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domingo, 26 de fevereiro de 2017

Evangelho do dia 01 de março - cinzas

10 fevereiro - Que Deus nos inspire e nos assista, pois ai de nós se formos soldados despreparados no campo de batalha. (L 15). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 6,1-6,16-18

"- Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros. Se vocês agirem assim, não receberão nenhuma recompensa do Pai de vocês, que está no céu.
- Quando você der alguma coisa a uma pessoa necessitada, não fique contando o que fez, como os hipócritas fazem nas sinagogas e nas ruas. Eles fazem isso para serem elogiados pelos outros. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando ajudar alguma pessoa necessitada, faça isso de tal modo que nem mesmo o seu amigo mais íntimo fique sabendo do que você fez. Isso deve ficar em segredo; e o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa.
- Quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos outros. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai, que não pode ser visto. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa.
- Quando vocês jejuarem, não façam uma cara triste como fazem os hipócritas, pois eles fazem isso para todos saberem que eles estão jejuando. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando jejuar, lave o rosto e penteie o cabelo para os outros não saberem que você está jejuando. E somente o seu Pai, que não pode ser visto, saberá que você está jejuando. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa.
" 
Meditação:

Começamos o tempo da Quaresma. Tempo da Quaresma é tempo de conversão. Esta conversão se dá por uma mudança profunda nos nossos valores, assumidos na sociedade discriminatória em que vivemos, com sua compreensão do mundo. Supõe novos valores e uma nova prática em vista de promover a vida plena para todos. 

Em alguns templos católicos talvez se faça longas filas para a imposição da cinza. Talvez para muitas pessoas seja a única ocasião de participar de uma cerimônia ou de um ato religioso, que pode durar pouco tempo e não passar de um gesto.

Para outros pode ser um motivo de superstição ou de costume tradicional de família ou de ambiente social. E para você, o que significa esse gesto das cinzas?

Vejamos o que diz a Palavra de Deus: Parece que para Jesus, segundo o evangelho de Mateus, os sinais externos não tem nenhum sentido se não nascem do coração, de uma “reta intenção”, de uma autêntica atitude de conversão, de um compromisso real com o Reino de Deus.

A esmola, a oração e o jejum devem estar intimamente conectados com um compromisso de vida que contribua para transformar o ambiente em que vivemos.

A solidariedade, a justiça, a honradez e o trabalho em favor da paz são expressão de uma autêntica conversão que nasce do profundo do ser humano.

Em todo caso, tradicionalmente foi considerado, dentro do ano litúrgico, um “tempo forte”, junto com o Advento e o tempo pascal. Um tempo com sua peculiaridade própria, seu sentido de preparação da Páscoa, centro do ano litúrgico.

O que há de diferente na Quaresma? O que deve representar em nós esse tempo tão propício de reflexão e conversão? Que sentido devo adotar em minha conduta nesses próximos quarenta dias? “Rasgar o coração e não as vestes”!

Os Judeus, no tempo de Cristo, possuíam diversos métodos de purificação da alma e da expiação dos pecados que ao longo do tempo foram se modificando.

No entanto muitos chefes da lei tornavam esse momento de purificação um “show a parte”, ou seja, uma vitrine de si mesmo. “(…) Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros”.
Jesus chamava a atenção para que esse tempo, costume e momento não se desvirtuassem e que o verdadeiro motivo fosse preservado. O que fazemos da quaresma hoje? Como a tratamos? O sentido dela ainda vive em nossa casa?

É importante frisar que viver a quaresma é também sentir na pele o quanto Ele nos faz bem e não somente a resumindo em suprimir algum tipo de alimento ou gosto. A quaresma só terá valor se ao final acontecer uma tomada de atitude interior. Repare a Campanha da Fraternidade: que adianta tantas reflexões se ao fim não haver uma mudança de pensamento?
E as cinzas? Como nossa liturgia é repleta de símbolos! Elas também têm um significado.
Ao recebermos esse sinal em nossas testas, a igreja nos lembra que tudo isso que vivemos passará, e um dia voltaremos a ser pó. Que nossas vidas poderiam ser melhor aproveitadas em relação as pessoas e com nós mesmos. Que o tempo e a juventude, hoje desprezados com coisas que pouco ou nada edificam, poderá nos fazer falta um dia.

Andamos muito depressa para agora se preocupar com isso. Nem nosso corpo consegue acompanhar nossos pensamentos. Estou aqui, mas minha cabeça já esta em outro lugar; acordo, tomo banho e minha cabeça já esta no serviço; no trabalho, já estou pensando na hora de buscar os filhos na saída da escola; lendo isso, já estou imaginando o que farei em seguida (…).

Na Quaresma somos convidados a diminuir o ritmo para que corpo e mente se encontrem. Entender que em paralelo a isso, caminha o reino de Deus e a renovação da esperança, que esperam por aqueles que, na velocidade certa, consigam vê-lo e apreciá-lo.
Convertei-vos e crede no evangelho”! Esse é um tempo favorável!

 Reflexão Apostólica: 

Lembram-se desse ditado: "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento… "? Ele se refere a pessoas que são supérfluas, que não são sinceras, que aparentam ser uma coisa mas são outra na realidade.

Ninguém gosta de pessoas que têm essa conduta, nem Jesus, por isso ele exorta seus discípulos a não se deixarem levar pelo Velho Farisaísmo que se preocupa muito com aquilo que as pessoas vão pensar a meu respeito, e que por isso, sempre querem posar de “bonzinhos”, cristãos exemplares, só que aqui há um problema muito sério. As pessoas só nos vêm por fora mas Deus nos vê por dentro. Vende-se uma imagem falsa, daquilo que não se é,

Isso chama-se propaganda enganosa, e na relação com as pessoas até que a gente consegue, mas com Deus não tem jeito, somos o que somos….

Qualquer prática religiosa deve exteriorizar algo que está no mais íntimo de nós, lá em nosso coração, aliás, isso é o mais importante, diz esse evangelho, pois um salmo muito bonito diz que Deus nos conhece quando estamos sentados ou em pé, de frente e por trás, no alto da montanha ou no fundo do abismo, estamos sempre diante dele.

Deus nos pede sinceridade e coerência naquilo que fazemos, principalmente em nossas práticas religiosas, tudo tem que sair do coração, a oração, o jejum e a esmola, feitos para Deus e não para os homens.

Claro que hoje em dia os cristãos não ficam nas praças públicas rezando em alta voz para que todos o vejam, mas há certas orações bem arrogantes, aquelas nas quais determinamos a Deus o que e como queremos.

Quanto a esmola, o problema é o modo como a damos, se não sabemos o nome da última pessoa que ajudamos, nem quem é ela, nem como chegou aquela situação, pode ter certeza de que Deus nem tomou conhecimento dessa esmola, “Eu estava no pobre e você não me reconheceu”, há certas esmolas que damos apenas para nos vermos livres de quem pede.

