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domingo, 27 de agosto de 2017

EVANGELHO DO DIA 3 DE SETEMBRO - 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM

03 setembro - Precisamos ter paciência também conosco mesmos. (S 196). São Jose Marello
 

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 16,21-27

"A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: "Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!" Jesus, porém, virou-se para Pedro e disse: "Volte para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!" Então Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta." 

Meditação:

O Evangelho deste Domingo reflete um momento crítico da vida do Senhor Jesus. Ele sabe que será massacrado por seus inimigos, sabe que a vinda do Reino de Deus passaria pelo desastre da cruz.

Agora, anuncia isso aos apóstolos: iria sofrer e morrer para ressuscitar. Pedro não compreende como isso possa ser possível, não aceita tal caminho para o Mestre: “Deus não permita tal coisa, Senhor!” Eis que drama: a atitude de Pedro é a de muitos de nós: não compreendemos o caminho do Senhor, seu sofrimento e sua cruz.

Esse caminho do Senhor está presente na nossa vida; e nós não somos capazes de acolhê-lo, de perceber aí o misterioso desígnio de Deus.

Nossa lógica, infelizmente, é tão mundana, tão terra-terra, tão presa à humana racionalidade. A dura reprimenda do Senhor a Pedro vale também para nós: “Tu és para mim pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens”.

Não nos iludamos: trata-se de duas lógicas sem acordo: não se pode abraçar a sede louca do mundo de se dar bem a qualquer custo, de possuir tudo, de viver sempre no sucesso e no acordo com todos e, ao mesmo tempo, ser fiel ao Evangelho, tão radical, tão contra a corrente.

Vale para nós – valerá sempre – o desafio de Jesus: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida?” 

Olhemos o Cristo, pensemos no seu caminho e escutemos a palavra do Senhor a nós, seus discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la!”

Renunciar-se, tomar a cruz por causa de Jesus... por causa dele! Não há, não pode haver outro caminho para um cristão! Qualquer outra possibilidade é ilusão humana!

Estejamos atentos, que o Deus de Jesus – e o próprio Jesus é Deus! – nos coloca em crise. Nosso Deus não é um Deus fácil, manipulável, domesticável: ele seduz, atrai, e sua sedução no coloca em crise porque nos faz pensas as coisas de Deus, não as dos homens e isso nos faz nadar contra a corrente.

Por mais que quiséssemos, já não seria possível esquecê-lo, fazer de conta que não o encontramos um dia! É o drama do profeta Jeremias na primeira leitura deste hoje: “Tu me seduziste, Senhor!”

É o que afirma o coração do Salmista: "Sois vós, ó Senhor, o meu Deus: a minha alma tem sede de vós, como terra sedenta e sem água! Vosso amor vale mais do que a vida!”

Que fazer? Por um lado, experimentamos a sede de Deus, a vontade louca de seguir de todo o coração o nosso Senhor Jesus, por outro lado, os apelos de um mundo soberbo e satisfeito consigo mesmo, atanazam o nosso coração... que fazer? Como abraçar sinceramente a lógica do Evangelho?

Há só um modo de seguir adiante, de ser cristão de verdade: o caminho da conversão. Não é um caminho fácil: é difícil, doloroso, mas libertador.

São Paulo exorta-nos a tal caminho: “Eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual”

Seguir o Cristo é entrar no seu caminho, é, em união com ele, fazer-se sacrifício agradável a Deus, deixando-se guiar e queimar pelo Espírito do Cristo crucificado e ressuscitado. 

O Apóstolo nos previne claramente: “Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito”.

 Não tomar a forma do mundo, não viver como o mundo, com sua maneira de pensar e de avaliar as coisas. Só assim poderemos compreender a vontade de Deus – e ela passa pela cruz e ressurreição do Senhor!

 Pensemos bem! Os cristãos não são mais perseguidos por soldados, já não são crucificados, jogados às feras ou queimados vivos.

Hoje, o mundo nos combate invadindo nossa casa e nosso coração com tanta superficialidade e tanto paganismo, acirrando nossos instintos e explorando nossas fraquezas; hoje o mundo nos ataca nos ridicularizando, fazendo crer que o cristianismo é algo do passado, opressor e castrador...

Quantos cristãos – até padres, freiras, pastores e teólogos – enganam-se e enganam pensando que se pode dialogar com o mundo...

O mundo crucificou Jesus; o mundo crucifica o Evangelho; o mundo nos crucificará se formos fiéis ao Senhor. Estamos dispostos a pagar o preço? “O que poderá alguém dar em troca de sua vida?”

A única atitude realmente evangélica diante do mundo é o anúncio inteiro do Cristo, com todas as suas exigências - sem disfarçar, sem esconder, sem se envergonhar... E isso com paciência, com amor, com todo respeito.

Levantemo-nos! Sigamos o Senhor até a cruz, para estar com Ele na ressurreição.

Reflexão Apostólica:

Jesus neste Evangelho nos dá o direcionamento para que sejamos seus seguidores: renunciarmos a nós mesmos e tomarmos a nossa cruz.

Significa, abdicar dos nossos planos humanos, assumir os encargos de nossa responsabilidade e não tentar escapar das dificuldades para facilitar a experiência uma “boa vida”.

Em nenhum momento na Sua Palavra, Jesus nos promete uma vida sem aflições nem dores. Pelo contrário, apesar do homem recusar o sofrimento e a dificuldade como foi o caso de são Pedro, Jesus nos adverte de que qualquer pensamento contrário vem do maligno, somente com o intuito, de nos enganar e iludir.

No pensamento de Deus está tanto a luta como a vitória. “O que pode dizer aquele que não experimentou?” Deus é maior que todos os nossos problemas.

Quem pretende à força, pela sua própria capacidade, salvar a sua vida fugindo das ocasiões de aprendizado, terá uma existência apagada e medíocre e nunca provará do sabor de uma vitória.

Quando perdemos a nossa “vida cômoda”, para seguirmos a Jesus e ao Seu Evangelho, aí sim, é que a encontraremos e veremos realizados todos os nossos anseios interiores.

No evangelho encontramos um belo esquema catequético "sobre o discipulado como seguimento de Jesus até a cruz". Jesus coloca de manifesto a seus discípulos que o caminho da ressurreição está estritamente vinculado à experiência dolorosa da cruz.

O núcleo principal é o primeiro anuncio da paixão. Porém, ainda os discípulos, simbolizados na pessoa de Pedro, não compreenderam esta realidade.

 Eles estão convencidos do messianismo glorioso de Jesus que se situa dentro das expectativas messiânicas do momento.

Jesus rejeita enfaticamente esta proposta, pois a vontade do Pai não coincide com a expectativa de Pedro e dos discípulos. Por isso Pedro aparece como instrumento de Satanás diante de Jesus, para obstaculizar sua missão.
O mestre convida o discípulo a segui-lo porque ainda não alcançou a maturidade do discípulo. Na seqüência Jesus se dirige a todos os discípulos para dizer a eles que o caminho do seguimento por parte do discípulo também comporta a cruz.

Não há verdadeiro discipulado se não se assume o mesmo caminho do Mestre. O anuncio do evangelho traz consigo perseguição e sofrimento.

Tomar a cruz significa participar da morte e ressurreição de Jesus. A perda da vida por causa de Jesus habilita o discípulo para alcançá-la em plenitude junto de Deus.
No batismo fomos consagrados sacerdotes e profetas e reis. Portanto, a dimensão profética de nossa fé é intrínseca à consagração batismal.

Hoje não podemos prescindir do profetismo no seguimento de Jesus. E sabemos que as conseqüências do profetismo, vinculado estreitamente à missão evangelizadora, são a oposição, a perseguição, a rejeição e o martírio.
Muitos homens e mulheres, em distintas partes do mundo, doaram a vida pela causa da fé e pela defesa dos valores evangélicos.

Se queremos seguir Jesus em fidelidade, teremos que enfrentar muitas contradições, caminhar na contramão do que propõe a ordem estabelecida, a cultura imperante e a globalização do mercado, que não é outra coisa senão a globalização da exclusão.

Gostaríamos de viver um cristianismo cômodo, sem sobressaltos, sem conflitos. Porém, Jesus é claro em seu convite: é preciso tomar a cruz, arriscar a vida, perder os privilégios e seguranças que a sociedade nos oferece, se queremos ser fiéis ao evangelho.

É bom o questionamento: Como vivemos na família e na comunidade cristã a dimensão profética de nosso batismo? Estamos dispostos a correr os riscos que implica o seguimento de Jesus? Conhecemos pessoas que viveram a experiência do martírio pelo evangelho? Será que já não é tempo para mártires, ou o que é para mártires de outra maneira? Diante do que Jesus fala, quem poderá se dizer cristão, hoje? Você pode? Como os homens estão vivendo hoje na sua maioria? O que significa “ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida?” Você já pensou nisso?
Seguir Jesus e tomar sua cruz significa rejeitar os critérios de sucesso deste mundo e comprometer-se com a construção do mundo novo de fraternidade, justiça e paz, sem temer as adversidades que surgirão.

