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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Evangelho do dia 01 de maio - sexta feira - São Jose Operario



01 - Festa de São José Trabalhador.
As atividades intelectuais e aquelas manuais sejam equilibradas como dois meios que
conduzem ao único fim: o serviço de Deus na imitação de São José. (L 207). São Jose Marello
João 14,1-6
""Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fosse assim, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós. E depois que eu tiver ido e preparado um lugar para vós, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho". Tomé disse: "Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?" Jesus respondeu: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim."  
Meditação
O diálogo entre Jesus e seus discípulos se dá no contexto dos discursos de despedida, na véspera de sua Paixão. Está cheio de mal-entendidos e interrogações a fim de rechear o texto com dinamismo.
Jesus diz a seus discípulos que se mantenham firmes na fá. Ele irá lhes preparar uma morada na casa do Pai, e logo voltará para levá-los para que possam estar sempre juntos numa profunda e eterna comunhão.
Porém, os discípulos, representados em Tomé, não conseguem entender o sentido das palavras do Mestre. Apesar de terem tido um longo tempo de convivência, escutando e sendo testemunhas de Jesus, ainda não conseguiram compreender a profundidade de sua mensagem.
Parece que sua mentalidade imediatista, seu messianismo triunfalista, os impedem de ver que o projeto de Jesus transcende as coordenadas espaço - temporais.
Jesus é caminho, quer dizer, processo de crescimento e amadurecimento da experiência de fé; é verdade, porque é transparência de Deus; é vida, porque participa da fonte suprema da vida inesgotável.
Também nós tendemos a materializar e minimizar o projeto de Deus. Esquecemo-nos facilmente de que o reino de Deus é o próprio Jesus, que se converte em força transformadora das pessoas e de todas as realidades criadas.
O nosso Deus é um Deus presente. É preciso vivermos a certeza de que Ele está no meio de nós dando-nos forças e coragem para que cada dia avancemos seguindo rumo à meta.
Sabemos que o caminho é duro de mais. E Muitas vezes parece infindo. E o melhor e sentar e desistir. Todavia, o mérito, a vitória, o segredo ou seja o trunfo de tudo isto está saber que enquanto caminhamos ouçamos e sintamos ecoar dentro de nós as santas palavras de Jesus: Não se perturbe o vosso coração. Creiam em Deus e creiam também em mim.
Com Jesus e por Jesus nós somos mais do vencedores. Ele é a única solução da nossa vida. Ele é o caminho que nos conduz à casa do seu e nosso Pai. Quero relembrar a figura da porta. Jesus é a porta de entrada para a casa do Pai.
Se com fé, confiança e perseverança clamares por Ele. Virá erguê-lo ainda que estejas no fundo do poço. Por com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mudado.
Isto não são falácias, sofismas. Quem nos garante é ele mesmo: quando eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também.
Na dúvida de Tomé, Jesus já respondeu a minha e a sua dúvida. Portanto, creia, acredite, professe a sua fé em Jesus que é o caminho, a verdade e a vida que nos conduz até Deus nosso Pai.

