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domingo, 10 de fevereiro de 2019

Evangelho do dia 13 de fevereiro quarta feira 2019


13 fevereiro - Renovemos o espírito a cada instante e repousemos na misericórdia de Deus, que absorve todas as fraquezas da nossa natureza doentia. (L 19). São Jose Marello


Marcos 7,14-23

"Jesus chamou outra vez a multidão e disse:
- Escutem todos o que eu vou dizer e entendam! Tudo o que vem de fora e entra numa pessoa não faz com que ela fique impura, mas o que sai de dentro, isto é, do coração da pessoa, é que faz com que ela fique impura. [Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.]
Quando Jesus se afastou da multidão e entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram o que queria dizer essa comparação. Então ele disse:
- Vocês são como os outros; não entendem nada! Aquilo que entra pela boca da pessoa não pode fazê-la ficar impura, porque não vai para o coração, mas para o estômago, e depois sai do corpo.
Com isso Jesus quis dizer que todos os tipos de alimento podem ser comidos.
Ele continuou:
- O que sai da pessoa é o que a faz ficar impura. Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras."

Meditação:

Os escribas e fariseus vindos de Jerusalém haviam entrado em conflito com Jesus porque seus discípulos comiam com mãos impuras, isto é, não praticavam as abluções rituais. Então Jesus dirige-se à multidão e aos discípulos explicando: não é o que está fora que torna a pessoa impura, mas sim o que sai da pessoa.

O choque se dá no dualismo "sagrado" e "profano", criado pelas religiões e muito presente na tradição do judaísmo. O mundo não se divide em duas zonas: uma, sagrada, onde se encontra tudo que goza do favor de Deus; e outra, profana, da qual Deus está ausente.

Jesus vem afirmar a bondade fundamental da criação e o amor universal de Deus. Não é o espaço exterior que define a presença de Deus, mas sim nossas ações.

A passagem evangélica revela um elemento fundamental para a vida de todo cristão: o importante não é o comportamento religioso exterior, manifestado em rituais e normas, mas sim o que habita no coração do ser humano. O que importa é ter boa vontade, consciência e o coração desejoso de fazer o bem.

Hoje, Marcos nos mostra que o processo de contaminação pela impureza era uma questão grave! E ultrapassava toda a imaginação dos escribas e fariseus. Eles temiam tornarem-se impuros pelo contato físico com coisas e pessoas. Assim conduzidos pelo pensamento tão equivocado estavam impedidos de perceber os verdadeiros agentes de contaminação.

Era urgente que Jesus apontasse para eles onde estavam e em que consistiam os elementos contaminadores. Desta maneira, para Jesus o que contamina o homem não está fora de si. Mas sim está radicado no mais intimo do coração humano.

Infelizmente, não é fácil se precaver quando não se tem um coração puro. Dai provêm às impurezas que incapacitam o ser humano para um relacionamento adequado com Deus.

É relativamente fácil segregar-se das coisas e pessoas tidas como transmissoras de impureza. Pelo contrário, é extremamente difícil manter a devida distância do que saí de dentro da pessoa e tem o poder de contaminar.

Vigilância e discernimento são duas atitudes imprescindíveis. Sem elas, a hipocrisia apodera-se da ação humana. Não raro, a pessoa fiel às regras de purificação acaba sendo a mesma que nutre maus pensamentos contra o próximo.
O discípulo do Reino previne-se contra esta falta de autenticidade. Dele se exige, em primeiro lugar, a purificação das motivações de sua ação.

Seu agir deve brotar de um coração puro, sem dolo nem má-fé e buscar unicamente o bem do próximo. Esta é a pureza requerida por Deus. A outra se reduz à mera questão de higiene, sem a menor relevância.

Portanto, e como dizia no ontem, só se é verdadeiro discípulo, quando trazemos e nutrimos no coração uma experiência inspirada nos sentimentos do coração de Deus.

