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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Evangelho do dia 03 de março 2019 - Oitavo domingo do tempo comum



03 março - Diremos ao nosso grande Patriarca: Eis-nos todos para ti e tu sê todo para nós. (L 208). SÃO JOSE MARELLO

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 6,39-42

"E Jesus fez estas comparações:
- Um cego não pode guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco. Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor. Porém, quando tiver terminado os estudos, o aluno ficará igual ao seu professor.
- Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar esse cisco do seu olho", se você não repara na trave que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.
"
 

Meditação:
Novamente retomamos o itinerário de Lucas, que vai descrevendo as estratégias pedagógicas de Jesus para formar seus discípulos. Depois da exortação com caráter de mandamento do amor aos inimigos, Jesus propõe a comparação do cego que guia outro cego. Um olhar ao texto desde a perspectiva do discipulado nos ajudará a compreender melhor a comparação.
Esta é a proposta de Jesus para seus discípulos, que cheguem a ser como ele, sem se sentir superiores aos outros. Para chegar a ser como o mestre, é necessário olhar para nós mesmos; em termos atuais seria fazer uma auto-avaliação ou, como diz o evangelho, olhar a viga que temos em nosso olho antes de pretender tirar o cisco do olho alheio.
Esta passagem se encerra com um forte adjetivo: "hipócrita", fazendo referência a que não podemos ser guias de outros enquanto não tenhamos luz em nossas vidas.
Com este diálogo, Jesus questiona a pedagogia do momento e nos apresenta uma nova lógica, a diversidade de saberes: um convite a valorizar o que há de discípulo e de mestre em cada um.
Lucas reúne, na segunda metade do capítulo 6 de seu evangelho, após a proclamação das bem-aventuranças, várias sentenças de Jesus veiculadas na tradição das comunidades.
Compõe, assim, um discurso, à semelhança do Sermão da Montanha, de Mateus. No texto de hoje temos duas sentenças correlacionadas entre si.
A referência a "parábola", na introdução do texto parece vincular-se à parábola das duas casas, narrada mais adiante (vv. 43-49).
Na primeira sentença temos as duas interrogações sobre o cego que guia outro cego. É possível que, originalmente, fosse dirigida aos fariseus tidos como guias de uma doutrina que desorientava o povo.
Lucas, aqui, a estaria aplicando também aos discípulos, os quais deveriam entender melhor a missão de Jesus. Ao estarem bem formados não deverão pretender ser maior do que Jesus.
A segunda interrogação é feita com uma comparação usando o exagero: o cisco ou a trave no olho. Em vez de ficar procurando defeitos nos irmãos, é importante que faça a sua própria autocrítica. Assim, com humildade, se está preparado para, com lucidez e amor, se fazer a correção fraterna do irmão.
Como nos fixarmos no cisco no rosto do irmão sem nos darmos conta da trave que temos no olho? Com isto Jesus quer nos advertir que não é legítimo questionar o outro por uma pequena transgressão sem nos darmos conta de que, por vezes, toda a nossa vida é um grande equívoco.
Sucede a miúdo que damos atenção a pequenos detalhes da prática litúrgica ou sacramental, e nos esquecemos da justiça e da solidariedade.
Às vezes colocam-se acima de tudo as normas e a formalidade, e nos esquecemos da situação das pessoas; pretendemos manter a casca e ignoramos o que está dentro.
O convite de Jesus é para revermos nossa vida a fundo, para detectarmos quais são nossas próprias cegueiras e traves que nos impedem de viver autenticamente o Evangelho do Reino.
Não devemos nos preocupar no julgamento das ações de nossos irmãos, mas reconhecer nossas próprias fraquezas e apresentar com clareza o que Deus espera de nós.
Reflexão Apostólica:

Sem dúvida, um cego não pode guiar outro cego. Não se pode dar aos demais algo que não possuímos. Não podemos ajudar alguém se não nos ajudamos a nós mesmos.
Seria injusto querer corrigir o outro quando primeiro não olho o mal que estou fazendo frente aos demais. O ideal seria ser como nosso Mestre Jesus, mas para isso temos que ir fazendo caminho, amadurecendo em nossas vidas as deficiências que temos como pessoas.

Como discípulos, podemos ser como o Senhor, mas nunca intentar ser mais que ele. Porém, para isso temos que olhar como era o comportamento de Jesus diante das pessoas, como se expressava em certas situações, como enfrentava as dificuldades, entre outras coisas mais.
O evangelho de hoje também nos fala que quem quer ajudar a tirar o cisco no olho de outra pessoa, primeiro deve tirar a trave que está no seu próprio olho.

Quer dizer, não julguemos os demais sem primeiro revisar como está minha vida frente a Deus e os irmãos. Descubramos nosso próprio pecado. Sejamos compassivos e misericordiosos como o Pai o é com todos nós, seus filhos
Deus nos julga com a mesma medida que usamos para os outros. O rigor do nosso julgamento sobre o nosso próximo(cisco) mostra que desconhecemos a nossa própria fragilidade e a nossa condição de pecadores diante de Deus (trave).
Tudo o que nós desejarmos das pessoas com quem nos relacionamos deverá ser regra de vida para nós. Somos convidados (as) a nos ajudar mutuamente na caminhada que fazemos em busca da perfeição.
A nem um de nós cabe o papel de “mestre” e de “senhor” da situação, apenas ditando preceitos e normas para que os outros cumpram.
É nosso dever, em primeiro lugar, examinar como estamos vivendo e qual o testemunho que nós estamos oferecendo ao mundo para que as outras pessoas sejam guiadas por nós.
Se, estamos cegos (as) e não reconhecemos as nossas próprias falhas; se, não buscamos emendar o que está torto em nós, nunca poderemos nós, aconselhar, exortar ou admoestar alguém que também é passível de erro.
A trave nos nossos olhos nos impede de enxergar as nossas fraquezas e limitações. Para tirá-la, nós precisamos pedir ao Espírito Santo que purifique os nossos pensamentos, sentimentos e as nossas atitudes. Do contrário, Jesus nos lembra, nós poderemos cair no barranco e levar muita gente conosco.
Porque não fazemos isso, é que muitos se decepcionam conosco e têm a sua fé enfraquecida se afastando do convívio da comunidade e culpando a Deus pelas nossas incoerências. “A começar em mim”, eis a regra de ouro! 
Você é responsável na condução de alguém? Como pessoa comprometida você tem conseguido ser um exemplo a ser seguido? Você é daqueles que dizem “façam o que digo e não faça o que eu faço”? Medite sobre isto!
Propósito:
Pai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.
PERSISTENTE CONFIANÇA
Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar. 
Quanto mais você tenta agradar todo mundo, muito menos você se torna capaz de beneficiar qualquer pessoa. Se você se preocupa constantemente com aquilo que os outros pensam, você estará sabotando as suas melhores realizações mesmo antes delas sequer iniciarem. Seja gentil, expresse compaixão, porém, jamais seja escravo da opinião de ninguém. 

Faça o possível para sempre manter alto o seu padrão de conduta. Apenas tenha em mente que eles venham ser seus padrões, ou, - melhor ainda – padrões de Deus; e não meramente reflexos de temores sobre o que as outras pessoas possam estar pensando a seu respeito. 