E o Jejum, há algo que possamos hoje em dia dizer sobre ele? Sim, o jejum que agrada a Deus é aquele em que, afirmamos com a nossa atitude, que nossa maior necessidade é TER DEUS em nossa vida, o resto a gente pode se virar… e um segundo ponto, quando o nosso jejum é solidário com quem nada tem, sendo precedido de uma obra de caridade na promoção humana, aliás, se o Jejum não estiver ligado á oração e a esmola, de nada valerá….sendo um puro Farisaísmo…

Em todas as circunstâncias façamos então a opção singela pelo silêncio. Seria essa a síntese do evangelho do dia de hoje?

Ao rezar, que nossa oração chegue ao céu como a fumaça do incenso que sobe; ao construir um prédio, não esperemos ganhar um apartamento para lá morar. Ao dar, não esperar pelo “obrigado”. No sofrimento, buscar um aprendizado…

Jesus, mais uma vez, demonstra ter razão ao afirmar, em outro momento, que não estamos ainda preparados para conhecer a verdade sobre a vida.

Sim, AINDA não suportaríamos hoje viver assim. Somos seres sociais, adoramos contar o que acontece conosco e por vezes abusamos e nos vangloriamos; gostamos de chamar atenção para nós; precisamos que o mundo e as decisões tomadas gravitem ao redor dos nossos quereres e vontades…

Somos seres sociais e não gostamos de ficar sozinhos, detestamos o isolamento. Alguns chamam de auto-afirmação a necessidade que temos de sermos vistos; amamos “tapinhas nas costas”. Precisamos ser lembrados até compramos presentes pra nós mesmos por medo que ninguém se lembre do nosso aniversário.

Se nós, normais, sociais e sem medos, vivemos assim e ainda precisamos aprender a fazer as coisas em silêncio, como será que é viver tendo medo do silêncio?

Uma criança que teme o escuro dorme com um abajur ou a TV ligado; um jovem sozinho a noite em casa deixa o máximo de luzes acesas tentando não deixar espaços escuros onde possam habitar fantasmas de sua própria imaginação.

Pessoas que temem o silêncio não conseguem se afastar após longos anos liderando; não conseguem ver o correto, para sempre ser necessária a sua opinião; quando adoecem “publicam” o tamanho SUPER do que ela tinha; em suas orações aumentam palavras e não dizem nada.

Temerosos do silêncio! Louvem sempre a Deus no tom que quiser e que sua intimidade permitir, mas saiba que Ele não é surdo! NOSSA dor TALVEZ não seja a metade da do vizinho; NOSSA fé TALVEZ seja a décima parte daquele que em silêncio roga. NOSSA angústia DE REPENTE não é NADA perto daquele que realmente tem um problema.

Se temos a Deus por que nos apegamos a recompensa? Por que ainda somos tão imaturos na fé? Pagamos por um milheiro de uma graça alcançada, mas colaboro concretamente com uma só palavra para que um irmão se salve. Se vendessem velas de cem dias tenho certeza que seria um tremendo sucesso, mas como não se indignar com quem toparia com isso, mas não consegue passar (em silêncio) uma hora escutando a palavra numa missa dominical?

Ai do padre que não ler a intenção de dez anos e cinco dias pelo falecimento do fulano de tal! Como diz um padre amigo: "Oh povo de chagas abertas!
Deixemos no silêncio, que insistimos em NÃO fazer, Deus agir. “(…) Dizia também: O REINO DE DEUS é como um homem que lança a semente à terra. Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota E CRESCE, SEM ELE O PERCEBER. Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga. Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita”. (Mrc 4, 26-29)

 Propósito
Encontrar novas formas para viver estas três práticas tão importantes da vida cristã: esmola, oração e jejum.

RENUNCIE AO SEU EGO

O seu ego não traz solução para nenhum problema. O seu ego não convence ninguém de absolutamente nada. O seu ego não lhe faz mais forte, mais influente, mais habilidoso, mais capaz, nem mais sábio. 

Tome a decisão de viver um estilo de vida acima das considerações do seu ego. Vá para além dos interesses superficiais do seu ego e se eleve para um extraordinário nível de eficiência. Renuncie ao seu ego e muitos dos seus temores irão se dissolver. Renuncie ao seu ego e você verá que inúmeras e positivas possibilidades se tornarão muito mais acessíveis a você. 

Sem o seu ego lhe arrastando constantemente de um lado para o outro, você poderá focar naquilo que realmente importa. A renunciar ao seu ego você irá descobrir uma das mais coisas mais profundas e significativas que você pode fazer para si mesmo: anular a ênfase nos seus próprios interesses.

Evangelho do dia 28 de fevereiro terça feira

28 fevereiro - Se Deus nos pede o sacrifício de alguma bela flor do nosso jardim, conforte-nos o pensamento de que Ele nos recompensará com juros fazendo brotar muitas outras graças ao orvalho celeste e defendendo-as com carinho das geadas e do frio, até o dia em que as queira transplantar para o Céu. (L 271).). SÃO JOSÉ MARELLO

Marcos 10,28-31
Aí Pedro disse:
- Veja! Nós deixamos tudo e seguimos o senhor.
Jesus respondeu:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: aquele que, por causa de mim e do evangelho, deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras receberá muito mais, ainda nesta vida. Receberá cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, terras e também perseguições. E no futuro receberá a vida eterna. Muitos que agora são os primeiros serão os últimos, e muitos que agora são os últimos serão os primeiros.
Jesus anuncia outra vez a sua morte e a sua ressurreição    
Meditação:
O texto do Evangelho de ontem no qual Jesus apresentava a incapacidade dos homens e mulheres apegados aos bens seguirem Jesus, opõe-se ao de hoje.

Vemos Pedro a professar o seu despojamento de tudo para ir a traz do mestre: Veja! Nós deixamos tudo e seguimos o senhor.

Pedro é um dos que deixaram tudo para seguir Jesus. Não era rico, mas um esforçado pescador, porém, seu gesto foi muito valioso. Jesus diz então que quem deixar família e bens por ele e pelo evangelho, receberá cem vezes mais.

Quem deixa tudo para ser discípulo missionário de Jesus sofrerá também perseguições no seguimento, mas encontrará na comunidade cristã o necessário para viver em bens materiais e afetivos.

Nas palavras de Pedro, não só estavam as dos outros apóstolos ontem, como também estão as minhas e as tuas. Estão as palavras de todos nós quando nos desfazemos nos despimos dos nossos orgulhos, vaidades, soberbas. Assim como Pedro nos evangelhos, tomava decisões em nome da Comunidade dos Apóstolos, assim continua nos dias de hoje falando e nos representando.

“Na generosidade dos missionários se manifesta a generosidade de Deus, na gratuidade dos apóstolos aparece a gratuidade do Evangelho” (Doc. de Aparecida 31).