A interioridade é, na verdade, a força sustentadora da autêntica experiência de fé, de culto a Deus e de sinceridade no relacionamento com os outros.

Jesus pede dos seus discípulos esta construção e esta conquista. O de fora se sustenta autenticamente a partir do que está no fundo do coração. Manter as aparências e enganar é hipocrisia.

O discípulo de Jesus não pode descarrilar e viver na superficialidade, nas coisas externas. Isto só é possível na medida em que o discípulo compreende que o impuro não é o entra nele vindo de fora, explicou Jesus chamando para perto de si à multidão.

Impuro é o que sai do interior. Ele recorda em linguagem bem direta que o que sai do interior é que é impuro: as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Jesus conclui: "Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras.".

É fácil colocar capas, roupas e cores que indicam outras coisas, até nobres. O que vale é verificar o fundo do coração, diante de Deus e da própria consciência.

Deus, não se engana. Ele, mais do que qualquer outro, mesmo a própria pessoa, conhece o mais escondido do coração. Ao discípulo só resta uma alternativa.

Passar a limpo a própria interioridade, permanentemente, e escolher sempre o caminho do amor que resgata, nos recria, nos perdoa e nos reconcilia com Deus. Outra opção de que devemos a todo custo fugir é hipócrita. Isto é, a condição de um povo que ‘louva com os lábios, mas o coração está longe de Deus’

"A mais longa jornada é a jornada interior”, escreveu Dag Hammerskjold. Como isto é verdade! Jesus entendeu as condições do coração humano. O que é em nossos corações pode realmente nos fazer necessitar uma cirurgia espiritual do coração.

De nossos corações vêm os maus pensamentos, imoralidade sexual, crimes, violência, cobiça, más intenções, fraudes e muito mais. Corramos ao cirurgião de todos os tempos para que Ele faça um novo transplante do nosso coração.

Tire-nos o de pedra e nos dê o coração de carne! Tire-me o coração velho e me revista do teu sempre novo, capaz de amar e perdoar até os meus inimigos e perseguidores.

Capaz de compreender, acolher, dialogar e, sobretudo a não olhar somente pelo exterior, mas sim para o meu interior, preocupando-me com a sua purificação continua.

JESUS, MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO, FAZEI O MEU CORAÇÃO SEMELHANTE AO VOSSO. FAZEI-ME VIVER O AMOR E A RECONCILIAÇÃO!

Reflexão Apostólica: 

Ontem refletimos da quantidade de justificativas que damos ao invés de ouvirmos ou assumirmos nossas falhas e esse evangelho de hoje trás uma dura e profunda conclusão do que começamos a conversar ontem: reconhecer nossa covardia!

Vamos reler o evangelho de hoje para podermos conceber a natureza e o poder da exortação de suas palavras. Notaremos que elas resumem aquilo que mais tentamos ocultar: QUE TEMOS MUITA “CULPA NO CARTÓRIO” SOBRE NOSSOS ATOS. “(…) Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências.”.

A vontade de prevalecer sobre as situações que provocamos ou que não temos domínio coloca-nos de frente com um profundo dilema: AMADURECER E RECONHECER OU JUSTIFICAR E PROCURAR ALGUÉM QUE RECEBA A CULPA. É dessa covardia que falo

Nenhum de nós têm tratamento diferente perante o Pai e tão pouco, são marcadas por ele por seus erros, mas sim pela vontade insistente que querer entender sua vontade.

Preocupamos-nos demais com coisas que às vezes são tão passageiras nos esquecendo assim daquilo que pode durar para sempre como os gestos. Rezamos, louvamos, fazemos novenas e preces, mas de fato pedimos nessas preces a coisa certa?

Muitas vezes nossos louvores e suplicas conseguem tocar ao céu e ai de fato somos agraciados por Ele com um milagre, uma cura, uma benção (…), mas o que muda em mim como pessoa após tão profundo contato com o Senhor?

