativo, a teoria de que podemos nos salvar pelas nossas ações.

Olhemos para nossa vida: na família, os pais e mães têm uma grande responsabilidade como formadores da consciência ética, moral e religiosa de seus filhos. Na comunidade cristã existem diversos ministérios para edificação da Igreja.

Como você vive a experiência de ser “ovelha” e/ou “pastor” em sua família e em sua comunidade? Quais aspectos será precisamos rever e corrigir para serem autênticos pastores de nossos respectivos rebanhos?

Propósito:

 Pai, torna-me um discípulo dócil de Jesus, o verdadeiro pastor que arriscou a própria vida para me salvar. Somente ele poderá conduzir-me para ti.

 


Evangelho do dia 29 de abril sábado 2023

 

29 abril - O mundo sofre por falta de fé, de esperança e de caridade. (L 25).São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São João 6,60-69

"Muitos seguidores de Jesus ouviram isso e reclamaram: - O que ele ensina é muito difícil! Quem pode aceitar esses ensinamentos?
Não disseram nada a Jesus, mas ele sabia que eles estavam resmungando contra ele. Por isso perguntou: - Vocês querem me abandonar por causa disso? E o que aconteceria se vocês vissem o Filho do Homem subir para onde estava antes? O Espírito de Deus é quem dá a vida, mas o ser humano não pode fazer isso. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida, mas mesmo assim alguns de vocês não crêem.
Jesus disse isso porque já sabia desde o começo quem eram os que não iam crer nele e sabia também quem ia traí-lo. Jesus continuou: - Foi por esse motivo que eu disse a vocês que só pode vir a mim a pessoa que for trazida pelo Pai.
Por causa disso muitos seguidores de Jesus o abandonaram e não o acompanhavam mais. Então ele perguntou aos doze discípulos: - Será que vocês também querem ir embora?
Simão Pedro respondeu: - Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou.
"

Meditação:

 Ao longo do capítulo 6 de João que vimos meditando, os ensinamentos de Jesus – em especial a necessidade de comer sua carne e beber seu sangue – provocou escândalo entre os “judeus”, incapazes de compreender o sentido profundo das palavras do Mestre. Sua resposta é a murmuração e o desprezo. João completa hoje o quadro das reações com as dos discípulos e as dos Doze.

Os discípulos reclamam que esses ensinamentos são muito duros, e se perguntam quem poderá escutá-los. Ainda não entendem que escutar Jesus requer um despojamento total dos preconceitos e prejulgamentos, a fim de se encherem com a força de suas palavras e assim decidir-se a aceitá-lo e a segui-lo.

A terceira categoria de ouvintes concorda com os “Doze”. Aqui não são eles os primeiros a falar; é Jesus que os interroga diretamente. Em vista das deserções no grupo anterior, Jesus lhes pergunta: "Vocês querem me abandonar por causa disso?" 

Para Ele, está claro que não há seguimento da sua proposta se não houver liberdade; uma livre aceitação de sua pessoa e de suas palavras.

O relato de ontem afirmava que é necessário nos identificarmos e nos unirmos a Cristo por meio da fé, para ter vida eterna. O texto de hoje nos apresenta um publico atento, que rechaça se vincular a Jesus, pois não compreende sua palavras, especialmente quando se refere ao comer seu corpo e beber seu sangue.

Esta expressão é importante para assimilar a verdadeira intenção do discurso  de Jesus na sinagoga de Cafarnaun, já que não quer dizer que os seguidores tenham que praticar o canibalismo para conseguir a vida eterna e a participação plena nas promessas de Deus, mas que quem se sente atraído pela proposta de Jesus deve crer que tanto a carne da Encarnação como a carne da Eucaristia estão cheias do Espírito de Deus; quer dizer, que o pão da Vida é o oferecimento de um dom espiritual, mas não carnal, que é fonte de vida para a humanidade.

Somente os discípulos, por meio de Pedro, assumem a oferta, pois acreditaram nas palavras do Mestre e entenderam que a carne de Jesus está cheia do Espírito. portanto, a fé é necessária para reconhecer que em Jesus encontramos o alimento que fortalece nossa vida e nossa fé em Deus
O mesmo vale para nós: não seguimos a Jesus para conseguir uma certa liberdade; seguimo-lo porque primeiramente nos sentimos livres; do contrário, nosso seguimento seria alienante.