Ouça os críticos e aprenda com eles. Mas não permita que eles venham lhe interromper ou retardar aquilo que você está fazendo e que – decididamente - deve ser feito. Você pode realizar muito, mas muito mais do que você imagina se apenas você for confiante e persistente para seguir em frente a despeito dos obstáculos. A despeito do que outros possam pensar ou dizer, crie valores que estão a sua disposição para serem criados. No final, apenas isso que realmente importa.

Evangelho do dia 02 de março sábado 2019


02 março - São José é sempre o “Dirigente de coro” que dá os tons; embora, às vezes, permite alguma nota desafinada. Neste seu querido mês, porém, quer que todos os acordes fluam certos e melodiosos, de modo que arrebatem o nosso espírito para o alto, onde tudo é harmonia. (L 206). SÃO JOSÉ MARELLO

Marcos 10,13-16

Naquele tempo, 13traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. 14Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: “deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas.
15Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”. 16Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.
eve sofrer muito e ser rejeitado? 13Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele”.
    
Meditação:

Marcos articula este episódio das crianças com a narrativa anterior, sobre o divórcio, e com a narrativa seguinte, envolvendo o perigo da sedução pelas riquezas, dois problemas que afetam a família.

Jesus vai abrindo em seu ministério caminhos de encontro com Deus Pai que levam constantemente seus discípulos, formados nos ambientes religiosos do judaísmo, a se escandalizarem pela forma como agia o Mestre e resistiam ao ver e escutar a libertação que levava a cabo no meio dos marginalizados e excluídos de seu momento histórico.

Pode-se pensar que as pessoas que chegam são pais e mães que trazem seus filhos para serem abençoados por Jesus. A repreensão da parte dos discípulos mostra uma atitude intolerante em relação aos fracos e a incompreensão da missão de Jesus. Daí o aborrecimento de Jesus, registro próprio de Marcos que prima por transmitir os traços humanos de Jesus.

No contexto judaico da época, as crianças eram marginalizadas. Faziam parte de grupos que não contavam na sociedade. Eram mal vistas pelas autoridades políticas e religiosas.
Contrariando os discípulos, Jesus, além de acolher as crianças proclama solenemente ("em verdade vos digo"...) a exclusão do Reino para quem não o receber como criança. E abraçava as crianças, expressão carinhosa, única no Novo Testamento, usada exclusivamente por Marcos apenas aqui e em Mc 9,36.

Jesus afirma neste relato que os destinatários do Reino de Deus são todos os que se fazem como elas, quer dizer, os que assumem como forma de vida normal a simplicidade, a inocência, a pureza de coração, já que as crianças nada possuem, não buscam o poder, não agem com dupla intenção e esperam sempre estar junto de seus pais.

Para Marcos, os pobres são as crianças, e nelas se refletem os que sofrem a exploração, a rejeição, a pobreza e a morte; todos eles são os preferidos do Pai. A eles foi prometida a justiça e a misericórdia do Reino, pois nada mais possuem a não ser a sua esperança posta em Deus.
Por outro lado, a atitude de acolhida e ternura com as crianças por parte de Jesus expressa o elemento essencial do Reino: Deus Pai e Mãe, que dá a vida em abundancia a seus filhos prediletos.

Acolher as crianças era, pois, acolher a realidade de um dos tantos grupos que no judaísmo não contavam para a sociedade, mas em cujos corações já se começava a intuir a realidade do reino de Deus. Porque, dentro de sua simplicidade, sinceridade e capacidade de amar sem duplicidade, neles estava já presente a esperança de um futuro no qual teriam plena participação e significado por seu valor supremo como pessoas. Não nos descuidemos daqueles que o Senhor tanto amou e dos quais é o reino dos céus.

A criança acolhida por Jesus soma-se ao conjunto dos excluídos que são chamados a participar do Reino de Deus, os impuros e pecadores, os pobres, e outros mais.

Como a criança, o excluído sente-se desamparado e fraco, inseguro diante do dia de hoje e do futuro. Receber o Reino como criança significa abandonar as ideologias de poder que submetem as sociedades e renascer para a novidade do Reino de amor, fraternidade, justiça e paz.

Reflexão Apostólica:

Depois de Jesus ter falado da importância do matrimônio no evangelho de ontem, hoje nos propõe contemplar a beleza de ser criança como garantia do Reino.

Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam.

A família saudável é aquela que se expor à graça de Deus e pede benção para si e para os seus filhos. É o que vemos neste evangelho. As crianças são trazidas para serem abençoadas. Os discípulos, porém repelem-nas. Todavia Jesus os repreende a atitude.

Nossos filhos precisam receber o toque da graça. As mãos elevadas para o céu, na Bíblia são símbolos de oração e transmissão de bênção, consagração e cura.
A imposição das mãos transmite o amor de Deus. Quando um pai ou mãe abençoa um filho, uma filha está transmitindo bênção. Transite é uma energia espiritual, porque o ser humano é também espiritual.
Uma pessoa quando está em comunhão, comprometida com o bem transmite energia espiritual positiva, benéfica. E quando está comprometida com o mal transmite energia espiritual negativa, portanto maléfica. Que carga você traz no seu dia a dia? Lembre-se de que algumas pessoas nos fazem bem e outras mal. Por causa do encardido com o qual fizeram pacto.

Jesus transmitiu àquelas crianças a paz e atenção e sobre tudo as fez  a medida para os destinatárias do Reino.Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.
Por quê? A razão é simples. A criança representa simplicidade, inocência e dependência. Elas ainda estão livres da malícia e fingimento. Nela está a simplicidade e inocência que são as características do reino. Assim elas se tornam sinais do reino presentes entre nós.

A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis porque Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo de humildade. Quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele.
Sê, pois, simples, humilde, puro e serás, tu e a tua família também destinatário do Reino como as crianças.

O Reino de Deus é para aqueles que são como crianças. A criança é aquela que depende totalmente das outras pessoas e não tem nada a oferecer em troca daquilo que lhes dão.

Assim devemos ser diante de Deus. Devemos ter plena consciência de que dependemos totalmente dele para que possamos entrar no Reino dos Céus e nada podemos oferecer em troca disso.

A salvação nos é dada pelo amor gratuito de Deus e pelos méritos de Jesus Cristo. Ninguém pode se salvar. Jesus é o único salvador. Devemos, como as crianças diante dos adultos, colocar a nossa confiança em Deus, e viver em constante ação de graças porque ele, gratuitamente, nos salva.

Propósito:
Pai, coloca no meu coração o mesmo carinho e afeto que Jesus demonstrou às criancinhas, pois a simplicidade delas me ensina como devo acolher o teu Reino
PERSPECTIVA MAIOR
Para que possamos mudar a nós mesmos de forma eficiente, primeiramente temos que mudar as nossas percepções.  
Uma das maneiras mais positivas e eficientes de transcender as suas dificuldades é expandindo a sua perspectiva. Quando você olha para um panorama maior e mais abrangente, só a mudança do ponto de vista faz com que – de repente – os problemas se tornem menores. 
Faz sentido gastar toda sua energia lutando batalhas que realmente não tem importância? Aqueles que podem ver um panorama mais abrangente são também os mais capacitados a alcançar maiores e mais positivos resultados. 
Existe alguma coisa que está lhe amarrando? Dê um passo atrás. Coloque essa situação dentro de uma perspectiva maior e você irá criar um espaço maior para que você possa se movimentar. Você está se arrastando pelo chão rochoso e agonizando em meio a cada pedrinha? Ou você está se elevando, subindo, voando e desfrutando uma visão de 30 mil pés de altura? A diferença consiste em perspectiva. Faça grande a sua perspectiva porque assim dela você poderá se aproximar.

