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domingo, 9 de abril de 2023

Evangelho do dia 11 de abril terça feira 2023

 

11 ABRIL - Aniversário da aprovação da Congregação pela Santa Sé (1909).

Peçamos com insistência Àquele que, segundo os seus planos, dará incremento às obras de seus ministros. (L 29). SÃO JOSE MARELLO

 
João 20,11-18

"Maria Madalena tinha ficado perto da entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, ela se abaixou, olhou para dentro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus. Um estava na cabeceira, e o outro, nos pés. Os anjos perguntaram: - Mulher, por que você está chorando?
Ela respondeu: - Levaram embora o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram!
Depois de dizer isso, ela virou para trás e viu Jesus ali de pé, mas não o reconheceu. Então Jesus perguntou:
- Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando?
Ela pensou que ele era o jardineiro e por isso respondeu: - Se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo. - Maria! - disse Jesus. Ela virou e respondeu em hebraico:
- "Rabôni!" (Esta palavra quer dizer "Mestre".)
Jesus disse:
- Não me segure, pois ainda não subi para o meu Pai. Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles, o meu Deus e o Deus deles. Então Maria Madalena foi e disse aos discípulos de Jesus: - Eu vi o Senhor! E contou o que Jesus lhe tinha dito.
"

Meditação

 Maria permanece perto do túmulo, chorando. Ainda busca o Senhor morto. O próprio Jesus não é reconhecido. É sua voz, pronunciando o nome dela, que o identifica. É o pastor que chama as ovelhas pelo nome.

Segundo Bento XVI, «a história de Maria de Magdala recorda à todos uma verdade fundamental: discípulo de Cristo é quem, na experiência da debilidade humana, teve a humildade de pedir-lhe ajuda, foi curada por Ele, e lhe seguiu de perto, convertendo-se em testemunha do poder de seu amor misericordioso, que é mais forte que o pecado.

Maria, em lágrimas, inclina-se e olha para dentro do túmulo. Ela já tinha, todavia, constatado que estava vazio, e tinha anunciado o desaparecimento do Senhor. Porque se inclina então ainda? Porque quer ver de novo? Porque o amor não se contenta com um único olhar; o amor é uma conquista sempre mais ardente. Ela já O procurou, mas em vão; obstina-se e acaba por descobrir.

No Cântico dos Cânticos, a Igreja dizia do mesmo Esposo: «No meu leito, de noite, procurei aquele que o meu coração ama. Procurei-o, mas não o encontrei. Vou levantar-me e percorrer a cidade; pelas ruas e pelas praças, vistes aquele que o meu coração ama?» (Ct 3, 1-2).

Duas vezes ela exprime a sua decepção: «Procurei-o, mas não o encontrei!» Mas o sucesso vem, por fim, coroar o esforço: «Os guardas encontraram-me, aqueles que fazem ronda pela cidade. Vistes aquele que o meu coração ama? Mal os ultrapassei, encontrei aquele que o meu coração ama. » (Ct 3,3-4)

Durante os breves repousos desta vida, quando suspiramos na ausência do nosso Redentor. Nós procuramo-Lo na noite, pois apesar do nosso espírito já estar desperto para Ele, os nossos olhos só vêem a Sua sombra. Como não encontramos nela o Amado, levantemo-nos; percorramos a cidade, ou seja, a assembléia dos eleitos.

Procuremos de todo o coração. Procuremos nas ruas e nas praças, ou seja, nas passagens escarpadas da vida ou nos caminhos espaçosos; abramos os olhos, procuremos aí os passos do nosso Bem-Amado…

Esse desejo fez dizer a David: «A minha alma tem sede do Deus de vida. Quando irei ver a face de Deus? Sem descanso, procurai a Sua face» (Sl 42,3).

Lembremos que ver o Senhor é ver nosso próprio destino. Nós fomos criados para a eternidade, na vida em comunhão com Deus. Chore, grite, apresente a Jesus a sua tristeza e necessidade.

Ele lhe responderá chamando o seu nome, como chamou a Maria. E dirá: Porque choras? Eu estava morto, mas agora vivo para sempre e tenho as chaves de tudo nas mãos. E nós, quando é que, nos nossos leitos, procuraremos o Amado? Por que choramos, e a quem procuramos?