Reflitamos sobre isso hoje, para que, quando chegar a dificuldade,estejamos, mais confiantes e submissos (as) à vontade de Deus.
      
Propósito:
Ó Deus, amor eterno, que geraste a todos os seres e os envolves em tua ternura materna. Acrescenta em nós uma atitude de confiança radical na bondade da Vida e da Existência, para que sejamos também criadores de Vida por Amor.
VOCÊ PODE MUITO!
Dificuldades são aquelas coisas que mostram a uma pessoa quem ela realmente é.  

Você, provavelmente, não terá hoje a oportunidade de salvar o mundo todo. Mas – com certeza – você pode trazer uma nova luz em seu mundo. Muito possivelmente, você não poderá fazer, no dia de hoje, tudo o que você planejou. Porém, você pode, com toda certeza, fazer um real e duradouro progresso. 

As pessoas com as quais você está em contato, talvez, não o estejam apreciando ou compreendendo. Porém, ainda assim, você pode ter um positivo impacto em algumas dessas vidas. Os eventos do dia de hoje podem não seguir exatamente os seus planos. Porém, ainda assim, você pode criar valores a partir de tudo que vier até você. 

Dê as boas vindas a este glorioso e imperfeito dia. Por que? Porque é ele que traz a perfeita oportunidade de viver - pela graça de Deus – dentro de uma atmosfera de contínuo crescimento pessoal.

Evangelho do dia 2 de setembro sábado

02 setembro - A tristeza é inimiga do bem. (S 197). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 25,14-30

"O Reino dos Céus é também como um homem que ia viajar... Chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens: a um, cinco talentos, a outro, dois e ao terceiro, um... O servo que havia recebido cinco talentos... lucrou outros cinco... o que havia recebido dois lucrou outros dois. Mas aquele que havia recebido um só... escondeu o dinheiro do seu senhor. ... o senhor voltou e foi ajustar contas com os servos. Aquele que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: 'Senhor... Aqui estão mais cinco que lucrei'. O senhor lhe disse: 'Parabéns, servo bom e fiel!..'.. o que havia recebido dois talentos disse: 'Senhor... Aqui estão mais dois que lucrei'. O senhor lhe disse: 'Parabéns...'; aquele que havia recebido um só talento disse: 'Senhor... fiquei com medo e escondi o teu talento no chão...'. O senhor lhe respondeu: 'Servo mau e preguiçoso!... Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros... Em seguida, o senhor ordenou: '...quanto a este servo inútil, lançai-o fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes!'." 

Meditação:

Esta longa parábola de Mateus tem um enredo que causa estranheza. Nela encontramos alguma semelhança com fatos da vida real, característicos de uma sociedade oportunista de mercado e lucro. Por sua complexidade pode-se perceber que, a partir de um dito de Jesus, sofreu acréscimos ao ser transmitida.

Mateus a insere no discurso escatológico de Jesus para estimular à operosidade as suas comunidades vacilantes e inertes, à espera da uma parusia que tardava.

Não basta estar preparado, esperando passivamente a manifestação de Jesus. É preciso arriscar e lançar-se à ação, para que os dons recebidos frutifiquem e cresçam. Jesus confiou à comunidade cristã a revelação da vontade de Deus e a chave do Reino. No julgamento, ele pedirá contas por esse dom. A comunidade o repartiu e o fez crescer, ou o escondeu dos homens?

Tudo o que nós recebemos de Deus vem na medida certa, de acordo com a nossa capacidade, nem mais nem menos do que poderíamos receber. Portanto, cabe a cada um de nós assumirmos os talentos que Dele recebemos com humildade e perseverança, pois seremos cobrados pelo que auferimos.

Às vezes nos subestimamos e entendemos que não possuímos dons como as outras pessoas e nos negamos a perceber qual a aptidão que nos foi presenteada por Deus. Neste caso estamos enterrando o talento, pois não queremos assumi-lo por falsa modéstia, por preguiça, por comodismo e até por orgulho.

Aquele (a) que se acha muito pequeno (a) e, por isso, se encosta e se acomoda está cometendo um erro incorrigível. Será tirado dele (a) até o dom que ele (a) tinha inclinação para fazer prosperar e não o fez porque não o colocou em prática.
Achar-se
muito sem capacidade e não confiar na capacidade de Deus é o grande pecado de muitos de nós.

Não se pode esquecer o principio de proporcionalidade ao interpretar a parábola de hoje. O viajante dá a cada um "segundo sua capacidade", segundo a medida de suas possibilidades e não segundo sua ambição ou sua incapacidade de assumir as responsabilidades. Ao ler esta parábola nos damos conta de que nossa atitude não é a de dar mais, mas de pedir mais.
Não temos uma oração de ofertas, mas sim de petições. Queremos mais, mas fazemos muito pouco com aquilo que já temos. Deixamos-nos arrastar pela lógica do consumo, do acúmulo, do ter. A parábola nos propõe um desafio ao nos perguntar o que fazemos com o que recebemos e que podemos dar.
A parábola não diz que quem já dá tem que dar mais, mas que cada um tem que compartilhar de acordo com suas possibilidades. Alguns darão mais porque receberam mais; outros darão menos porque produziram menos, mas todos os que dão devem oferecer cem por cento de suas possibilidades. Dar é questão de atitude generosa e não de posse egoísta.

O que você tem feito com os seus dons? Você se acha muito sem expressão, incapaz de realizar alguma coisa? Não será porque você está confiando somente em você mesmo (a) e esquecendo-se Daquele que lhe deu a vida? Você não acha que a sua vida já é um dom muito precioso? O que você tem feito dela?

Reflexão Apostólica
Infelizmente, no passado, o significado desta parábola foi habitualmente confundido, ou pelo menos muito reduzido. Quando escutamos falar dos talentos, pensamos imediatamente nos dons naturais de inteligência, beleza, força, capacidades artísticas. A metáfora é usada para falar de atores, cantores, comediantes...

O uso não é totalmente equivocado, mas sim secundário. Jesus não pretendia falar da obrigação de desenvolver os dons naturais de cada um, mas de fazer frutificar os dons espirituais recebidos dele. A desenvolver os dotes naturais já nos impulsiona a natureza, a ambição, a sede de lucro. Às vezes, ao contrário, é necessário frear esta tendência de fazer valer os próprios talentos, porque pode converter-se facilmente em afã por fazer carreira e por impor-se sobre os demais.

Os talentos dos quais Jesus fala são a Palavra de Deus, a fé, ou seja, o Reino que Ele anunciou. Neste sentido, a parábola dos talentos se conecta com a do semeador. À sorte diferente da semente que ele lançou – que em alguns casos produz sessenta por cento; em outras, ao contrário, fica entre os espinhos, ou são comidas pelos pássaros do céu –, corresponde aqui o diferente lucro realizado com os talentos.

Os talentos são, para nós, cristãos de hoje, a fé e os sacramentos que recebemos. A palavra nos obriga a fazer um exame de consciência: que uso estamos fazendo destes talentos? Nós nos parecemos com o servo que os faz frutificar ou com o que os enterra? Para muitos, o próprio batismo é verdadeiramente um talento enterrado. Podemos compará-lo a um presente que se recebeu de Natal e que foi esquecido num lugar, sem nunca tê-lo aberto ou jogado fora.

Os frutos dos talentos naturais acabam conosco ou, quando muito, passam aos herdeiros; os frutos dos talentos espirituais nos seguem à vida eterna e um dia nos valerão a aprovação do Juiz divino: «Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, e por isso eu te darei autoridade sobre o muito: toma parte no gozo de teu senhor».

Nosso dever humano e cristão não é só desenvolver nossos talentos naturais e espirituais, mas também de ajudar os demais a desenvolverem os seus.
No mundo moderno existe uma profissão que se chama, em inglês, talent-scout, descobridor de talentos. São pessoas que sabem encontrar talentos ocultos – de pintor, cantor, ator, jogador de futebol – e os ajudam a cultivar seu talento e a encontrar um patrocinador.
Não o fazem de graça, naturalmente, nem por hobby, mas para ter uma porcentagem em seus lucros, uma vez que se afirmaram.

O Evangelho nos convida a ser talent-scout, «descobridores de talentos», mas não por amor ao lucro, e sim para ajudar quem não tem a possibilidade de afirmar-se sozinho.
Propósito:
Pai, transforma-me em discípulo responsável que sabe aproveitar cada circunstância para fazer frutificar os dons que me concedes, colocando-os a serviço do meu próximo.