Evangelho do dia 01 de março sexta feira 2019

01 março – Vamos parar um pouco para podermos ouvir a voz de São José: estamos no seu lindo mês. (L 208). SÃO JOSÉ MARELLO
Marcos 10,1-12
Naquele tempo, 1Jesus foi para o território da Judeia, do outro lado do rio Jordão. As multidões se reuniram de novo em torno de Jesus. E ele, como de costume, as ensinava. 2Alguns fari­seus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher.
3Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” 4Os fari­seus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moi­sés vos escreveu este mandamento. 6No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”
10Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”. 
Meditação
Jesus está na jurisdição de Herodes, que tinha tomado por esposa Herodiades esposa do seu irmão e que por isso causara a morte de João Batista. De repente os conhecedores da lei de Moises insurgem contra Jesus e lhe fazem uma pergunta. Só que desta vez sobre o divórcio. Talvez na tentativa de aprovar a atitude de Herodes e condenarem João por ter defendido a indisolubilidade do matrimônio.

De fato, naquele tempo, a questão do divórcio e novo casamento era motivo de grandes debate entre as duas escolas rabínicas de Shammai e Hillel. Mas também vemos na pergunta dos fariseus mais uma tentativa de assassinato do que uma mera questão.

Desencadeou-se a polêmica em torno do assunto do divórcio proposto pelos fariseus, e Jesus dá atualidade ao mandamento inquebrantável do amor do casal: o que Deus uniu o homem não separe.

No Novo Testamento, existem três passagens principais que lidam com divórcio e novo casamento: Mat. 19:1-9, Mar. 10:1-12 e I Cor. 7:10-40.

Jesus faz distinção entre a intenção original de Deus na criação e a lei (Dt 24,1) que foi escrita “por causa da dureza do vosso coração“.

O enfoque dessa passagem de Marcos é realmente novo casamento e não divórcio. Ao exprimir seu pensamento a respeito do matrimônio, Jesus denunciava uma injustiça cometida contra as mulheres, procurando prevenir seus discípulos a não praticá-la.

A Lei mosaica era explícita no tocante ao divórcio. Lê-se no Deuteronômio: “Quando um homem se casa com uma mulher e consuma o matrimônio, se depois ele não gosta mais dela, por ter visto nela alguma coisa inconveniente, escreva para ela um documento de divórcio e o entregue a ela, deixando-a sair de casa, em liberdade“. A Lei previa o caso de sucessivos repúdios da mulher.

Portanto, ela ficava sob a tutela do marido e dependia de seu humor. Bastava um pequeno deslize, ou algo que desagradasse o marido, para ser repudiada. Uma situação de evidente injustiça, no parecer de Jesus, com a qual não podia pactuar.

Por isso, ele saiu em defesa das mulheres com dois argumentos: O primeiro referia-se ao questionamento da Lei. O divórcio consistia numa espécie de concessão divina à mesquinhez humana. Não podendo suportar algo superior, Deus se contentava em permitir aos homens algo inferior. Mas Jesus estava ali para defender a verdadeira vontade divina. O segundo consistiu em mostrar que o divórcio é impossível, considerando o texto bíblico: Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.

Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Gênesis 2,23-24), que lhe serve de fundamento. Portanto, Se é verdade que marido e mulher formam uma só carne, como é possível falar em divórcio? Não sejas teimoso, teimosa. Repudiando o teu marido ou tua mulher, tu te desfazes de uma parte de ti mesmo.

Hoje em dia é comum que muitos casais busquem o matrimônio não pela vivência sacramental do Deus que abençoa e santifica o amor do casal, mas como um de tantos eventos sociais cujos protocolos se converteram em exigências.

Certamente, ainda numerosos casais procuram permanecer unidos no matrimônio até que a morte os separe, mas numerosos outros usam o matrimônio como instrumento para conseguir um visto, uma herança, um status social, ou, simplesmente, para não ficar sozinhos.
Fator importante na crise de casais, tanto dos unidos pela matrimônio como dos que estão fora dele, é o medo de que o amor se extinga e leve cada um a tomar seu próprio caminho.

Jesus é enfático na exigência que lança a seus seguidores: o casal buscar nas relações o que é realmente essencial e transcendente: a vivência do amor de duas pessoas unidas no sacramento do matrimônio, união que, não obstante as dificuldades, continua se recriando apesar do transcurso do tempo na vivência renovada da doação de um ao outro.
Reflexão Apostólica:
O matrimonio é o sacramento do amor e expressa a presença viva de Deus no meio de quem deseja compartilhar suas vidas, unificadas por um amor mutuo.

Tal relação se fundamenta no conhecimento profundo das duas pessoas, na ruptura dos estreitos limites do egoísmo para dar espaço à partilha, à amizade, ao afeto, ao encontro íntimo dos corpos; por isso Jesus recorda aos fariseus o elemento essencial da união matrimonial: ser uma só carne, um só ser, uma só pessoa.

Ser “um só” significa que os dois são responsáveis por manter vivo o primeiro amor; significa que são iguais, que não há um mais importante que o outro, mas que cada um, com sua própria identidade, forma parte indispensável deste projeto de amor.

Portanto, o divorcio é a conseqüência de não compreender o sentido original do matrimonio, de possuir um “coração de pedra” incapaz de amar a Deus, que é o próximo por excelência, de não abrir o coração ao perdão, à ternura e a misericórdia para com o outro. É necessário um “coração de carne” para que o amor conjugal seja forte e indissolúvel.

O Evangelho de hoje nos induz a uma reflexão e aprofundamento do nosso compromisso matrimonial. Vivemos um tempo em que o matrimônio tornou-se mais um evento social do que um compromisso assumido pelos cônjuges.

Algumas pessoas se casam já condicionadas a uma separação, se surgirem dificuldades que não as façam felizes. Aquele que procura apenas sua felicidade no casamento certamente sofrerá muitas decepções, porém, aquele que procura fazer seu parceiro/a feliz, esse terá muito maior probabilidade de ser feliz.

Deus nos dá plena liberdade de escolhermos a nossa parceria, não nos impõe nenhuma condição, por isso a nossa escolha deve ser definitiva e devemos nos esforçar ao máximo para honrarmos o compromisso assumido. São Tiago já nos alerta em sua carta,       "que o vosso sim seja sim, e o vosso não, não".

É na família abençoada pelo sacramento matrimonial que devemos exercer, em primeiro lugar, as recomendações deixadas por Jesus Cristo, que são a disponibilidade ao serviço e a evangelização. Essa é a receita para a união duradoura e eterna que se espera do casamento.