Reflexão Apostólica: 
O anúncio da partida de Jesus cria um ambiente de preocupação entre os discípulos. Tinham posto suas vidas nas mãos do Mestre e agora temem ficar sozinhos. Tomé não compreende a mensagem do caminho porque não aceita que este passe pela paixão e morte de Jesus; menos ainda entenderá nem aceitará sua ressurreição.
A ida de Jesus para a casa do Pai não significa abandonar o barco da humanidade; ao contrário. É sinal do amor do Filho que une a terra ao céu. Enquanto Jesus prepara nossa morada no céu, devemos trabalhar por um mundo mais humano e mais irmão.
Bem dizem que o céu se conquista com o que somos e fazemos aqui na terra. Jesus compara o céu a uma casa de família onde há amor e espaço para todos.
O problema de Tomé e de muitos no mundo de hoje consiste em confundir o caminho que leva ao céu que não é outro que o próprio Jesus com sua Palavra e seu testemunho de vida.
Ele é o caminho seguro para chegar ao Pai, a verdade que nos faz livres, a vida que nos resgata da morte e nos faz uma única família na terra e no céu.
Não precisamos ficar perturbados (as) colocando dúvidas nos nossos pensamentos, buscando segurança em outros caminhos. Pelo contrário, devemos seguir os conselhos do Mestre: “Tendes fé em Deus, tende fé em mim também” e confiarmos em que a nossa morada já está preparada no céu e, que hoje, o céu é o nosso coração, casa de Deus, lugar onde Jesus habita pelo poder do Espírito Santo. 
Diante de tantas dificuldades pelo que passamos: situação de traições, abandono, desconfiança, injustiças, calúnias, fofocas, doenças, desemprego, complicada situação financeira.
Assim como ontem ante a sua partida para o Céu, Jesus confortou os seus discípulos para que não se preocupassem, assim também hoje e neste evangelho acontece. Dirige-nos palavras de conforto. Ele mostra-nos que não nos deixa abandonados.
Por que buscamos outros caminhos? Por que acreditamos nos contos que o mundo nos prega? Por que não assumimos a vida nova de Cristo pra valer? O que está nos faltando: fé, disposição, coragem, humildade, oração, conhecimento da Palavra? Responda por você e a você!
Propósito:
Pai, meu coração anseia por estar em comunhão contigo, em tua casa, lugar que Jesus preparou para mim. Que eu persevere sempre no caminho que me leva a ti.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Evangelho do dia 30 de abril - São Pio V



30 Vale mais um pensamento de caridade que se desenvolve no coração do nosso Cottolengo do que mil projetos filantrópicos que se procura promover à custa de milhões espremidos das veias do povo. (L 76). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São João 13,16-20

"Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o empregado não é mais importante do que o patrão, e o mensageiro não é mais importante do que aquele que o enviou. Já que vocês conhecem esta verdade, serão felizes se a praticarem.
- Não estou falando de vocês todos; eu conheço aqueles que escolhi. Pois tem de se cumprir o que as Escrituras Sagradas dizem: "Aquele que toma refeições comigo se virou contra mim". Digo isso a vocês agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vocês creiam que "EU SOU QUEM SOU". Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem receber aquele que eu enviar estará também me recebendo; e quem me recebe recebe aquele que me enviou."

Meditação:

Na noite em que Jesus institui a eucaristia, ele se rebaixou para lavar os pés dos apóstolos. “Aquele que diz que permanece em Jesus, deve também andar como ele andou”.(1Jo 2,6) Se queremos, portanto, verdadeiramente participar do banquete eucarístico, devemos aprender a lavar os pés uns aos outros, ou seja, a nos servirmos mutuamente em humilde caridade.
Os discípulos relutavam em aceitar que o Mestre Jesus lhes lavasse os pés. Este gesto foi interpretado como uma quebra de hierarquia e esvaziamento da autoridade. É que eles pensavam a sociedade organizada em camadas sociais, sobrepostas segundo a importância de cada uma, num sistema de precedências e privilégios.

Jesus recusou-se a pactuar com esta mentalidade, oferecendo-lhes pistas para compreenderem a realidade de maneira diferente. Ele parte do princípio que "o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou". Isto vale tanto para o Mestre quanto para os discípulos.

Entretanto, trata-se de saber que senhor é aquele que enviou Jesus, segundo a afirmação do Mestre. Sem dúvida, ele está falando do Pai, que fez de Jesus servo e enviado, e que acolhe também os discípulos do Filho como servos e os envia em missão. Se é possível falar em hierarquia, convém saber que só existe uma: a que sobrepõe Deus ao ser humano, o Criador à sua criatura. Além desta, qualquer tentativa de classificar as pessoas em mais ou em menos importantes será sem cabimento. Quem se imagina superior aos demais está usurpando o lugar de Deus. Só ele é o Senhor; todos nós somos irmãos e irmãs.

