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sábado, 29 de junho de 2019

Evangelho do dia 04 de julho quinta feira 2019


04 Julho Há na natureza algumas substâncias que, por sua propriedade natural, não seguem a lei comum e, colocadas na água, não se molham, atiradas ao fogo, não se queimam; assim vós, embora no mundo, não deveis pertencer ao mundo, mantendo-vos alheios aos seus interesses, às suas honrarias, aos seus princípios e às suas festas. (S 354). São Jose Marello
 
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 9,1-8

"Jesus passou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. Apresentaram-lhe, então, um paralítico, deitado numa maca. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: "Coragem, filho, teus pecados estão perdoados!" Então alguns escribas pensaram: "Esse homem está blasfemando". Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: "Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? Que é mais fácil, dizer: 'Os teus pecados são perdoados', ou: 'Levanta-te e anda'? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, - disse então ao paralítico - levanta-te, pega a tua maca e vai para casa". O paralítico levantou-se e foi para casa. Vendo isso, a multidão ficou cheia de temor e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos seres humanos."  

Meditação: 

Mateus, preocupado em reunir dez milagres de Jesus, nos capítulos 8 e 9 de seu evangelho, resume esta narrativa da cura do paralítico, bem mais detalhada em Marcos e, embora a sua preocupação seja o caráter messiânico da cura milagrosa, o núcleo da narrativa é o perdão dos pecados.
A cura do paralítico nos é contada também pelos evangelistas Marcos (2,1-12) e Lucas (5,17-26). Marcos apresenta a história do paralítico com mais particularidades. Nos diz que os portadores do leito sobre o qual jazia o paralítico, não podendo apresentar o doente a Jesus por causa da multidão.
São todos particulares que não pertencem à historia em si, mas ao modo de apresentá-la. Na sua versão, Mateus estiliza a cena reduzindo-a ao essencial, omitindo todos os particulares.
A chave para descobrir a intenção de Mateus está nas palavras de Jesus: Vendo a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.
O pecado, no Primeiro Testamento, era qualquer desobediência aos mais de seiscentos preceitos da Lei, impondo restrições minuciosas às práticas comuns do dia a dia.

O povo trabalhador, oprimido e empobrecido, por suas próprias atividades de sobrevivência não tinha condições de observar estes preceitos todos. Assim era considerado pecador.

As doenças e defeitos físicos eram consideradas como castigo pelo pecado. Jesus vem remover a culpa imputada pela Lei, retirando a acusação de pecado do paralítico e libertando-o de sua paralisia.
Neste texto, Mateus quer afirmar que Jesus tem o poder de perdoar os pecados. A cura do paralítico comprova esse poder.
Além de ter o poder de perdoar os pecados, Jesus demonstra que tem um poder mais forte, que é aquele de penetrar os pensamentos dos escribas, sem que alguém lhe contasse, e disse-lhes: Por que pensais mal em vossos corações?

Por sua vez, Jesus, possui um conhecimento sobre-humano, sobrenatural, doado-lhe pelo Espírito Santo. Em outros momentos Jesus dirá: Vocês vêem as aparências. Eu vejo o coração. Este conhecimento sobrenatural de Jesus demonstra que Ele tem também uma dignidade única e que justifica o seu poder também único, aquele de perdoar os pecados.
Quando Jesus quer demonstrar que tem o poder sobre o pecado, o paralítico passa em segundo plano, como se não interessasse mais o paralítico curado, e sim para que saibais que o Filho do homem tem o poder de perdoar os pecados.
A razão da cura do paralítico que ouviu as palavras de Jesus levanta-te… toma a maca e volta para tua casa, é demonstrar a saúde eterna; o perdão dos pecados é mais importante do que a saúde do corpo.

Mateus, além de demonstrar o poder de Jesus, quer realçar a fé daquela multidão que se aproximou de Jesus, atraída a Ele justamente por causa deste poder. Fé tão grande que venceu todas as dificuldades. Fé que é confiança ilimitada no poder de Jesus, posto a serviço do ser humano.
Por fim, Mateus, depois de nos contar a cura e o perdão dos pecados do paralítico, nos fala daquela multidão que, diante deste milagre de Jesus, ficou com medo, glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens.

O poder de Jesus de perdoar os pecados foi passado aos seus discípulos-apóstolos, quando ao ressuscitar dos mortos e aparecendo-lhes, disse-lhes: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. Depois destas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (João 20, 21-23).

Antes Pedro, à pergunta de Jesus: “No dizer do povo, quem é o Filho do homem?” E aos seus discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. E Jesus disse a Pedro: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: Tudo o que ligares na Terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus (Mt 16,13-19).
Portanto, a Igreja de Cristo e na Igreja os homens escolhidos por Cristo, têm a missão de administrar o sacramento do perdão.
Não são eles que perdoam. É Cristo que o faz na pessoa do Sacerdote. Este poder de perdoar os pecados é inseparável da pessoa de Cristo e da Sua Igreja, Uma, Santa Católica e Apostólica.

Reflexão Apostólica:

"Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: "Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? Que é mais fácil, dizer: 'Os teus pecados são perdoados', ou: 'Levanta-te e anda'?."
Ao curar o paralítico com essas palavras Jesus nos revela que o pecado nos paralisa, aprisiona e nos tira a liberdade interior.
Assim Jesus foi direto à raiz da paralisia humana, o pecado, que tolhe a vida da pessoa, impedindo-a de caminhar por si mesma.
Quantas vezes nós nos sentimos presos (as), acorrentados (as), aos sentimentos de ódio, de medo, revolta, ressentimento, idéia de vingança, precisando de alguém que nos ajude!
O pecado é tudo que nos afasta da fonte do Amor de Deus. O pecado é o desamor, é a falta da graça de Deus e, somente quando em nós essa graça é restituída, nós nos sentiremos verdadeiramente livres.
Vamos aqui nos deter em três pontos de reflexão deste evangelho: Jesus demonstra o seu poder de cura, o poder de estar vendo os nossos pensamentos, e a repreensão aos fariseus por terem feito um julgamento. ""Como pode este homem falar assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?" (Mc 2,7).  

Essa é uma atitude típica de quem está com ciúmes, com inveja de outra pessoa de igual categoria, ou do seu nível, por ela estar fazendo uma coisa que nós gostaríamos de estar fazendo em seu lugar, como às vezes acontece na própria paróquia.

Eu entro na igreja e lá no altar está um conhecido fazendo a leitura. Ou, quando participo de um Encontro e vejo alguém fazendo uma palestra. Qual é a minha atitude? Ei! Por que eu não estou lá? Por que eu não posso fazer leitura/palestra também? Quem ele pensa que é para fazer leitura/palestra? 

Infelizmente existem ciúmes e inveja até nos lugares mais santos, porque somos pessoas pecadoras. E isso, às vezes, atrapalha, emperra o bom andamento das pastorais, e da evangelização.

Quanto a Jesus ver ou ouvir os nossos pensamentos, precisamos tomar mais cuidado, pois estamos pecando direto por pensamentos. E até consideramos serem santos pensamentos, como, naquele dia em que pensamos ser mais santos que aquela pessoa. Isso não é o cúmulo do absurdo?  Pois é, acontece. 

Um exemplo: Uma pessoa santa, talentosa, de muita fé, e conhecimento da doutrina da Igreja, enfrenta muitas dificuldades para se engajar em uma determinada comunidade, simplesmente por inveja ou ciúmes dos que fazem parte do centro de decisões, ou da coordenação.