Se um dia, a vida em comum se tornar inviável, apesar do nosso empenho em concretizá-la, lembremos da advertência de Jesus "Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério".

Que o Senhor guie nossos matrimônios e os mantenha unidos no amor que se torna sacramento de modo tão essencial nessa fusão que permite a um homem e a uma mulher não ser já dois, mas um só.

Propósito:
Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do matrimônio, saibam reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a viver.
DECIDA SENTIR-SE BEM
Algumas coisas que você não dá nenhum valor, outras pessoas estão orando ardentemente por elas. 
Decida sentir-se bem e as suas ações se tornarão muito mais eficientes. Decida sentir-se bem e você verá oportunidades as quais não as veria de outra forma. Decida sentir-se bem e circunstâncias começarão a conspirar em seu favor. 
Decida sentir-se bem e você encontrará uma razão para persistir através dos mais difíceis desafios. Decida sentir-se bem e os problemas não terão o poder de derrubar o seu espírito. Decida sentir-se bem e a sua criatividade irá fluir significativamente. Decida sentir-se bem e os seus dias serão imensamente produtivos. 
Quando você decide se sentir bem, isso não lhe custa absolutamente nada e não traz prejuízo ou dano a ninguém. Na realidade quando você decide se sentir bem você passa a criar muito mais valores para si mesmo e para outras pessoas ao seu redor. Portanto, seja onde for a vida – controlada pela total soberania de Deus – lhe levar, decida se sentir bem. A alegria que você traz para a vida jamais falhará!

evangelho do dia 28 de fevereiro quinta feira 2019


28 fevereiro - Se Deus nos pede o sacrifício de alguma bela flor do nosso jardim, conforte-nos o pensamento de que Ele nos recompensará com juros fazendo brotar muitas outras graças ao orvalho celeste e defendendo-as com carinho das geadas e do frio, até o dia em que as queira transplantar para o Céu. (L 271). SÃO JOSÉ MARELLO
Marcos 9,41-50
Naquele tempo, 41disse Jesus aos seus discípulos: “Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E se alguém escandalizar um desses pequeninos que crêem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.
43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! 44É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! 46É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’. 49Pois todos hão de ser salgados pelo fogo. 50Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.

Meditação:

Muitas vezes, a conversão consiste em rejeitar decididamente o que for para nós ocasião de pecado: «A pessoa temperada orienta para o bem os apetites sensíveis, guarda uma sã descrição e não se deixa arrastar pelas paixões do coração». E: «Se um dos teus olhos for para ti ocasião de pecado, deita-o fora».

O Evangelho de hoje traz alguns conselhos de Jesus sobre o relacionamento dos adultos com os pequenos e excluídos. Naquele tempo, muita gente pequena era excluída e marginalizada. Não podia participar. Muitos deles perdiam a fé. O texto que vamos meditar tem algumas afirmações estranhas que, se tomadas ao pé da letra, causam perplexidade na gente. 

Podemos perceber neste texto uma compilação, feita por Marcos, de exortações catequéticas elaboradas nas primeiras comunidades. A frase inicial sugere que se trate de uma sentença vinculada à experiência da missão. É um estímulo ao acolhimento dos missionários.

Este relato gira ao redor do “escândalo”, que significa ser obstáculo ou tropeço no caminho de fé de alguém, em especial dos “pequenos” que podem ser aqueles que aprenderam a ser como crianças para entrar no Reino: os pobres, os humildes, os mais indefesos da comunidade.

A alusão à queda dos pequenos é uma advertência àqueles que na comunidade buscam a vaidade e o poder e chocam aqueles que se aproximam com a esperança de encontrar amor e fraternidade.

Pelo que indica o texto, o processo de fé de cada um dos crentes é um tesouro, é um dom outorgado por Deus que se deve cuidar e alimentar, e que ninguém tem o direito de colocar em perigo. Por isso, o evangelista afirma que quem se escandaliza “melhor que se lhe atasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse lançado ao mar”.

No mesmo sentido pode ser entendidos os ditos referentes à amputação de alguns membros do corpo, hipérbole que Jesus emprega para exortar seus discípulos a afastarem-se do pecado e da tentação, com o fim de preservar a fé e manterem-se no caminho do Reino.

As alusões aos membros cortados são exageros literários (hipérboles) para induzir à disciplina pessoal. Contudo podem indicar também a exclusão de membros da comunidade (corpo) que provocam escândalos.

As frases finais visam a convivência harmoniosa na comunidade. O fruto é a paz, na vivência do amor fraterno, em Jesus. O relato nos convida a renunciar a todo tipo de egoísmo e busca de poder e abraçar com fidelidade o caminho da fé, o qual se cultiva através da oração e do amor aos irmãos.

Reflexão Apostólica:

É muito comum ouvirmos que isso ou aquilo é escandaloso e, normalmente, quando isso acontece, o fato está relacionado com questões de sexualidade.
O escândalo é muito mais do que isso. Dar escândalo significa ser ocasião de pecado para as outras pessoas, independentemente da natureza ou da forma do pecado.

Jesus nos mostra no Evangelho de hoje a importância que devemos dar para os nossos atos, para que eles sejam testemunho da nossa adesão ao Reino de Deus e não uma negação da nossa adesão que tenha como conseqüência o afastamento das pessoas. Não podemos nos esquecer de que a nossa fidelidade a Jesus no nosso dia a dia é a nossa grande arma no trabalho evangelizador.

O discípulo do Reino, no exercício de sua missão, deve ser muito cauteloso para não se tornar ocasião de pecado para quem está dando os primeiros passos na fé.

O pecado, neste caso, consistiria em refutar Jesus e se recusar a aderir ao Reino anunciado por ele. E os próprios discípulos, agindo de forma inconsiderada, corriam o risco de se tornarem culpados deste fracasso e serem julgados por isso.

As atitudes inconsideradas do discípulo em missão podiam ser muitas. Eles corriam o risco de serem intransigentes e impacientes, não respeitando o ritmo próprio de cada pessoa no seu processo de adesão a Jesus. Não estavam livres do espírito farisaico, que os levava a ser extremamente severos e exigentes com os recém convertidos, esvaziando as exigências quando se tratava de si mesmos.

Com a liberdade adquirida junto a Jesus, podiam ter atitudes chocantes para os pequeninos, ainda atrelados a antigos esquemas, que só com dificuldade deixavam-se permear pela novidade do Reino.

Levados por um espírito corporativista, podiam ceder à tentação de selecionar, com critérios humanos, os novos discípulos, excluindo pessoas predispostas para o Reino, mas que não satisfaziam suas exigências.

A denúncia de Jesus contra esta mentalidade foi violenta. Se o discípulo não se desfizesse desta visão deturpada, corria o risco de ver-se lançado no inferno.

Também já refletimos a Palavra de Deus dando grande importância a que sejamos sal e luz: sal da terra e luz do mundo, isto é, que estejamos sempre sendo testemunhas de Jesus, quer dizer, dando bom exemplo com nossa conduta, nosso comportamento. O sal conserva e dá sabor aos alimentos ou, também, dá sentido. Assim somos convidados por Jesus a viver nossa vida de tal modo que possamos dar sabor e dar sentido à vida de todos neste mundo.