João acentua para sua comunidade como se deve aceitar realmente a Jesus: acolhendo livremente seus ensinamentos e pondo-se a serviço de sua Palavra; porque somente Ele tem para seus discípulos palavras de vida eterna.

E nós, hoje? E nossa prática do seguimento? Estamos realmente convencidos de nossa confissão de fé e do porquê de nos decidirmos a ser discípulos de Cristo?

 Reflexão Apostólica

Nós nos escandalizamos com os mistérios de Deus porque a nossa fé é muito pequena e não compreendemos que as palavras de Jesus são espírito e verdade.

Jesus nos dá um ensinamento de como não racionalizar as coisas sobrenaturais e é firme diante dos questionamentos dos judeus e até dos próprios discípulos sobre as “palavras duras de comer o seu corpo e beber o seu sangue.”

As palavras de Jesus provocam resistência e desistência até entre os discípulos. Muitos conservam a idéia de um Messias Rei, e não querem seguir Jesus até à morte, entendida por eles como fracasso. Eles não assumem a fé por medo de se comprometerem. Os Doze apóstolos, porém, aceitam a proposta de Jesus e o reconhecem como Messias, dando-lhes sua adesão e aceitando suas exigências.

Em nossos dias a Palavra de Jesus tem uma resposta negativa: a incredulidade porque é palavra difícil, e exige uma submissão prática da vida não só no modo de pensar, mas também no modo de atuar.

Pode ter uma resposta positiva como a dada por Pedro: é a fé. Mas uma fé, não no homem sábio, brilhante, mas na testemunha que conta o que viveu no seio de Deus. A sua palavra está corroborada por obras admiráveis.

Se nestas não acreditamos, desaparece o Filho de Deus e só fica o homem Jesus, admirável em palavras e condutas, mas puramente humano de quem podemos tomar as palavras que nos convêm e descartar as palavras difíceis que atrapalham o nosso ideal ou a nossa maneira de vida. Jamais será vida para nós.

No Evangelho, Jesus no ensina uma verdade que o mundo de hoje não quer saber: "O Espírito de Deus é quem dá a vida, mas o ser humano não pode fazer isso. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida, mas mesmo assim alguns de vocês não crêem."

Aqui Jesus está falando do dualismo corpo e alma. Os prazeres da carne podem prejudicar seriamente a paz do nosso espírito, ou o futuro da nossa alma. 

Jovens. Não vão com tanta sede ao pote. Vivam as suas vidas não somente para satisfazer os reclamos do corpo, mais pensem que o que vai perdurar eternamente não é a carne, mais sim a alma.

Para confirmar isso, é só olhar em um idoso, que você vai perceber logo que o corpo vai se indo aos poucos até o último minuto final.

Hoje, você está com todo o seu vigor físico. Amanhã será como aquele que já está indo embora aos poucos. Portanto, sabemos que não é nada fácil, mais procure viver sempre na presença de Deus.

 Para finalizar, todo esse diálogo de Jesus com seus discípulos nos leva a refletir a enorme importância de um dia termos sido escolhidos por meio do Pai para seguir Jesus e acreditar em suas palavras.

 A partir do seu chamado você passou a ter na Palavra de Deus as respostas e a direção para sua vida e é por essa razão que fazemos a Escuta da Palavra e Meditação da liturgia diária, porque acreditamos que na Palavra de Deus está o alimento para o nosso espírito e o sentido para a nossa vida.

 Quantas vezes tentamos alimentar o nosso espírito com as coisas do mundo, vendo no dinheiro, na posição social, no cargo ocupado e nos bens adquirido um meio de melhorar a vida?

 Eu pergunto: quantas vezes tudo isso realmente foi sensação de vida plena para você? Nunca, não é verdade? E sabe por quê? Porque tudo isso alimenta apenas a tua carne, o teu ego, a tua vaidade, o teu orgulho, porém apenas o amor de Deus encontrado em suas palavras é que alimenta o teu espírito e te dão vida e vida em abundância.

 Que através do Evangelho você possa valorizar as coisas que não passam na sua vida e buscar viver alimentado pelo espírito de Deus, pois só assim você conseguirá encontrar a felicidade plena e o caminho para a vida eterna!