Parece até repetição de algo escrito em reflexões anteriores. Porém, certas coisas muito importantes da nossa vida devem ser repetidas, refletidas para serem eliminadas ou corrigidas.

A cura do paralítico nos traz como exemplo a solidariedade dos amigos que o apresentaram a Jesus. Algumas vezes nós podemos ser o paralítico, outras vezes nós somos um dos amigos do paralítico quando nós ajudamos alguém a encontrar Jesus.
O Senhor quer tirar de nós a mentalidade de sempre querer receber e nada oferecer. Ele nos cura, mas nos manda também levantar e tomar a nossa cama , isto é a nossa vida e dar testemunho na nossa casa colocando-nos à disposição da edificação do Seu reino na nossa casa. Ele não nos quer acomodados na mesmice, mas ousados e cheios de fé.
O texto diz que o Mestre viu a fé daquele homem. Só é possível ver a fé de alguém, quando manifestada nas suas ações.

As providências tomadas pelo paralítico para estar na presença de Jesus devem ter sido formidáveis, pois chamou-lhe a atenção.
Esta confiança ilimitada explica a iniciativa do Mestre: declarar-lhe, imediatamente, perdoados os pecados e, assim, reconciliá-lo com Deus.
Segundo se acreditava na época, as doenças eram conseqüência dos pecados. O perdão era, por conseguinte, o primeiro passo para a cura, por cortar o mal pela raiz. Só, então, teria sentido propiciar ao paralítico a cura física.
A ação taumatúrgica de Jesus recriava o ser humano a partir de seu interior, atingindo os níveis mais profundos, ali onde se processa a comunhão entre a criatura e o Criador.
A restauração dos laços rompidos entre ambos permitia ao ser humano refazer-se, até chegar aos níveis exteriores. A cura acontece de dentro para fora. Quando o exterior é curado, é porque o interior já deve ter sido totalmente refeito.

A cura do paralítico foi possível por causa de sua confiança inabalável em Jesus. Esta é a fé que se exige de quem pretende ser curado por ele. Mas, a partir de dentro!
Você alguma vez se sentiu também paralisado (a) pelo pecado? Você já sentiu inveja de alguém? Você já recebeu ajuda de alguém que levou você para receber o perdão de Deus? Você tem ajudado às pessoas que estão doentes, paralisados (as) pela vida? Você é uma pessoa acomodada nos mesmo vícios, nos mesmos pecados? Você tem dado testemunho de Jesus na sua casa?

Propósito:
Pai, que minha fé ilimitada em teu Filho Jesus seja penhor de perdão e cura. Que o poder de Jesus me cure a partir do meu interior.

2º Meditação

O temor em nossos dias é de transgredir costumes estabelecidos na sociedade. Com freqüência damos mais valor às doutrinas do que às pessoas. Jesus desafia essa mentalidade. Para ele a pessoa está em primeiro lugar, em especial em se tratando de alguém que sofre. Jesus, mesmo correndo o risco de ser taxado de blasfemo, não teme libertar da culpa um homem cujos temores o paralisam a ponto de impedir-lhe o movimento.

Porém, a blasfêmia maior em nossos dias é não usar a força transformadora da própria religião a favor do bem-estar da pessoa que sofre. Jesus desafia seus adversários e assume uma atitude eficaz de compaixão, amor e solidariedade como caminho para alcançar a liberdade humana. Em nossa época as maiores blasfêmias já não contradizem certas doutrinas religiosas.

Blasfêmia hoje é questionar as práticas que nossa cultura secular consagra. É mal visto questionar o consumismo que paralisa a maior parte das pessoas a ponto de levá-las ao sedentarismo, à obesidade e ao conformismo. Da mesma forma, tornou-se inquestionável a exploração a que são submetidas nações inteiras com o objetivo de baixar custos de produção.

No bloco de dez milagres coletados por Mateus, nos capítulos 8 e 9 de seu evangelho, temos, hoje, a narrativa de cura de um paralítico. Mateus resume a narrativa de Marcos, rica em pitorescos detalhes.

No texto se percebe que o essencial é o perdão dos pecados, sendo a cura apenas o seu sinal. As elites religiosas das sinagogas e do Templo humilhavam e mantinham o povo submisso, imputando-lhes o caráter de "pecador" por não observarem as centenas de preceitos da Lei. A própria doença era considerada como fruto do pecado.
O tema central não é o milagre enquanto tal (a cura do paralitico), mas o perdão dos pecados. Vivemos em um mundo onde o ódio, o rancor, a vingança para com o outro faz parte da vida das pessoas. Custa-nos perdoar quem nos ofendeu ou nos tenha maltratado física e/ou moralmente. Por isso Jesus propõe outro modelo, outra forma, outro sistema de valores.

O perdão e a misericórdia são importantes na vida do cristão. Nessa passagem evangélica, Jesus tem misericórdia do paralitico e o cura. A cura, porém, não é só no aspecto físico, mas também espiritual, pelo perdão dos pecados, apresentando-o limpo diante de Deus e diante dos homens. A fé do paralitico e daqueles que o conduziam, anima Jesus a realizar a cura.

Jesus se admira da segurança dos que conduziam a paralítico. É o oposto dos letrados, que não crêem nas palavras de Jesus e o acusam de blasfemo. Este é o pecado maior dos letrados: não reconhecer a ação libertadora de Deus em Jesus, em meio da desgraça, exclusão e marginalização em que tantas pessoas vivem.
A libertação do pecado só poderia ser feita no Templo, mediante ofertas, em nome de Deus. Agora, o homem paralítico, considerado pecador, está libertado por Jesus, pode mover-se e ter iniciativas. Em Jesus, Deus dá aos humanos o poder de libertar-se dos pecados, e no amor e na prática da justiça, transformar o mundo.
Mateus, além de demonstrar o poder de Jesus, quer realçar a fé daquela multidão que se aproximou de Jesus, atraída a Ele justamente por causa deste poder. Fé tão grande que venceu todas as dificuldades. Fé que é confiança ilimitada no poder de Jesus, posto a serviço do ser humano.

Por fim, Mateus, depois de nos contar a cura e o perdão dos pecados do paralítico, nos fala daquela multidão que, diante deste milagre de Jesus, ficou com medo, glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens.

O poder de Jesus de perdoar os pecados foi passado aos seus discípulos-apóstolos, quando ao ressuscitar dos mortos e aparecendo-lhes, disse-lhes: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. Depois destas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 21-23).
Antes Pedro, à pergunta de Jesus: “No dizer do povo, quem é o Filho do homem?” E aos seus discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. E Jesus disse a Pedro: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: Tudo o que ligares na Terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus (Mt 16,13-19).

Portanto, a Igreja de Cristo e na Igreja os homens escolhidos por Cristo, têm a missão de administrar o sacramento do perdão. Não são eles que perdoam. Mas é Cristo que o faz na pessoa do Sacerdote. Este poder de perdoar os pecados é inseparável da pessoa de Cristo e da Sua Igreja, Uma, Santa Católica e Apostólica.