Sendo sal e luz nós vamos procurar fazer com que as pessoas possam saborear as coisas do alto, as coisas de Deus.

Assim o mundo fica melhor e muito mais agradável para viver nele havendo muita luz para iluminar a todos. Estamos falando de luz de Deus. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas.” E nós somos convidados também a ser luz para o mundo e sal da terra para darmos sentido e sabor à vida.

Que a Igreja seja sal e luz e motive nossa caminhada cristã. Que nossas comunidades cristãs sejam testemunhas vivas para motivar a sociedade a procurar vida cristã. Tudo isso é trabalhar na construção do reino de Deus.

Propósito:

Pai, torna-me forte para tirar da minha vida tudo quanto possa servir de contra-testemunho a meu próximo e levá-lo a afastar-se de ti. Senhor Jesus, não permita que eu seja ocasião de pecado para os pequeninos que se aproximam de ti e querem se fazer discípulos do teu Reino.
DECIDA!
Vá em frente e aceite o fato de que as decisões que você irá tomar nem sempre serão perfeitas. Portanto, vá em frente e decida. Indecisão pode criar uma quantidade enorme de tempo perdido. Indecisão encoraja a procrastinação e semeia as sementes do desespero. 
Ajunte as melhores informações possíveis e dê a essas informações uma profunda, honesta e objetiva reflexão; a seguir, decida o caminho a seguir. Dessa maneira você estará investindo o seu tempo em algo que você está fazendo acontecer. Algumas vezes você terá que mudar o curso da jornada porque você fracassou em tomar a melhor decisão. Mas, ocasionalmente é muito melhor mudar a sua abordagem do que continuamente permanecer paralisado pela indecisão. 
Existe alguma coisa que você está sempre deixando “para a frente” porque você não sabe decidir o que fazer? Agora é o melhor tempo de demonstrar confiança em Deus, serenidade consigo próprio e ir em resolutamente em frente e decidir.

Evangelho do dia 27 de fevereiro 2019


27 fevereiro - Ao sofrer por vontade de Deus em alguns de seus membros, a Congregação reflorescerá com maior saúde em todo o corpo. (L 167).São Jose Marello


Marcos 9,38-40
Naquele tempo, 38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”. 39Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor”. 

Meditação:
fortaleçamos o diálogo ecumênico e inter-religioso, com o fim de construir um mundo mais ético e mais humano.

A tentação de ser auto-suficientes vai até acreditarmos completamente que somos donos de nossos projetos, a ponto de não mais olharmos para o sem-número de eventualidades que podem ocorrer e pôr em risco aquilo por que tanto anelamos.

Somos muito dados a sonhar sem pôr os pés no presente. Tiago nos faz cair na conta de que não somos donos, como às vezes pensamos, dos inumeráveis fenômenos e fatores que entram em jogo na criação de nosso futuro. O cristão conta cada dia com Deus, que caminha a seu lado e o ajuda a enfrentar os acontecimentos que vêm a seu encontro com uma decidida força para sair vitorioso deles.

No evangelho assistimos à polêmica que se arma entre os discípulos porque houve alguém que expulsava demônios sem ser do grupo dos Doze. Eles logo reclamam pela exclusividade de tais ações junto a Jesus. Ele, contudo, deixa bem claro que: quem não está contra nós, está a nosso favor, afirmando dessa maneira que o dom de Deus para a humanidade não é exclusivo de um grupo, de um povo ou de uma comunidade determinada; é universal.

Quantas vezes nós, cristãos, cremos e agimos como os únicos herdeiros do favor divino e da salvação!

Concluindo: Os discípulos estão cientes de sua missão, mas reagem diante daquilo que vêem, e Jesus lhes diz: quem não é contra nós é a nosso favor.

Nesta exortação, o mestre amplia a visão dos seus alunos. Porque na verdade ser cristão de verdade é ter uma visão ampla do mundo e do Reino e saber onde estão seus sinais. Muitos são os que anunciam e vivem com grandeza a verdade do Evangelho. E Jesus não quer que os discípulos sejam uma seita, mas que sejam instrumentos libertadores do Reino.

E para se ser este instrumento é preciso saber que o amor a Deus e aos irmãos bem como a prática do bem suplantem os projetos humanos. É necessário que quisermos ser discípulos libertarmo-nos do conceito humano de ver as pessoas. Que é de julgar as ações delas sem mais sem menos.

Existem muitos cristão que vira e mexe comentam, julgam, falam mal dos outros considerando-se melhores como se fossem os únicos possuidores da verdade. E como os discípulos também dizem: Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue.

Todas as vezes que nós agimos assim, também Jesus nos dirige a palavra: não o proíbam, pois não há ninguém que faça milagres pelo poder do meu nome e logo depois seja capaz de falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós.

Portanto, o episódio do homem que expulsava demônios e não era do grupo dos discípulos, mas que foi respeitado por Jesus, deve nos levar a perceber os sinais de Deus naqueles que não fazem parte da nossa casa, família, amigos e do nosso grupo religioso, cultural e social.

Devemos lutar para eliminar ou combater as contendas, rixas com os diferentes de nós. Pois tais atitudes podem significar que nossa ação não tem sua fonte em Deus ou no bem, mas sim do maligno, o semeador do joio e da divisão.

Que o Senhor nos ensine a saber respeitar, lidar e conviver com o diferente afim de que possamos exercitar a caridade, a paciência, a misericórdia, o perdão e sobretudo o amor de Deus presente em nós.

Reflexão Apostólica:

A fé cristã assenta na sabedoria que vem de Deus e não do mundo. Somos convidados a olhar para os homens nossos irmãos, amando-os como Deus os ama.

A santidade a que somos chamados consiste em fazer a vontade de Deus nosso Pai, que ama a todos, sem distinção. Amando os que nos perseguem e orando pelos nossos inimigos, sabemos que somos filhos de Deus. Quanta exigência e quanta motivação contida nesta frase imperativa do Divino Mestre: Sede perfeitos como é perfeito o vosso pai celeste!

Jesus não quer que o grupo daqueles que o seguem se torne seita fechada e monopolizadora da sua missão. Toda e qualquer ação que desaliena o homem é parte integrante da missão de Jesus.

Na busca da perfeição, muitas vezes excluímos pessoas em nossas vidas, imagem no serviço da Igreja. O sujeito não conhece a Deus e entra para um serviço na Igreja, já imaginou?

Depois de ter tido uma experiência profunda com Deus? É feita pipoca pulando de alegria ao ficar pronta. Achamos que entramos para o serviço de Deus e só vamos encontrar bonança, mas não é bem assim.

Nunca estaremos prontos, pois como diz a palavra de Deus: - Meu filho, se entrares para o serviço preparas para provação. E são muitos de nós buscando o que é perfeito que, ao invés de expulsar as imperfeições da nossa própria vida, expulsamos os outros, considerando-os como imperfeitos.

Que o sejam, porém, não são contra nós, mas sim a favor. E por que quando somos contrariados em nossa opinião, queremos abandonar tudo? Só nós somos perfeitos? Donos da verdade?