 Não faça como Judas que acompanhou Jesus todo o tempo, ouviu suas palavras, mas não as escutou; viu Jesus tantas vezes de pertinho, mas não o enxergou; pôde se alimentar de suas palavras, mas não aproveitou; soube da eternidade que o aguardava, mas a desperdiçou; teve a chance de ser perdoado, mas a rejeitou. Enfim, Judas desperdiçou a eternidade junto do Pai, não cometa o mesmo erro!

Propósito: Viver alimentado pelo espírito de Deus... 

Evangelho do dia 28 de abril sexta feira 2023

 

28 de abril - O catecismo é o livro por excelência. Bem vulgar seria quem o quisesse taxar de vulgaridade. Este livro revela com eficácia admirável toda a utitlidade da religião e faz de um garoto de dez anos um pensador profundo, que possui todos os grandes princípios da verdadeira filosofia e está à altura de discorrer a qualquer momento sobre a essência e os atributos de Deus, falando sem confusão da Unidade e da Trindade, da geração e da procedência das Pessoas Divinas, que conhece a gênese do mundo, a queda do homem, a vinda do Restaurador, a necessidade da graça e os meios que a difundem, o sacramento da reconciliação e a comunhão da oração. Sem dúvida alguma, nenhum filósofo poderá encarar um menino cristão na exposição exata das grandes verdades que constituem o patrimônio da nossa religião. (L 25).São Jose Marello

 

João 6,52-59

"Os judeus discutiam entre si: "Como é que ele pode dar a sua carne a comer?" Jesus disse: "Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por meio do Pai, assim aquele que de mim se alimenta viverá por meio de mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram - e, no entanto, morreram. Quem se alimenta com este pão viverá para sempre". Jesus falou estas coisas ensinando na sinagoga, em Cafarnaúm."  

Meditação:

O diálogo de Jesus com os judeus acerca do pão da vida vai ganhando um tom cada vez mais intenso; quando ele lhes fala do pão de vida eterna eles pedem: “Senhor, dai-nos sempre desse pão”; ao contrário, Jesus vai explicitando do que se trata, e pouco a pouco seus ouvintes vão vendo com mais clareza o que Jesus lhes oferece.

 O evangelista incute na comunidade a necessidade de escutar Jesus, com mente e coração dispostos, aceitar sua mensagem e a se deixar transformar por ele. Comer e beber o corpo e o sangue de Jesus é aceitar sua humanidade, mas ao mesmo tempo é aceitar que nessa humanidade completa, está se manifestando a presença de Deus; quer dizer, que Jesus encarna em sua dimensão humana a vontade e o querer de Deus.


Não é possível aceitar em Jesus somente uma dimensão, pois Ele não é divisível; temos que aceitá-lo em sua integridade, “comê-lo” completamente, para poder também ser capazes de transparecer no mundo o plano salvífico de Deus, à maneira de Jesus.

 Comer a carne e beber o sangue de Jesus é alimentar-se Dele na Sua Palavra, na Eucaristia, na oração, na adoração vivendo a vida que Deus nos preparou.

 Assim sendo, nós vamos nos transfigurando e aos poucos nos tornamos parecidos (as) com Jesus. Jesus vai tomando conta do nosso ser a partir do nosso interior, por isso, vamos sendo ressuscitados pela Sua presença viva no nosso coração.

 Não há mais morte, não há mais sombra, não há mais dúvida. Quem se alimenta de Jesus sente a transformação dos seus pensamentos, sentimentos e ações e percebe a cada dia que algo novo acontece dentro de si.

 As coisas materiais não têm mais tanto sentido, pois o nosso organismo espiritual já sustenta a nossa humanidade. A carne e o sangue de Jesus são o alimento que vem do céu para nos conduzir ao céu. É o sustento da nossa alma!

 Por mais que materialmente nos alimentemos bem, se não comungarmos da Palavra e da Eucaristia, seremos sempre pessoas fracas, confusas, desestruturadas para o combate da vida.

 Se comungarmos o Corpo e o Sangue de Cristo, ficaremos semelhantes a Ele. Nós somos aquilo que comemos, e se nos alimentamos do Corpo e do Sangue de Cristo, nós ficaremos semelhantes a Ele porque Ele vem habitar em nós.

 Pela Eucaristia nós passamos a pertencer a Nosso Senhor e Ele passa a viver em nós. Para termos esta santa intimidade precisamos nos alimentar literalmente do Corpo e do Sangue de Jesus. “A minha carne é verdadeiramente uma comida. O meu sangue verdadeiramente uma bebida”. Ele jamais diz: “a minha carne e o meu sangue são simbolicamente uma comida e bebida”.

