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domingo, 17 de fevereiro de 2019

Evangelho do dia 19 de fevereiro terça feira 2019


19 fevereiro - Nós sabemos por experiência que, no momento oportuno, as dificuldades desaparecem, muda o ânimo de quem as provocava e a obra de Deus prossegue abençoada com novos favores. (L 253). São Jose Marello
Marcos 8,14-21
Naquele tempo, 14os discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um pão. 15Então Jesus os advertiu: “Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”.
16Os discípulos diziam entre si: “É porque não temos pão”. 17Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: “Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lem­brais 19de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?”
Eles responderam: “Doze”. 20Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: “Sete”. 21Jesus disse: “E ainda não compreendeis?”   
Meditação:
O texto de Marcos lido hoje contém uma dupla advertência de Jesus aos seus discípulos: guardar-se do fermento dos fariseus e de Herodes. Na Bíblia o fermento tem um significado ambíguo.
Trata-se evidentemente de algo bom, uma substância sem a qual não se pode preparar o pão. Assim aparece, com um significado bom na parábola do fermento (Mt 13, 33 e paralelos). Mas o fermento pode também significar a corrupção do pecado, como no texto lido hoje e em outras passagens (1Cor 5,6-8).

O fermento ou a malícia dos fariseus era a hipocrisia legalista. Julgavam-se perfeitos e desprezavam os outros que não seguiam suas regras. Pretendiam que Deus fosse obrigado a reconhecer suas boas obras, feitas mais por interesse do que por verdadeira piedade, e muito menos por amor aos irmãos.
O fermento de Herodes era o despotismo com que governava seu povo. Ele tinha repartido o reino de Herodes, o Grande (seu pai), em duas províncias: a Galiléia e a Peréia. Manteve-se no poder desde o ano 4 a.C. até o ano de 39 d.C. Foi um longo governo de 43 anos, submetido aos governantes romanos com os quais sempre tinha que estar bem, ainda que fosse às custas da felicidade e do bem estar de seu povo. Exibia uma grande astúcia, uma enorme capacidade diplomática e a hipocrisia igual à dos fariseus. Não foi sem motivo que Jesus o chamou de “raposa” (Lc 13,31-33), o animal da astúcia proverbial.

Um terceiro aspecto do texto de Marcos que hoje lemos é o da incompreensão dos discípulos: Jesus lhes fala do fermento dos fariseus e de Herodes e eles pensam que não trazem consigo pães na barca. Jesus recorda-lhes o acontecimento da multiplicação dos pães. Eles não devem estar preocupados em ajuntar provisões. É para não se contaminar com a hipocrisia dos fariseus e não serem vítimas da astúcia despótica de Herodes Antipas.
Marcos apresenta Jesus na barca com seus discípulos, que não entendem os milagres realizados. Só tinham um pão com eles no barco. Esta frase não é primitiva uma vez que Mateus 16,5 não a conhece e porque está em contradição com o v. 16, no qual o próprio Marcos diz claramente que os apóstolos não tinham nenhum pão. Mas cabe aqui pensar que, antecipando-se já à interpretação de João 6,26-27, Marcos pensa, no v. 14b, no pão simbólico, que é o próprio Jesus.
Os discípulos temem ficar sem provisões, e se esquecem de que tinham com eles o pão por excelência. Assim se compreende a discussão que se segue, na qual Jesus procura fazê-los compreender quem é ele.
Os discípulos devem estar atentos para não se deixar contagiar por aquele fermento da incompreensão e incredulidade que os rodeia. Sua escolha como depositários do mistério do reino de Deus não os torna invulneráveis à cegueira a seu redor.
Jesus os adverte sobre o perigo que correm, procurando levá-los a refletir mediante sucessivas repreensões. Têm que abrir seu coração e reconhecer com os olhos da fé a verdadeira identidade de quem, na multiplicação dos pães, se revelou como o pastor messiânico e o portador da salvação definitiva.
Jesus alerta o grupo dos discípulos sobre o plano que os fariseus e os herodianos estão tramando contra ele. Jesus sabe que o projeto do Reino que ele veio pregando de cidade em cidade, está incomodando os líderes do poder religioso e político de Jerusalém. Por isso Jesus diz ao grupo de seus amigos que se cuidem do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes, pois esses dois fermentos podem corromper a massa.
Também, nós, vinte séculos depois, corremos o perigo de nos tornarmos como os fariseus, de crermos que somos bons, de impor nossas normas aos pequenos e aos humildes, de tratar despoticamente os que vêm até nós. Deste fermento que contamina é que devemos nos guardar. E o Senhor nos alimentará abundantemente com sua Palavra e com seu pão de vida.
Frente à chamada de atenção feita por Jesus, seus apóstolos não lhe dão atenção, pois estão preocupados com a falta de alimento e dessa forma distorcem a mensagem de alerta que o Mestre estava dando. O pão não é o problema fundamental.
Sempre que ele faltou houve alguma maneira de consegui-lo para matar a fome do grupo e da multidão faminta. Jesus desejava que seus seguidores caíssem na conta do complô que estavam preparando contra ele.
Para abraçar a causa de Jesus, ou seja, para assumir o projeto do Reino, a perseguição é uma das realidades que acompanham todos aqueles que assumem com radicalidade a obra libertadora iniciada pelo Mestre. Os poderosos sempre estarão descontentes com as propostas de humanizar esta história e de equilibrar este mundo desequilibrado pelo egoísmo institucionalizado.
A missão é difícil, mas devemos ser capazes de continuá-la para tornar possível o Reinado de Deus em nosso mundo. A utopia do Reino continua nos interpelando e chamando para que nos desinstalemos e deixemos de lado as seguranças que nos impedem de por-nos a caminho para viver como Jesus viveu.
A Igreja tem um compromisso com o Reino de Deus. Nós que somos membros da Igreja somos chamados a combater com nosso próprio testemunho o poder de domínio e instaurar em nosso mundo uma realidade alternativa, mesmo que nos persigam e caluniem.
Reflexão Apostólica:

O evangelho de Marcos, de maneira mais acentuada, insiste em registrar que os discípulos de Jesus não chegaram a compreender claramente a sua novidade durante os anos de convívio com ele.