Precisamos reconhecer que um dia o Senhor, teve compaixão de nós, e estendeu sua destra poderosa sobre a nossa vida, pois, onde superabundou o pecado superabundou a graça.

Assim foi conosco, e precisamos pedir o dom da paciência para que aconteça com os de nossa casa, com os nossos amigos e com os nossos colegas de trabalho.

Tenho visto, que a cada novidade da minha vida, exige de mim uma nova conversão. Ou seja, uma amizade nova, um trabalho novo, um carro novo, um novo filho, um novo desafio profissional, um novo apartamento, uma nova coordenação, pois o Senhor fará 'nova todas as coisas' se eu abrir as portas do meu coração e a Ele confiar a conversão.

Não deixemos que a nossa busca pelo o que é perfeito e agradável a Deus, expulsem o nosso próximo. E pra terminar, e quem é o nosso próximo?

Aquele do qual eu me aproximo, portanto, temos muito ainda a caminhar quando se trata do amor ao próximo, mas firmeza nas promessas de Deus.

Propósito:
Senhor, nosso Deus, Pai de infinita bondade, fazei-nos santos porque Vós sois Santo! Tornai-nos perfeitos como nos pediu Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Pai, livra-me da atitude fanática e exclusivista de pensar que só quem pertence declaradamente ao círculo de discípulos de Jesus está em condições de fazer o bem.

VOCÊ TEM VIDA
Quando você se levantar pela manhã, pense no privilégio que é estar vivo – respirar, pensar, se divertir, amar…  
Mesmo que você não tenha mais nada, você ainda tem alguma coisa que é mais precioso que o mais puro ouro e mais desejável que o mais brilhante de todos os diamantes. Você tem vida, você pode, sentir você pode, pensar, você pode raciocinar. Você pode tomar decisões e agir em cima daquilo que você decidiu. 

Mesmo que você perca tudo o que obter, ainda assim você tem a habilidade e potencial de re obter, e viver da melhor maneira que é possível viver. Pode parecer – eventualmente – que o mundo todo está conspirando com você, mas essa percepção tem como base a história do passado, mas o futuro não tem necessariamente que ser semelhante ao passado. 

Hoje, neste momento, neste lugar, você tem vida. Verdadeira e genuinamente aprecie o que você tem, porque com o que você já tem você poderá fazer coisas maravilhosas.

Evangelho do dia 26 de fevereiro terça feira 2019


26 setembro Repitamos sempre: “Omnia cooperantur in bonum” tudo coopera para o bem, até nas menores coisas, como já há tempo a experiência nos tem ensinado. (L 167). SÃO JOSE MARELLO


Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 9,30-37
 "Jesus e os discípulos saíram daquele lugar e continuaram atravessando a Galiléia. Jesus não queria que ninguém soubesse onde ele estava porque estava ensinando os discípulos. Ele lhes dizia:
- O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele ressuscitará.
Eles não entendiam o que Jesus dizia, mas tinham medo de perguntar.
Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum. Quando já estavam em casa, Jesus perguntou aos doze discípulos:
- O que é que vocês estavam discutindo no caminho?
Mas eles ficaram calados porque no caminho tinham discutido sobre qual deles era o mais importante.
Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:
- Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos.
Aí segurou uma criança e a pôs no meio deles. E, abraçando-a, disse aos discípulos:
- Aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará também me recebendo. E quem me receber não recebe somente a mim, mas também aquele que me enviou.
 Meditação:
 A palavra que Jesus dirige aos apóstolos no evangelho é uma evidente contestação a uma concepção do reino baseada no poder, nas honras, nos primeiros lugares. A contestação mais radical é a própria vida. Jesus faz sua a missão do Servo. Manso e humilde de coração, que anuncia a salvação aos pobres (Lc 4,18), está ele no meio de seus discípulos “como aquele que serve” (Lc 22,27), embora sendo seu “Senhor e Mestre” (Jo 13,12-15), e chega ao cume das exigências do amor que inspira esse serviço, dando sua vida pela redenção dos pecadores.
 A palavra e o exemplo de Jesus resolvem o problema das precedências em ambiente cristão. Jesus recusa categoricamente toda ambição de domínio tanto para si como para a igreja. A única autoridade da Igreja e no seio dela é a do último lugar, do serviço humilde (v. 35).
A autoridade é uma das realidades mais ambíguas e, portanto, das mais contestadas do nosso tempo, tanto em nível civil como eclesial. Há os que a exercem por ambição, por vontade de domínio, por busca de glória, e os que a consideram um serviço para o bem comum. Contudo, essa ambigüidade não tem seu fundamento no poder e na autoridade como tal, mas na atitude de quem os cobiça e os exerce.
Encarada e desempenhada com as intenções e os propósitos de que fala Cristo, a autoridade se manifesta como aquilo que está no plano de Deus: um serviço. Serviço para o bem comum, daquele que é constituído chefe e responsável; serviço aos homens feito por aquele que tem autoridade, cuidando de que cada um contribua para o bem de todos.
Se a autoridade é exercida segundo a verdade, que a justifica humanamente aos olhos dos homens, deveremos considerar a pessoa que a exerce como alguém a quem se destina a palavra do Senhor: “É a mim que o fizestes”; e considerar seu trabalho como um trabalho cristão e pascal, ainda que a autoridade seja puramente leiga e profana.
 Reflexão Apostólica:
 Jesus abria os olhos dos Seus discípulos e procurava ensiná-los a viver a vida com sabedoria para enfrentar a realidade, no entanto, eles fugiam da verdade e não queriam admitir o sacrifício nem o sofrimento. Jesus tentava ensiná-los e conscientizá-los, mas eles tinham outras intenções.
 Jesus os exortava mostrando-lhes coisas bem claras que são completamente diferentes das que o homem natural pensa e deseja.
 Por que os discípulos de Jesus não queriam aprofundar-se no assunto da sua morte e ressurreição? Por que eles não compreendiam quando Jesus lhes falava de sofrimento e dor?
  Eles silenciavam diante das revelações de Jesus e não respondiam às Suas indagações porque tinham medo de aceitar o sofrimento confiando em que Jesus sempre iria lhes proteger e não os deixariam passar por nenhuma aflição.
  Assim somos nós também: não admitimos a dificuldade, a luta, o esforço, desejamos alcançar logo a vitória e a recompensa.
 Por isso, somos nós hoje, os discípulos a quem Jesus vem ensinar coisas preciosas, como: “quem quiser ser o primeiro que seja o último”; “quem acolher em meu nome uma criança é a mim que estará acolhendo”.
 Gostamos de coisas grandiosas! As crianças para nós são muito inocentes e simples, queremos ser servidos, mas não gostamos de servir, mesmo assim queremos ser grandes.
 Contudo Ele conhece o nosso pensamento e a verdade do nosso coração: queremos ser o primeiro em tudo, queremos ser grandes, ter sucesso aqui na terra e também no céu.
  Queremos alcançar a felicidade sem esforço, sem renúncia e esquecemos de que para sermos grandes no céu, nós temos que ser pequenos na terra. 
 Como você poderá ser pequeno na terra e voltar a ser criança? Você admite que possa sofrer aqui na terra? Como você encara a realidade que não é muito boa? Qual é para você a grande mensagem deste evangelho?
  Propósito: Eliminar, do modo de pensar e agir, aquilo que não vem de Deus, toda pretensão de ser o maior e o melhor, de ser servido, mas procurando servir e ajudar.
PARA O SEU PRÓPRIO BEM
Algumas vezes, até mesmo o melhor dos seus esforços irá produzir resultados que você não antecipou. Em outras ocasiões, fatores que estão muito acima da sua capacidade de controle irão mudar completamente os resultados. Então a seguir acontece o desapontamento. 
Todos os dias o mundo está mudando. Algumas dessas mudanças trazem surpresas agradáveis; outras, dificuldades que você não antecipou. Felizmente, da mesma forma que o mundo muda dia após dia, ano após ano, você tem consigo a habilidade de se adaptar. As mudanças fatalmente irão ocorrer, e você sempre terá a opção de lidar com elas da melhor maneira que puder. 
Talvez a sua primeira reação seja a de se vingar; devolver a mesma quantidade de estrago e desapontamento a quem quer que seja que os provocou. No entanto – com absoluta certeza –, isso não lhe trará nada de valor. Eis aqui um caminho melhor: encare tal oportunidade como realmente é - uma circunstância que está absolutamente debaixo do controle de Deus. E mais: talvez você venha a necessitar de um período de tempo para entender que tudo isso aconteceu para a sua proteção, e seu próprio bem.