 Passamos a pertencer a Nosso Senhor e Ele torna-se o dono da nossa vida e nos ressuscitará no momento preciso. “Por meio da Eucaristia Jesus continua presente entre nós. Como discípulos ele nos conduz ao Pai e nos garante a vida eterna e feliz ao seu lado”. 

 Você tem se alimentado com o Corpo de Jesus? Você tem a Bíblia como o próprio Jesus, O Verbo Encarnado? Quando você adora a Jesus Sacramentado, você tem consciência de que ali está o Corpo e o Sangue de Jesus? Qual é o efeito que este pensamento provoca em você? Experimente adorá-lo assim! Perceba a diferença.

Reflexão Apostólica:

O que mais chama atenção no Evangelho de hoje é a insistência de Jesus em dizer que Ele é o Pão da Vida. Nos 6 versículos em que Jesus falou, Ele insiste em dizer que é o Pão da Vida, quem comer viverá eternamente, e quem não comer não terá vida.

 Os judeus que ouviram essas palavras ficaram escandalizados, pois entenderam como se Jesus estivesse incentivando o canibalismo dele próprio.

 Em momento algum dos Evangelhos, nós vimos Pedro ou qualquer outro dos discípulos tentarem dar uma mordida em Jesus. E quando eu me refiro a Pedro, especificamente, é porque ele foi o discípulo que sempre tomou as iniciativas (p. ex. na passagem da transfiguração de Jesus, ou no Lava-pés).

 Tal idéia de tentar comer a carne de Jesus Homem foi, até para os discípulos, algo que era difícil de entender. Como conceber a idéia de comer os músculos, o coração, o fígado de um ser humano?

 Esta passagem de hoje esconde uma beleza por trás de sua dureza... De fato, Jesus disse: "porque minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue, verdadeira bebida." Quem vai duvidar das palavras de Jesus? Você?

 No entanto é aqui que se encontra a beleza do nosso Sacramento da Eucaristia: Jesus transforma PÃO E VINHO (alimento) nele próprio, para que possamos TÊ-LO DENTRO DE NÓS.

 Essa é uma das grandes diferenças entre o Cristianismo e as outras religiões: o nosso Deus vem até nós, se faz humano, se faz pequeno, se entrega COMPLETAMENTE a nós, para que possamos tê-lo dentro de nós, e assim possamos também SER PARTE DELE.

 Quando comungamos na missa, o Pão da Vida é rapidamente digerido pelo nosso sistema digestivo, e rapidamente todas as nossas células passam a ter um pouquinho desse alimento.

 Assim, podemos dizer que Jesus está dentro de nós, dos pés a cabeça. E se todos os nossos irmãos, que também estão comungando, estão com Jesus dos pés a cabeça, então todos nós estamos fazendo parte de um corpo único: o de Jesus.

Isso é que é COMUM UNIÃO.

 Agora imagine fazer parte de um corpo único com todas as pessoas ao redor do mundo que também estão comungando... Viu como Jesus é grande? E olhe que Ele começou do tamanho de um pequeno pedaço de pão...

 Ter Jesus dentro de si implica em algo bem sério: se fazer Jesus! Ou seja, agir conforme Jesus agiria em cada situação. E essa é uma grande responsabilidade de quem quer estar em comunhão com Jesus.

 Ter Jesus dentro de si, portanto, é muito mais do que receber a Hóstia Consagrada na missa... Ter Jesus dentro de si é receber a Comunhão na missa e dar o verdadeiro sentido a ela, através dos seus atos, palavras e pensamentos.

 Propósito:

 Pai, que o corpo e o sangue de teu Filho Jesus sejam alimento para a minha caminhada em busca de ti, de maneira que eu não venha a desfalecer pelo caminho.

Evangelho do dia 27 de Abril Quinta feira 2023

 

27 abril - É preciso voltar ao catecismo, o livro por excelência, que contém uma verdade, um conselho, um ensinamento para todos: aos reis ensina a arte de governar e ao povo delineia os princípios de igualdade e de liberdade; ao poder legislativo fornece os critérios da legislação; orienta o funcionário na administração dos bens públicos; aponta aos magistrados os caminhos da justiça; revela ao operário a honestidade no trabalho; garante ao rico seus direitos de propriedade e ao pobre assegura o pão cotidiano da caridade. (L 25). São Jose Marello

 

João 6,44-51

"Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair. E eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: 'Todos serão discípulos de Deus'. Ora, todo aquele que escutou o ensinamento do Pai e o aprendeu vem a mim. Ninguém jamais viu o Pai, a não ser aquele que vem de junto de Deus: este viu o Pai. Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê, tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Aqui está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo"."  