Como a Maria Madalena Jesus nos faz duas perguntas básicas: porque choramos e a quem procuramos! Não duvido que muitas vezes choremos por causa da nossa falta de fé e de confiança na Palavra do Senhor e procuramos alguém que está muito perto de nós e ainda não o percebemos.

Conhecemos as Escrituras, conhecemos as promessas de Deus, mas choramos sem esperança, olhando somente para as “aparências”.

Sofremos muitas vezes pela nossa incapacidade de “enxergar” as coisas de Deus. O mundo espiritual está tão perto de nós, e nós somos incapazes de percebê-lo, absortos que estamos em prestar atenção às coisas e as pessoas que nos rodeiam.

Confundimos a presença de Jesus com a presença de “outras pessoas”. Se percebêssemos a Sua presença viva e ressuscitada e ouvíssemos realmente a sua voz que fala no nosso coração, saíamos em disparada como fez Maria Madalena a anunciar a todos: “Eu vi o Senhor!

 E você: já viu o Senhor? – Relembre a sua experiência! – Você já correu para contá-la a alguém? Jesus envia hoje você para proclama-lo à todos os homens e mulheres que Ele está Vivo e Ressuscitado. Sejas Seu testemunho e grite bem alto: EU VI O SENHOR!

Reflexão Apostólica: 

A pessoa de uma mulher se destaca nesta cena do Evangelho: Maria Madalena. Chora a ausência do seu Senhor. Chora e o busca, inclina-se para olhar dentro do túmulo.

Na sua atitude de busca, começa o caminho para o encontro com o Mestre e, quando ela se volta para trás, isto é, faz uma conversão, deixa de procurar Jesus entre os mortos, ela o encontra.

Ao encontrá-lo, recebe a missão: "Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles, o meu Deus e o Deus deles". Se torna verdadeiramente discípula e missionária.

Esse encanto amigo e amável de Madalena deveria nortear todos os nossos trabalhos pastorais, dentro ou fora do horário da igreja.

O encanto e a felicidade se misturaram no sentimento puro daquela que muito foi perdoada ao rever seu mestre e salvador.

Ela não foi ao sepulcro à toa. Pretendia, conforme o texto acima, continuar zelando de Jesus, como ainda hoje fazemos por aqueles que por nós são amados (amigos, parentes, etc). Mas esse zelo precisaria ser estendido a mais gente.

Quem faz da sua vida um exercício de zelo, ou como preferimos dizer, aqueles que buscam a santidade, ao se deparar com ressurreição de Cristo, não se contém, e como Madalena vibram, alegram-se, rejubilam-se…

Qual foi a ultima vez que vi Jesus ressuscitar num irmão, numa casa, numa situação impossível? Qual foi a última vez que, mediante um acontecimento, corriqueiro ou extraordinário, dissemos: “eu vi o Senhor”?

Ao preparar, com o mesmo amor zeloso de Madalena, um evento, uma celebração, um grupo de oração, uma reunião de Equipe (formal ou informal), um Retiro, um "BIG BROTHER DA EQUIPE 2", ou no zelo harmonioso dos ensaios para uma missa, somos também gratificados com a visão da ressurreição.

Ao ver as pessoas participando, cantando, louvando, se rejubilando é impossível também não ver o Senhor, ou seja, todo amor e zelo é recompensado por Deus: Nossos olhos vêem o que ninguém vê,,,

Mediante as dificuldades e tribulações que somos sujeitos no dia-a-dia temos sempre a opção de desmotivar, desistir, abandonar, “levar nas coxas” etc, ou, mesmo que tudo aparentemente esteja perdido, levantar, seguir, continuar, (…).

Madalena, como os outros discípulos, sabia e tinha consciência plena que Jesus já havia morrido. O amor a fazia manter a rotina. Você consegue perceber a sensível pedagogia desse momento?

Problemas sempre aparecerão, mas precisamos encontrar vontade em manter a rotina, levantar, abrir os olhos, viver.

Quem perdeu alguém ou vive um momento difícil seja ele financeiro, amoroso, de relacionamento, profissional, (…) é convidado a acreditar.

Mesmo aqueles em que a depressão já bate a porta ou que “acordou decidido (a) a desistir” e parar de sofrer, são convidados a se atrever a levantar e por um amor maior manter a rotina. Jesus ressurgirá e com Ele, nós também.

Siga o exemplo de Madalena, confie em Deus e O veja reanimar sua esperança.

Propósito: Olhar, a partir de hoje, em duas direções: para o Mestre e para os irmãos. 

 

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