Jesus terminou de lavar os pés de seus discípulos e quer explicar a eles o que realizou, citando um provérbio conhecido: “Não é o servo maior que seu senhor nem o enviado mais do que quem o envia”. Com este provérbio os convida a seguir seu comportamento. Ser senhor significa servir e estar disposto a dar vida por amor, porque no amor o ser humano alcança a verdadeira vida, sua plenitude. Não é o poder o que faz feliz, senão o amor. Não é ser superior senão ser igual: Jesus nos chama a isso. Lamentavelmente dentro do grupo de Jesus há um – Judas – que não está disposto a seguir este caminho e elegeu o amor ao dinheiro mais que a adesão a Jesus e a sua mensagem de amor.
Nesta perspectiva, o gesto de humildade de Jesus é perfeitamente compreensível. Ele agiu como servo, por ser servo. E, como ele, todos devem agir, pois também são servos. Portanto, o gesto de Jesus só é incompreensível para quem não pensa como Deus.
À continuação destas palavras Jesus pronuncia outro dito solene: “Quem recebe a qualquer um que eu enviei, recebe a mim, e quem recebe a mim, recebe aquele que me enviou”. Jesus e Deus se manifestam em quem acolhe o outro. Não há melhor expressão de igualdade: receber a um enviado de Jesus é como recebe-lo, e recebe-lo é como receber a Deus. Se seus enviados põem em prática sua mensagem de amor, quando estes forem recebidos, estarão refletindo o estilo de vida de Jesus, e vendo o estilo de vida de Jesus poderão entender melhor que Deus é também amor e quer a solidariedade e o serviço para experiência de amar e ser amado. Jesus efetua uma inversão total da concepção tradicional de Deus e, em conseqüência, de sua relação com o ser humano e das pessoas entre si. Contra tudo o que ensinava as religiões, Jesus revela que o atributo principal de Deus não é o poder, senão o amor, doador de vida. E se Deus, o Pai, não exerce domínio, nenhum poder nem domínio humano está legitimado. De fato, a idéia de um Deus soberano, com seu trono no céu, fundava o paradigma das grandezas humanas; os mais poderosos entre os humanos criam ser os que mais se pareciam com Ele. Mas, com Jesus, Deus deixou seu trono; manifesta-se como amor ao serviço de cada um (como lavando os pés).
Reflexão Apostólica:

Como na leitura de Atos 13,13-25, a idéia central da liturgia de hoje é a fidelidade do Pai no cumprimento de suas promessas. Esta fidelidade é demonstrada por Jesus quando ele se manifesta com instrumento de Deus. Na realização de sua obra, Jesus não se sente mais que o Pai, e da mesma forma o discípulo não poderá nunca pretender estar acima do Mestre. O mais impressionante é que não se trata de uma proposta teórica de Jesus. Se nós prestarmos atenção ao evangelho, veremos que estamos no contexto do lava-pés. Jesus acaba de lavar os pés de seus discípulos, algo que talvez nem eles tinham imaginado. Recordemos a resistência de Pedro para se deixar lavar. Como isto?!! O Mestre realizando uma obra própria de escravos?!! Sem dúvida, são esses os sinais escolhidos por Jesus para demonstrar até onde chega na prática a sua doutrina.

No caminho do seguimento pode haver duas formas de trair a Jesus, de ser infiel a ele: quando o discípulo pretende tomar o seu lugar ou quando o rejeita, por incompreensão ou por não entender nem ser capaz de encarnar sua oferta.

Nosso trabalho como evangelizadores teria que ser examinado continuamente para ver em que ponto se encontra. Poderia ser que os “sucessos” de nossas tarefas nos fazem brilhar, porque somos simpáticos ou porque nos cremos muito liberados. Mas poderia acontecer que a essência da mensagem nem seja vista, nem se manifeste a parte alguma. Não esqueçamos que a mensagem em essência deve ser levada à ação, à práxis.

Seria importante considerar se nosso silêncio diante de todos os anti-valores do mundo não é uma forma concreta de infidelidade a Jesus ou uma maneira prática de estar “entregando-o”. Nossa falta de um radical compromisso na luta com os humildes e marginalizados de nossa sociedade é uma maneira de desqualificar a validade atual e permanente do projeto de Jesus. Por ignorância? Por incapacidade? Por medo? Seja o que for, no fundo é traição e infidelidade.

