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domingo, 10 de maio de 2020

João 14, 27 - 31a Evangelho do dia 12 de maio terça feira 2020


12 maio - Maria, nós gostamos de vos contemplar no Céu, coroada de glória, Rainha dos Anjos, Soberana entre todos os eleitos, dispensadora de todas as graças! Mas quase nos parece que a grande distância que de vós nos separa, possa constituir obstáculo à vossa
compaixão para conosco. Preferimos contemplar-vos na atitude de Rainha das Dores, aos pés de Jesus Crucificado. Achamo-nos num vale de lágrimas e o nosso coração abatido encontra maior conforto em repousar no vosso coração aflito, ó Maria! (S 341). São Jose Marello
João 14,27-31a
"Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: 'Eu vou, mas voltarei a vós'. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais. Já não falarei mais convosco, pois vem o chefe deste mundo. Ele não pode nada contra mim. Mas é preciso que o mundo saiba que eu amo o Pai e faço como o Pai mandou." "  
Meditação:
Na Sagrada Escritura encontramos que a saudação com desejos de paz era muito corrente, tanto para quem chegava como para quem tinha de partir. Não acontece a mesma coisa com a saudação de paz ou com a despedida de Jesus, que é especial e eficaz.
A paz que promete Jesus a seus discípulos com respeito ao mundo não significa a ausência de conflitos, tentações ou maldade no mundo. Tampouco se refere a uma paz virtual, carregada de esboços e de boas intenções.
A Paz que Jesus oferece a todos os seus discípulos tem de ser entendida como um dom de Deus e uma tarefa de todos os dias; uma paz que se constrói, destruindo com amor os ódios, egoísmos e violências.
Na linguagem do evangelista João, palavras como “Paz”, “Verdade”, “Luz”, “Vida” e “Alegria” são termos simbólicos que refletem diversas facetas do amor de Deus trazido por Jesus para a humanidade.
Continuamos diante da última Ceia Jesus com os seus discípulos. O mestre sabendo que estava próxima a hora de sair deste mundo, não queria partir sem dar sossego, calma, segurança, tranqüilidade, amparo, conforto, prosperidade, vitória em fim garantia de vida plena. Então se levanta e pronuncia as benditas palavras: Deixo-vos a paz. A minha paz eu vos dou; não – vo-la dou segundo critérios do mundo!
Nesta expressão vemos a clara declaração da Personalidade de Jesus. Ele é, por natureza, comunicador de paz. Sem dúvida, não estamos às voltas com uma espécie de paz intimista e sentimental. A paz de Jesus é muito mais do que isto!
A paz é um dom de Jesus para seus discípulos, em vista do testemunho que são chamados a dar. Ela visa à ação. Por isso, não pode reduzir-se ao nível do sentimento.
A paz de Jesus tem como efeito banir do coração dos discípulos todo e qualquer resquício de perturbação ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo o dom da paz, eles deveriam manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades.
Assim pensada, a paz de Jesus consiste numa força divina que não deixa que os discípulos rompam a comunhão com o Mestre. É Jesus mesmo, presente na vida dos discípulos, sustentando-lhes a caminhada, sempre dispostos a seguir adiante com alegria, rumo à casa do Pai, apesar das adversidades que deverão enfrentar.
A paz do mundo é bem outra coisa. Encontra-se na fuga e na alienação dos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa confiança ingênua em Deus do qual tudo espera, sem exigir colaboração. Neste sentido ela é uma paz que conduz à morte!
O discípulo sensato rejeita a paz oferecida pelo mundo para acolher aquela que Jesus oferece.
A paz de Jesus é a paz que é fruto da prática libertadora, fraterna, solidária, restauradora da vida e da dignidade dos homens e mulheres. É a paz do reencontrar a vida na união de vontade com o Pai.
Reflexão Apostólica:
A paz é um dom de Deus. A paz bíblica, shalom (em hebraico) ou eirene (em grego) não designa somente a ausência de conflito; o conceito bíblico de paz envolve bem-estar, plenitude e abundância para todos.
A paz está intimamente relacionada com a harmonia nas relações interpessoais, comunitárias e entre os povos. Também estabelece uma relação de harmonia com Deus.
Alcançar a paz significa assim uma plena comunhão consigo mesmo, com os demais, com a natureza e com Deus. Por isso a paz começa no coração de cada pessoa e está limitada a impregnar todos os níveis de relação que possam estabelecer os seres humanos.
A partida de Jesus será ocasião de crise e conflitos para seus discípulos. Por isso o Mestre lhes promete o Espírito Santo, que lhes transmitirá luz, amor, fortaleza, segurança para continuar a missão iniciada pelo próprio Jesus, e, por certo, será fonte da verdadeira paz.
Hoje as notícias sobre injustiças, violência, destruição e morte estão cada dia em primeiro plano em todos os meios de comunicação.
Esta realidade se converte num desafio para as aqueles que cremos que o Espírito Santo continua agindo através dos fiéis para impregnar o mundo com essa paz verdadeira tão invocada pelo Senhor para os seus.
E nós, somos promotores da paz no meio em que vivemos e exercemos nossas tarefas. De que modo o fazemos? Que iniciativas poderíamos promover para enfrentar situações de violência, ódios ou discórdias que por acaso vivamos em nossa realidade?
Propósito:
Jesus Príncipe da Paz, dai-nos a constância na fé e na esperança para que jamais duvidemos das vossas promessas. Que tomemos posse da vossa Paz. Paz que nos tranqüiliza a alma e nos faz mais do que vencedores porque tu estás conosco e em nós.

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