MILAGRES E…MAIS MILAGRES
Só existe duas maneiras de se viver a vida; pode-se viver como se nada fosse um milagre, a outra maneira é compreender que tudo é um milagre.   Albert Einstein

Hoje você já experimentou vários milagres. A sua vida é ainda um milagre maior. Sentir o calor do sol batendo no seu rosto pode parecer algo simples e banal. Porém, essa simples experiência só é possível por uma combinação de inimagináveis e profundos complexos fatores; e todos esses fatores trabalham harmoniosamente para que você tenha tal experiência. 

E quando um circulo maravilhoso é concluído, outro se inicia. Até mesmo o mais aparente simples e ordinário momento é a manifestação de magníficos milagres, cada um seguindo outro rapidamente e vindo logo outro a seguir. É tão fácil achar que tudo isso é algo corriqueiro e sem muito valor… 

Celebre os milagres que vem até você numa base diária – são portentosos e magníficos atos de Deus sobre a sua vida. Portanto, todo dia, todo momento, cada segundo é momento para uma maravilhosa celebração.

Evangelho do dia 1 de setembro sexta feira

01 setembro - A maldade não entra no Céu. (S 196). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 25,1-13
 ""O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas, saíram para formarem o séqüito do noivo. Cinco delas eram descuidadas e as outras cinco eram previdentes. As descuidadas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram jarros com óleo junto... Como o noivo demorasse, todas acabaram... dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: 'O noivo está chegando. Ide acolhê-lo!' Então todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As descuidadas disseram às previdentes: 'Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando'. As previdentes responderam: 'De modo algum, pois o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores". Enquanto elas foram... o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram também as outras e disseram: 'Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!' Ele, porém, respondeu: 'Em verdade vos digo: não vos conheço!' Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora." 

Meditação:
 Mateus apresenta algumas narrativas parabólicas que, além do ensinamento que pretendem transmitir, envolvem características negativas.
Em duas ocasiões distintas Jesus contou duas parábolas cujo conteúdo apela pela prudência e pela vigilância antes de sua morte destacando-se o tema da preparação para a vinda do Senhor. A das dez virgens (Mt 25,1-13) e a dos talentos (Mt 25,14-30).
Nesta parábola de hoje, percebe-se a falta de solidariedade da parte das moças "prudentes" em relação às "imprudentes", bem como a resposta final, excludente e intolerante, do noivo.

Todas estavam presentes; todas estavam esperando o noivo; todas se sentiam satisfeitas com a sua preparação, pois estavam cochilando e dormindo, e todas tinham lâmpadas.

A diferença entre as cinco virgens prudentes e as cinco tolas era que as cinco prudentes trouxeram óleo junto com suas lâmpadas. O tempo da preparação tinha-se passado.

Enquanto as virgens tolas estavam comprando óleo, o noivo chegou e elas foram deixadas fora do casamento para sempre. Como você está esperando pelo seu Senhor? Você está vigiando? A que temperatura está o termômetro da tua prudência? Jesus decretou a sentença tanto para as dez virgens como para mim e para ti: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” na qual o Filho do Homem vem!.

Na segunda parábola, um homem que ia viajar para um país distante confiou talentos aos seus servos. A um ele deu cinco, a outro dois e a outro um, distribuindo-os de acordo com a capacidade de cada servo. Os dois servos, um com cinco e o outro com dois talentos, duplicaram o que lhes tinha sido confiado, resultando em louvor e recompensa de seu senhor. O servo com um talento, agindo com temor, foi preguiçoso. Ele escondeu o talento que lhe havia sido dado em vez de usá-lo para obter rendimentos, suscitando a ira de seu senhor e a perda do talento que lhe havia sido entregue. Como e onde você escondeu tudo o que recebeu de Deus?

Há muita semelhança entre as duas parábolas. Vemos nestas duas parábolas a grande e muita expectativa pelo Senhor que vem. As dez virgens estavam esperando o noivo. Os servos sabiam que seu senhor voltaria. O noivo, ou o senhor, que retorna, naturalmente, é Jesus Cristo. Ele há de voltar. Não há desculpas a quem deixa de aguardar sua volta.

Todas as dez virgens tinham feito alguma preparação. Os dois servos, um com cinco e o outro com dois talentos, tinham-se preparado, obviamente; e até mesmo o servo com um talento tinha feito alguma preparação, mantendo cuidadosamente em segurança seu único talento até a volta de seu senhor. Por isso não fique de braços cruzados. Prepare-se para a vinda do teu Senhor. Em breve Ele chegará. Note que, como vimos nas duas parábolas, há preparação adequada contrastada com negligência. Não houve o despreparo completo, mas negligência: negligência em abandonar algum mau hábito; negligência em confessar os pecados cometidos; negligência em desenvolver os frutos do Espírito; negligência em tirar vantagem completa das oportunidades que Deus coloca diante deles; em resumo, negligência em tornar-se como seu Senhor. Como vai a tua preparação? Está sendo com inteligência ou negligência?

É verdade que nas duas parábolas houve demora na chegada. “E, tardando o noivo”. O senhor dos servos voltou “depois de muito tempo”. Só que isso não deve ser motivo para o desleixo. É muito fácil para as pessoas mal interpretarem a demora da vinda do Senhor. Elas vêem isso como motivo para descuido e descrença, quando deviam vê-la como evidência da longanimidade do Senhor que conduz à salvação. E você, como tem agido ante a demora de Deus?

Aqui não vale encostar-se à sua esposa, marido, pais ou filhos. A responsabilidade individual. As virgens prudentes não podiam compartilhar seu óleo com as tolas. O servo de um talento não podia sentir-se confortável com o fato de oito talentos terem-se tornado quinze. Cada um tinha que prestar contas pelo que tinha feito pessoalmente. Assim será quando o Senhor retornar. Nenhum pai será capaz de partilhar um pouco da sua fidelidade com os seus filhos; nenhum esposo com a sua esposa ou vice-versa; nenhum amigo com outro amigo. Ninguém poderá se gabar dizendo “veja o que nós fizemos”; ele só pode obter a graça na base de sua própria preparação e prudência. A salvação é individual e não coletiva.

Deus nos conhece pelo nome e assim nos trata. No final de tudo haverá a escolha. Deus há de mandar os seus anjos para separar os bons dos maus. As cinco virgens prudentes entraram com o noivo no casamento, enquanto as cinco tolas não puderam entrar. Os servos dos cinco e dos dois talentos entraram na alegria de seu senhor, enquanto o de um talento foi lançado fora, nas trevas. A expressão “Fechou-se a porta”, encontrada na parábola das dez virgens, é uma das expressões mais tristes nas Escrituras para todos aqueles que não estiverem preparando prudentemente a vinda do Senhor.

 Reflexão Apostólica:
 Esta parábola insere-se no tema escatológico da vigilância. Os discípulos devem estar vigilantes. Na perspectiva da escatologia presente, isto significa que devemos estar atentos e operosos em relação às necessidades dos pobres e excluídos, entre os quais encontra-se o próprio Jesus que, mais uma vez Jesus nos convida à vigilância e nos dá como exemplo a parábola das virgens previdentes e imprevidentes.

Adaptando a história à nossa existência nós podemos refletir acerca da nossa trajetória aqui na terra enquanto estamos nos preparando para um dia ir ao encontro do “noivo”.

Todos nós sabemos que a nossa vida é breve e que um dia nós faremos a viagem em busca do reino que nos foi prometido por Deus. O noivo é Jesus e a noiva é a nossa alma que tem sede de encontrá-Lo.

O tempo em que vivemos aqui na terra é a oportunidade que nós temos para, também como as jovens previdentes, providenciarmos o “óleo” que mantém a lâmpada da nossa alma acesa.

O óleo que conserva acesa a chama do amor de Deus no nosso coração, nós o encontramos quando buscamos viver a fé que provêm da oração, o consolo que nos dá o Espírito Santo, é a alegria de uma vida voltada para Deus.

Quando nós vivemos somente entregues às coisas que o mundo nos acena e temos o coração ligado às coisas passageiras nós esquecemos de alimentar a nossa alma e, com certeza, nos faltará luz para atravessar o vale escuro no caminho que nos levará para outro estágio da nossa vida.

As jovens imprudentes, talvez vivessem uma vida despreocupada de Deus, achando que buscando somente as coisas do mundo, na hora da necessidade, Deus traria o óleo para suas lâmpadas.

Muitas vezes nós também ficamos como que meio adormecidos (as), anestesiados (as) pelas preocupações com trabalho, com sobrevivência, amealhando dinheiro, confiantes de que ainda temos muito tempo de vida para só depois pensarmos nas coisas de Deus.

Jesus, porém nos diz: “ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora”. O caminho que nós precisamos atravessar é escuro e haverá um momento em que a porta se fechará.