Meditação: 

Continuamos a nossa meditação de um texto que foi cortado em pedacinhos. Talvez a intenção seja que nos fixemos bem em cada versículo. Os de hoje estão centrados no Pai de Jesus, que ele chamava carinhosamente de “Papai”. Como queria Jesus que conhecêssemos seu Pai, que soubéssemos que ao segui-lo estávamos sendo atraídos pelo Pai. Profetas, homens e mulheres, transformados em grito, testemunhas do projeto de Deus, anunciaram desde o passado que “todos serão discípulos de Deus”. Quer dizer, todos escutarão sua voz e aprenderão e lhe darão atenção.

Jesus reafirma que ele é o pão da vida. Se os antepassados que comeram o maná no deserto morreram, agora quem come deste novo pão da vida plena participará da ressurreição. Aqui a ressurreição não se entende com na mentalidade dos fariseus, um prêmio pelo estrito cumprimento a lei. Com Jesus a vida em abundância é fruto da configuração com ele e com seu projeto histórico.

Participar do projeto de Jesus é assimilar os valores de sua mensagem, as razões de sua luta, a obediência incondicional ao projeto salvador de Deus, os riscos que se corre como consequência de um compromisso radical. Não se pode ir atrás de Jesus somente por conveniência ou simples tradição; essa é a característica de uma fé desencarnada, distante de toda opção autenticamente cristã.

Hoje, quando a vida no mundo se vê ameaçada e se levantam estruturas injustas que a maioria das vezes se baseiam na mentira e na morte dos pobres, é necessário optar abertamente e com radicalidade pela causa de Jesus: O reino de Deus, em que os seres humanos, especialmente os pobres, tenham vida em abundância.

O que acontece pois por mais que escutemos não aprendemos nada? Deus deve ser “acreditado e praticado”. Talvez por isso nossas celebrações religiosas não nos alimentam para a vida do reino. Escutamos e dizemos crer, mas não “praticamos Deus”. Somo como o filho daquela parábola que diz que ia, mas não foi.
 
Ponhamos nas mãos do Senhor tantos milhões de seres humanos que vivem em condições de miséria extrema, e os que morrem de fome diante da indiferença do mundo. Eles são o motivo no horizonte para optar pelo compromisso cristão em favor da vida, a justiça e a paz.

Peçamos ao Senhor que nos faça voltar a ele; que sejamos atraídos pelo Pai, como pequenas partículas de ferro atraídas pelo poderoso imã de seu amor, pela fascinação que brota de seu amor sem medida: a mesma experiência vivida por Jesus.

Reflexão Apostólica: 

A Palavra pregada por Jesus deve ser recebida, acolhida, comida e ruminada pois ela é Palavra de vida eterna. Assim, a humanidade alimentada pela Palavra viva que é Jesus, com a alegria e a fé nascida do alimento que Deus lhe deu reconhece que Ele é o pão da vida, que lhe conduz à comunhão com o Pai e por isso lhe dá a vida divina. Por sua vez com alegria e entusiasmo deve comprometer-se com ela e anunciá-la aos seus irmãos fazendo com ela uma única realidade.

 Pois assim como Jesus e o Pai são um só, assim também a humanidade deve ser uma só com Ele. Este foi, é deverá ser sempre o conteúdo da mensagem de Jesus. É fundamental que nós cristãos lutemos pela unidade e não pela desunião.

Para nós o ditado segundo o qual, “cada um por si Deus por todos”, não tem lugar. Mesmo entre os aqueles que não se conhecem ou são de outras confissões religiosas.

 Quando você se encontra com os que não são católicos qual tem sido o teu comportamento? De que tem falado ou discutido? 

 Muitas vezes nós nos julgamos os melhores e os sabedores de tudo. Mas nos esquecemos que o nosso Deus também é o Deus daqueles que julgamos ruins.

Hoje Jesus volta a nos ensinar. Mostra-nos que Ele e o Pai estão unidos pelo mesmo amor. A mesma união com o Pai deve acontecer com os discípulos que estão unidos a Jesus. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai.