Propósito:

Pai, inculca no meu coração a certeza de que só tu és Senhor, e que entre os seres humanos deve reinar igualdade e solidariedade, sem opressão.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Evangelho do dia 29 de abril - Sta Catarina de Sena



29 - O mundo sofre por falta de fé, de esperança e de caridade. (L 25).
João 12,44-50

"Jesus disse bem alto:
- Quem crê em mim crê não somente em mim, mas também naquele que me enviou. Quem me vê vê também aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz para que quem crê em mim não fique na escuridão. Se alguém ouvir a minha mensagem e não a praticar, eu não o julgo. Pois eu vim para salvar o mundo e não para julgá-lo. Quem me rejeita e não aceita a minha mensagem já tem quem vai julgá-lo. As palavras que eu tenho dito serão o juiz dessa pessoa no último dia.
- Eu não tenho falado em meu próprio nome, mas o Pai, que me enviou, é quem me ordena o que devo dizer e anunciar. E eu sei que o seu mandamento dá a vida eterna. O que eu digo é justamente aquilo que o Pai me mandou dizer.
"
Meditação

O Evangelho de hoje nos apresenta a parte final do Livro dos Sinais, em que o evangelista faz uma avaliação. Muitos acreditaram em Jesus e tiveram a coragem de manifestar a própria fé, publicamente. Outros discípulos acreditaram, mas não tiveram a coragem de manifestar publicamente sua fé.

Tiveram medo de serem expulsos da sinagoga. E muitos não acreditaram: "Apesar de ter feito tantos sinais diante deles, ele não creram nele. Foi assim que se cumpriu a palavra do profeta Isaías, quando diz: ‘Senhor, quem acreditou na nossa palavra? E o braço forte do Senhor a quem se revelou?” (Jo 12,37-38). Após esta constatação, João retoma alguns temas centrais de seu evangelho.

"Quem crê em mim crê não somente em mim, mas também naquele que me enviou.". Esta frase é um resumo do evangelho de João. É o tema que aparece e reaparece de muitas maneiras. Jesus está unido ao Pai que jamais fala em seu nome, mas sempre em nome do Pai.

João retoma o que já tinha afirmando no prólogo: "O Verbo era a luz verdadeira que ilumina todo homem” (Jo 1,9). "A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a receberam " (Jo 1,5). Aqui ele repete: "Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas".

Jesus é uma resposta viva aos grandes questionamentos que movimentam e inspiram a busca do ser humano. É uma luz que ilumina o horizonte. Faz descobrir o lado luminoso da obscuridade da fé.

Chegando ao final de uma etapa, nasce a pergunta: "Como será o juízo? Nestes dois versículos o evangelista esclarece o tema do juízo.

O juízo não se dá com as ameaças das maldições. Jesus afirma: se alguém ouve as minhas palavras e não as observa, eu não o condeno; porque não vim para condenar o mundo, mas para salvar o mundo.

Quem me rejeita e não aceita minhas palavras, já tem quem o condena: a minha palavra, o condenará no último dia. O juízo consiste no modo com o qual a pessoa se define diante da própria consciência.

As últimas palavras do Livro dos Sinais são um resumo de tudo o que Jesus disse e fez até agora. Reafirma o que disse desde o começo: "Não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar. Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que eu digo, eu o digo conforme o Pai me falou".

Jesus é o reflexo fiel do Pai. Por isso, não oferece prova nem argumentos àquele que o provocam para legitimar suas credenciais.

É o Pai que o legitima através das obras que ele realiza. E dizendo obras, não se refere aos grandes milagres, mas a tudo o que ele disse e fez, até nas mínimas coisas.

O próprio Jesus é o Sinal do Pai. É o milagre vivo, a transparência total. Ele não se pertence, mas é inteiramente propriedade do Pai. As credenciais de um embaixador não vêem dele, mas daquele que representa. Veem do Pai.

 João faz uma avaliação da atividade reveladora de Deus. Se eu fizesse uma avaliação da minha vida, o que haveria se positivo em mim? O que há em mim que me condena?
  