Finalmente, a Palavra nos ensina que aqueles que crerem ter tudo, não alcançarão a vida e são os últimos, enquanto que os que crêem em
Jesus e o seguem compartilhando o que são e o que tem encontram tudo na comunidade cristã e são os primeiros.

Definitivamente, o cristão é chamado a viver em santidade, que se realiza na prática cotidiana do mandamento do amor.

No evangelho, a pergunta de Pedro a Jesus é a mesma que certamente já dirigimos ao Senhor em algum momento de nossas vidas: “Que receberemos em troca, já que deixamos coisas muito importantes para te seguir?” E embora o seguidor do Senhor não devesse olhar de modo primordial para a recompensa, Jesus nos assegura que pelas renúncias que fazemos por ele e pelo Evangelho receberemos cem vezes mais. Que significa isto?

Quando optamos por Cristo escolhemos crescer de modo extraordinário numa experiência humana e de fé que nos levará a ser mais conscientes e coerentes, mas capazes de transformar nossa atual sociedade num cenário digno que permitisse o desenvolvimento de uma qualidade de vida cabalmente humana para o conjunto de seus cidadãos.

Neste crescimento, de que participa a mesma comunidade da qual fazemos parte, seguiremos optando por ser melhores no serviço e na construção do reino de Deus no nosso meio, e poderemos ver que, à medida que os demais progridem com nossa parcela de dignidade, reconhecimento, respeito, alegria de viver, iremos nos enriquecendo cada vez mais a nós mesmos.

Não em riquezas materiais, por certo, mas numa riqueza muito mais profunda, reconfortante e duradoura. E tudo será lucro, definitivamente, quando estivermos plenamente convencidos da meta que nos está esperando em Deus apesar dos problemas, trabalhos e perseguições que tratar de alcançá-la implica.

Reflexão Apostólica:

Os discípulos queriam saber de Jesus o que eles teriam em troca por O terem seguido! Jesus foi claro e direto na sua explanação: a recompensa de Deus não vem do modo como que nós esperamos, mas cem vezes mais do que imaginamos.

No entanto, só poderá comprovar esta promessa quem realmente se dispõe a sofrer perseguições. Quem tiver deixado “tudo” pela causa de Cristo, receberá desde já, também tudo, com perseguições e no mundo futuro, a vida eterna.

Deixar tudo não significa lançar fora, rejeitar, mas simplesmente vivenciar de uma maneira diferente. Deixar pai, mãe, filhos, bens por causa de Jesus e do Evangelho, significa colocar como prioridade as exigências do ser cristão (ã), tornando-se livre de apegos humanos e de idolatrias.

Deixar tudo é desvencilhar-se de idéias, de preconceitos e pensamentos humanos, racionais, para se deixar conduzir pela mensagem do Evangelho, a boa nova de Jesus para os homens.

Quando nós colocamos Jesus Cristo como centro da nossa vida tudo o que nós possuímos, adquire um novo sentido e, mesmo com tribulações, nós conseguimos usufruir de tudo o que temos, com uma nova mentalidade, sem apego, sem egoísmo, com serenidade.

Quando nós nos dedicamos à causa de Cristo, quando temos o nosso pensamento e o nosso ideal de vida, voltados para Ele nem as coisas materiais nem a nossa família nos afastam de Deus porque as coisas da terra nos levam a uma vivencia espiritual que faz toda a diferença na qualidade da nossa vida.

Você tem deixado tudo pela causa de Cristo? O que você desejava antes de conhecê-Lo é o mesmo que você anseia hoje? Você é uma pessoa muito apegada aos seus planos, sua família, seus bens? Qual é o lugar que Cristo ocupa na sua vida?

A opção de Pedro e demais discípulos contrasta com a do homem rico que desinteressou-se pelo seguimento de Jesus. Em resposta a Pedro, Jesus faz uma declaração abrangente que vai além daqueles que lhe estão perto, e além de seu tempo. Jesus refere-se a todo aquele que tudo deixa por causa dele e do seu anúncio.

O sentido do desapego da família e das propriedades é a adesão a um novo projeto de vida. Já, nesta vida, no mundo novo possível, de modo muito mais abrangente são reencontrados os laços de amizade e amor, na grande família dos filhos de Deus, no usufruto do bem maior que é a compaixão, a comunicação, a solidariedade e a partilha, em uma sociedade em que vigora a justiça e a paz.

Não faltarão as hostilidades dos poderosos que vivem às custas do povo oprimido e empobrecido. São ambiciosos que amam a riqueza e desprezam a vida.

A sentença final exprime a subversão do Reino. É descartada a sociedade hierarquizada baseada no poder e no prestígio da riqueza, representada pelo homem rico que se afasta de Jesus.

Vigora agora a comunidade solidária e fraterna em que todos usufruem os bens terrenos, na alegria e no amor. Os discípulos, seduzidos por Jesus, libertam-se do jugo do ter e das estruturas que alicerçam o império do dinheiro.

Propósito:
Pai, dá-me a graça de entregar-me totalmente ao serviço do Reino, sem esperar outra recompensa além de saber-me amado por ti.
COMPROMISSO
A maioria das pessoas fracassam não por causa de falta de vontade, mas por falta de compromisso. 

Compromisso significa agir não apenas quando é conveniente ou confortável, mas sempre quando for necessário. Compromisso significa estabelecer prioridades e persegui-las fielmente sem vacilar. Compromisso é mais que palavras, muito mais do que apenas dizer que você vai fazer. Compromisso é fazer o que tem que ser feito até a coisa acontecer. 

Compromisso está disponível para qualquer pessoa que compreende e aprecia seu valor o suficiente para com ele viver a cada dia e a cada momento. Compromisso não requer habilidade especial, apenas determinação e disciplina em busca de um alvo. Compromisso segue em frente e termina o trabalho que tem de ser terminado mesmo a despeito de críticas e diante de circunstâncias que lutam vigorosamente contra. 

Compromisso suporta as dores do momento sem desfalecer. Compromisso desfruta os prazeres da jornada sem perder a visão do alvo. Um compromisso pode ser decidido em um instante mas pode durar por toda uma vida. Com verdadeiro compromisso, o que você pretende, certamente você será.

Evangelho do dia 27 de fevereiro segunda feira

27 fevereiro - Ao sofrer por vontade de Deus em alguns de seus membros, a Congregação reflorescerá com maior saúde em todo o corpo. (L 167).). SÃO JOSÉ MARELLO
Marcos 10,17-27
Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”
18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!”
20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!”
22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!”
24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!”
26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”. 
   
Meditação:

O evangelista Marcos nos apresenta, no caso do jovem rico, um grave erro que pode ocorrer na vida de todos nós no que diz respeito à questão da salvação e que se refere ao sujeito da salvação.