Por isso, precisamos nos preparar! Enquanto é tempo toda hora é hora para adquirirmos o que manterá a nossa lâmpada acesa.
É na intimidade com a Palavra de Deus que nós vigiamos à espera do noivo que virá um dia nos levar para a morada que Ele mesmo nos preparou.

Onde você está buscando o óleo para conservar a sua lâmpada acesa? Qual será o óleo que está faltando para que você esteja com a sua lâmpada acesa? Você vive fraternalmente com as pessoas? Como você tem tratado as pessoas na sua casa? O que você faz quando não simpatiza com alguém?

Os discípulos do Reino devem sempre se lembrar de que estão a caminho do encontro com o Senhor. O desconhecimento desta hora exige que o discípulo esteja sempre preparado, pois a falta de cautela, por menor que seja, poderá causar-lhe danos irreparáveis.

As moças sensatas da parábola simbolizam os discípulos que, com fidelidade, sempre traduziram em projeto de vida os ensinamentos de Jesus. Já as moças imprudentes correspondem aos discípulos que, apesar de terem escutado as palavras do Mestre, não fizeram delas seu projeto de vida.

O encontro com o Senhor não pode ser improvisado. Cada discípulo tem a vida inteira para prepará-lo. Afinal, este pode acontecer a qualquer momento. A ninguém é dado conhecer de antemão quando o Senhor virá pedir-lhe contas. É insensato perder as chances de preparação que lhe são oferecidas.

Por outro lado, esta preparação deve ser feita, individualmente, sem que haja a possibilidade de alguém transferir seus méritos para outrem. É a advertência contida nas palavras do Mestre: as moças prudentes, que trouxeram azeite de reserva, não podem partilhar de seu azeite com as insensatas que não tiverem o bom senso de ficar preparadas.

A comunhão definitiva com Jesus exige do discípulo do Reino um esforço contínuo para deixar-se guiar por seus ensinamentos. Os descuidados que se cuidem!        
Propósito:
Pai, seja a minha vida uma contínua preparação para o encontro contigo e com teu Filho Jesus. Que nada seja suficientemente forte para frustrar este encontro tão esperado.

UMA QUESTÃO DE FOCO
Realmente não é difícil manter o seu foco; o que você precisa fazer é deletar alguns hábitos negativos que você tem desenvolvido.  

Você sempre obtém mais daquilo que você está focando. Então, no que é que você está focado neste exato momento? O seu foco são problemas, distrações, frustrações e as chateações desse mundo? Ou você está focado no seu sonho, suas grandes possibilidades, suas paixões positivas e nas coisas que realmente tem genuíno de duradouro valor? 

Sim, existe uma variedade de coisas negativas e destrutivas nas quais você pode decidir focar. Porém, ao mesmo tempo existe uma quantidade ainda maior de coisas positivas que você também pode decidir focar e experimentar o melhor que esta vida pode lhe oferecer. 

Focar no que é positivo, produtivo, capacitado é algo até mesmo muito divertido e carregado de gratificação pessoal. Foque no melhor que você pode imaginar e veja todas aquelas coisas maravilhosas viajar abundantemente para sua direção.

Evangelho do dia 31 de agosto quinta feira

31 agosto - Se Gregório VII, filho de um pobre fabricante de barris, conseguiu revolucionar o mundo e fundar uma civilização nova sobre as ruínas do barbarismo, foi porque sentia o
poder da "combinação" diária com o seu Deus, razão pela qual se tornava, de simples que era, homem de uma têmpera divina. (L 9 ). SÃO JOSE MARELLO
Mateus 24, 42-51.

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos:  "Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor. Sabei que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso, estai também vós preparados porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes. Quem é, pois, o servo fiel e prudente que o Senhor constituiu sobre os de sua família, para dar-lhes o alimento no momento oportuno? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, na sua volta, encontrar procedendo assim! Em verdade vos digo: ele o estabelecerá sobre todos os seus bens. Mas, se é um mau servo que imagina consigo: - Meu senhor tarda a vir, e se põe a bater em seus companheiros e a comer e a beber com os ébrios, o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e na hora em que ele não sabe, e o despedirá e o mandará ao destino dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes. "


1º Meditação:

Este texto de Mateus é a conclusão do "discurso escatológico", sobre o fim dos tempos. Este "discurso" é uma coleção de textos que se constituíram como tradição das comunidades de discípulos de Jesus. 
Jesus pede aos seus discípulos que vivam em atitude de vigilância esperando Sua vinda. A parábola que lemos hoje é dedicada aos homens que têm uma responsabilidade ou cargo público na comunidade em que vivem. Essa parábola serve para que eles vejam que suas atitudes de vigilância e zelo consistem no cumprimento de seus deveres.

Não pensemos que esperar Jesus seja simplesmente assumir uma atitude de santidade para nós mesmos, fechando-nos e isolando-nos do mundo real, que necessita de nós para ser um espaço melhor de convivência.
Jesus chega a nós constantemente nas várias realidades, e temos de estar preparados com a oração, a partir de uma atitude de conversão sempre aberta à mudança, a partir da justiça e da misericórdia, para reconhecê-lo vivo e presente.
Estejam vigilantes é estar buscando constantemente a construção do reino de Deus, em nossa família, em nossa comunidade, em nosso trabalho e em outras realidades que fazem parte de nosso universo cotidiano. Deus chega no simples, por meio do que às vezes não conta para nós; no pequeno se mostra grande, no simples se revela extraordinário.
Hoje, como cristãos, devemos de chegar a reconhecer Jesus como a fonte da qual emerge nossa vocação e serviço para a comunidade. Jesus vem constantemente à nossa vida de uma maneira muito concreta, nos mais necessitados de sua misericórdia; e não somente nos pobres, marginalizados, excluídos e enfermos, mas também naqueles que buscam uma palavra de compreensão de ânimo, de esperança, e serem ouvidos, valorizados e respeitados. 

Me fazes perceber Senhor que toda minha vida cristã tem que se caracterizar por uma atitude de vigilância fundamentada na esperança. Temos sempre que estar à espera de Jesus Cristo que veio ao mundo, que morreu e ressuscitou por nós, e que vem ao nosso encontro através dos sacramentos. Na hora da nossa morte temos de estar preparados para encontrar com Cristo.

À luz do Evangelho me dou conta de que o ladrão é o mal que se introduz com habilidade e com astúcia em nossas vidas e pode chegar a ferir a alma, o  Senhor me previne, pede que eu esteja sempre em vigília para que isso não ocorra. Tenho que entender tudo isso muito bem, e com Tua recomendação, Senhor, me dou conta que, sozinho, eu não posso cuidar nem defender minha casa. Mas tenho a segurança de contar com a ajuda do Espírito Santo - melhor guia não há em nossas vidas.

Te dou graças Senhor, pela oportunidade que ainda me concedes: a de preparar bem o encontro que terei Contigo ao final de minha vida. Não há melhor preparação que contar com a ajuda do Espírito Santo para me empenhar por conhecê-Lo cada vez mais e assim amar-Te, gravando Teu rosto em minha alma. A fidelidade aos Teus ensinamentos, a vida sacramental, a oração, o esforço em viver as virtudes e o amor ao meu próximo serão decisivos para que eu tenha um bom, feliz e definitivo encontro Contigo, Senhor.

Reflexão apostólica:

 Já pensou se você recebesse um e-mail agora de uma pessoa perigosa  dizendo que a sua morte  seria amanhã às 15 horas?  Ou se o seu médico  lhe esse um mês de vida?  Ou se num julgamento o juiz tenha lhe condenado a pena e morte? Como você estaria agora? Sentado na varanda tomando uma cerveja geladinha na maior tranqüilidade? Acho que não! Você estaria apavorado(a). Já teria tomado todas as providências possíveis: Jurídicas,  religiosas, sociais, econômicas e familiares.

Já teria registrado queixa na delegacia? Já teria se confessado? Já telefonou para todos os amigos se despedindo ou recomendando a algum cuidado para com a sua família? Já explicou tudo em casa, sobre a herança, sobre a segurança do prédio, etc? Ou não teria feito nada disso?  Porque você está em pânico, moleque!  Você vai morrer. Esqueceu?

Realmente não seria uma boa idéia a gente ficar sabendo o dia e a hora em que vamos morrer. É por isso que Deus nos poupou desse terrível sofrimento.

Do mesmo modo, se você ficasse sabendo que existem uns ladrões planejando invadir a sua residência hoje à noite, ou assaltar a sua loja, na terça de manhã... Você tomaria todas as providências para impedir isso e, principalmente, para prender os bandidos.       

No evangelho e hoje, Jesus nos adverte sobre o fim dos tempos. Trata-se da vigilância e do julgamento final, com a condenação de quem não está preparado  e a salvação daqueles que estiverem em estado e graça no dia de sua morte. 
 É uma visão escatológica que teve origem no Primeiro Testamento, em que prevalece a figura do Deus poderoso e punitivo.
       