Reflexão Apostólica

(…) Ser cristão significa ouvir as palavras de Jesus, reconhecer o caráter divino que está presente nela, sentir-se apelado por ela para não mais viver nas trevas do erro, do pecado e da morte, mas sim na luz da verdade, da vida e do amor e responder de forma positiva a este apelo para que, CRENDO NAS PALAVRAS DE JESUS, CREIAMOS FIRMEMENTE NAQUELE QUE O ENVIOU PARA A NOSSA SALVAÇÃO”. (CNBB)

Em que momentos somos seqüestrados pela escuridão? Quais são as situações que enfrentamos que nos levam a perder por completo a esperança? O que faz alguém se negar a acreditar?

Na traição, na falta de compreensão, na angústia, na perca, no isolamento, na indiferença, nas grandes batalhas, em meio a dívidas, [...], mas noto que mesmo nessa hora somos convidados ou imbuídos a não esmorecer. Em meio a uma tempestade de problemas, tendo às vezes nenhum horizonte visível, somos DESAFIADOS a continuar lutando.

Num embate sempre existirá um perdedor e um vencedor, por mais equilibrada que sejam os oponentes, alguém vai cedera vitória.
  • (…) Um perdedor
É aquele que não crê, que desiste, que não enfrenta, que recusa a ouvir conselhos, o que persiste por orgulho, o teimoso, aquele que entrega os pontos. Aquele que confia somente em si, não partilha, não colabora, que aponta, (…).

Aquele que pensa ser forte, mas é o fraco! “(…) Se alguém ouvir a minha mensagem e não a praticar, eu não o julgo. Pois eu vim para salvar o mundo e não para julgá-lo. Quem me rejeita e não aceita a minha mensagem já tem quem vai julgá-lo”.
  • (…) Um vencedor
Aquele que levanta, que insiste, não desiste e persiste. É aquele que tem um motivo nobre, uma benção na fronte, um olhar para o horizonte e um sentimento forte.
É aquele que põe sua confiança no céu sem tirar os olhos dos que estão no chão; é o que junta e não espalha, é o que agrega e não o que segrega; é o que consegue ver o projeto ainda na planta; é aquele que a luz sempre o acompanha…

Esse, por mais que pareça fraco, é o forte! “(…) Quem crê em mim crê não somente em mim, mas também naquele que me enviou. Quem me vê, vê também aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz para que quem crê em mim não fique na escuridão”.

É gratificante olhar nos olhos dos que escolheram a simplicidade e poder ver Deus neles. Chego a conclusão que o reino de Deus para eles foi sussurrado e não insistido aos berros. Nossa religiosidade cristã é complicada para esse mundo tão materialista, ou melhor, é um grande paradoxo: O maior de todos os servos virou senhor pela simplicidade e não pela força.

A fé faz-nos entender que a grande força que brota dos filhos de Deus é da própria luz que emana do Espírito Santo que habita em cada um de nós.

A questão agora não é mais se acredito ou não, mas se rejeito que a mensagem da Boa Nova seja de vida e que liberte, como aqueles que se dizem alheios a ela. O que parece é que essas pessoas não renegam a Jesus e sim as regras e dogmas que temos como igreja.

É comum vê-las citar frases e expressões ensinadas por Jesus como referencia e também participando de debates “calorosos” quando o assunto é religião…

Aquele que vive no sítio, onde não há luz elétrica, se encanta o ver a luz do luar, das estrelas, dos faróis dos carros que passam na estrada. O lavrador dá bom dia ao sol e começa o seu trabalho.

Quem tem a graça de enxergar só não vê a luz se por vontade própria fechar os olhos, mas mesmo assim a luz aos poucos surge e a total escuridão passa, ficando a penumbra. Só vive por completo na escuridão aquele que por orgulho mente pra si próprio ou desistiu.

Portanto, não desista de ver a luz!

Levanta! É mais fácil olhar pela janela ficando de pé!

Seja luz! Pode me chamar de sonhador, mas Deus me chama de forte!