Às vezes, a gente escuta que as pessoas devem esforçar-se para se salvarem e eu penso que eu devo conseguir me salvar. Ora, ninguém salva a si próprio. Eu não posso ser o meu salvador.

Os discípulos perguntaram: "Quem então poderá salvar-se?" A resposta de Jesus é: "Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus, tudo é possível".

Não podemos confiar a nossa salvação nem em nós mesmos, nem nos outros e nem nos bens materiais, pois nada ou ninguém, a não ser o próprio Deus, podem nos salvar.

Neste evangelho, vemos, hoje, o que Jesus dizia  sobre como devemos ser neste mundo, para conseguirmos chegar à vida eterna. Quando perguntado por um homem: “Que devo fazer para alcançar a vida eterna?” Ao que Jesus responde-lhe:- “Não mates, não roubes, não cometas adultério, não levantes falso testemunho, não defraudes, honra  teu pai e tua mãe”. Ao que o homem lhe diz: -“Sim, mestre; tudo isso tenho cumprido à risca. ”Daí, Jesus continua: -“Então, tudo  bem, só falta-lhe uma coisa , vai vende tudo o que é teu e dá aos pobres e segue-me.” O homem ficou muito triste e afastou-se, desistindo de segui-lo.

Jesus, então, comenta com os apóstolos :- “Como é difícil para quem é rico na terra, conseguir um lugar no céu.”. O apego ao dinheiro e às coisas materiais, só constituem para eles, os maiores obstáculos para conseguirem o céu.
O coração fica embrutecido e sem sensibilidade para descobrir e aumentar a sua fé nas palavras de Jesus, como Deus que habitou entre nós e, morreu na cruz, somente para salvar a humanidade inteira, que o Pai Criador colocou na terra  que , como o seu sonho, deveria ser um paraíso, onde correriam  leite e mel. 

Jesus termina a sua explicação aos apóstolos dizendo-lhes : “É mais fácil  um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no reino do céu.” Quer dizer, realmente a vida voltada somente para o que é material, empobrece o espírito, esvaziando-se das riquezas que só Deus pode nos dar, através da nossa fé.

E’, realmente “pobre”, aquele que não tem fé em Deus. Na sua infinita bondade Deus, depois de tentar muitas vezes, através dos profetas, que eram os portadores dos seus avisos sobre a salvação e a vida eterna, Ele fez-se homem em seu próprio filho Jesus Cristo e, veio viver entre nós, para que acreditássemos, através das suas palavras e dos seus exemplos e, que assim ele pudesse levar a humanidade pelo caminho da salvação, que é o cume do Seu plano. Deus, na sua extrema bondade procurou trazer ao mundo a felicidade que já não existia, porque o seu povo  O vem expulsando do seu convívio. Porém mesmo assim, os homens não entenderam nada e, ainda hoje uma grande maioria ainda não entende, se apega às coisas materiais e expulsam  Deus dos seus lares.

Muitos  são os que vivem  voltados e “enroscados” só no que é material, tornando-se verdadeiros escravos deste mundo dês-humanizado , em que vivemos nestes tempos. As coisas materiais adquiriram valores que as transformam em verdadeiros “deuses”, para a maioria que vive pautada nos esquemas de políticas sócio - econômicas protecionistas , onde a minoria dita normas e conduz, ao seu bel prazer, os destinos de todos; numa gritante e injusta divisão social, massacrando as classes tão sofridas, que vivem, sempre, das migalhas que sobram dessas divisões.. Realmente fica muito difícil o céu, a vida eterna, para os que não crêem e não vivem segundo os ensinamentos de Jesus. -

No evangelho de hoje nos encontramos com a verdade de que nada há de melhor que Deus, e isso o afirmamos a outros que seguramente vivem aflitos por suas dificuldades, enfermidades e problemas. Mas experimentamo-lo em nossa vida de tal forma que possamos mostrar aos outros que acreditamos nisso?
O jovem do evangelho também acreditava ser Deus seu único bem. Seu coração, porém, tinha uma grande dependência de suas riquezas. Estas (no seu modo de ver) lhe davam mais segurança do que a que Deus podia oferecer-lhe.

Ele deseja alcançar a vida, mas tem seu coração posto nas riquezas que possui e isto lhe impede de escutar o convite que Jesus lhe faz: “Uma coisa te falta: vá, vende tudo que tens e distribua aos pobres e terás tesouro no céu; depois vem e segue-me”. Não pôde ser discípulo, ao contrário, tomou outra direção indo “embora triste”.

Experimentar a Deus bondoso é um privilégio para aqueles que não têm mais seguranças que ele. O impossível para o ser humano é possível para Deus. “Deus pode tudo” seria então a afirmação que deveríamos fazer todos os dias ante a impotência tão humana de garantir para si mesmo a própria salvação.
Essa convicção poderia levar-nos à comunhão perfeita entre uns e outros; às relações de justiça na verdade, sem interferências que as corrompessem.

Ter fé leva-nos a ser humildes; porque enquanto nos sentirmos o centro do mundo sobre o qual deve girar o universo, não haverá possibilidade de encontrar nossa plena realização na história relacionando-se plenamente conosco mesmos, com os outros e com o universo no qual estamos vivendo.

Quem crê em Jesus e o segue, compartilhando tudo o que é e o que tem, descobre a alegria de viver junto Dele. “A alegria do discípulo não é um sentimento de bem estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que acalma o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus.

Conhecer Jesus é o melhor presente que pode receber qualquer pessoa, tê-lo encontrado é o melhor que nos aconteceu na vida, e dá-lo a conhecer com nossa palavra e obras é nossa alegria” (Doc. de Aparecida 29).

Reflexão Apostólica:

No evangelho de hoje Jesus fala que: "É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!" Essas palavras parecem muito fortes e excludentes para os ricos, mas o que Jesus estava querendo dizer era que se já e difícil para os homens comuns buscar a vida eterna aqui na terra com tantas tentações, prazeres da carne, ambições, status, sociedade, luxo e outras tantas coisas para se lutar contra e tentar ser aquilo que Deus quer, imaginem para os ricos que podem usufruir de tudo isso com bem mais facilidade que as pessoas comuns.

Então, o que o Senhor estava querendo exortar aquele jovem rico era que o centro da sua vida não deveria ser o dinheiro e todos os bens que ele tinha, mas o amor de Deus.

Quando Jesus disse que para ele ganhar a vida eterna deveria vender tudo o que tinha e dar aos pobres, pois somente dessa forma ele teria um TESOURO NO CÉU, aquele jovem ficou abatido, pois estava muito apegado ao TESOURO QUE ELE TINHA NA TERRA.

Aí está o grande segredo desse evangelho: mostrar às pessoas que, às vezes, pensamos estar livres das amarras do mundo, mas quando nos é pedido para realmente abrir mão delas, vemos o quanto estamos APEGADOS às coisas terrenas e distantes das coisas celestes.