Aqui, vemos a ação  amorosa de Jesus nos prevenindo para que não sejamos pegos de surpresa  no último momento e nossa vida.

Vamos estar sempre prevenidos, praticando o bem e evitando tudo que nos afasta de Deus e do merecimento da vida eterna, quando chegar a nossa hora. E cuidando sempre para que estejamos  em permanente estado de graça.
 Cometeu um pecado, a consciência lhe deu o sinal de alerta? Procure um sacerdote imediatamente para uma confissão.   Vai viajar, ou se aventurar em qualquer atividade perigosa? Primeiro certifique-se com um bom exame de consciência se você não estaria precisando de uma confissão.

É isso aí. Viver hoje como se fosse morrer amanhã, e aprender agora como se fosse viver para sempre.

Vigiar é para o apóstolo a atitude dinâmica e responsável ao serviço da missão da Igreja de Cristo. Vigiar é estar atendo à vontade do Pai que quer que todos sejam um, sem privilegiados e excluídos. Estar sensível às necessidades de nossos irmãos, de modo a assumirmos o serviço como realização pessoal e partilha da vida.
 

Propósito:

Esperar o Senhor cumprindo fielmente meus deveres pessoais, familiares e sociais. Pai, faze de mim um servo fiel e prudente, disposto a pautar toda a sua vida pelos ensinamentos de teu Filho Jesus. Que eu jamais seja insensato!


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"Faz Senhor, que eu não desanime nem durma. E que meu Espírito esteja sempre desperto e em vigília, esperando Tua chegada. Porque o Senhor há de vir" (P. Marciel Macial, L.C. Saltério dos meus dias XII, 2.)
2º MEDITAÇÃO

 “(…) Duas virtudes nos são colocadas pelo Evangelho de hoje: fidelidade e prudência. Servo fiel é aquele que não precisa ser vigiado o tempo todo a fim de realizar tudo o que é da sua competência, é aquele que merece a confiança do seu senhor, o que não quer dizer submissão cega e inconseqüente, mas sim a pessoa ser totalmente responsável por aquilo que faz. Prudência significa agir com cautela, procurando evitar todo tipo de erro, fugindo de todo mal, principalmente do pecado e de suas conseqüências, o que não quer dizer covardia e medo, mas sim uma busca de maior consciência dos próprios atos.“ (CNBB)
 Este texto de Mateus é a conclusão do “discurso escatológico”, sobre o fim dos tempos. Este “discurso” é uma coleção de textos que se constituíram como tradição das comunidades de discípulos de Jesus. Tais textos escatológicos estão presentes, também, nos evangelhos de Marcos e Lucas.
 No de hoje, encontramos os temas da vigilância e do julgamento final, com a condenação de alguns em contraposição à salvação de outros. Esta visão escatológica tem origem no Primeiro Testamento, em que prevalece a figura do Deus poderoso e punitivo. O estímulo à ação é o temor. Com a revelação do Deus de amor, em Jesus, predomina a perspectiva da sedução pela ternura e mansidão do coração. Com a encarnação, realiza-se a presença do Deus de amor no tempo presente.

Trazemos dentro de nós um desejo e um anseio de eternidade. Por isso nos confundimos achando que permaneceremos para sempre instalados aqui neste mundo. Jesus nos exorta para que fiquemos vigilantes quanto ao fato da brevidade da nossa vida.
 Na verdade, estamos aqui apenas estagiando e necessitamos ter consciência do valor do nosso tempo e das descobertas que, a todo o momento, nós fazemos em relação ao projeto de Deus para bem vivermos a nossa existência terrena.
 Precisamos então todos os dias pesar, medir e contar os nossos atos, as nossas intenções, pedindo ao Senhor graças para que sejamos encontrados no nosso posto quando Jesus voltar.
 Nunca chegará o dia em que nós poderemos descansar e nos refestelar achando que já cumprimos toda a nossa missão. A cada dia o Senhor nos mostra algo novo para vivenciarmos e nos renova a fim de que possamos assumir a obra que Ele nos destinou.
 O nosso compromisso com Deus é em relação ao nosso irmão e o amor que vivermos será o parâmetro da fidelidade da nossa vida. “Por isso, também, fiquemos preparados,” porque é esta a mensagem do Senhor hoje para nós!

Você costuma se perturbar quando lhe falam da morte? Você tem desejo de eternidade? Será que seria bom viver somente aqui para esta vida: o que você acha disso? Você é vigilante? O que você espera do seu futuro? O que você acha que Deus ainda vai entregar a você, como compromisso?

Lembre-se! Para nós cristãos a vigilância tem um novo sentido. É estar atento às necessidades dos irmãos, particularmente os mais carentes, na busca da justiça.

No serviço e na partilha da vida, entra-se em comunhão com o próprio Jesus, hoje presente entre os irmãos. Hoje temos duas parábolas na forma comparativa, exortando à vigilância.
 A motivação é a expectativa da volta do Senhor. Enquanto é aguardada esta volta deve-se vigiar, para não ser pego de surpresa.
 Esta expectativa da “volta do Senhor” foi se frustrando com o tempo, dando lugar à visão mais realista do encontro com Jesus, já presente entre nós, no nosso próximo e irmão, principalmente nos mais carentes e necessitados. Vigiar é estar atento à vontade do Pai que quer que todos sejam um, sem privilegiados e excluídos.
 Temos aqui um texto típico de Mateus sobre o fim dos tempos. E por isso, devemos estar sensível, ou seja, atentos às necessidades de nossos irmãos, sobretudo os mais simples, humildes e excluídos, de modo a assumirmos o serviço como realização pessoal e partilha da vida para com eles, a fim de que eles nos venham a receber no reino dos Céus. São duas parábolas na forma comparativa, exortando à vigilância.
A motivação é a expectativa da volta do Senhor. Enquanto é aguardada esta volta deve-se vigiar, para não ser pego de surpresa.
 Esta expectativa da "volta do Senhor" foi se frustrando com o tempo, dando lugar à visão mais realista do encontro com Jesus, já presente entre nós, no nosso próximo e irmão, principalmente nos mais carentes e necessitados. Vigiar é estar atento à vontade do Pai que quer que todos sejam um, sem privilegiados e excluídos.
 É estar sensível e disponível para atender às necessidades de nossos irmãos, de modo a assumirmos o serviço como realização pessoal e partilha da vida.

 Reflexão Apostólica:

 Já pensou se você recebesse um e-mail agora de uma pessoa perigosa  dizendo que a sua morte  seria amanhã às 15 horas?  Ou se o seu médico  lhe esse um mês de vida?  Ou se num julgamento o juiz tenha lhe condenado a pena e morte? Como você estaria agora? Sentado na varanda tomando uma cerveja geladinha na maior tranqüilidade? Acho que não! Você estaria apavorado(a). Já teria tomado todas as providências possíveis: Jurídicas,  religiosas, sociais, econômicas e familiares.

Já teria registrado queixa na delegacia? Já teria se confessado? Já telefonou para todos os amigos se despedindo ou recomendando a algum cuidado para com a sua família? Já explicou tudo em casa, sobre a herança, sobre a segurança do prédio, etc? Ou não teria feito nada disso?  Porque você está em pânico, moleque!  Você vai morrer. Esqueceu?

Realmente não seria uma boa idéia a gente ficar sabendo o dia e a hora em que vamos morrer. É por isso que Deus nos poupou desse terrível sofrimento.

Do mesmo modo, se você ficasse sabendo que existem uns ladrões planejando invadir a sua residência hoje à noite, ou assaltar a sua loja, na terça de manhã... Você tomaria todas as providências para impedir isso e, principalmente, para prender os bandidos.       

No evangelho e hoje, Jesus nos adverte sobre o fim dos tempos. Trata-se da vigilância e do julgamento final, com a condenação de quem não está preparado  e a salvação daqueles que estiverem em estado e graça no dia de sua morte. 
 É uma visão escatológica que teve origem no Primeiro Testamento, em que prevalece a figura do Deus poderoso e punitivo.
       
Aqui, vemos a ação  amorosa de Jesus nos prevenindo para que não sejamos pegos de surpresa  no último momento e nossa vida.

Vamos estar sempre prevenidos, praticando o bem e evitando tudo que nos afasta de Deus e do merecimento da vida eterna, quando chegar a nossa hora. E cuidando sempre para que estejamos  em permanente estado de graça.
 Cometeu um pecado, a consciência lhe deu o sinal de alerta? Procure um sacerdote imediatamente para uma confissão.   Vai viajar, ou se aventurar em qualquer atividade perigosa? Primeiro certifique-se com um bom exame de consciência se você não estaria precisando de uma confissão.

É isso aí. Viver hoje como se fosse morrer amanhã, e aprender agora como se fosse viver para sempre.