Propósito: Manter meu olhar iluminado pela luz de Jesus, hoje e todos os dias. 

domingo, 26 de abril de 2015

Evangelho do dia 27 de abril segunda feira



27 - É preciso voltar ao catecismo, o livro por excelência, que contém uma verdade, um conselho, um ensinamento para todos: aos reis ensina a arte de governar e ao povo delineia os princípios de igualdade e de liberdade; ao poder legislativo fornece os critérios da legislação; orienta o funcionário na administração dos bens públicos; aponta aos magistrados os caminhos da justiça; revela ao operário a honestidade no trabalho; garante ao rico seus direitos de propriedade e ao pobre assegura o pão cotidiano da caridade. (L 25). São Jose Marello
João 10,1-10

"Jesus, o pastor verdadeiro
Jesus disse: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não entra no curral das ovelhas pela porta, mas pula o muro é um ladrão e bandido. Mas quem entra pela porta é o pastor do rebanho. O porteiro abre a porta para ele. As ovelhas reconhecem a sua voz quando ele as chama pelo nome, e ele as leva para fora do curral. Quando todas estão do lado de fora, ele vai na frente delas, e elas o seguem porque conhecem a voz dele. Mas de jeito nenhum seguirão um estranho! Pelo contrário, elas fugirão, pois não conhecem a voz de estranhos.
Jesus fez esta comparação, mas ninguém entendeu o que ele queria dizer.
Então Jesus continuou: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eu sou a porta por onde as ovelhas passam. Todos os que vieram antes de mim são ladrões e bandidos, mas as ovelhas não deram atenção à voz deles. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair e achará comida. O ladrão só vem para roubar, matar e destruir; mas eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa.
"
Meditação

Em complemento ao tema fundamental do evangelho, que é o dom da vida eterna, João apresenta um tema eclesial sob a forma de uma parábola: o redil das ovelhas.

Em Jesus, temos o modelo do verdadeiro pastor. Nele se realiza a espera do bom pastor prometido por Deus: o «grande pastor», maior que Moisés (Hb 13,20). Em Jo 10,1-10 se afirma que Jesus é a «porta» para se chegar às ovelhas e para ter acesso às pastagens (10,7.9-10).

O tema das ovelhas já tinha sido introduzido em Jo 2,15 e em particular em 5,2 onde se indica uma porta das Ovelhas com cinco pórticos nos quais estavam deitados os doentes para serem curados.

Neste último contexto as ovelhas estão indicando o povo oprimido pelos líderes. Em Jo 10,1 Jesus liga o tema das ovelhas ao átrio do templo, a instituição judaica administrada por pessoas com poder que pisavam o direito, a justiça e aproveitavam do povo. Essas pessoas são qualificadas por Jesus como «ladrões e bandidos».

Jesus dirige esta parábola a alguns fariseus que lhe estavam próximos, após a cura de um cego. Jesus, de início, se afirma como sendo a porta do redil. É através dele que entram os verdadeiros pastores e as ovelhas, formando a autêntica comunidade.

João, por meio desta bela alegoria, quer expressar que Jesus é o verdadeiro Pastor, é o homem que realmente conduz o rebanho para os melhores pastos.

A alegoria é uma síntese da profunda reflexão que desenvolveu a comunidade joanina a partir da experiência de vida junto ao Mestre, chegando à conclusão de que o projeto de Jesus é uma porta que comunica a humanidade com a vida plena.

Nesta alegoria Jesus se identifica com o verdadeiro pastor do rebanho que conhece pessoalmente cada uma de suas ovelhas. Entra no curral e as retira. De onde as retira? Das garras desses pastores que entraram no curral sem serem enviados por Deus, ladrões e assaltantes que entraram para roubar, matar e destroçar.

Por que a comunidade não entende o que Jesus está dizendo? Porque as pessoas tinham certeza que os pastores anteriores eram consagrados. Mas Jesus tem um olhar crítico sobre a realidade.

Não se pode entrar na comunidade de qualquer maneira nem por qualquer lugar. Deve-se entrar pela mesma prática de misericórdia, serviço e justiça de Jesus e essa porta que é Jesus é porta de liberdade. Pode-se entrar e sair para encontrar a vida e vida em abundância.

Enquanto milhões de seres humanos se debatem na maior miséria, continuamos repetindo que Jesus veio para que tenhamos vida e vida em abundancia.

Como poderão crer os pobres sem uma mudança real de suas situações desumanas? Os povos perdem força em meio a situações conflitivas e com dor vemos que seus pastores são responsáveis quando não diretamente culpados.

