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domingo, 17 de maio de 2020

João 16, 12-15 - Evangelho do dia 20 de maio quarta feira 2020


20 maio - Maria! Sem vós, Mãe amantíssima, como teremos nós, pobres infantes, coragem de nos aventurar por caminhos desconhecidos? Jesus, Maria, José, Anjos e Santos nossos Protetores, queremos caminhar convosco. Qual é a estrada mais segura? (L 24). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São João 16,12-15

"Ainda 
tenho muitas coisas para lhes dizer, mas vocês não poderiam suportar isso agora. Porém, quando o Espírito da verdade vier, ele ensinará toda a verdade a vocês. O Espírito não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que ouviu e anunciará a vocês as coisas que estão para acontecer. Ele vai ficar sabendo o que tenho para dizer, e dirá a vocês, e assim ele trará glória para mim. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso eu disse que o Espírito vai ficar sabendo o que eu lhe disser e vai anunciar a vocês." 
Meditação
 Jesus anuncia que muitas coisas ainda deve ser ditas. Mas os discípulos não estão preparados ainda para compreender tudo o que Jesus deve dizer.
 A solução vem pela vinda do Espírito Santo. Ele dará plena compreensão de tudo o que foi dito e ocorrido durante o ministério de Jesus, que é em si mesmo a revelação do Pai, a Palavra de Deus.
 Esta compreensão profunda da vontade do Pai e do Filho acarreta cargas muito duras, como a perseguição ou a morte, mencionadas alguns versículos antes.

Mas o Espírito irá mostrando aos discípulos o caminho ao longo da história e o estilo de vida que deverão ter, em conformidade com o ensinamento de Jesus.
 O Espírito provém, tanto do Filho como do Pai. Ele continua, através dos discípulos, tornando visível o Reino, na reinterpretação da mensagem de Jesus às gerações vindouras, gerando um conhecimento cada vez mais profundo do que ele significa para cada época.

Ajuda no discernimento e na interpretação dos sinais dos tempos, a fim podermos encontrar o sentido profundo do que vai acontecendo no mundo, bem como a presença dos sinais do Reino

Estamos nos aproximando cada vez mais de um acontecimento fundamental na vida e missão da Igreja: a celebração de “Pentecostes”, o envio do Espírito Santo, que é quem nos impulsiona à missão que temos como seres humanos, como cristãos.

João desvela, nesta seção de seu Evangelho, o importante papel que o Espírito dá à comunidade. Este iluminará aos discípulos no futuro, os conduzirá pelo caminho da verdade plena, já que Jesus não pode comunicar-lhes tudo que necessitam saber, nem tampouco eles tiveram capacidade de compreender a profundidade de suas palavras.

É importante ter claro ao que se refere João quando fala da “verdade plena”, especialmente agora que a Igreja se vê submergida na diversidade, na multiplicidade cultural e religiosa, tal como estava a comunidade de João. A verdade plena é Jesus de Nazaré, é o Deus feito carne na história da humanidade, é o amor absoluto entregue por Deus através de seu único Filho.

Esta Verdade que é universal, para todos aqueles que se sentem chamados a viver e promover, de diversas maneiras, a paz, a justiça, a fraternidade, o respeito pela Vida em todas as suas manifestações. É no diverso, no que “não é igual”, onde realmente se evidencia a ação universal do Espírito de Deus.

Precisamente com a condução do Espírito que acontece na fidelidade, que é amor posto em prática, a comunidade manifesta a presença de Jesus ressuscitado, torna presente a Palavra que lhe foi confiada e é impulsionada a comunicá-la à humanidade para que esta creia.

“O Espírito nos conduzirá à verdade e essa verdade nos fará livres”. Vivemos em um mundo onde “a palavra” já “não vale”; as pessoas se comprometem e não cumprem; a mentira ronda pelas cidades, povos e veredas; a corrupção está acabando com países inteiros. A verdade parece não ter mais espaço na sociedade.

E nós, como cristãos, que estamos fazendo para que essa verdade recupere seu valor de antigamente? Ou será que seguimos os mesmos esquemas que dominam o mundo? Nosso compromisso evangélico é estar e viver sempre na verdade e recordar as palavras do Mestre: “A verdade os fará livres”.
Reflexão Apostólica:  
Jesus descreve a dinâmica da onisciência de Deus quanto a nossa vida. É o próprio Espírito Santo que descreve bem nossas necessidades e as apresenta a Deus, bem como, age como canal sempre aberto de relacionamento do amor Dele com sua criatura humana. “(…) Tudo o que o Pai tem é meu. POR ISSO EU DISSE QUE O ESPÍRITO VAI FICAR SABENDO O QUE EU LHE DISSER E VAI ANUNCIAR A VOCÊS”.

Deus sabe bem o que precisamos e, no momento mais oportuno, através do Espírito Santo, nos revela o que precisamos saber e ver. É nesse momento que entra a fé!

Ele é a voz que insiste em nos orientar a fazer o certo; é a sensação estranha quando algo acontece; é a fortaleza que surge na hora da aflição; a força sobre-humana que levanta o escombro, mas como já mencionamos em outra reflexão, o primeiro contato geralmente passa por despercebido e talvez seja proposital, pois talvez queira apresentar primeiramente a nós a realidade que vivemos, abrindo nossos olhos para o projeto salvifico de Deus.

Se então voltarmos um pouco na leitura buscando subsídios para uma complementação de entendimento do de hoje, teremos uma possível síntese do parágrafo anterior nas palavras:

O Espírito age muito em nosso meio, mas nem sempre o ouvimos sussurrar (talvez, mesmo se gritasse, também não ouviríamos). É uma voz presente em nossa reflexão diária. Uma resposta concreta na nossa oração diária. Um clamor persistente e obediente a bondade, no entanto seus sussurros são abafados pelos gritos dos valores pregados por nossa sociedade. Seus murmúrios são calados pelos gritos ensurdecedores dos falsos profetas

O Espírito Santo não vem falar de tragédias ou do final dos tempos, pois mesmo que um dia isso venha acontecer, hoje não estaríamos ainda preparados para tal.
 Ele não anuncia catástrofes ou calamidades, pois sofreríamos muito por antecipação. O Espírito Santo se apresenta logo após a paz de Jesus. Seu vento impetuoso é repleto de verdade e vida e não de medo.
 Sim! É preciso estar atento aos falsos sopros que mais afastam do que aproximam as pessoas e daqueles que aprisionam as pessoas pelo medo.
 Precisamos também rever nossa sensibilidade quanto aos sussurros do Espírito Santo e também repensar nossa postura cristã missionária.
 Cada vez mais vemos cristãos escondidos em seus cenáculos à espera que algo diferente, impetuoso, que encha novamente aquele lugar de alegria e fogo. Cada vez mais cresce o número de surdos na fé. Cada vez mais vemos falsos pastores, donos de pequenas igrejas e grandes negócios, comercializando “ações do Espírito Santo” pela TV.

Tudo acontece a seu tempo. Fiquemos atentos. Paciência. Até mesmo quando estivermos no olho da tempestade “(…) ele ensinará toda a verdade a vocês”.
Propósito
Seguir Jesus Cristo, caminhando sobre suas pegadas (adesão da vontade); escutando a sua doutrina (adesão da inteligência) e vivendo no seu amor e na sua graça ( adesão do sentimento e do espírito).
 

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