IMPOSSÍVEL?
Ao tímido e hesitante tudo parece ser impossível; apenas parece.  

A única maneira do impossível continuar sendo impossível é se nada mudar. O conceito de impossibilidade é um conceito estático. Porém, - pela graça de Deus – você foi criado para ser uma força dinâmica, portanto, impossibilidade deve ser encarada de uma outra forma, além de uma simples e fria resignação ao impossível. 

Sim, algumas coisas podem parecer impossíveis neste momento, mas elas não precisam permanecer para sempre. Pense: quantas coisas boas e extremamente gratificantes você delas desistiu simplesmente porque creu ser impossível de serem alcançadas? Talvez seja a hora de reconsiderar cada uma delas. 

Focalize seus pensamentos na coisa mais maravilhosa que você possa visualizar e siga em frente na busca exatamente disso. Se não for possível hoje, com a graça e misericórdia de Deus ativa em sua vida, tudo será possível porque para Ele não existe impossíveis.

Evangelho do dia 30 de agosto quarta feira

30 agosto Cristo é um coeficiente infinito em nossos corações... E nós, pobres cifras do nada,podemos multiplicar-nos, aos poucos, até à grandeza dos valores infinitos. (L 11). SÃO JOSE MARELLO

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 23,27-32

"- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês são como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de podridão. Por fora vocês parecem boas pessoas, mas por dentro estão cheios de mentiras e pecados.
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fazem túmulos bonitos para os profetas e enfeitam os monumentos das pessoas que viveram de modo correto. E dizem: "Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não teríamos feito o que eles fizeram, não teríamos matado os profetas." Assim vocês confirmam que são descendentes daqueles que mataram os profetas. Portanto, vão e terminem o que eles começaram!"

Meditação
Mateus recolhe em sete a expressão: "Ai de vós", usada por Jesus, para introduzir as acusações dirigidas contra os escribas e fariseus. No Evangelho de hoje, temos os dois últimos “ai de vós” da seqüência. A repetição explícita, “ai de vós, escribas e fariseus hipócritas…”, mostra-nos a contundência da censura. Na ocasião das grandes festas, os sepulcros eram caiados para evitar algum contato involuntário de alguém que, assim, se tornaria impuro.
A indignação de Jesus contra os mestres da Lei e fariseus é tão grande, que Ele os compara a “sepulcros caiados”, pois têm a aparência exterior de um túmulo recém pintado de branco que tenta esconder uma realidade interior cheia de podridão. São eles aqueles que aparentando ser boas pessoas, escondem uma realidade de mentiras, pecados e nada comprometida com os preceitos morais.
Depois Jesus fala das edificações (sepulcros e sacrários), que ficam ao redor de Jerusalém, para os profetas martirizados. Ele acusa escribas e fariseus de serem descendentes (física e espiritualmente) dos responsáveis por esses martírios.
É desta forma, expressando seus “ais”, que Jesus mostra sua mágoa pela forma como escribas e fariseus fazem mau uso de sua liderança religiosa que deveria estar a serviço da comunidade e não servindo para exaltação e interesse próprio.
Este são os mesmos perigos que permeiam nossas comunidades, ainda hoje, e que prejudicam a vida espiritual de muitos. Certamente Jesus diria novamente um “ai”, se participasse das comunidades de agora.
Jesus continua a nos interpelar assim como fez com os mestres da Lei e os fariseus a respeito da sinceridade nas nossas “boas ações”.
A franqueza e a transparência devem ser um princípio básico nas nossas atitudes. O nosso coração deve dar o ritmo para as nossas realizações, do contrário, por mais esforço exterior que façamos as nossas obras denotarão sinal de morte e não de vida.
Seremos como sepulcros caiados, por fora, impecáveis, por dentro cheios de imundície. Assim também, em relação às palavras que pronunciamos, aos elogios fáceis e cheios de hipocrisia que emitimos com o intuito de agradar a alguém, enquanto o nosso coração, muitas vezes, até critica e reprova.
A verdade e a justiça devem permear as nossas atitudes, nem que doa. Jesus foi transparente e sincero quando disse: “Ai de vós, hipócritas”!
Será que somos nós, hoje, os mestres da Lei e os fariseus, falsos e cínicos? Como está a sua justiça? Ela é verdadeira? O que será que você poderá estar vivendo, só de fachada? Você gosta de criticar as falhas dos outros achando que não cairia no mesmo erro? Você costuma fazer alguma coisa somente para parecer “bonzinho - boazinha”? Você costuma refletir sobre as conseqüências das suas ações? Você tem costume de elogiar as pessoas somente para agradá-las?
Se a sua conduta não for diferente da dos mestres e doutores da Lei saiba que Jesus está dirigindo para você estas palavras: Ai de você fariseu, hipócrita e doutor ou doutora da Lei!

Reflexão Apostólica:
Uma nova manifestação do conflito entre fariseus e Jesus é apresentada no evangelho de hoje. Volta a crítica de fundo dos fanáticos proclamadores do cumprimento da lei; eles, como sepulcros caiados, estão cheios de corrupção e podridão.

Por outro lado, as comunidades cristãs daquele tempo sofriam uma dura perseguição por parte das instituições judaicas, que viam no cristianismo uma ameaça para a legitimidade de seus aparatos de domínio.

O fato de proclamar Jesus como Messias, o enviado, relativizava o absolutismo das grandes instituições, como o Templo, a Lei, o Culto e o Sinédrio. O projeto de Jesus constituía uma novidade alternativa, que colocava a dignidade da pessoa no centro das atenções, por ser amada e preferida por Deus.

Essa vida estava acima de toda lei, o que quer dizer que o confronto entre Jesus e a lei vai muito além de um assunto de obediência; trata-se de um assunto ético, em que a discussão central está no lugar que ocupa a vida humana. Hoje enfrentamos múltiplas instituições que, em nome dos interesses do povo, tiram-lhe a própria vida.

Hoje, mais que nunca, estamos precisando de vozes proféticas que se levantem e clamem pela paz, pela justiça e pela solidariedade, em um mundo que paradoxalmente se afoga, entre a complexidade das leis criadas para simplificar a vida.

A atitude do cristão diante da vida há de fundamentar-se no mandamento  do amor, que se realiza plenamente baseado na justiça, na liberdade e na verdade, e se manifesta na compaixão, eixos principais na construção do reino de Deus no mundo. O cristão não pode desdobrar-se para viver em duas dimensões divergentes ou desintegradas entre seus princípios e sua conduta.
Há de ser uma só pessoa em suas palavras e suas ações; porque o termo “hipócritas” que Jesus lança sobre os fariseus e escribas significa que eram uma coisa por fora e outra muito diferente em seu interior. Jesus exige que sejamos coerentes e sinceros como Deus o é; do contrário seremos vítimas de nós mesmos, por não sermos conseqüentes entre o que pensamos e o que fazemos.
Devemos sempre estar alertas em relação à nossa vivência da fé porque, se não nos cuidarmos, podemos criar um abismo muito grande entre o que falamos e o que vivemos ou, pior ainda, podemos viver uma religiosidade de aparências, uma religiosidade ritual em detrimento de uma real vivência de fé, de uma resposta pessoal aos apelos que nos são feitos para que assumamos os compromissos do nosso batismo a partir de uma vida verdadeiramente profética que denuncie os contra valores do mundo e anuncie a verdade dos valores que foram pregados por Jesus Cristo. Deste modo, a nossa vida religiosa não será simplesmente ritual, mas também compromisso.
Propósito:
 Senhor, arranca o meu coração de pedra, este coração duro e incircunciso. Dá-me um coração novo, um coração de carne, um coração puro (Ez 36, 26). Tu, que purificas os corações, que amas os corações puros, toma posse do meu coração e vem fazer nele a tua morada. Pai, torna-me de tal modo transparente que meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como um sepulcro caiado!

SEJA FORTE
Aquilo que vemos depende principalmente daquilo que estamos procurando.  

Quando os tempos são difíceis, torna-se difícil ser positivo. Porém, é exatamente nessas ocasiões que você pode tomar uma salutar e eficiente decisão. Quando nocauteado pelas circunstâncias, torna-se também difícil decidir sobre qual próximo passo tomar. Porém, esteja certo de que apenas sentir pena de si mesmo só fará com que as coisas se tornem piores do que estão. É difícil – sem dúvida alguma – se manter forte quando os desafios parecem ser insuperáveis. Mas em tempos assim – creia – você pode ser forte. 

É precisamente porque a vida pode se tornar extremamente difícil e dolorosa que ao mesmo tempo ela também pode ser linda e gratificante. Esses mesmos desafios que parecem ser impossíveis de serem superados, são os mesmos que dão a você a plataforma para viver uma vida magnífica e além de toda compreensão lógica. A vida pode ser terrivelmente injusta, difícil e cheia de demandas. Ainda assim, é impossível imaginar alguma coisa que possa ser mais linda e gratificante do que a própria vida. 