E essa realidade não se aplica apenas para os ricos, mas para todos nós. Quantas vezes nos vemos apegados ao nosso cargo em uma empresa, ao nosso carro, a televisão LCD/LED que compramos, ao laptop que carregamos para todo lugar, ao namorado ou namorada, às roupas de marca e a tantas outras coisas que acabam por desequilibrar o nosso espírito e o nosso dia-a-dia.

Todo apego desordenado a coisas e pessoas só tendem a nos afastar das coisas do alto e das virtudes do espírito, pois passamos a ser egoístas, individualistas, interesseiros, fúteis, ciumentos, soberbos e esquecemos de olhar as coisas e as pessoas com simplicidade e amor.

E foi por isso, que no final desse evangelho, Jesus disse para as pessoas que achavam que seria impossível abrir mão das coisas materiais para ser feliz, essas palavras: "Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível".

Crendo nessas palavras, peçamos a Deus a graça de sermos libertos de todo apego desordenado aos quais estamos presos aqui no mundo e dessa forma busquemos seguir Jesus e ganhar a vida eterna.

Que Deus nos abençoe ricamente! Nunca nos esqueçamos de sermos felizes e lembremo-nos sempre de que a verdadeira FELICIDADE ESTÁ EM DEUS E NÃO NAS COISAS E PESSOAS.

Propósito:
Pai, não permitas que o meu coração se apegue de tal forma aos bens deste mundo, a ponto de levar-me a te colocar em segundo lugar.
A REALIDADE DO DESAPONTAMENTO
As coisas nem sempre saem da maneira que você planejou. Felizmente, nenhum desapontamento tem que ser permanente, porque – pela graça de Deus – você sempre pode se levantar e seguir positivamente em frente. A única maneira garantida de evitar desapontamentos é evitar fazer qualquer coisa de valor com a sua vida. Porém, isso já seria um terrível e catastrófico desapontamento. 

Quando você decide fazer algo positivo e significativo com a sua vida, você irá se deparar com inúmeros desapontamentos à sua frente. Porém, desapontamentos por mais dolorosos que sejam, eles fazem parte de uma rica, bem sucedida e gratificante vida. 

Agora, neste momento, cada desapontamento que você experimentou é coisa do passado. Agora, neste momento, você tem a oportunidade de aprender poderosas e positivas lições advindas da benção do desapontamento. Não leve o desapontamento para o terreno pessoal. Aprenda a ve-lo como algo inerente à vida; algo simplesmente natural em mundo carregado de imperfeições. Levante a cabeça, olhe para cima e faça do desapontamento um amigo que tem muito a lhe acrescentar na sua maravilhosa jornada de vida.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Evangelho do dia 26 de fevereiro - 8º DOMINGO DO TEMPO COMUM

26 fevereiro - Repitamos sempre: “Omnia cooperantur in bonum” tudo coopera para o bem, até nas menores coisas, como já há tempo a experiência nos tem ensinado. (L 167). SÃO JOSÉ MARELLO

Mateus 6,24-34
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 24“Ninguém pode servir a dois senhores; pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
25Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal, a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa? 26Olhai os pássaros dos céus: eles não semeiam, não colhem nem ajuntam em armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros? 27Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso?
28E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. 29Porém, eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. 30Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé?
31Portanto, não vos preocupeis, dizendo: ‘O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir? 32Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso.
33Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo.
34Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia bastam seus próprios problemas”. 

Meditação
Este longo trecho do Sermão da Montanha (caps. 5-7) é um desdobramento da primeira bem-aventurança (“Felizes os pobres em espírito, porque deles é o reino do céu”), associado ao que se recomenda em seguida, 5,20: “Se a justiça de vocês não for maior que a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no reino do céu”, culminando no v. 33 da leitura deste domingo: “Busquem em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça! E Deus dará a vocês todas essas coisas”. Os pobres em espírito têm um só absoluto – Deus – e um objetivo principal: a busca do seu reinado.
O evangelho de hoje nos apresenta o caráter materno de Deus através do que tradicionalmente chamamos da “divina Providencia”, uma dimensão do amor de Deus que a tradição espiritual popular deu muita relevância na vida diária. Foi um exercício de fé a descoberta da mão materna de Deus cuidando nossos passos, para evitar problemas, para atender sempre nossas necessidades.

Antigamente foi fácil a fé na Providencia de Deus, a confiança de que ele interviria nas condições externas para nos cuidar maternalmente. Hoje, depois da modernidade, ficou claro que Deus não intervém nem pode intervir nas leis da natureza para nos fazer algum bem. A fé na Providencia deve ser reformulada radicalmente. Não temos por que acreditar na intervenção de Deus sobre as causas segundas.

Na nossa forma adulta de viver a fé, como pessoas que se consideram inteiramente responsáveis de seu destino, sabemos que precisamos viver sem o consolo de um Deus a nosso serviço para facilitar nossa segurança ou nossa vida. Sabemos que neste mundo moderno estamos sós, sem um deus-tapa-buracos que nos proteja, porém sob a nossa única responsabilidade, e nas mãos de um sem fim de imprevistos que devemos assumir com responsabilidade, audácia e coragem.

É esse sentido de responsabilidade e coragem que nos permitem superar a angustia existencial que sempre rodeiam e assediam nossa vida, como vida de seres limitados, contingentes e submetidos a toda sorte de ameaças.

Preocupar-se é ocupar-se antes do tempo. Deus é um Pai providente e previdente, isto é, sabe de tudo quanto nós carecemos e nos conforta com a Sua Palavra promissora. Por isso, nós não podemos servir a dois senhores!

Ou, nós confiamos na providência do Pai e nos entregamos totalmente a Ele, seguindo os Seus ensinamentos e vivendo de acordo com a Sua orientação, ou então, iremos servir ao dinheiro, ou seja, trabalhar mais para amealhar mais.

Não poderemos fazer as duas coisas ao mesmo tempo, porque assim sendo, falharemos em uma ou em outra. Jesus nos dá como exemplo os pássaros e os lírios dos campos que vivem na dependência do Criador.

Nós nos angustiamos e nos consumimos por coisas que não vão depender da nossa preocupação e sim das ações que realizamos confiantes no auxílio e na ajuda de Deus. A maioria das pessoas faz tudo ao contrário do que Jesus nos ensina. Corre basicamente para o trabalho e para a ação, e esquece de que tudo isto acontecerá em decorrência da conquista, em primeiro lugar “do reino de Deus e da sua justiça”.

Buscar o reino e a justiça de Deus em primeiro lugar é o requisito para que tenhamos todas as coisas, por acréscimo. O reino de Deus não está dissociado do tempo e do espaço em que vivemos porque Ele começa aqui e agora. Portanto, muitas coisas as quais ansiamos e desejamos são inerentes ao reino dos céus e porque Deus é justo, Ele quer nos dar.

