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sexta-feira, 21 de abril de 2023

Evangelho do dia 22 de abril sábado 2023

 

22 abril - As forças internas da Igreja se multiplicam na razão inversa dos recursos externos. (L 19). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São João 6,16-21


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De tardinha, os discípulos de Jesus desceram até o lago. Subiram num barco e começaram a atravessar o lago na direção da cidade de Cafarnaum. Quando já estava escuro, Jesus ainda não tinha vindo se encontrar com eles. De repente, um vento forte começou a soprar e a levantar as ondas. Os discípulos já tinham remado uns cinco ou seis quilômetros, quando viram Jesus andando em cima da água e chegando perto do barco. E ficaram com muito medo. 
Mas Jesus disse: - Não tenham medo, sou eu! Então eles o receberam com prazer no barco e logo chegaram ao lugar para onde estavam indo.
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Meditação:

 Quando o povo quer fazer de Jesus um rei, ele se retirou sozinho para um lugar alto. A montanha, na Bíblia, é o lugar da experiência de Deus. 

Por outro lado, os discípulos, decepcionados por Jesus não ter aceito a proposta de poder oferecida pelas pessoas (talvez instigadas pelos próprios discípulos), não sobem ao monte com Jesus, mas “descem ao lago e sobem em uma barca, indo para Cafarnaum”. 

Não compreenderam o projeto de Jesus que propõe a igualdade como princípio de vida. Deixam a terra estrangeira onde estavam (6,1) e regressam ao país judaico. 

São nacionalistas ferrenhos e não aceitam esse reino que Jesus propõe: a acolhida de todos em igualdade com o povo eleito. 

Em plena travessia do lago anoitece e o mar, símbolo das forças do mal, embravece. Jesus não está ali e eles têm medo. 

O medo é o contrário à fé. Fora do projeto de Jesus entramos na escuridão e até a natureza se rebela contra a injustiça. 

Jesus lhes diz: SOU EU, correspondente ao EU SOU (Yaveh). Eles o aceitam. Querem que suba na barca, mas eles chegam em terra. Assim que perdemos o medo e aceitamos Jesus, nossa barca chega a seu porto.

O texto que meditamos ontem faz parte da falsa compreensão que os discípulos tinham do poder de Jesus. Eles queriam torná-lo rei, pois viam nele um homem capaz de fazer a verdadeira justiça. Este propósito nacionalista era contrario à atitude de serviço que Jesus tinha assumido na multiplicação dos pães.

Os discípulos se afastam da luz, embarcando sem Jesus e, sem ele, a barca-comunidade começa a ser atacada pelas ondas, pois perdeu seu horizonte, optando por permanecer na ideologia própria do sistema opressor, são partidários do poder e desejam que Jesus também seja; mas é impossível, pois o poder, qualquer que seja, submete a liberdade do ser humano e se faz inimigo do amor.

Somente a presença de Jesus pode erradicar o medo dos discípulos; basta escutar sua palavra para que os aterrorizados discípulos o reconheçam e cheguem a terra firme. 

Em muitas ocasiões, como Igreja, optamos cegamente pelo poder e reconhecimento, afastando-nos do amor a Deus e aos irmãos, preferimos "vender" nossa liberdade ao sistema, por temor de ser julgados. É preciso vencer o medo, porque o medo é a ausência da liberdade e da fé no Senhor.

Reflexão Apostólica:

Deus sempre nos antecede, também naquilo que pode nos assustar. Também no inusitado, inesperado. Assustamo-nos com tantas coisas. Também quando a natureza nos ameaça com sua força e desafia nossa capacidade de domínio e auto-controle. Foi assim neste fato do Evangelho. 

 Jesus chega em nossa vida “andando sobre as águas”, vencendo as nossas dificuldades empunhando na mão a vitória que conquistou para nós. 

Contudo, nós ainda não acreditamos na Sua intervenção e O confundimos com as pessoas comuns, por isso, temos medo quando Ele se aproxima. 

Meditando neste Evangelho nós percebemos alguns sinais que servem para a nossa reflexão: Anoitecia e os discípulos desceram ao mar, sozinhos; estava escuro e durante a travessia soprava um vento forte, por isso o mar estava agitado. 

Os discípulos já tinham remado bastante, mas não conseguiam chegar e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles, embora estivesse muito perto! 

A margem já estava bem próxima deles, no entanto, eles se angustiavam por causa do vento. Podemos fazer um paralelo com a nossa vida, quando também o mar está agitado porque as coisas e os acontecimentos estão fora dos padrões normais, e nos percebemos na escuridão sem enxergar uma saída para os nossos problemas. 

Já remamos muito, já tentamos tudo, no entanto, não sentimos paz e entramos em desespero. Se pararmos para pensar, na maioria das vezes que isto acontece nós também estamos indo para o “mar”, isto é, assumindo compromissos, em hora imprópria, por nossa conta. 

Muitas vezes nós entramos na “barca”, e enfrentamos os trabalhos e tomamos as decisões sem esperar por Jesus. Não estamos orando, não refletimos a Sua Palavra e queremos resolver tudo sozinhos (as)! 

Assim sendo, remamos por conta própria e a tempestade é conseqüência das nossas deliberações equivocadas e as coisas não dão certo porque estamos confiando em nós mesmos (as). 

Escolhemos estar sozinhos (as), talvez porque não nos importemos muito em saber a opinião de Deus, se é hora para ir ou para ficar. 

Na maioria das vezes nos antecipamos e traçamos os nossos planos, os nossos projetos sem esperar pelas sugestões do Espírito Santo que conhece melhor o caminho pelo qual vamos cruzar. 

Então o inesperado acontece: durante o percurso que escolhemos o mar encontra-se agitado e a tempestade nos surpreende. O vento nos tira do sério e nós ficamos aflitos (as) e angustiados (as). 

Não nos apercebemos, porém que Jesus está por perto e espera que olhemos para Ele, que confiemos na Sua autoridade sobre as tempestades da nossa vida. 

Mesmo que passemos por borrascas não precisamos mais nos angustiar, já estamos perto da praia, o pior vai passar e Jesus já vem ao nosso encontro, recebe a nossa barca e a coloca em lugar seguro. 

Deixemos Jesus entrar em nosso barco e, com certeza, Ele nos levará para mares calmos. Deixemos Jesus agir, entreguemos nossos problemas a Ele. Não confiemos nos homens, confiemos em Jesus pois Ele sempre estará conosco e nunca nos desamparará. 

Mesmo quando o mar da vida estiver agitado, aí, Jesus estará em nossa barca para nos conduzir. Por isso, amemos esse Deus, entregando-nos de corpo e alma. Fiquemos 24 horas ligados em Jesus.

 

Alguma vez você já viveu essa situação? Você reconhece a voz de Jesus no meio do mundo? Você também tem enfrentado as dificuldades sozinhas (o)? Você leva sempre Jesus na sua barca ou algumas vezes O tem esquecido na praia? Você confunde Jesus com as pessoas do mundo?
  

Propósito: Oferecer a Jesus o senhorio sobre a minha vida e viver este dia, na fé, como Seu discípulo e missionário. 

   

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