Ser forte em meio a dificuldades, em meio a adversidades não é uma questão de treinamento ou habilidade. Ser forte em meio a tempos de grandes desafios é graça de Deus. É também uma questão de decisão sobre a qual você é livre para tomar em qualquer momento. É uma decisão que pode lhe trazer um imenso valor e uma nova perspectiva para com a vida e para com o mundo que lhe cerca.

Evangelho do dia 29 de agosto terça feira

MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA
29 DE AGOSTO - O potencial do homem é indefinido; tudo depende do valor do coeficiente: dois fatores que se multiplicam, que se fundem e que se transfiguram num grande produto. (L 9). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 6,17-29

"Pois tinha sido Herodes mesmo quem havia mandado prender João, amarrar as suas mãos e jogá-lo na cadeia. Ele havia feito isso por causa de Herodias, com quem havia casado, embora ela fosse esposa do seu irmão Filipe. Por isso João tinha dito muitas vezes a Herodes: "Pela nossa Lei você é proibido de casar com a esposa do seu irmão!"
Herodias estava furiosa com João e queria matá-lo. Mas não podia porque Herodes tinha medo dele, pois sabia que ele era um homem bom e dedicado a Deus. Por isso Herodes protegia João. E, quando o ouvia falar, ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo.
Porém no dia do aniversário de Herodes apareceu a ocasião que Herodias estava esperando. Nesse dia Herodes deu um banquete para as pessoas importantes do seu governo: altos funcionários, chefes militares e autoridades da Galiléia. Durante o banquete a filha de Herodias entrou no salão e dançou. Herodes e os seus convidados gostaram muito da dança. Então o rei disse à moça:
- Peça o que quiser, e eu lhe darei.
E jurou:
- Prometo que darei o que você pedir, mesmo que seja a metade do meu reino!
Ela foi perguntar à sua mãe o que devia pedir. E a mãe respondeu:
- Peça a cabeça de João Batista.
No mesmo instante a moça voltou depressa aonde estava o rei e pediu:
- Quero a cabeça de João Batista num prato, agora mesmo!
Herodes ficou muito triste, mas, por causa do juramento que havia feito na frente dos convidados, não pôde deixar de atender o pedido da moça. Mandou imediatamente um soldado da guarda trazer a cabeça de João. O soldado foi à cadeia, cortou a cabeça de João, pôs num prato e deu à moça. E ela a entregou à sua mãe. Quando os discípulos de João souberam disso, vieram, levaram o corpo dele e o sepultaram.
 Meditação: 
 Os detalhes desta narrativa sobre a execução de João têm dois efeitos: ironizam um rei fraco e sensual e advertem os discípulos de Jesus nas comunidades que se inclinam a interpretar Jesus como messias poderoso.
  De Jesus, assim como de João, não se deve esperar a glória e o poder, mas, sim, o serviço humilde e divino, porém frágil diante dos poderosos deste mundo. O dom da vida eterna não pertence aos poderosos, mas a Deus.
 Hoje comemoramos o martírio de São João Batista. O evangelho traz a descrição de como João Batista foi morto, sem processo, durante um banquete, vítima da corrupção e da prepotência de Herodes e de sua corte.

Herodes era um funcionário do Império Romano. Quem mandava na Palestina, desde o ano 63 antes de Cristo, era César, o imperador de Roma. Insistia sobretudo numa administração eficiente que garantisse renda ao Império e a ele.

A preocupação de Herodes era sua própria promoção e sua segurança. Por isso reprimia todo tipo de corrupção. Ele gostava de ser chamado “benfeitor do povo”, mas na realidade era um tirado (Lc 22,25).

Flávio José, um escritor daquela época, informa que o motivo da detenção se João Batista, era o medo que Herodes tinha de um levante popular. A denúncia de João Batista contra a moral depravada de Herodes (Mc 6,18) foi a gota d’água que transbordar o copo, e João foi preso.

Aniversário e banquete de festa, com danças e orgias. Era um ambiente em que os poderosos do reino se reuniam e costuravam as alianças. A festa contava com a presença “dos grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galiléia”. É este o ambiente em que se trama o assassinato de João Batista.

João, o profeta, era uma denúncia viva deste sistema corrupto. Por isso, ele foi eliminado com o pretexto de uma vingança pessoa. Tudo isto revela a baixeza moral de Herodes.

Tanto pode nas mãos de um homem incapaz de se controlar! No entusiasmo da festa e do vinho, Herodes jura levianamente diante de uma jovem bailarina. Supersticioso como era, pensava que devia manter o juramento.

Para Herodes, a vida dos súbditos não valia nada. Marcos narra o fato do assassinato de João assim como aconteceu, e deixa às comunidades a tarefa de tirar as conclusões.

Nas entrelinhas, o evangelho de hoje dá muitas informações sobre o tempo em que Jesus vivia e sobre como era exercito o poder por parte dos poderosos da época. A Galiléia, a terra de Jesus, foi governada por Herodes Antipas, filho do rei Herodes, o Grande, desde o ano 4 a.C. até o ano 39 d.C. No total, 43 anos!

Durante todo o tempo em Jesus viveu, não houve mudanças de governo na Galiléia! Herodes era dono absoluto de tudo, não prestava contas a ninguém, fazia o que bem achava. Prepotência, falta de ética, poder absoluto, sem controle por parte do povo!

Herodes construiu uma nova capital, chamada Tiberíades. Segure, a antiga capital, tinha sido destruída pelos romanos como retaliação contra um levante popular. Isto aconteceu quando Jesus tinha uns sete anos.

Tiberíades, a nova capital, foi inaugurada treze anos depois, quando Jesus tinha uns 20 anos. Era chamada assim para agradar a Tibério, o imperador de Roma. Tiberíades era um lugar estranho na Galiléia. Era aí onde viviam os reis, “os grandes de sua corte, os oficiais e os notáveis da Galiléia” (Mc 6,21).

Era aí que viviam os latifundiários, os soldados, a polícia, os juízes, muitas vezes insensíveis (Lc 18,1-4). Para lá iam os impostos e o produto do trabalho das pessoas. Era aí que Herodes praticava suas orgias de morte (Mc 6,21-29).

Não consta nos evangelhos que Jesus tinha entrada na cidade. Durante aqueles 43 anos de governo de Herodes, surgiu uma classe de funcionários fiéis ao projeto do rei: escribas, comerciantes, latifundiários, fiscais, publicanos, e agentes aduaneiros.

A maioria destas pessoas vivia na capital gozando dos privilégios que Herodes oferecia, por exemplo a isenção de impostos. Em cada aldeia ou cidade havia pessoas que apoiavam o governo. Vários escribas e fariseus eram declarados defensores do sistema e da política do governo.

Nos evangelhos, os fariseus aparecem ao lado dos herodianos (Mc 3,6; 8,15; 12,13), e isto espelha a aliança existente entre o poder religioso e o poder civil.
 A vida das pessoas nas aldeias era muitos controlada seja pelo governo seja pela religião. Era necessária muita coragem para iniciar algo novo, como fizeram João e Jesus! Era o mesmo que atrair sobre si a ira dos privilegiados, seja do poder religioso seja do poder civil, seja em nível local, seja estatal. 
Falando da morte de João Batista, o papa João Paulo II diz na Carta Encíclica Veritatis splendor (n. 91) que o martírio constitui um sinal preclaro da santidade da Igreja.
 Efetivamente, ele “representa o ponto mais alto do testemunho a favor da verdade moral. Se são relativamente poucas as pessoas chamadas ao sacrifício supremo, há porém um testemunho coerente que todos os cristãos devem estar prontos a dar em cada dia, mesmo à custa de sofrimentos e de graves sacrifícios. Assim, não podemos e nem devemos fugir.
 Saibam que desde o início do cristianismo percebemos que três elementos estão quase sempre unidos: testemunho, profecia e doação da própria vida.
 É verdadeiramente necessário um compromisso, com estas três vias, por vezes heróicas, para não ceder, até mesmo na vida quotidiana: em casa com o marido, com os filhos, colegas do trabalho, com os familiares de perto ou de longe. É necessário saber que às dificuldades nos levam ao compromisso para viver na totalidade o Evangelho.

O exemplo heróico de João Batista deve fazer-nos pensar nos mártires da fé que, ao longo dos séculos, seguiram corajosamente as suas pegadas. De modo especial, voltemos à mente aos numerosos cristãos que, no mundo inteiro, foram vítimas do ódio, e da perseguição religioso. Mesmo hoje, em algumas partes do mundo, os fiéis continuam a ser submetidos a duras provações, em virtude da sua adesão a Cristo e à sua Igreja.