Nesta narrativa vemos os discípulos repreendidos severamente. Jesus adverte os discípulos contra a doutrina (fermento) dos fariseus e dos herodianos. Eles queriam um messias poderoso que se manifestasse com sinais portentosos.

Jesus abre os olhos dos discípulos sobre o fermento dos fariseus e de Herodes: a desconfiança, a falta de fé e a falsidade. Eles não entendiam bem das coisas espirituais e pensavam que Jesus estava se referindo ao pão, alimento material.

No entanto, Jesus replica: “Por que discutis sobre falta de pão? Ainda não entendeis nem compreendeis? Tendes o coração endurecido?” Porém, eles não compreendiam do que Jesus estava falando porque não O escutavam com o coração.

Mesmo depois dos milagres da multiplicação dos pães eles continuavam inseguros quanto á sua sobrevivência. Jesus se referia aos milagres dos pães quando dos 5 pães divididos para 5.000 pessoas – sobraram 12 cestos; dos 7 pães repartidos para 4.000 pessoas, sobraram 7 cestos. Sete é o número da perfeição; Doze é o número da abrangência.

O poder de Deus não tem limites, no entanto, nós temos a tendência de nos apegar com o pouco que temos e com aquilo que nós conseguimos ver e tocar, por isso, só acreditamos no que está sob o nosso controle. Esquecemos do poder misterioso de Deus.

Quantas coisas maravilhosas já aconteceram na nossa vida e nós, às vezes nos apegamos à situação do momento e desconfiamos de que Ele, o Senhor, tem poder para fazer por nós muito mais do que imaginamos. O fermento dos fariseus era a desconfiança, a falta de fé e a falsidade.

Assim também nós podemos estar vivendo: “tendo olhos, nós não vemos e tendo ouvidos, nós não ouvimos”. Temos também, como os fariseus o coração endurecido porque somos limitados e não queremos enxergar mais além das aparências, das nossas necessidades materiais e emergenciais. Não enxergamos o poder que Deus tem para providenciar tudo de que precisamos na nossa vida.

A pergunta do evangelho também pode ser dirigida a nós, como aos discípulos; nós temos mais ou menos familiaridade com Jesus: com sua palavra, com sua maneira de agir e com sua pregação, inclusive temos compartilhado não somente uma ou duas vezes o Pão, mas muitas e, contudo, não entendemos Jesus nem a advertência que faz, talvez moralizamos e cremos que o fermento dos fariseus se refere a coisas espirituais, não compreendemos que Ele nos ama e que nos chama a uma nova vida.

Às vezes, ante suas advertências e exigências, nós vamos pelas beiradas, não chagamos ao centro do assunto, a dureza de nossa mente e do coração para entender o estilo típico de Jesus faz repetir hoje essa pergunta: Ainda não entenderam? E o que é que tínhamos que entender? Algo simples e claro que estamos falando nos últimos dias nos evangelhos, o amor incondicional de Deus, sua pedagogia, sua ternura e a absoluta liberdade com que nos quer para que vivamos essas relações com ele e com os outros.

Entender inclusive que os momentos difíceis e penosos são momentos para nos aproximar de Deus e construir comunidade. E entender que somos chamados a à generosidade para com os necessitados, a controlar nossos impulsos de inveja e egoísmo. Definitivamente temos que entender o chamado para construir uma vida mais feliz e justa.

Qual é o pão que você precisa para alimentar a sua vida? Quem pode dá-lo? – Há sinceridade na sua oração a Deus? Você tem medo de passar necessidades no futuro? Você acredita na providência de Deus?
Propósito:
Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.
DESENVOLVENDO COMPREENSÃO
reação natural para hostilidade é... hostilidade. Porém, muito da hostilidade com que nos defrontamos é fruto de ignorância e má compreensão. Quando cada um dos lados em conflito desenvolve uma maior compreensão do outro, algo automático ocorre: a ira e o ressentimento são reduzidos em grande escala, com possibilidades inclusive de anular uma contenda. 
A maneira como você reage à hostilidade depende, em grande parte, de você mesmo. Você tem a opção de permitir que um conflito atinja um ponto em que não possa, de maneira alguma, haver uma conciliação. Ou você pode dar de si mesmo, andar uma segunda milha, ganhar uma compreensão mais abrangente do conflito e trabalhar para eliminá-lo. Quando você ganha uma maior compreensão, imediatamente você reduz o nível de sua ira e indignação. A compreensão também tem a virtude de revelar um caminho para a concordância e a cooperação. 
É evidente que existem algumas pessoas que só desejam mesmo aumentar a sua própria ira e não estão abertas para a conciliação. Porém, são muitas também as pessoas que apenas e tão somente desejam ser compreendidas.

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