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segunda-feira, 10 de abril de 2023

Evangelho do dia 15 de abril sábado 2023

 


15 abril – Rezemos muito e de coração, rezemos mesmo sem sentir gosto, rezemos inclusive na aridez de espírito! Rezemos ao bom Deus para que nos ensine a amá-lo e que ponha, finalmente, um termo à nossa falta de fervor. (L 33). SÃO JOSE MARELLO

 


Marcos 16,9-15

"Jesus ressuscitou no domingo bem cedo e apareceu primeiro a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios. Ela foi contar isso aos companheiros de Jesus, pois eles estavam tristes e chorando. Quando a ouviram dizer que Jesus estava vivo e que tinha aparecido a ela, eles não acreditaram. Depois disso Jesus se apresentou com outra aparência a dois discípulos que iam caminhando para o campo. Eles voltaram e foram contar isso aos outros discípulos, e estes não acreditaram no que os dois disseram.
Por último Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto eles estavam à mesa, comendo. Ele os repreendeu por não terem fé e por teimarem em não acreditar no que haviam contado os que o tinham visto ressuscitado. Então ele disse:
- Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas.
"

Meditação:

 Se analisarmos os textos bíblicos que lemos nessa semana, em seu conjunto, podemos concluir que a FÉ é o elemento fundamental que nos permite compreender e vivenciar ao máximo o mistério da ressurreição.

O elemento essencial se torna mais evidente no relato que lemos neste dia. Marcos faz referência, de maneira sintética, a três momentos chaves nos quais Jesus ressuscitado se faz presente em meio a comunidade dos discípulos.

Nas três aparições encontramos atitudes que expressam o rechaço ao seguimento radical do mestre por parte dos discípulos, pois estão submersos na dor, no abatimento, na frustração e tristeza.

A mensagem anunciada pelas testemunhas da ressurreição é recebida com incredulidade, afastando-se assim a fé e caindo no “anti-seguimento”. Parece como se a morte fosse a última explicação do projeto libertador iniciado por Jesus.

Entretanto, Jesus repreende tais atitudes e convida seus discípulos a crer, já que é única maneira de compreender e se integrar no projeto divino do Pai. É importante perguntarmos hoje se nossa fé realmente nos motiva a construir uma comunidade alternativa, afastada do egoísmo e da morte

Este trecho difere muito do livro até aqui; por isso é considerado obra de outro autor. Um final acrescentado ao Evangelho de Marcos nos resume as aparições a Maria Madalena e aos discípulos de Emaús.

Parece que se inspiraram no último capítulo de Mateus (28,18-20) em Lucas (24,10-53), e em João (20,11-23) e no início do livro dos Atos dos Apóstolos (1,4-14)

Os cristãos da primeira geração provavelmente quiseram completar o livro de Marcos com um resumo das aparições de Jesus e uma apresentação global da missão da Igreja.

Embora seja acréscimo de retalhos tomados de outros escritos do Novo Testamento, o trecho conserva o pensamento de marcos, isto é: os discípulos devem continuar a ação de Jesus.

O final do Evangelho de Marcos conclui dizendo que “as mulheres não disseram nada a ninguém porque tiveram medo” procedem às comunidades primitivas, surpreendentemente que muito pronto se acrescentou ao texto original dois apêndices – um longo e outro breve – inspirado no texto dos demais evangelistas.

Na primeira cena do Evangelho de hoje, os discípulos não dão credito as palavras de Maria Madalena “Estavam cheios de dor e chorando” e o pranto, a dor os impede de acreditar que a morte de Jesus, não acabara com sua vida, como testemunho Maria Madalena. Tampouco crêem no relato dos discípulos de Emaús.

Tem que ser o próprio Jesus, que se apresenta para repreender suas incredulidades e suas teimosias em não crer aos que o haviam visto ressuscitar. Supõe-se que depois deste encontro, acreditaram.

Disto surge à ordem de Jesus, de anunciar a boa noticia para toda a humanidade. Uma boa noticia que hoje esperam milhões de cidadãos deste mundo abocanhados pela morte, condenados pela marginalização, sepultando no pranto e na dor da fome, da miséria e das condições sub-humanas de vida.

A eles – espalhados por todo o mundo – mas concentrados em partes do mundo. A eles que Jesus nos envia hoje para anuncia que é possível à outra vida a outro mundo, onde a morte não é o senhor do ser humano.

 A dimensão pessoal e a dimensão comunitária da Evangelização nos trazem uma concepção muitas vezes esquecida: somos apóstolos porque fomos e somos enviados ao anúncio, mas não deixaremos de ser discípulos, alunos, pela própria fé pascal que não encerra na cruz sua missão evangelizadora.

 Preguemo-nos na cruz de Cristo sim, porém revestimo-nos de sua ressurreição e tal sacrifício (o nosso, que tolamente pensamos fazer) não passará de uma graça concedida na difícil tarefa de aprender.

 Reflexão Apostólica: 

Como foi difícil para os discípulos o amadurecimento na fé! Maria Madalena deu testemunho da Ressurreição aos discípulos. Mas, o preconceito ao testemunho de uma mulher não os convenceu. Permaneceram na incredulidade.

Assim foi e sempre será: não é fácil acreditar no que alguém viu, sem antes também não ter visto. Maria Madalena anunciou a ressurreição de Jesus a Pedro e João, eles não acreditaram.

Os discípulos de Emaús também saíram anunciando o encontro que tiveram com Cristo, mas os outros não lhes deram crédito.

Somente quando Jesus apareceu aos onze e os repreendeu por causa da sua falta de fé e pela dureza de coração foi que eles puderam acolher o mandato de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda a criatura!”

Qualquer um de nós poderá ter esse encontro com Jesus ressuscitado e, crendo, assumir o papel de anunciadores do Evangelho, porque a fé abre os nossos olhos e ouvidos para enxergarmos e ouvirmos a Jesus que está muito perto de nós e assim também podemos ser anunciadores da Boa Nova.

Se você ainda não teve esta experiência forte com Jesus ressuscitado abra o seu coração com o propósito de acreditar que Ele está vivo, muito perto de você e que assim como aconteceu com outros poderá também acontecer com você.

Faça hoje a sua profissão de Fé no Cristo morto e ressuscitado. Reze com muita atenção o Creio em Deus Pai e vá se apossando da realidade mais concreta para o cristão: JESUS ESTÁ VIVO, AQUI!

Ontem eles e hoje nós, temos que proclamar que seu caminho foi um caminho de vida, ainda que tivessem que passar pela morte. Sabemos disso pela prática de cada dia.

 Propósito: Testemunhar e viver a fé com a convicção de que Jesus está vivo e convive comigo, conosco, em meu quotidiano.

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