2 Reflexão Apostólica
(…) Onde é mais fácil que vejamos a ação de Deus na nossa vida, quando Deus realiza uma cura ou nos concede alguma graça pela qual suplicamos ou fizemos promessas ou quando ele perdoa os nossos pecados? É claro que ao lermos este texto, afirmamos que é quando ele perdoa nossos pecados, mas a gente não vê as pessoas celebrarem ações de graças quando são perdoadas e sempre vemos celebrações em ação de graças por curas, conquistas e coisas do gênero. Isto tudo nos mostra que intelectualmente sabemos as coisas certas, mas existencialmente vivemos subordinados aos valores do mundo, de modo que somos pessoas divididas entre o que falamos e o que de fato acreditamos. O Evangelho de hoje é para todos nós um convite: precisamos de fato enxergar mais além para valorizarmos mais os verdadeiros dons que Deus nos concede”. (CNBB)
Sinto que estou me repetindo em algo que já escrevi em reflexões anteriores. Mas acredito que certas coisas muito importantes da nossa vida devem ser repetidas, refletidas para serem eliminadas ou corrigidas.

O pecado tem tamanha influencia em nossas vidas que Jesus se empenhava ao máximo a libertar as pessoas, especialmente as mais simples, desse grande mal, no entanto ainda existem fariseus mais preocupados com os erros do que os acertos.

A quem compete curar e libertar? Realmente existe um grupo de pessoas eleitas por Deus a serem melhores que outras? O que leva alguém a deixar de anunciar a verdade e a paz para pregar uma grande mentira e a guerra? Fazendo uma grande analogia a esse fato pergunto: do que adianta ser um preso confesso e arrependido do seu crime, mas ainda esta preso ao crime que cometeu? Do que adianta o arrependimento se não ter um bom comportamento?

Nos questionamentos acima, vivemos a difícil situação de falarmos algo, no entanto vivendo outra. Em ambos os casos ainda falta algo

O que mais incomodava aos mestres da lei narrado no evangelho de hoje era o fato de Jesus propor-se a libertar ou mudar a realidade do paralitico. O homem poderia até continuar a claudicar (mancar), mas não seria mais refém do pecado. Como questionei acima, de que adianta a cura se não houver uma mudança de comportamento real?

É importante frisar que a dedicação de Jesus estava e ainda esta na remissão do pecado e não na doença, na fatalidade, no problema e sim na mudança do ponto de vista sobre sua própria vida. Um homem deitado e prostrado tem uma visão bem diferente daquele que se encontra de pé ou daquele que esta acima de um monte…

Muitos irmãos, inclusive nós, precisam apenas de uma oportunidade de levantar. Eles precisam é da mudança de realidade. Ao oferecer uma nova chance, Jesus renovava a vida de quem o encontra. Não posso então me alimentar da hipocrisia e acreditar que NÓS, paralíticos, deixaremos de MANCAR ou errar, mas ao sermos apresentados a nova realidade, dificilmente voltaremos a deitar no leito.

Jesus diz “(…) Levante-se, pegue a sua cama e vá para casa”. Apesar de ainda mancarmos, nunca mais seremos os mesmos. Ao voltarmos para casa, para nossa realidade, nossas vidas, ainda teremos a cama (o leito, o pecado) a nos rondar. A grande proposta de Jesus foi em dizer LEVANTE e coube aos fariseus em olhar apenas a cama.

A atitude de Jesus, mesmo sendo questionada, se foca no perdão e não na cura. “(…) Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho PODER NA TERRA PARA PERDOAR pecados”. A cura passa a ser conseqüência da vontade de mudar.

Esqueçamos a doença, ajudemos aos irmãos a levantar.

Propósito: Valorizar mais os verdadeiros dons que Deus nos concede. 
VALE A PENA?
A vida é como um espelho; ela dá em retorno a cada pessoa, a verdadeira reflexão dos seus pensamentos.  
Afinal…existe alguma coisa de valor nos pensamentos negativos que povoa tantas mentes? Pergunta: Quanto tempo você tem devotado à ira? Quanto dos seus esforços você investe em inveja, em ressentimento ou em ambos? O que é que isso pode lhe trazer de bom? Quais os valores positivos que esses sentimentos pode lhe acrescentar? 

Tudo tem um custo. Se você permite que alguém lhe deixe irado, você passa a dar a essa pessoa algo precioso de si mesmo: o controle sobre a sua vida. Vale a pena? Algo de bom em retorno? Se você permitir que alguém lhe coloque para baixo, você passa a ser lesado em algo de muito valor e de conseqüências terrivelmente nocivas. 

Você não pode controlar o que as outras pessoas fazem ou dizem. Porém, você tem total controle sobre a resposta que decidir dar a pessoas e às circunstâncias ao seu redor. Ver as coisas pela ótica negativa – absolutamente - não lhe acrescenta nada de bom. Faça o esforço para se manter positivamente focado. Olhe e busque para o lado bom da vida e você irá encontrá-lo. Transcenda a necessidade do inútil negativismo e você terá mais do que suficiente energia para um abundante e gratificante modo de viver.


Evangelho do dia 03 de julho quarta feira 2019


03 julho - Cristo ressuscitou, Cristo vive, Cristo reina, Cristo está no meio da sua Igreja, terrível e formidável. Ele disse uma grande palavra: "Confidite: Ego vici mundum” Tende confiança, eu venci o mundo. Lutemos e confiemos! (L 39). SÃO JOSE MARELLO

Leitura do santo Evangelho segundo São João 20,24-29
 
"Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de "o Gêmeo", não estava com eles quando Jesus chegou. Então os outros discípulos disseram a Tomé: 
- Nós vimos o Senhor! 
Ele respondeu: 
- Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer! 
Uma semana depois, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: 
- Que a paz esteja com vocês! 
Em seguida disse a Tomé: 
- Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia! 
Então Tomé exclamou: 
- Meu Senhor e meu Deus! 
- Você creu porque me viu? - disse Jesus. - Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram! " 

Meditação:

Hoje, celebramos na Igreja a festa de são Tomé apóstolo. Segundo a tradição joanina, este discípulo do Senhor teve sérias dificuldades para aceitar a mensagem da ressurreição.

Seguramente, o medo, o sentimento de fracasso, a decepção ante a tragédia do calvário produziu seus efeitos tanto em Tomé quanto nos outros discípulos do Senhor.

A convivência com Jesus tinha despertado a esperança nos seguidores do Senhor. A iminente restauração do Nacionalismo Judeu. Falsas expectativas, pois o projeto de Jesus transcende todo o limite histórico e geográfico.

Nos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) o nome de Tomé é mencionado apenas uma única vez, compondo a lista dos Doze apóstolos. No Evangelho de João, Tomé aparece em quatro situações: na narrativa da ressurreição de Lázaro, em um diálogo na última ceia, neste detalhado diálogo com o Ressuscitado e na pesca milagrosa na Galiléia, também com o Ressuscitado. Este episódio do Evangelho de hoje, de certo modo, relativiza as narrativas de visões do Ressuscitado.

Este dia em que a Igreja celebra a memória de são Tomé, apóstolo, Jesus nos faz no evangelho uma séria advertência para rever seriamente nossa vida como discípulos, para esclarecer em que ou em quem temos colocado nossa confiança e existência. 

É comum escutarmos em nosso dia-a-dia a expressão: “ver para crer”, que revela em nós uma atitude que pode chegar a ser tão negativa como a própria rotina, ou seja, nosso ceticismo diante de nós mesmos, dos outros e do próprio Deus. 

