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sábado, 19 de agosto de 2023

Evangelho do dia 26 de agosto sábado 2023

 

26 agosto - Nós contra nós mesmos: o "eu" bom que combate o "eu" mau; o "eu" de um instante, mas de um instante sublime, que se levanta para combater o "eu" de todas as horas, o "eu" do passado, o "eu" do velho sistema: é o "eu" que quer uma vez por todas, mas que se multiplica a cada instante naquele ato de vontade eficaz. (L 9). São Jose Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 23,1-12

"Depois, Jesus falou às multidões e aos discípulos: "Os escribas e os fariseus sentaram-se no lugar de Moisés para ensinar. Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros, usam faixas bem largas com trechos da Lei e põem no manto franjas bem longas. Gostam do lugar de honra nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, de serem cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de 'rabi'. Quanto a vós, não vos façais chamar de 'rabi', pois um só é vosso Mestre e todos vós soeis irmãos. Não chameis a ninguém na terra de 'pai', pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não deixeis que vos chamem de 'guia', pois um só é o vosso Guia, o Cristo. Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado. "  

Meditação:

Mateus apresenta um longo discurso de Jesus como denúncia da prática equivocada dos escribas e fariseus "depois" de várias narrativas de conflitos com estes chefes religiosos.
Com este discurso, Mateus faz uma advertência às suas comunidades, formadas por discípulos oriundos do judaísmo que ainda se mantinham apegados à sua antiga doutrina.
Os escribas e fariseus não devem ser modelos. Que ninguém pretenda ser "rabi", "pai", "guia" (títulos de autoridade e superioridade).
A comunidade deve ser marcada pela fraternidade e pelo serviço humilde, excluindo-se qualquer aspiração a privilégios ou poder.
A humildade é o ponto central do ensinamento de Cristo nesta passagem. Em muitos momentos da Sua vida, Jesus deixa bem claro que nossos atos devem ser de eterna entrega a Deus e a nossos irmãos. Nesta leitura, Jesus denuncia mais uma vez a opressão dos poderosos contra os menos favorecidos, de como eles, apesar de muito falarem, pouco vivem as leis que tanto conhecem.
E quantos de nós também não fazemos isso? Somos tentados, a todo momento, a buscar reconhecimento? A vida nos ensina isso! As escolas, as faculdades, o nosso trabalho, em tudo somos cobrados e por isso mesmo acabamos buscando sempre que todos vejam como somos bons. É normal do ser humano.

Jesus vem, justamente, quebrar as regras e apesar de ser um fato ocorrido a mais de 2.000 anos, é bem atual, e por isso mesmo Ele nos ensina a perceber que todo esse reconhecimento aos olhos do mundo é inútil, porque o que importa, de verdade, é o reconhecimento de Deus, e este ocorre na nossa humildade, nos atos em que o mundo não enxerga, mas que Deus está vendo.
Hoje, Jesus vem falar pra cada um de nós, que Deus vê tudo, que Ele sabe de tudo, que não devemos depositar aqui nossa esperança de recompensa, mas entregar a Deus nossos atos, pra que sejam principalmente atos de Amor, que Ele na Sua Sabedoria, vai nos recompensar. E que tenhamos consciência que nossa maior recompensa deve ser servir ao próximo, deve ser viver a experiência de ser de Deus em atos, palavras, e principalmente no nosso silêncio, essa é a verdadeira alegria que precisamos buscar.
Que o Senhor nos dê a graça de ter um coração humilde e contrito, com a certeza que os humilhados serão exaltados.

 Reflexão Apostólica:

 Embora já refletido em outras ocasiões, esse texto é muito atual…

Já perdi as contas de quantas vezes ouvi alguém dizer ou afirmar que os “piores estão dentro da igreja”. De fato estão e talvez também não estejam, depende do critério que adotamos. No entanto independentemente do critério, em ambos os casos, temos os piores exemplos.
Sim! Temos os piores exemplos em ambas as pontas. Veja! Piores exemplos e NÃO piores pessoas.
Os piores exemplos dos “de fora” (…)
Quem não esta na igreja e vê esse fato como vitória sobre quem tem um gosto diferente; quem ofende ou trata alguém diferenciadamente porque tem uma postura ou valores cristãos; quem caçoa ou ridiculariza o filho que quer ser coroinha, acólito ou seguir uma vocação religiosa; quem incentiva a outros (namorados, amigos, parentes) a se afastarem; quem só procura a bênção da igreja movida por medo, status ou visualização social, ou seja, aqueles que só vão a igreja em datas festivas ou de profunda tristeza (casamento, sétimo dia, formaturas, batizados) e ainda ficam olhando no relógio “doidos” para ir embora. Que usam a catequese como babá dos seus filhos para poder ficar em casa assistindo futebol, (…).
Os piores exemplos dos “de dentro” são os narrados por Jesus no Evangelho de hoje.
Aquele que “vira dono da igreja”; que faz acordos para se eleger coordenador de um movimento ou pastoral; que só participa visando criticar; que afasta as pessoas; que implica por tudo e por coisas pequenas; que cobra regras, mas não as segue; que punem a comunidade por orgulho; que não vê seus próprios defeitos; que fazem da homilia um desabafo; que toca pensando que é show; que fala mais que o padre; (…). Engraçado! Toda boa comunidade tem desses tipos “pitorescos”
Mas será que são os piores? Não, não são! Como também não são aqueles que são criticados por esses “santos”.
Apesar de estarem equivocados quanto à forma de conduzir sua vida em relação aos outros, são pessoas que ainda buscam ficar do lado certo. O “dono da igreja” me lembra o namorado que de tanto amor “morre” de ciúmes da namorada. Não quer que ninguém converse com ela e tawls. É estranho, amor demais que vira ciúme! Só ele (a) esta certo; só ele (a) resolve…, só ele será salvo.. É um tremendo contra censo com a mensagem de hoje. “(…) Entre vocês, o mais importante é aquele que serve os outros. Quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido”.
Quantas vezes já nos pegamos fazendo algumas dessas situações também? Ainda há tempo para rever posturas.

Propósito: Vivenciar o ser discípulo de Jesus Mestre com a fraternidade e colocá-Lo no centro de todas as «referências».      

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