Os impérios opressores que existiram na história continuaram deixando seus mártires. Seus projetos elitistas e imperialistas fizeram com que seus chefes continuassem a embriagar-se com o sangue dos mártires.

O martírio não deve ser buscado por ninguém. Em última palavra, o martírio é uma graça de Deus. Mas, dele não se deve fugir, se é necessário dar o testemunho e para defender a vida do povo. Jesus também nos ensina que não devemos ter medo daqueles que matam o corpo. Por isso, dar a vida é a melhor forma de amor, a exemplo de Jesus que nos amou até o extremo. O máximo do amor é dar a vida pelos seus. Deste modo, a vida não é tirada, mas é dada livremente.

Foi isso que fez São João Batista em meio à crueldade que ameaçava a fidelidade conjugal, lutou e sendo testemunha e testemunho fiel derramou o seu sangue, pagando com a própria vida.

Ontem como hoje, o banquete dos criminosos continua sendo regado a sangue, como foi o de Herodes como nós ouvimos no Evangelho de hoje.
 Por isso, lembrar o morte de João Batista é não deixar morrer sua história, é recordar o seu testemunho, sua profecia e sua coragem; é lembrar que, se preciso for, todos devemos estar dispostos a lavar as nossas vestes e as branquear no sangue do Cordeiro (Ap 7,14),
 Você conhece pessoas que morreram vítimas da corrupção e da força dos poderosos? E aqui entre nós, na nossa comunidade e na Igreja, existem vítimas de autoritarismo e de abuso de poder? Superstição, corrupção, vileza marcam o exercício do poder de Herodes. Compara-o com o exercício do poder religioso e civil hoje, seja nos vários níveis seja na sociedade como na Igreja.
 Reflexão Apostólica:
 O desfecho da vida de João Batista é apresentado em paralelo, como prefiguração do desfecho da vida de Jesus: anúncio do Reino, perseguição, articulação dos poderosos e morte. E para ambos se tem a percepção de sua permanência nas comunidades, após a morte.
 Herodes gostava muito de João Batista e suas pregações no deserto, achava as palavras bonitas e a mensagem chegava a tocar o seu coração. Era um ouvinte entusiasta da Palavra de Deus, poderia tornar-se um discípulo, sua alta posição não o impedia de viver a sua Fé.
 Entretanto, parece que a semente da Palavra caiu em uma terra sufocada pelos espinhos, Herodes estava amasiado com sua cunhada Herodíades e quando João Batista acusou o seu pecado de adultério, Herodes não gostou muito da idéia, começou a pensar que João Batista ainda era um bom pregador, mas que de vez em quando se equivocava, quando queria interferir na vida dos outros, pois cada um deve viver do jeito que quiser e fazer também o que quiser, sem que a Religião interfira em suas decisões, dizendo o que é certo ou o que é errado.
É o cristianismo do oba-oba, sem nenhum compromisso com as virtudes do evangelho, e com as verdades ensinadas por Jesus. Herodes se sairia muito bem neste mundo da pós modernidade onde as pessoas, em sua grande maioria também são assim, até mesmo aquelas ligadas a alguma pastoral ou movimento, elas pensam assim “Está tudo lindo e maravilhoso, mas que a Igreja não me venha dizer o que devo fazer em certas questões da minha vida”
 A Igreja como portadora e anunciadora da Palavra de Deus, jamais deve deixar de lado a sua missão profética, aonde o verdade do evangelho for violada ou ignorada, devem os pastores da Igreja, de maneira prudente e corajosa, anunciar a verdade denunciando a ação pecaminosa de quem a comete. Herodes colocou o prazer da sua relação com Herodíades acima de qualquer princípio, e na sua Festa de aniversário, achando-se um deus, que tudo pode, decidiu fazer o gosto da dançarina, poderia ela pedir qualquer coisa que ele a daria.
 Hoje em dia, na busca do prazer e da satisfação dos desejos, vale tudo e pode de tudo. Qualquer profeta intrometido que quiser ser um estraga-prazer deverá ser tirado do caminho, e Herodíades, a amasiada de Herodes, nem pensou duas vezes para pedir a cabeça de João Batista em uma bandeja.
Fazemos parte de uma sociedade onde a Vida Humana nada vale, na busca do prazer e do poder estamos diante de um “Vale Tudo”, haja visto os mártires da igreja, que aqui e ali, continuam incomodando e por isso, como João Batista acabam sendo eliminados, por causa do evangelho.
 A Igreja precisa cada vez mais de cristãos iguais a João Batista, que sejam capazes de dar a vida pela Verdade, pois de cristãos do tipo Herodes, que praticam a religião do descompromisso, muitos templos andam sempre lotados…
 Sim, João Batista morreu por denunciar a verdade. Apresentava a todos que deveriam mudar ou pelo menos refletir profundamente seu comportamento. Poderosos o temiam, os simples o admiravam. Era um homem santo e muito focado na sua missão. Hoje, recordamos o seu martírio!

Recentemente vi uma matéria enfocando o decréscimo do catolicismo no Brasil e diferentemente do que se esperava, não foi o crescimento evangélico que era evidenciado, a pesquisa aborda o crescimento contínuo daqueles que não tem religião. Por que?
Vivemos num tempo em que as pessoas querem respostas rápidas para suas perguntas. Colocam no Twitter uma pergunta e rapidamente um dos seus “seguidores” lhe oferecerá uma possível resposta. Muitos querem que suas preces assim também sejam atendidas, rápidas. “(…) Pede-me o que quiseres, e eu te darei”

Nem sempre as respostas que queremos ouvir são as que Deus nos sugere. É duro ter que admitir que boa parte das burradas que cometemos foram motivadas por essa surdez de consciência.

É difícil competir com uma mídia que prega 24h por dia o consumismo. “Compre agora”, “sem juros, 60 meses”, a roupa que fulana usa em MALHAÇÃO, os beijos e abraços liberados nos reality shows; brothers e sisters, “fazendeiros”, (…) na verdade quem tem ido pra “roça” são os nossos valores.

É uma mídia sem valores, não falo aqui de cristãos ou não, somos bombardeados para abandonar o que é moral. Canais de televisão que denunciam as mazelas sociais são os mesmos que apóiam a eleição de deputados e senadores que defenderam seus interesses quanto às fatias de concessão de recursos federais para comunicação.

João Batista foi morto porque um homem se encantou com um rebolado. Quantas pessoas hoje morrem de fome, tem uma educação medíocre, uma saúde pública vergonhosa, pois os seus governantes tomam decisões mediantes os rebolados dos seus interesses?
 Notem uma coisa no evangelho de hoje “(…) Herodes ofereceu uma festa para os proeminentes da corte, os chefes militares e os grandes da Galiléia”. Ele não estava só, por que tantas pessoas influentes que ali estavam não levantaram a voz para defender o inocente?

Ter ou não ter essa ou aquela religião não é o problema. Tão pouco a quantidade de católicos não quer dizer que temos qualidade neles.
 A minha maior preocupação esta no fato dos valores de amor ao próximo aos poucos virar uma relação comercial em que uma amizade será consolidada na medida em que posso ter algo em troca do outro, que Deus possa falar o que quero e não o que deveria ouvir.

Que adianta a paz se pago a milícia do morro, que adianta se dizer religioso se me importo apenas comigo, que adianta dizer ter uma religião se a que eu procura é a que mais me convém? Sim! Justifica-se então o fato de muitos preferirem não ter religião, pois serei adepto do deus que me conceder mais coisas e não me cobrar uma mudança de vida.

João Batista perderia ainda hoje a cabeça, mas eu ainda tenho fé nas pessoas.

SOBRE DESAPONTAMENTOS
Nossos melhores sucessos freqüentemente vem após nossos maiores desapontamentos. 

A única maneira segura de evitar desapontamentos é evitar fazer qualquer coisa na vida. Porém, isso já será o maior de todos os desapontamentos. Quando você decide seguir em frente e dar o seu melhor, ocasionalmente você irá se deparar com desapontamentos; todavia, se você não seguir em frente, toda a sua vida será um desapontamento. 

Desapontamentos acontecem, mas eles não podem te paralisar. Desapontamentos por mais dolorosos que sejam, fazem parte da normalidade de uma vida frutífera, bem sucedida e gratificante. As coisas nem sempre irão caminhar em seu favor. Felizmente, porém, nenhum desapontamento é permanente e você sempre pode se levantar e caminhar positivamente em direção aos seus sonhos. 

Agora, neste momento, todo desapontamento que você experimentou está no passado. Agora você tem a oportunidade de aprender positivas e preciosas lições advindas dos desapontamentos. Não tome os desapontamentos de forma pessoal. Desapontamentos vem para todo ser humano que pisa neste planeta. Concentre-se naquilo que de melhor o seu desapontamento pode lhe proporcionar. Ao fazer isso você irá conhecer um novo e gratificante estilo de vida.