Não podemos fechar-nos à possibilidade de que as realidades de morte e sem sentido que obscurecem a humanidade cheguem a mudar. Nem tampouco garantir, em troca, que por tempo indefinido continuarão presentes em nossa sociedade. 

“Ditosos os que não viram e creram!” é a bem-aventurança que nos lança Jesus no dia de hoje. Assinala-nos o caminho para uma mudança profunda tanto de cada um de nós como das estruturas nas quais estamos inseridos. Deveremos ter em conta que temos de nos abrir a viver a experiência do Evangelho como porta de acesso ao reino de Deus, em todo seu vigor e com as implicações que traz consigo, como a cruz redentora de Cristo.

Tomé é um dos seguidores mais próximos de Jesus; por isso o festejamos hoje. Recordamos seu testemunho porque serve de exemplo. Este é o sentido que tem para a comunidade a celebração dos santos. São modelos para imitar em sua relação com o Mestre.

Refletimos assim três elementos em Tomé: primeiro, seu seguimento de Jesus. Os relatos evangélicos o apresentam como alguém que fez o caminho do Mestre. Nesse seguimento, certamente mudou de projetos: teve que deixar os seus e suas coisas para ir atrás da proposta do reino. 

Segundo, seu testemunho do Ressuscitado. O evangelho ressalta sua incredulidade inicial: na primeira aparição não estava; e, teimoso, se aferra a elementos racionais e físicos que lhe sirvam de prova: as feridas nas mãos, nos pés e no lado. Mas ao se apresentar Jesus Ressuscitado, sem necessidade de meter dedos ou mão se convence ante sua presença de que seu amigo Jesus vive, e proclama: Meu Senhor e meu Deus!, com uma fé profunda no Ressuscitado presente em sua vida. 

E terceiro, embora não seja um dado evangélico, podemos imaginá-lo saindo da Judéia como os outros apóstolos, a pregar a Boa Nova a todas as nações, fiel à missão que lhes dá Jesus antes de ir para o Pai. Assim, diz-se que Tomé evangelizou a Índia.

Alguém já disse: "Se a igreja não fosse de Deus os homens já teriam acabado com ela". Deus criou todas as coisas, e teve o bom gosto de criar tudo em ordem e perfeito. Mas o homem tem o poder de estragar tudo. A Igreja foi criada por Jesus, que se entregou por ela (Ef 5,25), ela é a noiva, bela, bonita e perfeita, e ele virá buscá-la (Ap 19,7). Esta é a verdadeira Igreja. 
Esta festa é uma ocasião para revermos nossa vivência cristã, pessoal e comunitária, da Boa Nova; um motivo para nos olharmos no espelho dos nossos antepassados que viveram, antes de nós, a fé em Jesus.

A aceitação ou recusa do amor de Deus, traduzido por Jesus, é o critério de discernimento que leva o homem a tomar consciência da sentença que cada um atrai para si próprio: sentença de libertação ou de condenação.

Tomé simboliza aqueles que não acreditam no testemunho da comunidade e exigem uma experiência particular para acreditar. Jesus, porém, se revela a Tomé dentro da comunidade. Todas as gerações do futuro acreditarão em Jesus vivo e ressuscitado através do testemunho da comunidade cristã.

O seguidor de Cristo não pode ser  apenas um ouvinte. O verdadeiro seguidor de Cristo deve ser um  executor da obra de Deus.

Ao lermos e refletirmos o  Evangelho, nos aperfeiçoamos cada vez mais e nos sentimos impelidos a fazer alguma coisa concreta para proclamar o Reino.

Todo cristão que realmente estuda e se aprofunda na fé, buscando todos os dias crescer espiritualmente, percebe que este crescimento necessita da ação, do amor desprendido, da ajuda ao irmão que sofre.

A religiosidade autêntica não consiste apenas em conhecer a fé, mas em testemunhá-la com obras, com um cristianismo vivido no amor aos irmãos necessitados e no afastamento de todo e qualquer mal. É este o mandamento que Cristo nos deixou, o mandamento do amor a Deus e ao próximo, e é através do nosso trabalho de evangelização que estaremos testemunhando ao nosso próximo o verdadeiro amor que temos por Deus.

Pensemos hoje sobre este vínculo entre a fé e as obras e, mais particularmente, entre a fé e a caridade, pois ela é essencial para nos sustentarmos no caminho da Verdade.

Quando nos deixamos guiar pela fé em Deus, tornamo-nos pessoas interiormente fortes e perseverantes, mesmo em meio aos momentos mais desencontrados da nossa vida, nada nos desanima.

Não podemos nos esquecer que o Senhor tem um projeto para cada um de nós. O que precisamos é crer e confiar  que Deus é poderoso e concretiza seus desígnios e derrama suas graças  no tempo certo.

Peçamos hoje ao Senhor a graça de sermos ousados na fé.
Peçamos  à Maria que nos encoraje para sermos testemunhas vivas do Amor de Seu Divino Filho. E vivamos na graça e na certeza de que Ela nos concederá um bom dia a todos, com as bênçãos de Jesus, Maria e José!

Reflexão Apostólica:

A partir da dúvida de Tomé, já não há mais motivos para duvidarmos da presença operante de Cristo entre nós. Ele pode tudo e nos quer retirar da morte do corpo e nos dar a vida imortal. Nos quer revestir do corpo glorioso como o dele. 
A fé é o fundamento dos bens que se esperam, a prova das realidades que não se vêem, torna-se claro que a fé é a prova da verdade daquelas coisas que não podemos ver. Pois aquilo que se vê já não é objeto de fé, mas de conhecimento direto.

Crer no invisível é tomar Deus pela palavra sem insistir em ter uma “prova”. Afinal, para alguns, nem toda “prova” do mundo os convencerá a crer.

Viver pela fé, então, é continuar naquilo que já sabemos sobre o amor de Deus; significa confiar em Deus a partir do que já experimentamos; significa tomá-Lo pela palavra porque Ele nos mostrou Sua bondade e amor – não importando quão difíceis sejam nossas circunstâncias e não importando quanto deixamos de ver ou entender.

Tomé pediu um sinal tangível, lógica e racionalmente válido. Mas a experiência do ressuscitado implica lançar-se com absoluta confiança ao aparente vazio.

 Até aquele dia o discípulo ainda não acreditara na ressurreição de Jesus apesar do testemunho dos seus amigos. Jesus apresentou-se diante dele para que ele se rendesse. 

Diante da presença real de Jesus, vivo e ressuscitado, Tomé tirou do trono a sua incredulidade e rendeu-se à ordem do Senhor: “E não sejas incrédulo, mas fiel!” Tocar nas feridas do Senhor, colocar a mão no seu lado, fez com que ele tivesse uma experiência com a dor de Jesus. 

Quando nós também passamos pela dor e nos colocamos em intimidade com Jesus nós podemos sem titubear, reconhecê-Lo: “Meu Senhor e meu Deus”! Aí então, nunca mais seremos os mesmos. 
Então, se Tomé viu e tocou, porque é que lhe diz o Senhor: Porque me viste, acreditaste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade exclamando: Meu Senhor e meu Deus. Portanto, tendo visto acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver.

O apóstolo Tomé é profundamente humano e nós nos parecemos muito com ele na falta de fé. Muitas vezes em nosso relacionamento com Deus, nos comportamos como Tomé, e agimos como uma criança birrenta. 