sábado, 23 de fevereiro de 2019

Evangelho do dia 25 de fevereiro segunda feira 2019


25 fevereiro – “Sunt bona mixta malis”. Há coisas que satisfazem os gostos humanos, misturadas com outras que parecem más, se a razão não busca a sua luz na fé. (L 167). SÃO JOSE MARELLO
Marcos 9,14-29
Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles.
15Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo. 16Jesus perguntou aos discípulos: “Que discutis com eles?” 17Alguém na multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. 18Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram”.
19Jesus disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino”. 20E levaram-no o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca.
21Jesus perguntou ao pai: “Desde quando ele está assim?” O pai respondeu: “Desde criança. 22E muitas vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”.
23Jesus disse: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé”. 24O pai do menino disse em alta voz: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé”. 25Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele”.
26O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto, e por isso todos diziam: “Ele morreu!” 27Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé.
28Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: “Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?” 29Jesus respondeu: “Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração”.
Meditação:
Marcos reúne aqui fragmentos extraídos de várias outras narrativas de cura e exorcismo. Fica em destaque a fragilidade do entendimento dos discípulos, fica realçada a importância da fé e da oração. A fé expulsa o espírito mudo e surdo e a oração fortalece nossa fé.

O espírito surdo e mudo é o espírito presente no mundo que nos aliena da acolhida e da prática da palavra de Deus. Os próprios discípulos ainda estavam sob a influência deste espírito.

O pai do menino é alguém que já se aproxima da libertação. Aproxima-se de Jesus com dúvidas. Porém a observação de Jesus leva-o a dar o passo decisivo da oração: "Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé".
A cura do epilético em Marcos é bastante diferente da dos outros sinóticos. Marcos, com efeito, preocupa-se mais com os detalhes: como, por exemplo, as discussões entre a multidão e os discípulos (vv. 14-16. 28), ou sublinha a importância dada por Jesus a este milagre (v. 25). As particularidades contidas em Marcos evocam em geral pontos importantes. Começando pelo diagnóstico da enfermidade da criança.
Trata-se, sem dúvida, de uma epilepsia. Os detalhes apresentados por Marcos põem em evidência menos conhecimentos médicos do que de demonologia e obscurantismo próprios de sua época. Os traços com que descreve esta cena são, realmente, significativos para indicar as ações do inimigo contra o povo eleito, representado pela criança.
O diagnóstico é assim menos o de uma enfermidade epilética que o da incredulidade do povo. Jesus o completa, designando a multidão como uma “geração incrédula”.

A cura se produz como uma morte e uma ressurreição, para assinalar que não há cura possível mais que na comunhão do mistério pascal, que liberta plenamente do mal.
Estamos diante de uma cena onde o mal toma conta da vida de uma pessoa. O espírito do mal tem a característica de ser mudo e surdo: surdo para não ouvir e mudo para não falar, situação que absolutamente impede a comunicação com Palavra de Deus, impedindo também o diálogo com ele.

De fato, quando não conseguimos ouvir a voz de Deus e falar com ele, somente a oração restabelece esse contato e o diálogo com o criador.

A vitória só é alcançada pelo dom da fé. A oração e a fé nos livram do pai da mentira e nos torna capazes de ouvir o Senhor e responder a ele. O evangelho nos ensina que a comunidade também pode se engajar na luta contra o poder do mal. A arma da comunidade é a oração. A oração nos ajuda a que nós mesmos nos libertemos e também para que ajudemos os outros a se libertarem.

A cena pode ser associada ao batismo: morre a falsa identidade que nos mata, e ressuscita a nova vida. Alguns elementos identificam o batismo: a fé, a palavra e a água.

Cada vez que um cristão, como batizado, assume sua responsabilidade de testemunhar do amor de Jesus revelado no Evangelho a evangelização se concretiza e atrai a oposição do maior inimigo de Jesus e de Seu Evangelho: diabo. No texto de hoje aprendemos fatores importantes desta grande batalha da evangelização...

Jesus nos deu um grande mandamento - “amar o próximo” (Mc 12,31) e uma grande comissão - pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16,15). O cenário para cumprir estes dois desafios é o mundo inteiro que, segundo João, “jaz no maligno” (IJo 5,19).

Pedro, Tiago e João, os discípulos mais próximos de Jesus, foram levados por Ele à montanha (Mc 9, 2-8) onde experimentaram tranqüilidade (v. 2), intimidade (v. 2), manifestação da pureza de Jesus (v. 3), visão do céu (v. 4), prazer (v. 5) e o conhecimento da voz clara de Deus (v. 7).

Ao descerem da montanha com Jesus para a planície encontraram o restante dos discípulos enfrentando movimento (v. 14), discussão (v.14), agitação (v. 15). manifestação do poder do diabo (v. 17-18), frustração (v. 18), incredulidade (v. 19) e grande sofrimento (v. 20).

A evangelização, como já vimos, envolve “pregação” (Mc 3,14), mas também envolve “libertação” das forças malignas (Mc 3,15) que se espalham pelo mundo para “roubar, matar e destruir” (Jo 10,10a). Para que ela seja efetiva precisamos aprender a “estar no mundo sem ser do mundo” (Jo 17:14-18).

Esta guerra espiritual é travada entre o Reino das trevas, com forças arregimentadas no inferno, e o Reino da Luz, formado pelo exército de todos os discípulos de Jesus.

O diabo, mais do que se imagina, tem poder pois ele adentrou numa casa israelita e possuiu o filho da família(v. 17), emudecendo-o (v. 17), derrubando-o (v. 18), provocando anormalidades físicas (v. 18) num processo constante de aniquilamento mental, emocional e físico (v. 18 – “vai definhando...”), violentando-o (v. 20) intensamente e prolongadamente (v. 22a) com um objetivo determinado: matá-lo (v. 22).