 Viver em comunhão com Deus e entre nós deve ser nosso desejo e nossa missão de cristãos. Fomos feitos para a comunhão de irmãos, jamais para a divisão e separação. Portanto se você estiver vivendo isso, hoje mesmo levante-se vai ter com a pessoa com quem você não fala, com quem você brigou ou discutiu. Vai pedir perdão e reconcilie-se com ela.

 Este é o pão do qual Jesus redundantemente quer que comamos: Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o pão que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne.

Estamos diante da continuação do longo discurso sobre o pão, pronunciado após a partilha dos pães com a multidão, na montanha.

 Um dos aspectos que Jesus vem salientando é que a iniciativa da salvação vem do Pai. Ninguém se faz discípulo de Jesus se não for designado por Deus seu Pai. E todo aquele escuta a sua palavra e procura fazer a vontade daquele que o enviou é introduzido na vida que nunca mais terá fim. Visto que: aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá.

Nos nossos dias alimentar-se de Jesus é ter vida é contemplá-lo e seguir seus passos. No serviço, na fraternidade e na solidariedade social, na busca da justiça e da paz, entra-se em comunhão de vida eterna com Jesus.

Deixemo-nos tocar pelo convite que Jesus. Vinde convidados do meu Pai, a mesa está posta vinde. Participemos plena, consciente e ativamente; comamos e bebamos o corpo e o sangue de Jesus.

 Esta mesa é a mesa da compreensão, do diálogo, do perdão, da reconciliação. Ninguém deve se aproximar dela se não perdoar de todo o coração a seu irmão, irmã, marido, esposa, esposo, filhos, colegas amigos e até os seus inimigos.

 "O que ele (a) me fez foi muito duro e dolorido. Sinto as feridas até agora." Busquemos em primeiro lugar o Reino dos céus e a sua justiça e o resto nos será dado por acréscimo! É Jesus quem está dizendo isso para nós.

 Corramos atrás daquilo que chamamos de prejuízo. Deus é maior, Ele pode tudo! Alias o verdadeiro cristão não deve ser inimigos e a ninguém deve ter dívida senão a dívida do amor!

 Propósito:

 Espírito de docilidade ao Pai reforça minha disposição para acolher os ensinamentos divinos e colocar-me, resolutamente, na busca do Ressuscitado.

 

Evangelho do dia 26 de abril quarta feira 2023

 


26 abril - Numa espantosa variedade de modos se destrói o Reino de Deus. Esforcemo-nos para fazer em toda parte o nosso trabalho de restauração com o auxílio do Céu. (L 76). São Jose Marello

 

João 6,35-40

 "Jesus lhes disse: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede. Contudo, eu vos disse que me vistes, mas não credes. Todo aquele que o Pai me dá, virá a mim, e quem vem a mim eu não lançarei fora, porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia".

Meditação:

Após a partilha do pão, Jesus num discurso se descreve como sendo o Pão que dá a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede. Aqui vemos uma expressa declaração de Jesus do realmente Ele é para nós. Diferente do maná que os nossos pais no deserto comeram e morreram.

Jesus revela-se como dom do Pai, ou melhor, como pão do Pai: «É o meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do Céu, pois o pão de Deus é aquele que veio do Céu e dá vida aos homens», vimos em Jo 6,32-33.

Portanto, Jesus define-se a si próprio como Pão da vida que é necessário comer mediante a fé: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede» (Jo 6,35); Ele reafirma com insistência a sua identidade como pão da vida oferecido para ser comido, não obstante a murmuração dos judeus perante as suas palavras.

Ao dizer: «Eu sou o pão que desceu do Céu» (Jo 6,41) e explicita o significado desta expressão quando explicita o que ele é: «Eu sou o pão que dá vida… Este é o pão que desceu do Céu; se alguém comer dele, não morrerá. Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu».

A vontade do Pai, ao enviar o Filho, é que quem vê o Filho; suas palavras e ações e nele crê, seguindo seus passos, tenha a vida eterna.

Para nós cristãos, comer o pão do céu significa assimilar o seu amor e seu exemplo de serviço, de partilha e dom da vida. Acolhamos e comamos, pois, deste pão do céu para que venhamos a ressuscitar no último dia para a vida eterna.

Pai transforma-me em discípulo autêntico de teu Filho Jesus, para que possa enxergar, receber e me transformar n’Aquele que recebo em Comunhão e assim experimente já o céu aqui na terra. 