Colocamos a culpa em Deus das coisas ruins e tristes que acontecem em nossa vida e muitas vezes exigimos coisas que  não são necessárias para nós. 

Para que nós também sejamos curados de nossa falta de fé e de nossas frustrações com a vida e com as pessoas, olhemos para a cruz, para o lado aberto de Jesus, e peçamos a Ele a graça de entrarmos no seu coração. E, o lindo é que o próprio Jesus é quem nos chama para descansarmos no coração D’Ele: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas” (Mt 11,28-29). 

A nossa fidelidade a Deus é do tamanho da nossa fé. “Bem aventurados os que creram sem terem visto!” Nós somos os “bem aventurados”, porque, não podendo tocá-Lo fisicamente, nem tampouco vê-Lo, como foi concedido aos discípulos, nós O experimentamos pelo dom da Fé que recebemos no nosso Batismo. 

O conhecimento de Deus supera toda a inteligência e racionalidade, portanto, deixemo-nos ser íntimos do Senhor. Ele se oferece a nós como confidente de nossos pensamentos e interlocutor de nossas conversas secretas. 

Quando tudo é obscuro e se perde toda a segurança é quando se experimenta a força do ressuscitado que fortalece e confirma a fé.

Hoje, assistimos a um momento confuso e complexo da história. Perdeu-se a fé, não só no âmbito religioso, institucional eclesiástico, mas também no sentido da vida, nas pessoas, nas comunidades e grupos. Tendemos a levar uma vida isolada, insossa e descompromissada.

Hoje não existe uma experiência autêntica com o ressuscitado fora da comunidade de fé, só poderemos ver e crer em Jesus na Igreja. É a nossa comunidade que garantirá que verdadeiramente: “Nós vimos o Senhor!”.  Tomé se abriu ao dinamismo da ressurreição. Façamos nós o mesmo.

Hoje, também não é suficiente o batismo, a crisma, a comunhão, a missa todos os domingos. Falta, há exemplo dos apóstolos e primeiros cristãos, o encontro pessoal com o Senhor ressuscitado. As diversas experiências das primeiras comunidades nos orientam a este encontro com Jesus.

O encontro de Tomé, que precisou ver para crer. Importante que Tomé retorna possibilitando o encontro. Mas não esquecendo o que o Senhor disse: “Você acreditou porque viu? Felizes os que acreditarem sem ter visto.”

Jesus aparece a Paulo, no caminho para Damasco, e leva-o a conversão passando de perseguidor dos cristãos a perseguido. Embora, Paulo, não tenha pertencido aos primeiros discípulos que tiveram o convívio com Cristo, como nós hoje, o encontro com o Ressuscitado torna-o um dos mais fervorosos e decisivos discípulos na construção da nossa Igreja.

Não somos mais nós, mas Jesus em nós, quando a nossa caminhada esta repleta de encontros com o Ressuscitado e esta experiência abre nossos olhos, arde nossos corações, enche-nos de paz interior, transborda-nos do amor verdadeiro, ajuda-nos na verdade, justiça e humildade.

Aproximemos-nos do coração de Jesus com plena confiança e lancemos sobre Ele todos os nossos fardos.  Coloquemos como são Tomé as mãos nas chagas gloriosas de Cristo e pelo seu Sangue sejamos lavados, purificados e amadurecidos na fé, e assim possamos dizer com toda confiança: “Meu Senhor e meu Deus!”. 

Que são Tomé, apóstolo da duvida e da fé, rogue por nós e que Maria, Mãe da Divina Graça, nos faça repetir cada dia com mais ardor e muita fé: “Creio Senhor, mais aumenta a minha fé!”

Oremos hoje pedindo a Jesus que nos concede também a Sua paz e experimentemos levá-la a todos os lugares por onde formos. Depois, mais tarde, antes de dormir pensemos se o nosso dia foi diferente dos outros. Com Tomé digamos: MEU SENHOR E MEU DEUS!

Propósito:
Pai, não deixe a incredulidade contaminar o meu coração e me impedir de buscar um modo de ser, onde a vida e a esperança falem mais alto que a morte e o desespero.
PARA O SEU PRÓPRIO BEM
A frustração surge quando alguma coisa além do seu controle destrói e anula completamente seus planos. Contudo você pode dar à energia dessa frustração uma direção positiva. 
Algumas vezes, até mesmo o melhor dos seus esforços irá produzir resultados que você não antecipou. Em outras ocasiões, fatores que estão muito acima da sua capacidade de controle irão mudar completamente os resultados. Então, a seguir acontece o desapontamento. 

Todos os dias o mundo está mudando. Algumas dessas mudanças trazem surpresas agradáveis; outras, dificuldades que você não antecipou. Felizmente, da mesma forma que o mundo muda dia após dia, ano após ano, você tem consigo a habilidade de se adaptar. As mudanças fatalmente irão ocorrer, e você sempre terá a opção de lidar com elas da melhor maneira que puder. 

Talvez a sua primeira reação seja a de se vingar; devolver a mesma quantidade de estrago e desapontamento a quem quer que seja que os provocou. No entanto – com absoluta certeza –, isso não lhe trará nada de valor. Eis aqui um caminho melhor: encare tal oportunidade como realmente é - uma circunstância que está absolutamente debaixo do controle de Deus. E mais: talvez você venha a necessitar de um período de tempo para entender que tudo isso aconteceu para a sua proteção, e seu próprio bem.


Evangelho do dia 02 de julho terça feira 2019


02 julho Vós estareis no mundo, porém vossos ouvidos não prestarão atenção às vozes e às conversas do mundo, às blasfêmias e às impiedades dos homens, mas já ouvirão os cantos dos anjos que vos chamam a si; mesmo que ouçam essas vozes, será apenas para vos oferecer como vítimas de reparação ao amor desprezado de Jesus. (S 354). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,23-27

"Então Jesus entrou no barco, e seus discípulos o seguiram. Nisso, veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas. Jesus, porém, dormia. Eles foram acordá-lo. "Senhor", diziam, "salva-nos, estamos perecendo!" - "Por que tanto medo, homens de pouca fé?", respondeu ele. Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. As pessoas ficaram admiradas e diziam: "Quem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?"" 

Meditação: 

Mateus resume a narrativa de Marcos paralela a esta. Assim ele faz também com as demais narrativas de milagres da coleção de dez milagres reunidos nos capítulos 8 e 9 de seu evangelho, preocupado em destacar o caráter messiânico atribuído a Jesus.

Nos evangelhos temos seis narrativas semelhantes envolvendo dificuldades dos discípulos na travessia do mar. Três delas, esta de Mateus e as paralelas em Marcos e Lucas, durante uma travessia de barco para o território gentílico.

O trecho de hoje está escrito precisamente para demonstrar que a transcendência e independência de Jesus, manifestada com suas palavras e seu proceder diante das leis e costumes tradicionais e perante as leis físicas da natureza, revelam seu domínio absoluto sobre as crenças  e seu senhorio total como de criador e não de criatura sobre os acontecimentos, de modo que a nossa resposta de hoje não pode ser outra que a dos que estavam no barco: Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?