Do outro lado da batalha estavam os discípulos de Jesus que, apesar de terem sido treinados e autorizados para expelirem espíritos malignos (Mc 6,7), na hora “h”, quando o diabo já vencera o filho, o pai, os escribas e a multidão, eles igualmente experimentaram um grande fracasso (v. 18).

Assim como no passado, nós que hoje fomos convocados para esta grande peleja precisamos estar conscientes do poder das forças inimigas (IPd 5,8) e da nossa incapacidade de vencê-las com nossas próprias forças.

Na batalha da evangelização o diabo, ao perceber a aproximação de Jesus, sentiu que seu domínio de muitos anos sobre aquele filho (v. 20-22) estava prestes a ser anulado.

Após ouvir uma verbalização de socorro por parte do pai (v. 22b), Jesus encorajou-o a reafirmar sua fé (v. 23-24) e promoveu uma libertação completa: pela Palavra (v.25), perceptível (v. 26), pelo toque encorajador (v.27) e pela re inclusão familiar – aquele homem que antes estivera nas mãos de satanás, pelas mãos de Jesus (v. 27) “é entregue a seu pai” (Lc 9:42).

Evangelizar significa avançar no território inimigo, o mundo, no poder do Espírito (Is 61,1, At 1,8), com a certeza de que a autoridade de Jesus (Mc 6,7:7, Mt 28,18-20) a nós delegada é suficiente para enfrentar todos os ataques satânicos (Cl 2,15, I Jo 3,8, 4,4), levando-nos à vitória (Rm 8,31-39; ICo 15,57-58; IICo 2,14; Ap 12,7-12).

Marcos destacou a curiosidade dos discípulos em saberem a opinião de Jesus sobre as razões do seu fracasso (v. 28). Se, como eles, já fomos abençoados em tudo (Ef 1,3, IIPd 1,3-4) porque também nos sentimos algumas vezes impotentes diante dos grandes desafios da evangelização libertadora?

Jesus diagnosticou esta impotência espiritual apontando para duas falhas sérias: 1.) Incredulidade (v. 19) – Ele viu sinais de incredulidade nos escribas que tentavam desprestigiá-LO, na multidão que via Seus sinais mas não assumia um compromisso, nos discípulos que não sabiam usar a Sua autoridade já conferida e no pai (v. 22). Mas, segundo Jesus, “tudo é possível ao que crê” (v. 23) – a fé é a grande arma que temos contra o inimigo (Ef 6,16, IJo 5,4-5).

Humildemente, como o pai, precisamos pedir ajuda ao Senhor em nossa falta de fé (v. 24). 2) Falta de oração e jejum (v. 29) – as armas eficientes que conferem vitória na batalha da evangelização (Ef 6,10-20) só são conferidas àqueles que levam a sério as disciplinas espirituais da oração e do jejum, ou seja, aos que fazem do “monte da comunhão” a prioridade maior na “planície da missão”. Que o Senhor Jesus, na unção do Espírito, nos leve dia a dia a esta postura de vitória, para a glória do Pai!

Reflexão Apostólica:

Na descida da montanha da Transfiguração, Jesus encontrou muita gente ao redor dos discípulos. Um pai estava desesperado, pois um espírito mudo tinha tomado conta do filho.

Marcos apresenta-nos hoje pedagógicamente a importância da fé e da oração para que o milagre da cura, da libertação e da salvação aconteça na vida da comunidade incrédula, que Jesus vai chamar de gente incrêdula. E então com muitos detalhes Marcos descreve a situação do menino possesso, a angústia do pai, a incapacidade dos discípulos e a reação de Jesus.
O que mais chama atenção são duas coisas: de um lado, a confusão e a impotência do povo e dos discípulos diante do fenômeno da possessão e, do outro lado, o poder de Jesus e o poder da fé em Jesus diante do qual o demônio perde toda a sua influência.
O pai tinha pedido aos discípulos para expulsar o demônio do menino, mas eles não foram capazes. Jesus ficou impaciente e disse: “Até quando vou agüentar esta geração sem fé! Tragam o menino aqui!”.

Jesus pergunta a respeito da doença do menino. Pela resposta do pai, Jesus fica sabendo que o menino, “desde pequeno”, tinha uma doença grave que o colocava em perigo de vida. O pai pede: “Se o senhor puder fazer alguma coisa, tenha pena de nós!”
A frase do pai expressa a situação bem real do povo. Ele estava com a fé abalada, sem condições de resolver os problemas, mas também tem muito boa vontade de acertar. Não é esta a situação minha e tua hoje?
O evangelista reúne neste texto várias passagem dos milagres de cura e libertação realizados pelo Mestre como fruto da fé tanto dos curados quanto dos que apresentavam os enfermos. É para ti e para mim que Jesus se dirige: Ó geração incrédula, acredite. Afaste-se as dúvidas e trevas do vosso coração.

Marcos nos faz ver o contraste entre a fé do pai da criança e a pouca fé dos discípulos, Por isso o Senhor lastima e sobretudo procura fortalecer os seus discípulos e a multidão. Em contrapartida, é admirável a oração simples e confiante do pai, que se apresenta como homem de pouca fé, mas que pede para ser nela fortalecido. Só a humildade e a confiança, como aquelas que inspiraram a oração daquele pai aflito, são caminho que leva à fé.

Feito o trabalho, libertado o garoto, o pai feliz da vida, é a hora de os discípulos amuados perguntarem ao Mestre: “Como explicar o nosso fracasso? Por que não pudemos expulsar o demônio?” E Jesus, curto e grosso: “Esta espécie de demônios com nada se pode expulsar, a não ser com oração e jejum.”
Pode ser que você esteja torcendo o nariz: “Jejum e oração?! Que coisa mais arcaica!” Ora, a água vegeto-mineral dos tempos da vovó pode ser um remédio arcaico, mas faz efeito ainda hoje. 
Os "capetas" do tempo de Jesus Cristo são os mesmos de nosso tempo, ainda que mais treinados e especializados. Tal como ontem ainda hoje Jesus continua realizando curas e libertações. Basta ter fé, confiança e esperança no Nome e Poder de Jesus.

Portanto, é urgente que como o pai daquela criança gritemos ante as diversas situações por que passamos: Eu tenho fé! Ajude-me a ter mais fé ainda!

Propósito:
Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.
RETORNO CERTO
Um obscuro e aparentemente fato - completamente insignificante -pode se transformar num importante fator na sua vida nesta próxima semana, ou daqui a cinco anos. Um pequeno favor que você faz hoje pode retornar a você dentro de alguns meses como uma grande oportunidade que você jamais sonhou que fosse possível. 
O valor que você investe na vida torna-se o valor que você experimenta na sua própria vida. Quanto mais amor você dá, mais amor você terá condições de receber, conhecer e de experimentar. As suas palavras não acabam quando você as pronunciam e as suas ações não param quando você as completam. Elas prosseguem pela vida e lhe conectam com pessoas, eventos e circunstâncias trazendo preciosa substância através delas mesma. 
Portanto, viva a sua vida na certeza plena de que aquilo que você faz – de uma maneira ou de outra – irá retornar a você. Pois saiba que sem sombra de nenhuma dúvida, o retorno é absolutamente certo.