O que você tem buscado em primeiro lugar na sua vida? A quem você está servindo mais: a Deus ou ao dinheiro? Você se preocupa com o que comer e vestir? Você já experimentou contemplar a obra de Deus através da natureza? Você sabe que faz parte dela?

A frase do versículo 24b não pode ser mais taxativa: não se pode servir a Deus e ao dinheiro. Erroneamente durante muito tempo acreditamos que o pobre, o necessitado, o desamparado, tinha que ser consolado dizendo que a situação em que se encontrava era a “vontade de Deus” e que no “céu” teria sua recompensa.

Nosso bom Pai-Mãe Deus continua nos falando hoje e ensinando que não se trata de fugir da sociedade para viver uma vida eremita e miserável, não é isso que Deus quer para nós.

Não podemos cair na tentação de nos transformarmos em seres passivos, e achar que a desgraça e a pobreza são vontade de Deus; muito pelo contrário, nosso afã deve se centrar no trabalho e no esforço em fazer tudo o que está ao nosso alcance, para que cada pessoa tenha uma vida digna, direito a um trabalho, a uma boa educação, a uma boa saúde.

Se cada um, a partir do lugar em que se encontra, se preocupa pelo bem comum e com os direitos de igualdade na sociedade em que vive, e se entrega confiante e seguro nos braços de Deus, tudo o mais se dará por conseqüência.
Reflexão Apostólica:
O amor de Deus por nós se revela na vida de Jesus, que foi uma vida de amor e serviço aos pequeninos, empobrecidos e excluídos. O testemunho e a prática de Jesus é a contradição da prática daquele que serve ao dinheiro.

Quem serve ao dinheiro ama o dinheiro, e a ambição o torna cego e insensível ao próximo e a Deus. Servir ao dinheiro é consolidar esta estrutura econômica que favorece o enriquecimento de minorias ricas, às custas da exploração dos consumidores e das maiorias empobrecidas que são os trabalhadores que produzem os bens de consumo e os bens acumulados por estes ricos. Servir a Deus é assumir o seu projeto de comunhão no amor, de misericórdia e reconciliação, de solidariedade e partilha.

A advertência de Jesus, "não podeis servir a Deus e ao dinheiro!", se insere na recomendação "fazei amigos com o dinheiro injusto, a fim de que, no dia em que faltar, eles vos recebam nas tendas eternas".

Isto significa colocar o dinheiro injusto a serviço da promoção da vida dos empobrecidos e excluídos. Hoje, no evangelho de Mateus, a advertência sobre a incompatibilidade entre o servir a Deus e o servir ao dinheiro se relaciona com a busca de segurança na vida pela acumulação do dinheiro.

A partir da insegurança quanto às questões elementares da sobrevivência opta-se pela aparente segurança que o dinheiro proporciona. Passa-se a acumular dinheiro, e, contraditoriamente, a acumulação do dinheiro gera mais insegurança e ansiedade, pelo receio das desvalorizações financeiras, das concorrências, ou pelo receio dos ladrões marginais. Quem busca salvar a sua vida colocando sua segurança no dinheiro a perde.

Encontramos toda nossa segurança na fonte e doador da vida que é Deus. O cuidado de Deus por nós é expresso de maneira poética pela comparação com os cuidados com os pássaros do céu e com os lírios dos campos.

A bem-aventurança da pobreza é o abandono nas mãos de Deus que cuida dos pássaros do céu e das flores do campo. Conquista-se, assim, a liberdade para colocar-se inteiramente a serviço de Deus, na prática de sua justiça, com o que entramos em comunhão de vida eterna com Deus.

Abandonar-se nas mãos de Deus é a atitude fundamental para usufruir da vida plena. Deus ama seus filhos como mãe. Na primeira leitura temos esta referência à mãe que ama seus filhos, como imagem de Deus, no qual não há nenhuma imperfeição. É um lampejo do caráter feminino de Deus, tão ocultado pela sua predominante imagem patriarcal tradicional.

Libertados da ambição, os filhos de Deus buscam em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e, como "administradores dos mistério de Deus", devem se empenhar em que vigore a justiça e os bens terrenos tenham um caráter comunitário, estando a serviço da vida plena para todos, conforme a vontade do Pai.

Propósito:
Pai, centra toda minha vida na busca do teu Reino e na justiça que dele vem, de forma que nenhuma outra preocupação possa ser importante para mim.
MINIMIZANDO PROBLEMAS
Se você não quer ser dominado por problemas, então, não os crie. Se alguma coisa é ou não é problema depende da maneira como você responde. Como tal, você pode optar por uma vida cheia de problemas ou por uma vida com muito menos problemas. 
Certamente que sempre haverá difículdades e circunstâncias desafiadoras que irão constantemente surgir em seu caminho. Mas existe alguma coisa a lucrar ao transforma-los em problemas? Tome a decisão de transformar essas dificuldades e desafios em promissoras oportunidades. Sempre existe uma maneira realistica e uma oportunidade de se retirar o melhor dos desafios que a vida apresenta. Comprometa-se em retirar o melhor dessas oportunidades. 
Em vez de ser derrotado pelos seus problemas você pode ser energizado pelas possibilidades. Em vez de lutar contra aquilo que você não quer, você pode trabalhar naquilo que você mais almeja. Livre-se de problemas em primeiramente por não cria-los. Foque a sua energia nas positivas possibilidades e retire o que delas há de melhor para a sua vida.

Evangelho do dia 25 de fevereiro sábado

25 fevereiro – “Sunt bona mixta malis”. Há coisas que satisfazem os gostos humanos, misturadas com outras que parecem más, se a razão não busca a sua luz na fé. (L 167).). SÃO JOSÉ MARELLO
Marcos 10,13-16

Naquele tempo, 13traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. 14Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas.
15Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. 16Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.
eve sofrer muito e ser rejeitado? 13Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele”.
    
Meditação:

Marcos articula este episódio das crianças com a narrativa anterior, sobre o divórcio, e com a narrativa seguinte, envolvendo o perigo da sedução pelas riquezas, dois problemas que afetam a família.

Jesus vai abrindo em seu ministério caminhos de encontro com Deus Pai que levam constantemente seus discípulos, formados nos ambientes religiosos do judaísmo, a se escandalizarem pela forma como agia o Mestre e resistiam ao ver e escutar a libertação que levava a cabo no meio dos marginalizados e excluídos de seu momento histórico.

Pode-se pensar que as pessoas que chegam são pais e mães que trazem seus filhos para serem abençoados por Jesus. A repreensão da parte dos discípulos mostra uma atitude intolerante em relação aos fracos e a incompreensão da missão de Jesus. Daí o aborrecimento de Jesus, registro próprio de Marcos que prima por transmitir os traços humanos de Jesus.