Ora vejamos: Jesus sobe a uma barca e diz aos apóstolos que vão à outra margem. Esgotado pelo cansaço, dorme na popa. Enquanto isso, se levanta uma grande tempestade que inunda a barca. Assustados, os apóstolos acordam Jesus, gritando-lhe: Mestre, não te importas que pereçamos? Após levantar-se, Jesus ordena ao mar que se acalme: Cala, emudece. O vento se acalmou e sobreveio uma grande bonança. Depois, disse-lhe: Por que estais com tanto medo? Ainda não tendes fé?

Deus cuida de nós, Ele se importa com nossa vida, e de que maneira! Nos momentos mais difíceis da nossa vida representados pela turbulência do mar agitado Ele está conosco e muitas vezes nos carrega no colo.

Olhando para traz vemos somente duas pegadas e julgamos que ele nos abandonou nos atirou a batata quente nas mãos e ficamos desesperados.

A resposta de Jesus será sempre a mesma. Eu estava, estou e estarei contigo em tudo. Porque te amo mais do que a mim mesmo. Renunciei a minha divindade e vim aqui na terra. Deixei-me crucificar e por ti morri para te provar o quanto te amo. Não duvide mais homem, mulher de pouca fé! Tenha confiança em Deus e crede em Mim também. Eu aclamo as tempestades da tua vida. Confia em mim todas as tuas preocupações.

Portanto, a confiança em Deus: esta é a mensagem do Evangelho. Naquele dia o que salvou os discípulos do naufrágio foi o fato de levar Jesus na barca, antes de começar a travessia.

Esta é também para nós a melhor garantia contra as tempestades da vida. Levar Jesus conosco. O meio para levar Jesus na barca da própria vida e da própria família é a fé, a oração e a observância dos mandamentos.

Reflexão Apostólica:

Aquela tempestade deve ter sido aterrorizante. Mateus a descreveu com uma palavra peculiar, a palavra grega "seismos", que normalmente se usava para um terremoto. Mateus só usou esta palavra em outras duas ocasiões na vida de Jesus, na hora da sua morte na cruz (27,54) e na ressurreição (28,2).

Doze homens que pessoalmente viram Jesus curar leprosos, paralíticos e diversos outros doentes, ainda ficaram apavorados pela fúria daquelas ondas. Como ficou a fé deles? Ruiu! Jesus admoestou os discípulos pela sua falta de fé. Mesmo assim, ele parou o vento e as ondas.

Se alguém lhe disser que Deus não lhe ajudou ou não lhe curou porque sua fé é pequena demais, mande aquele pessoa voltar a escutar este relato de Mateus.

É um estímulo à fé na eficácia da palavra de Jesus, diante do mar agitado de uma sociedade elitista que serve ao dinheiro e gera a exclusão e o sofrimento. A confiança e a fidelidade à Palavra de Deus nos movem à prática transformadora desta sociedade.

A tempestade que passa pela sua vida pode ter deixado um ente querido na cadeia, na UTI ou até no cemitério. Pode cheirar de álcool ou se chamar de divórcio ou câncer.

Seja qual for, pode parecer que engoliu a sua fé. Mas, se você tiver ao menos o suficiente para chamar o nome de Jesus, ele escutará.

O poder de Jesus não é medido pelo tamanho da nossa fé, mas, pelo amor, sem limites que ele tem por nós. O mesmo amor que o levou a salvar doze homens apavorados em alto mar o levará a lhe socorrer, seja qual for o tamanho do seu sofrimento, sua dor ou sua angústia. Chame Jesus. Confie nEle.

Quanta fé é necessário? Basta o suficiente para chamar o nome dEle. Faça isso. Não há nenhuma tempestade que Jesus não pode comandar e ele sempre está tão perto que pode ouvir a sua voz.

Quem sabe se na passagem da tempestade você não descobre uma fé muito maior do que aquela que você podia antes imaginar?

Meu Senhor e meu Deus, eu creio. Mas aumenta a minha pouca fé!
Propósito:
Pai Santo e Poderoso, o Senhor tem nos socorrido tantas vezes, como é que ainda podemos duvidar? Ouça o pedido dos seus servos, atenda ao seu clamor e conceda a cada um a certeza de que o Ressuscitado está pessoalmente tratando do seu sofrimento. E, assim, dê provas de que a sua fé é sólida.
EXISTE UMA SAÍDA
Não permita que aquilo que você não pode fazer, interfira com aquilo que você pode.  
Depois de persistir por algum tempo e apenas fazer pouco ou nenhum progresso, você será tentado a desistir. Lembre-se que essa é a razão pela qual a maioria das pessoas não experimenta um significativo tipo de sucesso. 

Os vencedores na vida compreendem que a falta de progresso não significa – absolutamente - razão para desistir, mas apenas uma oportunidade para ajustar a abordagem. Se algo não está funcionando, existe provavelmente centenas de outras abordagens que ainda não foram testadas. 

Pratique a persistência, mas, sem ser cabeçudo. Não há necessidade de persistir em algo que simplesmente não está funcionando. Porém, não há razão para desistir. Simplesmente porque você se encontra num aparente beco sem saída, isso não significa que você não irá chegar ao seu destino. Persista. Existe uma maneira e você irá – pela graça de Deus – encontrá-la se apenas não desistir.

Evangelho do dia 01 de julho 2019


01 julhoVós estareis no mundo, mas vossos olhos não o verão e, passando além das coisas desta terra, contemplarão o Paraíso que vos espera; e, embora tenham que ver o mundo, será através do Coração de Jesus e somente para implorar misericórdia para ele. (S 354). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 8,18-22

"Vendo uma grande multidão ao seu redor, Jesus deu ordem de passar para a outra margem do lago. Nisso, um escriba aproximou-se e disse: "Mestre, eu te seguirei aonde fores". Jesus lhe respondeu: "As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça". Um outro dos discípulos disse a Jesus: "Senhor, permite-me que primeiro eu vá enterrar meu pai". Mas Jesus lhe respondeu: "Segue-me, e deixa que os mortos enterrem os seus mortos". " 

Meditação: 

O tema desta passagem é o seguimento de Jesus, que Mateus insere em sua coletânea de dez milagres. O evangelista elabora sua narrativa a partir da mesma fonte (Q) que Lucas. Neste, os seguidores de Jesus seriam samaritanos, pois o episódio ocorre na Samaria.

Nesta fala, a figura do pai simboliza as tradições familiares que se perpetuam a fim de manter privilégios religiosos, sociais e econômicos, os quais favorecem as regalias e o enriquecimento de minorias e a subserviência de maiorias excluídas e oprimidas. Jesus propõe a ruptura com estas tradições.

Atualizando este texto, estamos diante de dois fatos importantíssimos como Cristãos chamados a seguir as pegadas do Mestre: tu vens e segue-me. A opção de seguir Jesus não é uma iniciativa pessoal. É ele que chama e consagra para a missão.

Primeiro um escriba que se aproxima, afirmando sua determinação de seguimento incondicional de Jesus: Mestre estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar aonde o senhor for.

A resposta de Jesus é uma advertência para uma tomada de posição consciente quanto à opção pelo seu seguimento. Apela pelo abandono total de si mesmo e renúncia aos bens materiais: as raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.

Quem realmente quer seguir Jesus deve abandonar e renunciar tudo e confiando-se somente nas mãos providentes de Deus. Jesus a firmar o Filho do Homem, Jesus, que não tem onde repousar a cabeça. Quer-nos ensinar e levar a aderir ao abandono total nas mãos do Pai.