As diferentes imagens que encontramos neste relato (a porta, o salteador e o pastor) quer manifestar que as atitudes e comportamentos de Jesus são propostas de vida diferentes daquelas promovidas pelos líderes da ordem social e econômica do momento que, tal como descreve o relato, são estranhos que não promovem e defendem a vida da comunidade; são esses que entram ao lado do rebanho para “roubar, destroçar e matar”.
O bom pastor é aquele que se identifica com suas ovelhas, aquele que se envolve na dinâmica das mesmas. A comunidade cristã deve reconhecer novamente a voz de seu Pastor para se deixar conduzir na liberdade pelo caminho da misericórdia e da justiça, já que muitas vezes caminha pela indiferença e comodidade em abundância.

Reflexão Apostólica
Deus é o grande pastor e Jesus a porta! Lembremos do evangelho da semana passada (26/4): "(…) SÓ PODERÃO VIR A MIM AQUELES QUE FOREM TRAZIDOS PELO PAI, que me enviou, e eu os ressuscitarei no último dia. Nos Profetas está escrito: 'Todos serão ensinados por Deus.' E todos os que ouvem o Pai e aprendem com ele vêm a mim." (Jo 6, 44-46)

Ontem, vimos a passagem que se segue à de hoje. Fazer essas idas e vindas na leitura dos evangelhos nos permite contextualizar o que esta acontecendo e de certa forma primar do entendimento, em separado, de um determinado versículo em detrimento ao seu pré-texto, texto e contexto.

Ele nos remete a intrigante solução de uma dúvida: A quem estamos ouvindo?

Gostaria de trazer um exemplo da nossa realidade para fazermos uma analogia da situação proposta. Convido-os comigo a imaginar… Imagine uma festa, um evento, um show… Numa praia ou num lugar amplo, tipo daquelas festas de fim de ano que acontecem em vários locais do Brasil.

Como bem sabemos, nem todos se encantam ou são fãs dos cantores que se revezam no palco, portanto, fazem suas “panelinhas” em palcos alternativos um pouco mais afastado do som central.

Isso é bem comum em festas dentro de bairros onde pessoas, por meio de sons bem potentes instalados em seus carros, promovem ilhas de som, competindo com o evento central onde se concentram a maioria das pessoas. Precisamos notar bem a situação… Os dois eventos estão acontecendo simultaneamente e competem entre si, mas quem sairá vencedor?

Vivemos isso no que diz respeito à participação dos fieis na igreja. A missa para muitos, principalmente os mais jovens, deixou de ser o “som central” da semana, mas de certa forma isso não me preocupa, pois sempre fomos uma “ilha de som alternativo”.

Sim! Jesus apresentava um viver alternativo aos olhos daquele tempo e ainda do nosso. De certa forma competia com o viver pagão da maioria e com o cárcere intelectual dos doutores da lei judaicos

É preciso viver nesse mundo, mas não ser desse mundo. A voz do pastor, por mais que nesse mundo ainda soe como voz “alternativa” é a única que salva e leva à porta. Viver no mundo carece de que vivamos em ilhas com o “alternativo”, pois foi através dela que os judeus foram libertos do cárcere do Egito. Um palco chamado oração.

Nem tudo que existe no mundo é ruim como apregoam alguns segmentos extremistas, pois de certa forma fomos nós mesmos que os estragamos. A sexualidade era uma situação de um casal, mas hoje se resume a pulseiras multicoloridas colocadas nos braços de adolescentes.

Nem tudo que “toca” no palco central deve nos prender. Não podemos ser reféns do que não gostamos ou concordamos para estar na moda ou fazer parte da turma, pois por muitas vezes que buscamos ser descolados e diferentes, estamos na verdade sendo iguais a outros tantos. Sim! Ser diferente às vezes é ser igual a alguém, portanto não nos torna diferente!

O jovem que ainda procura o engajamento social e em uma pastoral ou movimento ainda soa como um “palco alternativo”

Lembremo-nos: Nem tudo me convém!

Obs.: Quando o show acaba, só o palco alternativo continua tocando.

Propósito: Participar da entrega de Jesus e  fazer tudo em seu Nome, para que se realize a verdadeira felicidade.
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