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sábado, 14 de dezembro de 2019

EVANGELHO DO DIA 22 DE DEZEMBRO - QUARTO DOMINGO DO ADVENTO



22 dezembro - Coisa maravilhosa é o correio! Ele nos une em espírito às pessoas mais queridas; ele nos proporciona momentos divinos; oferece-nos ocasião de trocar, a nosso bel prazer, suaves e ternas palavras de amizade; oferece-nos os meios para transmitir todos os sentimentos e todas as pulsações do nosso coração. (L 3). São Jose Marello

Mateus 1,18-24

Jesus nascerá de Maria, prometida em casamento a José, filho de Davi.

18 A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19 José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20 Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: 'José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados'. 22 Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23 'Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco.' 24 Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.

REFLEXÃO

Os profetas anunciaram que o Messias seria da descendência do rei Davi, e esta descendência vem por meio de José. As Sagradas Escrituras não narram se Maria era descendente de Davi. José não teve nenhuma participação no Mistério da Encarnação, mas mesmo assim, cooperou com a realização das profecias ao reconhecer Jesus como seu filho e, ao dar-lhe o seu nome, lhe transmite todos os direitos da descendência davídica.

O Evangelho de hoje nos mostra que, embora a salvação seja obra de Deus, a colaboração humana é necessária para a sua realização e somente pode ser considerado verdadeiramente santo aquele que procura participar da obra salvífica da humanidade como colaborador do próprio Deus.
  
Começamos nossa reflexão citando as palavras do anjo a José, no que toca a concepção e, conseqüentemente, o nascimento de Jesus: José, Filho de Davi, não tenhas medo..”

José, timbrado e carimbado na Sagrada Escritura, depara-se com uma situação humanamente impossível: sua esposa está grávida sem a ter conhecido. Como será isso e que procedimento seguir? Se Ele a tivesse conhecido antes de viverem juntos, seria o pior vexame que teriam passado, além de correr o risco de serem apedrejados pela cultura do tempo; o que seria o de menos, pelo fato de terem violado a lei. O enigmático é que conscientemente isso aconteceu e ela aparece grávida.

Alguém lhe teria passado para trás? Ou a própria Maria o teria traído? Devido ao adjetivo a ele atribuído e sem querer difamá-la, porque era justo, José resolveu abandonar o amor da sua vida em segredo. Mas, enquanto pensava nisso, Deus veio ao seu encontro através de um anjo.

Na intervenção de Deus, neste momento de profunda angústia e confusão de José, manifesta-se o triunfo da justiça divina sobre os homens e mulheres fiéis a Ele, que andam observando e vivendo os seus mandamentos. “Aos homens retos, darei alegria plena”; diz Deus. Eu estou ao lado da justiça e julgo segundo o que vejo; não segundo as aparências.

A atitude de silêncio interior de José pode ser entendida como o tempo da meditação, de intimidade profunda com Deus, de deixar que Ele fale por nós. Quando nós levamos as nossas preocupações a Ele, o Senhor as faz suas; então, não somos nós que falamos, mas o Espírito do nosso Pai que fala por nós. Basta fazer a nossa parte, que consiste somente em confiar e saber esperar no Senhor que tudo pode. José não precisou falar alto nem muito com A ou B. Simplesmente, contemplando o sucedido e rezando, calou-se.

A resposta de Deus não se fez esperar. Imediatamente, agiu mandando o seu anjo que diz: “José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá n’Ele o nome de Jesus, pois Ele salvará o seu povo dos pecados”. Era isso que José esperava ouvir. Esclarecida a dúvida, José recebe Maria como sua esposa e toca a vida.

Muitas são as simbologias que podemos encontrar neste texto. Veja por exemplo: com a escolha do homem da casa de Davi, o Evangelho de Mateus quer, teologicamente, inserir Jesus na genealogia davídica para harmonizar a concepção virginal de Maria com a acolhida de José. O estranho é que, só depois de José sofrer profundamente ao perceber, progressivamente, a gravidez da mulher amada, o anjo é enviado a ele, dissipando a terrível dúvida acumulada.

Teologicamente, José, apresentado como inserido na genealogia davídica, representa o antigo judaísmo. De Maria, que está fora desta genealogia, nascerá Jesus. Maria representa a novidade de Jesus nas comunidades cristãs. Alguém que não pertence à raça, à estirpe, à tribo. Porém, o novo que se manifesta em Maria escapa à compreensão de José. Era necessário que, do alto, viesse a luz e José fosse advertido pelo anjo. E então, ele acolhe Maria para dizer que os judeus devem aceitar as novas comunidades cristãs, vendo nelas a obra de Deus.

Este judeu pode ser eu, pode ser você, meu irmão, quando diante dos pecadores públicos, dos criminosos. Nós nos consideramos justos, sem pecados; por isso queremos nos manter distantes dos leprosos, dos pecadores.

José, o homem justo, fiel e humilde, compreendeu o desígnio do Pai para com a humanidade e colaborou para que ele fosse realizado. Em que ponto você está? Assim como aconteceu com José ontem, hoje continua a palavra de Deus sendo dirigida para nós. Não tenha medo de receber o estrangeiro, o pobre, a viúva, o órfão, o drogado, o doente. Ame-o, assim você transformará a sua vida e salvará sua alma da morte eterna. E assim, celebrarás o verdadeiro Natal. (Emanuel quer dizer “Deus está conosco”).

ORAÇÃO

Senhor Jesus, vós que assumistes a fragilidade humana, derramai sobre nós vossa misericórdia e vossa paz. Amém.

BÊNÇÃO

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde. Amém!
Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém!
Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém!

dia 22
Reflexão:
Uma das mais belas orações de confiança é o salmo 23(22). Nele o salmista vê Deus como o pastor que cuida de suas ovelhas: “O Senhor é o meu pastor, nada me falta.
Ele me faz descansar em verdes prados, as águas tranqüilas me conduz, restaura minhas forças, guia-me pelo caminho certo, por amor do seu nome.
Se eu tiver de andar pelo vale escuro, não temerei mal nenhum, pois comigo estás.
O teu bastão e teu cajado me dão segurança.
Diante de mim preparas uma mesa aos olhos de meus inimigos; unges com óleo minha cabeça, meu cálice transborda.
Felicidade e graça vão me acompanhar todos os dias da minha vida e vou morar na casa do Senhor por muitíssimos anos”.
Meditação:
O Senhor cuida de você, protegendo-o de todos os perigos.
Confirmação: (Sl 32,7a)
“Tu és meu refúgio, me preservas do perigo”.



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