Reflexão Apostólica:

Este deve ser o desejo de todos nós a partir do evangelho de hoje: ver o Senhor! Podemos de diversas formas e jeitos enxergar ao Senhor, porém VER vai muito mais além do que enxergar, pois quem ver o Senhor nunca mais será o mesmo.

 O ver Jesus nos leva a crer, acreditar, viver uma vida Nele, e por isso, ficará uma pergunta para cada um de nós respondermos ao longo do dia: Onde eu tenho visto o Senhor? Que áreas da minha vida, eu vi o Senhor, mas não modifiquei minhas atitudes? EU VI O SENHOR, mesmo?

 A Eucaristia, nesta semana o Senhor tem sido, o pão da vida, portanto, se queremos viver não podemos desejar ficar longe da eucaristia, precisamos acabar com esta de que rezamos em casa, Jesus quer se oferecer a cada um de nós para junto conosco VER e transformar as dificuldades em oportunidades, o sofrimento em conversão, por que com Ele não teremos mais fome nem sede.

 Será que estamos falando fisicamente? Às vezes sim, pois Ele é um Deus que tudo pode, mediante a confiança (fé) de seu servo. Mas vamos avaliar esta fome e sede espiritual.

 Muitos de nós já acordamos sem vontade de nos levantar, de querer ficar o dia todo na cama, com o quarto escuro, detestamos quando entra uma "brecha" de luz, queremos ficar sozinhos e isolados. Mas o que acontece? Fazemos isto a primeira vez. Depois uma segunda. E aí vai, abrimos uma "brecha" no coração, vamos nos e entregando, e só Jesus poderá desfazer esta situação. Precisamos ver Jesus.

 A cada novidade de nossa vida, exige de nós uma nova conversão. Trazendo para o evangelho de hoje, nunca pensemos que já somos convertidos, pois precisamos VER o Senhor e vive-lo em cada situação que se apresenta para nós.

Ele não que nos perder, portanto quem ver o Senhor não quer ficar longe dele, pois o que Ele desejou foi fazer a vontade do Pai: "E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia."
  
A nossa salvação é o maior desejo do coração de Deus. Foi o próprio Jesus que nos revelou isto, ao dizer: “É esta a vontade daquele que me enviou: ‘Que eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas os ressuscite no último dia’”!

 Jesus Cristo veio fazer a vontade do Pai e é muito bom saber que a nossa vida está entregue nas mãos dele e que o nosso futuro é promissor, pois está assegurado nas Suas Palavras.

 Crer em Jesus Cristo é, portanto, deixar-se entregar à Sua ação salvífica e nunca duvidar do Seu domínio sobre a nossa vida e a nossa morte. Jesus não veio apenas nos propor a vida eterna depois da morte, mas também nos assegura uma vida terrena fortalecida pela Sua presença, no pão que alimenta o nosso espírito, o pão do Céu.

 A Palavra de Deus é via de amor e fortifica a nossa caminhada aqui na terra. A Eucaristia é a presença do Deus vivo correndo nas nossas veias regenerando e purificando o nosso corpo e a nossa alma.

 Quem come a carne e bebe o sangue de Jesus tem a vida eterna. Esta é, portanto, a vontade do nosso Pai que está nos céus! 

 Você tem percebido a ação da Palavra de Deus na sua vida? Em que a Palavra tem lhe modificado? Qual a sua percepção sobre a Eucaristia?

 Apesar dos múltiplos obstáculos, resistência e rejeição a Jesus e à sua proposta de vida, sempre haverá quem se deixe tocar por sua palavra e suas ações; sempre haverá corações dispostos e mentes abertas a aceitar seu projeto como via de realização pessoal e comunitária. Os que crêem agora, e os que no futuro cheguem a crer, têm a garantia de que em Jesus tem a vida eterna.

Hoje precisamos estar firmemente convictos de que, em nosso seguimento a Jesus, vamos encontrando o caminho de nossa auto-realização como pessoas; que nossa vida tem sentido de verdade, porque precisamente vamos atrás da Verdade que é Jesus, o único que dá a vida abundante e eterna.

 Propósito:

 Pai, transforma-me em discípulo autêntico de teu Filho Jesus, de modo que a tua vontade seja o centro de minha existência, e eu experimente, já na Terra, a vida eterna.