Sentamos, ajoelhamos, nos prostramos obstinados a trazer o Senhor à nossa causa, mas não o convidamos a ficar em nossa companhia.

Como estava escrito ontem: “(…) Deus disse: Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração está longe de mim. A adoração deste povo é inútil, pois eles ensinam leis humanas como se fossem mandamentos de Deus

Ano passado discutíamos numa reunião a o quanto as pessoas perderam ou abandonaram pelo caminho a essência da Quaresma, do santo, do sagrado.

Valorizamos o quanto conseguimos ficar sem comer carne, mas não o quanto estou disposto a mudar. As pessoas cada vez menos se entregam a compromissos (principalmente de mudança pessoal) e sim a realizações de objetivos pessoais, que geralmente não passam de necessidades pequenas.

Vejo e acompanho pessoas indo em “igrejas” que prometem a salvação e milagres extraordinários pagando valores que variam de R$ 50,00 a R$ 100,00 para que alguém reze por ele e consiga pagar uma dívida impagável no banco.

Pagam para ver “milagres” sem compromisso e sem fé. Buscam um deus comercial de realizações de quimera e que “ama” fazer suas ações ao vivo pela TV. O mais chato é que muitos desejam copiar esses modelos em seus grupos, movimentos e em suas vidas…

Milagres extraordinários custam a acontecer talvez por nos tornamos iguais aos fariseus e aos discípulos: justificativas e covardias

Padre Joãozinho muito sabiamente afirma sobre algumas situações não dá para “lutar com as mesmas armas”; nosso trabalho de evangelizador não é comercio ou uma lojinha de shopping que “vence” a “concorrência” por promoções melhores e longos pagamentos. Jesus nunca disse que seria fácil a vida dos seus seguidores. O convite era ser pescador de homens e não comerciantes da graça.

Para que tudo isso mude eu preciso mudar minha concepção sobre as pessoas. Preciso assumir meus erros e de fato corrigi-los. Preciso buscar a santidade de pensamentos principalmente quanto aos pré-julgamentos que afastam meu irmão da graça de Deus.

Peçamos a Jesus que purifique nossos corações de qualquer impureza, dos pensamentos ruins... Que Ele nos dê um coração puro, um coração novo que saiba amar, perdoar, acolher. Um coração que não critica, que não julgue e não persegue. Peçamos um coração justo, que respeite o próximo, que saiba dialogar e compreender os necessitados, os excluídos. Peçamos um coração humilde, misericordioso e agradável a Deus.

Propósito: Abraçar o bem que está dentro de nós e prestar mais atenção naquilo que sai do nosso coração.

SUBSTITUINDO
Os hábitos, quando a eles não se opõe resistência, muito cedo se transformam em necessidade.   Sto Agostinho
Todos nós desde cedo aprendemos ou assimilamos certas rotinas. Depois de praticá-las dezenas de vezes, tudo o que fazemos é ligar o “piloto automático”. Alguns desses hábitos são sadios, e contribuem para nos manter saudáveis e protegidos. Infelizmente, porém, existe o outro lado da moeda. É que alguns deles não apenas se tornam uma força tremendamente destrutiva, como inclusive o que parece é que não existe uma maneira de nos libertar das suas garras. 
A realidade é que você acaba se transformando em tudo aquilo que você pratica. Exemplo: Se você tem por hábito discutir com as pessoas, você acaba se tornando uma pessoa especialista em discussões – discute constantemente, e com todo o mundo. Se com freqüência você critica as pessoas você se torna uma pessoa especialmente crítica. Isso porque comportamentos repetitivos se transformam em hábitos. 
Quero hoje encorajá-lo a se concentrar num comportamento negativo, e disciplinadamente substituí-lo por uma ação positiva, até que ele se torne um hábito. Devo entretanto adverti-lo de que usando apenas o poder da mente isso será impossível. Contudo, com a ação de Deus em seu favor você poderá experimentar uma nova forma de viver.

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