O segundo, é o caso de um dos discípulos que quer ganhar tempo e pede que Jesus permita enterrar o pai: Senhor deixe-me primeiro ir enterrar meu pai.

Pai, aqui, não se aplica no sentido biológico. Mas na permanência das tradições Judaicas dos seus antepassados, presos à Lei, que ao em vez de salvar e libertar o homem mata e escraviza. 

É estar preso às nossas idéias egoísticas, no orgulho, na vaidade, na preguiça, no individualismo, na nossa tibieza, em fim nas inúmeras desculpas que nós damos no nosso dia-a-dia para não nos consagrarmos ao ministério do Senhor como discípulos e missionários d’Ele.

Do mesmo modo que Jesus insistiu com aquele jovem assim insiste comigo e contigo e diz: deixe que os mortos sepultem os seus mortos e tu vens e segue-me.

O chamado de Jesus não está no futuro. Mas sim no presente. O tempo é hoje e a hora é agora! Deixe que os espiritualmente mortos cuidem dos seus próprios mortos.

Há pessoas que vivem esperando as coisas se ajeitaram para depois servirem a Deus. Eu e tu meu irmão minha irmã não temos nem o poder, nem o dever tão pouco o direito de dizer não. Portanto, levanta-te e segue Jesus. Ele é o teu Deus e o teu Senhor.

Paremos de dar desculpas furadas. Saibamos que, quando obedecemos a um chamado de Deus, Ele é poderoso para suprir nossas necessidades e nos orientar em toda espécie de dificuldades relacionadas ao Seu chamado para nossas vidas.

Rompamos, pois, com todas as barreiras que vedam os nossos olhos para não enxergar o projeto de Deus para nós. Entendamos que o seguir Jesus significa uma ruptura pura e simples com as antigas tradições mortas que não favorecem a vida e aderir ao amor vivificante do Pai, do Filho e do Espírito Santo

Reflexão Apostólica:

O seguimento de Jesus traz consigo uma série de implicações e exige de todos nós muito mais do que o entusiasmo ou a boa vontade.

Exige disposição de deixar muita coisa para trás, inclusive o conforto, os costumes, a cultura e até mesmo os grandes valores que norteiam a nossa vida.

Seguir Jesus significa ter a disposição de sempre ir em frente, sempre ir além, sempre buscar o novo para que a boa nova aconteça, é uma vida marcada sempre por novos desafios, é sempre atravessar o lago e buscar a outra margem do lago onde novas pessoas esperam para serem evangelizadas. Seguir Jesus significa colocar a obra evangelizadora acima de tudo.

A outra margem é o inverso do que nós estamos acostumados a viver; é o desalojamento, desestruturação, situação de ruptura com os hábitos e os costumes.

Do mesmo modo que Jesus insistiu com aquele jovem assim insiste conosco e diz: deixe que os mortos sepultem os seus mortos e tu vens e segue-me.

O chamado de Jesus não está no futuro. Mas sim no presente. O tempo é hoje e a hora é agora! Deixemos que os espiritualmente mortos cuidem dos seus próprios mortos.

Quem quiser segui-Lo terá que passar pelas dificuldades próprias da mentalidade evangélica. Não adianta somente querer seguir a Jesus com palavras e bons propósitos sem medir as conseqüências do que nós estamos pretendendo.

O seguimento de Cristo nos tira das nossas raízes e nos desestrutura, por isso, nós somos obrigados (as) a renunciar à nossa existência pacata, medíocre e acomodada.

O discípulo que pediu a Jesus para primeiro sepultar o pai era alguém como nós que esperamos um tempo propício para nos desprender dos nossos apegos, dos nossos projetos. Para nós também Jesus diz, hoje: “segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.

Jesus nos chama para uma vida nova conformada aos Seus ensinamentos. Seguir Jesus é viver conforme o Seu Evangelho, é viver o amor, é praticar o perdão, é não fazer questão por coisas que não têm valor diante de Deus.

Por isso, não podemos nos acomodar esperando novas oportunidades. É tempo de amar e construir aqui na terra o reino dos céus, para que não sejamos também chamados de “mortos”.
Quem deseja tornar-se discípulo, deve confrontar-se com as exigências postas pelo próprio Mestre. Só tem sentido fazer-se discípulo se for para assemelhar-se a ele.
Você também se propõe a seguir a Jesus aonde quer que Ele vá? Qual a sua maior dificuldade para viver o Evangelho? Você é uma pessoa muito apegada às pessoas da sua família e aos seus bens? Você acha que tem que renunciar a alguma coisa para seguir Jesus?

Jesus fala que para segui-lo é necessário ser uma pessoa despojada de si mesma, sem reservas, sem apegos às coisas desse mundo, sem ser meio lá meio cá. 

É o caso dos nossos sacerdotes, que morrem para si mesmo e se entregam  para continuar a missão de Jesus. Para isso é preciso ter coragem!  Não é coisa muito fácil. O sacerdote olha do lado e vê as pessoas integradas  mal ou bem com suas famílias. E ele, na solidão.

Nós, os membros da comunidade paroquial, temos que dar todo apoio possível ao sacerdote, convidando-o para almoçar em nossa casa, ficando mais tempo em sua companhia, dando todo o carinho fraterno que ele merece e precisa para não se lembrar que é um celibatário.

Porque o problema é parecido com o seguinte exemplo: A Televisão, no seu noticiário, anunciou que a partir do meio dia vamos ficar sem água por cinco dias.

O que acontece na nossa mente? Ficamos com sede  na hora. Só de pensar que não terá água, além da sede, começamos a nos sentir sujos, até com coceiras pelo corpo com vontade de tomar aquele banho. É o que acontece com o seminarista.

Só de saber que não poderá se casar, ele sente mais vontade de construir uma família. Outros jovens solteiros da sua idade, nem estão pensando no assunto.

É igual a pessoa que mora em frente ao mar. Fica dias, até meses sem ir à praia. Ela pensa. A praia está aí mesmo, quando eu quiser, eu vou. Hoje não. Deixa para outro dia.

Assim, os dias vão se passando, e aquela pessoa nem se preocupa com a praia. Ao contrário, uma pessoa que mora longe do mar, fica pensando o verão inteiro como seria bom morar perto da praia para  tomar banho de mar todos os dias! Quando tem a oportunidade de ir ao mar, aproveita tanto como se fosse morrer amanhã.

Isso é parecido com o problema do celibato. Se ele não fosse obrigatório, os seminaristas e padres não teriam nenhuma complicação com relação à solidão.

Alguém pode estar pensando que o problema da solidão é superado com a graça de Deus, e da Virgem Maria. Claro, que é, mas, não se esqueçamos das tentações do mundo atual que nos cercam por todos os lados. Na rua, na internet, no cinema, na televisão, até quando olhamos para fora pela janela do nosso quarto.  

Propósito:
Pai, confronta-me, cada dia, com as exigências do discipulado, e reforça minha disposição para enfrentá-las com a tua graça.

Meditação

A itinerância de Jesus e o grupo de discípulos que tinha a seu redor despertavam, no coração de muitos, o desejo de agregar-se a eles.

Havia, porém, o perigo de faltar-lhes ponderação suficiente para avaliar as duras condições do discipulado. As duas cenas evangélicas sublinham o quanto é necessário refletir, antes de aderir a Jesus.