No contexto judaico da época, as crianças eram marginalizadas. Faziam parte de grupos que não contavam na sociedade. Eram mal vistas pelas autoridades políticas e religiosas.
Contrariando os discípulos, Jesus, além de acolher as crianças proclama solenemente ("em verdade vos digo"...) a exclusão do Reino para quem não o receber como criança. E abraçava as crianças, expressão carinhosa, única no Novo Testamento, usada exclusivamente por Marcos apenas aqui e em Mc 9,36.

Jesus afirma neste relato que os destinatários do Reino de Deus são todos os que se fazem como elas, quer dizer, os que assumem como forma de vida normal a simplicidade, a inocência, a pureza de coração, já que as crianças nada possuem, não buscam o poder, não agem com dupla intenção e esperam sempre estar junto de seus pais.

Para Marcos, os pobres são as crianças, e nelas se refletem os que sofrem a exploração, a rejeição, a pobreza e a morte; todos eles são os preferidos do Pai. A eles foi prometida a justiça e a misericórdia do Reino, pois nada mais possuem a não ser a sua esperança posta em Deus.

Por
outro lado, a atitude de acolhida e ternura com as crianças por parte de Jesus expressa o elemento essencial do Reino: Deus Pai e Mãe, que dá a vida em abundancia a seus filhos prediletos.

Acolher as crianças era, pois, acolher a realidade de um dos tantos grupos que no judaísmo não contavam para a sociedade, mas em cujos corações já se começava a intuir a realidade do reino de Deus. Porque, dentro de sua simplicidade, sinceridade e capacidade de amar sem duplicidade, neles estava já presente a esperança de um futuro no qual teriam plena participação e significado por seu valor supremo como pessoas. Não nos descuidemos daqueles que o Senhor tanto amou e dos quais é o reino dos céus.

A criança acolhida por Jesus soma-se ao conjunto dos excluídos que são chamados a participar do Reino de Deus, os impuros e pecadores, os pobres, e outros mais.

Como a criança, o excluído sente-se desamparado e fraco, inseguro diante do dia de hoje e do futuro. Receber o Reino como criança significa abandonar as ideologias de poder que submetem as sociedades e renascer para a novidade do Reino de amor, fraternidade, justiça e paz.

Reflexão Apostólica:

Depois de Jesus ter falado da importância do matrimônio no evangelho de ontem, hoje nos propõe contemplar a beleza de ser criança como garantia do Reino.

Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam.

A família saudável é aquela que se expor à graça de Deus e pede benção para si e para os seus filhos. É o que vemos neste evangelho. As crianças são trazidas para serem abençoadas. Os discípulos, porém repelem-nas. Todavia Jesus os repreende a atitude.

Nossos filhos precisam receber o toque da graça. As mãos elevadas para o céu, na Bíblia são símbolos de oração e transmissão de bênção, consagração e cura.
A imposição das mãos transmite o amor de Deus. Quando um pai ou mãe abençoa um filho, uma filha está transmitindo bênção. Transite é uma energia espiritual, porque o ser humano é também espiritual.
Uma pessoa quando está em comunhão, comprometida com o bem transmite energia espiritual positiva, benéfica. E quando está comprometida com o mal transmite energia espiritual negativa, portanto maléfica. Que carga você traz no seu dia a dia? Lembre-se de que algumas pessoas nos fazem bem e outras mal. Por causa do encardido com o qual fizeram pacto.

Jesus transmitiu àquelas crianças a paz e atenção e sobre tudo as fez  a medida para os destinatárias do Reino.Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
Por quê? A razão é simples. A criança representa simplicidade, inocência e dependência. Elas ainda estão livres da malícia e fingimento. Nela está a simplicidade e inocência que são as características do reino. Assim elas se tornam sinais do reino presentes entre nós.

A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis porque Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo de humildade. Quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele.
Sê, pois, simples, humilde, puro e serás, tu e a tua família também destinatário do Reino como as crianças.

O Reino de Deus é para aqueles que são como crianças. A criança é aquela que depende totalmente das outras pessoas e não tem nada a oferecer em troca daquilo que lhes dão.

Assim devemos ser diante de Deus. Devemos ter plena consciência de que dependemos totalmente dele para que possamos entrar no Reino dos Céus e nada podemos oferecer em troca disso.

A salvação nos é dada pelo amor gratuito de Deus e pelos méritos de Jesus Cristo. Ninguém pode se salvar. Jesus é o único salvador. Devemos, como as crianças diante dos adultos, colocar a nossa confiança em Deus, e viver em constante ação de graças porque ele, gratuitamente, nos salva.

Propósito:
Pai, coloca no meu coração o mesmo carinho e afeto que Jesus demonstrou às criancinhas, pois a simplicidade delas me ensina como devo acolher o teu Reino

PERSPECTIVA MAIOR
Para que possamos mudar a nós mesmos de forma eficiente, primeiramente temos que mudar as nossas percepções.  

Uma das maneiras mais positivas e eficientes de transcender as suas dificuldades é expandindo a sua perspectiva. Quando você olha para um panorama maior e mais abrangente, só a mudança do ponto de vista faz com que – de repente – os problemas se tornem menores. 
Faz sentido gastar toda sua energia lutando batalhas que realmente não tem importância? Aqueles que podem ver um panorama mais abrangente são também os mais capacitados a alcançar maiores e mais positivos resultados. 
Existe alguma coisa que está lhe amarrando? Dê um passo atrás. Coloque essa situação dentro de uma perspectiva maior e você irá criar um espaço maior para que você possa se movimentar. Você está se arrastando pelo chão rochoso e agonizando em meio a cada pedrinha? Ou você está se elevando, subindo, voando e desfrutando uma visão de 30 mil pés de altura? A diferença consiste em perspectiva. Faça grande a sua perspectiva porque assim dela você poderá se aproximar.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Evangelho do dia 24 de fevereiro - sexta feira

24 fevereiro Em meio às dúvidas e ansiedades, estejam os ânimos sempre confiantes e serenos
(L 198). (L 24). SÃO JOSÉ MARELLO
Marcos 10,1-12
Naquele tempo, 1Jesus foi para o território da Judeia, do outro lado do rio Jordão. As multidões se reuniram de novo em torno de Jesus. E ele, como de costume, as ensinava. 2Alguns fari­seus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher.
3Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” 4Os fari­seus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moi­sés vos escreveu este mandamento. 6No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”
10Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”. 

Meditação
Jesus está na jurisdição de Herodes, que tinha tomado por esposa Herodiades esposa do seu irmão e que por isso causara a morte de João Batista. De repente os conhecedores da lei de Moises insurgem contra Jesus e lhe fazem uma pergunta. Só que desta vez sobre o divórcio. Talvez na tentativa de aprovar a atitude de Herodes e condenarem João por ter defendido a indisolubilidade do matrimônio.

De fato, naquele tempo, a questão do divórcio e novo casamento era motivo de grandes debate entre as duas escolas rabínicas de Shammai e Hillel. Mas também vemos na pergunta dos fariseus mais uma tentativa de assassinato do que uma mera questão.