Diante da multidão Jesus chamou aqueles que o seguiam para a outra margem do lago. É assim o chamado de Jesus para nós.
A outra margem é o inverso do que nós estamos acostumados a viver; é o desalojamento, desestruturação, situação de ruptura com os hábitos e os costumes.
O mestre da Lei era alguém ainda não comprometido com Jesus. Por isso, corria o risco de ser apressado e superficial em sua decisão.
O mestre da lei era famoso, importante, estruturado e mesmo assim ousou dizer que seguiria Jesus aonde quer que Ele fosse. Jesus nos chama, mas não nos engana.

Foi-lhe pedido maior ponderação, já que as duras exigências do seguimento supunham uma têmpera forte e uma grande capacidade de suportar as carências e incômodos do dia-a-dia. Assim, se evitaria que o seguidor de Jesus debandasse diante das durezas do discipulado.

O outro, designado como discípulo, era alguém que já havia aderido a Jesus. Todavia, estava longe de compreender as implicações de sua escolha, entre elas, a relativização dos laços familiares. O Mestre pediu-lhe que fosse mais decidido na opção feita. O seguimento comportava uma total entrega de si, por toda a vida, ao serviço do Reino. Dúvidas, apegos, compromissos paralelos deveriam ser deixados para trás.

Quem quiser segui-Lo terá que passar pelas dificuldades próprias da mentalidade evangélica. Não adianta somente querer seguir a Jesus com palavras e bons propósitos sem medir as conseqüências do que nós estamos pretendendo.

O seguimento de Cristo nos tira das nossas raízes e nos desestrutura, por isso, nós somos obrigados (as) a renunciar à nossa existência pacata, medíocre e acomodada.
Quem deseja tornar-se discípulo, deve confrontar-se com as exigências postas pelo próprio Mestre. Só tem sentido fazer-se discípulo se for para assemelhar-se a ele.

O discípulo que pediu a Jesus para primeiro sepultar o pai era alguém como nós que esperamos um tempo propício para nos desprender dos nossos apegos, dos nossos projetos.

Para nós também Jesus diz, hoje: “segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”. Jesus nos chama para uma vida nova conformada aos Seus ensinamentos. Seguir Jesus é viver conforme o Seu Evangelho, é viver o amor, é praticar o perdão, é não fazer questão por coisas que não têm valor diante de Deus.

Por isso, não podemos nos acomodar esperando novas oportunidades. É tempo de amar e construir aqui na terra o reino dos céus, para que não sejamos também chamados de “mortos”.

Você também se propõe a seguir a Jesus aonde quer que Ele vá? Qual a sua maior dificuldade para viver o Evangelho?- Você é uma pessoa muito apegada às pessoas da sua família e aos seus bens? Você acha que tem que renunciar a alguma coisa para seguir Jesus?

Reflexão Apostólica
(…) Jesus respondeu: – As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar

Talvez essa frase tenha gerado um tremendo impacto naquele homem que interpelava Jesus pelo caminho. Era como Jesus dissesse a ele “QUER ME SEGUIR? EU SÓ TENHO DESSE MUNDO O QUE VÊS!”. O outro faz um pedido comum a nós. Ele dizia, na nossa forma de vivenciar a realidade, “ME DEIXAEU RESOLVER MINHA VIDA AÍ EU VOLTO”. Jesus apresenta alternativa. Era como se o Senhor dissesse: ”POR QUE SE PREOCUPA COM QUE JÁ PASSOU E VEM PARA A VIDA?”.

Em outro momento da pregação de Jesus ele diz aos que o seguem que carreguem sua cruz e o sigam e que o fardo é leve. Não mentiu para ninguém. Não disse que não havia fardo, não afirmou que teríamos todos os bens da terra com apregoam os irmãos da teologia da prosperidade…

Ser leve não quer dizer fácil. A leveza surgia e surge da fé, pois até as montanhas se atirariam no mar se nossa fé superasse em tamanho o grão de mostarda. Jesus apresenta ao homem da narrativa de hoje e também a nós, o que lhe interessa do mundo: AS PESSOAS

A cada um Deus apresenta uma missão específica, mas todos têm um mesmo chamado. Nem todos terão a missão de ser pai ou mãe; tão pouco seremos missionários, padres, irmãs, ministros, catequistas, (…) se não for a nossa vocação, mas o chamado único é VIVER.

Para alguns viver é fugir do mundo, viver a clausura, a solidão; outros vivem cercados de gente, catequizando, conversando, se relacionando e precisamos aprender a respeitar esse convite. Bobo é aquele que acredita que Deus não sabe por onde andam suas ovelhas e como vivem o convite que Ele os fez.

Quando Jesus sugere, aos nossos olhos, que o que mais tem de precioso esta ao seu redor, me faz ter uma grande reflexão: INDEPENDENTEMENTE DA SUA MISSÃO, QUAL É A IMPORTANCIA QUE DOU AO QUE ESTA AO MEU REDOR?

Quando decido voltar para o que já morreu, declaro a Deus o que de fato meu coração e meu pensamento acreditam ser o mais importante: EU!!

Pedro, em um dado momento, declara: Pra onde iremos se Tu tens palavra de vida eterna. Muitos poderiam dizer que então o correto é ficar o dia inteiro na igreja. Claro que não! Voltaríamos a estaca zero. Confinados só pensamos em nós. Reparemos pelos que pagam por seus crimes nos presídios, será que alguém lá tem tempo de pensar na dor do vizinho de cela?

A igreja é nada sem as pessoas e tão pouco somos algo sem o nosso criador, mas Ele não habita somente na igreja, pois Ele esta nas pessoas. Se só O encontro na igreja é porque não estamos vivendo a semana como se fosse o domingo como sugeriu Santo Inácio de Antioquia. Se no meu trabalho, na minha escola, no lazer não levo Deus, como posso dizer: “(…) Mestre, estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar aonde o senhor for!”.

Espelhemos-nos nos bons irmãos mulçumanos que vivem, trabalham, se relacionam, mas que na hora certa, param TUDO que estão fazendo e se voltam para sua fé. Sim, admirar o que é bonito é muito válido. Todos sabem e reconheceram os portadores da fé, sejam eles mulçumanos, judeus ou cristãos.

Não confundamos conforto com vaidade! Seguir Jesus significa uma ruptura pura e simples com as antigas tradições mortas, que não favorecem a vida, e a adesão ao amor vivificante do Pai. Se morremos para o que é velho, ao ressurgir a cada dia, busquemos o que realmente vale a pena.
  
Propósito: Assumir, conscientemente, o compromisso de seguimento do Senhor.   
SIMPLES REFLEXO
Genuinamente espere o melhor dos outros e eles irão fazer o que puderem para atingir a sua expectativa. Ouça com interesse e atenção, busque entender as pessoas e aquilo que você disser será muito melhor compreendido. 
Apesar de você não poder jamais ter controle sobre as ações das pessoas, a realidade é que você pode ter uma significativa influência sobre a maneira como elas respondem a você. Estabeleça um tom positivo e as pessoas ao seu redor irão captar esse tom. 

Seja respeitoso e você será também respeitado. Seja honesto, verdadeiro e você aumentará em muito as chances das pessoas serem também verdadeiras com você. 

O mundo é um lugar muito mais bonito quando você decide também ser bonito. Vá uma milha extra e brilhe uma luz positiva – a luz de Deus – e essa luz irá refletir em cheio, em cima de você.