Desencadeou-se a polêmica em torno do assunto do divórcio proposto pelos fariseus, e Jesus dá atualidade ao mandamento inquebrantável do amor do casal: o que Deus uniu o homem não separe.

No Novo Testamento, existem três passagens principais que lidam com divórcio e novo casamento: Mat. 19:1-9, Mar. 10:1-12 e I Cor. 7:10-40.

Jesus faz distinção entre a intenção original de Deus na criação e a lei (Dt 24,1) que foi escrita “por causa da dureza do vosso coração“.

O enfoque dessa passagem de Marcos é realmente novo casamento e não divórcio. Ao exprimir seu pensamento a respeito do matrimônio, Jesus denunciava uma injustiça cometida contra as mulheres, procurando prevenir seus discípulos a não praticá-la.

A Lei mosaica era explícita no tocante ao divórcio. Lê-se no Deuteronômio: “Quando um homem se casa com uma mulher e consuma o matrimônio, se depois ele não gosta mais dela, por ter visto nela alguma coisa inconveniente, escreva para ela um documento de divórcio e o entregue a ela, deixando-a sair de casa, em liberdade“. A Lei previa o caso de sucessivos repúdios da mulher.

Portanto, ela ficava sob a tutela do marido e dependia de seu humor. Bastava um pequeno deslize, ou algo que desagradasse o marido, para ser repudiada. Uma situação de evidente injustiça, no parecer de Jesus, com a qual não podia pactuar.

Por isso, ele saiu em defesa das mulheres com dois argumentos: O primeiro referia-se ao questionamento da Lei. O divórcio consistia numa espécie de concessão divina à mesquinhez humana. Não podendo suportar algo superior, Deus se contentava em permitir aos homens algo inferior. Mas Jesus estava ali para defender a verdadeira vontade divina. O segundo consistiu em mostrar que o divórcio é impossível, considerando o texto bíblico: Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.

Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Gênesis 2,23-24), que lhe serve de fundamento. Portanto, Se é verdade que marido e mulher formam uma só carne, como é possível falar em divórcio? Não sejas teimoso, teimosa. Repudiando o teu marido ou tua mulher, tu te desfazes de uma parte de ti mesmo.

Hoje em dia é comum que muitos casais busquem o matrimônio não pela vivência sacramental do Deus que abençoa e santifica o amor do casal, mas como um de tantos eventos sociais cujos protocolos se converteram em exigências.

Certamente, ainda numerosos casais procuram permanecer unidos no matrimônio até que a morte os separe, mas numerosos outros usam o matrimônio como instrumento para conseguir um visto, uma herança, um status social, ou, simplesmente, para não ficar sozinhos.
Fator importante na crise de casais, tanto dos unidos pela matrimônio como dos que estão fora dele, é o medo de que o amor se extinga e leve cada um a tomar seu próprio caminho.

Jesus é enfático na exigência que lança a seus seguidores: o casal buscar nas relações o que é realmente essencial e transcendente: a vivência do amor de duas pessoas unidas no sacramento do matrimônio, união que, não obstante as dificuldades, continua se recriando apesar do transcurso do tempo na vivência renovada da doação de um ao outro.
Reflexão Apostólica:
O matrimonio é o sacramento do amor e expressa a presença viva de Deus no meio de quem deseja compartilhar suas vidas, unificadas por um amor mutuo.

Tal relação se fundamenta no conhecimento profundo das duas pessoas, na ruptura dos estreitos limites do egoísmo para dar espaço à partilha, à amizade, ao afeto, ao encontro íntimo dos corpos; por isso Jesus recorda aos fariseus o elemento essencial da união matrimonial: ser uma só carne, um só ser, uma só pessoa.

Ser “um só” significa que os dois são responsáveis por manter vivo o primeiro amor; significa que são iguais, que não há um mais importante que o outro, mas que cada um, com sua própria identidade, forma parte indispensável deste projeto de amor.

Portanto, o divorcio é a conseqüência de não compreender o sentido original do matrimonio, de possuir um “coração de pedra” incapaz de amar a Deus, que é o próximo por excelência, de não abrir o coração ao perdão, à ternura e a misericórdia para com o outro. É necessário um “coração de carne” para que o amor conjugal seja forte e indissolúvel.

O Evangelho de hoje nos induz a uma reflexão e aprofundamento do nosso compromisso matrimonial. Vivemos um tempo em que o matrimônio tornou-se mais um evento social do que um compromisso assumido pelos cônjuges.

Algumas pessoas se casam já condicionadas a uma separação, se surgirem dificuldades que não as façam felizes. Aquele que procura apenas sua felicidade no casamento certamente sofrerá muitas decepções, porém, aquele que procura fazer seu parceiro/a feliz, esse terá muito maior probabilidade de ser feliz.

Deus nos dá plena liberdade de escolhermos a nossa parceria, não nos impõe nenhuma condição, por isso a nossa escolha deve ser definitiva e devemos nos esforçar ao máximo para honrarmos o compromisso assumido. São Tiago já nos alerta em sua carta,       "que o vosso sim seja sim, e o vosso não, não".

É na família abençoada pelo sacramento matrimonial que devemos exercer, em primeiro lugar, as recomendações deixadas por Jesus Cristo, que são a disponibilidade ao serviço e a evangelização. Essa é a receita para a união duradoura e eterna que se espera do casamento.

Se um dia, a vida em comum se tornar inviável, apesar do nosso empenho em concretizá-la, lembremos da advertência de Jesus "Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério".

Que o Senhor guie nossos matrimônios e os mantenha unidos no amor que se torna sacramento de modo tão essencial nessa fusão que permite a um homem e a uma mulher não ser já dois, mas um só.

Propósito:
Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do matrimônio, saibam reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a viver.
DECIDA SENTIR-SE BEM
Algumas coisas que você não dá nenhum valor, outras pessoas estão orando ardentemente por elas. 

Decida sentir-se bem e as suas ações se tornarão muito mais eficientes. Decida sentir-se bem e você verá oportunidades as quais não as veria de outra forma. Decida sentir-se bem e circunstâncias começarão a conspirar em seu favor. 
Decida sentir-se bem e você encontrará uma razão para persistir através dos mais difíceis desafios. Decida sentir-se bem e os problemas não terão o poder de derrubar o seu espírito. Decida sentir-se bem e a sua criatividade irá fluir significativamente. Decida sentir-se bem e os seus dias serão imensamente produtivos. 
Quando você decide se sentir bem, isso não lhe custa absolutamente nada e não traz prejuizo ou dano a ninguém. Na realidade quando você decide se sentir bem você passa a criar muito mais valores para si mesmo e para outras pessoas ao seu redor. Portanto, seja onde for a vida – controlada pela total soberania de Deus – lhe levar, decida se sentir bem. A alegria que você traz para a vida jamais falhará!